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Crescimento dos ossos maxilares e do crânio

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Ana Caroline de Almeida Peçanha - UFES - 2021
CRESCIMENTO DOS OSSOS MAXILARES
NOÇÕES BÁSICAS DO CRESCIMENTO CRANIOFACIAL
1. INTRODUÇÃO
__________________________________________________________________________________
Qual a importância de conhecer o crescimento facial?
1. Alteração no crescimento facial (desarmonias, desequilíbrio) causa maloclusão;
2. O crescimento esquelético pode ser influenciado por aparelhos;
3. O tratamento ortodôntico idealmente é aplicado durante o crescimento.
Aparelho extrabucal de Thurow: tratamento da má oclusão esquelética de Classe
II, 1ª divisão, cujo diagnóstico aponta para protrusão maxilar ou dentoalveolar.
Consiste em um splint oclusal maxilar que ancora a maxila com uma força extra
bucal, a fim de restringir o seu crescimento e liberar o crescimento mandibular
para que este se expresse ao máximo.
A morfologia e as mudanças no crescimento ósseo são as bases fundamentais do tratamento
ortodôntico. Um conhecimento profundo da morfogênese facial é essencial para compreender
corretamente a diferença entre o “normal” e as variações do anormal, as razões biológicas para essas
diferenças e as razões utilizadas como justificativa para o diagnóstico e plano de tratamento.
2. CONCEITOS
__________________________________________________________________________________
Crescimento ⇎ Desenvolvimento
➤ Crescimento é o aspecto quantitativo do desenvolvimento biológico, determinado pelas
mudanças normais na quantidade da matéria viva.
Faz parte da estratégia de tratamento na ortodontia.
Bishara, 2001.
Surtos de crescimento - períodos de crescimento facial expressivos:
1. 3 anos (feminino e masculino).
2. 6-7 anos (feminino), 7-9 (masculino).
Ana Caroline de Almeida Peçanha - UFES - 2021
3. 9-12 (feminino), 10-13 (masculino).
Radiografia carpal (mão em punho): utilizada para notificar em qual fase do surto de crescimento o
indivíduo se encontra. A efetividade de alguns aparelhos depende disso.
- A idade óssea é considerada um confiável método de estudo sobre crescimento e
desenvolvimento;
- A determinação da idade óssea através da análise carpal é utilizada como indicador de idade
biológica e de prognóstico de crescimento;
- O conhecimento e interpretação dos eventos relacionados ao crescimento são de extrema
importância para os ortodontistas, pois os estágios de maturação óssea têm uma decisiva
influência no diagnóstico, planejamento, prognóstico e resultado final do tratamento
ortodôntico.
Crescimento nos diferentes tecidos:
Padrão de crescimento facial:
Ana Caroline de Almeida Peçanha - UFES - 2021
➤ Desenvolvimento é a sequência de acontecimentos biológicos que se procedem desde a
fertilização da célula até a maturidade. Relacionam-se com a diferenciação celular.
Desenvolvimento = crescimento + diferenciação + deslocamento.
➤ Maturação: refere-se às mudanças qualitativas que ocorrem com o amadurecimento ou idade,
significando pleno desenvolvimento.
Proporções craniofaciais:
Variáveis que atuam sobre o crescimento:
- Hereditariedade - Genética;
- Hábitos bucais deletérios;
- Nutrição - Deficiências nutricionais;
- Doenças.
Ana Caroline de Almeida Peçanha - UFES - 2021
3. TEORIAS DE CONTROLE DO CRESCIMENTO
__________________________________________________________________________________
➤ SICHER, Predomínio Sutural (1947):
● Suturas impulsionam o crescimento facial;
● Considerou que as suturas, a cartilagem e o periósteo eram totalmente responsáveis pelo
crescimento facial, e supôs que todas estariam sob rígido controle genético intrínseco.
➤ SCOTT, Predomínio Cartilaginoso (1953):
● As porções cartilaginosas devem ser reconhecidas como centros primários de crescimento;
● Enfatizou que o septo nasal era o principal fator de crescimento da maxila.
➤ MOSS, Matriz Funcional (1962):
● O crescimento e o desenvolvimento craniofacial são secundários e dependentes na forma e
função da “matriz funcional”;
● Matriz funcional: tecidos não esqueléticos e espaços funcionais da cabeça e pescoço que são
essenciais para o desempenho de uma função específica;
● Matriz funcional + unidade esquelética = componente funcional craniano.
