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PROCESSO CIVIL III - 2º BIMESTRE - Waldemar

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PROCESSO CIVIL III – 2º BIMESTRE - 2019
PROFESSOR WALDEMAR ERNESTO FEIERTAG JUNIOR
EMAIL: waldemarfeiertag@terra.com.br
TELEFONE: 3025-7638
AULA 1 – 03/10/2018
REQUISITOS ESPECÍFICOS DA EXECUÇÃO
1)TÍTULO EXECUTIVO
a) Obrigação líquida, certa e exigível:
A obrigação inserida no título é que tem que ser líquida, certa e exigível e não o título em si.
· Líquida: Determinada quanto ao objeto, quantidade e qualidade.
· Certa: é aquela que é indubitável, aquela que contém todos os elementos objetivos e subjetivos da obrigação.
Elementos objetivos: objeto determinado, lícito e possível. Exemplo de objeto impossível: obrigação pactuada para entrega de uma tonelada de maconha.
Elementos subjetivos: deve ser possível, somente com o título, identificar quem é o credor e quem é o devedor.
· Exigibilidade: possibilidade de ser cumprida, apta a exigir-se o cumprimento. Ou seja, é a obrigação que está vencida. O vencimento pode ser por dia certo, mediante termo ou condição.
Condição: evento futuro e incerto. Exemplo: “quando chover canivete eu te pago um lanche”.
Termo: evento futuro e certo. Exemplo: “quando fizer sol eu te dou uma piscina”.
b) Rol dos títulos – art. 515 e 784
	Títulos extrajudiciais:
	Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução;
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
	Títulos judiciais:
	Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
VII - a sentença arbitral;
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;
c)Autonomia da execuçãoPROVA
Art. 784, §1 º - Eventuais ações que questionem a exigibilidade do título não impedem a execução do título. 
Todavia, caso seja reconhecida a inexigibilidade do título, o exequente deverá arcar com perdas e danos.
d)Título executivo extrajudicial estrangeira.PROVA
§2º - Os títulos executivos estrangeiros podem ser executados no Brasil, independente de homologação, desde que haja cláusula no contrato de que a obrigação deve ser cumprida no Brasil (cláusula de eleição de foro).
§3º - O título estrangeiro só terá eficácia quando satisfeitos os requisitos de formação do lugar da celebração do título, e o Brasil for convencionado como o lugar da execução da obrigação.
Obs1: a única condição é que o título esteja traduzido para a língua nacional.
Obs2: a sentença estrangeira homologada pelo STJ deve ser executada na Justiça Federal.
e) Opção por ação de conhecimento – art. 785.
Mesmo que exista título executivo extrajudicial, tal fato não impede a propositura de ação de conhecimento para conferir a qualidade de título extrajudicial.
2)EXIGIBILIDADE DA OBRIGAÇÃO
a) Definição
A obrigação é exigível quando ela está apta ao seu cumprimento.
Obs.: prestações avençadas em equivalente de moeda estrangeira > O STJ firmou entendimento de que se deve transformar o valor na data da obrigação e incidir as correções.
b) Operações aritméticas – art. 786, § único.PROVA
Se o título pender de operações aritméticas simples, esse fato não impedirá a execução do título executivo.
c)Prestações recíprocas.
Incide prestações recíprocas nos contratos bilaterais e onerosos. 
Exceção do contrato não cumprido: toda vez que houver um contrato bilateral e oneroso, a parte que iria cumprir a segunda parte da obrigação, poderá se reservar no direito de cumprir a sua parte somente após o cumprimento pelo outro, não constituindo em mora. 
Exceção do contrato não cumprido conforme o avençado: a obrigação fora cumprida, mas fora dos termos avençados no contrato, de forma que o segundo a cumprir a obrigação, poderá se reservar no direito de cumprir a sua parte somente após o cumprimento pelo outro, não constituindo em mora.
Na execução, está previsto da seguinte forma:
└ Art. 787. Se o devedor não for obrigado a satisfazer sua prestação senão mediante a contraprestação do credor, este deverá provar (de forma escrita) que a adimpliu ao requerer a execução, sob pena de extinção do processo.
Obs.: se não existir prova escrita, deverá ser interposto primeiramente o processo de conhecimento.
d)Consignação em pagamento – art. 787, § único.
O executado poderá depositar o valor a uma conta vinculada ao juízo, momento em que não incidirá mais em juros. No entanto, o juiz somente entregará ao valor ao exequente quando restar comprovado o adimplemento da obrigação por sua parte.
e) Cumprimento da obrigação pelo devedor | interesse de agir (art. 788).
Se o devedor cumpriu a obrigação, o autor não poderá executá-lo ou prosseguir na execução, pois faltará o interesse de agir, salvo se o cumprimento da obrigação não corresponder ao avençado no título ou for feito no prazo estipulado.
AULA 2 – 08/10/2018
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
1)DEFINIÇÃO.
“Dívida” e “responsabilidade” são institutos diferentes, pois a dívida retrata a relação jurídica material, envolvendo direitos e deveres entre credor e devedor, enquanto que a responsabilidade patrimonial envolve patrimônio, do devedor ou de terceiro, que pode restar vinculado à execução.
2)DÍVIDA E RESPONSABILIDADE.
Não confundir “dívida” com “responsabilidade”.
· Dívida: relação jurídica material, prevista na parte dos direitos e obrigações do direito material.
· Responsabilidade: quem responde em uma relação processual.
3)RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL.
	ARTIGO
	Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.
 
A execução, portanto, é real e não pessoal, porque recai sobre o patrimônio e não sobre a pessoa.
A regra geral é que o terceiro não responsa patrimonialmente pela execução. Quando os bens de terceiro ficarem vinculados em uma execução, poderá realizar sua defesa através de uma ação que se chama “embargos de terceiros” (art. 784).
Porém, o art. 790 traz exceção, na qual o terceiroirá responder:
Art. 790. São sujeitos à execução os bens:
a) Sucessor
I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória;
Sucessor singular: é o sucessor daquele único bem como, por exemplo, o cessionário, o adquirente. 
Obrigações reipersecutórias: são aquelas que permitem que você busque o bem com quer que seja. Assim, qualquer pessoa que esteja com o bem é responsável. Exemplos: ação de posse, comodato.
b) Sócio da sociedade
II - do sócio, nos termos da lei;
Existem sociedades que são de responsabilidade limitada e sociedades que são de responsabilidade ilimitada.
“Art. 795. Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade, senão nos casos previstos em lei”.
No âmbito das sociedades, existe um benefício que o sócio pode invocar, qual seja: benefício de ordem, que é o direito do responsável, nos termos da lei, de nomear os bens do devedor para que sejam excutidos primeiro.
Quais são os requisitos para o responsável pela dívida exerça o benefício de ordem?PROVA
· Deve ser fiador ou sócio da lei.
· Os bens devem estar situados na mesma comarca que corre a execução.
· Os bens devem ser livres e desembargados.
c)Bens do devedor em poder de terceiros
III - do devedor, ainda que em poder de terceiros;
Mesmo que o bem esteja em poder de terceiros, o credor pode demandar o bem, devendo respeitar somente, a obrigação existente entre o devedor e o terceiro. Exemplo: esperar o fim do contrato de locação.
d)Cônjuge e companheiro.
IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios ou de sua meação respondem pela dívida;
Regra geral: o cônjuge não responde pelas dívidas contraídas exclusivamente pelo outro, mesmo que casados no regime universal da comunhão de bens. Há, no entanto, exceções, quando, por exemplo, a dívida fora contraída em prol da família. Ex: salário do empregado doméstico.
e) Alienados e gravados com ônus real em fraude à execução
f) Alienados e gravados em fraude contra credores
g) Responsável nos casos de desconsiderações de personalidade jurídica
h) Fiador (art. 794)
Fiança é um contrato do Direito Civil, acessório.
O fiador é um responsável patrimonial pela dívida.
A renúncia ao benefício de ordem pode ser tácita ou expressa.
4)DIREITO DE SUPERFÍCIE.
O direito de superfície no novo código se subdivide também no direito de laje.
A penhora e a alienação são só do direito do superficiário, não responde além dos limites do direito de superfície.
