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DESENVOLVIMENTO-HUMANO-TRANSTORNOS-SÍNDROMES-E-POTENCIALIDADES-NO-ÂMBITO-DA-APRENDIZAGEM

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2 
 
SUMÁRIO 
1 DESENVOLVIMENTO HUMANO ............................................................... 4 
2 FASES DO DESENVOLVIMENTO ............................................................. 5 
3 FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL ............................................ 7 
3.1 A Inteligência é definida por dois aspectos .......................................... 7 
3.2 Assimilação e Acomodação ................................................................. 8 
4 ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR (0-2 ANOS) .............................................. 8 
4.1 Reação Circular .................................................................................... 9 
4.1.1 Reações Circulares primárias ........................................................ 9 
4.1.2 Reações Circulares secundárias .................................................... 9 
4.1.3 Reações Circulares terciária .......................................................... 9 
5 SUBESTÁGIO 1 (0-1 MESES) .................................................................. 10 
6 SUBESTÁGIO 2 (1-4 MESES) .................................................................. 11 
6.1 6.1 As primeiras adaptações adquiridas e a reação circular primária.11 
6.2 Contágio Condutual ............................................................................ 11 
7 SUBESTÁGIO 3 (4-8 MESES) .................................................................. 12 
7.1 A reação circular secundária .............................................................. 12 
7.2 Coordenação de esquemas secundários ........................................... 13 
8 SUBESTÁGIO 4 (8 - 12 MESES) .............................................................. 14 
8.1 Coordenação de Esquemas Secundários Aplicados a Relações Meios 
/ Fins 14 
8.2 Relações Meios / Fins. ....................................................................... 14 
8.3 Passagem ao subestágio 4 ................................................................ 14 
8.4 Esquemas do Subestágio 4 ................................................................ 15 
9 SUBESTÁGIO 5 (12 - 18 MESES) ............................................................ 16 
9.1 Reações Circulares Terciárias ........................................................... 16 
 
 
 
3 
 
9.2 Desaparece o erro de subestágio 4 ................................................... 17 
9.3 Erro de transposição no estágio V ..................................................... 17 
10 SUBESTÁGIO 6 (18 - 24 MESES) ........................................................ 18 
10.1 Invenção de novas combinações de esquemas a partir de suas 
representações. ..................................................................................................... 18 
11 A INTELIGÊNCIA SENSÓRIO-MOTORA DEPOIS DE PIAGET ........... 19 
12 ORIGEM SIMBÓLICA ............................................................................ 20 
12.1 Significantes e significados ............................................................. 20 
13 DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR DA CRIANÇA .......................... 21 
13.1 Estágios do desenvolvimento motor e potencialidades da 
aprendizagem ........................................................................................................ 22 
14 ESTÁGIOS DA APRENDIZAGEM ......................................................... 23 
15 SÍNDROMES E TRANSTORNOS ......................................................... 25 
15.1 Síndromes ....................................................................................... 25 
15.2 Transtornos ..................................................................................... 26 
16 TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM X DIFICULDADE DE 
APRENDIZAGEM ...................................................................................................... 27 
16.1 Transtorno de Aprendizagem .......................................................... 27 
16.2 Dificuldade de Aprendizagem ......................................................... 29 
17 OS DESAFIOS DA COORDENAÇÃO MOTORA .................................. 30 
17.1 Atividades de equilíbrio ................................................................... 31 
17.2 Atividades de Conscientização do Corpo ........................................ 31 
17.3 Atividades de consciência espacial ................................................. 32 
17.4 Movimentos e atividades de dança ................................................. 32 
17.5 Empurrar e puxar ............................................................................ 33 
18 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 34 
 
 
 
 
4 
 
1 DESENVOLVIMENTO HUMANO 
O desenvolvimento humano é muito rico e diversificado. Cada pessoa tem suas 
características próprias, que as distinguem das outras pessoas, e seu próprio ritmo de 
desenvolvimento. 
Por mais que estudemos e nos esforcemos para compreender o 
comportamento humano e seu desenvolvimento, ele sempre reserva surpresas e 
imprevistos. 
 
 
Fonte: www.psicologiamsn.com 
A singularidade do ser humano, que foge a padrões pré-estabelecidos é que 
produz o avanço, o progresso e a mudança. Como diz Piaget, “é o desequilíbrio que 
gera o desenvolvimento, pois este, é uma equilibração progressiva, uma passagem 
contínua de um estado de menos equilíbrio para um estado de equilíbrio superior”. 
O que faz a vida valer a pena é essa constante incerteza quanto ao momento 
seguinte; é isso que nos estimula a inventar, a criar, a realizar, a tentar melhorar nosso 
mundo. Entretanto, apesar das diferenças e da incerteza que marcam o 
desenvolvimento humano, alguns pesquisadores estabeleceram fases de 
 
 
 
5 
 
desenvolvimento, as quais obedecem a certa sequência, válida para todos. Isto é, 
todas as pessoas, ao se desenvolverem, passam por essas etapas embora varie a 
idade e as características. 
2 FASES DO DESENVOLVIMENTO 
 
