Buscar

Principais alimentos utilizados na ração de equinos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Principais alimentos utilizados na ração de equinos
Com o desenvolvimento das civilizações o cavalo passou a ser utilizado de forma mais intensiva e somente a pastagem passou a ser insuficiente. 
Com o desenvolvimento da agricultura houveram melhorias na alimentação dos equinos mas ainda assim não era possível alimenta-los como em sua forma selvagem – cavalo selvagem tem exigências nutricionais diferentes.
Na idade média o peso do cavalheiro + sua ferradura exigiam muita força por patê do cavalo mas comiam palha, capim, feno – não forneciam nutrição suficiente. 
1ª Guerra mundial: alimentos prensados (aveia, bagaço de cervejaria, gergelim, farelo de soja, amendoim, gérmen de malte e melaço).
2ª Guerra mundial: após ela surgiu a ração peletizada ou ração comercial. 
Anatomia 
Estômago e duodeno preparam a fibra para serem digeridas pelo I.G. Através das enzimas digestivas digerem o alimento o máximo possível. A porção não digerida pelo estomago e duodeno vai ser digerida pelos microrganismos do ceco.
• Equino: Facilidade em ingerir concentrado – facilita a síndrome cólica
• Ex.: 10 minutos – 1 kg ração peletizada.
• 40 a 50 minutos para ingerir 1 kg de palha.
Boca: lábios + dentes = capacidade de seleção e corte;
• Alimentos concentrados = lentamente digeridos;
• Alimentos volumosos = passam rapidamente por trato digestivo;
• Equinos: estômago relativamente pequeno;
Saliva: equino produz bastante (40 à 90 ml por min), não contém enzimas mas contém bicarbonato que é importante para neutralização dos ácidos formados na porção inicial do estômago – equino é muito sensível para ter ulceras gástricas. Pouca produção de saliva pode gerar problemas digestivos como ulceras gástricas. 
Anomalias dentárias podem gerar alimentos mal mastigados e compactação!
Estômago: enzimas + HCl + microrganismos (na sua porção inicial).
Intestino Delgado: Duodeno, jejuno e íleo – cerca de 20m de comprimento. , Conteúdo no I.D. deve ser líquido, pois o seu lúmen é estreito. No duodeno o suco pancreático desemboca de ductos oriundos do fígado. 
Intestino Grosso: Alimentos volumosos passam rapidamnete ate o intestino grosso por isso o tamanho das partículas é importante. Todo o alimento mal mastigado pode gerar compactações e cólica. Equinos são herbívoros e a fermentação das fibras ocorre pela microbiota do intestino grosso e do inicio do estômago gerando ácidos graxos voláteis (ou ácidos graxos de cadeia curta: ac. acético, propiônico- precursor da glicose e ac. butírico) o que também ocorre no estômago, mas em fração inferior. Quimo=material que sai do estômago e do I.D. e chega ao intestino grosso. 
O ceco realiza contrações constantes para movimentar o quimo, caso esses movimentos cessem ou ocorram de forma inadequada o quimo pode se compactar no ápice do ceco. 
O I.G. contém grandes concentrações de microrganismos (semelhante ao rúmen). Também há protozoários. 
• pH tamponado: 6,5 a 7,5
Alimentos de alta degrabilidade (grãos, concentrados) leva a aumento de ácido lático que reduz o pH e redução de propiônico e acético levando a morte dos microrganismos e parada da digestão. A acidose gerada aumenta a permeabilidade do intestino, as toxinas dos microrganismos vão para a corrente sanguínea e chegam ao casco levando à LAMINITE. 
Cuidados na alimentação 
Alguns alimentos, se moído muito finos podem formar massas pegajosas no estômago como a aveia. 
Mas alguns cereais, se triturados e moídos são melhores aproveitados como o milho e leguminosas em geral. Cavalos, naturalmente, têm o hábito de se alimentar por longos períodos em refeições regulares 12 a 18 horas se alimentando, deixa-los sem comida gera estresse! Os encocheirados apresentam o mesmo hábito. 
