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Importância da Coprocultura na Identificação de Microrganismos

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Coprocultura 
A cultura de fezes identifica 
microrganismos enteropatogênicos em 
casos de diarreia aguda ou crônica. 
A rota é oral-fecal, na coprocultura 
temos um fator de extrema importância 
para homeostasia/saúde do indivíduo: A 
microbiota! 
A nossa relação com a microbiota é de 
simbiose, onde esse microrganismo 
reage de forma positiva com o indivíduo 
se temos uma desregulação na nossa 
microbiota podemos ter a disbiose. 
O perfil da nossa microbiota está desde 
o nosso nascimento e é semelhante ao 
da mãe. A microbiota intestinal 
continua a se desenvolver e se 
estabilizar após os 1.000 dias de vida, e 
nesta etapa da vida a alimentação é 
fator primordial e sua diversidade 
influencia diretamente nesta fase. 
Disbiose 
→ Alteração na proporção dos 
microrganismos da microbiota 
→ Introdução de patógenos externos: 
Principal via è ALIMENTOS; 
→ A disbiose é um fator importante 
para o surgimento de microrganismo 
oportunistas, temos microrganismo 
que já fazem parte daquela mucosa 
porém com a disbiose ela fica em 
abundancia e causa 
danos/infecções. 
→ Microrganismo juntos pode anular a 
ação do outro (resultado em 
equilíbrio ou desequilíbrio); 
→ Infecção exógeno: penetração de um 
patógeno externo 
→ Infecção endógeno: MO 
colonizadores da mucosa, aumento 
da população ou migração. 
→ Microbioma: genes dos MO da 
microbiota (biologia molecular); 
→ Metabolômica: que esses MO 
produzem; 
→ Probiotico: MO vivos; 
→ Prébioticos: nutrientes para os MO 
Com estudos científicos avançados da 
microbiota já sabemos que esses 
organismos podem estar relacionados 
com a prevenção/agravamento de 
certas doenças, e também relacionado 
com o nosso peso. 
Com isso conseguimos analisar o perfil 
dessa microbiota e fazer Transplante de 
Microbiota Fecal TMF, no Brasil só é 
permitido em casos de colite. 
 
 
 
Para causar agressão e ser patógeno o 
organismo precisa: 
→ Capacidade de adesão; 
→ Invadir 
→ Liberação de toxina 
Isso reflete na sintomatologia da 
doença por exemplo: 
Invasor 
→ Presença de sangue nas fezes 
→ Tem ação sistêmica 
→ Precisa tratar com antibiótico; 
→ evacuações freqüentes - pouco 
volumosas - muco - sangue - 
leucócitos 
→ Demora mais o aparecimento de 
sintomas 
→ Campylobacter são os mais difíceis 
de identificar na coprocultura (72 
horas para crescer) 
Toxinas 
→ Diarreia e perda de líquidos; 
→ Não se trata com antibióticos, o 
próprio corpo elimina; 
→ Endotoxina: apenas bactérias 
Gram – (LPS excretado) 
→ Exotoxina: bactéria produz 
toxinas (Gram + e -) podem ser 
termoestáveis ou termolábeis 
(calor destrói); 
 
Outro fator de patogenicidade é onde 
esse microrganismo consegue infecção 
(EDTAS), vias superiores ou inferiores, 
então saber qual tipo de E.coli é ou qual 
patógeno esta causando a lesão é 
extremamente importante, 
E. COLI 
Existem subtipos de E.coli que 
apresentam patogenia diferentes. 
E da nossa microbiota residente. 
→ EPEC – E. coli enteropatogênica 
clássica 
→ ETEC – E. coli enterotoxigênica 
→ EIEC - E. coli enteroinvasora 
→ EHEC - E. coli enteroemorrágica 
→ EAEC - E. coli enteroagregativa 
→ NTEC – E coli necrotoxigênica 
 
Algumas E. coli secreta apenas toxinas, 
outras mudam a estrutura celular e com 
isso causa danos celulares e fisiológicos 
na célula. 
 