Fonte: www.minutopsicologia.com.br 
O desenvolvimento humano, não apresenta momentos de modificações 
radicais; a evolução é gradual e contínua. Entretanto, em alguns momentos ocorrerão 
maiores alterações como por exemplo, o crescimento físico na infância e na 
adolescência e mais acentuado, e perceptível do que na idade adulta, que é um 
período de maior estabilidade. 
Mesmo considerando-se o desenvolvimento contínuo, para estudá-lo dividiu-se 
o processo em cinco fases, cada uma com características próprias. 
1. Pré-natal 
2. Infância de zero a 12 anos 
3. Adolescência - dos 12 a 18 anos ou 21 anos) 
4. Idade adulta - dos 21 aos 60 anos 
5. Velhice - dos 60 ou mais. 
A divisão das fases vai depender dos critérios que se estabelecem para se 
concluir que alguém é adulto. No entanto estaremos focando apenas a fase da infância 
 
 
 
6 
 
por ser esta a população atendida pelas atividades. A idade não pode ser o único 
critério na avaliação do grau de desenvolvimento do indivíduo, muito mais importante 
que a idade são as várias dimensões da maturidade, emocional, social, intelectual e 
física. 
Maturidade significa o nível de desenvolvimento em que a pessoa se encontra, 
em comparação com a maioria das pessoas de sua idade. Os vários tipos de 
maturidade estão interligados; um não se desenvolve sem que os outros também se 
desenvolvam. A maturidade pode ser dividida em quatro dimensões principais: 
Maturidade emocional – diz respeito à expressão e ao controle das emoções 
nas diversas idades. Parte fundamental da vida humana. 
Maturidade social – compreenda a evolução da sociabilidade, no sentido de 
superação do egocentrismo infantil, na contribuição para o bem-estar social e a 
participação nas decisões de interesse social. 
Maturidade física – engloba o desenvolvimento das características físicas, 
estatura, peso, sexo, ser canhoto, índio, etc. 
Maturidade intelectual – refere-se à maneira como a pessoa vai conhecendoa 
si mesma e ao mundo que a cerca. 
O desenvolvimento mental envolve: 
- A ampliação dos horizontes: o indivíduo torna-se sempre mais capaz de 
compreender e de pensar o passado, o presente e o futuro, a criança pequena só tem 
condições de perceber e viver o presente. 
- Há um aumento da capacidade para lidar com abstrações e símbolos. 
O exemplo mais característico é o da linguagem, por volta dos 2 anos a criança 
usa 150 palavras; aos 7 anos pode utilizar aproximadamente 2500 palavras e com o 
desenvolvimento torna-se cada vez mais complexa e rica em expressões e ideias. 
- A capacidade de atenção e concentração por períodos cada vez mais longos; 
quanto mais nova a criança, menor sua capacidade de atenção e concentração em 
uma tarefa. Ela se cansa mais facilmente e tende a mudar de atividade. 
- Um declínio do devaneio e fantasia; os sonhos devaneios e fantasias infantis 
não constituem fuga da realidade, mas são normais e necessários para o 
desenvolvimento da criança. 
- O desenvolvimento da memória; não é na infância que a pessoa tem maiores 
possibilidades no campo da memória, pois a linguagem, as experiências, as 
 
 
 
7 
 
percepções e a compreensão infantis estão longe de ter atingido o seu 
desenvolvimento máximo para essa possibilidade. 
- Um aumento da capacidade de raciocínio; o raciocínio será mais ingênuo e 
egocêntrico na fase infantil. 
3 FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL 
 
Fonte: institutopensi.org.br 
A conduta humana organiza-se em esquemas de ações ou de representações 
adquiridos, elaborados pelo indivíduo a partir de sua experiência individual, que 
podem coordenar-se variavelmente em função de uma meta intencional e formar 
estruturas de conhecimento de diferentes níveis. A função que integra essas 
estruturas e sua mudança é a inteligência. 
3.1 A Inteligência é definida por dois aspectos 
Organização: forma determinada de organização do conhecimento. Exemplo: 
não pensamos em como caminhamos, simplesmente caminhamos, ou seja, tenho 
uma estrutura conhecido, a ação é o plano representativo deste esquema. 
Adaptação: realiza-se através da assimilação e acomodação. 
 
 
 
8 
 
3.2 Assimilação e Acomodação 
Assimilação: transforma o objeto de conhecimento de acordo com o que temos 
construído. Exemplo: comer maçã o organismo absorve, faz parte dele. 
Acomodação: adaptar-se ao objeto de conhecimento através do sujeito. O 
sujeito se transforma para acomodar o objeto. Exemplo: a criança difere que existem 
vários tipos de cães, pequeno, grande, feroz, amigo. 
4 ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR (0-2 ANOS) 
 
Fonte: 4.bp.blogspot.com 
Desenvolvimento inicial das coordenações e relações de ordem entre ações, 
início de diferenciação entre o próprio corpo e os objetos; aos 18 meses, mais ou 
menos, constituição da função simbólica (capacidade de representar um significado a 
partir de um significante). No estágio sensório-motor o campo da inteligência aplica-
se a situações e ações concretas. 
 Subestágios do estágio sensório-motor: 
 Subestágio 1(0-1 meses); 
 Subestágio 2(1-4 meses); 
 Subestágio 3(4-8 meses); 
 Subestágio 4(8-12 meses); 
 Subestágio 5(12-18 meses); 
 Subestágio 6(18-24 meses). 
 