➤ Van Limborgh, Fatores Epigenéticos (1970):
● Crescimento multifatorial → reforçou o conceito de que crescimento craniofacial está sujeito
às influências intrínsecas e extrínsecas, combinadas ou não;
● Destacou que diferentes tecidos sofrem diferentes gradientes de influência, em diferentes
épocas do desenvolvimento → O crescimento nas cartilagens primárias seria quase
exclusivamente controlado pela genética, e o crescimento no periósteo seria quase que
totalmente controlado por fatores extrínsecos externos.
● Conjunção de teorias;
● Crescimento multifatorial;
● Fatores genéticos, epigenéticos e ambientais;
● Desmocrânio: intramembranoso - fatores ambientais e epigenéticos;
● Condrocrânio: endocondral - fatores genéticos e epigenéticos.
➤ Petrovic, Comando Cibernético de Hormônios (1974):
● Propôs que o crescimento craniofacial é parte de um complexo sistema;
● O crescimento das cartilagens estaria sob o comando cibernético de hormônios e seria
também influenciado por fatores locais, como retroalimentação neuromuscular.
➤ ENLOW, Teoria do “V” (1993):
● Se baseou no fato de que muitos ossos da face possuem formato em V. Para ele, à medida
que o osso aumenta de tamanho, também se movimenta → Com isso, observa-se um
aumento geral das áreas que possuem esse formato, e um movimento contínuo da estrutura
em direção a sua maior extremidade.
Ana Caroline de Almeida Peçanha - UFES - 2021
4. OSTEOGÊNESE E OSSIFICAÇÃO:
__________________________________________________________________________________
Células mesenquimais originais → modelo membranoso, modelo cartilaginoso → osso.
Formação óssea a partir dos osteoblastos → formação óssea intramembranosa.
Formação óssea a partir de um precursor cartilaginoso → formação óssea endocondral.
Osteogênese: formação de tecido ósseo. O precursor de todo tecido ósseo é sempre um tecido
conjuntivo. Células (osteócitos + osteoblastos) e substância intercelular.
Tecido conjuntivo → tecido cartilaginoso → ossificação endocondral.
Tecido conjuntivo → tecido membranoso → ossificação intramembranosa.
Tipos de ossificação:
● Formação óssea intramembranosa:
▶ Inicia-se através de um tecido intramembranoso que já tem as células osteoblásticas (pré
osteoblastos).
▶ Células indiferenciadas → osteoblastos/matriz mineralizada → substância intercelular/matriz
osteóide → calcificação → osso → osteócitos + vasos sanguíneos (sistema harvesiano).
▶ Predominante no crânio.
▶ Ocorre em áreas de tensão (responde a fatores externos de tração e pressão).
▶ Locais: periósteo, endósteo, suturas, membrana periodontal.
▶ Células mesenquimais indiferenciadas presentes no tecido conjuntivo se diferenciam em
osteoblastos quando há estímulo (pressão/tração).
Células indiferenciadas → osteoblastos (matriz mineralizada) → substância intercelular →
calcificação.
Especializações:
▶ Sutural: proliferação de tecido conjuntivo membranoso.
▶ Aposicional: deposição de camadas superficiais ao osso (periósteo/endósteo).
▶ Periodontal: movimentação dentária.
● Formação óssea endocondral:
▶ Inicia-se sobre um modelo cartilaginoso, que é gradualmente destruído e substituído por tecido
ósseo.
▶ A cartilagem não responde bem aos estímulos de pressão ou tração!
Células indiferenciadas → células cartilaginosas → zona de divisão celular → hipertrofia →
calcificação → vasos sanguíneos com células mesenquimais indiferenciadas - osteoblastos.
▶ Cápsula fibrosa, zona de proliferação, zona de hipertrofia, zona de calcificação, zona de ossificação.
▶ Ocorre em áreas que estão submetidas à compressão. Muito presente em áreas que precisam
crescer sem que movimentos de pressão interrompam isso.
Ana Caroline de Almeida Peçanha - UFES - 2021
Ex: articulações móveis e parte da base do crânio.
▶ Sincondroses: articulações na base do crânio (esfenóide, etmóide, occipital).
5. MECANISMOSDE CRESCIMENTO ÓSSEO:
__________________________________________________________________________________
● Aposição: atividade osteoblástica seguida de incremento ósseo.
