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Poluição Ambiental

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[GABRIELA BARBOSA] Turma 74- Medicina Unimontes 
 
PROBLEMA 09 – POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA – ENFERMIDADES 
- A atmosfera é uma mistura de compostos que ao longo doa anos atingiu o equilíbrio ideal para a existência de vida no planeta, sendo a interface 
entre o sol (fonte de energia) e a vida na Terra; 
- Composição natural da atmosfera: nitrogênio (78%), oxigênio (2%0, argônio, vapor de água, ozônio, metano, óxidos de nitrogênio e óxidos de 
enxofre; 
- Ar poluído – gases ou partículas encontram-se em concentrações (massa do poluente/volume de ar) que podem acarretar impactos negativos 
sobre a saúde humana, fauna, flora e materiais; 
- Nos tempos modernos, devido aos processos de industrialização e de urbanização, a poluição ambiental se tornou uma importante causa de 
doenças; 
- Os contaminantes ambientais apresentam natureza química diversa e efeitos biológicos variáveis; 
- A ideia de desenvolvimento sustentável coloca em foco as discussões sobre a poluição ambiental; 
 
- Qualidade do Ar – medida do nível de poluentes atmosféricos a 
que a população se encontra exposta; 
- Padrões de Qualidade do Ar – estabelecem um nível máximo 
recomendável da concentração de um poluente – são 
estabelecidos forma transnacional e regional pela OMS e no Brasil 
pelo Conama, baseado na legislação norte-americana – esses são o 
suporte dos programas de controle de poluição de ar – (padrões 
primários) níveis máximo toleráveis de concentração de poluentes 
atmosféricos, que quando ultrapassados podem afetar a saúde da 
população; (padrões secundários) níveis desejados de 
concentração de poluentes, com concentrações desejadas abaixo 
dos valores em que se prevê o efeito adverso; 
**a sequência de padrão de qualidade do ar, definida em 2018, se 
torna mais restritiva, até alcançar o padrão final, porém até em 
2021 ainda não se estabelecer a data de início das outras fases** 
 POLUENTES DO AR 
- Nas últimas décadas foram registrados aumentos significativos nas concentrações de substâncias perigosas no ambiente atmosférico; 
- A poluição atmosférica é um problema de extrema relevância para o Brasil, sendo responsável por danos à saúde (responsável por mais de 51 
mil mortes anuais) a ao meio ambiente; 
**a OMS estima que mais de 90% da população mundial não respira ar de qualidade aceitável, resultando em 11,6% das mortes mundiais** 
- Englobam: gases e poeiras, poluição industrial, poluição urbana, solventes, vapores e poluição industrial no ambiente de trabalho; 
- Poluentes de maior importância: monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx), dióxido de enxofre (SO2), ozônio (O3), fumaça, 
materiais particulados (inaláveis, como PM10 e PM2,5, e partículas totais em suspensão), benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos, compostos 
orgânicos voláteis (COVs) e hidrocarbonetos poliaromáticos (HPAs); 
- Classificação dos Poluentes: (primários) emitidos diretamente na atmosfera a partir das fontes; (secundários) formados na atmosfera a partir 
dos seus precursores, como o ozônio troposférico (resulta da reação de óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis, na presença de 
radiação solar) e o material particulado fino MP2,5; 
- Fatores que determinam o comportamento dos poluentes na atmosfera: emissão, química atmosférica, dispersão meteorológica e topografia 
da região; 
1. FONTES DE POLUIÇÃO DO AR 
 
 
 
- Processos que geram poluentes: combustão, processos evaporativos, ressuspensão de 
partículas, desgastes de materiais; 
- Processo de Queima – a queima de diversos materiais gera grandes quantidades de 
poluentes, uma vez que emite dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO), 
compostos orgânicos voláteis (COV), óxidos de nitrogênio (NOx), material particulado inalável 
(MP10), material particulado fino (MP2,5) e o carbono negro; 
- A queima de combustíveis fósseis líquidos (gasolina, diesel e óleo combustível) e sólidos 
(carvão e resíduos) é a maior fonte de emissão de poluentes e de gases do efeito estufa (GEE); 
- Os principais responsáveis pela emissão de poluentes são os veículos automotores para 
transporte de carga e passageiros e as atividades industriais (fontes estacionárias), devido à 
queima de combustíveis fósseis e biocombustíveis; 
- As queimaduras de vegetação e florestas são importantes fontes de emissão de gases de 
efeito estufa (GEE), além de comprometerem o desenvolvimento econômico e prejudicar a 
saúde das populações; 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74- Medicina Unimontes 
 
a. TRANSPORTE 
- O setor de transporte é uma importante fonte de poluentes urbanos, uma vez que emite 90% dos gases poluentes e de dióxido de carbono, 
nas diferentes modalidades de transporte (aéreo, marítimo, hidroviário e rodoviário), a partir da queima de combustíveis fósseis (diesel 43% e 
gasolina 27%) e de biocombustíveis; 
- O transporte rodoviário é o principal meio de deslocamento urbano, representando 63% dos deslocamentos em cidades (2018) e 65% da 
movimentação de carga (2015) – setor de transporte com maior taxa média de crescimento de demanda por energia, principalmente devido à 
ineficiência no uso da energia; 
- O transporte individual emite 57% do dióxido de carbono, o transporte público 27% e os veículos para transporte de carga 12%; 
- Veículos Movidos a Diesel (caminhões e ônibus) – emitem óxidos de nitrogênio (NOx) e material particulado (MP) por combustão; 
- Veículos Movidos a Gasolina e Etanol – emitem monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos não metano (NMHC) e aldeídos (RCHO); 
**a queima dos biocombustíveis geram diferentes poluentes, causando impactos distintos na qualidade do ar** 
- O transporte rodoviário também polui o ar a partir da ressuspensão do material particulado por desgaste, ou seja, do material depositado nas 
vias, proveniente do desgaste dos pneus, freios e pavimentos – material particulado mais pesado proveniente da combustão ou do desgaste que 
se concentra nas imediações da via; 
- Fatores determinantes da emissão de poluentes do transporte rodoviário: tecnologia do material rodante, organização do tráfego urbano, 
ordenamento do uso do solo e política de transporte; 
- Estratégias de controle de emissões no setor de transporte – buscam promover modais mais eficientes e de menor impacto, uso de 
combustíveis mais limpos e tecnologias veiculares mais eficientes; 
- Transporte Aéreo – os poluentes provenientes da movimentação das aeronaves, não possuem impacto relevante na qualidade do ar, devido 
às altas atitudes em que ocorrem as emissões – poluentes emitidos em maiores quantidades: NOx, CO, SO2 e compostos voláteis orgânicos não 
metânicos (CVONM); 
b. QUEIMADAS E INCÊNDIOS FLORESTAIS 
- O fogo é necessário a alguns ecossistemas adaptados ecologicamente para o seu processo de evolução, como o Cerrado, assim como pode ser 
utilizado como técnica agrícola de manejo por produtores rurais e como agente de transformação da paisagem; 
- A Amazônia, devido ao seu caráter úmido e chuvoso, não se apresenta adaptada ao fogo natural, porém atualmente corresponde a quase 
metade dos focos de incêndio no Brasil, demonstrando o caráter antropogênico das queimadas que a acometem; 
- Tipos de Queimadas Antropogênicas: (tipos intencionais) queimadas diretamente ligadas ao ato de desmatamento e queimadas decorrentes 
da limpeza de pastagens e áreas agrícolas para seu reaproveitamento; (tipo acidental) fogo que escapa da área de desmatamento ou limpeza e 
invade floresta adjacente; 
- São a principal fonte de emissão de poluentes atmosféricos nas regiões do Brasil central e na Amazônia; 
- A queima de biomassa decorrente das áreas desmatadas e do manejo de pastos liberam gases do efeito estufa e grandes quantidades de 
material particulado – as queimadas na região Amazônica geram valores de 500 microgramas/m3 de MP10, cerca de 25 vezes a média normal 
da região e 2 a 3 vezes os níveis da cidade de São Paulo, quando em estado de alerta; 
**os materiais particulados finos a quea população é exposta, produzido pelas queimadas além dos limites estabelecidos como nocivos para a 
saúde, são as principais causas das doenças do aparelho respiratório que ocorrem nos períodos de seca na Amazônia** 
- A fumaça liberada pelas queimadas impactam diretamente o ciclo hidrológico, pois ao aumentar a disponibilidade de material particulado na 
atmosfera, interfere na formação de gotículas de chuva, atuando como núcleo de condensação de nuvens e alterando a física das nuvens, de 
modo que as nuvens demoram para atingir seu tamanho ideal e precipitarem como chuva -> gera-se um ciclo vicioso entre queimadas e secas; 
- As correntes de ar (rios voadores) que atuam na Amazônia permitem que o material particulado emitido pelas queimadas polua, além da zona 
rural e das principais cidades da Amazônia, outras regiões do país (Centro-Oeste, Sul e Sudeste), de modo a afetar o clima e a qualidade do ar 
dessas cidades; 
c. INDÚSTRIA E SETOR ELÉTRICO 
 