 
 
9 
 
4.1 Reação Circular 
Segmento de conduta que o bebê associa a uma consequência que tenta 
reproduzir repetindo tal conduta. O resultado deste exercício é o fortalecimento do 
esquema motor, que tenderá a conservar-se e a aperfeiçoar-se. 
 
4.1.1 Reações Circulares primárias 
 
São esquemas simples, descobertos fortuitamente pelo bebê e circunscritos a 
seu próprio corpo. Exemplo: chupar a mão; 
 
4.1.2 Reações Circulares secundárias 
 
São coordenações de esquemas simples cujas consequências são inicialmente 
casuais. Ao contrário das primeiras, os efeitos associados à conduta ocorrem não 
mais no próprio corpo, senão no meio físico ou social. Exemplo: adulto tamborilar os 
dedos sobre a mesa, o bebê se agita e o adulto entende que deve repetir o ato. 
 
4.1.3 Reações Circulares terciária 
 
Resultam da coordenação flexível de esquemas secundários, experimentando 
novos meios que levam a um efeito desejado, servem para "ver o que acontece". 
Exemplo: a criança usa um objeto para lançar outro. 
 
 
 
10 
 
5 SUBESTÁGIO 1 (0-1 MESES) 
 
Fonte: t2.uc.ltmcdn.com 
O bebê relaciona-se com o mundo através dos sentidos e da ação. Os reflexos 
inatos proporcionam-lhe um repertório mínimo de condutas, mas que é suficiente para 
sobreviver. 
A conduta reflexiva é desencadeada quando ocorre uma determinada 
estimulação. Exemplo: sucção. 
Este estágio é caracterizado pela repetição dos esquemas motores inatos. O 
processo fundamental na adaptação é a assimilação: a experiência derivada do 
exercício do reflexo permite ao recém-nascido adaptar-se a novas condições de 
estímulo repetindo assimiladoramente o mesmo esquema de ação; ou seja, reagindo 
de modo semelhante a ambas, a assimilação nova à anterior. 
A Assimilação apresenta 3 aspectos: 
Repetição: assimilação funcional ou reprodutora, que assimila o objeto à 
função. Exemplo: suga o mamilo sempre que este é aproximado; 
Generalização: assimilação extensiva a objetos novos e variados. Exemplo: 
suga todo objeto colocado próximo a boca (fralda, bico) 
 
 
 
11 
 
Reconhecimento: a duração, intensidade ou os componentes do esquema 
motor reflexo diversificam-se em função das características do estímulo; por isso 
dizemos que o indivíduo reconhece o objeto. Exemplo: diferenciar o-chupável-que-
alimenta do o-chupável-que-não alimenta. 
6 SUBESTÁGIO 2 (1-4 MESES) 
 
Fonte: cdn.multibrand3.pgsitecore.com 
6.1 6.1 As primeiras adaptações adquiridas e a reação circular primária. 
Formação das primeiras estruturas adquiridas: os hábitos. Exemplo: quando o 
bebê faz algo intencional que o agrada/atrai tenta repetir a ação; 
Esta é uma reação circular primária porque, por um lado, o efeito inicial 
produziu-se de maneira fortuita e porque, por outro, as ações que a criança repete de 
modo rotineiro e invariável estão concentradas em seu próprio corpo. Começam a 
surgir as primeiras coordenações motoras como pressão-sucção, visão-audição. 
6.2 Contágio Condutual 
O assimilador antecedente à assimilação: a criança só imita o adulto quando a 
conduta a ser imitada existe previamente no seu repertório. Exemplo: imitar um som 
que o adulto faça, que por sua vez imitou uma vocalização que a criança já produzia. 
 
 
 
12 
 
7 SUBESTÁGIO 3 (4-8 MESES) 
 
Fonte: www.agravidez.com 
7.1 A reação circular secundária 
Reações circulares secundárias: A reação circular secundária envolve objetos 
externos; ex: casualmente o bebê alcança o móbile de seu berço; este movimento 
tende a ser repetido; o bebê começa a recuperar objetos escondidos. 
Neste estágio a criança já interage com o meio, sua estrutura já não é mais só 
biológica, os novos esquemas são mais ricos e variados e possibilitam uma atividade 
mais liberada. 
A assimilação generalizadora com os objetos é muito ativa, a criança explora 
com curiosidade aplicando esquemas conhecidos associados a efeitos que já é capaz 
de antecipar tais como: chupar sacudir e bater. 
 
