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TCC: Teoria e Pratica 
C1 -Introdução a Terapia Cognitivo-Comportamental
Judith Beck começa o capítulo nos 
apresentando aos casos que serão 
estudados no livro: Abe e Maria. 
Abe - homem divorciado, 55 anos, 
severamente deprimido, depois de 
dificuldades no trabalho e casamento. 
Isolado e inativo, passando a maior parte 
do tempo em seu apartamento. Foram 8 
meses de tratamento. 
Maria – mulher, 37 anos, depressão 
severa recorrente e traços do transtorno 
borderline. Tratamento complexo e que 
levou muito mais tempo. 
O que é TCC? 
A Terapia Cognitivo-Comportamental é 
uma abordagem terapêutica que busca 
ajudar pessoas a resolver problemas 
ensinando que: a forma como elas pensam 
influencia no que elas sentem e no que 
elas fazem. 
Aaron Beck, na década de 60 começou a 
desenvolver uma terapia estruturada, de 
curta duração e voltada para o presente. 
Ex-psicanalista, Beck incorporou em sua 
teoria cognitiva teóricos psicanalistas, da 
tcc e também da aprendizagem social. 
 
OBSERVAÇÃO 
Skinner NÃO faz parte dos teóricos que 
influenciam a TCC. Se a base da mesma 
afirma que os pensamentos (cognitivo) 
influenciam o comportamento 
(comportamental), como ela poderia ter 
um teórico que claramente afirma que “a 
objeção que temos aos estados internos 
não é por que eles não existam, mas por 
que eles não são relevantes para a análise 
funcional???” 
Portanto, a forma de TCC derivada do 
modelo de Beck frequentemente 
incorpora técnicas de todas essas e 
outras psicoterapias baseadas em 
evidências, dentro da sua estrutura 
cognitiva, entre elas estão a TREC (terapia 
racional-emotiva comportamental) de 
Albert Ellis, a DBT (terapia 
comportamental dialética) de Linehan, a 
ACT (terapia de aceitação e compromisso) 
de Hayes, entre outras. 
Modelo teórico da 
TCC 
O modelo teórico da TCC propõe que o 
pensamento disfuncional influencia humor 
e comportamento. Assim, ao aprender a se 
avaliar o pensamento de forma mais 
adaptativa, ocorre um decréscimo na 
emoção negativa e consequentemente no 
comportamento desadaptativo. 
 
Pensamento > emoção > comportamento. 
 
Exemplo: um paciente está desempregado 
e não consegue pagar suas contas. Seu 
pensamento automático é: “eu não faço 
nada direito”. Reação específica: tristeza 
(sentimento) e se refugiaria na cama 
(comportamento. 
 
As cognições para a TCC podem ser 
adaptativas ou desadaptativas e 
ocorreriam em 3 níveis: pensamentos 
automáticos, crenças intermediárias 
(regras e pressupostos) e crenças 
nucleares. 
TCC é baseada em 
evidências? 
Beck, como um bom psicanalista, passou 
anos e anos atendendo seus pacientes em 
um divã, estimulando a associação livre e 
as interpretando. Entretanto, muito cedo 
Beck percebeu que se a psicanálise 
quisesse ser levada a sério ela 
necessitava de comprovações científicas. 
Assim, ele decidiu testar a hipótese da 
depressão na psicanálise: que essa era 
uma hostilidade voltada contra si mesmo. 
 
Para isso investigou o sonho de seus 
pacientes – que deveriam mostrar sinais 
dessa hostilidade. Mas, o que Beck acabou 
constatando foi que a presença da 
hostilidade era muito mais presente nos 
sonhos dos pacientes não depressivos do 
que dos depressivos. Assim, depois de 
longos 26 anos de estudos, Beck afirma 
que essa posição da psicanálise estaria 
incorreta e foi isso que permitiu que a TCC 
surgisse. 
 
A interpretação que a psicanálise 
pressupõe é capaz de dizer muito mais 
sobre a subjetividade do próprio 
psicanalista do que do paciente. É como 
diz a famosa frase de Freud: “Quando 
Pedro me fala de Paulo, sei mais de Pedro 
do que de Paulo”. É uma frase excelente, 
mas que infelizmente a psicanálise não 
inteirou em seu processo terapêutico. 
Por isso, um dos métodos principais da TCC 
é o questionamento socrático: ao invés do 
terapeuta sugerir algo o paciente é 
questionado, para que de fato possa 
emergir o que o paciente estava 
pensando e não o que queremos que ele 
pense. 
 
Assim, a TCC começou com uma proposta 
de ajudar os pacientes a identificar, 
avaliar e responder ao pensamento 
desadaptativo. Dessa forma, Beck notou 
que os pacientes melhoravam muito mais 
rapidamente. E em 1979 foi lançado o 
primeiro manual de tratamento com 
terapia cognitivo.

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