Buscar

modelo de Pré-Projeto- TCC de conclusão de curso.

Prévia do material em texto

DAIANA RODRIGUES MELO
DEPRESSÃO NA ADOLESCÊNCIA: UMA ANÁLISE TEÓRICA SOBRE O TEMA
Machadinho/Rondônia
2020
DAIANA RODRIGUES MELO
DEPRESSÃO NA ADOLECÊNCIA: UMA ANÁLISE TEÓRICA SOBRE O TEMA
Projeto de Pesquisa apresentado a Disciplina de Orientação de TCC I como requisito parcial para obtenção de nota Bacharel em Psicologia.
Orientador (a): Profª: Maria Antônia Ramos Costa
Machadinho/Rondônia
2020
1.TEMA 
Conhecer e apresentar as causas, sintomas e possíveis propostas de intervenção na depressão problemática na adolescência. Os profissionais conhecem o porquê de seu papel e o porquê da necessidade?
A psiquiatria elabora a depressão como um transtorno mental que deve ser tratado com o uso de psicoterapia e farmacologia. O trabalho contribuiu para o aumento do conhecimento sobre a temática da depressão em adolescentes e seus fatores de risco e proteção, associados a fatores externos: violência, abandono e vulnerabilidade social e econômica, vivências em diferentes grupos sociais, entre outros. E fatores internos: fatores genéticos e psicológicos, somatização de transtornos psicossociais, construção de vínculos emocionais de formação psicológica. Esta pesquisa teve como objetivo identificar os fatores psicossociais relacionados ao problema, evidenciando a importância dessa discussão para a dinâmica dos profissionais de saúde. Nesse caso, é sempre recomendável consultar um profissional qualificado para uma avaliação completa, psicólogos, psiquiatras, entre outros
2. PROBLEMATIZAÇÃO 		Comment by Maria Antonia Ramos Costa: Cadê a pergunta norteadora.
A depressão é uma doença ou doença mental que se caracteriza por uma perda persistente de interesse em atividades que afetam significativamente a vida diária: ocorre devido a fatores sociais, químicos ou biológicos. A depressão pode levar a transtornos de ansiedade, paranoia e aniquilação sentimental da personificação e pode se tornar traumática ou patológica se o sujeito for incapaz de restaurar um sistema de representação: trabalhar em seu trauma. 
Na adolescência temos a formação de uma nova identidade, ocorrem essas transformações físicas e a transição da família para a esfera social, o que pode causar sofrimento e perda das imagens da infância causando um rearranjo simbólico, sendo uma fase mais vulnerável a sintomas e diagnósticos depressivos. 
A depressão e seus sintomas, que manifestam numa certa frequência, intensidade e duração, são classificados pelos livros didáticos de psiquiatria como "transtorno do humor" ou "transtorno afetivo". Temos uma diferenciação na definição de depressão, entre as visões da psiquiatria biológica e da psicanálise. Do ponto de vista da psiquiatria biológica, temos a depressão como um transtorno mental que se classifica segundo modelos padronizados e que é um fenômeno porque faz parte da natureza biológica do ser humano. Do ponto de vista da psicanálise, a adolescência é uma fase de profundas transformações que produzem dolorosas realizações psicológicas e promovem sintomas de ansiedade e "períodos de tristeza".
 Esse luto está ligado à depressão ou melancolia "ser um conflito entre as instâncias do ego e do superego". Do ponto de vista da análise comportamental, a relação entre os casos de depressão e as habilidades sociais está completamente associada: são as classes de comportamento social presentes no repertório dos indivíduos e em suas interações com a sociedade. 
Entre os fatores de risco observados estão: quanto mais velhos os indivíduos, maior a propensão para a depressão; o sexo feminino está em risco; e nenhuma associação entre fatores socioeconômicos e depressão, desse modo, levanta-se a seguinte questão: quais os meios para minimizar os efeitos da depressão?
3. OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Analisar os principais aspectos da doença, suas causas, principais sintomas e formas de tratamento, durante o período da adolescência.
3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
· Identificar os principais motivos de depressão em adolescentes;
· Identificar os elementos que agravam ou aplacam a depressão nos adolescente;
· Conscientizar o adolescente de que a convivência e o bom relacionamento familiar são importantes para o bem-estar psicossocial, físico e mental.
4. JUSTIFICATIVA 
O desenvolvimento de uma discussão sobre o tema, além de enfatizar o seu reconhecimento, tem chamado a atenção para o aumento dos casos de depressão em crianças e adolescentes, cada vez mais frequentes e precoces. Além dos fatores relacionados à probabilidade de um adolescente em situação social 'normal' desenvolver sintomas de depressão, discute-se o aumento acentuado das taxas de casos de crianças e adolescentes em lares de adoção temporária: uma medida de proteção aplicada em pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade ou risco. Aqueles que desenvolvem depressão durante o processo de rompimento com o convívio familiar, devido à alta probabilidade de desenvolver um distúrbio emocional ou comportamental nesses jovens
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Emoções e razão são as funções mais complexas de que o cérebro humano é capaz. Em nosso cotidiano ativo, as emoções negativas são mais conhecidas do que as positivas, que incluem o medo e a raiva, que surgem como mecanismo de defesa e nos fazem fugir ou combater o comportamento. Se o medo persistir, o indivíduo fica ansioso e tenso. 
Razão e emoção são aspectos genéricos que expressam as propriedades mais sofisticadas do cérebro humano. e emocionalmente, medo, agressividade e prazer.
 Conforme Roberto Lent (2010):
