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Farmacologia - Fármacos do trato gastrointestinal

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Liandra Bezerra 2020.2 
 
Doença ulcerosa 
• O estômago é responsável por secretar cloreto e 
hidrogênio de forma separada, sendo já no lúmen gástrico 
que ocorre a formação do suco gástrico; 
• Receptores: 
➝ Histamina: receptores de H2; 
1. Translocação da bomba que inicialmente está dentro 
de vesículas para a parede celular; 
2. Os receptores de gastrina também liberam histamina; 
3. O receptor de histamina é ligado a proteína Gs 
(estimulatória) que irá promover a ativação da bomba 
de prótons; 
OBS.: Essa proteína Gs é capaz de ativar a Adenilciclase, que, 
em seguida, vai converter o ATP em AMPc. O AMPc vai ativar 
a proteinocinase e, por fim, será ativada a bomba de prótons; 
➝ Acetilcolina: receptores M3 (não é viável seu bloqueio, 
pois estão presentes em outros locais além do TGI); 
1. Se liga a receptores muscarinícos da célula parietal 
estimulando a bomba de prótons; 
OBS.: quando visualizamos ou colocamos o alimento na boca 
o nervo vago estimula essa liberação; 
➝ Gastrina: receptores CCKB. 
1. Responsável por orquestrar todos os 2º mensageiros 
que atuam na bomba de prótons; 
➝ Prostaglandinas (PGE2): inibem a bomba de prótons e 
agem na célula epitelial estimulando a produção de muco rico 
em HCO3- para neutralizar o H+. 
OBS.: por isso que o uso de AINES, medicamentos que inibem 
a COX-1 (produtora de PGE2), acarreta na perda da proteção 
da mucosa gástrica; 
 
• A secreção exacerbada do conteúdo ácido é o principal 
responsável pelas doenças de caráter irritativo da mucosa 
gástrica; 
FASES DA SECREÇÃO GÁSTRICA 
• Fase cefálica: envolve os sentidos, apresentando uma 
estimulação vagal e secreção de gastrina; 
• Fase gástrica: envolve tanto a liberação da gastrina mediante 
a presença de aminoácidos e distensão mecânica do 
estomago, quanto a retroalimentação negativa, inibindo a 
liberação da gastrina devido a presença do próprio conteúdo 
gástrico; 
• Fase intestinal: relacionado a digestão das proteínas, com 
uma última liberação de gastrina para otimizar esse processo; 
FATORES DE PROTEÇÃO 
• Muco gástrico: ao entrar em contato com a agua, cria uma 
barreira capaz de neutralizar os danos causados pelo ácido; 
• Bicarbonato gástrico e duodenal: capaz de neutralizar o 
conteúdo ácido; 
• Prostaglandinas: estimulam a secreção de muco; 
• Restituição: migração de células capazes de reparar as 
lesões causadas; 
Liandra Bezerra 2020.2 
 