Deve-se evitar o consumo rápido e excessivo de alimentos, principalmente os volumosos pois o estômago desses animais é relativamente pequeno o que pode gerar obstruções. O volumoso demora mais pra ser digerido então deve ser fornecido primeiro que o concentrado para já ir digerindo, fornecer os dois ao mesmo tempo pode gerar compactação pois o volumoso vai ser carreado precipitadamente junto com o concentrado para o intestino.
Prova:
• 0,4 a 0,5 kg de concentrado (ração)/100 kg PV por refeição;
• Logo, para animal de 500 kg (exemplo): 2 kg a 2,5 kg
concentrado/refeição = máximo
• Quantidade refeição: 3 a 4 vezes/dia
• Determinadas práticas podem prejudicar “andamento” da digestão
Fatores que interferem na digestão (prova)
Fornecer alimentação após exercícios intensos, estresse, agitação e perturbação na cocheira após no momento da alimentação – ocorre bastante com equinos que dividem o piquete devido à dominância e submissão. 
Cavalos são animais muito sensíveis quanto à alimentação!
Cólicas são problemas comuns-Processo doloroso e intenso- Muitas vezes provoca morte dos animais-Causado,geralmente, por alimentação inadequada.
Alimentação inadequada
Cavalos geralmente refugam alimentos estragados mas se faltar comida pode vir a comer alimento deteriorado que geram fermentação inadequada e cólica. 
Alimentos volumosos muito picados ou extremamente fibrosos passam rapidamente peo trato digestório gerando constipação no ceco. 
Fornecer muita comida vai acarretar em geração de excesso de energia gerando a formação de ácido indesejáveis. 
Quantidade de Volumoso (Feno ou Capim)
• Procurar fornecer, pelo menos 0,5 a 1,0 kg de fibra efetiva
(mastigável) / 100 kg de peso vivo por dia
• Ex.: cavalo 500 kg PV = 2,5 a 5,0 kg fibra efetiva/dia
• Capim: consumo de +/- 16 kg de capim fresco/dia
Cuidados especiais 
Fornecer forrageiras de alto valor nutritivo como CYNODON SPP (TIFTON 85)
Não fornecer forrageiras de baixo valor nutritivo e elevado teor de lignina pois podem gerar distúrbios. 
Brachiaria sp  deve ser evitadas  Rejeitadas por equinos (a menos que não tenha escolha);
• B. humidicula  pode provocar fotossensibilização hepática (sensibilidade da pele à luz, provocando feridas) – fígado lesionado;
• B. Humidicula  alto teor de oxalato = capacidade de sequestrar Ca = desenvolvimento da “cara inchada”;
• Altera-se a relação Ca:P e o PTH (hormônio da paratireóide) entra em ação, tentando remover Ca dos ossos para suprir a demanda;
• Evitar também: Colonião, Transvala, Quicuiu, Setaria
Variações individuais 
Raças de sangue frio tem um melhor aproveitamento de nutrientes (devido a rusticidade). Animais mais nervosos (sangue muito quente) tem maior desgaste energético precisando de mais nutrientes. Climas muito quentes – ocorre maior desgaste, e no frio os animais precisam de mais energia. 
Fezes 
· Cíbalas devem ser consistentes, nem muito úmidas nem muito secas (pegar na mão)
· Ingestão de fibras insolúveis, estas proporcionam boa estimulação pancreática da amilase, aceleração do trânsito digestivo, boa formação do bolo fecal e umidificação ideal das fezes.
· Capim novo/recém brotado: diarreia
· Dieta muito concetrada: fezes mais pastosas
· Volumoso muito seco: aumenta o peristaltismo e pode gerar cólica
· Fezes enegrecidas = excesso de proteína;
· • Fezes com muco = distúrbio digestivo
· Fezes com vermes = vermífugo e revisão do manejo sanitário do local;
• Obs.: as fezes dos cavalos saudáveis contêm cerca de 60% de água.
Regiões avaliadas no escore de condição corporal 
Carroll e Huntington
(1988)
Escala de 0 a 5
(mesmo princípio anterior)

Continue navegando