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DIRETORIA DA FEBRASGO 2020 / 2023 Marta Franco Finotti Vice-Presidente Região Centro-Oeste Carlos Augusto Pires C. Lino Vice-Presidente Região Nordeste Ricardo de Almeida Quintairos Vice-Presidente Região Norte Marcelo Zugaib Vice-Presidente Região Sudeste Jan Pawel Andrade Pachnicki Vice-Presidente Região Sul Agnaldo Lopes da Silva Filho Presidente Sérgio Podgaec Diretor Administrativo César Eduardo Fernandes Diretor Científi co Olímpio B. de Moraes Filho Diretor Financeiro Maria Celeste Osório Wender Diretora de Defesa e Valorização Profi ssional Imagem de capa e miolo: passion artist/Shutterstock.com COMISSÃO NACIONAL ESPECIALIZADA EM ANTICONCEPÇÃO - 2020 / 2023 Presidente Rogério Bonassi Machado Vice-Presidente Ilza Maria Urbano Monteiro Secretária Jaqueline Neves Lubianca Membros Carlos Alberto Politano Cristina Aparecida Falbo Guazzelli Edson Santos Ferreira Filho Jarbas Magalhães Luis Carlos Sakamoto Maria Auxiliadora Budib Mariane Nunes de Nadai Milena Bastos Brito Sheldon Rodrigo Botogoski Tereza Maria Pereira Fontes Valeria Barbosa Pontes Zsuzsanna Ilona Katalin de Jarmy Di Bella 2021 - Edição revista e atualizada | 2018 - Edição anterior Anticoncepção hormonal combinada Descritores Anticoncepção; Planejamento familiar; Protocolo hormonal contraceptivo Como citar? Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Anticoncepção hormonal combinada. São Paulo: FEBRASGO; 2021. (Protocolo FEBRASGO-Ginecologia, no 65/ Comissão Nacional Especializada em Anticoncepção). Introdução A anticoncepção moderna ofereceu à humanidade um avanço inestimável na qualidade de vida, principalmente às mulheres que, hoje, conseguem planejar quando e se querem engravidar. O advento do anticoncepcional hormonal combinado (AHC), que marca o início dessa nova fase da anticoncepção, é resultado da associação entre um componente estrogênico e outro progesto- gênico, sendo esse último o principal responsável pela eficácia contraceptiva, visto que provoca anovulação por inibição do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano. Os AHCs podem ser administrados por várias vias, sendo o contraceptivo oral combinado (COC) o mais conhecido deles e o mais utilizado no Brasil e em quase todo o mundo.(1) Apresenta alta eficácia quando usado de modo ideal e está associado a be- *Este protocolo foi elaborado pela Comissão Nacional Especializada em Anticoncepção e validado pela Diretoria Científi ca como Documento Ofi cial da FEBRASGO. Protocolo FEBRASGO de Ginecologia no 65, acesse: https://www.febrasgo.org.br/ Todos os direitos reservados. Publicação da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). 4 Protocolos Febrasgo | Nº65 | 2021 nefícios não contraceptivos, como alívio dos sintomas mens- truais e, até mesmo, diminuição no risco de cânceres de ovário e endométrio. Classifi cação Podemos classificar os AHCs de acordo com sua forma de ad- ministração, resultando em quatro grupos: injetável, vaginal, transdérmico e oral. Com exceção da via injetável, as outras apresentam a vantagem de não dependerem de um profissional da saúde para seu uso. O anel vaginal disponível no Brasil libera etonogestrel (120 µg/dia) e etinilestradiol (EE) (15 µg/dia).(2) O adesivo libera EE (33,9 µg/dia) e norelgestromina (203 µg/dia), sendo a única formulação de AHC transdérmico acessível em todo o mundo.(3) Utilizados mensalmente, dois AHCs injetáveis foram ex- tensamente estudados pelo Programa Especial de Pesquisa, Desenvolvimento e Treinamento em Reprodução Humana (HRP) da Organização Mundial da Saúde (OMS). Um deles é composto de 5 mg de valerato de estradiol e 50 mg de enantato de noretis- terona e outro, 5 mg de cipionato de estradiol e 25 mg de acetato de medroxiprogesterona.(4) Os COCs apresentam grande variabi- lidade de formulações. O componente estrogênico mais comum é o EE, utilizado em doses que variam entre 35 µg e 15 µg. Há duas formulações mais recentes compostas de estrogênios na- turais. Há grande variabilidade de progestagênios, o que clas- sifica os COCs em gerações, sendo responsáveis, na maioria das vezes, pelos benefícios não contraceptivos associados aos AHCs (Quadro 1). 