“Art. 791. Se a execução tiver por objeto obrigação de que seja sujeito passivo o proprietário de terreno submetido ao regime do direito de superfície, ou o superficiário, responderá pela dívida, exclusivamente, o direito real do qual é titular o executado, recaindo a penhora ou outros atos de constrição exclusivamente sobre o terreno, no primeiro caso, ou sobre a construção ou a plantação, no segundo caso”.
DISPOSIÇÕES GERAIS DA EXECUÇÃO
PENHORA
1)Conceito
É o ato de constrição judicial incidente sobre bens suficientes para garantir o cumprimento da obrigação, vinculando e individualizando o patrimônio do devedor ou de terceiro e inaugurando a fase de expropriação de bens, na execução que tenha como objeto o pagamento em dinheiro.
“Art. 797. Ressalvado o caso de insolvência do devedor, em que tem lugar o concurso universal, realiza-se a execução no interesse do exequente que adquire, pela penhora, o direito de preferência sobre os bens penhorados”.
AULA 3 – 10/10/2018
2)Direito de preferência
É o primeiro ato da execução.
A penhora gera preferência no recebimento do crédito, ressalvada as disposições legais de preferência no caso de insolvência total do devedor, sendo que quando existir mais de um exequente, aquele que penhorou o bem primeiro terá preferência sobre os demais. Ou seja, independentemente da data de ajuizamento da ação, a preferência se dará a partir da constituição da penhora.
3)Deveres do exequente ao propor a execução – art. 798 do CPC (além dos previstos no art. 319)
a) Instruir a petição inicial com (documentos ad probationem):
I) o título executivo extrajudicial: a jurisprudência entende que se for um título executivo cambial (que se transmite com a própria circulação do título) deve haver a juntada do título executivo original. A cópia só é admitida quando o título não for cambial.
II) o demonstrativo do débito atualizado até a data de propositura da ação, quando se tratar de execução por quantia certa;
Esse demonstrativo de débito deve conter (art. 798, § único): (a) o índice de correção monetária adotado, (b) a taxa de juros aplicada, (c) os termos inicial e final de incidência do índice de correção monetária e da taxa de juros utilizados; (d) a periodicidade da capitalização dos juros (incidência de juros sobre juros – a qual, segundo a jurisprudência, só poderá ser feita uma vez ao ano), se for o caso; (e) a especificação de desconto obrigatório realizado.
III) a prova de que se verificou a condição ou ocorreu o termo, se for o caso;
IV) a prova, se for o caso, de que adimpliu a contraprestação que lhe corresponde ou que lhe assegura o cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer a sua prestação senão mediante a contraprestação do exequente (obrigações recíprocas). PROVA
Obs.: se essa prova depender de prova testemunhal, deve entrar com ação de conhecimento, pois a cognição do juiz é limitada na execução.
b) Indicar na petição inicial
I) a espécie de execução de sua preferência, quando por mais de um modo puder ser realizada, devendo ainda escolher a menos gravosa para o executado (art. 805);
II) os nomes completos do exequente e do executado e seus números de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica;
III) os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível.
c)Requerer a intimação (art. 799) destes, uma vez que tem preferencia no recebimento:
c.1) Credor com garantia real
c.2) Titular de usufruto, uso ou habitação
c.3) Promitente comprador e promitente vendedor
c.4) Do superficiário, enfiteuse ou concessionário
c.5) Do proprietário do termo
c.6) Da sociedade
c.7) Do titular da laje e do titular da construção-base
Direito de laje foi criado pela Lei 13.465/2017.
Qual a consequência se o exequente não fizer as intimações do art. 799?PROVA
Quando for a leilão o bem, quando o bem for vendido, esta será considera ineficaz. Assim, o arrematante poderá inclusive, demandar perdas e danos contra o exequente.
d)Pleitear as medidas urgentes
Compete ao exequente propor as medidas para garantir a manutenção do bem penhorado.
e) Proceder as averbações no registro dos bens
Sob pena de não se caracterizar fraude a execução caso haja a venda dos bens penhorados.
► Obrigações Alternativas (art. 800)
A obrigação alternativa é aquela que o devedor pode cumprir de mais de um modo.
E se o título executivo previr uma obrigação alternativa?
Se a escolha couber ao credor, deve indicar qual o bem que deseja. Se couber ao devedor, será intimado em 10 dias para indicar qual o bem que deseja adimplir. Se o devedor não escolher, caberá ao credor decidir.
► Nulidade da execução
Se posteriormente à instauração da execução, ocorrer uma das causas do art. 803 do CPC:
Art. 803. É nula a execução se:
I - O título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível (diz respeito a certeza);
II - o executado não for regularmente citado;
III - for instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrer o termo.
Parágrafo único. A nulidade de que cuida este artigo será pronunciada pelo juiz, de ofício ou a requerimento da parte, independentemente de embargos à execução.
► Emenda-indeferimento ou recebimento da execução
Se o juiz indeferir a petição inicial profere uma decisão extintiva do processo (art. 924, I, CPC).
Pode solicitar a emenda, no prazo de 15 dias, quantas vezes forem necessárias, em razão do princípio da preservação da execução.
Se receber a petição inicial, manda expedir mandado de citação do devedor (art. 802), a qual interrompea prescrição, mesmo que ordenada por juiz incompetente, retroagindo a data da propositura da ação.
AULA 4 – 03/10/2019
EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA
1)DEFINIÇÃO
Utiliza-se sempre essa obrigação inserida no título executivo, consistir na entrega de coisa corpórea, ou, de direitos representados por documento (obrigação de dar).
Quando a obrigação inserida no título executivo for de entregar coisa corpórea, ou seja, coisa palpável.
A doutrina diz que se o direito estiver corporificado em um documento (ex: ações de uma Sociedade Anônima) aí é corpóreo, pois está vinculado a um documento.
Ex: bens móveis, imóveis, documentos e semoventes.
2)ESPÉCIES
a) De título extrajudicial (art. 806): denomina-se execução de título extrajudicial para entrega de coisa (títulos extrajudiciais previstos no art. 784 ou em lei especial). É uma nova ação.
b) De título judicial (art. 538) - cumprimento de sentença: denomina-se cumprimento de sentença para entrega de coisa (títulos judiciais previsto no art. 513). Em regra, não é uma nova ação.
3)PROCEDIMENTO
No cumprimento de sentença para entrega de coisa judicial, o procedimento é mais contundente do que aquele previsto na execução de título extrajudicial para entrega de coisa. 
É mais contundente, porque o juiz já expede mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse em favor do credor, porque a sentença já determinou prazo na sentença, bem como pode fixar astreintes – art. 536 (no caso de atraso ou descumprimento - multa), que reverte em favor do exequente (é uma espécie de indenização pela ausência do bem).
No cumprimento de título extrajudicial é menos contundente, porque o título é formado somente pelas partes, podendo existir alguma defesa a ser alegada pelo devedor, diferentemente do cumprimento de sentença, em que há preexistente, um contraditório prévio e efetivo do procedimento de conhecimento.
No cumprimento de sentença, se o bem não estiver na posse do executado, o juiz intimará o exequente para que se manifeste se deseja continuar na busca do bem ou transformar em perdas e danos.
Se desejar continuar contra o terceiro, este deve fazer o deposito judicial do bem e discutir a sua boa-fé na aquisição. O juiz manterá o bem com o terceiro, mas que não o terá mais como possuidor e sim como responsável pelo bem.
Quanto as benfeitorias: as voluptuárias devem, em regra, ser levantadas. As úteis são indenizáveis se não houver cláusula expressa no contrato. Já as necessárias, são sempre indenizáveis.
Se forem feitas benfeitorias no bem, portanto, seja por terceiro ou pelo devedor, este deposita o bem e o juiz só admitirá o levantamento após o depósito referente ao valor da indenização.
Se for cumprimento de sentença de entrega de coisa, só se admite a alegação da benfeitoria se estiver expressamente prevista na sentença que reconheceu o título, ou seja, a defesa deve ter alegado no processo de conhecimento a existência de benfeitoria. Mas se não for alegado na defesa, isso só poderá ser alegado em ação própria de enriquecimento sem causa, não tendo mais a vantagem de o juiz condicionar a entrega do bem ao pagamento da indenização.
Se for na execução de título extrajudicial, alega-se na fase de execução através de embargos.