- Fontes Fixas/Estacionárias de Emissão – qualquer instalação, 
equipamento ou processo, presente em local fixo, que libere ou 
emita poluição atmosférica por queima de combustível fóssil e 
biomassa, devido à emissão pontual ou fugitiva; 
- As emissões de poluentes das atividades do setor industrial são 
provenientes dos processos de fabricação e transformação dos 
produtos, da queima de combustíveis para a produção de energia 
ou da movimentação de materiais; 
**a geração de energia pela queima de combustíveis fósseis são 
fontes potenciais da emissão de poluentes** 
- O controle preventivo das emissões atmosféricas do setor 
industrial é realizado a partir do licenciamento ambiental, baseado 
nos limites de emissão e nas informações sobre a qualidade do ar 
na região; 
- Os aglomerados industriais em áreas suburbanas das grandes metrópoles do país iniciaram suas atividades antes da legislação ambiental, 
tornando necessário a troca de equipamentos para se obter a redução das emissões; 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74- Medicina Unimontes 
 
**somente o estado de São Paulo apresenta legislação específica para a redução das emissões e para o condicionamento da expansão das 
industrias de altos potencial poluidor em regiões industriais, conforme os níveis de comprometimento da qualidade do ar** 
d. OUTRAS FONTES 
 Combustíveis Sólidos e Poluição Interna 
- A queima de combustíveis sólidos para a preparação de alimentos gera grande emissão de partículas, especialmente de carbono negro e de 
compostos gasosos em ambientes internos; 
- Cerca de 3 bilhões de pessoas usam fogões a querosene, biomassa (madeira, resíduos de animais e vegetação) e carvão, tendo esse número 
crescido devido ao aumento do preço do gás; 
- Os combustíveis sólidos ineficientes na queima geram muitos poluentes, que repercutem diretamente nas pessoas que passam mais tempo 
em casa, como mulheres, crianças e idosos; 
 Emissões Evaporativas 
- A emissão de COV por processos evaporativos é maior que pela exaustão de veículos; 
- A evaporação de COV ocorre devido à exposição ao sol com o veículo frio, devido ao aquecimento do motor após o uso, e das emissões 
evaporativas durante o funcionamento dos veículos; 
- Durante o abastecimento do veículo, grandes emissões evaporativas ocorrem, devido à liberação de combustível do interior do tanque para o 
ambiente; 
- Corresponde a 40% dos hidrocarbonetos emitidos; 
- Os compostos oriundos dos processos evaporativos são importantes na formação do ozônio e de poluentes secundários, como o aerossol 
orgânico secundário, que representa uma fração significativa do material particulado fino; 
2. IMPACTOS DA POLUIÇÃO DO AR 
 Saúde 
 
- O potencial de um poluente em afetar a saúde humana é 
determinado pelo grau de exposição, pela sua toxicidade, pela 
suscetibilidade e pela vulnerabilidade do indivíduo; 
- Fatores que afetam a vulnerabilidade individual: idade, gênero, 
raça, níveis educacionais e socioeconômicos, status nutricional, uso 
de medicação, acesso aos serviços de saúde, localização, tipo de 
moradia, combustíveis usados para cozinhar, ocupação, 
suscetibilidade genética e doenças pré-existentes; 
- Populações mais sensíveis à poluição atmosférica: bebês intra-
útero, crianças, idosos, pessoas com doenças crônicas pré-
existentes (asma, doença cardíaca, pulmonar e diabetes); 
- Os poluentes atmosféricos associam-se com a incidência de 
mortes prematuras, doenças pulmonares, cardiovasculares, 
acidentes vasculares cerebrais, disposição ao câncer e diabetes, 
prejuízo do desenvolvimento cognitivo em crianças e demência em 
idosos; 
- A maioria das pessoas expostas aos poluentes tóxicos apresentam 
efeitos subclínicos (como as afecções do trato respiratório superior 
tratadas em consultórios médicos) ou ausência de sintomas, com 
mortalidades em poucos casos; 
- A má qualidade do ar pode prejudicar a saúde por toda a vida, até 
antes do nascimento; 
**cidades com maior concentração de poluentes e consequente 
exposição a longo prazo, aumentou em até 15% a taxa de 
mortalidade por Covid-19** 
- Em 2018, a poluição do ar era responsável anualmente por 51 mil 
mortes no Brasil; 
 Efeitos da Poluição do Ar na Saúde do Feto 
- Existem associações entre o ar poluído com MP, SO2, NOx, O3 e CO com os efeitos adversos durante a gestação; 
**o MP2,5 se associa ao baixo peso ao nascer** 
- A exposição precoce à poluição do ar durante a gravidez pode prejudicar o desenvolvimento do bebê, associando-se ao óbito fetal, 
prematuridade, baixo peso ao nascer, óbito neonatal e pós-neonatal; 
- A exposição à poluição do ar durante a gravidez predispõe o feto a desfechos negativos na vida adulta, como doenças cardiovasculares 
(hipertensão e doença coronariana), respiratórias crônicas, obesidade, diabetes e câncer; 
 Efeitos da Poluição do Ar na Saúde da Criança 
- As crianças são mais sensíveis aos efeitos da poluição do ar, pois ao nascerem essas não apresentam sistema respiratório, neurológico e 
imunológico desenvolvidos, desenvolvendo-se ao longo do seu crescimento; 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74- Medicina Unimontes 
 
