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Visão Histórica Sobre a Gestão de Políticas Públicas e os Paradigmas da Legislação Aplicada à Educação Sumário UNIDADE I - O que é Política Pública .............................................. 5 UNIDADE II - Processo Histórico da Educação Brasileira .............. 11 UNIDADE III - Políticas Públicas Educacionais .............................. 19 BIBLIOGRAFIA UTILIZADA ........................................................... 36 Para melhor compreensão, nos apoiaremos em perspectivas teóricas de alguns autores e em seguida uma apresentação do contexto atual. Com base educação compreendendo que essas são consolidadas em programas ou ações que são formuladas pelo governo com medidas que conduzem a garantia de acesso e qualidade à educação como previsto na Constituição Introdução O tema Gestão de Políticas Públicas tem suas complexidades, e ao longo dos últimos anos pesquisadores buscaram meios de simplificar o conceito de Política Pública através de um conjuntos de ações, procedimentos e estudos que possibilitam uma assimilação mais clara e tranquila do tema. Este estudo enfatiza a Gestão de Políticas Publicas aplicada a educação. Mas antes de adentrarmos ao nosso objetivo central, vamos apresentar uma síntese geral do que venha ser uma Política Pública. A semântica da palavra Política em inglês tem a distinção entre – politics e policy. Politics expressão de poder sobre o homem. Já a Policy, refere-se à orientação para decisão e ação. Em português o sinônimo da palavra Política diz respeito aos dois sentidos concebidos em inglês. No grego se lê politikó, que comunica a participação livremente dos sujeitos nas decisões sobre a “organização” da polis, ou seja, da cidade. Já a palavra pública origina-se do latim, que significa povo ou do povo. Etimologicamente falando, pode se afirmar que o termo política pública está relacionado à participação dos sujeitos nas decisões da cidade. Entretanto, com o passar do tempo essa participação assumi formas diferentes, acontecendo de forma direta ou indireta. Ressaltamos que a participação do Estado sempre foi imprescindível para o acontecimento das políticas públicas. no entendimento sobre políticas públicas nos dirigimos às políticas da Federal no artigo 205: Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Para alcançar a compreensão do sentido que as políticas públicas da educação assumem na relação entre estado e sociedade, é necessário retornar ao processo histórico acerca da formação sociocultural brasileira de cada época e da influência que exercem sobre as políticas educacionais de cada período. Alicerçada em uma análise histórica sobre as funções sociais destinadas a educação em diferentes períodos da história brasileira, é possível sinalizar algumas das principais tensões e progressos que marcaram a organização do sistema educacional no Brasil, assim como, movimentos que marcaram as políticas da educação em diferentes épocas, inclusive na atualidade, destacando a legislação da Educação Básica. Este estudo se organiza em três unidades. A primeira unidade abarca sobre a Definição de Política Pública e os diferentes tipos de Políticas Públicas. Na segunda buscamos explicitar uma síntese relacional do processo histórico da educação no Brasil sem “detalhar” cada fato, mas na intenção de apresentar como se deu o desenho das políticas publicas educacionais brasileiras. Na terceira unidade, apresentamos as Políticas Educacionais e exemplos de Políticas Públicas Educacionais no Brasil. UNIDADE I - O que é Política Pública Figura 1 : Representação das Políticas Públicas1 Ressaltamos que existem diversas abordagens do que venha ser Política Pública. Souza (2007) cita alguns autores que se dedicaram a essa temática, apresentando suas definições: Mead (1995), Lynn (1980), Peters (1986), Dye (1984). Em seguida a autora explana sua própria definição que pode ser relacionada com a compreensão dos teóricos mencionados por ela. Campo do conhecimento que busca, ao mesmo tempo, “colocar o governo em ação” e/ou analisar essa ação (variável independente) e, quando necessário, propor mudanças no rumo ou curso dessas ações e ou entender por que o como as ações tomaram certo rumo em lugar de outro (variável dependente). Em outras palavras, o processo de formulação de política pública é aquele através do qual os governos traduzem seus propósitos em programas e ações, que produzirão resultados ou as mudanças desejadas no mundo real (SOUZA, 2007, p. 26). À luz de outro teórico citamos mais uma concepção de Políticas Públicas. Na perspectiva do autor Rodrigues (2010) as políticas públicas são instrumentos utilizados pelo governo para execução de suas ações. Nessa concepção percebem-se as dinâmicas que permeiam as políticas. Políticas públicas são ações de Governo, portanto, são revestidas da autoridade soberana do poder público. Dispõem sobre “o que fazer” (ações), “aonde chegar” (metas ou 1 Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=imagem+politica+publica&tbm=isch&source=univ&hl=ptBR&aut huser=0&sa=X&ved=2ahUKEwi8sPy0o4vkAhUqJ7kGHSXfBh0QsAR6BAgJEAE&biw=1062&bih=51 2#imgrc=_. Acesso em: 25 de Jul. 2019. https://www.google.com.br/search?q=imagem%2Bpolitica%2Bpublica&tbm=isch&source=univ&hl=ptBR&authuser=0&sa=X&ved=2ahUKEwi8sPy0o4vkAhUqJ7kGHSXfBh0QsAR6BAgJEAE&biw=1062&bih=512&imgrc=_ https://www.google.com.br/search?q=imagem%2Bpolitica%2Bpublica&tbm=isch&source=univ&hl=ptBR&authuser=0&sa=X&ved=2ahUKEwi8sPy0o4vkAhUqJ7kGHSXfBh0QsAR6BAgJEAE&biw=1062&bih=512&imgrc=_ https://www.google.com.br/search?q=imagem%2Bpolitica%2Bpublica&tbm=isch&source=univ&hl=ptBR&authuser=0&sa=X&ved=2ahUKEwi8sPy0o4vkAhUqJ7kGHSXfBh0QsAR6BAgJEAE&biw=1062&bih=512&imgrc=_ objetivos relacionados ao estado de coisas que se pretende alterar) e “como fazer” (estratégias de ação) (RODRIGUES, 2010, p. 53) Política Pública também é mencionada no plural, Políticas Públicas, que podem ser compreendidas como o conjunto das atividades governamentais, que agem indiretamente ou diretamente influenciando os modos de vida dos cidadãos, gerando interferências na sociedade. Outras abordagens definem o papel da Política Pública na resolução de problemas. Neste sentido, compreende-se que Políticas Públicas são diretrizes construídas para resolver um problema público. Nesta visão, a Política Pública se baseia em dois elementos fundamentais, a intencionalidade pública e o problema público. O termo intencionalidade diz respeito à vontade, uma motivação para realização de ações a fim de solucionar problemas. Paralelo à