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DM RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA Ginecologia e Obstetrícia Anticoncepção ANTICONCEPCIONAL INTRODUÇÃO ▪ A escolha do método baseia-se na facilidade de uso, reversibilidade e índice de Pearl (segurança baseada na taxa de gravidez para cada 100 mulheres/ano usando determinado método contraceptivo, ou seja, avalia a eficácia do método, quando maior o índice maior é a falha – para dizer que é eficaz o IP<1). Os métodos contraceptivos incluem mudanças comportamentais, barreira, DIU, hormônios sistêmicos ou cirurgia. Mecanismos de ação Barreiras físicas e espermicidas Anovulação Alteração no muco/endométrio Contraindicações: critérios de elegibilidade da OMS Categoria 1: pode usar Categoria 2: usar com cautela Categoria 3: contraindicação relativa Categoria 4: contraindicação absoluta Categorias 1 e 2 pode usar o método contraceptivo; categorias 3 e 4 não devem usar! Comportamentais: NÃO EFICAZES ▪ Abstinência sexual periódica ou tabelinha (3-4 dias antes e depois do 14ºdia – método de ogino-knaus: do mais longo subtrai 11 dias e do mais curto 18dias.); ▪ Curva térmica (na ovulação a progesterona aumenta 0,3oC); ▪ Muco cervical (método de Billings – o muco mais filante, mais estrogênio, pico de LH, está ovulando) → tentam prever a ovulação. ▪ Método sintotérmico: é a combinação de vários métodos comportamentais. ▪ Coito interrompido ▪ IP= 24 → Baixa eficácia! Não usar! Amenorreia da lactação: deve ser AME, amenorreia e até 6 meses. Indicar ACO de progesterona para aumentar a confiabilidade. Barreira: NÃO EFICAZES Condom (camisinha) ▪ → ideia é a proteção de DSTs (parcial para HPV e herpes) ▪ Índice de Pearl (uso típico): 18 (masc) 21 (fem) ▪ Baixa eficácia (mas o feminino confere maior área de proteção)! ▪ Indicar o condom como fator para proteção de DST, mas não como método contraceptivo isolado. Espermicidas ▪ São fármacos que rompem a membrana do espermatozoide. ▪ Fármaco: Nonoxinol-9 ▪ Uso contínuo pode causar microerosões na mucosa vaginal e isso pode aumentar as chances dela adquire doença transmissíveis. ▪ IP = 18-28. Não eficaz. Diafragma ▪ Dispositivo de borracha ▪ Inserido antes de cada RS ▪ IP = 6 a 12. Não eficaz. ▪ Retirar no mínimo 6 horas após ejaculação INTRAUTERINOS SÃO EFICAZES. DIU – nenhum dos dois são anovulatórios, não de forma confiável! Hormonais e não hormonais. Mecanismo de atuação: DIU faz uma reação inflamatória, deixando o muco hostil para os espermatozoides. Alguns podem sobrevivem mas o cobre tem efeito espermetizada, além disso faz uma reação inflamatória no endométrio deixando o local citóxico tanto para o espermatozoide quanto para o ovulo. NÃO É ABORTIVO!! Cobre: duração de 10 anos o Ação irritativa, inflamatória e espermicida o Não colocar em mulher com SUA ou dismenorreia, pois é irritativo o IP = 0,6 a 0,8 o Taxas de expulsão: a taxa é inversamente proporcional ao tempo de inserção. o Melhor momento para inserção: menstruada, até 48h ou após 4 semanas pós-parto; após abordo. o Efeitos adversos: sangramento excessivos, dismenorreia e no primeiro mês tem mais risco de desenvolver DIP se a mulher estiver sido exposta a patógenos. Contraindicações: o Gravidez, distorção da cavidade, como um mioma, infecção intrauterina, cervicite purulenta, DIP atual ou suspeita, TB pélvica, SUA inexplicado, CA colo, endométrio ou ovário atuais, alterações anatômicas do útero. Dismenorreia, discrasias sanguíneas, trombocitopenia, HIV estágios 3 e 4, (não é o fato de ela ter HIV, e sim o estágio no momento da inserção) doença de Wilson, antecedentes de doença trofoblástica. Caso a paciente engravide, se corda estiver visível, retirar o DIU (se estiver longe do saco gestacional na USG). Se não estiver a corda (e estiver perto do saco), não fazer nada. Nuligestas: pode usar sim DIU Antibioticoprofilaxia não se