4)COISA INCERTA
A coisa é incerta quando está determinada apenas pelo seu gênero e quantidade.
Observe-se que se a escolha cabe ao exequente, deve escolher a coisa já na petição e o juiz cita o executado para entregar.
Se a escolha cabe ao executado, após ser citado, escolhe o bem e entrega ao juiz no prazo de 15 dias.
Aula 05 - 07/10/2019
EXECUÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER
1)DEFINIÇÃO
Utiliza-se a obrigação de fazer quando a obrigação inserida no título executivo, judicial ou extrajudicial, consistir na prestação de um esforço físico ou intelectual do executado, por si, ou por terceiro sob sua responsabilidade. Ex.: Compro um terreno com contrato e quando eu terminar de pagar o vendedor irá assinar a escritura, mas quando pago as prestações e vou pedir para ele assinar ele não quer assinar, peço ao juiz que emita a vontade a ser declarada.
Quando a obrigação inserida no título executivo contiver direito de prestação de um fato ou de uma abstenção.
Fato: se esse fato contiver esforço físico ou intelectual prestado pelo próprio devedor ou por terceiro em seu nome, a obrigação é de fazer.
Não fazer: quando a obrigação no título é uma omissão, uma abstenção. (judicial: juiz intimará para não fazer, caso tenha feito ele irá mandar desfazer ou extrajudicial: Citará o executado para não fazer) Art.822
2)ESPÉCIES
a) De título extrajudicial (art. 814 e seguintes)
b) De título judicial – cumprimento de sentença (art. 536 e 537)
3)PROCEDIMENTO
Se for cumprimento de sentença é mais contundente que a execução de título extrajudicial de obrigação de fazer ou de não fazer.
As medidas possíveis a serem tomadas no cumprimento de sentença são mais fortes, mais gravosas que o de execução de título extrajudicial, justamente pela questão do contraditório e da ampla defesa exercida no processo de conhecimento.
Se não for possível cumprir mais a obrigação de fazer ou não fazer, por perda do objeto, o juiz pode transformar em perdas e danos e transformar em execução de quantia certa.
Se for fungível a obrigação e terceiro possa fazer, o juiz determina que ele faça à custa do executado ou que o próprio exequente faça à custa do executado. Os terceiros apresentarão uma proposta e o juiz escolherá a melhor e a mais vantajosa. O exequente tem preferência em até 5 dias para a obrigação no caso em que o juiz escolher terceiro. 
EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA
1)Definição
Utiliza-se o procedimento de execução contra a fazenda pública quando for crédito para pagamento em dinheiro de título judicial ou extrajudicial, que tenha como devedora a fazenda pública federal, estadual, municipal ou suas autarquias ou fundações.
2)Espécies
└ De título judicial – cumprimento de sentença (art. 534 e seguintes)
└ De título extrajudicial (art. 910 e seguintes)
3)Procedimento
No caso de execução de título extrajudicial, a fazenda pública será citada para embargar a execução em 30 dias.
Se for de título judicial, ela é intimada para impugnar em 30 dias.
Poderá alegar nos embargos qualquer e toda matéria de defesa. Na impugnação é limitada as hipóteses do art. 535:
I - Falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia;
II - Ilegitimidade de parte;
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
IV - Excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
V - Incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VI - Qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes ao trânsito em julgado da sentença.
Poderá arguir ainda em sede de impugnação, que a norma que o título que se baseia é tido como inconstitucional pelo STF, seja por controle de constitucionalidade concentrado ou difuso (art. 535, §5º).
Após mantida a necessidade do pagamento, será expedido precatório (ordem de pagamento contra a fazenda pública acima de 60 salários mínimos), que não poderá ser pago no mesmo ano, mas somente no ano seguinte, em razão da necessidade de previsão orçamentária. Ademais, de acordo com o art. 100 da CF, pode pagar em até 10 parcelas anuais, sem juros. (10 anos) Art. 535 §1º, I.
Há a possibilidade também da expedição de RPV (requisição de pequeno valor – menos que 60 salários mínimos), na qual o juiz expede uma requisição de pagamento que deverá ser adimplida em até 60 dias (Dois meses). 535 §3º, II. 
Federal até no máximo 60 salários mínimos;
Estadual até 40 salários mínimos;
Municipal até 30 salários mínimos.
EXECUÇÃO DE PRESTAÇÃO DE ALIMENTOS
1)Definição: 
A execução de prestação de alimentos é utilizada quando o crédito representar pagamento de alimentos do direito de família (Art. 1694 CC subsistência entre os parentes), pois existem alimentos referentes aos atos de indenização do direito civil (o ofensor paga aos familiaresdo arrimo de família) que será por quantia certa. Exceção 948 CC.
2)Espécies
└ De título judicial - cumprimento de sentença (art. 528 e seguintes)
└ De título extrajudicial (art. 911 e seguintes)
3)Procedimento
Havendo alimentos vencidos em título judicial ou extrajudicial, o credor fará a petição inicial e proporá a execução alimentícia, momento em que o juiz mandará citar o devedor para que em 03 dias (a) efetue o pagamento, (b) comprove que já o fez ou (c) justifique o motivo de não ter feito o pagamento.
O Código definiu que você só pode se utilizar dessa medida (execução de prestação de alimentos) pelo rito da prisão do devedor, se você estiver cobrando até as 03 últimas parcelas vencidas até a propositura da execução (art. 528, §7º). No entanto, para as demais parcelas devidas (além das 03 últimas devidas), o credor deve ajuizar a execução sob o rito da quantia certa, pois além das 03 parcelas há o perdimento do caráter alimentício da parcela.
Importante observar que as parcelas que se vencerem no curso da execução de alimentos, devem ser pagas pelo devedor, sob pena de prisão e não somente as 03 vencidas até o ajuizamento da execução.
►A impossibilidade de pagamento só justifica o descumprimento se for absoluta.
►Para comprovar o pagamento, não se autoriza o pagamento das parcelas in natura, a não ser com despesas ordinárias como, por exemplo, o pagamento de plano de saúde ou mensalidade escolar. Assim despesas do devedor à criança com lanches, dentista, por exemplo, considera-se como mera liberalidade.
Não comprovado o pagamento ou não aceita a justifica pelo inadimplemento, o juiz poderá decretar a prisão civil do executado de 01 a 03 meses, em regime fechado, que se não efetuar o pagamento devido, continuará devendo as parcelas, não podendo ser preso novamente em razão das mesmas parcelas vencidas, mas somente por novas. PROVA
Além disso, o juiz pode mandar o cartório protestar as parcelas, bem como, se verificada a desídia do devedor para com a criança, enviar os autos ao MP, para verificar crime de abandono de incapaz.
Ainda, pode mandar descontar até 30% da folha de pagamento do devedor para pagamento da pensão.
Se for os alimentos por atos ilícitos, verificar o disposto nos art. 944 e seguintes do Código Civil.
4)Constituição de capital (art. 533 do CPC)
Se alguém atropelar uma pessoa e a matar, e o juiz condenou ao pagamento de alimentos aos filhos do de cujus, deverá constituir um capital (uma conta com um valor depositado suficiente a retirada mensal do valor devido, por exemplo), em que os filhos do morto poderão retirar a quantia devida.
AULA 6 – 29/10/18
CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DA SENTENÇA
1. Definição: 
Cumprimento provisório da sentença é aquele efetivado de decisão ainda passível de recurso recebido só no efeito devolutivo, conforme o art. 520 do CPC.
Art. 520.  O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo (...)
Obs. Os recursos, dentre vários efeitos, têm dois principais:
A devolução é o efeito de todos os recursos, salvo raríssimas exceções; é a regra. Quando recorro, quero que aquela matéria seja devolvida para que o tribunal julgue novamente. Ou seja, o recurso tem efeito devolutivo.
Outro efeito dos recursos é o suspensivo. Enquanto devolvido para o tribunal, aquela decisão não gerará efeito.
1. Princípios:
1. Corre por iniciativa a responsabilidade do exequente.
Nunca ocorre de ofício, sempre deverá ser provocada pela parte.
Se modificar a decisão, quer arcará com os prejuízos será o exequente.
I - Corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido;
1. Fica sem efeito sobrevindo a mudança da sentença.
A execução perde o efeito se houver decisão do tribunal que modifique a sentença e, caso a mudança seja parcial, a decisão ficará sem efeito na parte que o tribunal modificou a decisão.
II - Fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou anule a sentença objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidando-se eventuais prejuízos nos mesmos autos;
III - Se a sentença objeto de cumprimento provisório for modificada ou anulada apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução;
1. Levantamento de depósito ou atos de disposição dependem de caução idônea.
Os atos de disposição de bens (transferência de propriedade, de posse, transferência de dinheiro, etc.) só serão realizados mediante caução idônea.
Essa caução pode ser real (prestada em dinheiro, bens móveis ou imóveis que ficam vinculados como garantia processual) ou fidejussória (que é a aquela baseada na fiança bancária ou caução bancária).
Para ser idônea, a caução deve cumprir dois requisitos: ser adequada e suficiente.
Adequada é aquela caução que tem o objetivo e condições de cumprir a garantia.
Suficiente é a que tem um valor que realmente consiga cumprir eventuais danos processuais. 
Quem irá aferir se é adequada e suficiente é o juiz.
IV - O levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos quais possa resultar grave dano ao executado, dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos.
1. Dispensa da caução – art. 521, CPC:
I - O crédito for de natureza alimentar, independentemente de sua origem;
II - O credor demonstrar situação de necessidade;
A doutrina crítica, pois, este inciso ficou muito subjetivo. Não existe nenhum elemento que considera (que dê uma baliza sobre) o que é a necessidade, sendo que o único capaz de auferir a necessidade é o juiz.
III – pender o agravo do art. 1.042;
A pessoa entrou com ação e o juiz deu a sentença no primeiro grau. No segundo grau, quando decidir, acabou a instância. Pela vontade do legislador acabariam e STF não mais como instância, mas como violação/lesão dizendo que não respeitaram a lei federal (STJ) ou a constituição (STF).PROVA
Quem dirá se os recursos preenchem os requisitos é o próprio tribunal que deu a sentença.
Entra com agravo especial ou extraordinário para conseguir fazer subir, trata-se do “último suspiro”. Não precisa de caução, visto que as chances são mínimas.
Art.  1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos.
IV - a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça ou em conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos.
A chance de conseguir reverter a sentença advinda de umas dessas situações é mínima.
Obs. Exceção da dispensa da caução:
§ único.  A exigência de caução será mantida quando da dispensa possa resultar manifesto risco de grave dano de difícil ou incerta reparação.
O juiz ainda pode manter a caução quando há chance de dano grave ao executado.
1. Multa do art. 523 do CPC:
Corre desde a provisória até a definitiva.
Se não nomear bens / depositar no prazo de 15 dias, incide multa de 10% e também honorários advocatícios de 10%. 
Art. 520, §2. A multa e os honorários a que se refere o § 1o do art. 523 são devidos no cumprimento provisório de sentença condenatória ao pagamento de quantia certa.
Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.
§1. Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento.
§2. Efetuado o pagamentoparcial no prazo previsto no caput, a multa e os honorários previstos no § 1o incidirão sobre o restante.
§3. Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será expedido, desde logo, mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de expropriação.
1. Impugnação do cumprimento – art. 525:
Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.
1. Cumprimento provisório da sentença de obrigação de fazer e não fazer ou de entregar a coisa:
O título deste capítulo fala que só reconhece as obrigações de pagar quantia certa, mas isso é falso, conforme demonstra o §5 do art. 520.PROVA
§5. Ao cumprimento provisório de sentença que reconheça obrigação de fazer, de não fazer ou de dar coisa aplica-se, no que couber, o disposto neste Capítulo.
AULA 7 – 17/10/2019
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA
1)Definição
É o tipo de execução mais importante do Código, sendo usada subsidiariamente para as outras execuções.
É o rito procedimental próprio para o cumprimento de obrigação inserida em título executivo, que determine o pagamento de prestação em dinheiro, salvo as execuções especiais (execução contra a fazenda pública e de prestação alimentícia).
2)Espécies:
└ Cumprimento de sentença – título judicial (0art. 523 e ss)
└ Execução de título extrajudicial – título extrajudicial (art. 824 e ss)
3)Objeto da execução por quantia certa: Art. 784 CPC
É a expropriação de bens do devedor, que consiste na adjudicação ou alienação dos bens, ou na apropriação de frutos ou rendimentos de estabelecimentos de outros bens do devedor.
A adjudicação é a transmissão do bem penhorado para o credor, ou seja, ele fica com o bem para pagamento da dívida (dação em pagamento).
A alienação pode se dar por venda particular ou por leilão. Na venda particular o juiz nomeia alguém que tenha conhecimento sobre o bem para poder vende-lo (a venda particular só se admite se ambas as partes concordarem), fixando prazo, sendo o valor depositado a uma conta vinculada aos autos. Na venda por leilão, pode ser presencial ou por pregão na internet.
A terceira forma é a apropriação dos frutos ou rendimentos como, por exemplo, os valores de aluguel decorrente da utilização dos silos (meio para guardar grãos na agricultura) por terceiro.
4)Remição
O executado tem o direito potestativo (basta o exercício para sujeitar os demais) de, até a adjudicação ou a alienação de bens, pagar o principal atualizado, os juros, os honorários, extinguindo a execução.
O executado pode remir a execução até o momento que antecede a assinatura do auto de adjudicação ou de arrematação pelo juiz.
5)Procedimento:
a) Recebimento da inicial (art. 798): recebe e já fixa os honorários do exequente, mandando expedir mandado de citação contra o executado, para que em, 03 dias, pague ou nomeie bens à penhora. Se o executado pagar a dívida nos 03 dias, o juiz diminui os honorários em 05%. Se ele não paga nesse período, o juiz pode aumentar de 10% para até 20% os honorários.
b) Averbação da execução: no Registro cabível, para que se caracterize eventual fraude à execução, sendo de responsabilidade do exequente tal ato.
c)Arresto de bens: o mandado de citação conterá além da citação, a penhora e o depósito dos bens. Caso o executado não pague depois de citado, o oficial de justiça, após os 03 dias, fará a penhora e o depósito dos bens, só devolvendo o mandado depois disso.
Já no caso de o oficial não encontrar o executado nos 03 dias, ele procede ao arresto dos bens (já indicados na inicial), que depois de arrestados, nos próximos 10 dias, o oficial deve procurar o executado em mais duas oportunidades, ocasião em que será citado. Caso não encontrado, o oficial devolve o mandado ao juiz (art. 830, CPC).
d)Penhora
d.1) Conceito: é a apreensão, constrição, dos bens ou valores do executado, que ficam vinculados à execução para garantir o pagamento da dívida.
d.2) Bens impenhoráveis (art. 833): os frutos ou rendimentos dos bens impenhoráveis podem ser utilizados para penhora, de acordo com o art. 834, na falta de outros bens.
d.3) Ordem de preferência na penhora (art. 835): a penhora de dinheiro é a única que não pode ser alterada com as outras desta lista. As demais podem ser invertidas, de acordo com o caso concreto (§1º).
d.4)Documentação da penhora (art. 838): documentado por auto de penhora se foi lavrada pelo oficial de justiça ou termo de penhora se foi lavrada pelo escrivão ou chefe de secretária, devendo conter: I - a indicação do dia, do mês, do ano e do lugar em que foi feita; II - os nomes do exequente e do executado; III - a descrição dos bens penhorados, com as suas características; IV - a nomeação do depositário dos bens.
Obs.: se a penhora for feita toda no mesmo dia, faz-se somente um auto. Se em mais de um dia, serão feitos mais de um auto (art. 839).
AULA 8 – 21/10/2019
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA
Nos termos do art. 824 do CPC, a execução por quantia certa contra o devedor solvente consiste em expropriar-lhe tantos bens quantos necessários para a satisfação do credor.
Artigo:
Art. 840. Serão preferencialmente depositados:	
I - as quantias em dinheiro, os papéis de crédito e as pedras e os metais preciosos, no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal ou em banco do qual o Estado ou o Distrito Federal possua mais da metade do capital social integralizado, ou, na falta desses estabelecimentos, em qualquer instituição de crédito designada pelo juiz;	
II - os móveis, os semoventes, os imóveis urbanos e os direitos aquisitivos sobre imóveis urbanos, em poder do depositário judicial;	
III - os imóveis rurais, os direitos aquisitivos sobre imóveis rurais, as máquinas, os utensílios e os instrumentos necessários ou úteis à atividade agrícola, mediante caução idônea, em poder do executado.	
