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Emagrecimento Involuntário e suas Causas

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Flávia Mapa – Turma X 
 
 
INTRODUÇÃO 
• O emagrecimento involuntário (EI) geralmente é 
insidioso; 
• Comumente prenuncia uma doença grave; 
• O emagrecimento clinicamente importante se dá 
quando o indivíduo tem perda de 4,5kg ou > 5% do 
peso corporal num período de 6-12 meses; 
• O emagrecimento nos idosos está associado a 
fratura do quadril, úlceras de pressão, 
imunossupressão e piora do nível funcional; 
• Associado ao aumento da mortalidade. 
FISIOLOGIA DA REGULAÇÃO DO PESO COM O 
ENVELHECIMENTO 
• O peso corporal em indivíduos idosos saudáveis 
atinge níveis máximos na sexta década de vida, 
permanece estável até a nona década e depois 
começa a diminuir; 
• A massa corporal seca (massa sem gordura) começa 
a declinar 0,3kg por ano a partir da terceira década e 
esse declínio aumenta mais a partir dos 60 anos nos 
homens e 65 anos nas mulheres; 
• Explicação: 
o Declínio da secreção do hormônio do 
crescimento (envelhecimento) e do IGF-I (fator 
de crescimento tipo I semelhante à insulina); 
o Perda de esteroides nos homens 
(envelhecimento) e nas mulheres (menopausa) 
também contribui; 
o Ingestão calórica diminui entre os 20 a 80 anos 
como reflexo da diminuição da atividade física e 
da perda de massa corporal magra, que diminui 
as demandas de calorias e ingestão alimentar; 
o Envelhecimento causa: 
▪ Declínio da função quimiossensorial (olfato 
e gustação); 
▪ Esvaziamento gástrico mais lento; 
▪ Alterações do sistema neuroendócrino; 
▪ Diminuição da eficiência da mastigação; 
▪ Alterações dos níveis de leptina, 
colecistoquinina, neuropeptídeo Y. 
o Tudo isso gera saciedade precoce, declínios do 
apetite e do prazer sobre os alimentos; 
o Contribuem para a “Anorexia do envelhecimento”. 
CAUSAS DE EMAGRECIMENTO INVOLUNTÁRIO 
• As causas são classificadas em quatro grupos: 
1. Neoplasias malignas; 
2. Doenças inflamatórias ou infecciosas 
crônicas; 
3. Distúrbios metabólicos; 
4. Transtornos psiquiátricos. 
• Causas malignas: 
o As mais comuns são os tumores malignos 
gastrintestinais, hepatobiliares, hematológicos, 
pulmonares, mamários, geniturinários, ovarianos 
e prostáticos; 
o Neoplasias malignas diagnosticadas em razão 
de perda significativa de peso, geralmente tem 
prognóstico desfavorável. 
• Doenças inflamatórias ou infecciosas crônicas: 
o Distúrbios gastrintestinais são as causas mais 
importantes; 
o Doença ulcerosa péptica, doença inflamatória 
intestinal, síndromes com distúrbios de 
motilidade, pancreatite crônica, doença celíaca, 
constipação, gastrite atrófica; 
o Problemas dentários e orais podem passar 
despercebidos (ex: halitose, incapacidade de 
mastigar, ausência de dentes, dor causada por 
cáries ou abcessos etc); 
o Tuberculose, doenças fúngicas, parasitoses, 
endocardite bacteriana subaguda, infecção por 
HIV. 
• Distúrbios metabólicos: 
o Hipertireoidismo, diabetes melito (glicosúria pode 
contribuir para a perda de peso). 
• Transtornos psiquiátricos: 
o Transtornos paranóides (ilusões quanto aos 
alimentos), depressão (incapacidade de cuidar 
de si mesmo e de atender às necessidades 
nutricionais). 
• Outros: 
o Doenças cardiovasculares e pulmonares: 
aumentam a demanda metabólica e diminuem o 
apetite e ingestão calórica; 
o Distúrbios neurológicos: disfagia, déficits visuais 
(podem ser causados também por doenças 
oftálmicas), demências (ex: Alzheimer); 
o Luto, isolamento, incapacidade funcional 
(população idosa), pobreza (idosos podem 
escolher entre se alimentar ou comprar 
medicamentos), institucionalização (muitos 
idosos em asilos têm ingestão alimentar 
inadequada); 
o Polifarmácia (principalmente idosos). 
 
Flávia Mapa – Turma X 
 
 
AVALIAÇÃO 
• Quatro manifestações clínicas principais do EI: 
1. Anorexia (perda do apetite); 
2. Sarcopenia (perda de massa muscular); 
3. Caquexia (síndrome que ocorre emagrecimento, 
perdas de tecidos musculares e adiposos, 
fraqueza e anorexia); 
4. Desidratação. 
• Obesidade: dificulta a detecção da caquexia pois o 
excesso de tecido adiposo pode ocultar a sarcopenia. 
AVALIAÇÃO INICIAL 
• História e exame físico detalhado; 
• Hemograma completo; 
• Dosagem das enzimas hepáticas; 
• Proteína C-reativa, velocidade de 
hemossedimentação; 
• Provas de função renal, tireóidea; 
• Radiografias de tórax; 
• Ultrassonografia abdominal; 
• Exames de rastreamento de cânceres (específicos 
pra idade, sexo, fatores de risco), inclusive 
mamografia e colonoscopia; 
• Teste de HIV (pacientes de risco); 
• Rastreamento pra demência e depressão em 
pacientes idosos com perda de peso. 
 
TRATAMENTO 
• A prioridade é identificar e tratar as causas 
subjacentes; 
• Fármacos que causam náusea ou anorexia devem 
ser interrompidos ou substituídos quando possível; 
• Suplementos nutricionais (hipercalóricos) podem 
ajudar. 
o Consumir entre as refeições, em vez de junto a 
elas. 
• Antidepressivo mirtazapina produz aumentos do 
peso corporal, massa gordurosa e concentração de 
leptina em pacientes selecionados; 
• Programa de exercícios apropriados para adquirir 
massa proteica, força e resistência muscular em 
pacientes com distúrbios debilitantes.

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