 
 
13 
 
7.2 Coordenação de esquemas secundários 
A criança já é capaz de encontrar objetos escondidos; no subestágio anterior, 
o bebê descobre o objeto por acaso; agora, desde o início, existe um objetivo; o bebê 
demonstra originalidade e procura utilizar esquemas antigos; seria o que Piaget 
chama de "assimilação generalizadora". 
A assimilação recognitiva também está relacionada com êxitos posteriores, pois 
neste subestágio aparece o reconhecimento motor ela já associa um objeto ao 
movimento, ao sacudir o braço ela faz soar o chocalho. Agora a atenção e o interesse 
da criança deslocam-se até o resultado das suas ações, ela não faz mais só por fazer, 
a criança é cada vez mais sensível as mudanças da realidade, fonte de desequilíbrio 
e novas acomodações.Os avanços na conduta mostram a proximidade da atividade intencional, porém 
ainda não foi estabelecida a coordenação entre meios e fins. 
O efeito produzido pela reação secundária acontece com repetições casuais e 
também acontece casualmente. A relação entre a conduta e a meta, por exemplo 
espernear para conseguir mexer com os pés um brinquedo pendurado. 
No terceiro subestágio, a criança imita somente a conduta visível em seu 
próprio corpo. A existência do objeto continua ligada as ações e percepções da criança 
ela só o procura se ele está parcialmente oculto, o espaço está restrito a ação 
momentânea pois nesta fase existe a ausência da conservação do objeto. 
 
 
 
14 
 
8 SUBESTÁGIO 4 (8 - 12 MESES) 
 
Fonte: d1b6tx2agdphz5.cloudfront.net/philips-br 
8.1 Coordenação de Esquemas Secundários Aplicados a Relações Meios / Fins 
Esquema Sucessão de ações que possuem uma organização de ações e que 
são sucessíveis de repetição em situações semelhantes. 
Ex: Sacudir um chocalho para fazê-lo soar. 
8.2 Relações Meios / Fins. 
Um esquema media o êxito de uma meta associada a outro esquema. 
Ex: Agarrar um brinquedo, retirando um obstáculo que está entre a criança e o 
brinquedo. 
8.3 Passagem ao subestágio 4 
 Aparecimento da intencionalidade. 
 Acentua-se a atenção que ocorre no meio. 
 Aparecimento das primeiras coordenações do tipo meios-fios. 
 As reações secundárias coordenam-se em função de uma meta não imediata. 
 
 
 
15 
 
 Meios adequados para a consecução do objetivo proposto. 
8.4 Esquemas do Subestágio 4 
 Procedem do repertório prévio da criança, havendo a coordenação intencional. 
 Sacudir um chocalho para produzir um som. 
 Os esquemas ainda não possuem a mobilidade necessária, a conduta se 
repete tipicamente como foi aprendida. 
 Encontrar um objeto que foi escondido, quando isso é feito diante dela. 
 Progressos nas habilidades de imitação aproximada. Entre chocar de mãos 
quando deve bater palmas. 
 Progressos nas habilidades de imitação análoga. Abrir e fechar as mãos 
quando deve abrir e fechar os olhos. 
 Possibilidade de imitar movimentos invisíveis. Mover os lábios. Tocar o nariz, a 
orelha. Mostrar a língua. 
 Coordenação dos esquemas de representação facilitando a compreensão de 
objetos e fatos. 
 Disposição de sair de casa quando lhe colocam determinada roupa. 
 Quando sua fralda é retirada sabe que irá tomar banho. 
Esquemas de conhecimento têm progressos, como os relativos à captação do 
espaço. 
 Observação e provocação de deslocamentos de objetos. 
 Distinção das pessoas (6 - 8 meses) 
 Chorar quando algum estranho se aproxima sem que uma figura bem 
conhecida e protetora esteja presente. 
 Repetição de conduta tal como foi aprendida. 
 
 
 
16 
 
9 SUBESTÁGIO 5 (12 - 18 MESES) 
 
Fonte: static.mildicasdemae.com.br 
9.1 Reações Circulares Terciárias 
É o descobrimento de novas relações instrumentais como resultado de um 
processo de experimentação ajustada à novidade da situação. 
 A assimilação agora não é mera repetição pois na reação circular terciária o 
esquema sensório-motor está integrado por elementos móveis e variáveis em 
cada repetição, à medida que as condições da ação são modificadas. 
 A busca ativa de uma nova relação entre meios e fins inicia-se de modo 
intencional, mas é atingida normalmente de modo fortuito: quando um esquema 
prévio não é eficaz, a criança ensaia procedimentos aproximados até que o 
tateio leve à resposta correta. 
 A criança começa a usar meios novos para atingir seus objetivos e realiza 
verdadeiros atos de inteligência e de solução de problemas. 
 Aproxima um objeto puxando algo sobre o qual está situado, por exemplo uma 
manta ou uma almofada. 
 
 
 
17 
 
 A conduta do barbante é semelhante e consiste em atrair um objeto puxando o 
prolongamento do mesmo que pode ser um barbante; 
 A conduta do bastão consiste em usar um bastão ou um pau para alcançar um 
objeto afastado. 
 Puxar um lençol sobre o qual está de pé até compreender que precisa sair de 
cima para poder pegá-lo. 
 Tentar passar um boneco horizontalmente através das grades verticais do 
parque até entender que precisa fazê-lo girar para conseguir fazê-lo passar. 
 A criança descobre o uso correto do ancinho como instrumento para aproximar 
objetos, brinca aproximando-os e afastando-os alternadamente. 
9.2 Desaparece o erro de subestágio 4 
Já que o esquema de busca prévio não é eficaz, a criança ensaia outros 
procedimentos, até obter o resultado desejado. Ex: quando a bola desaparece sob a 
mesa, nós buscamos ali e não embaixo do sofá. 
9.3 Erro de transposição no estágio V 
 A criança não consegue ainda enfrentar os deslocamentos invisíveis do objeto. 
 A criança é incapaz de inferir que, se o objeto não está na mão do 
experimentador, deve estar embaixo do lenço. 
 Ainda pesam muito as evidências perceptivas diretas; por isso a elaboração da 
permanência do objeto ainda é vista com dificuldade quando ocorrem 
deslocamentos dos objetos com trajetórias ocultas para a criança. 
 A experimentação e o ensaio permitem à criança incorporar a seu repertório 
imitativo novos esquemas. 
 
