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Amamentação e alojamento

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O leite materno (LM): 
Importante para o crescimento e para o sistema imunológico da criança. Além de possuir vantagens para a criança e para a 
mãe. É facilmente digerido, quando comparado com leites de outras espécies (possui anticorpos da mãe). Capaz de suprir 
sozinho. 
 
Importância e vantagens do aleitamento materno: 
Diminuição da mortalidade infantil. 
Proteção anti-infecciosa: diarreia, doenças respiratórias, otites. 
Proteção antialérgica: adequado desenvolvimento maxilo-facial (diminui o risco de má oclusão dentária), previne cáries e 
excelente nutrição. 
Diminui risco de hipertensão, hipercolesterolemia e diabetes. Reduz a chance de obesidade, estimula o desenvolvimento 
cognitivo. 
 Não é como o leite de vaca, que pode ser irritante para a criança, fazendo com que a criança desenvolva uma 
alergia. 
 
Vantagens para a mãe: 
Reduz risco de DM2, câncer de mama, câncer de ovário, câncer de útero, hipercolesterolemia, hipertensão e doença 
coronariana, obesidade, doença metabólica, perda de peso. Evita nova gravidez, pois existem mulheres que não 
menstruam nesse período pois os hormônios são inibidos pela amamentação. A mulher que está amamentando precisa 
usar algum método contraceptivo. 
 
Promoção do vínculo afetivo entre mãe e filho: 
Esse vínculo traz ao bebê benefícios psicológicos, fortalece os laços afetivos. 
O custo do aleitamento artificial através das fórmulas tem um custo muito alto, assim, as vezes é substituído pelo leite de 
caixinha ou de vaca o que leva a criança a ter algum déficit. 
 
AME até 6 meses: 
Indicador de qualidade do aleitamento em uma população (OMS): 
Muito bom: 90 a 100% 
Bom: 50 a 89% 
Razoável: 12 a 49% 
Ruim: 0 a 11 
Os índices de amamentação diminuíram pois quando a licença maternidade acaba e a mulher precisa voltar ao trabalho 
muitas vezes se torna inviável ordenhar o leite no local de trabalho, ocasionando a diminuição do leite da mulher. 
 
Fatores associados a menor tempo de AME além da volta ao trabalho: 
 
O bebê fica sugando a chupeta desestimulando a amamentação no peito da mãe (desestimulação da sucção). 
Fatores de risco para o desmame: 
Insegurança materna, problemas emocionais ou doenças maternas (depressão pós-parto), doenças do recém-nascido, 
retorno da mãe ao trabalho (diminuição do aleitamento materno) e falta de uma “rede de apoio”. 
Recomendações OMS/MS/SBP: 
Início na primeira hora de vida (Golden hour); 
Aleitamento materno por 2 anos ou mais, sendo de forma exclusiva nos primeiros 6 meses. 
 
Práticas ótimas de alimentação recomendada: 
O início precoce da amamentação dentro de uma hora após o nascimento; 
Amamentação exclusiva durante os primeiros 6 meses de vida; 
Amamentação continuada até os 2 anos de idade ou mais, com introdução de alimentos complementares (sólidos) 
nutricionalmente adequados e seguros aos 6 meses de idade. 
 
 Aleitamento materno exclusivo: somente leite materno (diretamente da mama, ou leite humano ordenhado) e 
nenhum outro alimento líquido ou sólido, com possível exceção para medicamentos. 
 Aleitamento materno predominante: leite materno + outros líquidos (água ou bebidas à base de água, como sucos de 
frutas ou chás), mas não recebe outro leite. 
 Aleitamento materno complementado: leite materno + qualquer alimento sólido ou semissólido com a finalidade de 
complementá-lo, e não de substituí-lo. 
 Aleitamento materno misto ou parcial: quando a criança recebe leite materno e outros tipos de leite. 
 
Duração ideal da amamentação: 
AM exclusiva até 6 meses. 
Introdução precoce de alimentos complementares conferem menor aporte nutricional. 
Reduz duração do aleitamento. 
Reduz absorção de nutrientes do LM (ferro e zinco). 
Introdução precoce de fórmulas leva à exposição a proteínas heterólogas e risco de apresentar alergia. 
AM complementado: até 2 anos ou mais. 
 