- Fatores que aumentam a suscetibilidade infantil: (1) o epitélio pulmonar não se encontra totalmente desenvolvido na criança, gerando maior 
permeabilidade da camada epitelial e maior entrada de poluentes nos pulmões das crianças pequenas; (2) as crianças apresentam maior área 
de superfície pulmonar, por kg de peso corporal do que adultos, e sob respiração normal respiram 50% a mais de ar por kg de peso corporal; 
- Durante a infância as crianças encontram-se mais expostas ao ar poluído do que os adultos, pois brincam e ficam ao ar livre, encontram-se mais 
próximas do chão (acumula-se mais poluentes) e passam mais tempo em casa (em caso de poluição domiciliar); 
- Mortalidade Infantil – estudos de 2018 mostraram uma associação significativa entre os níveis de poluição do ar por MP10 e as mortes por 
causas respiratórias em bebês e crianças; 
- Câncer – associa-se a exposição ao MP com câncer infantil, leucemia, retinoblastoma e pior prognóstico; 
- Otite Média – a exposição à poluição do ar externa e intradomiciliar se associa a ocorrência de otite média em crianças; 
- Doenças Hematológicas - a exposição à poluição do ar associa-se à anemia falciforme; 
- Doenças Respiratórias – os poluentes MP2,5. NO2 e O3 se associam a doenças respiratórias; 
- Doenças Metabólicas/Endócrinas – a poluição do ar encontra-se associada aos indicadores de distúrbios metabólicos, como a resistência à 
insulina e a obesidade em crianças; 
- Doenças Neurológicas e Psiquiátricas – a exposição pré-natal e pós-natal à poluição do ar acomete o neurodesenvolvimento mental e motor 
das crianças, prejudicando o desenvolvimento cognitivo e o desempenho acadêmico (prejudica a aprendizagem, com efeitos deletérios sobre a 
formação do capital humano), e se associando a transtornos comportamentais, de déficit de atenção e hiperatividade; 
- Autismo – a exposiçãoà poluição do ar durante a gestação e o primeiro ano de vida apresenta-se associado ao autismo; 
- Doenças Alérgicas Respiratórias; 
- Pneumonia – a poluição do ar associa-se a 50% da sua carga global; 
- Desenvolvimento da Função Pulmonar – a exposição à poluição do ar, mesmo na fase pré-natal, prejudica a função pulmonar das crianças e 
impede seu desenvolvimento; 
- Doenças Reumatológicas – a exposição à poluição do ar se associa à artrite juvenil idiopática, lúpus eritematoso sistêmico, dermatomiose, 
púrpura de Henoch-S-chonlein, poliarterite nodosa, esclerose sistêmica e espondilite anquilosante; 
- Doenças da Pele – associa-se à dermatite atópica; 
 Custos Econômicos 
- A poluição afeta negativamente a economia brasileira, associando-se à menor produtividade dos trabalhadores, mortes prematuras, limitações 
para aquisição de habilidades cognitivas relevantes e perdas na produtividade agrícola; 
- A morte prematura decorrente da poluição geram custos de cerca de 3,3% do PIB; 
- A poluição do ar relacionada a queimadas e desmatamentos implica custos para o SUS de cerca de 1,5 milhão de dólares, em 2019, com cerca 
de 2 mil internações hospitalares; 
- A poluição atmosférica associa-se a maior morbidade e menos produtividade, assim a redução da poluição reduziria os problemas de saúde 
dos trabalhadores, resultando em menor absenteísmo; 
- O alto poder oxidativo da poluição do ar, principalmente do ozônio, causa perda da produtividade agrícola, podendo gerar perdas de 15 a 62% 
da produtividade da soja em concentrações de ozônio entre 65 e 100 partes por bilhão, com consequente prejuízo financeiro – a agricultura 
periurbana e próxima a queimadas sofrem mais com a poluição do ar; 
 Mudanças Climáticas 
- A poluição do ar se associa diretamente com as mudanças climáticas, uma vez que alguns poluentes contribuem para as mudanças climáticas 
(poluentes climáticos de vida curta – PCVC) e devido às inúmeras fontes emissoras de poluentes; 
- Poluentes Climáticos de Vida Curta (PCVC) – gases e partículas que possuem vida curta na atmosfera de alguns dias a uma década (oposto dos 
gases do efeito estufa que permanecem por centenas de anos), como: carbono negro, metano, precursores de ozônio troposférico (monóxido 
de carbono e COV) e hidrocarbonetos – depois do CO2, esses poluentes juntos são os principais contribuintes para as mudanças climáticas; 
- As consequentes mudanças climáticas e os prejuízos a qualidade do ar reduzem a produtividade agrícola e predispõe à ocorrência de chuva 
ácida e da acidificação de lagos e rios pela deposição de sulfato e nitrato; 
- Carbono Negro – absorve a radiação solar de onda curta; 
 Problemas Ecológicos 
 Chuvas Ácidas 
- Naturalmente as nuvens, chuva, orvalho e névoa são pouco ácidas, devido à dissolução do gás carbônico, com consequente formação do ácido 
carbônico, apresentando pH normal em cerca de 5,6; 
- A poluição do ar por dióxido de enxofre (SOx), óxidos de nitrogênio (NOx) e compostos orgânicos voláteis (VOCs) ocasiona a formação de ácido 
sulfúrico, ácido nítrico, ozônio e peróxido de hidrogênio, de modo a aumentar a acidez da precipitação; 
- Consequências: acidificação do solo, dos sistemas aquáticos, perda de fertilidade do solo, corrosão de edificações, equipamentos e obras de 
arte (perdas econômicas e culturais); 
 Efeito Estufa 
- Fenômeno natural que possibilita a vida na Terra, uma vez que mantém a temperatura e o equilíbrio da Terra; 
- Parte da energia solar que chega a Terra, ao atingir o topo da atmosfera terrestre, é refletida de volta ao espaço, enquanto a outra parte é 
absorvida pelos oceanos e pela superfície da Terra, gerando o aquecimento; 
- As diferenças de temperatura do Sol e da superfície terrestre faz com que parte do calor que aquece a Terra seja irradiada de volta ao espaço, 
porém essas ondas de maiores comprimentos são bloqueadas pelos gases do efeito estufa, que são opacos à radiação terrestre; 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74- Medicina Unimontes 
 
