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Biogênse ou desenvolvimento da dentição

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Ana Caroline de Almeida Peçanha - UFES - 2021
BIOGÊNESE DA DENTIÇÃO
DESENVOLVIMENTO DA DENTIÇÃO
O conhecimento sobre o desenvolvimento normal da oclusão ajuda o CD a reconhecer características
de normalidade de todas as etapas da dentição (decídua, mista e permanente). Isso promove um
acompanhamento bem sucedido, norteando metas terapêuticas das intervenções precoces.
Entre a dentição decídua e a permanente há um longo período de 11,5 anos. Esse período sofre
influência do crescimento, desenvolvimento e maturação do sistema estomatognático. Mudanças
indesejáveis podem ocorrer; fatores hereditários e ambientais podem influenciar.
É necessário saber o que é normal em cada etapa para avaliar se o que está acontecendo com o
paciente está dentro da normalidade ou não.
A dentição decídua, mista e permanente também pode ser dividida nos seguintes períodos:
● Período Pré-natal;
● Período pós-natal/pré-dental ou rodetes gengivais;
● Período de dentição decídua;
● Período de dentição mista;
● Período de dentição permanente.
PERÍODO PRÉ-NATAL:
__________________________________________________________________________________
Da 6ª à 10ª semanas de vida intra uterina há o espessamento do epitélio oral (formação da lâmina
dentária e dentes) e já podem ocorrer distúrbios de desenvolvimento como anomalias de número
(anodontias, dentes supranumerários).
Na 15ª semana de vida intra uterina acontece a dentinogênese e podem ocorrer anormalidades na
fase de morfodiferenciação (diferenciação dos tecidos dentários; ex: geminação e fusão).
PERÍODO PÓS-NATAL, PRÉ-DENTAL OU DOS RODETES GENGIVAIS:
__________________________________________________________________________________
● Do nascimento até irromper os primeiros dentes de leite.
● Os rodetes apresentam abaulamentos gengivais espessos e rebordo alveolar desdentado.
● Freio labial com inserção na papila palatina. Depois, com o crescimento do rebordo alveolar e
da erupção dos dentes, o freio tende a subir e ficar menos espesso.
● A arcada superior apresenta formato de ferradura. O arco inferior é mais estreito e em forma
de U.
Ana Caroline de Almeida Peçanha - UFES - 2021
Os rodetes gengivais NÃO estão no mesmo plano no sentido ântero-posterior. Ou seja, ao nascer a
criança apresenta o “queixo para dentro”. O rodete gengival inferior está numa posição mais distal
comparado ao rodete gengival superior (posição distal do rodete inferior - 5 - 6 mm). Isso é fisiológico
e está relacionado ao parto e à lactação. Repetições de amamentação/ordenha várias vezes ao dia -
após 6 meses (ideal) - posiciona o rodete gengival inferior de uma posição mais distal para uma
posição mais mesial. Como consequência, há a posição normal no sentido ântero-posterior dos
rodetes gengivais, que se apresentam mais igualados. Logo, a amamentação é uma potente matriz
funcional que estimula o crescimento mandibular para frente.
O aleitamento materno é importante para o desenvolvimento da mandíbula, ossos da face, dos
músculos da mastigação, da oclusão dentária e da respiração adequada da criança. Crianças que
fazem o aleitamento artificial apresentam mais chances de desenvolver problemas na face e na
dentição pois estas não estão fazendo o movimento de ordenha tão bem feito quanto uma criança
que faz um aleitamento materno natural.
É normal os rodetes apresentarem contato na região posterior e um espaço mesial anterior. É no
espaço mesial anterior que a ponta da língua do recém nascido se posiciona vedando a área na
deglutição. Essa deglutição é denominada deglutição infantil e desaparece com a diminuição do
aleitamento, introdução alimentar, erupção dos incisivos e crescimento vertical do processo alveolar.
A deglutição infantil é substituída, posteriormente, pela deglutição madura, a qual coloca-se a ponta
da língua na papila incisiva durante o processo.
Os dentes decíduos encontram-se apinhados dentro das bases ósseas dos rodetes gengivais. Porém,
nessa fase (até 6 meses), há um extenso crescimento da mandíbula e da maxila no sentido
transversal (sínfise da região do mento na mandíbula, sutura palatina mediana na maxila) e sagital
(amamentação).
OBS: ao contrário da sutura palatina mediana, que se fecha na puberdade, a sínfise da região do
mente se fecha com mais ou menos 6 meses de vida.