§1º - No caso do inciso II do caput, se não houver depositário judicial, os bens ficarão em poder do exequente. Quando não houver depositário judicial!!	
§2º - Os bens poderão ser depositados em poder do executado nos casos de difícil remoção ou quando anuir o exequente.	
§3º - As joias, as pedras e os objetos preciosos deverão ser depositados com registro do valor estimado de resgate. Pelo valor do seu resgate do bem!!	
§4º - Considera-se realizada a intimação a que se refere o § 2o quando o executado houver mudado de endereço sem prévia comunicação ao juízo, observado o disposto no parágrafo único do art. 274. Na pessoa do seu advogado (se o tiver no processo), caso contrário, será intimado pessoalmente por AR.
1. Intimação da penhora: 
Pode ser feita na pessoa do seu advogado ou da sociedade (escritório) de advogados que faça parte e se este não tiver advogado, esta intimação será pessoal. É necessária a intimação sob pena de nulidade do processo. 
Se o executado participou e assinou o termo de penhora é desnecessária a intimação. E se este for casado e a penhora recair sobre bem imóvel, terá que intimar o cônjuge ou companheiro, salvo se o regime de bens for de separação total de bens. (prova)
2. Penhora de bem indivisível: 
Quando a penhora recair sobre bem indivisível, o art. 843 do CPC determina que o direito de cada um sobre o bem recai sobre o produto da alienação, expropriando-se o bem inteiro. Os proprietários e os cônjuges tem preferência na aquisição do bem.
Bem indivisível é aquele que se você dividir perde a sua natureza, não comportam cômoda divisão.
O art. 843 diz que se tratando de penhora de bem indivisível, o equivalente à quota-parte do coproprietário ou do cônjuge alheio à execução recairá sobre o produto da alienação do bem.	
Sendo reservada ao coproprietário ou ao cônjuge não executado a preferência na arrematação do bem em igualdade de condições (§1).
Prova:
Não será levada a efeito expropriação por preço inferior ao da avaliação na qual o valor auferido seja incapaz de garantir, ao coproprietário ou ao cônjuge alheio à execução, o correspondente à sua quota-parte calculadosobre o valor da avaliação (§2).
Assim, o leilão será feito em duas datas. Na primeira data, o bem só poderá ser arrematado pelo valor da avaliação, se não houverem lances.
Já na segunda data, ele poderá ser alienado por até 50% do valor + 1%. Entretanto, se há três proprietários e o bem foi avaliado em R$ 100.000,00, significa que apenas 33,3% servirão para pagar a dívida, os outros 66,6% serão destinados aos outros dois proprietários que não tem nada a ver com a execução. 
Mas, se, por exemplo, na segunda data só poderá vender por R$ 51.000,00, prejudicando as partes, desta feita, o código diz que não poderá o bem ser dividido de forma que prejudique os proprietários que não tem relação com a dívida. 
Art. 844 (prova)
3. Lugar da penhora: 
A penhora gera a apreensão do bem, a regra geral é que deve ser feita no local em que se encontram os bens. 
Ex. Se tenho uma penhora em Cascavel, o juiz tem que deprecar para que esta penhora seja feita. Quando deprecado, a execução inteira é feita onde estão os bens e apenas após isso volta o processo.
O CPC permitiu uma exceção: art. 845 do CPC. Pode ser feita em outra cidade desde que apresente nos autos a certidão de propriedade do bem imóveis (dinheiro também) e veículos, pode efetivar a penhora no local do processo e não onde se encontram os bens.
Artigo:
Art. 845. Efetuar-se-á a penhora onde se encontrem os bens, ainda que sob a posse, a detenção ou a guarda de terceiros.	
§1º - A penhora de imóveis, independentemente de onde se localizem, quando apresentada certidão da respectiva matrícula, e a penhora de veículos automotores, quando apresentada certidão que ateste a sua existência, serão realizadas por termo nos autos.	
§2º - Se o executado não tiver bens no foro do processo, não sendo possível a realização da penhora nos termos do § 1º, a execução será feita por carta, penhorando-se, avaliando-se e alienando-se os bens no foro da situação.
4. Ordem de arrombamento e reforço policial – art. 846: (Prova)
Se o executado fechar as portas da casa a fim de obstar a penhora dos bens, o oficial de justiça comunicará o fato ao juiz, solicitando-lhe ordem de arrombamento.	
Deferido o pedido, 2 (dois) oficiais de justiça cumprirão o mandado, arrombando cômodos e móveis em que se presuma estarem os bens, e lavrarão de tudo auto circunstanciado, que será assinado por 2 (duas) testemunhas presentes à diligência (§1).
Sempre que necessário, o juiz requisitará força policial, a fim de auxiliar os oficiais de justiça na penhora dos bens (§2).	
Os oficiais de justiça lavrarão em duplicata o auto da ocorrência, entregando uma via ao escrivão ou ao chefe de secretaria, para ser juntada aos autos, e a outra à autoridade policial a quem couber a apuração criminal dos eventuais delitos de desobediência ou de resistência.	
§4º - Do auto da ocorrência constará o rol de testemunhas, com a respectiva qualificação (§3)
5. Modificações da penhora – art. 847 e seguintes: (prova)
Nos 10 dias seguintes da penhora as partes poderão requerer sua substituição pelo próprio executado.
Pode-se requerer a substituição da penhora se:	
I - ela não obedecer à ordem legal;	
II - ela não incidir sobre os bens designados em lei, contrato ou ato judicial para o pagamento;	
III - havendo bens no foro da execução, outros tiverem sido penhorados;	
IV - havendo bens livres, ela tiver recaído sobre bens já penhorados ou objeto de gravame;	
V - ela incidir sobre bens de baixa liquidez;	
VI - fracassar a tentativa de alienação judicial do bem; ou	
VII - o executado não indicar o valor dos bens ou omitir qualquer das indicações previstas em lei.	
O § único prevê que a penhora pode ser substituída por fiança bancária ou por seguro garantia judicial, em valor não inferior ao do débito constante da inicial, acrescido de trinta por cento.
Sempre que ocorrer a substituição dos bens inicialmente penhorados, será lavrado novo termo, conforme o art. 849.
O art. 851 estipula que não se procede à segunda penhora, salvo se:	
I - a primeira for anulada;	
II - executados os bens, o produto da alienação não bastar para o pagamento do exequente;	
III - o exequente desistir da primeira penhora, por serem litigiosos os bens ou por estarem submetidos a constrição judicial.	
6. Alienação antecipada dos bens: 
Porque é o bem que é difícil de guardar, a manutenção é cara ou porque deu uma alta no mercado, ou então, o bem é de fácil deterioração. 
(Prova) Conforme o art. 852, o juiz determinará a alienação antecipada dos bens penhorados quando:	
I - se tratar de veículos automotores, de pedras e metais preciosos e de outros bens móveis sujeitos à depreciação ou à deterioração;	
II - houver manifesta vantagem.
7. Penhoras especiais: 
a) Penhora de dinheiro em conta ou aplicação financeira: 
O juiz emite uma ordem de bloqueio eletrônico em qualquer instituição financeira, até o limite da execução, mediante requisição do juiz. Intimado executado da penhora ele tem 5 dias para comprovar para que não seja levantado o dinheiro. 
b) Penhora sobre créditos: 
As vezes os executados não têm bens, mas tem créditos a receber de um terceiro. É feita a partir do art. 855. O juiz intima o terceiro para que não pague ao executado, para que ele não se desfaça do crédito.
AULA 9 – 07/11/18
c) Penhora de quotas ou ações de sociedades personificadas – art. 861:
I – Definição: 
Apresenta a preferência dos sócios na aquisição das quotas quando o exequente (não sócio) pretende a adjudicação das quotas.
II – Procedimento:
Penhoradas as quotas ou ações de sócio de sociedade simples ou empresária, a sociedade deverá, dentro de três meses, apresentar balanço especial na forma da lei, com base no qual as participações societárias poderão ser oferecidas aos demais sócios, observado direito de preferência legal ou contratual, ou então ser recompradas pela própria sociedade para manutenção em tesouraria, sem redução do capital social e com utilização de reservas. 