- A troca de energia entre a superfície e a atmosfera mantém a temperatura média global, próxima à superfície, em cerca de 14°C, enquanto 
caso os gases do efeito estufa não existissem naturalmente a temperatura média da Terra seria -18°C; 
- O balanço entre a energia solar incidente e a energia refletida na forma de calor pela superfície terrestre faz com que o clima se mantenha 
inalterado; 
- Fatores que alteram o balanço de energia solar incidente e refletida: (1) mudança na quantidade de energia que chega à superfície terrestre; 
(2) mudança na órbita da Terra ou do Sol; (3) mudança na quantidade de energia que chega à superfície terrestre e é refletida de volta ao espaço, 
devido à presença de nuvens ou partículas atmosféricas (aerossóis); (4) a mudança nas concentrações dos gases do efeito estufa na atmosfera, 
que alteram a quantidade de energia de maiores comprimentos de onda refletida de volta ao espaço; 
- As emissões antrópicas de gases aumentam a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera; 
- Gases do Efeito Estufa (GEE) – dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), ozônio (O3) e vapor de água; 
- Dióxido de Carbono (CO2) – gás mais abundante entre os GEE, sendo utilizado como referência para classificar o poder de aquecimento global 
dos demais gases, já que seu acúmulo na atmosfera aumenta a reflexão de ondas de calor de volta à Terra – sua quantidade atmosférica 
aumentou em 35% desde a era industrial; 
- Metano (CH4) – produzido pela decomposição da matéria orgânica, criação de gado e cultivo de arroz, apresentando poder de aquecimento 
global 21 vezes maior que o CO2; 
- Óxido Nitroso (N2O) – apresenta poder de aquecimento global 310 vezes maior que o CO2; 
- Hexafluoreto de Enxofre (SF6) – gás isolante térmico e condutor de calor, apresentando poder de aquecimento 23.900 vezes mais ativo no 
efeito estufa que o CO2; 
- Hidrofluorcarbonos (HFCs) – substitutos dos clorofluorcarbonos em aerossóis e refrigeradores – não agridem a camada de ozônio, mas 
apresentam potencial de aquecimento global entre 140 e 11.700; 
- Pergluorcarbonos (PFCs) – utilizado como gases refrigerantes, solventes, propulsores, espuma e aerossóis, com potencial de aquecimento 
global entre 6.500 e 9.200; 
 Aquecimento Global 
- Aumento da temperatura global do ar e dos oceanos (aumento da temperatura média global da superfície em 0,74°C nos últimos 100 anos), 
devido ao aumento da concentração de CO2 na atmosfera (aumento de quase 100 ppmv desde a era pré-industrial), consequente das atividades 
humanas; 
- Consequências: derretimento generalizado de neve e gelo e aumento do nível do mar; 
 Buraco na Camada de Ozônio 
- Camada e ozônio é uma camada natural da estratosfera que funciona como filtro, que impede a passagem dos raios ultravioletas provenientes 
do sol; 
- Substâncias químicas que degradam a camada de ozônio: (clorofluorcarbonos – CFCs) principais responsáveis pela destruição da camada de 
ozônio, podendo permanecer na atmosfera por décadas; (óxido nítrico); (hidrocarbonetos halogenados) devido a composição com bromo; 
- A baixa concentração de ozônio (O3) na estratosfera, diminui e a absorção da radiação ultravioleta, de modo a aumentar a incidência desta 
sobre os sistemas biológicos sensíveis; 
- Consequências para o homem: aumenta a incidência de câncer de pele, catarata, queimaduras e problemas do sistema imunológico; 
- Consequências para a natureza: diminui a fotossíntese e o crescimento das plantas; 
 Inversão Térmica 
- Fenômeno metereológico em que uma camada de ar frio se localiza acima da superfície da massa de ar mais quente, presente proximalmente 
ao solo, de modo a impedir a dispersão e a movimentação de massas de ar, concentrando o vapor no seu interior; 
3. MECANISMO DE PROTEÇÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
 
 
- Para se proteger contra os poluentes do ar, as vias aéreas 
apresentam um eficiente sistema de remoção das partículas que 
penetram pela inspiração;- Vibrissas – pelos do vestíbulo nasal – retêm as partículas 
grosseiras em suspensão no ar; 
- Cílios – apresentam extremidade ligeiramente dobrada, que toca 
a camada de muco espessa por baixo, e são envolvidos por uma 
camada muito fluida, que permite sua dobra, assim, durante o 
batimento ciliar (movimento semelhante a um chicote) ocorre o 
deslocando da camada de muco espessa suprajacente – permite o 
deslocamento do muco e do material aderido (poeira, bactéria e 
aerossol) em direção à nasofaringe; 
**o cálcio é muito importante na regulação da atividade motora 
dos cílios, entrando no ambiente interno celular a partir do trânsito 
de eletrólitos** 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74- Medicina Unimontes 
 