PERÍODO DA DENTIÇÃO DECÍDUA:
__________________________________________________________________________________
A erupção dos dentes decíduos normalmente dura cerca de 2 anos pois se estende dos 6 meses aos
2,5 anos. Em 70% dos casos, os ICI tendem a erupcionar com 6 meses de idade e a dentadura decídua
Ana Caroline de Almeida Peçanha - UFES - 2021
completa se estabelece com 30 meses (2,5 anos). Se nenhum dente irromper aos 16 meses deve-se
fazer uma investigação radiográfica.
A dentição decídua é dividida em 4 etapas/fases: erupção dos incisivos, erupção dos 1ºs molares,
erupção dos caninos e erupção dos 2ºs molares.
CRONOLOGIA DE ERUPÇÃO (não é a regra):
● ICI: 6 - 8 meses.
● ICS: 9 - 10 meses.
● IL: 10 - 14 meses.
● 1ºM: 14 - 18 meses.
● C: 18 - 24 meses.
● 2ºM: 24 - 30 meses.
BIOGÊNESE:
● Fase 1: Irrupção dos incisivos maxilares e mandibulares.
ICI → ICS → ILS → ILI
▶ Sobremordida excessiva (pela ausência de decíduos posteriores).
▶ Excursões mandibulares são amplas (criança bate/range os dentes para descobrir a boca e seus
movimentos).
▶ Anatomia imatura da ATM.
▶ Côndilos na fase inicial de desenvolvimento e as fossas articulares são planas.
▶ Nessa fase, ao fazer o exame clínico de uma criança, saber que a sobremordida exagerada é normal.
● Fase 2: Irrupção dos 1º molares e sua intercuspidação:
MI → MS
▶ Ganho da primeira dimensão vertical de oclusão.
▶ Redução da sobremordida excessiva.
▶ Primeira referência oclusal.
▶ Estimulação da maturação da ATM.
● Fase 3: Irrupção dos caninos decíduos:
▶ Estabelecimento da “guia canina”.
▶ Estabelecimento e manutenção dos espaços primatas, característica da dentição decídua.
Na maxila: entre IL e C.
Ana Caroline de Almeida Peçanha - UFES - 2021
Na mandíbula: entre C e 1º M.
Seu tamanho varia de 1 a 5 mm.
● Fase 4: Irrupção dos 2º molares decíduos.
▶ Consolidação da oclusão primária e da dimensão vertical.
▶ Intercuspidação de todos os dentes decíduos.
▶ 30º a 36º mês de vida.
▶ Estabelece a relação terminal dos 2º molares (guia de erupção dos 1º molares permanentes).
IRRUPÇÃO:
● Ocorrem ganhos significativos no perímetro do arco nos 2 primeiros anos de vida.
● Baixa incidência de má oclusão.
● Orientações devem ser dadas aos pais sobre a grande gama de normalidade referente à
cronologia e sequência de irrupção dentária.
● Recomenda-se esperar a maturação da dentadura decídua para interferir em anormalidades
do desenvolvimento oclusal.Sequência favorável de irrupção: ICI→ ICS→ ILS→ ILI→ 1º MS
e MI → C → 2º MI → 2º MS.
● A criança com 2 anos e meio de vida já apresenta todos os dentes irrompidos. Amadure de 2
anos e meio até 6 anos.
● Uma vez estabelecida, a dentadura decídua após a irrupção dos 2º M decíduos (dentadura
decídua madura) mostra-se praticamente estável. Não ocorrem alterações nem em largura,
nem em comprimento até o início da irrupção dos 1º M permanentes.
CARACTERÍSTICAS:
● Número de dentes: 20. 10 dentes na maxila e 10 na maxila.
● Forma dos arcos dentários: semi-circular.
● Caninos superiores na ameia interdental dos caninos com os 1º molares inferiores.
● Sobremordida e sobressaliência positivas (overjet e overbite positivos).
● Ausência de inclinação axial. Ângulo de 180º entre os incisivos.
● Paralelismo radicular.
● Plano oclusal horizontal.
● Ausência de curva de Spee e Wilson.
● Presença de espaços primatas (espaços fisiológicos).
TIPOS DE ARCOS NA DENTIÇÃO DECÍDUA (BAUME):
● Arco tipo I de Baume (70%): pacientes apresentam espaços interdentais, além dos espaços
primatas.
↪ É o mais favorável à oclusão normal da dentição permanente. Menor chance de
intercorrências por falta de espaço.
Ana Caroline de Almeida Peçanha - UFES - 2021● Arco tipo II de Baume (30%): pacientes não apresentam espaços interdentais, somente os
espaços primatas.
RELAÇÃO TERMINAL DOS 2º MOLARES:
Determina as chances de um paciente se tornar Classe I, II ou III de Angle. Pode ser de 3 tipos:
● Plano terminal reto (76%): na dentição permanente, pode causar uma Classe I ou II de Angle.