faz antes do DIU!! DM RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA Ginecologia e Obstetrícia Não é necessário solicitar USG para confirmar o DIU na possível correta em pct assintomática. E no climatério: após um ano de amenorreia, depois dos 50 anos, retira o DIU. Se for menos de 50 anos, após 2 anos de amenorreia retira o DIU. DIU com levonorgestrel (progesterona): duração de 5 anos o Ação local com atrofia endometrial e torna o muco hostil (muito espesso). o 85% ovulam pq o efeito é local, e também podem formar cistos no ovário (é normal devido a progesterona). o Tipos: 52mg (tradicional) e 19,5mg (Só contracepção). O tradicional além de ser para contracepção também serve para tratamento ginecológicos (adenomiose, SUA) o Eficácia similar a laqueadura (IP=0,2) o Melhora dismenorreia e SUA. Objetivo: amenorreia o Retorno à fertilidade imediata como o de cobre. o Não usar para miomatose e atbprofilaxia Contraindicação: o As mesmas exceto do cobre: sangramento excessivo, discrasias, dismenorreia, Wilson. o Inclui: câncer de mama, doenças hepática, LES com AF+ Hormonais: Mecanismo de ação: diminui a motilidade da tubaria, é a anovulatória, muco fica mais espesso (viscosidade) dificultando a espemomigração. Bloqueio do pico de LH (progesterona). O estrogênio permiti o sangramento de privação (não é menstruação). Este atua na cascata de coagulação por isso se tem risco de trombolismo. Esteroides sintéticos: Etinilestradiol (35, 30, 20, 15 microgramas), valerato de estradiol, estradiol. Progestogênio G. Exemp. Androgê P. Lipídic E. Trombolit 1º Noretisterona, medroxiprogest erona sim discreto como ↓ HDL e ↑LDL 2º Levonorgestrel Sim alterado ↓ 3º Gestodeno, desogestrel ↓ Bom ↑↑ 4º Drospirenon, dienogeste, nomegestrol ↓ Bom ↑↑↑ CIPROTERONA: É a mais antiadrogênica Formas de apresentação: ▪ ACO combinado, injetável mensal (valerato de estradiol), injetável trimestral (progesterona), pílula de Progesterona isolado, imPlantes (progesterona), adesivos transdérmicos, anel vaginal (E+P) Progesterona: ▪ Minipílula, injetável trimestral, implante subdérmico ▪ Minipílula: não é anovulatória; altera o muco cervical e atrofia o endométrio. ▪ Noretisterona ▪ Ideal na amamentação ou peri-menopausa (existem outro mecanismo junto). ▪ Não precisa mais esperar 6 semanas na puérpera, pode iniciar no pós-parto imediato. ▪ Pílula de desogestrel 75mcg (Cerazette): anovulação em 97% dos casos, mas não é minipílula. ▪ Injetável trimestral e implante subdérmico: alteram o muco, endométrio e fazem anovulação! ▪ O injetável trimestral pode gerar spotting, ganho de peso (3-4kg) e pode reduzir a massa óssea. ▪ Implante subdérmico em obesas tem efetividade reduzida. ▪ O implante tem índice de Pearl menor que laqueadura e vasectomia. Ação imediata, dura 3 anos. Contraindicações: ▪ Gravidez, tumor hepático, HAS grave, AVE, TVP, TEP aguda (categoria 3). ▪ CA mama atual (categoria 4). E + P: ▪ ACO (IP=0,3 a 9), anel vaginal, adesivo e injeção mensal. ▪ Alteram o muco cervical, endométrio, motilidade tubária e anovulação! ▪ Estrogênio alto inibe FSH; não pode ser apenas estrogênio pois, dentre outras coisas, a dose alta promove ovulação (pico de E faz pico de LH). ▪ Pode ter scapes durante o uso. Se não vier o sangramento de privação, e a pct estiver tomado certinho, não tem problema (atrofia do endométrio) ▪ Se o leite materno tbm não for mais o alimento principal, pct não está amamentando (pode dar a partir de 3 semana do parto. Se teve fator de risco para tromboembólico, cesariana, obesidade, pré- eclampsia, tem que esperar 6 semanas) Contraindicações principais (categoria 4): ▪ Amamentação < 6 semanas pós-parto ▪ CA mama atual, fumo (> 15 cigarros) após 35 anos (menos que 15 é categoria 3) ▪ DM com vasculopatia, HAS grave ▪ IAM, TVP, TEP e AVE atuais ou prévios ▪ Enxaqueca com aura (não importa a idade) → pode ter AVE