intenção temos o Problema Público, que é a diferença entre situação real vivida e situação ideal para vida coletiva. Atualmente a definição que mais se aproxima da realidade é a visão de Políticas Públicas como a implementação de programas, ações e tomadas de decisões por um governo, quer seja ele, nacional, estadual ou municipal. Tendo em vista a participação de órgãos públicos ou privados que buscam assegurar algum tipo de direito de cidadania, normalmente que correspondem a direitos já previstos na Constituição Federal, para determinado segmento social, econômico, cultural e étnico. Prosseguindo com a compreensão explanada acima, podemos responder a seguinte pergunta: Por quem são construídas as Políticas Públicas? Elas são pensadas a partir de uma demanda da sociedade em seus diversos segmentos, são respostas às necessidades sociais com intuito de promover o bem comum. Logo podem ser formuladas pelos poderes executivos ou legislativos. Em alguns casossão ancoradas na própria lei que as institui, a participação da sociedade na construção e acompanhamento da política. Algumas ações como: encontros, audiência pública, conferências e outros movimentos, viabilizam a participação dos diversos segmentos da sociedade na formulação de uma política. Para materializar o conceito de Política Pública, ou seja, compreendê-la em sua forma, é preciso de ações por meio de programas públicos, leis, campanhas publicitárias, projetos, informações públicas, subsídios do governo, decisões judiciais, coordenação em redes, gasto público direto, dentre outras possibilidades. A consolidação de uma política pública se baseia em uma estrutura que é reconhecida como o “ciclo das políticas públicas”, como pode ser visualizado logo abaixo. Com este ciclo é possível a participação de todos os agentes sociais (públicos e privados). Constituindo-se como oportunidade para avaliar a realidade atual do país, percebendo os problemas, oportunidades e o planejamento das ações. CICLO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS Figura 2: Fluxograma - Ciclo das Políticas Públicas Os diferentes tipos de Políticas Públicas Na intenção de simplificar e esclarecer o entendimento do tema citamos alguns exemplos de Políticas Públicas que obviamente são uma pequena representação diante de todos os tipos de Políticas Públicas existentes. Mas além de ajudar a identificar aspectos importantes da problemática das políticas eles direcionam nosso olhar para uma melhor compreensão do campo das Políticas Públicas. Azevedo (2003) aponta três exemplos, sendo elas: as redistributivas, as distributivas e as regulatórias. • Políticas Públicas Distributivas As denominadas políticas distributivas não se limitam aos recursos públicos e buscam privilegiar uma parcela da população seguindo alguns critérios de seleção. Existem possibilidades dessas políticas distributivas desenvolverem o que conhecemos como assistencialismo, em decorrência da sua administração. Podemos citar como exemplos: limpeza de “córregos”, podas de árvores, implementação de projetos como de educação ambiental, dentre outros. • Políticas Públicas Redistributivas As políticas redistribuitivas consistem na redistribuição da renda, que se destinam a serviços ou equipamentos a segmentos específicos da sociedade, por meio de recursos advindos de outros grupos específicos. Como exemplos das políticas redistributivas temos: os programas de bolsa-família, isenção da taxa de IPTU, isenção de taxa de energia elétrica e taxa de água para famílias carentes, dentre outros. • Políticas Públicas Regulatórias As políticas regulatórias dispõem-se de ordens e proibições, por meios de decretos e portarias. Normatizam a política distributiva e a política redistributiva. Estão diretamente ligadas à administração pública e a burocracia estadual, além de outros grupos de interesse. Saúde da Família Figura 3: Saúde da Família Prevenção ao Câncer de Mama e Colo do Útero. Figura 4: Outubro Rosa Figura 5: Programa Mais Educação Figura 6: ProUni EXEMPLOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS NA ÁREA DA SAÚDE EXEMPLOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS NA ÁREA DA EDUCAÇÃO SAIBA MAIS! CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999. v. 1. Disponível em http://sistemas.aids.gov.br/incentivo/Biblioteca/Gestao_governanca/a_sociedade_em_rede.pdf> http://sistemas.aids.gov.br/incentivo/Biblioteca/Gestao_governanca/a_sociedade_em_rede.pdf Figura 7: Educação no Brasil Colônia UNIDADE II - Processo Histórico da Educação Brasileira Abordar a trajetória histórica da Educação Brasileira desde o surgimento do Brasil até a atualidade é um meio para alcançar a visão sobre a gestão de políticas públicas aplicadas a educação de cada época, identificando sua relação com o contexto sociocultural de cada período e os paradigmas da legislação aplicada à educação. As instituições escolares no Brasil têm sua origem em 1549 com a chegada dos jesuítas, que criaram na colônia portuguesa, segundo MATTOS (1958) “a primeira escola brasileira”. Esse é o início da história da educação brasileira. Os padres jesuítas traziam uma educação religiosa, que tinham como objetivo central a catequização dos nativos. Nessa época, criaram aldeamento e nesses grupos de convivências religiosas ensinavam o português. Embora fosse uma educação instituída pelo rei de Portugal e pela igreja católica, não deixava de ser um sistema educacional organizado como toda organização da Companhia de Jesus criada pelo Inácio de Loyola. A educação no Brasil sofre sua primeira interferência pelo rei de Portugal com a reforma educacional do Marques de Pombal. A educação desenvolvida pelos jesuítas foi impedida, em consequência foram expulsos do Brasil e das colônias portuguesas, nos meados 1759. A partir deste momento é colocado em prática o modelo de educação que Portugal deseja para o Brasil. Em 1808 registra-se um marco importante, com a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil, criam-se as primeiras escolas superiores com o objetivo de atender os filhos dos membros da Corte. Assim passam a investir em educação. Com a elevação do Brasil nos meados de 1815, ao deixar de ser reconhecido como colônia e passando para o mesmo nível de Portugal, a educação começa a ter mudanças. A historiadora da USP Maria Lígia Coelho Prado, relata que a primeira instituição de ensino superior no Brasil foi a “Escola de Cirurgia da Bahia, criada em 1808. Alguns anos depois são construídas as faculdades de Direito de São Paulo e de Olinda, aproximadamente em 1827”. O período de 1911 a 1930 ficou