 
 
18 
 
10 SUBESTÁGIO 6 (18 - 24 MESES) 
 
Fonte: bebesencamino.com 
10.1 Invenção de novas combinações de esquemas a partir de suas 
representações. 
Caracteriza-se pelo aparecimento da representação e, então, os problemas 
podem começar a ser resolvidos no plano simbólico e não mais puramente prático. 
 Esquemas e ações suscetíveis de ser realizadas com ou sobre os objetos que 
compartilham alguma propriedade (por exemplo agarrar objetos de certo 
tamanho, pode-se girar objetos redondos ou cilíndricos) assim, os esquemas 
assimilam os objetos. 
 Os esquemas de ação proporcionam o primeiro conhecimento sensório-motor 
dos objetos como são sob o ponto de vista perceptivo; e o que pode ser feito 
com eles no plano motor. 
 Através da ação dos esquemas, a criança vai elaborando o seu conhecimento 
dos próprios objetos e das relações espaciais e causais que colocam em 
contato certos objetos e acontecimentos com outros. 
 
 
 
19 
 
 O sujeito já não resolve, então, os problemas por tateio, mas parece fazer uma 
reflexão prévia. 
 A criança tentar subir num banquinho, mas, ao apoiar-se nele, ele se desloca. 
Em um momento determinado, a criança se detém na sua ação, parece refletir, 
pega o banquinho e o apoia na parede, evitando, assim, seu deslocamento e, a seguir, 
sob novamente. 
 A aquisição da linguagem mudará as relações da criança. 
 Com o seu aparecimento entramos em uma nova etapa representativa, que 
abrirá novas perspectivas para o seu desenvolvimento intelectual. 
 As novas habilidades são exercitadas em ações predominantemente 
assimilatórias, tais como jogo simbólico, baseado na aceitação do "como se". 
Ex: Brincar com uma caixa "como se" fosse um carro. 
11 A INTELIGÊNCIA SENSÓRIO-MOTORA DEPOIS DE PIAGET 
A descrição da fase sensório motora de Piaget foi feita com a observação de 
seus três filhos, então outras pessoas quiseram pesquisar se este processo ocorre 
igualmente em populações diferentes. E foi constatado que Piaget tinha razão, 
embora algumas diferenças cronológicas foram constatadas, mas por causa da 
estimulação, do meio e da forma como as crianças eram criadas. 
Após muitas pesquisas os psicólogos descobriram a capacidade dos bebês nas 
primeiras semanas de vida demonstrando uma conduta mais precoce do que Piaget 
supunha. A coordenação intersensoial aparece desde os primeiros dias de vida e a 
conservação do objeto ocorre antes do que Piaget supunha, principalmente se o 
objeto é algo significativo para a criança. O que Piaget interpretou em função da 
competência cognitiva foi interpretado posteriormente em função da execução motora. 
Piaget dizia que crianças não procuram o objeto, pois não tem uma representação do 
mesmo,enquanto outros autores dizem que a criança não tem é a habilidade motora 
para pegar o objeto, ex: bebês de nove meses levantam um obstáculo para buscar 
um objeto escondido sob. E um de 5 meses não o faz, mas é porque os de 9 já 
desenvolveram uma habilidade motora para tal. 
 
 
 
20 
 
Na função simbólica os estudos de Piaget fecham com os novos dados 
coletados, a construção da função simbólica é a elaboração do conhecimento sobre a 
realidade e os dois aspectos principais são: a representação e a comunicação. Os 
símbolos são instrumentos criados a serviço da relação interpessoal e a permanência 
do objeto adianta-se quando o objeto é uma pessoa relacionada a criança. O final 
deste estagio é paralelo a existência de ajustes entre mãe e filho a comunicação pré-
linguística e a aquisição da linguagem. 
12 ORIGEM SIMBÓLICA 
Os símbolos originam-se da ação tanto como significantes; quanto como 
significados. 
Dar significado ou compreender um objeto é assimilá-lo aos esquemas 
disponíveis. 
12.1 Significantes e significados 
Diferenciam-se, facilitam-se mutuamente, enriquecem-se e coordenam-se no 
desenvolvimento sensório-motor do mesmo modo que o fazem as funções de 
assimilação e acomodação. 
A experimentação e o ensaio permitem à criança incorporar a seu repertório 
imitativo novos esquemas. 
 
SIGNIFICANTES 
Procedem predominantemente da imitação, são dados por práticas sociais das 
quais o indivíduo se apropria através da imitação: diferida ou internalizada (manejo de 
imagens mentais). 
 
SIGNIFICADOS 
Tem seu valor como elementos de assimilação. 
 