E EHEC é um tipo de E.coli que além de 
mudar a estrutura das células ela 
também produz toxinas. 
Na cultura de fezes, em geral, são 
pesquisados Salmonella spp., Shigella 
spp. e alguns sorotipos de Escherichia 
coli, agentes bacterianos mais 
comumemente causadores de 
gastrointerites. Outros agentes que 
podem ser pesquisados são 
Campytobacter spp., Yersinia spp. e 
Vibrio spp. 
Amostra 
A amostra ideal é a coletada no início 
do quadro diarreico, antes da 
antibioticoterapia, pois a positividade 
da cultura diminui com o tempo, pela 
redução do número de bactérias. 
Na urocultura é o único método que 
conseguimos identificar a bactéria e 
fazer o diagnóstico, na urina tipo I 
devemos classificar através da 
QUANTIDADE para saber se é uma 
infecção urinaria. 
As enterobacteralis são as famílias 
presentes nas fezes ou urina (todos 
gram -) e todas fermentam glicose (pH 
diminui) e algumas fermentam lactose, 
e todas são oxidase negativa. 
As enterobactérias possuem 
características em comum que definem 
a família Enterobacteriaceae: 
→ São bacilos Gram-negativos; 
→ Fermentam a glicose com ou sem 
produção de gás; 
→ São aeróbios e anaeróbios 
facultativos; 
→ A maioria reduz nitrato a nitrito; 
→ A maioria é oxidase negativa e 
catalase positiva; 
→ Podem ser móveis por flagelos 
peritríqueos ou imóveis; 
→ Crescem bem em meios comuns de 
cultura, como ágar MacConkey. 
As enterobactérias são universalmente 
distribuídas no solo, plantas, na água e 
no trato gastrointestinal de humanos e 
dos animais. Algumas espécies são 
encontradas apenas em alguns nichos, 
como a Salmonella sorotipo typhi, que 
causa febre tifóide e é encontrada 
apenas em humanos, enquanto outras 
são encontradas universalmente como 
a K. pneumoniae. 
Padrão de estriamento para 
realização de contagem 
semiquantitativa das bactérias 
UROCULTURA 
 
 
 
→ Cultura em Ágar MacConkey 
O cristal violeta presente no meio inibe 
o crescimento das bactérias gram 
positivas, especialmente Enterococcus 
e Staphylococcus. Cresce apenas as 
Gram - 
É ela também pode ser classificada 
como meio diferenciador para 
fermentadores de lactose que produzem 
colônias rosa. 
 
 
→ Cultura em Ágar Cled (cystine 
lactose electrolyte deficient) 
- Crescimento de bactérias gram 
positiva, gram negativa e leveduras. 
- Cor do meio: azul. 
- Colônias lactose positiva: cor amarela 
- Lactose negativa: cor azul. 
Semeadura para esgotamento 
Essa técnica foi feita nas coprocultura 
no laboratório. 
Objetivo - Obter colônias isoladas, o 
que permite distinguir os diferentes 
micro-organismos em um material ou 
cultura polimicrobiana através da sua 
morfologia colonial. 
→ Meios diferenciais, mas não 
seletivos entre as enterobactérias 
– MacConkey 
– EMB 
→ Meios seletivos 
– SS: Salmonella e Shigella 
 
 
→ O sucesso da semeadura está em: 
 a) grande número de estrias; 
 b) não perfurar o meio; 
 c) não voltar a alça sobre a estria 
 d) pegar pequena quantidade de 
material para semear. 
 e) sempre trabalhar com todo material 
próximo à chama do bico de 
bunsen para evitar contaminação 
externa no seu experimento. 
 f) sempre flambar a alça 
bacteriológica quando necessário. 
Técnica de Semeadura em Estrias 
→ Objetivo 
Obter o crescimento do micro-
organismo no meio de cultura afim de: 
 Estocar a bactéria; 
 Estudar seu metabolismo em uma 
prova “bioquímica”; 
 Avaliar sua capacidade de 
crescimento ou não no meio de cultura; 
Será utilizado um tubo com Agar 
Nutriente Inclinado. 
 
Técnica de Semeadura em Picada - 
mili 
→ Objetivo 
Verificar a motilidade do 
microorganismo no Agar Semissólido. 
 Bactéria móvel: crescimento por 
todo meio de cultura. 
 Bactéria imóvel: crescimento 
somente no local da picada. 
 
 
Antibiograma 
O antibiograma é feito quando a 
bactéria pode disseminar pelo sangue e 
causar infecção sistêmica. 
Características da 
família Enterobacteriaceae 
Com poucas exceções, todos os 
membrosde Enterobacteriaceae demon
stram as seguintes características: 
→ Fermentação da glicose; 
→ Citocromo oxidase negativa; 
→ Redução de nitrato a nitrito. 
→ As cepas de E.coli apresentam 
distintos perfis em meio presuntivo 
de identificação. Isto se deve à 
grande variabilidade bioquímica que 
existe entre as cepas, especialmente 
em relação à produção de gás a 
partir da fermentação da glicose, 
fermentação da sacarose, LDC e 
motilidade. No entanto, fermentam 
a lactose e produzem indol, 
característicasque praticamente 
definem a espécie. 
→ As cepas de E.coli são citrato 
negativo, enquanto as outras 
espécies são citrato positivo. 
Cepas de Salmonella produzem pouco 
gás a partir da fermentação da glicose, 
são em geral lactose 
negativas, sacarose negativas e 
possuem como uma das principais 
características a produção de H2S . 
 
CONJUNTO EPM / MILI / CITRATO 
 
Interpretação do Meio EPM 
 
Citrato: Verifica a capacidade da bactéria de utilizar o citrato de sódio como única 
fonte de carbono, juntamente com sais de amônia, alcalinizando o meio. 
Meio EPM: Este meio é uma modificação do meio de Rugai e Araújo e contém os 
seguintes testes: produção de gás por fermentação de glicose, produção de H2S, 
hidrólise de uréia e desaminação do triptofano. 
Meio MILi: Este meio é utilizado para avaliar a motilidade, produção de indol e 
descarboxilação da lisina.

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