reconhecido como Primeira República, ficando marcado pela ordem e o conservadorismo, sendo também conhecido como República Velha, República do Café com Leite ou República dos Coronéis. Neste período poder se concentrava nos coronéis de São Paulo e Minas Gerais. Na intenção de diminuir alguns protestos e pelo desejo de aumentar o direito de votos (“pensamento liberal”) surgem as primeiras instituições públicas, juntamente com os princípios estabelecidos na Constituição de 1891. Era de responsabilidade da União o ensino superior e secundário e, aos estados, a educação primaria e profissional. Essa divisão reafirmava o caráter elitista do contexto educacional e ao mesmo tempo a descentralização do ensino, pois, a educação secundária era oferecida a elites e a educação elementar era destinada as classes menos favorecidas. A educação passou a ser um direito de todos, porém não havia investimento do governo para garanti-la. Ficando para o sistema privado a demanda educacional. A história da educação brasileira foi marcada por várias reformas e como sinaliza o teórico BORGES (2003), foram reformas que não visavam à melhoria no atendimento aos alunos, não estavam relacionadas aos processos ensino aprendizagem. A preocupação estava ligada diretamente a contenção de despesas, resultado dos ajustes econômicos que o Brasil trilhava como um dos países em desenvolvimento. "Reformas da organização e da administração dos serviços educacionais também se tornaram um foco de atenção ante a necessidade de dar conta dos custos sociais do ajuste econômico em um contexto de severas restrições orçamentárias na maioria dos países em desenvolvimento" (BORGES, 2003, p.130) É importante ressaltar que neste período surgem os educadores pesquisadores da pedagogia que contribuíram para o aprimoramento da educação. Tais pesquisadores se empreendiam em debates com planos e reformas para melhoria da educação. São citados por BOMENY(1993, p.24), Anísio Teixeira, Lourenço Filho, Fernando de Azevedo, Francisco Campos como "cientistas da pedagogia". Em acordo com a autora Helena Bomeny (1993), compreendemos que a educaçãobrasileira começa a ser vista como política pública a partir de 1891, mais precisamente a partir das caravanas dos cientistas da pedagogia quando iniciam as reformas. O período de 1930 a 1937 foi marcado pelo capitalismo industrial no Brasil. Durante esse período, a educação ganhou destaque, pois para satisfazer as exigências do mercado industrial eram necessários conhecimentos e habilidades satisfatórias para o modelo industrial. Assim era possível competir no mercado, que era diferente do modelo agrário. Em 1930 no governo de Getúlio Vargas é criado o Ministério da Educação, na intenção de estabelecer leis e uma considerável reforma no ensino. Percebe-se que a educação já estava sendo institucionalizada, mas ainda não estavam compreendidos para o governo os caminhos da educação brasileira. Essa iniciativa de fato contribui para a qualidade do ensino, mas ao mesmo tempo reafirmava uma exclusão social, pois a escola se dividiu em dois grupos: uma formação para níveis mais altos e outro para atender o mercado de trabalho. Outro período impactante para a educação brasileira foi no final dos anos 70 e início da década de 80, chegava-se ao fim da ditadura militar e começava-se um processo de democracia e de novas conquistas dos espaços políticos que o Brasil havia perdido. Finalizando essa síntese histórica da educação brasileira e políticas, é importante ressaltar que durante os anos de 1930 e até o final da década de 70 as políticas educacionais sofreram um impacto centralizador, que se dirigiam a discursos de construção nacional e de fortalecimento do Estado, que tinham como objetivo apoiar ideias de reformas na economia e na política. E portanto neste aspecto a educação era primordial. A partir de 1980, com globalização amplia-se o interesse pela educação de qualidade, embasados no neoliberalismo que tinha como foco a formação do trabalhador, sendo uma exigência do mercado altamente competitivo. A tendência neoliberal tinha como base as práticas sociais referentes à economia. A partir de 1982 com a eleição direta de governantes, inicia-se a criação de políticas educacionais próprias, ao mesmo tempo, que preveem o envolvimento dos estados na definição das políticas educacionais brasileiras. Ao longo do percurso histórico da educação várias Leis de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira foram instituídas, mas apenas nos ateremos à última - Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, sendo essa a lei que define e regulariza a educação atual. Nessa síntese relacional histórica, percebe-se que as políticas educacionais referem-se ao contexto sociocultural de cada período. Entendemos que os paradigmas criados servem de parâmetros para implementação de políticas. Ressaltamos que as conquistas alcançadas durante esse percurso histórico, são resultados de quebras desses paradigmas. Juntamente com a LDB o (FUNDEF) Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental, instituído pela Emenda Constitucional nº 14, de setembro de 1996 e regulamentado pela Lei nº 9.424, de dezembro de 1996, sinalizavam exigências para os professores não qualificados, para que passassem a buscar a sua qualificação. Diante disso, ampliaram-se as possibilidades para os cursos de Pedagogia, para atendimento aos profissionais sem a devida qualificação. Nesse contexto, surgem novas possibilidades para a formação de professores, inclusive com apoio do próprio Governo Federal ao criar o programa Pró-licenciatura. O material orientador do programa se encontra disponível no site do MEC - Propostas Conceituais e Metodológicas – “Com o intuito de impulsionar mudanças efetivas à melhoria da Educação Básica, combatendo diretamente a deficiência de qualidade da escolarização, detectada pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB”.2 (MEC). O programa tem como base os seguintes eixos: 1. a formação consistente e contextualizada do educador nos conteúdos de sua área de atuação; 2. a formação teórica, sólida e consistente sobre educação e os princípios políticos e éticos pertinentes à profissão docente; 3. a compreensão do educador como sujeito capaz de propor e efetivar as transformações político-pedagógicas que se impõem à escola; 4. a compreensão da escola como espaço social, sensível à história e à cultura locais; 5. a ação afirmativa de inclusão digital, viabilizando a apropriação pelos educadores das tecnologias de comunicação e informação e seus códigos; 6. o estímulo à