● Reabsorção: atividade osteoclástica seguida de diminuição de volume ósseo.
▶ Alguns campos de deposição crescem muito mais rapidamente ou em maior extensão que outros.
Os campos que apresentam um papel especial no processo de crescimento são denominados centros
de crescimento.
Centros de crescimento: suturas da face e do crânio, côndilos mandibulares, sincondroses da base
do crânio, septo nasal, tuberosidade maxilar, alvéolos dentários.
Princípio do “V”: aposição na superfície interna e reabsorção na superfície externa.
Locais: côndilos, processos coronóides, ramo mandibular e palato.
Movimentos de crescimento:
● Deslizamento:
▶ É o movimento de crescimento produzido por aposição em uma área e reabsorção no lado oposto
resultando no crescimento ósseo em direção à superfície de aposição (o osso cresce por ele mesmo).
● Deslocamento primário:
▶ O processo de transporte físico ocorre em conjunção com o aumento do próprio osso (osso se
desloca pelo seu próprio crescimento). O osso cresce em uma superfície e se movimenta em outra
direção. Ele cresce e “bate” contra outro osso ou à uma sincondrose/sutura se deslocando em outra
direção.
Ex: a mandíbula cresce para trás e para cima e se desloca para frente e para baixo.
Ex2: crescimento sutural da própria maxila.
Ana Caroline de Almeida Peçanha - UFES - 2021
● Deslocamento secundário:
▶ O movimento ósseo não está relacionado diretamente com o seu próprio aumento.
Ex (osso maxilar): crescimento sutural nos ossos adjacentes, crescimento do septo nasal e da base
craniana, sincondroses.
● Remodelação:
▶ Necessária para manter o contorno/forma do osso.
▶ Envolve simultaneamente aposição e reabsorção em todas as superfícies internas e externas do
osso.
▶ Funções: dar forma ao osso, manter sua forma, manter os ossos em contato, crescimento.
6. ORIGEM EMBRIOLÓGICA DA MAXILA E MANDÍBULA:
__________________________________________________________________________________
Embrião humano com 5 e 7 semanas.
▶ O embrião humano, com aproximadamente 5 semanas começa sua diferenciação da face.
▶ Apresenta 5 pares bilaterais de arcos branquiais.
1º par: mandibular - formação dos ossos maxilares, mandíbula e mm. da mastigação.
Ana Caroline de Almeida Peçanha - UFES - 2021
2º par: hióideo.
Juntos, o 1º e 2º par dão origem às regiões média e inferior da face.
7. CRESCIMENTO DO CRÂNIO:
__________________________________________________________________________________
● Abóbada craniana:
▶ Ligada a face através de suturas e da ATM.
▶ Após o nascimento - aposição óssea.
▶ Formada por diversos ossos achatados: frontal, occipital, parietais e temporais.
A calota craniana tem seu crescimento determinado pelo crescimento cerebral (reabsorção e
aposição). Função: proteger o cérebro. Mecanismos de crescimento: sutural (principalmente) e
remodelação (pouca). Crescimento intramembranoso (estímulo dependente). É uma das primeiras
regiões do esqueleto craniofacial a atingir seu tamanho total.
Fontanelas:
▶ Tecido conjuntivo relativamente frouxo.
▶ Funções: passagem no canal do parto e crescimento.
▶ A fontanela anterior fecha em torno de 18 meses.
▶ Ocorre aposição na face externa e reabsorção na face interna (pressão pelo crescimento cerebral).
▶ Síndrome de Crouzon (disostose crânio-facial): fechamento prematuro das suturas do crânio, o que
leva a diversas deformidades cranianas e faciais.
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▶ Microcefalia - Zikavírus (Aedes):
● Base craniana:
▶ Função: suportar e proteger o cérebro e a coluna vertebral.
▶ Mecanismos de crescimento: sincondroses, remodelação de superfícies.
▶ Crescimento endocondral (basicamente genético).
▶ Responsável pelo deslocamento secundário anterior-inferior facial.
Sincondroses:
▶ Esfeno-occipital, inter-esfenoidal, esfeno-etmoidal.
▶ Crescimento determinado por fatores genéticos e ambientais funcionais.
▶ Fechamento: esfeno-occipital - 20 anos, inter-esfenoidal - 2 anos, esfeno-etmoidal - 7 anos.

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