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em criançasTRAUMATISMO DENTÁRIO É importante antes de tudo levar em consideração o estado emocional da criança (ansiedade, medo..) e tentar controlar isso. Na anamnese é importante: História do trauma: · Onde: No chão de casa, no parquinho... importante para analisar – precisa de profilaxia antibiótica/tétano? · Como: Brincando, correndo – importante para avaliar lesões secundárias, abusos... · Quando: Importante para um correto prognóstico. Para o procedimento: 1. Fazer limpeza da região 2. Exame clínico visual e palpação: · Examinar dente, estrutura de sustentação e oclusão; mobilidade do dente, movimentação de estruturas ósseas, saliências, crepitação. 3. Exame radiográfico: · É feito com filme de adulto e na posição horizontal – de comissura à comissura. (Técnica periapical/oclusal modificada) · Visualizar alterações como: detecção de fraturas radiculares e do processo alveolar, extensão e sua proximidade com tecido pulpar. 4. Dentes ICS são os mais acometidos. CLASSIFICAÇÃO DOS TRAUMAS Em tecidos moles: · Contusão · Ferimento geralmente com objeto sem corte/contundente · Hemorragia submucosa (equimose) · Não levar o gelo diretamente na boca (pode queimar a pele). · Abrasão · Lesão superficial – raspagem da mucosa – causado por atrito. · Tratamento sintomático – V.A.S.A · Laceração · Ferimento raso/profundo – dilaceração tecidual – com objeto cortante ou não · Chupeta, caneta, escova de dente... · Higienizar e suturar se necessário Em tecido duro: · Fratura coronária de esmalte · Realiza desgaste e polimento; · Faz o arredondamento com broca/lixa + verniz fluoretado (restaura só se a mãe achar necessário). · Fratura coronária de esmalte/dentina · Comprometimento da dentina Proteção com hidróxido de cálcio (se demorar para ir à consulta – visualizar a viabilidade pulpar e presença de lesão apical) · Sempre restaurar – para vedar túbulos dentinários e devolver a estética · Quando tem o fragmento dentário: COLAGEM, quando não – RC ou CIV · Tomada Radiográfica: Periapical modificada · Se houver exposição: Uso de corticoesteróide (Ostoporin) 5min – tratamento endodôntico e reabilitação protéticaRizogênese incompleta: realizar polpotomia com Guedes-Pinto para propiciar continuidade da formação radicular. Rizogênese completa: Pode ser a polpotomia ou pulpectomia (+ indicada - + facilidade e segurança). (com envolvimento pulpar) · Fratura coronorradicular · Envolve dentina, cemento e esmalte · Polipopulpar (polpa bastante exposta) · Necessidade de exodontia e reabilitação protética Em tecido de sustentação · Concussão · Dente sem mobilidade e deslocamento · Sem tratamento específico (repouso, higienização pode ser com gaze e água oxigenada V10, retirada de hábito de sucção) · Com hemorragia e edema do ligamento periodontal As fibras periodontais lesadas precisam de condições para se recuperar e os primeiros 7 a 10 dias são os mais importantes. · Subluxação · É um impacto maior que a concussão · Sem deslocamento, mas com mobilidade · Há ruptura das fibras do ligamento periodontal ocasionando afrouxamento anormal · Dieta leve e pastosa tratamento igual ao da concussão · Logo após o trauma, é observado sangramento no sulco gengival (sinal patognomônico) por conta da ruptura das fibras · Descoloração coronária imediata ou após. · Hemorragia pulpar · Extravasamento de sangue para fora dos capilares · Só é visível radiograficamente se houver reabsorção · Mudança de coloração Necrose pulpar · Luxação intrusiva · Com mobilidade e com deslocamento para dentro do alvéolo · Palpação cuidadosa no fundo do sulco para verificar a possibilidade de fratura da tábua óssea vestibular · Radiograficamente: ausência de espaço do ligamento periodontal · Espera de 15 a 30 dias para avaliar se reerupciona · Grau I – Intrusão parcial da caroa (entra menos de 50%) · Grau II – Intrusão parcial (visualiza menos de 50%) · Grau III – Intrusão severa · Pode reerupcionar totalmente de 2 a 6 meses – desde que não destrua o alvéolo · Radiografia Lateral: ver a direção da intrusão (se foi vestibular ou em direção ao germe do permanente) – Técnica extraoral · A incisal do dente se move na hora da palpação quando a raíz do dente decíduo rompe o processo alveolar então.. EXTRAÇÃO · Luxação Lateral · O indicado é seu reposicionamento e sua contensão. Em casos de mobilidade média e grande pode-se favorecer a recuperação das fibras periodontais com a contensão. · Luxação Extrusiva · Saída do dente no sentido axial, com saída parcial do alvéolo · Tratamento: redução da luxação reposicionando o dente e com contensão flexível ou semi-rígida por 4 a 21 dias (imediato). · No tratamento mediato não existe a possibilidade de fazer o reposicionamento do dente. Se houver mobilidade + possibilidade de reposicionamento das fibras contensão. Se atrapalhar a oclusão Desgaste incisal. · Avulsão · Deslocamento TOTAL do dente para fora do alvéolo · Não é indicado reimplante pelo risco de deslocamento do germe. Repercussões para dentição decídua · Hiperemia pulpar · Necrose pulpar · Hemorragia pulpar · Calcificação pulpar · Reabsorção interna · Reabsorção externa · Anquilose · Retenção prolongada Repercussões para dentição permanente · Quanto menor a idade, mais chances de sequelas · Intrusão e avulsão são as que mais causam sequelas · Podem variar entre pequenas manchas, perdas de estrutura ou retenção do dente permanente Teste de vitalidade pulpar: NÃO é indicado; Transiluminação: Tem valor de detecção de trincas de esmalte e de manchas róseas na coroa (reabsorção interna na câmara pulpar).
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