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SEMIOLOGIA DO ABDOME

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SEMIOLOGIA DO ABDOME
Regiões do abdome
1. -
2. -
3. -
4. -
5. -
6. -
7. -
8. -
9. -
➔ Tradução:
INSPEÇÃO
● São observadas as alterações da superfície
cutânea, a forma e o volume do abdome.
Forma:
➔ Normal - levemente abaulado e simétrico.
➔ Globoso - importante informar se é
decorrente do acúmulo de tecido adiposo
ou outra causa como o acúmulo de líquido
ascítico.
➔ Escavado - causado por emagrecimento ou
síndrome consumptiva.
Simetria:
● assimétrico encontrado em
hepatoesplenomegalias, neoplasias, hérnias
da parede, megacólon e síndromes
obstrutivas.
Abaulamentos e Restrições:
➔ Diastase - dos músculos retos anteriores é
caracterizada pela seguinte manobra:
estando o paciente em decúbito dorsal,
pede-se a ele para contrair a musculatura
abdominal, seja elevando as duas pernas
estendidas, seja levantando do travesseiro a
cabeça, sem mover o tórax.
➔ Hérnias da parede abdominal
Lesões:
➔ Sinal de Cullen - Equimose periumbilical,
resultante de hemorragia retroperitoneal.
Pode surgir na pancreatite aguda e na
ruptura de gravidez ectópica.
➔ Sinal de Gray-Turner - Equimose dos
flancos. Pode ocorrer na pancreatite
necro-hemorrágica e indica grave
comprometimento da víscera.
Cicatrizes e Cicatriz umbilical:
Movimentos:
● Três tipos de movimentos podem ser
encontrados no abdome:
1. Movimentos respiratórios - em processos
inflamatórios agudos, intraperitoneais, pode
haver contratura da musculatura, fazendo
com que cessem os movimentos
respiratórios abdominais.
2. Pulsações - Podem ser observadas (e
palpadas) no abdome de pessoas magras e
quase sempre refletem as pulsações da
aorta abdominal.Os aneurismas da aorta
abdominal provocam pulsações na área
correspondente à dilatação.
3. Movimentos peristálticos visíveis - Podem
ser vistos em pessoas muito magras mas
normalmente indicam obstrução em algum
segmento do tubo digestivo.
➔ Os movimentos peristálticos do intestino
delgado podem ser visíveis em pacientes
caquéticos ou em condições patológicas,
como as síndromes obstrutivas.
➔ Contrações peristálticas gástricas =
síndrome de estenose pilórica e
peristaltismo exacerbado do intestino
delgado.
➔ Peristaltismo patológico é quase sempre
acompanhado de ruídos hidroaéreos e dor
em cólica.
AUSCULTA:
● Diferente do sistema cardiovascular e
respiratório, a ausculta deve ser o primeiro
elemento a ser avaliado após a inspeção. A
explicação é que a palpação ou percussão
do abdome pode alterar os movimentos
peristálticos.
● Deve ser realizada nos quatro quadrantes
de forma superficial para avaliar os ruídos
hidroaéreos. Para avaliar alterações do fluxo
aórtico (sopros ou aneurismas),
aprofunda-se o estetoscópio ao longo do
trajeto da aorta.
● Condições normais: escuta-se os ruídos
hidroaéreos; frequência de 5 a 34 por
minuto.
➔ Em caso de diarreia e oclusão
intestinal mecânica os ruídos
tornam-se mais intensos.
● íleo paralítico - os ruídos desaparecem
(silêncio abdominal).
● A ausculta abdominal permite ainda detectar
sopros sistólicos em casos de aneurisma,
fístulas arteriovenosas ou compressões
arteriais.
➔ As artérias mais importantes para se
olhar são a aorta e a renal.
● A ausculta é muito útil e importante no pós
operatório de cirurgias na região abdominal.
PERCUSSÃO:
● Pode-se observar os seguintes tipos de
sons no abdome: timpanismo,
hipertimpanismo, submacicez e macicez.