As atividades da razão que envolvem raciocínio lógico para a resolução de problemas e tomada de decisões, a fixação de objetivos e o planejamento das ações correspondentes, começam com a focalização da atenção para as informações que chegam, vindas do meio externo ou da própria mente” (LENT, 2010, p. 743).
Ainda de acordo com Lent, (2010) o Sistema Nervoso possui duas divisões principais: Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico. O central reúne as estruturas do crânio e da coluna vertebral, o periférico reúne as estruturas espalhadas por todo o corpo. Estas são compostas por dois tipos principais de células: os neurônios, a unidade de sinalização do sistema nervoso e a glote que compõem a nutrição do neurônio, a absorção de substâncias do meio externo e suas transformações em substâncias úteis para isso. 
 Segundo Kolb Whishaw (2002), o cérebro e o comportamento humano são complementares. O cérebro é um órgão do corpo que exerce controle sobre o comportamento, uma ação observada instantaneamente. Mais de dois mil anos atrás, Aristóteles sugeriu que algo chamado alma, mente ou psique produz comportamento como produtor de alguma entidade imaterial, totalmente separada de qualquer parte do corpo, mas graças aos cientistas modernos, entendemos como o sistema nervoso cria o comportamento. 
O organismo é uma máquina que opera continuamente sob forte influência do meio externo, transformando o sistema nervoso ao longo do tempo. Como consequência, as pessoas apresentam sintomas cada vez mais acentuados de deficiências psicológicas motoras e sensoriais. Essa tarefa contínua de manutenção do equilíbrio interno é a homeostase, e para isso o sistema nervoso contribui para o funcionamento do sistema nervoso autônomo (SNA). Eles são uma série de neurônios na medula espinhal e tronco cerebral, cujos axônios se comunicam com praticamente todos os órgãos e tecidos do corpo. 
O SNA, portanto, não é completamente autônomo e suas ações são coordenadas por centros neurais superordenados do sistema nervoso central (SNC), localizados acima do tronco cerebral e da medula espinhal. 
Segundo Bahls (2002), mais de 80% dos jovens deprimidos apresentam irritação, perda de energia, apatia, desinteresse, retardo psicomotor, sentimento de culpa, distúrbios do sono, alterações do apetite e peso, falta de esperança, isolamento e dificuldades. Para concentração, graves problemas de comportamento, que interferem na vida escolarBahls, (2002), cita que:
Os transtornos depressivos constituem um grupo de patologias com alta e crescente prevalência na população geral. Conforme a Organização Mundial de Saúde haverá nas próximas duas décadas uma mudança dramática nas necessidades de saúde da população mundial, devido ao fato de que doenças como depressão e cardiopatias estão substituindo os tradicionais problemas das doenças infecciosas e de má nutrição. O prejuízo causado pelas doenças medido pela Disability Adjusted Life Years mostra que a depressão maior, quarta causa geradora de sobrecarga em 1990, será a segunda causa no ano 2020, só perdendo para as doenças cardíacas. Entretanto, o interesse científico pela depressão em crianças e adolescentes é bastante recente, até a década de 70 acreditava-se que a depressão nessa faixa etária fosse rara ou até inexistente. O Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA (NIMH) oficialmente reconheceu a existência da depressão em crianças e adolescentes a partir de 1975, e as pesquisas sobre depressão nestes períodos da vida têm atraído um interesse crescente durante as duas últimas décadas ´´ (BAHLS, 2002, p. 60)
A depressão maior é doença altamente prevalente na população geral e se acompanhada de grande sofrimento e prejuízo para seus portadores e suas famílias. Apresenta elevado índice de morbidade e de mortalidade, constituindo-se na principal patologia causadora de suicídios. Tem a característica de ser recorrente, e os dados epidemiológicos recentes sugerem que se está iniciando cada vez mais precocemente. Representa um dos maiores problemas de saúde pública existentes e, a despeito de tal importância e de sua conceituação clínica ter ocorrido cientificamente desde o final do século passado, ainda é doença pouco reconhecida e seus portadores, muitas vezes, são vítimas do preconceito e do desconhecimento que a cercam. 
Foi observado, em pesquisa citada por Stahl (1998), que 71% das pessoas entrevistadas consideraram que as doenças mentais são causadas devido à fraqueza emocional e 45% acreditavam que podem ser superadas pela força de vontade. É uma doença que pode ser tratada com sucesso, mas comumente não o é, pois, calcula-se que apenas um terço dos deprimidos recebe tratamento. E diz que a “depressão pode levar a mais depressão”, considerando que seu tratamento é mais eficaz nas fases iniciais da patologia; sendo assim, necessário se faz que os casos sejam precocemente identificados e tratados. 
6. METODOLOGIA
Para a composição deste trabalho de pesquisa, foi utilizado o levantamento de artigos científicos, principalmente aqueles disponíveis no site, sobre o tema ‘depressão na adolescência’. Essa escolha se justifica porque os artigos apresentam trechos que sintetizam as principais ideias dos autores. 
 Por fim, utilizaremos citações oriundas de pesquisas bibliográficas a que os artigos se referem para compreender e destacar as ideias-chave que emergem da análise, revisão e interpretação desta literatura científica sobre os métodos e conceitos utilizados pelos autores estudados. Artigos e comparações entre eles. Os critérios de inclusão foram: artigos em português, artigos entre 2000 e 2017, este foi no período escolhido para atingir o maior número possível de artigos relacionados ao tema. Não levamos diretamente em consideração a distinção de sexo. Para esta revisão integrativa, nove artigos foram utilizados para comparação.
 7. CRONOGRAMA
	