- Muco – constituição: água, mucina e glicoproteínas, assim sua secreção depende da síntese de glicoproteínas pelas células mucosas, da 
secreção de eletrólitos pelas células serosas (controlam a excreção de água) e do gradiente de concentração criado pela excreção de cloro e 
absorção de sódio, de modo a permitir o fluxo de água para o exterior da célula – produzidos, em adultos em condições normais, cerca de 10 
mL de muco por dia, podendo alcançar 200 a 300 mL/dia na bronquite crônica – forma uma delgada camada descontínua, como ilhas com 5 a 
10 Um de espessura sobre a extremidade dos cílios - reveste os cornetos nasais, que formam projeções na cavidade nasal, de modo a delinear 
uma fenda muito estreita para a passagem de ar, permitindo que as partículas em suspensão colidam com a mucosa das estruturas e fiquem 
retidas na camada de muco; 
**fibrose cística – ocorre mutação em um gene que codifica uma das proteínas da bomba de cloro nas células epiteliais exócrinas, causando a 
produção de muco mais espesso e de difícil eliminação, de modo a obstruir os canais excretores das glândulas exócrinas e facilitar as infecções 
bacterianas pulmonares** 
- A atividade do aparelho mucociliar é controlada pelo sistema nervoso autônomo e por mediadores que são liberados nos tecidos, como 
histamina, prostaglandinas, substância P e outros neuropeptídios que podem alterar a produção de muco (aumentar ou diminuir), alterar a 
qualidade ou modificar a velocidade dos batimentos ciliares, permitindo a adaptação do sistema às agressões; 
- Células de Reserva – células ciliadas, caliciformes e basais indiferenciadas presentes na mucosa respiratória da traqueia aos bronquíolos; 
- Glândulas Submucosas – glândulas seromucosas presentes da traqueia aos brônquios, responsáveis pela secreção de muco; 
- Células Claviformes / Células Epiteliais Bronquiolares Não Ciliadas – células epiteliais particulares presentes nos bronquíolos, que são 
prismáticas baixas e apresentam REL desenvolvido, rico em sistemas enzimáticos de biotransformação; 
a. EFEITOS LESIVOS DOS POLUENTES 
- Os poluentes do ar agridem o aparelho mucociliar; 
- Fase Inicial – os gases e partículas produzem irritação, que aumenta a secreção de muco e a velocidade dos batimentos ciliares; 
- Ocorre aumento da proliferação das células basais e surge o estímulo para diferenciação de células mucosas, passando a ocupar o lugar das 
células ciliadas no revestimento epitelial, de modo a prejudicar a eliminação de muco e de partículas retidas; 
- Os poluentes afetam a diferenciação das células da camada basal, fazendo com que passem a originar células ciliadas com defeitos na 
maturação dos cílios, de modo a serem pouco eficientes na atividade motora; 
- Posteriormente ocorre a metaplasia escamosa do epitélio brônquico; 
- As alterações quase que irreversíveis que ocorrem no aparelho mucociliar reduzem a capacidade de eliminação de contaminantes do ar, 
favorecendo infecções respiratórias; 
**as infecções respiratórias são as doenças mais frequentes devido à exposição prolongada ao ar poluído** 
- A poluição atmosférica apresenta impactos maiores nas parcelas mais variáveis da população, como crianças e idosos; 
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4. POLUENTES DO AR EM AMBIENTES ABERTOS 
- Principais fontes de poluição: emissão de gases e poeiras originados da queima de combustíveis fósseis (petróleo e carvão de pedra) nos 
veículos (58%) e industrias (18%); 
- Principais poluentes originados da queima de combustíveis fósseis: monóxido de carbono (52%), dióxido de enxofre (18%), hidrocarbonetos e 
aldeídos (12%), material particulado (10%) e óxido de nitrogênio (8%); 
- A ação sinérgica dos muitos poluentes presentes no ar resulta no efeito lesivo da poluição; 
- A poluição causa doenças agudas ou crônicas no sistema respiratório (principalmente), circulatório e reprodutivo; 
- A agressão por poluentes também pode agravar outras doenças, como a asma; 
a. MONÓXIDO DE CARBONO (CO) 
- Normalmente encontrado na atmosfera na concentração de 1 parte por milhão de partes do ar (ppm), porém devido ao tráfego pesado de 
veículos pode atingir 115ppm nas áreas centrais das cidades, 75ppm nas vias expressas, 23ppm nas áreas residenciais e 100ppm nas garagens 
residenciais e túneis; 
- A eliminação de CO da atmosfera ocorre por reação com radicais hidroxila do ambiente, originando CO2; 
- Toxicidade – o CO apresenta alta afinidade pela hemoglobina (maior que pelo oxigênio), formando a carboxi-hemoglobina e fazendo com que 
a hemoglobina torne-se incapaz de transportar oxigênio, desse modo inibe a dissociação da oxi-hemoglobina nos tecidos e assim causa uma 
hipóxia tecidual sistêmica; 
- Danos da hipóxia tecidual sistêmica: lesões degenerativas, edema e hemorragias por lesão endotelial - mais intensas e frequentes em órgãos 
mais sensíveis à hipóxia, como cérebro (cursa com cefaleia) e coração (aumenta a gravidade da aterosclerose – principal acometido na exposição 
crônica a baixas concentrações de CO); 
**os fetos são particularmente sensíveis aos efeitos do CO que atravessa a barreira placentária, podendo gerar lesões cerebrais graves em caso 
de intoxicações agudas da mãe – assim em mulheres que fumam durante a gravidez, as taxas de CO são suficientes para alterar o 
desenvolvimento do sistema nervoso central do feto** 
b. DIÓXIDO DE ENXOFRE (SO2) 
- O enxofre presente na atmosfera na forma de gases e na forma de aerossóis causa grande impacto no meio ambiente, no clima e na saúde dos 
organismos; 
- O dióxido de enxofre entra na atmosfera a partir de uma série de atividades antrópicas e fenômenos naturais, como: queima de combustíveis 
fósseis, oxidação da matéria orgânica no solo, oxidação de H2S sobre oceanos, erupções vulcânicas e queima de biomassa; 
- O dióxido de enxofre é um dos principais precursores da chuva ácida e pode ser considerado um grande gerador de outras formas poluentes; 
- Na atmosfera, parte do SO2 é convertida em ácido sulfúrico e sulfatos, sendo esses também irritantes para a mucosa e produtores de 
broncoconstrição; 
- Apresenta alta reatividade com outros poluentes da atmosfera; 
- É o principal precursor de novas partículas na atmosfera, aumentando a exposição humana a partículas ultrafinas – o dióxido de enxofre ao ser 
oxidado na atmosfera forma o aerossol de sulfato, que é um dos principais componentes das partículas finas em suspensão; 
- Após períodos curtos de exposição ao SO2 ocorrem mudanças na função pulmonar e sintomas respiratórios, pois o dióxido de enxofre produz 
broncoconstrição, reduzindo a função respiratória; 
 Padrões de Qualidade do Ar Ambiente 
- Pacientes asmáticos são mais sensíveis ao dióxido de enxofre, respondendo com broncoconstrição em concentrações em torno de 0,25 ppm; 
- Recomenda-se eu não se ultrapasse a concentração de SO2 de 500 Ug/m3, por em média, 10 minutos de duração, enquanto em exposições a 
longo prazo não se ultrapasse 20 Ug/m3, em 24 horas; 
- USEPA recomenda valores de 75 ppb para os padrões primários e 0,5 ppb para os secundários; 
- A legislação brasileira recomenda uma concentração média anual de 80 Ug/m3 de ar e uma concentração média de 24 horas de 365 Ug/m3, 
não podendo ser excedida maisde uma vez por ano; 
c. OZÔNIO (O3) 
- Origem do ozônio nas camadas mais altas da atmosfera: ação dos raios ultravioletas de menor comprimento de onda sobre o oxigênio nas 
camadas mais altas da atmosfera; 
- Origem do ozônio nas camadas mais baixas da atmosfera: o óxido nitroso da poluição absorve raios ultravioleta e é oxidado a óxido nítrico e 
oxigênio ativado, que reage com o oxigênio molecular (O2) e origina ozônio; 
- O ozônio das camadas mais baixas da atmosfera reage com o óxido nítrico e produz óxido nitroso – faz com que no ar poluído aumente as 
concentrações de ozônio e de óxido nitroso; 
- Os mecanismos de lesão do ozônio devem-se a sua capacidade de gerar radicais livres ao se combinarem com lipídeos insaturados de 
membranas e com grupos SH de proteínas; 
- O ozônio em exposições agudas em humanos, sob concentração entre 0,25 e 0,75 ppm, produz taquipneia, tosse, secura na garganta e sensação 
de opressão torácica; 
d. ÓXIDOS DE NITROGÊNIO (NOx) 
- Englobam: dióxido de nitrogênio (NO2) e o monóxido de nitrogênio (NO); 
- São compostos poluentes gasosos comuns e tóxicos, que afetam a saúde de milhões de indivíduos nas áreas urbanas; 
- São gerados por: queima de combustíveis fósseis, combustão de biomassa, utilização de fertilizantes, processos industriais e fenômenos 
naturais; 
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- Fatores que influenciam a formação de NOx: temperatura de combustão, velocidade de fluxo no local da combustão, composição do 
combustível e taxa de dosagem de combustível/ar; 
- O aumento da sua concentração gera estado de alerta devido à sua toxicidade, por ser espécie precursora envolvida com a produção 
fotoquímica de ozônio troposférico e por ser um dos principais terminadores das reações envolvendo radicais livres na atmosfera; 
- Os estudos atuais ainda não demostram os danos associados aos elevados níveis de monóxido de nitrogênio (NO) atmosférico, porém sua alta 
concentração atmosférica em dias de grande radiação, favorece sua oxidação e consequente formação do dióxido de nitrogênio; 
- O ozônio das camadas mais baixas da atmosfera reage com o óxido nítrico e produz óxido nitroso – 2NO + O2 -> 2NO2; 
- O dióxido de nitrogênio é um gás incolor, de odor característico, que causa irritabilidade nos olhos, nariz e mucosas, e se associa a uma série 
de doenças respiratórias graves como enfisema pulmonar, bronquites, traqueítes e câncer; 
- Após a exposição a cerca de 200 Ug/m3 de dióxido de nitrogênio, por 1 hora, os indivíduos podem apresentar efeitos toxicológicos agudos; 
**comumente fazendeiros e trabalhadores que armazenam forragens podem inalar grandes quantidades de NO2, gerado pela atividade de 
bactérias, no momento de descarregar silos, desenvolvendo manifestações respiratórias graves** 
 Padrões de Qualidade do Ar Ambiente 
 