● A percussão do abdome tem por objetivo a
determinação do limite superior do fígado e
da área de macicez hepática, a pesquisa de
ascite e a avaliação da sonoridade do
abdome.
Timpânico:
● O som timpânico indica a presença de ar
dentro de uma víscera oca. Em condições
normais, é percebido em quase todo o
abdome, porém é mais nítido na área de
projeção do fundo do estômago (espaço de
Traube).
➔ Espaço de Traube: maciço indicativo
de esplenomegalia.
● Som timpânico no hipocôndrio direito indica
pneumoperitônio ou interposição do cólon
entre a parede abdominal e o fígado.
Maciço:
● A ausência de ar origina o som maciço,
como se observa nas áreas de projeção do
fígado, baço e útero gravídico. Ascite,
tumores e cistos contendo líquido originam
som maciço.
● O som maciço na topografia do estômago e
do cólon indica conteúdo líquido ou sólido
nessas vísceras.
● Em presenças de ascite encontra-se som
timpânico na região mesogástrica e maciço
nas demais regiões:
➔ PIPAROTE
➔ Quando o sinal do piparote é
negativo, torna-se necessário utilizar
outra técnica, denominada pesquisa
de MACICEZ MÓVEL e
SEMICÍRCULO DE SKODA.
Hepatimetria normal:
● De início, obtém-se som claro pulmonar; em
seguida, em condições normais, na altura do
5o ou 6o espaço intercostal, observa-se
som submaciço. Este ponto corresponde ao
limite superior do fígado.
Sinais:
● Sinal de Giordano: punho-percussão das
lojas renais. Se o paciente sentir dor, é
positivo e pode indicar pielonefrite aguda.
● Sinal de Jobert: percussão do hipocôndrio
direito com detecção de timpanismo. É
indicativo de pneumoperitônio (ar na
cavidade abdominal).
PALPAÇÃO:
● A palpação abdominal tem por objetivo
avaliar o estado da parede abdominal,
explorar a sensibilidade abdominal,
provocando ou exacerbando uma dor,
relatada ou não pelo paciente durante a
anamnese e reconhecer as condições
anatômicas das vísceras abdominais e
detectar alterações de sua consistência.
● A palpação sistemática do abdome
compreende quatro etapas que devem ser
cumpridas, uma após a outra: palpação
superficial, palpação profunda, palpação do
fígado, palpação do baço e de outros
órgãos, além de manobras especiais.
Como avaliar o paciente:
● Decúbito dorsal.
● Distrair o paciente.
● Cuidado com as unhas.
● Esquentar as mãos.
● Iniciar pela área menos dolorosa.
● À direita do paciente.
● Uma ou duas mãos.
Palpáveis e não palpáveis:
● Em condições favoráveis, são palpáveis a
borda inferior do fígado, o piloro, o ceco, o
cólon transverso, o cólon sigmóide e o polo
inferior do rim direito (mais comum no sexo
feminino). Se o paciente for magro é
possível palpar a aorta e a coluna vertebral.
● Em condições normais não é palpável o
antro gástrico, o duodeno, a vesícula biliar, o
baço, as alças jejunoileais, o cólon
ascendente, o cólon descendente, a bexiga
e na mulher útero, as trompas e os ovários.
Palpação Superficial:
● Na palpação superficial do abdome
investigam-se a sensibilidade, a resistência
da parede, a continuidade da parede
abdominal, as pulsações e o reflexo
cutâneo-abdominal.
Sensibilidade - A localização e a irradiação da dor
são as características semiológicas fundamentais
para o raciocínio clínico, havendo estreita relação
entre o local da dor e a víscera ali projetada. Daí a
importância de se conhecerem os chamados
“pontos dolorosos”.
➔ Pontos dolorosos: Há algumas áreas na
parede abdominal cuja compressão, ao
despertar sensação dolorosa, costuma
indicar comprometimento do órgão ali
projetado.