construção de redes de educadores para intercâmbio de experiências, comunicação e produção coletiva de conhecimento. (MEC) Ainda neste mesmo documento é mencionada a escola que queremos. Uma escola de sucesso tem ações que vão de encontro aos anseios dos alunos e toda comunidade escolar e local. É importante relembrar que o aluno ganha centralidade nas práticas escolares. As propostas apresentadas no programa buscam garantir o desenvolvimento da cidadania, colocando os alunos como protagonistas do processo. Abaixo citamos os requisitos básicos contidos no programa, extraído do site do MEC: 1. construir conhecimentos e competências e ampliar as já construídas ao longo da vida de seu alunado, viabilizando o desenvolvimento de novas e mais complexas estruturas e relações com o mundo real e com o conhecimento; 2. oferecer a seus alunos sólida formação que os prepare, não só para seguir sua vida escolar, como para realizar as escolhas que a vida apresenta, a cada instante. Muito mais do que oferecer conteúdos compartimentados por "áreas do saber", o ensino deve ter como foco as diversas dimensões da formação humana: a cognitiva, a cultural, a ética, a e a afetiva. Para um país justo e igualitário, não se pode reforçar a cultura do 2 Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/proli_an3.pdf. Acesso em: 30 de Jul. de 2019. http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/proli_an3.pdf individualismo e da ambição por status econômico, em detrimento dos princípios éticos e de cidadania; 3. oferecer educação que valorize tanto as dúvidas como as respostas e que leve os estudantes a desenvolver visão crítica do mundo real, do próprio conhecimento e de seus meios de produção; 4. levar os alunos a entender o conhecimento humano como instrumento de comunicação e de intervenção no mundo real; 5. estar firme e vivamente ligada à comunidade em que se insere, trazendo para o universo da escola as questões cotidianas do meio em que se encontra. O que não significa um processo artificial de contextualização das disciplinas que ali são lecionadas, mas que os conhecimentos trabalhados tenham sentido e significado a partir da clareza de sua função social; 6. contribuir para a inclusão digital oferecendo a estudantes e professores acesso às chamadas TIC, Tecnologias de Informação e Comunicação, gerando competência para que sejam tanto leitores como autores nesses meios. (MEC) É preciso inovação constante das práticas pedagógicas, a formação continuada pode garantir práticas inovadoras que se alinham aos avanços do mundo moderno. O perfil de professor que a educação precisa ganha destaque e são elencados 10 pontos a serem desenvolvidos. 1. Formação teórica ampla e consistente, visão contextualizada dos conteúdos de sua área de atuação, de forma a garantir segurança em seu trabalho e viabilizar o estabelecimento de parcerias com vistas ao desenvolvimento de ações e à produção interdisciplinar; 2. Formação ampla e consistente sobre educação e sobre princípios políticos e éticos pertinentes à profissão docente; 3. Compromisso ético e político com a promoção e o fortalecimento da cidadania; 4. Formação que permita entender a gestão democrática como instrumento para a mudança das relações de poder nas diversas instâncias do sistema educacional; 5. Domínio das tecnologias de informação e comunicação; 6. Frequente comunicação com pares e com instituiçõesde ensino e de pesquisa, inclusive com professores e pesquisadores de Instituições de Ensino Superior; 7. Capacidade de se manter permanentemente atualizado tanto em questões educativas como as de sua área de conhecimento e da produção científica e cultural; 8. Visão clara sobre quem são seus alunos e o espaço cultural em que se encontram estudantes e escola; 9. Capacidade e segurança para migrar do papel de reprodutor de conhecimento produzido por terceiros para o de produtor de conhecimento, autor de seu projeto profissional e de bens culturais (incluindo propostas pedagógicas e materiais de apoio à educação); 10. Compreensão dos processos de aprendizagem de modo a ser capaz de trabalhar as diferenças individuais e necessidades especiais dos estudantes. (portal.mec.gov.br/pro- licenciatura). (MEC) Mesmo tendo como foco principal a formação dos professores para o cumprimento da lei, essa proposta de formação continuada, ofereceu uma oportunidade importante aos professores que foi a qualificação dos docentes. Com base nessas Políticas Públicas a demanda emergencial da sociedade de qualificar professores da educação básica foi atendida. Pela LDB, os professores precisariam ter o curso superior na área de atuação profissional. Para os que já estivessem trabalhando sem a devida formação era oferecido um tempo de carência para se qualificarem. Com o passar dos anos os nomes dos programas mudam, mas os objetivos continuam basicamente os mesmos. A fim de qualificar uma parcela da sociedade vão surgindo outras iniciativas e programas. SAIBA MAIS! FERREIRA, L. A. M,; NOGUEIRA, F.M. de B.Impacto das políticas educacionais no cotidiano das escolas públicas – Plano Nacional de Educação. Disponível em http://pne.mec.gov.br/images/pdf/Noticias/impactos_politicas_educacionais_cotidiano_escol as_publica_PNE.pdf> http://pne.mec.gov.br/images/pdf/Noticias/impactos_politicas_educacionais_cotidiano_escol http://pne.mec.gov.br/images/pdf/Noticias/impactos_politicas_educacionais_cotidiano_escol UNIDADE III - Políticas Públicas Educacionais As políticas públicas da educação pertencem ao grupo de políticas públicas sociais do país. Deste modo, estabelecem elementos de normatização do Estado, que tem como objetivo garantir a educação para todos e de qualidade, tendo como objetivo o desenvolvimento integral do educando. As políticas educacionais se voltam para o ambiente escolar que enfatiza ensino- aprendizagem. Tais decisões estão relacionadas à construção de prédios, formação docente, valorização dos profissionais, matriz curricular, currículo, gestão escolar, dentre outras. Neste sentido, construir uma política pública educacional eficiente, não é tão simples, requer dedicação no “ciclo das políticas”, quer seja na formação da agenda, planejamento, escolha das ações, execução e avaliação. É imprescindível a abrangência de uma série de variáveis, na intenção de atender todos os cidadãos, cada um com suas necessidades e anseios. No dinamismo social em que vivemos é fato que as necessidades educacionais mudam e consequentemente as políticas também sofrem mudanças. Podemos dizer que as políticas públicas educacionais estão ligadas aos momentos