 
 
21 
 
13 DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR DA CRIANÇA 
 
Fonte: www.terapikuba.com 
Padrão motor: é uma série de movimentos inter-relacionados, para alcançar 
um objetivo. Ocorre em 3 fases: preparatória, ação e contínua 
 
Os elementos do movimento são 4: 
1 - Tempo; 
2 - Peso; 
3 - Espaço; 
4 - Forma. 
 
Fatores que afetam as respostas motoras: 
-Conhecimento do espaço 
-Qualidade da força 
-E seu inter-relacionamento 
 
 
 
 
22 
 
13.1 Estágios do desenvolvimento motor e potencialidades da aprendizagem 
Para a criança estar pronta para movimentos perceptivos motores e voluntários 
é necessário seguir o desenvolvimento dos movimentos básicos, que são 
fundamentais como pré-requisitos. 
Movimento voluntário (2 a 6 anos – saindo do corpo vivido entrando no corpo 
percebido) 
Os movimentos reflexos são involuntários. São elementos fundamentais para 
o desenvolvimento motor 
Movimentos reflexos são executados sem o pensamento consciente em 
resposta a um estímulo. O desenvolvimento básico dos reflexos baseia-se em: 
posturais, segmentares e de preensão. 
 
-equilibrar-se num pé só 
-andar sobre uma linha em diferentes curvas e formas 
-hiperestender o corpo em vários níveis e direções 
-transportar objetos na cabeça 
- correr para perto e para longe de objetos em movimento 
 
Movimentos básicos 
Essa é a fase mais crítica para que o desenvolvimento motor seja correto. 
Normalmente a criança desenvolve pela prática 
Podem ser: 
-Locomotores: Rastejar, andar, saltar, pendurar, rastejar 
-não locomotores: puxar, empurrar, virar, curvar 
-Manipulativos: Em sala de aula (preensão, cópia, etc.) 
 
1-perceptivo motor: 
Baseia-se nos estágios anteriores, acrescentando outra dimensão: a 
percepção que antecede a resposta motora. A criança interpreta antes de responder 
a um movimento. Importantíssimo para o desenvolvimento da inteligência 
 
2-habilidades físicas: 
 
 
 
23 
 
Estas determinam adequação ao movimento. A criança muito nova não tem 
essa adequação. Adquire essas habilidades na fase do corpo percebido (5-6 anos). 
Essas habilidades são relativas ao esporte e à dança. Em habilidades mais complexas 
as crianças nessa idade ainda não têm maturidade total 
 
3-movimentos criativos: 
É a resposta ao "movimento" através da comunicação. Aqui ocorre o 
desenvolvimento motor expressivo e interpretativo. Estímulos do ambiente são 
motivadores nessa faixa de idade 
São desenvolvidos também em classe (artes visuais- música). 
14 ESTÁGIOS DA APRENDIZAGEM 
 
Fonte: www.contigosalud.com 
1-Imitação: 
A criança observa e executa uma imitação do que está vendo (ação) 
Esse movimento é carente de coordenação (ou controle muscular) - é uma 
forma imatura e imperfeita. Ocorre com crianças até 3 anos. 
2-Manipulação: 
 
 
 
24 
 
A criança desempenha a ação de acordo com orientações dadas; não se baseia 
somente na observação 
3-Conceituação: 
Nessa fase a criança alcança exatidão, equilíbrio e outras habilidades de 
precisão podem ser alcançadas (na pré-escola) 
4-Discriminação: 
Coordenação de uma série de ações com sequência adequada. 
Começam a surgir as habilidades motoras rítmicas e a complexa coordenação 
óculo-motora 
-bater na bola de soprar com as mãos abertas procurando mantê-la no ar 
-Arremessar uma bola de meia ou pequenos sacos de areia num balde ou caixa 
com abertura de tamanho igual ao da bola 
-Em sala de aula: encaixar pinos de madeira- jogar bilboquê, etc. 
 
5-Naturalidade: 
Atinge o desempenho mais alto de capacidade e a ação quase não requer 
energia psíquica (pensamento). As respostas são automáticas e espontâneas 
Ex: andar é uma ação motora que se desenvolve na criança até o nível de 
maturidade 
 
 
 
25 
 
15 SÍNDROMES E TRANSTORNOS 
 
Fonte: encrypted-tbn0.gstatic.com 
15.1 Síndromes 
Pode ser chamada de síndrome toda condição patológica que não possui uma 
causa definida. 
Ex: 
Síndrome de Down, apesar de ser ocasionada pela trissomia (aparecimento 
de três cromossomos ao invés de dois) do cromossomo 21, são inúmeras as causas 
que levam o indivíduo a essa condição. 
Síndrome de Edwards, também conhecida por Trissomia 18, trata-se da 
duplicação de um determinado cromossomo. Ela afeta um a cada 8000 recém-
nascidos, o que pode se considerar uma síndrome rara, mas intensificada no caso da 
mãe ter idade avançada, acima de 35 anos. Esta é considerada a segunda síndrome 
mais comum, ficando atrás apenas da Síndrome de Down. 
Sindrome de Rett, os sintoma aparecem na infância e conduzem a uma severa 
e complexa descapacidade em contraste com o desenvolvimento normal temporal 
sem uma explicação etiológica. Pode-se considerar como um “transtorno secundário 
do movimento” devido a não haver debilidade ou dano nas áreas motoras primárias, 
 
