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MARIA FERNANDA S. ANDRADE - MEDICINA – 1º PERÍODO Objetivos: 1) Entender a formação, morfologia e fisiologia da hemoglobina, destacando a estrutura das hemácias e os tipos de hemoglobina. 2) Analisar a anemia falciforme destacando como ela surge, suas modificações no organismo e as consequências. 3) Justificar a prevalência aumentada da anemia falciforme em determinadas populações. Formação da hemoglobina: A síntese de hemoglobina começa nos proeritroblastos e prossegue até o estágio de reticulócitos. Quando os reticulócitos deixam a medula óssea, em torno de um dia eles se transformam em hemácias maduras. A molécula heme é formada devido a ligação de protoporfirina IX + ferro, por fim, cada molécula heme se combina com a longa cadeia polipeptídica denominada globina sintetizada pelos ribossomos formando a molécula completa de hemoglobina. Existem diferentes tipos de cadeias de hemoglobina sendo elas: • Alfa • Beta • Gama • Delta A forma mais comum no ser humano é a hemoglobina A com a combinação de duas cadeias alfa e duas cadeias beta. Cada cadeia de hemoglobina possui um grupo prostético heme + um átomo de ferro, como a molécula de hemoglobina possui uma composição de quatro cadeias para a formação de uma hemoglobina, teremos quatro grupos prostético heme e quatro átomos de ferro como na imagem a seguir Tempo de vida: Quando as hemácias são transportadas da medula óssea para o sistema circulatório elas circulam por 120 dias em média antes de serem destruídas, podem ser destruídas em várias partes do corpo, mas um dos principais órgãos de destruição é o baço. Quando as hemácias se rompem, elas liberam hemoglobina, e quase de imediato essa hemoglobina é fagocitada pelos macrófagos circulantes em nosso organismo, porém, em especial pelas células Kupffer, no fígado e pelos macrófagos, no baço, com o passar dos dias os macrófagos liberam o ferro presente n hemoglobina que será transferido pela transferrina até a medula óssea, para a produção de novas hemácias, já á porfirina da molécula de hemoglobina é convertida pelos macrófagos por meio de diversas etapas que formaram a bilirrubina que será secretada nos rins. Vale lembrar, que um dos principais componentes da coloração da urina é essa degradação de hemácias que vai em direção aos rins Anemia Falciforme: A anemia significa uma deficiência de hemoglobina no sangue, podendo ser causado pelo número de hemácias reduzido ou pelo teor reduzido de hemoglobinas nas hemácias. Na anemia falciforme as hemácias não possuem a Hemoglobina A como de costume, mas sim a Hemoglobina S, essa hemoglobina faz contem altere a morfologia da hemácia em formato de foice em vez de disco bicôncavo. Ou seja, a anemia falciforme é um exemplo de alteração mínima na estrutura de hemoglobina. Basicamente, no códon 6 do gene da globina beta, uma adenina é substituída por uma timina fazendo com que haja a mudança do aminoácido glutâmico por uma valina. O problema ocorre quando a hemoglobina S está desoxigenada fazendo com que MARIA FERNANDA S. ANDRADE - MEDICINA – 1º PERÍODO se torne muito insolúvel causando polimerização da hemoglobina e alterando sua forma. Relação da malária com a anemia falciforme: Normalmente o protozoário Plasmodium usa uma proteína chamada adesina para chegar à parte externa dos glóbulos vermelhos, de onde chegam às paredes dos vasos sanguíneos. A partir daí, provocam os problemas neurológicos e circulatórios ligados à malária. Nas pessoas que têm anemia falciforme, esse mecanismo é bloqueado. O Plasmodium não acessa a parte externa dos glóbulos vermelhos e, por isso, não há infecção. “Todo o sistema de transporte do parasita da malária fica degenerado nessas células”, resume Marek Cyrklaff, pesquisador do Departamento de Doenças Infecciosas da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, um dos autores do artigo. Referências: Tratado de Fisiologia Médica – Guyton.
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