Etapas do Trabalho
	
	12
	01
	02
	03
	04
	Escolha do tema 
	X
	X
	
	
	
	Pesquisa bibliográfica 
	X
	X
	
	
	
	Elaboração do Pré Projeto I
	
	X
	X
	X
	X
	Correção do Projeto 
	
	X
	X
	
	
	Elaboração do Artigo 
	
	
	X
	
	
	Correção do Projeto 
	
	
	
	X
	X
8. REFERÊNCIAS
ÁLVARES, Amanda; LOBATO, Gledson. Um estudo exploratório da incidência de sintomas depressivos em crianças e adolescentes em acolhimento institucional. Minas Gerais, 2012.
BAHLS, Saint-Clair apud Kazdin e Marciano. Aspectos clínicos da depressão em crianças e adolescentes. JORNAL DE PEDIATRIA. Porto Alegre, 2002. 
BAHLS, S. C. (1999). Depressão: Uma Breve Revisão dos Fundamentos Biológicos e Cognitivos. 
BAPTISTA, Makilim. Revisão integrativa de instrumentos de depressão em crianças/adolescentes da população brasileira. São Paulo, 2016.
BIAZUS, Camila; RAMIRES, Vera. Depressão na adolescência: uma problemática de vínculos. Santa Maria -RS, 2012.
BRAGA, Luiza; DELL’AGLIO, Débora. Suicídio na adolescência: fatores de risco, depressão e gênero. São Leopoldo -RS, 2013.
CAMPOS, Josiane; DEL PRETTE, Almir; DEL PRETTE, Zilda. Depressão na adolescência: habilidades sociais e variáveis sociodemográficas como fatores de risco/proteção. São Carlos -SP, 2014.
FERREIRA, Vinicius; BIFFE, Eliana; DELLA MÉA, Cristina. Padrão de uso da internet por adolescentes e sua relação com sintomas depressivos e de ansiedade. São Paulo, 2016.
 
KOLB, B.; WHISHAW, I.Q. Neurociência do Comportamento. São Paulo: Manole, 2002.
LENT, R. Cem bilhões de neurônios? Conceitos fundamentais de neurociência. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 2010
MONTEIRO, Kátia; LAGE, Ana Maria. A depressão na adolescência. Fortaleza – Ceará, 2006.
SILVA, Eunice. Sociologia aplicada à enfermagem. Barueri -SP, Editora Manole, 2012.
SILVA, Fernanda; SILVA, Edineide; DELFINO, Victória; PEREIRA, Gilson. A ética e a moral na assistência de enfermagem, 2017.
SILVA, Ricardo; HORTA, Bernardo; PINHEIRO, Ricardo; FARIA, Augusto; Cruzeiro, Ana; GODOY, Russélia; SILVA, Rodrigo; SOUZA, Luciano. Sintomatologia depressiva em adolescentes iniciais – estudo de base populacional. Porto Alegre – RS, 2008.
STAHL, S. M. (1998). Psicofarmacologia: Bases Neurocientíficas e Aplicações Clínicas. Rio de Janeiro: Editora Médica e Científica Ltda.

Continue navegando