 
 
26 
 
porem nos mecanismos usados para o controle final das informações do córtex 
cerebral. 
Síndrome de Treacher Collins (STC), também conhecida como Disotose 
Mandibulo facial é um distúrbio genético que causa deformidades craniofaciais 
causadas por mutações no gene TCOF1, é transmitida por herança hereditária em 
metade dos casos. 
15.2 Transtornos 
O transtorno já é referente a alterações mentais, que afetam a saúde cognitiva. 
O termo é utilizado para determinar qualquer condição psicológica ou mental que 
cause sofrimento ou comprometimento das ações ou da personalidade. 
Alguns tipos comuns de transtorno são mais decorrentes atualmente, 
apontados como condições mentais causadas por situações do dia a dia, por estresse 
ou pela pré-disposição do indivíduo a estar sensível em determinadas situações. 
Ex: 
Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um 
transtorno de ordem neurobiológica reconhecido pela Organização Mundial da Saúde 
pela CID-10 que apresenta como principais característicasa dificuldade de 
concentração, esquecimento, agressividade, inquietação, entre outros. 
Dislexia 
Um problema crônico que envolve a dificuldade na aprendizagem e no 
reconhecimento dos signos verbais, sendo comum trocá-los ou não conseguir 
identificá-los. 
Discalculia 
Quando a criança tem dificuldade de aprender tudo que esteja direta ou 
indiretamente ligado a questões que envolvem números, como probleminhas, 
aplicações e conceitos matemáticos. 
Disgrafia 
Ocorre quando o alunoapresenta dificuldade na elaboração da linguagem 
escrita. A criança pode encontrar dificuldades para desenvolver suas habilidades na 
área mencionada e que, em muitos casos, pode vir acompanhada de uma dislexia. 
 
 
 
27 
 
16 TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM X DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM 
 
Fonte: neurosaber.com.br 
16.1 Transtorno de Aprendizagem 
Transtorno de Aprendizagem envolve muitas variáveis e aspectos, como 
questões sociais, biológicas, cognitivas e começa a mostrar alguns sinais na tenra 
idade. 
Precocidade: o Transtorno de Aprendizagem dá sinais logo bem cedo, o que 
não ocorre na Dificuldade de Aprendizagem. Uma dica é reparar se a criança 
apresenta alguma dificuldade no desenvolvimento neuropsicomotor, assim como 
atrasos motores, socialização, linguagem e memorização. 
Hereditariedade: casos de Transtorno de Aprendizagem podem vir de algum 
parente da criança, como pais, avós, tios, primos; o que não ocorre nas Dificuldades 
de Aprendizagem. 
Transtorno de Aprendizagem e cognição: importante salientar que o 
Transtorno de Aprendizagem é um conjunto de disfunções cognitivas e 
neurofuncionais. Uma das características é a criança apresentar dificuldade de 
 
 
 
28 
 
absorção do conteúdo que lhe é ensinado, mesmo que ela não apresente nenhum 
sinal de problema neurológico e demonstre inteligência. 
Auxílio terapêutico para a vida escolar: a criança com Transtorno de 
Aprendizagem precisa de acompanhamento médico e terapêutico. É comum que ela 
necessite de auxílio neuropsicológico, fonoaudiológico e neurofuncional para o seu 
desenvolvimento na vida estudantil a fim de que haja mais progressos nas funções 
cognitivas do pequeno. 
Discernimento: importante saber separar a Dificuldade de Aprendizagem do 
Transtorno de Aprendizagem. No último caso (TA), há a ocorrência de Dislexia, 
Disgrafia, Discalculia e Transtornos de Aprendizagem Não-Verbal. Na Dificuldade de 
Aprendizagem, o problema encontrado está na metodologia de ensino e não nos 
transtornos diagnosticados. 
Dificuldades: as crianças com Transtorno de Aprendizagem encontram mais 
dificuldades em responder às intervenções especializadas. Além disso, elas precisam 
mais de apoio em clínicas e sala de reforço multifuncional. 
Histórico: importante salientar que a criança que nasce prematura; que tem ou 
teve epilepsias, meningites, traumas cranianos com complicações e baixo peso ao 
nascer também são propensas a terem algum tipo de Transtorno de Aprendizagem. 
Por isso, é importante a comunicação entre os médicos, terapeutas e educadores do 
pequeno. 
 