Resistência da parede abdominal - Em condições
normais, a resistência da parede abdominal é a de
um músculo descontraído.
➔ Defesa da parede abdominal: a contratura
muscular involuntária obedece a um reflexo
visceromotor, cujo estímulo se origina no
peritônio inflamado (peritonite). A defesa da
parede abdominal pode ser localizada ou
generalizada (abdome em tábua). Quando
localizada, é mais bem reconhecida
comparando-se as regiões homólogas pela
palpação combinada.
Continuidade da parede abdominal - Diastases e
hérnias.
Palpação Profunda:
● Por meio da palpação profunda
investigam-se os órgãos contidos na
cavidade abdominal e eventuais “massas
palpáveis” ou “tumorações”.
● O encontro de órgãos, massas palpáveis ou
“tumorações” obriga o examinador a
analisar as seguintes características:
localização, forma, volume, sensibilidade,
consistência, mobilidade e pulsatilidade.
Palpação do fígado
● Lemos Torres: com o paciente em decúbito
dorsal e com o abdômen exposto, o
examinador deve posicionar sua mão
esquerda no dorso, na porção lombar do
paciente, tracionando o fígado para frente, e
com sua mão direita espalmada sobre a
parede anterior do abdome iniciara
palpação da borda hepática durante a
expiração.
● Mathieu: se posicionar à direita do paciente
e colocar as mãos paralelas no hipocôndrio
direito e com os dedos fletidos, formando
garras, tentar palpar o fígado durante a
expiração profunda.
O que se pode encontrar:
➔ Pequenas hepatomegalias são aquelas em
que o fígado pouco ultrapassa – até dois
dedos transversos – a reborda costal no
final da inspiração.
➔ Hepatomegalias médias o fígado dista da
reborda costal em torno de quatro dedos
transversos.
➔ Grandes hepatomegalias a borda da
víscera situa-se a mais de quatro dedos e
pode alcançar a cicatriz umbilical ou o
quadrante inferior direito.
Palpação da vesícula biliar
● A vesícula biliar normalmente não é
identificada pela palpação, e somente se
torna palpável em condições patológicas.
● Sinal de Murphy positivo: Colecistite Aguda
Palpação do baço
● Procede-se da mesma maneira como foi
descrito para a palpação do fígado, sendo a
região examinada, então, o quadrante
superior esquerdo.
● Não se conseguindo palpar o baço
empregando-se as manobras anteriormente
descritas, utiliza-se outro recurso que
consiste em fazer a palpação deste órgão
com o paciente na posição de Schuster.
● Em geral, palpar este órgão significa que
seu volume está aumentado, ou seja, há
esplenomegalia. Para que o baço se torne
palpável, é necessário que alcance o dobro
de seu tamanho normal.
Palpação do ceco, Palpação do cólon transverso e
Palpação do sigmóide
● A alça sigmóide é o segmento do trato
digestivo de mais fácil percepção ao exame
palpatório. Situa-se no quadrante inferior
esquerdo e assemelha-se a uma corda de
consistência firme e pouco móvel.
Palpação do rim
● Em indivíduos magros e com parede
abdominal flácida, o polo inferior do rim
direito costuma ser facilmente palpável, e
não deve ser confundido com tumor
abdominal.
Manobras especiais
● Sinal de Rovsing - quando se suspeita de
apendicite aguda este ponto deve ser
comprimido, fazendo-se uma pressão
progressiva, lenta e contínua, procurando-se
averiguar se isso provoca sensação
dolorosa.
● Sinal de Blumberg - dor que ocorre devido
à descompressão brusca da parede
abdominal. Essa manobra – descompressão
rápida – pode ser aplicada em qualquer
região da parede abdominal, e seu
significado é sempre o mesmo, ou seja,
peritonite. Nos casos de peritonite
generalizada, o sinal de Blumberg é
observado em qualquer área do abdome em
que for pesquisado.