históricos de um determinado país e do mundo. Geralmente, as políticas educacionais são construídas a partir das leis votadas pelo Poder Legislativo em âmbito Federal, Estadual e Municipal. A participação dos cidadãos ocorre por meio dos conselhos de políticas públicas, como momento para discussão das demandas existentes, analisando-se o bem comum na promoção de uma sociedade cidadã. Ao implantar modelos educacionais construídos pelo governo e cidadãos, as políticas públicas viabilizam a construção de uma sociedade capaz de argumentar e colaborar com o crescimento da nação. Deste modo, é extremamente importante para o crescimento do país a implementação de tais políticas. Dessa forma, as políticas educacionais podem ser compreendidas como instrumentos para a construção de valores e conhecimentos que viabilizam o pleno desenvolvimento do educando. Exercendo a capacidade https://blog.unyleya.edu.br/insights-confiaveis/afinal-voce-sabe-o-que-sao-politicas-publicas/ https://blog.unyleya.edu.br/insights-confiaveis/afinal-voce-sabe-o-que-sao-politicas-publicas/ Nesse sentido, estado e município devem garantir a todo brasileiro o direito ao acesso a educação. É preciso que haja espaços adequados e suficientes para atender o número de alunos, em alguns casos, se faz necessário a apropriação do transporte escolar. Diante dessa realidade, o governo federal teve iniciativas como o Programa Caminho da Escola. Tal programa atende a necessidade de estudantes que tem suas residências longe dos espaços educacionais, como exemplo: em áreas rurais e ribeirinhas. reflexiva e de argumentação, compreendendo o mundo ao seu redor e a si mesmo o exercício da cidadania. No Brasil,3 as políticas da educação são pautadas num processo nacionalista com base na legislação. São debatidas temáticas essenciais para a garantia de uma educação de qualidade para todos. São partes integrantes desse processo, a sociedade como um todo (governo, educadores, alunos, pais). Neste contexto, é fundamental que as políticas educacionais estejam pautadas em alguns aspectos apontados pela Constituição Federal e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996). Especialmente a garantia do direito de acesso à educação a todos brasileiros. Em seu artigo 3º, a LDB diz que o ensino deverá considerar: “igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; liberdade de aprender (…); pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; respeito à liberdade e apreço à tolerância; valorização do profissional da educação escolar e garantia de padrão de qualidade”. Outra estratégia para garantir a educação para todos é a construção de políticas para a educação a distância. Essa modalidade viabiliza o acesso à educação de jovens e adultos que tem a necessidade de conciliar a vida de trabalhador e estudante. Temos registros de iniciativas do governo na oferta de curso na modalidade a distância em várias regiões do Brasil. Também é dever do Estado garantir o acesso à educação aos alunos com dificuldade de locomoção que são impedidos de chegarem até a escola, 3 Sugestão de leitura para melhor compreensão do tema: BASTOS, Manoel de Jesus. Políticas Públicas na Educação Brasileira. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Edição 05. Ano 02, Vol. 01. pp 253-263, Julho de 2017. ISSN:2448-0959 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394compilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394compilado.htm https://blog.unyleya.edu.br/guia-de-carreiras/conheca-7-opcoes-de-atuacao-para-um-profissional-de-educacao/ https://www.nucleodoconhecimento.com.br/tag/politicas-publicas https://www.nucleodoconhecimento.com.br/tag/politicas-publicas https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao como aqueles hospitalizados ou em centros de detenção. É de responsabilidade do estado também, garantir um ambiente escolar inclusivo para crianças e alunos com necessidades especiais. Em relação à educação especial inclusiva, podemos citar como exemplo uma ação do Governo Federal que é o Programa Beneficio de Prestação Continuada na Escola, que tem como objetivo monitorar o acesso e permanência dos alunos com deficiência na escola, oferecendo também, a formação de gestores dessa localização em educação inclusiva e acessibilidade. Outra ação estratégia para promover a qualidade da educação para todos, consiste em diminuir o déficit de aprendizagem, cabendo às políticas educacionais a promoção de ações para identificar e eliminar o déficit de aprendizagem, na intenção de nivelaro conhecimento do aluno à série em que ele se encontra. Temos como exemplo o Programa Brasil Alfabetizado, que tem como objetivo acabar com o analfabetismo entre jovens a partir de 15 anos, adultos e idosos. Uma educação de qualidade envolve uma boa matriz curricular, uma arquitetura escolar favorável para o contexto local, disponibilização de livros, carteiras, computadores, acesso à internet e outros recursos tecnológicos. É fundamental também a formação continuada dos profissionais, promovendo práticas inovadoras para atrair a participação dos alunos. Nessa mesma direção, é fundamental para o sucesso educacional promover a integração entre a família e a escola. Para concretizar essa a ação a criação de projetos educacionais, eventos culturais e apresentação dos trabalhos pedagógicos, são boas estratégias. Neste sentindo, os educandos precisam adquiri consciência sobre a relevância da educação para o desenvolvimento social, cultural e para o seu próprio crescimento. Finalizando essa parte, podemos concluir que as políticas educacionais quando eficientes, podem garantir a qualidade do ensino, trazendo de volta os alunos evadidos ou atrasados e viabilizando o atendimento aos estudantes com necessidades específicas. http://portal.mec.gov.br/programa-brasil-alfabetizado https://blog.unyleya.edu.br/cotidiano/o-que-voce-pode-fazer-para-melhorar-a-educacao/ Percebe-se que a Educação a Distancia no Brasil, surge da necessidade de levar formação às pessoas que se encontravam distantes das sedes das instituições de ensino. Registramos aqui uma linha do tempo da ampliação dessa conquista. Há relatos que a modalidade a distância surgiu no Brasil aproximadamente no ano de 1923 com a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, oferecendo cursos como de Português, Francês e Literaturas. Também no Rio Instituto a educação a distância começava se expandir e faziam parte dessa modalidade os materiais impressos e via correios. Na década de 1970, agregava-se a essa modalidade mais um instrumento pedagógico, além do Em 1978 é