 
 
29 
 
16.2 Dificuldade de Aprendizagem 
 
Fonte: geneticliteracyproject.org 
Estamos falando sobre um ser que possui uma maneira diferente de aprender. 
Se trata de um obstáculo, uma barreira, um sintoma, que pode ser de origem tanto 
cultural quanto cognitiva ou até mesmo emocional. 
Meios de prevenção, baseado em evidências: 
 Melhorar sempre o nível educacional das mães e cuidadores; 
 Orientar no pré-natal, durante a gravidez, ações que sejam benéficas para o 
cérebro do futuro bebê e como evitar práticas por outro lado nocivas ao 
desenvolvimento cerebral, como drogas lícitas ou ilícitas; 
 Disponibilizar desde muito cedo meios de estimulação de pré-requisitos para 
leitura e escrita nos Centros Infantis (CEI-CMEI’s); 
 Detectar e intervir precocemente em crianças com atrasos de desenvolvimento 
neuropsicomotor, especialmente aquelas com distúrbios motores, de 
linguagem e com problemas de atenção e de memória; 
 Disponibilizar especialistas em desenvolvimento em instituições que cuidam e 
participam dos primeiros anos de vida das crianças; 
 Prevenir meningites e traumas cranianos na infância com o intuito de proteger 
o cérebro de agentes potencialmente lesivos as suas funções; 
 
 
 
30 
 
Viver em espaços estimuladores, com condições nutricionais e lúdicos 
adequados (brincar, alimentar-se bem, socializar-se). 
17 OS DESAFIOS DA COORDENAÇÃO MOTORA 
 
Fonte: neurosaber.com.br 
Falhas na coordenação motora podem ser causadas pela deficiência de 
movimentos desde o período de amamentação até a 1ª infância 
-Andar (explorar diversas maneiras de andar, correr saltar) 
-Andar de lado 
-Andar com artelhos para fora e calcanhares unidos 
-Correr com as mãos sobre a cabeça 
-Correr com as mãos nos quadris 
-Correr com as mãos presas às costas 
-Correr na ponta dos pés 
-Saltitar nos dois pés 
-Saltitar num pé só 
-Saltar para frente 
-Saltar para trás 
-Saltitar para o lado direito, para o esquerdo 
 
 
 
31 
 
17.1 Atividades de equilíbrio 
-subir escada, elevando o joelho o mais alto possível 
-passo de elefante: inclinada para frente na altura da cintura, deixar os braços 
e mão soltos imitando o elefante. (Propor outras imitações) 
-andar de joelhos: a criança anda ajoelhada com as mãos no ar 
-passo de pato: com as mãos seguras nas costas, em forma de cauda, andar 
inclinada ou agachada para frente ou qualquer outra variação 
-pulo do coelho: saltitar para frente sobre dois pés e apoio com as mãos no solo 
17.2 Atividades de Conscientização do Corpo 
A criança necessita de atividade que envolvam os dois lados do corpo, para se 
obter o máximo de eficiência nos movimentos. 
-deitada em decúbito dorsal, com os pés elevados do solo, executar círculos 
-deitada em decúbito dorsal, braços estendidos ao longo do corpo, deslizar os 
dois braços ao mesmo tempo até tocar a cabeça com as mãos. 
-Deitada em decúbito dorsal, braços estendidos ao longo do corpo, deslizar o 
braço esquerdo para cima e perna esquerda para cima, perna direita para fora 
-Deitar no solo, com os olhos fechados e tocar as partes do corpo que forem 
citadas 
 
 
 
32 
 
17.3 Atividades de consciência espacial 
 
Fonte: playtable.com.br 
Usar a imaginação da criança. Não dar exemplo. 
Pedir à criança: 
-Ser uma árvore 
-Procurar ser mais alta que possa 
-Procurar ser menor que possa 
-Apontar a uma parede. Tocar e voltar 
-Apontar uma parede. Correr até ela e voltar 
-Sem sair do lugar, mover os pés rapidamente 
17.4 Movimentos e atividades de dança 
A execução das atividades motoras grossas ocorre paralelamente ao 
desenvolvimento integral da criança. 
Para estimular o auto- conceito: movimentos com conhecimento das partes do 
corpo e do que o corpo pode executar. 
-Imagem corporal (melhorar o autoconceito) 
-Esconder partes do corpo (nariz, orelha, etc.) 
 
 
 
33 
 
-mover braços, cabeça, pernas e pé de maneira ritmada 
-colocar objeto sobre diferentes partes do corpo 
-Transmitir mensagens usando as diferentes partes do corpo 
-Desenhar partes do corpo num papel (em classe) 
-mover parte do corpo em determinada direção 
-tocar diferentes partes do corpo com os olhos fechados 
-Brincadeiras, como: "o macaco disse"- o professor dá os comandos 
- espelhar-se num parceiro imitando seus movimentos 
17.5 Empurrar e puxar 
-Cabo de guerra- dois a dois usando corda curta 
-Cobra: deitar em decúbito dorsal, braços estendidos sobre a cabeça, deslizar 
o corpo no solo, inclinando o quadril na linha da cintura, para a esquerda e para a 
direita 
-Peixe: em decúbito dorsal, no solo, executar movimentos de nadar 
-Urso: andar em quatro apoios, movimentando ao mesmo tempo, braço 
esquerdo, perna esquerda, braço direito, perna direita. 
 
 
 
 
34 
 
18 BIBLIOGRAFIA 
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Escola À Luz Da Teoria De Henri Wallon. Dissertação De Mestrado, Universidade De 
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PIAGET, J. A Construção Do Real. Rio de Janeiro: Zahar, 1967. 
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SKNNER, B.F. Ciências do Comportamento Humano. (J.C. Todorov & R.Azzi, Trads). 
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WALLON, H. As Etapas Da Socialização Da Criança. Lisboa, 1953. 
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