• Fluxo sanguíneo: realiza o sistema tampão; 
PATOLOGIAS 
• Heliobacter pylori: 
➝ Bactéria G-, resistente ao ambiente ácido do estomago, 
pois possui urease, enzima capaz de converter ureia em 
amônia, produzindo um meio alcalino ao seu redor; 
➝ É capaz de causar danos teciduais devido aos produtos da 
amônia e toxinas que produz; 
➝ Resposta imunológica inapropriada: o organismo reage 
produzindo uma resposta exacerbada, intensificando a 
produção de conteúdo ácido no intuito de destruir a bactéria. 
Entretanto, como consequência, o paciente pode apresentar 
agravamento da úlcera, sangramento, diminuição da absorção 
dos nutrientes ou desenvolver câncer de estomago; 
• AINES: 
➝ Inibem a produção das prostaglandinas, o que, 
consequentemente, impede a inibição da produção ácida, que 
vai ocorrer em maior quantidade; 
➝ Expressão aumentada de moléculas de adesão 
intercelulares (ICAM), o que vai causar lesão das mucosas; 
➝ Além disso, ainda diminuem a absorção de outros 
fármacos; 
• Hipersecreção ácida: 
➝ Síndrome de Zollinger-Ellison e Úlcera de Cushing; 
• Estilo de vida: 
➝ Tabagismo, etilismo, cafeína, estresse, uso de 
glicocorticoides; 
– Classes farmacológicas – 
REDUTORES DA SECREÇAO ÁCIDA 
1. Antagonistas dos receptores H2: 
• Cimetidina, Ranitidina, Famotidina e Nizatidina; 
• Inibem de maneira reversível e competitiva as ligações aos 
receptores de insulina, diminuindo, indiretamente, a secreção 
gástrica; 
• São fármacos menos eficazes durante a noite, entretanto, 
tem efeito de potencializar a cicatrização das úlceras; 
• Apresentam concentração plasmática de 1 a 3 horas, e 
sofrem excreção renal e hepática; 
• Os principais efeitos adversos são cefaleia, dor muscular, 
diarreia e fadiga; 
OBS.: Cimetidina apresenta interação com citocromo p450, 
podendo provocar interação com os fármacos que também 
interajam com ele; 
2. Inibidores das bombas de H+: 
• Omeprazol, Pantoprazol, Esomeprazol, Rabeprazol e 
Lansoprazol; 
• A inibição dessas estruturas ocorre de forma irreversível, 
nesse caso, o organismo precisará produzir novas bombas, o 
que leva em torno de 20h. Assim, só é necessária uma 
administração por dia; 
• Classe de pró-fármacos que necessitam de ambiente ácido 
para sua ativação, por isso, são administrados em capsulas 
revestidas; 
• Na maior parte dos casos, são usados via oral, entretanto, 
também existem em via endovenosa; 
• Atravessam barreira hematoplacentária e seus principais 
efeitos colaterais são cefaleias, infecções entéricas, supressão 
prolongada da barreira ácida, hiperplasia das células ECL; 
OBS.: com exceção do Rabeprazol, todos possuem interação 
com o citocromo p450; 
3. Agentes antimuscarínicos (Pirenzepina): 
• Usados como adjuvantes dos receptores de H2, sobretudo 
em pacientes que se queixam de problemas gástricos à noite; 
• É menos eficiente que as outras duas classes anteriores; 
• Seus efeitos adversos são relacionados ao bloqueio dos 
agentes antimuscarínicos, como boca seca, visão turva, 
arritmia, retenção urinária; 
4. Maytenus ilicifolia (espinheira santa): 
• Adjuvante no início da gastrite e da úlcera gástrica; 
Liandra Bezerra 2020.2 
 
• Tem a capacidade de promover a proteção da mucosa 
gástrica, a diminuição do ácido clorídrico e a redução das 
histaminas; 
• Atua como antagonistas dos receptores H2 e como 
inibidores da bomba de prótons; 
ANTIÁCIDOS 
• Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, bicarbonato 
de sódio e bicarbonato de cálcio; 
• Reagem com o ácido clorídrico e promove a transformação 
em sais e água; 
AGENTES PROTETORES DA MUCOSA 
1. Sucralfrato: 
• Consiste em uma mistura de açúcares, como a sacarose, e 
hidróxido de alumínio; 
• Formam uma espécie de gel que reveste a parede gástrica, 
impedindo a lesão do tecido; 
• Seu uso em excesso causa certa obstrução, pois esse gel 
vai impedir a absorção de outros fármacos, além de promover 
constipação; 
2. Bismuto coloidal: 
• É capaz de formar uma barreira juntamente com as 
glicoproteínas do muco; 
• Também é capaz de induzir a produção de bicarbonato e 
prostaglandinas, auxiliar no combate à H. pylori e promover a 
cicatrização das úlceras; 
• Tem como efeito adverso o escurecimento das fezes e da 
língua; 
3. Misoprostol (Cytotec): 
• Análogo da prostaglandina E1, usado na prevenção de úlceras 
em pacientes que fazem uso considerável de AINES; 
• Seu uso é controlado, uma vez que ele atua de modo a 
induzir contrações uterinas, ocasionando aborto, além de 
diarreias e náuseas; 
MODIFICADORES DOS FATORES DE RISCOS 
1. Tratamento contra H. pylori: 
• Tri´plice: amoxicilina/ tetraciclina/ doxiciclina + metronidazol/ 
claritromicina/ levofloxacino + citrato de bismuto/ inibidor da 
bomba de H+/ Ranitidina; 
OBS.: São Escolhidos dois antimicrobianos, sendo a amoxicilina 
e a claritromicina os mais escolhidos, associado a um inibidor 
da bomba de H+, preferencialmente, ou a uma ranitidina; 
• Quádrupla: além dos fármacos escolhidos, o citrato de 
bismuto integrará, obrigatoriamente, a terapia, que deve ser 
realizada por 14 dias, com observação para possível resistência 
da bactéria; 
2. Mudança no estilo de vida: se atentar para tabagismo, 
consumo exagerado de cafeína, alimentos 
condimentados, frutas e bebidas ácidas; 
Vômito 
• É uma atividade incoordenada dos músculos do TGI, dos 
músculos somáticos abdominais e respiratórios; 
• Existem dois centros responsáveis pelo vômito, um centro 
de controle propriamente dito e a zona de gatilhoquimiorreceptora (CTZ), que é estimulado através de odores 
ou estímulos mecânicos; 
OBS.: o centro de controle possui receptores H1, M1, NK1 e 
receptores de serotonina. Já o CTZ apresenta receptores de 
dopamina, NK1 e receptores de serotonina, então, os fármacos 
atuam sobre esses receptores; 
ANTAGONISTAS DE H1 
• Prometazina (Fenergan), Ciclizina e Cinarazina; 
• Possuem efeito local e na zona vestibular, apesar de serem 
ineficientes no CTZ; 
• São anti-histamínicos que vão atuar nos receptores H, que, 
por sua vez, atuam no centro de controle do vômito, inibindo 
a êmese; 
ANTIMUSCARÍNICOS 
• Escopolamina e Hiosina; 
• Como a classe anterior também atua nos mesmos locais e 
são ineficazes no CTZ; 
OBS.: entre os anti-histamínicos de H1 e os antimuscarínicos, 
deve-se priorizar os anti-histamínicos, uma vez que 
apresentam menos efeitos adversos; 
ANTAGONISTA DE D2 (Fenotiazídicos) 
•Proclorperazina, Domperidona, Metoclopramida e Haloperidol; 
Liandra Bezerra 2020.2 
 