Caso nenhuma dessas hipóteses se concretize, a sociedade deve, então, proceder à liquidação das quotas ou ações penhoradas em favor do credor do sócio. Tanto no caso de recompra de ações ou quotas quanto no caso de liquidação das mesmas, cabe à sociedade depositar em juízo o respectivo valor.
d) Penhora de empresa, de outros estabelecimentos e semoventes – art. 862:
I – Definição: Esse tipo de penhora recai sobre valores e bens que precisam de administração, quais sejam estabelecimento comercial, industrial ou agrícola, bem como em semoventes, plantações ou edifícios em construção.
II – Procedimento: Assim que houver a penhora desses bens, o juiz nomeará um depositário administrador, destituindo assim a diretoria.
Esse administrador fará um estudo e apresentará no processo esse plano de administração dentro do prazo de 10 dias.
A cada mês ou período, ele deve depositar nos autos o valor até pagar sua dívida parcialmente.
Obs. A novidade do NCPC é que até os semoventes precisam de administrador.
III – Empresas que funcionam mediante concessão – art. 863:
A penhora de empresa que funcione mediante concessão ou autorização far-se-á, conforme o valor do crédito, sobre a renda, sobre determinados bens ou sobre todo o patrimônio, e o juiz nomeará como depositário, de preferência, um de seus diretores.
IV – Navio ou aeronave – art. 864:
A penhora de navio ou de aeronave não obsta que continuem navegando ou operando até a alienação, mas o juiz, ao conceder a autorização para tanto, não permitirá que saiam do porto ou do aeroporto antes que o executado faça o seguro usual contra riscos.
e) Penhora de percentual de faturamento de empresas – art. 866:
I – Definição:
É uma penhora a ser utilizada somente em última hipótese, caso já tenham se esgotado todas as hipóteses. Residualmente, o juiz poderá ordenar esse tipo de penhora, pois é extremamente onerosa para o executado.
Se o executado não tiver outros bens penhoráveis ou se, tendo-os, esses forem de difícil alienação ou insuficientes para saldar o crédito executado, o juiz poderá ordenar a penhora de percentual de faturamentode empresa.
II – Procedimento:
O juiz fixará percentual que propicie a satisfação do crédito exequendo em tempo razoável, mas que não torne inviável o exercício da atividade empresarial.
O juiz nomeará administrador-depositário, o qual submeterá à aprovação judicial a forma de sua atuação e prestará contas mensalmente, entregando em juízo as quantias recebidas, com os respectivos balancetes mensais, a fim de serem imputadas no pagamento da dívida.
Na penhora de percentual de faturamento de empresa, observar-se-á, no que couber, o disposto quanto ao regime de penhora de frutos e rendimentos de coisa móvel e imóvel.
f) Penhora de frutos e rendimentos de coisa móvel ou imóvel – art. 867:
I – Definição:
O juiz pode ordenar a penhora de frutos e rendimentos de coisa móvel ou imóvel quando a considerar mais eficiente para o recebimento do crédito e menos gravosa ao executado.
II – Procedimento:
Ordenada a penhora de frutos e rendimentos, o juiz nomeará administrador-depositário, que será investido de todos os poderes que concernem à administração do bem e à fruição de seus frutos e utilidades, perdendo o executado o direito de gozo do bem, até que o exequente seja pago do principal, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios.
8. Avaliação – art. 870:
a) Definição: 
É última fase de instrução da execução, ou seja, encerra a fase instrutória e a partir daí, prepara para a fazer de expropriação dos bens penhorados.
A expropriação se faz pela adjudicação ou pelo leilão.
A doutrina dispões que a avaliação é a fixação do preço ou do valor do bem penhorado para fins de sua alienação.
b) Legitimidade na avaliação:
Em regra, é uma atribuição do oficial de justiça.PROVA
Mas se forem necessários conhecimentos especializados e o valor da execução o comportar, o juiz nomeará avaliador, fixando-lhe prazo não superior a 10 (dez) dias para entrega do laudo.
c) Dispensa da avaliação – art. 871:
Nem todos os bens são passíveis de avaliação, assim, não se procederá a avaliação quando:PROVA
I - uma das partes aceitar a estimativa feita pela outra;
II - se tratar de títulos ou de mercadorias que tenham cotação em bolsa, comprovada por certidão ou publicação no órgão oficial;
III - se tratar de títulos da dívida pública, de ações de sociedades e de títulos de crédito negociáveis em bolsa, cujo valor será o da cotação oficial do dia, comprovada por certidão ou publicação no órgão oficial;
IV - se tratar de veículos automotores ou de outros bens cujo preço médio de mercado possa ser conhecido por meio de pesquisas realizadas por órgãos oficiais ou de anúncios de venda divulgados em meios de comunicação, caso em que caberá a quem fizer a nomeação o encargo de comprovar a cotação de mercado.
Parágrafo único.  Ocorrendo a hipótese do inciso I deste artigo, a avaliação poderá ser realizada quando houver fundada dúvida do juiz quanto ao real valor do bem.
d) Laudo de avaliação – art. 872:
A avaliação realizada pelo oficial de justiça constará de vistoria e de laudo anexados ao auto de penhora ou, em caso de perícia realizada por avaliador, de laudo apresentado no prazo fixado pelo juiz, devendo-se, em qualquer hipótese, especificar:
I - os bens, com as suas características, e o estado em que se encontram;
II - o valor dos bens.
§1. Quando o imóvel for suscetível de cômoda divisão, a avaliação, tendo em conta o crédito reclamado, será realizada em partes, sugerindo-se, com a apresentação de memorial descritivo, contendo os possíveis desmembramentos para alienação.PROVA
Ou seja, já faz a avaliação e já traça as divisas em uma proposta de divisão do lote.
Uma parte fica com o proprietário e a outra parte vai para penhora.
§2. Realizada a avaliação e, sendo o caso, apresentada a proposta de desmembramento, as partes serão ouvidas no prazo de 5 (cinco) dias.
Obs. se o bem é indivisível cai no art. 843, se é divisível entra na regra do art. 872
e) Repetição da avaliação:
A avaliação feita não se repete, mas pode, excepcionalmente, o juiz pedir nova avaliação quando:
I - Qualquer das partes arguir, fundamentadamente, a ocorrência de erro na avaliação ou dolo do avaliador;
II - se verificar, posteriormente à avaliação, que houve majoração ou diminuição no valor do bem;PROVA
III - o juiz tiver fundada dúvida sobre o valor atribuído ao bem na primeira avaliação.
Parágrafo único.  Aplica-se o art. 480 à nova avaliação prevista no inciso III do caput deste artigo.
f) Modificação da penhora após a avaliação – art. 874:
Após a avaliação, o juiz poderá, a requerimento do interessado e ouvida a parte contrária, mandar:
I - reduzir a penhora aos bens suficientes ou transferi-la para outros, se o valor dos bens penhorados for consideravelmente superior ao crédito do exequente e dos acessórios;
II - ampliar a penhora ou transferi-la para outros bens mais valiosos, se o valor dos bens penhorados for inferior ao crédito do exequente.
Realizadas a penhora e a avaliação, o juiz dará início aos atos de expropriação do bem – art. 875.
AULA 10 – 12/11/2018
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA
1)EXPROPRIAÇÃO
É a transferência da propriedade sobre o bem penhorado, passando da propriedade do executado para a propriedade de terceiro, existindo duas formas de expropriação: a adjudicação e a alienação judicial dos bens.
a) Adjudicação
a.1) Definição é a expropriação dos bens pelo qual o exequente recebe o bem penhorado descontando do valor da dívida.
a.2) Procedimento:
1)Se a dívida for maior que o valor do bem, paga a dívida e devolve o valor restante ao executado.
2)Se menor, quita parte da dívida e prossegue no tocante ao resto do valor.