criado o programa de televisão denominado na época de Telecurso 2º grau, (parceria da Fundação Padre Anchieta e Fundação Roberto Marinho). O curso seguia o currículo do 2º grau, ampliando algumas disciplinas, especialmente (Matemática, História, Geografia, Língua Portuguesa e Literatura). Foi um dos pioneiros na educação à distância no Brasil. Com ele, abaixo, recortes da época.4 Políticas Públicas em EAD no Brasil de Janeiro em 1934 foi lançada a Rádio Escola Municipal. No ano de 1941 em São Paulo é fundado o Instituto Universal Brasileiro. A partir da criação do material impresso, surgem as fitas cassete de vídeo. era possível fazer o teste para obtenção do diploma do ensino médio. Seguem 4 Disponível em: http://www.anosdourados.blog.br/2017/09/cantinho-dos-anos-70_30.html Figura 8 Figura 9 http://www.anosdourados.blog.br/2017/09/cantinho-dos-anos-70_30.html Na atualidade com a evolução da tecnologia e a expansão da internet no Brasil, surge a nova tendência da modalidade de educação a distância. Os cursos são oferecidos com o uso dos computadores, sendo possível comunicação em tempo real. Deste modo, promove interação entre professor e aluno. A partir da evolução tecnológica da internet, as universidades começam a investir em cursos superiores a distância. No Brasil temos a LDB de 1996 que normatiza a oferta desses cursos. Em seu artigo 80 diz o seguinte: Artigo 80: O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada. § 1º. A educação à distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União. § 2º. A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de diploma relativo a cursos de educação à distância. § 3º. As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação à distância e a autorização para sua implementação caberão aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas. § 4º. A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá: I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e de sons e imagens; II - concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas; III- reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessionários de canais comerciais. (BRASIL, 1996,LDB) Fica explícito na Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, em seu Artigo 80, que o Poder Público deverá promover o desdobramento de programas de ensino a distância para todos os níveis. O avanço tecnológico tem incentivado o desenvolvimento de políticas públicas educacionais que contemplem programas de educação a distância. As Políticas Públicas voltadas para educação a distância tem como objetivo: a formação de professores, a promoção de uma educação inclusiva, ampliação da oferta de ensino e expansão do ensino em todos os níveis. Nesta direção, são criados cursos e ofertados para públicos específicos, com a Tem como objetivo o compartilhamento de conhecimentos. Uma biblioteca virtual. “Com um acervo de mais de 123 mil obras e um registro de 18,4 milhões de visitas, o Portal Domínio Público é a maior biblioteca virtual do Brasil (dados de junho de 2009). Lançado em 2004, o portal oferece acesso de graça o acesso a obras literárias, artísticas e científicas (na forma de textos, sons, imagens e vídeos), já em domínio público ou que tenham a sua divulgação autorizada.” (MEC). possibilidade de alcançar um número maior de pessoas. Podemos citar alguns Projetos e Programas voltados para a Educação a Distância (EAD). 1 - Portal Domínio Público Figura: 10 Link: http://www.dominiopublico.gov.br http://www.dominiopublico.gov.br/ 2- eProInfo Figura: 11 Link: http://e-proinfo.mec.gov.br “e-Proinfo - Ambiente Colaborativo de Aprendizagem. É um ambiente virtual de aprendizagem que possibilita a concepção, administração e desenvolvimento de vários tipos de ações, exemplos: cursos a distância, extensão de cursos presenciais, projetos de pesquisa, projetos colaborativos e outras formas de apoio a distância e ao processo ensino-aprendizagem.” (MEC). 3- Mídias na Educação Figura: 12 Link: http://webeduc.mec.gov.br/midiaseducacao/ Visa promover formação continuada para o uso pedagógico das diferentes tecnologias da informação e da comunicação. As discussões desse curso têm como palco a educação e a Sociedade da Informação e Comunicação. (MEC) http://e-proinfo.mec.gov.br/ http://webeduc.mec.gov.br/midiaseducacao/ 4 – Pro Infantil Figura:13 Link: http://portal.mec.gov.br/proinfantil Busca qualificar profissionais sem a formação especifica para o magistério, que atuam em sala de aula da Educação Infantil, nas creches e pré- escolas das redes públicas - municipais e estaduais – e da rede privada, sem fins lucrativos – filantrópicas conveniadas ou não. (MEC) 5 – Projeto RIVED Figura:14 Link: http://rived.mec.gov.br/projeto.php Tem como objetivo a produção de conteúdos pedagógicos digitais. http://portal.mec.gov.br/proinfantil http://rived.mec.gov.br/projeto.php 6 - Tv escola/o canal da educação Figura: 15 Link: https://api.tvescola.org.br A TV Escola é um canal de televisão que foi criado no dia 4 de março de 1996 no Brasil e pertence ao Ministério da Educação. Visa a distribuição digital de vídeos, jogos, PDFs, revistas onlines e URLs . O site do MEC apresenta os principais objetivos da TV Escola. Podemos citar “o aperfeiçoamento e valorização dos professores da rede pública, o enriquecimento do processo de ensino-aprendizagem e as melhorias da qualidade do ensino.” (MEC) 7 - UAB – UniversidadeAberta do Brasil Figura:16 . Link: http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-educacao-a-distancia-sp- 2090341739/programas-e-acoes?id=12265 Tem como objetivo a ampliação da oferta de cursos e programas de educação superior através da Educação a Distância. (MEC) https://api.tvescola.org.br/ http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-educacao-a-distancia-sp-2090341739/programas-e-acoes?id=12265 http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-educacao-a-distancia-sp-2090341739/programas-e-acoes?id=12265 8-Mais Educação Figura:17 Link: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/mais_educacao.pdf “O Programa Mais Educação, foi criado pela Portaria Interministerial nº 17/20075 e regulamentado pelo Decreto 7.083/10. É uma estratégia do Ministério da Educação visando a construção da agenda de educação integral nas redes estaduais e municipais de ensino, ampliando a jornada escolar nas escolas públicas, para no mínimo 7 horas diárias, se constituindo por meio de atividades optativas nos macro campos: acompanhamento pedagógico; esporte e lazer, educação ambiental; direitos humanos em educação; cultura e artes; promoção da