● Degrau mesial para mandíbula (14%): na dentição permanente, pode causar uma Classe I ou
III de Angle.
● Degrau distal para mandíbula (10%): na dentição permanente, pode causar uma Classe II de
Angle.
● Overjet geralmente é de 0 a 3 mm.
● Overbite de 2/3 mm da cobertura incisal a topo.
● Relação de caninos de Classe I: prevalência de 80%; canino superior ocluindo entre o canino e
1º molar inferiores.
● Análise do plano terminal do 2º molar + relação dos caninos decíduos devem ser avaliados
juntos.
ESPAÇO LIVRE DE NANCE (LEEWAY SPACE):
Ana Caroline de Almeida Peçanha - UFES - 2021
● Diferença mésio-distal de C e 1ºs M decíduos com C e 1º/2º PM permanentes.
● Representa uma diferença entre a largura mésio-distal do 2º molar decíduo e essa mesma
dimensão do 2º pré-molar.
● Deve-se preservar esse espaço.
● Arco superior: 0,9 mm. Arco inferior: 1,7 mm.
● Fornece espaço adequado para manejo das discrepâncias negativas em aproximadamente
70% dos casos.
DENTIÇÃO MISTA:
__________________________________________________________________________________
● Caracteriza-se pela presença simultânea de dentes decíduos e dentes permanentes na
cavidade oral.
● É um período de transição da dentadura decídua para a permanente e começa por volta dos
6 anos de idade.
Períodos: primeiro período transitório, período intertransitório e segundo período transitório.
● Primeiro período transitório:
▶ Erupção dos 1º molares permanentes e dos incisivos permanentes.
▶ Dura aproximadamente 2 anos (6 - 8 anos de idade).
Erupção dos 1ºs M permanentes: 1º MI → 1º MS. Idade média: 6 anos.
Ana Caroline de Almeida Peçanha - UFES - 2021
Os 1ºs molares permanentes são dentes adicionais à dentição decídua, ou seja, não precisa que
nenhum dente saia para que eles apareçam. O espaço necessário para a sua irrupção é decorrente do
crescimento aposicional nas regiões distais aos 2º molares decíduos.
A relação ântero-posterior entre os 1º molares permanentes, após a erupção completa, depende:
1. Das posições dos 2º molares decíduos (superfícies distais); plano terminal reto, degrau
mesial ou distal para mandíbula.
2. Das relações sagitais entre as bases ósseas (maxila e mandíbula).
3. Das proporções coronárias mésio-distais dos molares decíduos superiores e inferiores.
Bases ósseas bem posicionadas + Dimensões mésio-distais dos 2º molares decíduos normais +
Superfícies distais alinhadas em plano terminal reto = 1ºs molares permanentes irão assumir uma
posição de topo ao entrar em erupção ▻ Nesse caso, a fim de estabelecer uma adequada chave de
molares (relação de Classe I de Angle), faz-se necessário um movimento mesial do primeiro molar
permanente inferior. Tal ajuste pode ser conseguido por meio de dois mecanismos: 1. Deslocamento
mesial precoce dos dentes inferiores posteriores determinando o fechamento do espaço primata e 2.
Deslocamento mesial tardio do primeiro molar permanente inferior durante o segundo período
transitório, após a esfoliação do segundo molar decíduo inferior, no “espaço E”.
Degrau distal ▻ Isso resulta, na maioria das vezes, em uma relação de Classe II de Angle de molares
permanentes (cúspide disto-vestibular no sulco central).
Degrau mesial ▻ Nesse caso, os 1º molares permanentes terão uma tendência de erupção em uma
relação de Classe III.
Assim, fica evidente que a relação das superfícies distais dos 2º molares decíduos tem efetiva
participação no padrão oclusal da dentadura mista. Porém, também podem ter uma influência
significativa: crescimento maxilar e mandibular que ocorre durante esse período; diâmetro
mésio-distal dos molares decíduos; molares decíduos perdidos precocemente ou por dimensões
mésio-distais de suas coroas reduzidas por lesões de cárie.
ERUPÇÃO DOS INCISIVOS PERMANENTES:
Ana Caroline de Almeida Peçanha - UFES - 2021
ICI (6 - 8 anos) → ICS, ILI (7 - 8 anos) → ILS (8 - 9 anos)
Os incisivos inferiores geralmente se desenvolvem em posição lingual em relação ao antecessor
decíduo.
Deficiência incisiva: existe uma diferença entre tamanho dos dentes decíduos e permanentes.