e. HIDROCARBONETOS E ALDEÍDOS 
- Originados por ação oxidante da luz solar; 
- Ocorrem em baixas concentrações, mas essas são irritantes potentes; 
- Formaldeído e Acroleína – mais abundantes e altamente irritantes, sendo responsáveis pelo odor da poluição fotoquímica e pela irritação 
ocular na pessoa exposta; 
- Aldeído Fórmico – na concentração de 3 ppm produz tosse, cefaleia e irritação dos olhos e das mucosas bucal e respiratória, sendo as 
concentrações acima de 4 ppm insuportáveis – sua exposição crônica ocupacional pode causar asma e bronquite crônica; 
- Acroleína – substância presente na fumaça do cigarro, que é muito mais irritante que o formaldeído – na concentração de 1 ppm causa 
lacrimejamento; 
f. POEIRAS DE NATUREZA MINERAL 
- Quando inaladas podem produzir as lesões pulmonares denominadas pneumoconioses – mais frequentes em ambientes de trabalhos, mas 
podem ocorrer nas populações que habitam áreas urbanas próximas a conglomerados industriais; 
- O sistema respiratório apresenta mecanismos de eliminação da poeira inalada junto com o ar inspirado; 
- Fatores que determinam o aparecimento de lesão pulmonar por poeira: (1) quantidade de pó retido nas vias respiratórias e nos alvéolos; (2) 
tamanho, densidade e forma das partículas de poeira; (3) efeito concomitante de outros poluentes do ar; 
- Fatores que determinam a quantidade de partículas que chegam nos alvéolos e nas vias respiratórias terminais: concentração de partículas no 
ar, duração da exposição, eficiência do aparelho mucociliar em eliminá-las, densidade das partículas, capacidade de sedimentação (relação forma 
x massa) e solubilidade das partículas; 
- Relação tamanho da partícula X superfície de adesão: tamanho das partículas > 10 Um são retidas nas fossas nasais e na nasofaringe, entre 5 e 
10 Um aderem ao epitélio da traqueia e brônquios, entre 1 e 5 Um chegam aos alvéolos e permanecem, sendo as < 1 Um exaladas; 
- As partículas que ficam aderidas ao epitélio bronquioalveolar são fagocitadas por macrófagos alveolares, que aumentam de número à medida 
que a concentração de partículas aumenta no ar inspirado – os macrófagos podem ou não digerir as partículas fagocitadas, alguns podem migrar 
para os septos alveolares e alcançar os linfonodos do hilo e outros podem ser eliminados com o escarro; 
- As partículas leves e pouco densas (ex.: fibras de asbesto) ficam no centro da corrente de ar inspirado e alcançam facilmente os alvéolos, 
escapando de ficarem aderidas ao muco das vias respiratórias; 
- Partículas pequenas e solúveis podem produzir lesões irritativas agudas, enquanto as partículas maiores e insolúveis provocam lesões crônicas; 
- Os poluentes ao lesarem o aparelho mucociliar facilitam o acúmulo de mais partículas inaladas; 
- As partículas inertes, como a poeira de carvão vegetal, pode se depositar no interstício septal sem desencadear reação inflamatória e fibrose; 
- Em depósitos grandes ou com partículas irritantes pode ocorrer reação inflamatória aguda ou cônica, sendo esta seguida de fibrose; 
g. MATERIAL PARTICULADO (MP) 
- Poluentes que devido ao tamanho pequeno encontram-se suspensos na atmosfera - as partículas finas residem por um longo tempo na 
atmosfera, apresentando maior capacidade de penetrar profundamente nos pulmões e assim maior toxicidade do que as partículas grossas no 
ar; 
- Os materiais totais em suspensão (PTS) são partículas com diâmetro igual ou superior a 100 Um e com diâmetros entre 2,5 Um (PM 2,5) e 10 
Um (PM10) – as partículas PM10 e PM2,5 apresentam maior capacidade de penetrar profundamente nos pulmões; 
- Mistura heterogênea e complexa constituída por partículas sólidas e líquidas, capazes de transportar uma grande variedade de compostos 
químicos prejudiciais à saúde humana; 
- Partículas primárias – emitidas diretamente na atmosfera; 
- Partículas secundárias – produzidas a partir de reações químicas entre os precursores de gases atmosféricos ou entre os precursores e as 
partículas primárias; 
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- PM2,5 – origem: (fontes naturais) poeira do solo, sal do mar, distúrbios geológicos, restos biológicos, incêndios florestais e oxidação de gases 
biogênicos reativos; (fontes antropogênicas) queima de combustíveis fósseis por fontes ficas e móveis, emissões fugitivas e atividades industriais, 
comerciais e residenciais - PM2,5 apresenta capacidade de ultrapassar a região alveolar dos pulmões, provocando efeitos adversos respiratórios 
e cardiovasculares; 
- Doenças exacerbadas devido à exposição por curto prazo a altas concentrações de material particulado: bronquite, asma e mudanças na 
variabilidade da frequência cardíaca; 
- Doenças associadas a exposição por longo prazo a altas concentrações de material particulado: câncer de pulmão, doença pulmonar obstrutiva 
crônica (DPOC), arteriosclerose; 
 Padrões de Qualidade do Ar Ambiente 
 