saúde; comunicação e uso de mídias; investigação no campo das ciências da natureza e educação econômica”. (MEC) 9 – Educação Conectada Figura: 18 Link: http://educacaoconectada.mec.gov.br/ 5 Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/mais_educacao.pdf. Acesso em: 08 de Agos. de 2019. http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/mais_educacao.pdf http://portal.mec.gov.br/component/docman/?task=doc_download&gid=2446&Itemid http://portal.mec.gov.br/component/docman/?task=doc_download&gid=2446&Itemid http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7083.htm http://educacaoconectada.mec.gov.br/ http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/mais_educacao.pdf Tem como objetivo a formação inicial e disponibilizar currículos de referência para a formação de professores mediada por tecnologia, alinhados com a Base Nacional Comum Curricular. Além de: formação continuada, ofertando aos professores e gestores da educação básica, formação relacionada à inovação tecnológica educacional, na plataforma online; e disponibilização de cursos específicos sobre práticas pedagógicas mediadas pelas tecnologias e cultura digital. (MEC). Políticas Públicas de Educação – formal – não formal - informal É necessária uma visão ampliada do processo educacional, processo esse não reducionista, mas que reconhece a educação formal, não formal e informal. Uma política pública que ultrapasse os muros das escolas, que ocupe espaços públicos urbanos, permitindo que estudantes configurem esses espaços com suas práticas, onde se ensina e aprende. A Educação que assumi essas experiências tem diversas possibilidades metodológicas, por meio de observação, registros, vídeos, documentários dentre outras oportunidades. A educação em espaços não formais possui um perfil multidisciplinar, e se abre para novos elementos, novos atores sociais interessados em contribuir com a educação. Neste contexto, a educação e suas relações sociais são repensadas, repaginando o modelo convencional. A autora Vera Candau (2010) reconhece a importância dos espaços educativos em espaços não formais de educação, pois considera a relação das práticas sociais com o conhecimento. Do mesmo modo, Rincón (2011) afirma que “a educação informal perpassa a educação formal” (Rincón, 2011, p. 5). O autor Gohn (2006), apresenta a educação em três vertentes, sendo elas: formal, não formal e informal. A educação formal é a desenvolvida nas escolas, seguindo as diretrizes curriculares. A educação informal, é aquela que acontece em processos espontâneos, são os saberes de um grupo social e cultural que se compartilham. A educação não formal ocorre na busca de determinados sujeitos em apropriar-se de ambientes para além do espaço escolar, configurando-os como espaços educativos. A educação formal se baseia nas regulamentações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e dos Parâmetros Curriculares Nacionais, a partir da educação infantil até o ensino superior. Deste modo, a educação formal brasileira, além dos documentos de base e leis, é regulamentada pelo Ministério da Educação, pelas Secretarias de Educação e Conselhos Estaduais e Municipais de Educação. Em relação à educação informal, podemos reconhecê-la como aquela que compartilha conhecimentos por meio das experiências cotidianas, podendo ser as vivências de casa, da comunidade, do trabalho, do lazer ou em algum grupo social. A educação não formal difere das duas acima citadas. Essa não se submete às regulamentações e órgão educacionais, porém assume atividades educativas de forma organizada e sistemática, mesmo sendo essas realizadas fora dos âmbitos escolares. Para melhor compreensão daremos alguns exemplos dos mais diversificados espaços existentes, sendo eles: Museus, Jardins Botânicos, Parques Municipais, Planetários, Zoológicos, dentre outros. Nessa mesma direção, em 1990 na Conferência Mundial de Educação para Todos, foi elaborado um “Plano de Ação com o objetivo de atender as necessidades básicas de aprendizagem”. Neste documento, foram elencadas novas possibilidades de trabalho na educação básica. A partir dessas propostas passa-se a visualizar uma educação não formal. Após seis anos a LDB n° 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) revela que os espaços de educação não se reduzem apenas ao espaço escolar. Neste sentido, o conceito de educação envolve processos de aprendizagens que ocorrem em outros espaços, além dos muros da escola, perpassando pelo processo de educação formal. A partir dessa compreensão concebemos o que nomeamos de educação não formal. Em seu artigo 1° diz: A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. (LDB, 1996) Neste sentido, a educação não formal pode ocorrer em diversos ambientes, proporcionando a aprendizagem de conteúdos da educação formal. De acordo com Libâneo (2008, p. 89), refere-se a “atividades com caráter de intencionalidade, porém com baixo grau de estruturação e sistematização, implicando certamente relações pedagógicas, mas não formalizadas”. Deste modo, são práticas sociais com intencionalidades educativas desenvolvidas com objetivo de promover a construção do conhecimento. Segundo Steffani (2011), “o conceito escola se expande muito além dos muros escolares, incluindo todas as relações pessoais e coletivas, que incorporam tanto o ensino formal quanto o ensino não formal” (STEFFANI, 2011, p.200). A educação em espaços não formais vem apresentando novas configurações culturais, sociais e educacionais. Tal processo possibilita diversas experiências na formação cidadã, promovendo educação de direitos humanos, de conhecimento cultural, social e político. Baseadas na liberdade de expressão, igualdade e democracia. Além das políticas educacionais apresentadas ao longo do texto, existem outras iniciativas de grande importância na Educação do Brasil que merecem ser lembradas. No ano de 2000 houve um aumento na promoção de políticas públicas educacionais, sendo implantadas políticas de médio e longo prazo. É possível sinalizar algumas ações do governo nessa época: 1) O Programa Universidade para Todos – PROUNI,6 lançado em 2004, tem como objetivo a oferta de bolsas de estudo de graduação para alunos em universidades privada. Como incentivo é oferecido as Universidades a isenção de impostos para participarem do programa. A distribuição de bolsas é realizada observando a renda, ou seja, bolsas parciais para estudantes com renda familiar de até três salários mínimos, e bolsas integrais para aqueles quea renda é inferior a um salário e meio. 2) O Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), lançado em 2007, tem como objetivo aumentar o número de vagas nas Universidades e reduzir a evasão nos cursos de graduação presencial. 