ANATOMIA DA MAMA: 
A mama feminina é composta por glândulas túbulo-alveolares chamadas de lobos mamários (cerca 15 a 20 em cada 
mama), os quais são constituídos por lóbulos (entre 20-40). Cada lóbulo é composto por alvéolos envolvidos por células 
mioepiteliais. O leite produzido nos alvéolos é conduzido até os seios lactíferos por uma rede de ductos. Para cada lobo 
mamário há um seio lactífero com saída independente no mamilo. 
 
Reflexo da ejeção: ele fica ativo quando a criança está sugando. 
 
FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO: 
LACTOGÊNESE FASE 1: 
Na fase I, já durante a gestação, a mama é preparada para a amamentação, sobretudo, pela ação de alguns hormônios 
como o estrogênio responsável pela ramificação dos ductos lactíferos, e pelo progestogênio (estrogênio + progesterona) 
que forma os lóbulos e outros que contribuem para o crescimento mamário (lactogênio placentário, prolactina e 
gonadotrofina coriônica). Na segunda metade da gestação, os ácinos e alvéolos ficam distendidos devido ao acúmulo de 
colostro. 
Início: na gestação. 
Término: 2 a 4 dias após o parto. 
Estrogênio: ramificação ductos lactíferos. 
Progesterona: formação de lóbulos e alvéolos. 
Prolactina: crescimento dos alvéolos. 
Lactogênio placentário: crescimento mama, aréola e mamilo, e ramificação dos ductos. 
Também inibe a secreção de leite nesta fase. O lactogênio (placenta) impede a produção de leite. 
 
LACTOGÊNESE FASE 2 (NASCIMENTO): 
A fase II da lactogênese ocorre após o nascimento da criança e expulsão da placenta, quando ocorre uma queda 
acentuada do progestogênio, com consequente liberação da prolactina pela hipófise anterior (produção do leite). A 
hipófise posterior, por sua vez, produz ocitocina, a qual contrai as células mioepiteliais que envolvem os alvéolos 
expulsando o leite contido nos mesmos. Logo após o nascimento, a produção de leite é controlada principalmente por 
hormônios. 
O início da secreção do leite ocorre graças à queda acentuada nos níveis sanguíneos maternos de progestogênio após a 
expulsão da placenta, com consequente liberação de prolactina pela hipófise anterior. A síntese do leite após o 
nascimento da criança é controlada basicamente pela ação hormonal, e a “descida do leite”, que costuma ocorrer até o 3º 
ou 4º dia após o parto, ocorre mesmo sem a sucção da criança ao seio. 
 
LACTOGÊNESE FASE 3 (APÓS APOJADURA): 
Após o 3°/4° dia após o parto ocorre a “descida do leite”, processo que ocorre independente da criança realizar ou não a 
sucção. Com isso, inicia-se a fase III da lactogênese, chamada galactopoiese, a qual depende da sucção do bebê e do 
esvaziamento da mama. O leite possui “peptídeos supressores da lactação” que inibem a produção do leite e ao serem 
removidos pelo esvaziamento da mama há a garantia da reposição do leite removido com o esvaziamento anterior. 
O leite de uma mamada é produzido, em sua maior parte, enquanto a criança mama por meio do estímulo da prolactina 
(esta é inibida pela dopamina, logo, nesse período, a dopamina tem sua liberação inibida) e da ocitocina. Esta última é 
liberada através de alguns estímulos: sucção da criança, visão, cheiro e choro da criança, motivação, tranquilidade e 
autoconfiança; ao passo que, estresse, ansiedade, dor, desconforto e medo inibem a ejeção do leite, prejudicando a 
lactação. 
 Essa fase persiste por toda a lactação; 
 Estímulo: sucção do bebe e esvaziamento das mamas; 
 Aumento da produção e secreção do leite; 
 Qualquer fator materno ou da criança que limite o esvaziamento das mamas pode causar diminuição na síntese do leite, 
por inibição mecânica e química; 
 A remoção contínua de peptídios supressores da lactação (feedback inibitor of lactation – FIL) do leite garante a 
reposição total do leite removido; 
 Outro mecanismo local que regula a produção do leite envolve os receptores de prolactina na membrana basal do 
alvéolo; 
 À medida que o leite se acumula nos alvéolos, a forma das células alveolares fica distorcida e a prolactina não consegue 
se ligar aos seus receptores, criando assim um efeito inibidor da síntese de leite. 
 
 
 
Mecanismos fisiológicos da produção láctea:Ocitocina: ejeção do leite. 
Fatores estimuladores: sucção, visão, cheiro, choro da criança, autoconfiança, motivação e tranquilidade da mãe. 
Fatores inibidores: dor, desconforto, estresse, ansiedade, medo, insegurança. 
 
