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EMBRIOLOGIA – SISTEMA NERVOSO Ieza Martins NEURULAÇÃO - 3° Semana do desenvolvimento embrionário É o processo em que a placa neural e as pregas neurais são formadas, e ocorre o fechamento que forma o tubo neural, rudimento do sistema nervoso central. Nesta semana pode-se chamar o embrião de NEURULA. OBS: o processo de neurulação é estimulado pela notocorda. ➢ Células do ectoderma se espessam formando a placa neural ➢ Formação do sulco neural e das cristas (ou pregas) neurais OBS: As células do ectoderma continuam se espessando e então a partir da placa neural, começa a se formar o sulco neural. E quando começa a aparecer o sulco neura, também começa a aparecer a crista neural à medida que o sulco vai se envaginando. A notocorda que estimula esse desenvolvimento do ectoderma. ➢ Dobramento das pregas neurais ➢ Fechamento do tubo neural OBS: nesta fase o tubo neural ainda está começando a se formar e a crista ainda está presa tanto ao tubo quando ao ectoderma. Nessa imagem também aparece uma nova estrutura, no mesoderma tem a origem do somito que são responsáveis ela formação da musculatura. ➢ Migração da cripta neural e separação do tubo neural do ectoderma EMBRIOLOGIA – SISTEMA NERVOSO Ieza Martins OBS: repare que o tubo está totalmente separado da crista neural e essa crista está migrando para os lados do tubo neural ➢ Ao final da Neurulação temos o tubo neural e crista neural separados do ectoderma e os somitos (originados pelo mesoderma) OBS: repare que cripta migrou para os lados, o tubo está completamente fechado e no mesoderma observa-se os somitos FORMAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO ➢ Sistema Nevoso Central (SNC), oriundo do tubo neural (encéfalo e medula espinal) ➢ Sistema Nervoso Periférico (SNP), oriundo da crista neural. (formar sistema nervoso periférico, ou seja, gânglios e nervos associados ao sistema nervoso) O tubo neural vai se fechando do centro do embrião para as extremidades cranial e caudal, de forma que quando o tubo neural está quase completamente fechado, permanecem duas aberturas, o neuróporo cranial e o neuróporo caudal que vão se fechar posteriormente, como mostra a figura. Geralmente o cranial de fecha primeiro e o caudal uns dois dias depois. Não fechamento do neuroporo cranial – anincefalia Não fechamento posterior do neuroporo cranial com projeção da meninge – meningocele Não fechamento posterior do neuroporo cranial com projeção de tecido nervoso – mielomeningocele Não fechamento do neuroporo caudal – mielomeningocele ou meningocele • Depois do fechamento dos neuroporos e do encerramento do tudo neural com o meio externo, no EMBRIOLOGIA – SISTEMA NERVOSO Ieza Martins caso com o espaço amniótico, o tubo neural começa a crescer e se espessar. Porém esse espessamento não vai ser uniforme, algumas porções do tubo neural vão se espessar mais, principalmente na região cefálica, justamente para a formação do encéfalo. • O encéfalo vai se formar a partir dos 2/3 superiores do tubo neural, enquanto que a medula vai ser o 1/3 final do tubo neural, o canal neural vai originar o sistema ventricular (CAMADA EPENDIMÁRIA- produção e circulação do líquor) no encéfalo e também o canal central da medula. Formando inicialmente três vesículas primárias. • Durante a formação da medula espinal nas paredes do tubo neural são originados grupos distintos de neurônios. Na lâmina alar do tubo neural diferenciam-se os neurônios associados à sensibilidade, enquanto na lâmina basal há neurônios essenciais para a motricidade. A lâmina do teto é importante por originar plexos corióideos, responsáveis por grande parte da produção de líquor. • A região distal do tubo neural mantém seu aspecto cilíndrico durante o desenvolvimento embrionário e fetal, formando a medula espinhal. • Com o tempo elas vão se diferenciando mais para formar as vesículas secundárias. Na foto abaixo mostram as vesículas no embrião, onde pode-se notar que por conta do crescimento desigual