• São ativos nos CTZ, sendo usados no controle de estímulos 
quimiossensoriais e ineficazes para controle dos estímulos 
locais; 
OBS.: o Haloperidol é usado em casos de êmese induzida pela 
Cisplatina, fármaco antitumoral; 
ANTAGONISTA DE 5-HT3 
• Ondosentrona (Vonal); 
• São semelhantes aos antagonistas D2, atuam bloqueando os 
receptores 5-HT3 na periferia e no cérebro e, por isso, 
apresentam uma atividade interessante; 
• Principal fármaco prescrito para gestantes, visto que, como 
atuam nos quimiorreceptores, conseguem bloquear os 
estímulos externos, como odores, que são os principais 
estimulantes para o vomito nas grávidas; 
OBS.: existe uma rara possibilidade de desencadear arritmia 
cardíaca; 
CANABIDIOIDES 
• Nabilona é o único fármaco disponível; 
• Inibem os efeitos estimulantes aos CTZ; 
BENZODIAZEPÍNICOS 
• Podem provocar uma atividade ansiolítica e amnésica e, 
quando o paciente diminui o estado de ansiedade ou 
consciência, há menor chance de êmese; 
• A problemática é a combinação benzodiazepínicos + álcool, 
um grande causador de êmese e gera uma grande depressão 
do SNC; 
CORTICOESTERÓIDES 
• O mais usado é o elixir de dexametasona; 
• Podem ser usados para êmese em associação com outros 
fármacos; 
• Ainda não existe um mecanismo totalmente elucidado mas, 
acredita-se que é devido ao bloqueio das prostaglandinas; 
• A associação de corticosteroides + antagonistas de D2 é 
muito indicada para pacientes em tratamento quimioterápico; 
 
 
 
ANTAGONISTA DA NEUROCININA 
• Vai atuar nos receptores NK1 e, em conjunto com a 
dexametasona ou com antagonistas de 5-HT3, são usados 
para controle da êmese em pacientes em quimioterapia; 
 
O primeiro gráfico refere-se à potência do fármaco em monoterapia, e o 
segundo em associação. 
– Farmacocinética – 
• Anti-histamínicos e escopolaminas são muito interessantes 
para a prevenção de náuseas, sobretudo em viagens; 
• Hiosina apresenta uma versão transdérmica (adesivo) para 
prevenir náuseas e vômitos; 
• É comum que os anti-histamínicos causem sensação de 
sonolência; 
• Antagonistas de D2 podem ser administrados por via oral, 
retal ou parenteral; 
• Indivíduos que fazem uso dos antagonistas dos receptores 
de dopamina podem apresentar queixas extrapiramidais, 
sendo a domperidona o fármaco da classe que apresenta 
menos efeitos desse tipo. Ainda podem causar galactorreia e 
efeitos no TGI; 
• O fenergan é o medicamento usado para diminuir as queixas 
extrapiramidais; 
– Eméticos – 
• Existem duas classes, a Apomorfina (agonista 
dopaminérgico) e Xarope de ipeca (irritativo gástrico); 
• Os dois são de uso hospitalar, uma vez que há risco de 
broncoaspiração do cinteudo gástrico; 
• São responsáveis por induzir o vômito, sobretudo em 
situações de intoxicação a nível hospitalar; 
Liandra Bezerra 2020.2 
 