Produção do leite: 
Grande parte do leite de uma mamada é produzido enquanto a criança mama, sob o estímulo da prolactina. Liberação de 
prolactina e ocitocina é regulada pelos reflexos da produção e ejeção do leite, respectivamente, ativados pela estimulação 
dos mamilos, sobretudo pela sucção da criança. A liberação da ocitocina também ocorre em resposta a estímulos 
condicionados, como visão, olfato e audição (ouvir o choro da criança), e a fatores de ordem emocional, como motivação, 
autoconfiança e tranquilidade. Por outro lado, a dor, o desconforto, o estresse, a ansiedade, o medo, a insegurança e a 
falta de autoconfiança podem inibir o reflexo de ejeção do leite, prejudicando a lactação. 
 
Volume: 
A secreção de leite aumenta de menos de 100 mL/dia no início da lactação para aproximadamente 600 mL no 4° dia, em 
média. 
O volume de leite produzido na lactação já estabelecida varia de acordo com a demanda da criança. Em média, é de 850 mL 
por dia no 6° mês na amamentação exclusiva. A produção de leite após cada mamada varia, sendo maior quando a mama é 
esvaziada com frequência. Habitualmente, a capacidade de produção de leite da mãe é maior que a demanda de seu filho. 
Plasil ajuda na estimulação do leite. 
 
Composição do colostro, do leite materno e leite de vaca: 
 
O leite de mães de recém-nascidos pré-termo tem mais calorias, lipídios, proteínas e lactose. Apesar do leite de vaca ter 
mais proteínas do que o materno, a principal proteína deste é a caseína, a qual tem difícil digestão se comparada com a 
principal proteína do leite materno que é a lactoalbumina. 
Nos primeiros 10 dias após o nascimento a secreção láctea é chamada colostro que contém mais proteínas, menos 
gordura e mais IgA secretória do que o “leite maduro”. 
Outra peculiaridade é a existente entre o leite que sai no início da mamada, chamado de “leite anterior” e o leite que sai 
ao final da mamada ou “leite posterior”. Este possui mais gordura, mais energia e, portanto, sacia mais a criança. Com 
isso, no início da mamada devido ao alto teor de água e componentes hidrossolúveis o leite possui coloração de “água de 
coco”, no meio da mamada o leite tende a ter uma coloração branca opaca devido à caseína, enquanto que no final em 
virtude da concentração de pigmentos lipossolúveis o leite fica mais amarelado. 
A concentração de gordura no leite aumenta no decorrer de uma mamada. Assim, o leite do final da mamada (chamado 
leite posterior) é mais rico em energia (calorias) e sacia melhor a criança, daí a importância de a criança esvaziar bem a 
mama. 
 
 
Composição do leite humano: 
Água: 90% da composição do leite. 
Carboidratos: lactose + Oligossacarídeos. 
Proteínas: lactoalbumina. 
Lipídios: ácidos graxos de cadeia longa (LC PUFAS). 
 
Propriedades imunológicas do leite materno: 
 
 
Deficiências do leite materno: 
Vitamina K: suplementação VitK ao nascimento. 
Vitamina D: suplementação nos primeiros 2 anos de vida. 
Ferro: suplementação dos 3 meses aos 2 anos de vida. 
 
TÉCNICA DE AMAMENTAÇÃO: 
 Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz em oposição ao mamilo (respira livremente). 
 Corpo do bebê próximo ao da mãe. 
 Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço não torcido). 
 Bebê bem apoiado (encostada na barriga da mãe). 
 Aréola mais visível acima da boca do bebê. 
 Boca bem aberta. 
 Lábio inferior voltado para fora. 
 Queixo tocando a mama. 
 
A pega correta é importante pois permite melhor esvaziamento da mama, mantém a produção do leite, permite esvaziar a 
mama anterior e posterior (leite mais rico em gordura) e menor risco de trauma e lesões nos mamilos. 
 
 
Gemelares: 
Recomenda-se descanso entre as mamadas, amamentação de ambos os RN ao mesmo tempo na posição em que a nutriz 
melhor se adaptar e alternância das mamas para cada RN. 
O médico tem que observar a mamada, para verificar se a posição e pega estão adequadas. 
 