3) O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização do Magistério – FUNDEB, desde janeiro de 2007, tem como objetivo o repasse de recursos para a toda a Educação Básica, em substituição do FUNDEF, que se manteve até 2006. 6 Mais informações disponíveis no site: http://prouniportal.mec.gov.br/legislacao http://prouniportal.mec.gov.br/legislacao 4) O Plano de Desenvolvimento da Educação7 – PDE, lançado em 2007, é uma espécie de programa, que perpassa pelos os outros programas e ações do governo voltados para o desenvolvimento da educação em todos os níveis (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, educação superior e pós-graduação). O (PDE) se organiza em quatro eixos: Educação Básica, Educação Superior, Educação Profissional e Tecnológica, Alfabetização e Educação Continuada. De forma resumida e pontual, citaremos mais alguns exemplos de programas educacionais que foram desenvolvidas no país. • Programa Brasil Alfabetizado - programa estadual para a alfabetização de jovens, adultos e idosos. • Educação para Jovens e Adultos (EJA) - EJA atende a partir do ensino fundamental até o ensino médio. • Programa Escola Acessível - Sua criação foi no intuito de ampliar a acessibilidade no ambiente escolar da rede pública . • (PROLIND) - Programa criado para dar apoio financeiro aos cursos de licenciaturas indígenas ou interculturais para a formação de professores de escolas indígenas. • Programa Caminho da Escola - Criado para melhorar e aumentar o número de veículos que fazem o serviço de transporte nas redes de ensino estaduais e municipais. • Educação em Prisões - O programa é educativo e tem como objetivo oferecer o ensino a jovens e adultos reclusos em sistema prisional. • Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC) - tem como objetivo ampliar a promoção de cursos de 7 Decreto nº 6.094 de 24 de abril de 2007, que dispõe sobre a implementação do Plano de Metas do PDE. Resolução CD/FNDE nº 29, de 20 de junho de 2007, que estabelece os critérios, os parâmetros e os procedimentos para a operacionalização da assistência financeira suplementar e voluntária a projetos educacionais, no âmbito do Plano de Metas do PDE, no exercício de 2007. Resolução nº 47, de 20 de setembro de 2007, que altera a Resolução CD/FNDE nº 29, de 20 de junho de 2007, e estabelece os critérios, os parâmetros e os procedimentos para a operacionalização da assistência financeira suplementar e voluntária a projetos educacionais, no âmbito do Plano de Metas do PDE, no exercício de 2007. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/par/legislacao. Acesso 03 Agost. 2019. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6094.htm http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/r29_20062007.pdf http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/resolucao_047.pdf http://portal.mec.gov.br/par/legislacao Estão disponíveis pelo governo A sociedade deve ser participativa, atuando ativamente na elaboração de programas e ações direcionadas a educação. Levando ao conhecimento do Poder Público demandas e sugestões, fazendo exigências conscientes, visando a qualidade do ensino prevista pela legislação, especificamente pela devem considerar o cenário educacional brasileiro em seus contextos socioculturais e econômicos. educação tecnológica e profissionalizante. Sua abrangência são estudantes da rede pública, trabalhadores e beneficiários de outros programas sociais. • Programa Brasil Profissionalizado. Tem como objetivo a educação profissionalizante de jovens do ensino médio da rede pública de ensino. Considerando a educação como um direito garantido pela Constituição Federal e a sua importância na vida do cidadão, podemos afirmar que as políticas educacionais são fundamentais para o processo de desenvolvimento do país, pois melhoram a qualidade do ensino e aumentam as ofertas de cursos, de modo, que todos sejam atendidos no âmbito educacional. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com este estudo alcançamos a compreensão da constituição de Políticas Públicas, bem como, as tomadas de decisões e o processo de elaboração e prática dessas decisões. muitos programas voltados para a escola, melhor dizendo para a educação. Aos governantes cabem os investimentos na educação, e em Políticas Públicas que se voltam para ela, com o objetivo de melhorar a qualidade da educação brasileira. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. As políticas de educação Analisando o percurso histórico da educação brasileira e as reformas educacionais, destacamos a ampliação da oferta de vagas e a garantia para que os estudantes estejam na escola por mais tempo pela ampliação da jornada escolar. Ressaltamos também, a modalidade de Educação a Distância (EAD), que na atualidade continua ganhando destaque, principalmente na oferta de cursos a nível superior. Ainda citamos a educação não formal que acorre em espaços fora dos estabelecimentos de ensino. É um processo organizado, com objetivos traçados e intenções claras. Garante atividades que contribuem para o processo de aprendizagem, preocupando-se com a formação de cidadãos conscientes da sua liberdade de expressão, do exercício da democracia, cidadania e inclusão social. É importante destacar que atualmente a política educacional tem mais ênfase nos processos formais, ligados ao desempenho em sala de aula dentro do espaço escolar. A educação formal tem como base diretrizes e documentos elaborados e publicados pelo Ministério de Educação (MEC), contendo objetivos e metodologias para o desenvolvimento das práticas educacionais. Concluímos que as Políticas Públicas Educacionais são um sistema de ações coletivas que visam garantir de forma permanente o direito a uma educação de qualidade para todos. Salientamos que a sua formulação acompanha o contexto sociocultural da época, ancoradas em paradigmas que servem de parâmetros para as tomadas de decisões. Sua intencionalidade deve ser a formação do cidadão crítico participante de uma sociedade democrática e inclusiva. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA AZEVEDO, Sérgio de. Políticas públicas: discutindo modelos e alguns problemas de implementação. In: SANTOS JÚNIOR, Orlando A. Dos (et. al.). Políticas públicas e gestão local: programa interdisciplinar de capacitação de conselheiros municipais. Rio de Janeiro: FASE, 2003. BOMENY, Helena. 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