• O mecanismo de ação é estimular a CTZ, que vai acabar 
por estimular a musculatura do TGI e provocar a êmese; 
Diarreia 
• Ocorre quando temos a passagem muito rápida do 
conteúdo pelo intestino, o que resulta em má absorção de 
nutrientes e eletrólitos; 
• Diarreias agudas possuem desfecho rápido, sendo 
provocadas por ansiedade, comida, estresse ou efeito adverso 
de medicamentos; 
• Diarreias crônicas acontecem em pacientes portadores de 
câncer, diabéticos; 
• Possui diversas causas, como infecção viral ou bacteriana, 
desregulação vegetativa, doenças genéticas e distúrbios 
metabólicos; 
AGENTES ANTI-MOTILIDADE 
• Irão se ligar a receptores opiáceos presentes no sistema 
entérico, os quais, quando ativados, impedem a liberação de 
acetilcolina, o que diminui os movimentos peristálticos; 
1. Difenoxilato + Atropina (Lomotil): 
• Normalmente o Difenoxilato já vem associado, é bem 
absorvido via oral, leva aproximadamente 1h para fazer efeito, 
sobre biotransformaçao hepática tem meia vida de até 24h; 
• Tem efeitos adversos como distensão abdominal, obstrução 
intestinal por super dosagem, atividade opióide, depressão 
respiratória e coma; 
• Contraindicado em caso de hipersensibilidade, colite e diarreia 
associada a microrganismos; 
OBS.: em caso de diarreia associada a microrganismos, não 
usa-se para não mascarar os sintomas, uma vez que é 
necessário tratar a infecção primeiro; 
• Possui interação com álcool, alguns anti-hipertensivos, 
hipnoanalgésicos e com os inibidores da MAO; 
2. Loperamida (Imosec): 
• A dose é de 2mg, inicia-se o tratamento com uma dose de 
ataque de 4 mg e depois diminui para 2 mg no máximo 4 
vezes ao dia; 
• Altas doses podem provocar alta constipação; 
• É o tratamento de primeira escolha para diarreia; 
• Tem como efeitos adversos hipersensibilidade, cólicas, 
tontura, astenia, constipação, depleção de fluidos e eletrólitos; 
• Possui interação com hipnoanalgésicos; 
INIBIDORES DA ENCEFALINASE PERIFÉRICA 
• As encefalinas, quando presentes em grande quantidade, 
inibem a secreção da mucosa intestinal, o que também 
provoca diminuição das evacuações; 
• Racecadotrila (Tiorfan), atua inibindo as encefalinas, ou seja, 
inibindo a secreção da mucosa intestinal. Dessa forma, não 
afetam a motilidade, apenas não vai haver muco para fazer o 
bolo fecal andar até o ânus; 
• Pode ser usado 2x ao dia em doses de 100 mg até cessar 
as evacuações; 
• Tem como efeitos adversos a cefaleia, sonolência, 
constipação e é contraindicado em casos de hipersensibilidade, 
gravidez, lactação e menores de 15 anos; 
• Por ser um pró-fármaco e sofrer metabolização, não é tão 
indicado para pacientes com problemas hepáticos; 
ABSORVENTES 
• Possuem baixa eficácia quando comparado às outras classes; 
1. Hidróxido de alumínio; 
• Forma uma barreira na parede do intestino, assim, toxinas e 
bactérias não irritarão o TGI, entretanto, se já houver 
irritabilidade, sua função fica comprometida; 
• Além de possui baixa eficácia, seu tempo de ação é muito 
longa; 
2. Metilcelulose; 
• É um polímero que captura bactérias e toxinas e faz com 
que sejam eliminadas nas fezes; 
• Se o intestino já estiver irritado, sua ação também fica 
comprometida; 
• Muito usado para gravidas, pois seus efeitos são 
praticamente nulos em gestantes; 
FÁRMACOS QUE MODIFICAM O TRANSPORTE DE 
LÍQUIDOS E ELETRÓLITOS 
• Salicilato de Bismuto; 
Liandra Bezerra 2020.2 
 