LIVRE DEMANDA: 
O bebê deve mamar todas as vezes que quiser, sem horários fixos ou determinados. Depois de ele esvaziar o primeiro 
peito, a mãe deve oferecer-lhe o segundo. O completo esvaziamento da mama assegura a manutenção do estímulo de 
produção do leite. O tempo de esvaziamento da mama é variável para cada criança; alguns conseguem fazê-lo em poucos 
minutos e outros, em até 30 minutos. 
Frequência e duração das mamadas: 
É comum um bebê em AME sob livre demanda mamar de 8 a 12 vezes ao dia. 
Algumas mães podem interpretar esse comportamento como sinal de fome do bebê, leite fraco ou insuficiente. 
O tempo de permanência em cada mamada não deve ser preestabelecido, pode variar dependendo da fome, do intervalo 
desde a última mamada e do volume de leite armazenado na mama, entre outros fatores. 
Como terminar a mamada? 
Introduzir gentilmente o dedo mínimo no canto da sua boca, assim ele largará o peito, sem tracionar o mamilo. Após a 
mamada, colocá-lo de pé no colo, quando ele poderá ou não arrotar. 
 
Contraindicação ao aleitamento materno: 
Absolutas: 
 Mães portadoras de HIV. 
 Fazem uso de antineoplásicos e radiofármacos. 
 Criança portadora de galactosemia, tirosinemia (teste do pezinho). 
Interrupção temporária: 
 Infecção herpética com lesões na mama. 
 Varicela materna com lesões 5 dias antes e 2 dias após parto (criança receberá Ig humana antivaricela zoster). 
 Fase aguda da doença de Chagas. 
 Consumo de drogas. 
 
Problemas com a mama puerperal: 
Fissura mamilar, candidíase, ingurgitamento mamário, ductos bloqueados, mastite, abcesso mamário. A maioria desses 
problemas é causado pelo esvaziamento inadequado da mama. 
A mastite não é contraindicação para amamentar, deverá ser oferecido tratamento antibiótico para a mãe com ordenha da 
mama afetada e mamada na mama sadia. 
 
 
Situações possíveis de dificuldade na amamentação: 
Disfunções orais: Anquiloglossia. 
 
Aconselhamento em amamentação: 
Escuta ativa: ouvir e observar com atenção, avaliar o conhecimento da mãe. 
Linguagem corporal: “olho no olho” e privacidade. 
Atenção e empatia: aceitar seus sentimentos e opiniões, não julgá-la, ser acolhedor. 
Tomada de decisões: identificar suas duvidas e seus tabus, informações básicas e ajudar na tomada de decisão. 
Seguimento: estar disponível, particularizar cada caso, encorajar e elogiar. 
 
CASOS CLÍNICOS: 
CASO 1: 
Mãe primigesta traz RN 8 dias em primeira consulta ao pediatra, e queixa- se que seu leite é fraco, pois o bebê mama cerca 
de 8 vezes ao dia. Ao pesar o bebê, você verifica que ele está com o mesmo peso que nasceu. Qual a sua orientação? 
CASO 2: 
Existem contraindicações absolutas ao aleitamento materno? Quais? O que fazer nestas situações? 
CASO 3: 
Mãe refere dor ao amamentar seu filho de 1 mês, e queixa-se de “ferida” no mamilo. Qual a orientação? 
 
CASO 4: 
Fernanda tem 20 anos, procura a unidade básica de saúde para consulta de puerpério, pois desde o nascimento do seu 
bebê vem apresentando dificuldades na amamentação. RN está com 20 dias de vida e perdeu 20% do peso de nascimento, 
sem conseguir recuperar até o presente momento. 
Fernanda estava tratando fissuras em ambas as mamas e está sentido muita dor ao amamentar principalmente na mama 
direita, que está mais quente, apresenta uma região de hiperemia, dor a palpação e tensão localizada, sem flutuações. Há 1 
dia vem apresentando febre e mal estar. 
O que provavelmente aconteceu nesse caso? Como orientar? 
 