Incisivos superiores permanentes são maiores que os decíduos de 7,5 a 8,0 mm. Incisivos inferiores
permanentes são maiores que os decíduos de 5,5 a 6,0 mm. Mecanismos compensatórios (além dos
espaços interdentais) são necessários para acomodação dos incisivos permanentes sem que falte
espaço:
▶ Presença de espaços interdentais: fundamentais para permitir a erupção dos incisivos permanentes
sem apinhamento.
Relação da dentadura decídua Possibilidade de apinhamento na dentadura
permanente
Com apinhamento (arco de Baume tipo II) 100%
Sem apinhamento (arco de Baume tipo II) 70%
Menos de 3 mm de espaço 50%
3 - 6 mm de espaço 20%
> 6 mm 0%
Arco de Baume Tipo I: com espaços interdentais → BOM PROGNÓSTICO.
Arco de Baume Tipo II: sem espaços interdentais → PROGNÓSTICO DUVIDOSO.
▶ Distalização dos caninos decíduos: caninos decíduos distalizam para os espaços primatas enquanto
os incisivos irrompem.
▶ Aumento da distância intercanina: aumento transversal. De acordo com Moorrees: a largura
intercanina aumenta +/- 4,5 mm na maxila e +/- 3 mm na mandíbula.
▶ Inclinações axiais:
- Incisivos decíduos: verticalizados; inclinação axial de 0º.
- Incisivos permanentes: inclinação axial.
O diâmetro mésio-distal dos incisivos permanentes é maior que o diâmetro mésio-distal dos incisivos
decíduos. É normal que haja discrepância negativa de espaço entre os incisivos e um desalinhamento
dentário na região anterior, apesar dos mecanismos compensatórios. Os incisivos inferiores estão
menos inclinados e raramente existe diastema entre eles; estes geralmente apresentam apinhamento
dentário temporário.
A erupção completa dos quatro incisivos, bem como dos 1ºs molares permanentes, marca o final do
primeiro período transitório. Todavia, o processo de rizogênese dos dentes permanentes (tanto
Ana Caroline de Almeida Peçanha - UFES - 2021
aqueles que já irromperam como dos ainda intraósseos) e de rizólise dos dentes decíduos continua
ativo.
● Período inter-transitório (fase do patinho feio):
Compreende o período de repouso na substituição dos dentes decíduos pelos permanentes. Duração
de aproximadamente 2 - 3 anos, antes de quaisquer outros dentes permanentes irromperem.
Características:
▶ Os IS estão inclinados para vestibular, presença de diastemas, e os dentes nem sempre são
regulares e simétricos (o que compromete a estética).
▶ A coroa do IS encontra-se posicionada para distal devido à pressão dos germes dos C permanentes
superiores nas raízes dos I permanentes adjacentes.
▶ Estudos atuais sugerem que a fase do patinho feio representa um momento de crescimento maxilar
e posicionamento dentário. Sua correção não depende de contato físico entre canino e lateral, mas
sim de vetores de crescimento. A coroa dos I permanentes distalizam não devido à pressão, mas
como um mecanismo natural de proteção da estrutura de suas raízes contra o contato traumático
com os C permanentes em irrupção.
▶ Fechamento do diastema e inclinação dos IL permanentes tende a ocorrer naturalmente durante a
irrupção dos C permanentes.
▶ Diastema mediano no arco superior mostra-se presente em 97% das crianças durante a irrupção
dos ICS permanentes → Com a irrupção dos ILS essa porcentagem diminui para 46 - 48%, e após a
irrupção dos CS permanentes a prevalência cai para 7%. Geralmente após o deslizamento dos C
permanentes sobre as raízes dos IL, o diastema entre os I fecha-se fisiologicamente.
● Segundo período transitório:
▶ Erupção dos PM, C e 2ºs M permanentes.
▶ Inicia-se normalmente entre 10 - 12 anos de idade.
▶ Arco superior: 1º PM → 2º PM → C → 2ºM.
▶ Arco inferior: C → 1º PM → 2º PM → 2º M.
Relação de espaço na substituição dos C e 1º M:
▶ Região anterior: diâmetro mésio-distal dos I permanentes > diâmetro mésio-distal dos I decíduos.
▶ Região posterior: diâmetro mésio-distal dos pré-molares < diâmetro mésio-distal dos M decíduos.
Leeway space:
▶ No arco superior: em média 0,9 mm em cada quadrante.
▶ No arco inferior: em média 1,7 mm em cada quadrante.
Ana Caroline de Almeida Peçanha - UFES - 2021
▶ Quando os 2ºs molares decíduos são perdidos (2º período transitório), os 1ºs molares permanentes
tendem a deslocar para mesial e ocupar o “espaço E”.

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