• É uma suspensão utilizada para diarreia do viajante; 
• Vai inibir a liberação de líquidos no lúmen do TGI e também 
promove uma ação protetora de filme na parede do trato 
gastrointestinal; 
• Podem deixar a língua e as fezes escuras; 
Constipação 
• É considerado constipação quando o indivíduo faz 
menos de 3 evacuações por semana, com fezes duras 
e secas, sempre com dificuldade para expelir; 
IRRITANTES E ESTIMULANTES 
• Promovem irritação do TGI; 
1. Derivados de antraquinonas (Sene, Cássia, 
Cáscara Sagrada): 
• São agentes antraquinônicos, provocam irritação no 
TGI e não podem ser usados em gestantes; 
2. Bisacodil (Lacto-purga):• Usado na forma de comprimido ou supositório; 
• Estimulam a mucosa do intestino e promovem 
evacuação; 
• Podem ser usados por gravidas na forma de 
supositório; 
OBS.: consiste numa classe de fármacos que gera certa 
dependência. A partir do terceiro laxante, o paciente 
pode apresentar hipopotassemia, o que, de forma 
fisiológica, causa retenção das fezes. Ou seja, de forma 
errônea, o uso de laxante causa constipação. É 
recomendado a substituição do medicamento por fibras; 
3. Óleo de rícino: 
• No intestino delgado, as bactérias o transformam em 
ácido ricinoleico, que irrita a mucosa do TGI; 
• Jamais deve ser usado por gestantes, pois pode induzir 
contrações uterinas; 
 
 
SALINOS E OSMÓTICOS 
1. Catárticos salínicos (citrato de magnésio, 
hidróxido de magnésio, fosfato de sódio): 
• São sais não absorvíveis que promovem retenção de 
água no intestino por osmose, estimulando evacuação; 
• Faz-se necessária a ingestão adequada de agua, pois 
pode provocar desidratação; 
• São contraindicados para casos de colostomia e 
ileostomia; 
2. Lactulose: 
• Dissacarídeo que ao ser digerido é transformado em 
sacarídeo, gerando trocas osmóticas para promover 
evacuação; 
• Não pode ser usado por diabéticos; 
LUBRIFICANTES 
• Óleo mineral e glicerina; 
• A glicerina apresenta-se como supositório capaz de 
lubrificar a região terminal do intestino e irritar a região 
anal, provocando a evacuação; 
OBS.: sobretudo em situações emergenciais; 
• O óleo mineral é usado via oral e só deve ser ingerido 
com o indivíduo em pé para evitar broncoaspiração; 
VOLUMOSOS 
• Tamarine fibras, vendido em forma de saches e deve 
ser ingerido com uma boa quantidade de água; 
• Formam géis no intestino grosso, causando retenção 
de agua e distensão intestinal, o que aumenta a atividade 
peristáltica; 
• Não causa efeito laxante imediato e pode ser sugerido 
que o paciente coma alface com azeite de oliva; 
AMOLECEDOR DE FEZES 
• Docusato de sódio; 
• Atua como um tensoativo, realizando uma emulsão da 
agua e da gordura presente nas fezes; 
Liandra Bezerra 2020.2 
 
• Deve ser prescrito para pacientes com fezes 
endurecidas, e necessita de um período de 2 dias para 
apresentar efeito; 
ATIVADORES DOS CANAIS DE CLORETO 
• Lubiprostona; 
• Fármaco capaz de abrir canais de cloreto responsáveis 
por captar água de forma abundante para o lúmen 
intestinal, promovendo evacuação; 
• Indicada para pacientes que apresentam constipação 
crônica e já fizeram uso prévio de outros fármacos; 
• É o medicamento de última escolha; 
Digestivos 
• São usados para auxiliar no processo digestivo ou como 
terapia de reposição, quando há deficiência de enzimas 
digestivas; 
• Estomáticos: estimulam o apetite, como o Biotônico 
Fontoura; 
• Coleréticos: promovem a secreção da bile. Principal exemplo 
é a Eparema, que tem como princípio ativo o boldo; 
• Enzimas digestivas: como as Bromelinas, que são extraídas 
do abacaxi; 
• Fármacos análogos: como o Enzyfor, que atua de forma 
análoga a um neurotransmissor, promovendo secreção da 
bile;

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