- OMS – (PM2,5) 10 Ug/m3 na média anual e 25 Ug/m3 em 24 
horas; (PM 10) 20 Ug/m3 na média anual e 50 Ug/m3 em 24 horas; 
- A legislação brasileira recomenda valores de padrão primário e 
secundário às concentrações médiasanuais de 50 microgramas por 
metro cúbico de ar e a concentração média de 24h e 150 
microgramas por metro cúbico de ar; 
5. POEIRAS INORGÂNICAS 
- Os trabalhadores de minas de carvão e os trabalhadores expostos à sílica, após longo tempo de exposição e alta concentração de partículas, 
estão sujeitos a desenvolver doença grave, caracterizada por fibrose pulmonar acentuada e difusa, capaz de levar à insuficiência respiratória e 
ao cor pulmonale; 
- Principais Pneumoconioses: antracnose, silicose, sílico-antracose, beriliose e asbestose; 
6. POEIRAS ORGÂNICAS 
- Podem produzir lesões pulmonares agudas, como crises asmatiformes, alveolites alérgicas extrínsecas ou pneumopatias crônicas fibrosantes; 
- Bissinose – condição caracterizada por desconforto respiratório e sensação de opressão torácica, devido à liberação de histamina induzida pela 
ação direta das partículas fibrosas, ocorrendo principalmente no primeiro dia de trabalho da semana – causa: poeiras com fibras de algodão, 
cânhamo ou linho; 
- Alveolite Alérgica Extrínseca – condição caracterizada por inflamação nos septos alveolares com exsudato de linfócitos, macrófagos, eosinófilos 
e células gigantes, broncoconstrição, aumento da secreção de muco, febre e eosinofilia circulante, devido à resposta imunitária a antígenos da 
poeira orgânica, que ativam células Th2, ocasionando a produção de citocinas ativadoras de linfócitos B produtores de IgE e de linfocinas 
eosinotáticas e estimuladoras de eosinopoese – causa: poeira orgânica com material proteico ou polissacarídico, como poeira de feno com 
fungos alergênicos (pulmão do fazendeiro), poeira de gaiolas rica em antígenos originados dos excrementos dos pássaros (pulmão dos tratadores 
de passarinhos); 
- Poeiras com cedro-vermelho podem induzir crises asmáticas, sem alveolite; 
7. COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS (COVs) 
 
 
- Definição conforme a OMS: compostos adsorvidos em um 
adsorvente sólido e com ponto de ebulição entre 50 e 260°C; 
- Definição conforme USEPA: compostos polares e não polares de 
C2 e C10, cuja pressão de vapor a 25°C seja superior a 13,33 Pa; 
- Grupo grande de poluentes (+ de 500) encontrados no ar 
atmosférico sob a forma gasosa; 
- São classificados conforme suas propriedades físico-químicas, 
como o ponto de ebulição e a pressão de vapor; 
- Sua presença e composição na atmosfera se relaciona com os 
combustíveis veiculares, sendo os compostos carbonílicos e os 
hidrocarbonetos aromáticos os mais prevalentes no ar urbano; 
- Benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos (BTEX) – fração 
significativa dos compostos orgânicos voláteis emitidos nas 
atmosferas urbanas por estações de autosserviço móvel (emissões 
de escape, emissões por evaporação e emissões de freio e de 
desgaste dos pneus) e por industriais - apresentam efeitos adversos 
sobre a saúde humana, sendo apontados como compostos 
carcinogênicos - contribuem para a formação de oxidantes, como 
ozônio e nitrato peroxiacetilo (PAN); 
 Padrões de Qualidade do Ar Ambiente 
 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74- Medicina Unimontes 
 
- Os padrões de qualidade do ar são preocupantes em relação ao ar atmosférico e em relação com o ar no interior do veículo, que pode ser mito 
poluído; 
- O benzeno é o BTEX mais agressivo e cancerígeno, não existindo limite seguro de exposição, assim deve-se buscar a menor concentração 
possível; 
8. POLUENTES DO AR EM AMBIENTES DE TRABALHO 
 
- Os ambientes de trabalho podem estar 
contaminados por substâncias com efeito 
tóxico; 
- As normas dos protocolos de saúde do 
trabalhador estabelecer as 
concentrações de um contaminante a 
que o trabalhador pode estar sujeito sem 
ocasionar danos à sua saúde, levando em 
consideração o uso de proteção 
adequada e o tempo de trabalho diário; 
9. FUMAÇA DE CIGARRO 
 
 
- Pode ser inalada por fumantes e por não fumantes que se 
encontram em ambiente fechado com fumaça de cigarro; 
- O tabagismo é uma das principais causas de doença evitáveis no 
mundo, sendo que cerca de 4 milhões de pessoas morrem por ano 
devido ao fumo; 
- Tabagismo x Doenças – o tabagismo se relaciona com os maiores 
riscos de carcinoma broncopulmonar, câncer de laringe, faringe, 
esôfago, boca, bexiga, pâncreas, doença pulmonar obstrutiva 
crônica, aterosclerose, cardiopatia isquêmica, maior risco de 
aborto, prematuridade, nascimento com baixo peso – a associação 
do tabagismo com as doenças se relaciona com a intensidade e a 
duração do hábito, sendo que a cessação do hábito é acompanhado 
da diminuição do risco para as doenças, conforme o tempo de 
abandono; 
- Componentes da fumaça do cigarro: radicais livres, CO, nicotina, 
acroleína, metais variados, nitrosamidas e hidrocarbonetos 
policíclicos aromáticos; 
- Calor da fumaça, acroleína e nicotina – principais agressores para o aparelho mucociliar no fumante, uma vez que o calor da fumaça e a 
acroleína são irritantes e a nicotina inibe os movimentos ciliares, gerando aumento na secreção mucosa e redução da eliminação do muco, que 
se acumula nos fumantes crônicos e causa a descarga brônquica matinal, acompanhada de tosse; 
- Pode ocorrer metaplasia escamosa do epitélio brônquico, com perda de células ciliadas e calciformes; 
- Os produtos da fumaça do cigarro reduzem a atividade microbicida e fagocitária de macrófagos alveolares; 
- O aumento de leucócitos nos pulmões e a liberação de suas enzimas proteolíticas que destroem o parênquima pulmonar, predispõe a doença 
pulmonar obstrutiva crônica; 
- Os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e as nitrosamidas, juntamente com as outras substâncias, causam alterações em oncogenes e em 
genes supressores de tumores, justificando a carcinogenicidade da fumaça do cigarro; 
- A fumaça do cigarro apresenta radionuclídeos (como o plutônio) que se acumulam na bexiga, induzindo o carcinoma de células transicionais; 
- As alterações causadas pelo tabagismo favorece infecções pulmonares; 
10. CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR 
 
 
 