5 CNE em Anticoncepção Protocolos Febrasgo | Nº65 | 2021 Quadro 1. Classifi cação dos contraceptivos em gerações Geração Composição Primeira COC com dose de EE ≥ 50 µg associado a um dos progestagênios: noretindrona, noretisterona, linestrol ou noretinodrel Segunda COC com dose de EE <50 µg associado a um dos progestagênios: levonorgestrel ou norgestrel Terceira COC com dose de EE <50 µg associado a um dos progestagênios: gestodeno, desogestrel ou norgestimato Sem classifi cação COC com dose de EE <50 µg associado a um dos progestagênios: drospirenona*, clormadinona* e ciproterona. Os COCs com estrogênio natural entram no grupo sem classifi cação * Há autores que classifi cam os COCs contendo esses progestagênios como sendo de quarta geração. Mecanismo de ação Os AHCs agem, primariamente, inibindo a secreção de gonadotro� - nas, sendo o progestagênio o principal responsável pelos efeitos con- traceptivos observados. O principal efeito do progestagênio é a inibi- ção do pico pré-ovulatório do hormônio luteinizante (LH), evitando, assim, a ovulação. Além disso, espessa o muco cervical, di� cultando a ascensão dos espermatozoides; exerce efeito antiproliferativo no endométrio, tornando-o não receptivo à implantação; altera a secre- ção e a peristalse das tubas uterinas.(5) O componente estrogênico age inibindo o pico do hormônio folículo-estimulante (FSH) e, com isso, evita a seleção e o crescimento do folículo dominante. Também age para estabilizar o endométrio e potencializar a ação do compo- nente progestagênio por meio do aumento dos receptores de proges- terona intracelulares.(5) Efeitos adversos Apesar da progressiva redução de dose hormonal, com consequen- te diminuição dos efeitos adversos gerais e metabólicos, são funda- mentais o conhecimento e a orientação sobre estes. 6 Anticoncepção hormonal combinada Protocolos Febrasgo | Nº65 | 2021 Gerais Os principais efeitos gerais associados aos AHCs estão listados no qua- dro 2. Dois pontos merecem destaque: alteração de humor e ganho de peso. Um estudo observacional evidenciou discreto aumento do uso de antidepressivos entre usuárias de contracepção hormonal (uma em cada mil usuárias), independentemente da formulação ou da via de administração utilizada.(6) Não foi observada relação entre ganho de peso e uso de AHC, apesar do relato por algumas mulheres.(7) Quadro 2. Efeitos adversos relacionados ao estrogênio e aos progestagênios, geralmente, quando em excesso Efeitos estrogênicos Efeitos progestagênios Náuseas e vômitos Mastalgia Cefaleia Irritabilidade Cloasma Fadiga Aumento de apetite Acne e oleosidade da pele Sangramento uterino irregular Aumento de peso Metabólicos • Pressão arterial: o EE aumenta a síntese hepática de angioten- sinogênio, que, por sua vez, eleva a pressão arterial sistêmica a partir do sistema renina-angiotensina-aldosterona.(8) Em mu- lheres saudáveis e normotensas, essa alteração não provoca re- percussões clínicas.(9) • Metabolismo dos carboidratos: o estrogênico induz resistência à insulina, sem impacto signi� cativo no metabolismo glicídico de mulheres saudáveis e não diabéticas.(10) • Sistema hemostático: os AHCs induzem aumento da resistência à proteína C ativada, colaborando para um estado pró-trombóti- co. Duplicam a sextuplicam o risco relativo de trombose venosa profunda se comparados a não usuárias de AHCs, dependendo da dose do EE e do progestagênio associado.(11) 7 CNE em Anticoncepção Protocolos Febrasgo | Nº65 | 2021 Contraindicações Periodicamente, a OMS atualiza os critérios de elegibilidade neces- sários para a prescrição dos contraceptivos, com base em evidências cientí� cas. As categorias são classi� cadas conforme o quadro 2 e as condições clínicas consideradascontraindicações absolutas estão listadas no quadro 3.(12) Quadro 3. Critérios de elegibilidade médica para os métodos contraceptivos segundo a OMS Categoria Julgamento clínico 1 Utilize o método em quaisquer circunstâncias 2 Utilizar o método de modo geral (os benefícios são maiores que os possíveis malefícios) 3 Não é recomendado o uso do método, a menos que métodos mais adequados não estejam disponíveis ou não sejam aceitáveis (os possíveis malefícios são maiores que os benefícios) 4 Não utilizar o método (contraindicação absoluta) Fonte: traduzido e adaptado de World Health Organization (WHO). Medical eligibility criteria for contraceptive use [Internet]. 