Rifampicina, anticonvulsivantes, antirretrovirais → diminuema eficácia do contraceptivo combinado! O ácido valproico dos anticonvulsivantes, pode usar, em geral DM RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA Ginecologia e Obstetrícia Pode passar ACO para menores de idade, caso mostre que ela está entendo e que não corre o risco e não chama o responsável. Pode tomar o primeiro até 5 dias após a menstruação, pode ser depois, mas tem que usar outro método contraceptivo. Se esquecer de tomar, toma assim que lembrar, se esqueceu 2 toma as duas (30-35microgramas). Se esqueceu 3 comp, a eficácia é comprometida, tem que usar camisinha por 7 dias ou pílula do dia seguinte. Se a pílula tem uma dose mais baixa de estradiol a tolerância é de 2 dias. Sobre o risco de tromboembólico ▪ Primeiro ano ▪ Trocas indiscriminadas (além de aumentar chances de gravidez, sangramento irregular, anemia). ▪ É maior na gestação devido aos efeitos fisiológicos desse período do que com o uso de anticoncepcional. CA de mama: 13 casos a cada 100.000 ano. Efeitos benéficos ▪ CA de ovário e endométrio ▪ Dismenorreia primaria ▪ SPM ▪ Cistos funcionais ▪ Mittelschmerz (dor a ovulação) ▪ Endometriose ▪ Anemia ▪ Efeitos metabólicos (estrogênio): ↑ SHBG → ↓ a testosterona livre → melhora a oleosidade da pele, cabelo, ↓ libido etc. METODOS CRONTRACEPTIVOS MAIS EFICAZES: Implante, DIU, laqueadura MACETE – saber: CI AO USO DE ESTROGÊNIO ▪ Risco tromboembólico (tagismo tbm aumenta) ▪ ↑ PA ▪ Risco de AVC ▪ Câncer de mama Assim, consegue fazer a tabela. Observações: ▪ Menos de 15 cigarro por dia e mais de 35 anos de idade (pode usar o injetável mensal) Anticonvulsivantes: ▪ inibidores da CYP 3A4 → não pode usar que tenha etinilestradiol e progesterona oral = ACO, anel vaginal e adesivo. ▪ Exemplos de Anticonvulsivantes: Carbamazepina, Oxicarbamazepina, fenitoína, fenobarbital, topiramto, primidona. ▪ Atenção: se a paciente usar lamotrigina → não pode usar anticonvulsivantes com estrogênio. ▪ Atenção: anticonvulsivante acido valproico pode usar com qualquer AC. ▪ Melhor opção para quem tem enxaqueca que não tem outras CI é o DIU de cobre. ▪ Pct com CA de mama: só DIU de cobre. Historia pessoal não impede. ▪ Enxaqueca sem aura em pct ≥ 35 não pode usar com estrogênio. Outras condições: ▪ doenças hepáticas graves não podem usar AC com hormônio. Doença da vesícula biliar sintomática e hepatite viral aguda não pode usar ACO. ▪ História de infarto, AVC, hipertensão pulmonar, LES com AF+ → NÃO podem usar qualquer anticoncepcional hormonal. ▪ Atb: rifampicina e rifabutina → interfere no AC ▪ Varizes não é contraindicação para usar AC LARCs (método de longa duração reversível) ▪ Implante e DIU. Método cirúrgico → Laqueadura tubária ▪ Secção das tubas ▪ Maior de 25 anos OU > 2 filhos vivos. ▪ Tem que estar fora do ciclo gravídico puerperal, não pode ser no parto e só após 42 dias se aborto ▪ Respeitar período 60 dias entre a vontade e a cirurgia ▪ Ou se risco de vida materna testemunhado em cartório e assinado por 2 médicos (ex, alguma cardiopatia) ▪ É vedado ao médico a realizar a LT durante os períodos de parto, cesariana e aborto. EXCETO: • Se comprovada necessidade por sucessivas cesarianas anteriores – eminência de ruptura do útero. DM RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA Ginecologia e Obstetrícia Contraceptivo mais seguro Implante subdérmico de levonorgestrel! Contracepção de Emergência Alteram ovulação, muco e trompas 1a fase ciclo: impede/posterga a ovulação 2a fase ciclo: altera muco Levonorgestrel (mais eficaz e menos efeitos colaterais). Até 120h. • 1cp 1,5 mg dose única • 1cp 0,75 mg 12/12h Método Yuzpe (método pouco usado e muito efeito) • 100 mcg EE + 0,5 mg levonogestrel 12/12h DIU de cobre • Não pode ser colocado após violência sexual! • Não é escolha comum!
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