 
- Em 1941, devido a disputas civis surgiu a 
Lei das Contravenções Penais, que 
estabeleceu como contravenção sujeita à 
punição a emissão de fumaça, vapor ou 
gás, que possa ofender o molestar 
alguém; 
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- Em 1960, quando começou a se perceber a piora na qualidade do ar e se estabeleceu que a poluição era um problema coletivo, que deveria 
ser regulado e prevenido pelo poder público, criou-se a Comissão Intermunicipal de Controle da Poluição das Águas e do Ar (CICPAA), cobrindo 
4 cidades do estado de São Paulo – realizou a primeira medição oficial da qualidade do ar em 1965; 
- Um marco na discussão sobre os efeitos da poluição do ar no Brasil foi a repercussão global de quando, em 1980, o município de Cubatão, em 
São Paulo, foi considerado o mais poluído do mundo, apresentando chuva ácida e danos à fauna e à flora; 
- O arcabouço jurídico que regulamenta a proteção da qualidade do ar no Brasil encontra-se disperso em diferentes dispositivos normativos, 
como a lei federal n° 6.938/1981, que institui a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), que traz as diretrizes gerais para gestão da qualidade 
do ar; 
- Programa Nacional de Controle de Qualidade do Ar (Pronar) - arcabouço legal, criado em 1989, que estrutura o sistema de gestão da qualidade 
do ar e controle da poluição, buscando permitir o desenvolvimento econômico e social do país de forma ambientalmente segura – instrumentos: 
(1) limite dos níveis de emissão de poluentes por fontes de poluição atmosférica; (2) adoção dos padrões de qualidade do ar; (3) política de 
zoneamento do território conforme classes de deterioração da qualidade do ar; (4) monitoramento da qualidade do ar; (5) inventário nacional 
de emissões atmosféricas - existe lacuna entre as responsabilidades estabelecidas pelo Pronar e a implementação das ferramentas no nível 
estadual, uma vez que sua base jurídica é infralegal e devido às dificuldades para sustentaçãode uma rede nacional de monitoramento; 
- Cabe à União estabelecer o regramento geral básico, ao estado definiria as próprias regras protetivas à qualidade do ar, conforme às 
especificidades regionais e aos municípios o estabelecimento de normas de interesse local; 
- Protocolo de Kyoto (1998) – instrumento internacional que objetiva a redução da emissão de gases poluentes, estabelecendo como meta a 
redução em 5,2% da emissão de gases poluentes entre 2008 e 2012, a partir do aumento do uso de fontes de energias limpas, da proteção de 
florestas, da otimização dos sistemas de energia e transporte, da diminuição das emissões de metano e da definição de regras para emissão de 
carbono – não atingiu seus objetivos iniciais, ocorrendo um aumento da emissão em 16,2%; 
- Guia de Qualidade do Ar da OMS (WHO – 2006) – destaca os principais efeitos da poluição do ar na saúde e estabelece os limites de segurança 
de exposição aos poluentes tóxicos para a maior parte da população; 
- Para o controle se tornar mais efetivo faz-se necessário maior segurança jurídica, cronograma claro e mandatório para implementação de novas 
fases de qualidade do ar, geração de incentivos para sua realização e criação de um sistema nacional de monitoramento ambiental e 
compartilhamento de dados; 
- Sistema de Gestão de Qualidade do Ar – faz-se necessário para a definição dos padrões de emissões das fontes específicas e gerais para as 
regiões e para avaliar a implementação das políticas de controle da poluição; 
- Existem caminhos factíveis para a redução da emissão de poluentes atmosféricos, a partir do controle de emissões orientadas dos transportes, 
processos industriais e queimadas; 
 Ferramentas de Monitoramento e Previsão da Qualidade do Ar 
- Inventários – lista do tipo e concentração de poluentes de diferentes fontes, que entram no ar em determinado território, em certo intervalo 
de tempo; 
- Modelagem – ferramenta numérica que descreve uma relação causal entre emissões, meteorologia, concentrações atmosféricas, deposição e 
outros fatores que afetam a dinâmica de dispersão e concentração dos poluentes em determinado espaço geográfico; 
- Monitoramento – uso de dispositivos para medição repetitiva ou contínua da qualidade do ar e da concentração de poluentes; 
- Previsão – forma de modelagem que permite estimar com antecedência a concentração de poluentes esperada nos próximos dias; 
11. PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA 
 
- Objetivo: diminuir a poluição na fonte, antes de ser produzida e 
lançada no meio ambiente; 
- Bases de ação: diminuir a geração de resíduos, diminuir a poluição 
ao utilizar máquinas e equipamentos eficientes, poupar matéria-
prima e energia em todas as fases do processo, gerar uma produção 
mais eficiente e conscientização; 
- Os rejeitos do processo produtivo devem ser captados, tratados e 
dispostos de modo a causarem menos danos ao meio – tecnologia 
end-of-pipe; 
- Princípio dos 3R’s: reduzir, reutilizar e reciclar – busca o uso 
sustentável dos recursos, diminuindo a poluição; 
- Ferramenta dos 5S’s – (seiri) senso de utilização; (seiton) senso de 
arrumação; (seiso) senso de limpeza; (seiketsu) senso de saúde e 
higiene; (shitsuke) senso de auto-disciplinca – permitem o uso 
sustentável do recurso natural; 
a. MEDIDAS GERAIS 
- Estipular limites dos níveis de poluição nos ambientes urbanos e rurais; 
- Critérios rigorosos quanto às normas de emissão de gases; 
- Monitoramento periódico das fontes poluidoras; 
- Incentivar o uso de tecnologias menos poluentes (energia eólica, solar); 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74- Medicina Unimontes 
 
- Uso de equipamentos que ↓ os níveis de gases emitidos, dos quais podemos citar: catalisadores automotivos, filtros despoluidores nas 
chaminés das indústrias, além de outros; 
- Monitorar constantemente lugares onde são depositados resíduos sólidos, para que não haja incêndios; 
- Promover o reflorestamento de áreas degradadas; 
- Elaboração de projetos de caráter preventivo contra possíveis poluições atmosféricas de grande proporção; 
- Controlar as queimadas (lavouras, pastagens e florestas); 
- Evitar o uso de agrotóxicos, dando preferência para o controle biológico; 
- Preservação de florestas naturais; 
- Implantação de sistema de transporte coletivo de qualidade; 
- Criação e expansão de áreas verdes nas áreas urbanas, como praças arborizadas, parques ecológicos, jardins, etc. 
 REFERÊNCIAS 
- SANT’ANNA. A. et. All. O estado da Qualidade do Ar no Brasil. Wri Brasil. 2021; 
- CASTRO. A.H.S., ARAÚJO. R.S., SILVA. G.M.M. Qualidade do Ar – Parâmetros de Controle e Efeitos na Saúde Humana: Uma Breve Revisão. Holos. 2013; 
- DANNI-OLIVEIRA. I.M. Poluição do Ar como Causa de Morbidade e Mortalidade na População Urbana. R. RA E GA. 2008; 
- KIPERSTOK, Asher et al. Prevenção da Poluição. Brasília: SENAI/DN, 2002; 
- BRASILEIRO. G.F. Bogliolo – Patologia. 9ª Edição. 2016.

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