CASO 5: 
Mãe de bebê com 5 meses está se preparando para retornar ao trabalho no mês que vem e deseja continuar o AM. Como 
você orientará a manutenção do AM? 
CASO 6: 
Mãe de bebê de 3 meses refere que notou que a criança está com dificuldade para mamar, desde que ofereceu chupeta há 
cerca de 10 dias. O que pode estar acontecendo?CASO 7: 
Mãe de bebê de 2 meses em AMELD foi diagnosticada com COVID-19 por RT-PCR. Mãe está bem, com sintomas leves. Qual 
a recomendação quanto à manutenção, ou não, do AM? 
CASO 8: 
Mãe profissional de saúde está amamentando seu filho de 8 meses e quer saber se poderá receber a vacina contra o 
COVID-19. Qual a recomendação? 
CASO 9: 
Que orientações fará para uma mãe que faz uso eventual de álcool e maconha? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALOJAMENTO CONJUNTO: 
Local em que a mulher e o recém-nascido sadio, logo após o nascimento, permanecem juntos, em tempo integral, até a 
alta. Propicia aos pais e acompanhantes a observação e cuidados constantes ao recém-nascido, possibilitando a 
comunicação imediata de qualquer anormalidade. O alojamento conjunto ajuda os pais nos conhecimentos básicos a 
respeito do recém-nascido, dando apoio e instruções. 
O Alojamento Conjunto destina-se a: 
 Mulheres clinicamente estáveis e sem contraindicações para a permanência junto ao seu bebê; 
 Recém-nascidos clinicamente estáveis, com boa vitalidade, capacidade de sucção e controle térmico; peso maior ou 
igual a 1800 gramas e idade gestacional maior ou igual a 34 semanas (criança termo); 
 Recém-nascidos com acometimentos sem gravidade, como por exemplo: icterícia, necessitando de fototerapia, 
malformações menores, investigação de infecções congênitas sem acometimento clínico, com ou sem microcefalia; 
 Recém-nascidos em complementação de antibioticoterapia para tratamento de sífilis ou sepse neonatal após 
estabilização clínica na UTI ou UCI neonatal. 
 
Por que ficar 48 horas? O que fazer nesse período? 
Primeiro exame físico do recém-nascido; 
Amamentação: sucção, pega e posicionamento; coordenação sucção-deglutição-respiração (*); 
Eliminações fisiológicas e controle térmico adequado; 
Triagens neonatais: teste do coraçãozinho, teste do olhinho, teste da orelhinha e teste do pezinho; 
Reconhecimento de sinais de alerta: perda de peso acima do esperado, icterícia e hipoglicemia. Exceto contraindicações 
formais. 
O recém nascido na primeira semana perde uma porcentagem esperada de peso, depois retomam o ganho de peso. 
Quando a curva do peso está fora da normalidade, pode ser por dificuldade de sucção. A perda pode decorrer de edemas, e 
também porque no inicio o bebê está em fase de adaptação inicial. Esperado é a perda de 5-10% do peso em até 15 dias, 
após isso ele volta a recuperar. 
 
E se a apojadura demorar, ou se tiver pouca produção de leite? 
Primeira opção: LM ordenhado, na impossibilidade, utilizar leite procedente de banco de leite humano, caso o mesmo não 
esteja disponível, utilizar uma FI, reavaliando sempre a necessidade da manutenção de forma total ou parcial. 
Preferencialmente o suplemento deve ser oferecido por sonda de pequeno calibre (ex. uretral no 4) fixada à mama, cuja 
ponta deve coincidir com o mamilo (translactação), copinho, sonda-dedo, seringa ou colher, evitando-se o uso de 
mamadeiras e/ou chucas, que podem levar à “confusão de bicos”. 
 
ICTERÍCIA: 
Precoce: acontece nas primeiras 24 horas. Pode ser sinal de alguma alteração, incompatibilidade sanguínea, infecção 
congênita (hiperbilirrubinemia). 
 
 
Uso de fototerapia: 
 
 
HIPOGLICEMIA: 
 
 
Quando a mãe é diabética, a glicemia da mãe é elevada então o bebê produz mais insulina. Quando ele nasce, os níveis de 
glicemia ainda estão altos e na fase de adaptação em que ainda não consegue fazer a mamada correta, pode desenvolver 
hipoglicemia. 
 
 
Antes da alta: 
Avaliar vitamina K, BCG, avaliar se o bebê evacuou e teve diurese, triagem neonatal, avaliar a sucção para saber se tem a 
capacidade de mamar em casa, além dos sinais vitais da criança nos intervalos das mamadas. 
 
TRIAGEM NEONATAL: 
Rastreamento populacional, identificar doenças/distúrbios em tempo oportuno, intervenção adequada, tratamento e 
acompanhamento contínuo, reduz morbimortalidade e melhorar a qualidade de vida. 
 Identificar, em uma população assintomática, os indivíduos que estão sob risco de desenvolver determinada 
doença ou distúrbio e que se beneficiariam de investigação adicional, ação preventiva ou terapêutica imediatas. 0-28 dias 
de vida. 
Quais doenças são elegíveis? 
1. Ter seu curso modificado quando o tratamento é instituído precocemente; 
2. Ter uma frequência populacional que justifique sua investigação; 
3. Ter metodologia de coleta e o custo compatível com o alcance pretendido (cobertura populacional), com alta 
sensibilidade (pouquíssimos falso-negativos) e razoável especificidade (poucos falso-positivos). 
 