3)QUEM PODE ADJUDICAR? Podem adjudicar, além do exequente, os credores concorrentes do executado, o cônjuge/companheiro, descendentes ou ascendentes do executado (art. 876, §5º), o coproprietário dos bens, alguém que tenha direito real de habitação sobre o bem, entre outros (art. 889, incisos II a VIII).PROVA
4)O cônjuge, ascendente e descendente tem preferencia na adjudicação, sob as mesmas condições. Se não tiverem interesse, os demais habilitados concorrerão na forma de melhor preço.
b) Alienação judicial
b.1) Definição: venda do bem para o melhor comprador, que pode ser por (a) venda particular ou (b) venda em leilão judicial.
b.2) Procedimento
(a)Venda particular (art. 879, I e art. 880, §1º): utilizada quando for mais vantajosa. O juiz, mediante requerimento de qualquer das partes, decide fixando o valor da venda, o prazo e as condições mínimas. O vendedor, posteriormente, tem que prestar contas ao juiz, no prazo de 2 dias.
(b)Venda em leilão judicial: o leilão judicial se divide em duas espécies, existindo o leilão eletrônico e o leilão presencial. 
(a)Eletrônico: O eletrônico ainda precisa de regulamentação do CNJ. O juiz escolhe alguém responsável pelo leilão, posteriormente se tem um prazo para o recebimento dos lances, e depois de dada a ordem pelo juiz, o arrematante tem o prazo de 1 dia para depositar os valores.
(b)Presencial: o juiz ao designa-lo, nomeia um leiloeiro. Aqui nessa modalidade, o exequente pode indicar um leiloeiro credenciado no tribunal de sua confiança. O juiz fixará também a remuneração do leiloeiro e as datas para a venda (na primeira data pelo valor da avaliação e na segunda data por qualquer valor que não seja vil). No entanto, caso o imóvel seja de propriedade de menor, não pode ser vendido por menos que 80% do valor da avaliação. Se a venda não for realizada em nenhuma dessas datas, o juiz nomeará um administrador para o bem e somente depois de um ano da data do leilão.
O leiloeiro ficará incumbido de dar ampla publicidade do ato, devendo publicar o edital, que deve conter os requisitos do art. 886 e 889 do CPC, sob pena de nulidade.
PROVA: as pessoas do 889 devem ser intimadas com pelo menos 05 dias de antecedência.
As incumbências do leiloeiro estão consignadas no art. 884 do CPC.
Quem pode dar lance? Todas as pessoas que estiverem na livre administração de seus bens, exceto as pessoas do art. 890.
Terminando o leilão, o leiloeiro lavra um laudo assinadopor ele, pelo arrematante, pelo escrivão e depois pelo juiz, que com esta última assinatura, torna o ato irretratável. No entanto, de acordo com o art. 903, §1º, o leilão poderá ser considerado invalido, quando realizada por preço vil ou com outro vício; considerado ineficaz, se não observado o disposto no art. 804; resolvida, se não for pago o preço ou se não for prestada a caução.
IMPORTANTE!!!
O arrematante pode desistir da arrematação? Sim, nos casos do art. 903, §5º:
§ 5o O arrematante poderá desistir da arrematação, sendo-lhe imediatamente devolvido o depósito que tiver feito:
I - se provar, nos 10 (dez) dias seguintes, a existência de ônus real ou gravame não mencionado no edital;
II - se, antes de expedida a carta de arrematação ou a ordem de entrega, o executado alegar alguma das situações previstas no § 1o;
III - uma vez citado para responder a ação autônoma de que trata o § 4o deste artigo, desde que apresente a desistência no prazo de que dispõe para responder a essa ação.
2)PREÇO VIL (ART. 891)
Considera-se vil o preço inferior ao mínimo estipulado pelo juiz e constante do edital, e, não tendo sido fixado preço mínimo, considera-se vil o preço inferior a cinquenta por cento do valor da avaliação.
3)SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO
Prescrição intercorrente é a prescrição que ocorre quando o processo fica parado. O prazo dessa prescrição é o mesmo da prescrição para que se adentre com a ação.
Art. 921. Suspende-se a execução:
I - nas hipóteses dos arts. 313 e 315, no que couber;
II - no todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo os embargos à execução;
III - quando o executado não possuir bens penhoráveis;
IV - se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes e o exequente, em 15 (quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros bens penhoráveis;
V - quando concedido o parcelamento de que trata o art. 916.
§ 1o Na hipótese do inciso III, o juiz suspenderá a execução pelo prazo de 1 (um) ano, durante o qual se suspenderá a prescrição.
§ 2o Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano sem que seja localizado o executado ou que sejam encontrados bens penhoráveis, o juiz ordenará o arquivamento dos autos.
§ 3o Os autos serão desarquivados para prosseguimento da execução se a qualquer tempo forem encontrados bens penhoráveis.
§ 4o Decorrido o prazo de que trata o § 1o sem manifestação do exequente, começa a correr o prazo de prescrição intercorrente.
§ 5o O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo de 15 (quinze) dias, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição de que trata o § 4o e extinguir o processo.
Obs.: Desta forma, diferentemente do antigo código, que não previa esse procedimento de período máximo pelo qual o processo ficava suspenso, agora o processo pode fixar suspenso por quanto tempo for necessário, desde que a cada ano o exequente promova atos que impeçam a prescrição intercorrente.
4)EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO
Art. 924. Extingue-se a execução quando:
I - a petição inicial for indeferida;
II - a obrigação for satisfeita por qualquer forma;
III - o executado obtiver, por qualquer outro meio, a extinção total da dívida;
IV - o exequente renunciar ao crédito;
V - Ocorrer a prescrição intercorrente.
Art. 925. A extinção só produz efeito quando declarada por sentença, que é meramente declaratória, pois não faz coisa julgada material.
AULA 11 – 13/11/2018
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA (CONT)
1)CUMPRIMENTO DE SENTENÇA DE QUANTIA CERTA (ART. 523)
a) Definição: é o procedimento para o cumprimento de sentença de decisão que contenha condenação da parte ao pagamento de dinheiro em espécie (art. 515), com exceção da fazenda pública e da prestação alimentícia que possui procedimento próprio.
b) Intimação do executado (art. 513, §2º):
§ 2o O devedor será intimado para cumprir a sentença:
I - pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos;
II - por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria Pública ou quando não tiver procurador constituído nos autos, ressalvada a hipótese do inciso IV;
III - por meio eletrônico, quando, no caso do § 1o do art. 246, não tiver procurador constituído nos autos
IV - por edital, quando, citado na forma do art. 256, tiver sido revel na fase de conhecimento.
§ 4o Se o requerimento a que alude o § 1o for formulado após 1 (um) ano do trânsito em julgado da sentença, a intimação será feita na pessoa do devedor, por meio de carta com aviso de recebimento encaminhada ao endereço constante dos autos, observado o disposto no parágrafo único do art. 274 e no § 3o deste artigo (se o exequente deixar de executar a sentença no prazo de um ano, a intimação recairá sobre o devedor e não sobre o seu advogado).PROVA
c)Requerimento ou petição inicial: será requerimento quando for continuação do processo de conhecimento. Petição inicial quando advir de uma sentença condenatória que não for do juízo cível ou não advir de uma decisão do Poder Judiciário.
Devem ser observados os requisitos do art. 524 do CPC.
d)Procedimento:
Se a petição inicial estiver correta, o juiz intimará o executado para que, em 15 dias, pague ou deposite o valor. Caso este não o faça, incidirá sobre a montante multa de 10% e honorários advocatícios de 10%. Se for depositado, só ficará sujeito ao pagamento das custas.
A jurisprudência entende que se o executado nomear bens idôneos para o pagamento da dívida, também não incide a multa nem os honorários.PROVA
Após o término do prazo de pagamento de 15 dias, o executado terá mais 15 dias para defender-se (embargar), independentemente de nova intimação – art. 525, “caput”.
Se o executado depositar antes do fim dos 15 dias, ele renuncia o restante do prazo e começará a contar o prazo para impugnação.
e) Impugnação (art. 525, §1º) – defesa no cumprimento de sentença (judicial):
	§ 1o Na impugnação, o executado poderá alegar:
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia;
II - ilegitimidade de parte (ativa ou passiva);
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
IV - penhora incorreta ou avaliação errônea;
V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença.
1)Apresentada a impugnação no prazo de 15 dias, será processada nos mesmos autos principais. O juiz dará vista ao exequente para que ele replique, no prazo de 05 dias, caso o juiz não fixe prazo maior para tanto.
2)Se o executado alegar, na impugnação, excesso de execução, deverá demonstrar o calculo correto da quantia que julgar devida (art. 525, §4º).
