Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MARIA FERNANDA S. ANDRADE - MEDICINA 1º PERÍODO 1 Objetivos: 1- Analisar a diferença entre o rompimento de uma veia e uma artéria, entendendo as consequências do rompimento e os mecanismos de compensação fisiológicos sistêmicos; 2- Relembrar as diferenças entre veias e artérias, descrevendo a circulação nos membros superiores; 3- Citar os tipos de hemorragia, enfatizando suas consequências e a abordagem ideal; 4- Analisar a pressão arterial e os fatores que a alteram. Hemorragias: A hemorragia é a perda de sangue através de ferimentos ou pelas cavidades naturais e pode ser também interna, sem exteriorização do sangue. Podem resultar de um trauma, mas também está presente em diversas condições clínicas. Os quadros agudos com grande perda de volume são graves e podem levar ao choque hipovolêmico e óbito, enquanto as perdas lentas e crônicas costumam levar à anemia ferropriva. As hemorragias podem ser classificadas em arteriais, venosas ou capilares e internas ou externas. As hemorragias arteriais apresentam como características um sangramento de coloração vermelho vivo, em jato pulsátil, enquanto nas venosas o sangue é mais escuro e sai contínua e lentamente, escorrendo pela ferida. Já as hemorragias capilares apresentam coloração intermediária, o sangue goteja lentamente pelo ferimento e geralmente é muito fácil estanca-las através da pressão direta. A hemorragia interna ocorre numa cavidade pré- formada no organismo, como peritônio, pleura e pericárdio. O sangue não é observado no exterior, mas o indivíduo pode apresentar-se pálido, taquicárdico, sonolento, com pele fria e úmida. A suspeita pode ser feita através da avaliação do mecanismo do trauma e da avaliação inicial do paciente. A hemorragia é a principal causa de mortes pós-traumáticas evitáveis. Por isso, a identificação e a parada da hemorragia são passos cruciais na avaliação e tratamento. A hipotensão em pacientes vítimas de trauma deve ser considerada hipovolêmica até que se prove o contrário. É essencial a avaliação rápida e precisa do estado hemodinâmico no trauma, e os elementos clínicos que oferecem informações importantes são o nível de consciência, a cor da pele e o pulso. Quando o volume sanguíneo está diminuído, a perfusão cerebral pode estar criticamente prejudicada, resultando em alteração do nível de consciência. A cor da pele pode ser importante na avaliação de um paciente vítima de trauma, sendo a coloração acinzentada de face e extremidades pálidas sinais evidentes de hipovolemia. Pulso periférico rápido e filiforme é também habitualmente um sinal de hipovolemia. Classificação hemorragia: SE LIGA! A resposta à perda sanguínea não se dá de modo semelhante em idosos, crianças, atletas e em indivíduos com doenças crônicas. Os idosos têm uma capacidade limitada de aumentar a sua frequência cardíaca em resposta à perda sanguínea. Dessa forma, perde-se um dos sinais mais MARIA FERNANDA S. ANDRADE - MEDICINA 1º PERÍODO 2 precoces de hipovolemia, a taquicardia. A pressão arterial tem pouca correlação com o débito cardíaco em idosos. As crianças têm uma grande reserva fisiológica e frequentemente demonstram poucos sinais de hipovolemia. O atleta bem condicionado possui mecanismos compensatórios semelhantes aos das crianças e costumam apresentar uma bradicardia relativa. Consequências: CHOQUE HEMORRÁGICO O choque é definido pelo ATLS como uma anormalidade do sistema circulatório, que resulta em perfusão orgânica e oxigenação tecidual inadequadas. O primeiro passo é reconhecê-lo e o segundo é identificar a sua provável causa para planejar o tratamento. No paciente vítima de trauma a hemorragia é a causa mais comum de choque. Circulação dos membros superiores: Na região do ombro, as artérias axilares de cada um dos lados vão emitir um ramo local, denominado “artéria circunflexa da cabeça e colo do úmero”, responsável pela irrigação da extremidade proximal (epífise proximal) do úmero. Passando então pela região axilar e liberando a artéria circunflexa da cabeça do úmero, a artéria axilar se direciona para o segmento do braço, paralelamente ao úmero e de forma profunda, onde, neste ponto é denominada artéria braquial, que segue até a região do cotovelo onde vai ser chamada de artéria cubital, ponto no qual vai ocorrer a divisão ou bifurcação em artérias radial (lateral no antebraço) e ulnar (medial no antebraço). Posteriormente ou, distalmente a artéria cubital, as artérias radial (lateral) e ulnar (medial) se prolongam em direção ao punho e mão, onde, então, vão dar origem aos vasos responsáveis pela irrigação das estruturas mais distais, como punho, mão e dedos. Veias superficiais x Veias profundas Sabe-se que em relação as artérias, as veias são superficiais. Desta forma, quando estudamos as veias, percebemos que muitas possuem os mesmos nomes das artérias correspondentes. Essas, podemos afirmar MARIA FERNANDA S. ANDRADE - MEDICINA 1º PERÍODO 3 que são paralelas as artérias e consequentemente profundas. Já as veias com nomenclaturas diferentes, costumam ser superficiais e auxiliares no retorno venoso, como veremos a seguir: Veias dos Membros Superiores: Veia Subclávia; Veia Axilar; Veia Braquial; Veia Cubital; Veia Radial; Veia Ulnar; Veia Palmar. Já as veias superficiais são complementares e auxiliam o retorno venoso. Dentre as superficiais de membros superiores, as mais importantes e que por isso recebem nome próprio, são: Veia Cefálica = vai do antebraço e desemboca na veia cubital. Veia Basílica = vai do antebraço e desemboca na veia subclávia. Referências: Material do SanarFlix.
Compartilhar