TESTE DO OLHINHO: 
Teste do reflexo vermelho da retina, devendo fazer parte do primeiro exame físico do RN. Consiste na identificação de 
agravos que levam à opacificação do cristalino, com diagnóstico de retinoblastoma, catarata congênita e outros 
transtornos oculares congênitos e hereditários. 
 
 
TESTE DA ORELHINHA: 
Deve ser realizada antes da alta hospitalar (24-48 horas de vida), nos casos positivos encaminhar para diagnóstico e 
tratamento de acordo com as normas do Ministério da Saúde. Uso de antibiótico, asfixia, infecção intrauterina... 
 
 
TESTE DO CORAÇÃOZINHO: 
Visa a detecção oportuna de malformações cardíacas graves. 
Realizar oximetria de pulso em membro sup direito e em um membro inferior entre 24-48 horas de vida. Dependendo do 
resultado da saturação realizar ecocardiograma ou segmento neonatal de rotina. Anormal: abaixo de 95%. 
 
 
TESTE DA LINGUINHA: 
Serve para diagnosticar e indicar o tratamento precoce de problemas no freio da língua de recém-nascidos (frênulo lingual), 
que podem prejudicar a amamentação ou comprometer o ato de engolir, mastigar e falar. Anquiloglossia. 
 
Protocolo de Bristol – MS 24-48 horas de vida. 
 
 
 
TESTE DO PEZINHO: 
Detecção em RN (3°-5° dia de vida) dos seguintes distúrbios congênitos e hereditários: fenilcetonúria, hipotireoidismo 
congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita. 
 
 
Serviços de referência em triagem neonatal: 
1. Recepção das amostras biológicas; 
2. Realização do cadastro; 
3. Realização dos exames; 
4. Disponibilização dos resultados; 
5. Atendimento dos pacientes triados; 
6. Confirmação do diagnóstico; 
7. Tratamento dos casos confirmados; 
8. Seguimento dos casos confirmados. 
 
HIPERPLASIA CONGÊNITA DA SUPRA-RENAL: 
Deficiência da 21-hidroxilase. Forma clássica perdedora de sal (sexo feminino ocorre virilização da genitália externa, 
aumenta o clitóris na menina, excesso de andrógenos, no sexo masculino tem diferenciação normal). Na outra forma não 
tem diferenciação do mineralocorticoide. 
 
 
 
 Detectar os casos graves da doença (perdedores de sal) para prevenção de choque, dano cerebral e morte por meio de 
tratamento pré-sintomático. 
 Impedir ou reduzir o tempo de registro civil incorreto que pode ocorrer em meninas afetadas virilizadas. 
 Prevenir os efeitos progressivos do excesso de androgênio (baixa estatura e distúrbios psicossociais). 
 É a única forma de reconhecer precocemente os meninos com a forma virilizante simples. 
 
HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO: 
Emergência pediátrica! Incapacidade da glândula tireoide do recém-nascido em produzir quantidades adequadas de 
hormônios tireoidianos, que resulta numa redução generalizada dos processos metabólicos. Primária (TRH), secundária 
(TSH) e terciária (T3 e T4). 
 Hipotonia muscular, dificuldades respiratórias, cianose, icterícia prolongada, constipação, bradicardia, anemia, 
sonolência excessiva, livedo reticularis, choro rouco, hérnia umbilical, alargamento de fontanelas, mixedema, 
dificuldade na alimentação, deficiente crescimento pôndero-estatural, atraso na dentição, retardo na maturação óssea, 
atraso de desenvolvimento neuropsicomotor, retardo mental. Principal causa evitável de deficiência intelectual. 
Dosa T3, T4 e TSH. 
 
 
FENILCETONÚRIA: 
Erro inato do metabolismo.Fenilalanina-hidroxilase, acumula fenilalanina. 
 
 Atraso global do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), deficiência mental, agitação neuropsicomotora, 
comportamento “autista-like” e convulsões. 
 
 
DEFICIÊNCIA DA BIOTINIDASE: 
Manifesta-se a partir da sétima semana de vida com crises convulsivas, hipotonia, microcefalia, atraso do desenvolvimento 
neuropsicomotor, alopecia e dermatite eczematoide.

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