5. ed. Genebra: WHO; 2015. [cited 2018 Aug 19]. Disponível em: http://www.who.int/reproductivehealth/publications/family_planning/en/index.html.(12) Quadro 4. Situações clínicas com contraindicações absolutas (categoria 4) aos AHCs, de acordo com critério de elegibilidade da OMS TVP/EP atual ou pregressa, independentemente do uso de anticoagulante Trombofi lia conhecida Cirurgia maior com imobilização prolongada Lúpus eritematosos sistêmico com ACA positivo ou desconhecido Doença valvular complicada com hipertensão pulmonar, FA, endocardite bacteriana) Tabagismo (≥ 15 cigarros/dia) + idade superior a 35 anos Doença cardíaca isquêmica atual ou pregressa Hipertensão arterial sistêmica descompensada (sistólica ≥160 mmHg ou diastólica ≥ 100 mmHg) Hipertensão arterial sistêmica associada à doença vascular Múltiplos fatores de risco para DCV (idade avançada, tabagismo, DM, HAS) Acidente vascular cerebral atual ou pregresso Continua... 8 Anticoncepção hormonal combinada Protocolos Febrasgo | Nº65 | 2021 Enxaqueca com aura Enxaqueca sem aura + idade ≥ 35 anos para continuar em uso do AHC Câncer de mama atual DM complicado com nefropatia, retinopatia, neuropatia ou outra vasculopatia, ou mais de 20 anos de doença Cirrose descompensada, adenoma hepatocelular e hepatoma (categoria 3 se injetável) Lactante nas primeiras seis semanas pós-parto Puérpera não lactante, com fator de risco para TVP*, nos primeiros 21 dias Fonte: World Health Organization (WHO). Medical eligibility criteria for contraceptive use [Internet]. 5. ed. Genebra: WHO; 2015. [cited 2018 Aug 19]. Disponível em: http://www.who.int/ reproductivehealth/publications/family_planning/en/index.html(12) TVP: trombose venosa profunda; EP: embolia pulmonar; IAM: infarto agudo do miocárdio; AVC: acidente vascular cerebral; FA: fi brilação atrial; DM: diabetes melito; HAS: hipertensão arterial sistêmica; DCV: doença cardiovascular; ACA: anticorpo antifosfolípide; HNF: hiperplasia nodular focal. * São considerados fatores de risco para TVP: passado de TVP, trombofi lia, obesidade, hemorragia ou transfusão sanguínea pós-parto, imobilidade, pré-eclâmpsia, tabagismo e parto cesariano imediato. Uso não contraceptivo Os AHCs apresentam vários efeitos bené� cos, como melhora dos sin- tomas da síndrome da tensão pré-menstrual (mastalgia, irritabilidade, cefaleia), da dismenorreia primária ou secundária, dos sintomas da en- dometriose e diminuição do volume da perda sanguínea.(13) Também ajudam na redução e no desaparecimento de cistos ovarianos sim- ples, às vezes de grandes dimensões, em razão do “repouso ovariano”. Estudos mostram que usuárias de longa data de CHCs apresentam me- nos risco de cânceres de ovário, de endométrio e intestinal.(14) Uso clínico A prescrição dos AHCs deve se iniciar na fase folicular precoce, preferencialmente até o quinto dia do ciclo menstrual. As formula- ções orais podem ser administradas a cada 24 horas, das seguintes formas: Continuação. 9 CNE em Anticoncepção Protocolos Febrasgo | Nº65 | 2021 • 21 dias, com 7 dias de pausa – EE associado com levonogestrel (Microvlar®, Ciclo 21®, Miranova®, Level®), gestodeno (Allestra 20® ou 30®, Diminut®, Femiane®, Gestinol®, Ginesse®, Harmonet®, Micropil®, Minulet®, Tamisa 20® ou 30®), clormadinona (Belara®, Aixa®), desogestrel (Primera 20 ou 30®, Minian®, Microdiol®, Mercilon®, Femina 20 ou 30®), drospirenona (Yasmin®, Elani Ciclo®, Diva®, Molieri 30®) e ciproterona (Diane 35®, Diane®, Selene®); • 22 dias, com 6 dias de pausa – EE associado com desogestrel tri- fásico (Gracial®); • 24 dias, com 4 dias de pausa – EE associado com drospireno- na (Yaz®, Iumi®, Molieri 20®), gestodeno (Siblima®, Minima®, Minesse®, Mirelle®, Adoless®, Alexa®, Tantin®, Tamisa 15®) ou clor- madinona (Belarina®); • 24 dias, seguidos de até 120 dias de uso contínuo (Yaz Flex®); • 28 dias contínuos, sendo 24 dias de estradiol associado à nome- gestrol, seguidos de 4 dias com comprimidos inativos (Stezza®); • 28 dias contínuos, sendo 26 dias de valerato de estradiol e/ou die- nogeste, seguidos de 2 dias com comprimidos inativos (Qlaira®); • 28 dias contínuos de EE e drospirenona (Elani 28®); • 28 dias contínuos de EE e gestodeno (Gestinol 28®); • uso estendido com pausa programada entre o 25o dia e o 120o dia _ EE associado com drospirenona (Yaz Flex®, Yumi Es®); • uso contínuo por 28 dias _ 21 comprimidos contendo 150 µg de desogestrel/20 µg de EE, seguidos de dois comprimidos sem substâncias ativas e cinco comprimidos com 10 µg de EE (Mercilon Conti®). A aplicação dos contraceptivos combinados injetáveis é realiza- da a cada 30 dias, preferencialmente nas nádegas. As formulações disponíveis no mercado são: 10 Anticoncepção hormonal combinada Protocolos Febrasgo | Nº65 | 2021 • Mesigyna® – 25 mg de valerato de estradiol e 50 mg de enantato de noretisterona; • Perlutan®, Preg-Less® e Daiva® – 10 mg de enantato de estradiol e 150 mg de algestona acetofenida; • Ciclofemina® e Depomês® – 5 mg de cipionato de estradiol e 25 mg de medroxiprogesterona. O uso do anel vaginal Nuvaring® preconizado, após a inserção, é que seja mantido por três semanas e, então, removido por uma se- mana, quando um novo anel deve ser recolocado.(2) O adesivo transdérmico Evra® deve ser colado sob a pele, nos bra- ços, nas costas ou na região abdominopélvica anterior ou posterior. Cada adesivo permanece colado na pele por sete dias, totalizando 21 dias de uso, seguidos de sete dias de pausa.(3) Recomendações fi nais 1. Métodos contraceptivos hormonais combinados são seguros e e� cazes, porém devem ser prescritos por um médico, preferen- cialmente ginecologista ou pro� ssional da saúde que faça parte de um Serviço de Planejamento Familiar. 2. Ao prescrever AHC, o médico deve avaliar se a mulher tem algu- ma contraindicação. Caso tenha alguma restrição, deverão ser oferecidas, apenas, as opções seguras para ela (categorias 1 e 2 da OMS). (http://www.who.int/reproductivehealth/publications/ family_planning/en/index.html) 3. Ao escolher um método contraceptivo hormonal combinado, a paciente deve ser orientada no tocante aos possíveis riscos e aos bene� cios adicionais. 4. Não é necessária a solicitação de exames subsidiários para o uso de AHC, mas a aferição da pressão arterial e cuidadosa anamne- se a respeito de antecedentes pessoais e familiares de trombo� - 11 CNE em Anticoncepção Protocolos Febrasgo | Nº65 | 2021 lias, neoplasias hormônio-dependentes, eventos tromboembóli- cos e enxaqueca com aura são mandatórias. 5. Os AHCs têm interação medicamentosa com fármacos anticon- vulsivantes (fenitoína, carbamazepina, barbitúricos, primidona, topiramato, oxcarbazepina, lamotrigina) e rifampicina (http:// www.who.int/reproductivehealth/publications/family_plan- ning/en/index.html). Referências 1. World Health Organization (WHO). United Nations. Department of Economic and Social Aff airs. Population Division. World contraceptive use. Geneva: WHO; 2015. 2. Bjarnadóttir RI, Tuppurainen M, Killick SR. Comparison of cycle control with a combined contraceptive vaginal ring and oral levonorgestrel/ethinyl estradiol. Am J Obstet Gynecol. 2002;186(3):389–95. 3. Abrams LS, Skee DM, Natarajan J, Wong FA, Leese PT, Creasy GW, et al. Pharmacokinetics of norelgestrominand ethinyl estradiol delivered by a contraceptive patch (Ortho Evra/Evra) under conditions of heat, humidity, and exercise. J Clin Pharmacol. 2001;41(12):1301–9. 4. Lande RE. New era for Injectable. Population Reports, Serie K, no. 5. Baltimore: John Hopkins School of Public Health, Population Information Program; August 1995. 5. Speroff L. The formulation of oral contraceptives: does the amount of estrogen make any clinical diff erence? Johns Hopkins Med J. 1982;150(5):170–6. 6. Skovlund CW, Mørch LS, Kessing LV, Lidegaard Ø. Association of Hormonal Contraception With Depression. JAMA Psychiatry. 2016;73(11):1154–62. 7. Gallo MF, Lopez LM, Grimes DA, Carayon F, Schulz KF, Helmerhorst FM. Combination contraceptives: eff ects on weight. Cochrane Database Syst Rev. 2014;(1):CD003987. 8. Oelkers WK. 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Available from: http://www. who.int/reproductivehealth/publications/family_planning/en/index.html 13. Caserta D, Ralli E, Matteucci E, Bordi G, Mallozzi M, Moscarini M. Combined oral contraceptives: health benefi ts beyond contraception. Panminerva Med. 2014;56(3):233–44. 14. Brown EJ, Deshmukh P, Antell K. Contraception Update: oral contraception. FP Essent. 2017;462:11–9. 13 CNE em Anticoncepção Protocolos Febrasgo | Nº65 | 2021
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