da vesícula, elas começam a se dobrar. É ISSO QUE VAI POSSIBILITAR QUE OS 2/3 DO TUBO NEURAL VÃO EMBRIOLOGIA – SISTEMA NERVOSO Ieza Martins FORMAR O ENCÉFALO CAIBAM DENTRO DO CRÂNIO FORMAÇÃO DOS GÂNGLIOS ESPINAIS Os neurônios unipolares dos gânglios espinais originam- se de células da crista neural FORMAÇÃO DAS MENINGES DA MEDULA ESPINAL Formam-se a partir do mesênquima que envolve o tubo neural e condensa e do ectoderma formando uma meninge primitiva. A camada externa desta membrana, de origem mesodérmica, se espessa e forma a dura-mater. A camada interna permanece delgada e forma a pia-aracnídea, composta pela pia-mater e pela aracnódea; juntas, estas duas camadas constituem as LEPTOMENINGES. Células da crista neural misturam-se com o mesênquima, formando as leptomeninges, e parecem estar envolvidas com as funções da pia-mater. Espaços cheios de fluido aparecem dentro das leptomeninges e logo coalescem, formando o espaço subaracnóideo. Durante a quinta semana, começa a forma-se o fluido cerebro-espinhal (FCS, LÍQUOR), que pode constituir um meio nutritivo para as células epiteliais dos tecidos neurais. MIELINIZAÇÃO DAS FIBRAS NERVOSAS As bainhas de mielina da medula espinal começaram a formar-se ao final do período fetal e continuam a forma- se durante o primeiro ano pós natal. As bainhas de mielina, que envolvem as fibras nervosas situadas dentro da medula espinal, são formadas por OLIDENTRÓCITOS. As membranas plasmáticas delas células enrolam-se em torno do axônio, formando várias camadas. Em torno dos axônios das fibras nervosas periféricas, as bainhas de mielina são formadas pelas membranas plasmáticas das CÉLULAS DE SHUWANN, análogas aos oligodentrócitos. Estas células da neuroglia derivam de células da crista neural, que migram para a periferia e enrolam-se em torno dos axônios dos neurônios somáticos motores e dos neurônior motores autônomos pré-ganglionares em seu trajeto fora do SNC. EMBRIOLOGIA – SISTEMA NERVOSO Ieza Martins FLEXURAS ENCEFÁLICAS Durante a quarta semana, o encéfalo do embrião cresce rapidamente e dobra-se ventralmente na prega cefálica. Este movimento forma a flexura do encéfalo médio, na região do encéfalo médio, e a flexura cervical, na junção do encéfalo posterior com a medula espinal. Mais tarde o crescimento desigual do encéfalo entre as duas flexuras produz a flexura pontinha (faz com o cérebro fique com aquela curvatura), na direção oposta. Esta flexura leva ao adelgaçamento do teto do encéfalo posterior (rombencéfalo). PLEXO CORÓIDEOS E FLUIDO CEREBROESPINHAL (FCS) O delgado teto ependimário do quarto ventrículo é coberto, externamente, pela pia-mater, derivada do mesênquima associado ao encéfalo posterior. A pia-mater vascular, juntamente com o teto do epêndima, forma a tela coróidea. Os plexos coróides secretam FCS. O principal local de absorção de FCS pelo sistema venoso são as VILOSIDADES ARACNÓIDES, que são protrusões da aracnóide nos seios venosos da dura. Estas vilosidades consistem de uma delgada camada celular derivada do epitélio da aracnóide e do endotélio do seio. FORMAÇÃO DO LÍQUOR 60% formado no plexo coriódeos e 40% nas células ependimárias. CIRCULAÇÃO DO LÍQUOR EMBRIOLOGIA – SISTEMA NERVOSO Ieza Martins FUNÇÕES DO LÍQUOR Lubrificação Proteção mecânicas Nutrição do SNC Excreção de metabólitos Regulaçãodo volume e peso Amortecimento de impácto PROTEÇÃO DO ENCÉFALO – CRÃNIO E MENINGES • dura-máter: camada mais externa; é um folheto relativamente espesso de tecido conjuntivo denso. • aracnóide-máter: fica abaixo da dura-máter; é um folheto delicado de tecido conjuntivo adjacente à superfície interna da dura-máter. • pia-máter: é uma delicada camada que repousa diretamente sobre a superfície do encéfalo e da medula espinhal. Resumo das estruturas do encéfalo: Granulações aracnóideas – absorve Ventrículos – armazenam Plexo corióideo – produz Aqueduto do mesencéfalo – comunica o 3° ventrículo com o 4° Forames interventriculares – comunicam os ventrículos laterais com o 3° ventrículo