3)Se o juiz precisar instruir, mandará faze-lo, quando depois julgará a impugnação (decisão interlocutória), passível de agravo de instrumento.
Pode ser atribuído efeito suspensivo à impugnação? Sim, e são os requisitos do art. 525, §6º - Ope Judice:PROVA
a) Deve haver requerimento do executado
b) Deve haver penhora ou deposito garantindo a execução
c)Fundamentos da execução são relevantes
d)Há periculum in mora em relação ao executado
	TERMO EM LATIM
	Ope Legis – quando a lei confere o efeito suspensivo
Ope Judice – quando o juiz confere o efeito suspensivo
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA (CONT)
2)DEFESAS DO EXECUTADO
a) EMBARGOS À EXECUÇÃO (ART. 914 DO CPC)
a.1) Definição:
É a ação autônoma e conexa à execução, por meio da qual, o executado poderá defender-se do processo de execução e/ou do título executivo extrajudicial.
Tem natureza de ação de conhecimento desconstitutiva do título executivo ou da execução.
a.2) Prazo
Serão propostos no prazo de 15 dias contados da citação do executado (art. 915).
Esse prazo não se aplica à fazenda pública (30 dias) e na execução de alimentos (03 dias).
No caso de vários réus, o prazo conta-se individualmente. No caso de cônjuges, conta-se da citação do último.
Se o processo for físico e os advogados dos réus forem de escritórios diferentes,não terão eles prazo em dobro.
a.3) Procedimento
Aqui nessa espécie de defesa, pode-se alegar qualquer matéria de defesa, porquanto se trata de defesa de título extrajudicial, sem crivo do processo de conhecimento.
As matérias de defesa estão previstas no art. 917 do CPC:
	Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar:
I - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
II - penhora incorreta ou avaliação errônea;
III - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
IV - retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de execução para entrega de coisa certa;
V - Incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução – feita em preliminar (também pode ser alegada em preliminar a suspeição do juiz);
VI - Qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento.
§ 1o A incorreção da penhora ou da avaliação poderá ser impugnada por simples petição, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da ciência do ato.
§ 2o Há excesso de execução (o exequente está cobrando mais do que o devido – demonstrar com calculo atualizado o que julga correto, sob pena de não conhecimento) quando:
I - o exequente pleiteia quantia superior à do título;
II - ela recai sobre coisa diversa daquela declarada no título;
III - ela se processa de modo diferente do que foi determinado no título;
IV - o exequente, sem cumprir a prestação que lhe corresponde, exige o adimplemento da prestação do executado;
V - o exequente não prova que a condição se realizou.
ATENÇÃO!! Quais são os requisitos para cumular a execução?
a) Mesmo credor para todos os títulos.
b) Mesmo devedor.
c)E o juiz seja competente para todos.
Se não preenchidos os requisitos, o executado pode alegar isso em sua matéria de defesa.
Em regra, a execução não tem efeito suspensivo da execução. Todavia, excepcionalmente, poderá ocorrer, desde que o executado o requeira, preenchidos os requisitos da tutela provisória (art. 919, §1º), e desde que prestado caução ou penhora – ope legis.
Se na impugnação aos embargos, feita pelo exequente, ele prestar caução garantindo eventuais perdas ou danos do executado, o juiz poderá retirar os efeitos suspensivos.
Ao chegar ao juiz aos embargos, pode ele mandar receber, indeferir por falta de requisitos, emendar, ou rejeita-los liminarmente.
ATENÇÃO!!Quando o juiz pode rejeitar liminarmente os embargos?	
Art. 918. O juiz rejeitará liminarmente os embargos:
I - quando intempestivos;PROVA
II - nos casos de indeferimento da petição inicial e de improcedência liminar do pedido;
III - manifestamente protelatórios.
Parágrafo único. Considera-se conduta atentatória à dignidade da justiça o oferecimento de embargos manifestamente protelatórios (nesse caso o juiz pode aplicar multa de até 20%).
O exequente será intimado na pessoa de seu advogado, para apresentação de impugnação aos embargos, no prazo de 15 dias. Se não apresentar, não será revel. Apresentada ou não a impugnação, o juiz poderá marcar audiência de instrução e julgamento, ou julgar o processo.
Se o exequente juntar documento e o embargante negar a autenticidade, caberá ao exequente a prova da autenticidade.
AULA 12 – 19/11/2018
b) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
1)Definição
É uma criação doutrinária e jurisprudencial, não está previsto na lei.
É uma petição simples, apresentada nos autos de execução, cabível quando a matéria a ser alegada for de ordem pública ou demonstrada exclusivamente/cabalmente por prova documental.
A matéria de ordem pública é aquela que o juiz pode reconhecer de ofício (nulidade, suspeição, incompetência).
Prova cabal por documento é aquela que só pelo documento já se prova. Exemplo: recibo de quitação da dívida.
Pode ser alegada em qualquer tempo, até a assinatura do auto de arrematação pelo juiz.
2)Requisitos
- Matéria de ordem pública.
- Ou prova cabal por documento.
EXECUÇÃO FISCAL
1)Definição
É uma execução especial, que não está prevista no CPC. Está prevista na Lei nº 6830/80.
É uma execução própria para a cobrança de créditos tributários ou não tributários da fazenda pública (federal, estadual ou municipal).
Para que o fisco cobre o credito tributário ou não, ele deve inscrever (lançar) o titulo em divida ativa. O fisco então extrai uma certidão de dívida ativa e é título executivo extrajudicial.
Os requisitos do termo de inscrição de divida ativa e o seu termo devem conter (art. 2º, §5º), sob pena de nulidade:
	§ 5º - O Termo de Inscrição de Dívida Ativa deverá conter:
I - O nome do devedor, dos co-responsáveis e, sempre que conhecido, o domicílio ou residência de um e de outros;
II - o valor originário da dívida, bem como o termo inicial e a forma de calcular os juros de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato;
III - a origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual da dívida;
IV - A indicação, se for o caso, de estar a dívida sujeita à atualização monetária, bem como o respectivo fundamento legal e o termo inicial para o cálculo;
V - a data e o número da inscrição, no Registro de Dívida Ativa; e
VI - o número do processo administrativo ou do auto de infração, se neles estiver apurado o valor da dívida.
§ 6º - A Certidão de Dívida Ativa conterá os mesmos elementos do Termo de Inscrição e será autenticada pela autoridade competente.
	Art. 6º - A petição inicial indicará apenas:
I - o Juiz a quem é dirigida;
II - O pedido; e
III - o requerimento para a citação.
2)Competência
A execução fiscal sempre será no juízo fiscal, não muda a competência em razão de processos de falência, etc.
3)Legitimidade passiva
	Art. 4º - A execução fiscal poderá ser promovida contra:
I - o devedor;
II - o fiador;
III - o espólio;
IV - a massa;
V - o responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado; e
VI - os sucessores a qualquer título.
4)Título executivo
5)Procedimento
O juiz intimará o executado para que, em 05 dias, efetue o pagamento, nomeie bens para penhora, etc.
A ordem de penhora, na execução fiscal, não será a mesma do CPC, seguirá a ordem do art. 11:
Art. 11 - A penhora ou arresto de bens obedecerá à seguinte ordem:
I - dinheiro;
II - título da dívida pública, bem como título de crédito, que tenham cotação em bolsa;
III - pedras e metais preciosos;
IV - imóveis;
V - navios e aeronaves;
VI - veículos;
VII - móveis ou semoventes; e
VIII - direitos e ações.
A citação na execução fiscal será feita através dos CORREIOS, por meio de AR. Chegando ao endereço do executado, não importa se foi ele ou não, considera-se como citado. 
Os embargos da execução fiscal começam não da citação, mas sim da penhora ou do deposito do dinheiro, no prazo de 30 dias da data da intimação da penhora/do depósito, diferentemente do que ocorre na execução extrajudicial, que o prazo para embargos começa junto com a citação, no prazo de 15 dias.PROVA
Na execução fiscal, os embargos têm efeitos suspensivos, porque já está garantida a execução. Posteriormente, a fazenda pública terá 30 dias para impugnar os embargos. Depois o juiz julgará ou mandará instruir.
Julgado os embargos, poderá ser interposto recurso de apelação.
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