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Exame Físico Respiratório

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Aluno: Davi de Aguiar Portela (0001418) 
Medicina – 1º Período HAM IV Adulto – Semiologia 
 
Exame Físico do Sistema Respiratório 
 
Inspeção 
Posição do paciente: solicitar que o paciente se 
sente e que retire sua camiseta, camisa ou 
qualquer tipo de tecido que dificulte o pleno 
acesso do examinador ao tórax. 
 
INSPEÇÃO ESTÁTICA 
Inicie pela avaliação estática, observando a 
expressão facial da pessoa, identificando sinais de 
sofrimento e angústia; cianose nasal; dilatação de 
aletas; retrações na região furcular, e a postura 
adotada. 
 
Forma e volume do tórax 
Observe a forma da caixa torácica, verificando 
desvios em seu alinhamento e se os diâmetros 
ântero-posterior e laterolateral são semelhantes 
Observar se o tórax é atípico ou não, podendo 
ser também: 
o Enfisematoso/ Em tonel; 
o Infundibuliforme (pectus excavatum); 
o Cariforme (pectus carinatum); 
o Cefálico; 
o Escoliático; 
 
Figura 1- Os tipos de tórax podem interferir na respiração do 
indivíduo. 
 
Ângulo de Charpy 
Junção dos rebordos costais com o apêndice 
xifóide: 
 
Figura 2- O ângulo de Charpy classifica o biotipo de tórax do 
indivíduo. 
 
 
 
ISNPEÇÃO DINÂMICA 
Na inspeção dinâmica, deve-se atentar para 
 Frequência respiratória; 
 Sincronismo; 
 Alterações do ritmo; 
 Expansibilidade pulmonar; 
 Retrações inspiratórias; 
 Cornagem. 
 
Frequência respiratória 
A frequência respiratória (FR) é obtida contando-
se os ciclos das incursões torácicas, compostas 
pela inspiração e expiração em 1 minuto. 
De acordo com o esforço para ventilar os 
pulmões e a sua frequência, a respiração pode 
se apresentar como: 
o Eupneia: respiração sem esforço, com FR 
dentro dos parâmetros normais para 
aidade; 
o Apneia: pausa respiratória com mais de10 
segundos de duração, em média; 
o Taquipneia: aumento da FR, que pode ser 
fisiológica, como no exercício físico, ou 
não; 
o Bradipneia: diminuição da FR, que 
também pode ser fisiológica, como 
durante o sono; 
o Ortopneia: dispneia de decúbito, que 
melhora na posição ortostática; 
o Tropopneia: dispneia relacionada com o 
decúbito lateral; 
o Dispneia suspirosa: presença de suspiros 
seguidos, entre respirações normais. 
Evidencia estados de ansiedade. 
 
Sincronismo 
O sincronismo pode ser observado quando o 
tórax e o abdome se elevam, na inspiração, e 
retraem-se, na expiração. 
o Assincronismo respiratório: ocorre a 
retração abdominal durante a inspiração 
– sinal de Hoover, o que evidencia a 
fadigados músculos acessórios da 
respiração e, sobretudo, do diafragma. 
Ocorre na insuficiência respiratória e na DPOC 
descompensada, muitas vezes associada à 
contração dos lábios (pursued lips). 
 
Ritmo respiratório 
As alterações dos ritmos respiratórios podem ser 
descritas como: 
o Ritmo de Cantani: caracterizado por 
respiração rápida com aumento da 
frequência e amplitude. Esse ritmo é 
associado aos estados de acidose 
metabólica; 
 
o Ritmo de Kussmaul: aumento da 
amplitude inspiratória com uma pausa da 
respiração após uma inspiração profunda 
e, sequencialmente, expiração; também 
encontrado na acidose metabólica; 
 
o Ritmo de Cheyne Stockes: alternância 
entre períodos de hiperventilação e 
hipoventilação, e apneia, repetindo essa 
sequência várias vezes. Sinal encontrado 
em pacientes com insuficiência ventricular 
esquerda; 
 
o Ritmo de Biot/ atáxico: caracteriza-se pela 
total ausência de ritmo, alternando 
amplitudes altas e baixas, com períodos 
de apneia. Encontrado em lesões 
cerebrais graves. 
 
 
Sinais de esforço e utilização de musculatura 
acessória 
- Batimento de aletas nasais; 
- Musculatura cervical; 
- Tiragem intercostal; 
- Musculatura abdominal; 
 
Palpação 
Higienizar as mãos e palpar o tórax do paciente, 
avaliar: 
o Temperatura; 
o Partes dolorosas; 
o Presença de linfonodomegalias nos 
gânglios supraclaviculares e 
infraclaviculares; 
 
 
AVALIAÇÃO DA EXPANSIBILIDADE 
É realizada com manobras semiológicas 
específicas para a região dos ápices e para as 
bases pulmonares: 
 
Técnica 
Posicione-se atrás do paciente, pousando suas 
mãos sobre as regiões que correspondem aos 
ápices pulmonares, de tal modo que os 
polegares se toquem, quase em ângulo reto, 
na vértebra cervical proeminente; 
Solicite que o paciente respire profundamente; 
Observe a movimentação de suas mãos, 
comparando a simetria dos hemitórax: 
o Registre se a expansão dos ápices é 
simétrica ou assimétrica; 
Permaneça atrás do paciente, em pé ou 
sentado, de preferência. Aproxime seus 
polegares à altura das apófises espinhosas, 
paralelos à 9.ª ou 10.ª vértebra torácica, 
envolvendo a base da caixa torácica com as 
mãos; 
Deslize os polegares um pouco para dentro, 
formando uma prega cutânea frouxa de cada 
lado, e peça para a pessoa inspirar; 
Observe se a movimentação das mãos 
acompanha as incursões respiratórias, com a 
mesma amplitude e nas duas direções, e se os 
polegares se afastam, simetricamente, 
desfazendo as pregas cutâneas. 
Registre se a expansibilidade pulmonar é 
normal (profunda) ou diminuída, e se é 
simétrica ou assimétrica. 
A diminuição da expansibilidade pode indicar 
pneumonia, pneumotórax ou derrame pleural. 
 
AVALIAÇÃO DO FRÊMITO TORACOVOCAL 
(FTV) 
O frêmito toracovocal é percebido na parede 
torácica, pela mão do examinador, como 
vibrações que se originam nas cordas vocais 
quando o paciente emite sons ou palavras com 
consoantes, e se disseminam pela caixa óssea. 
Essas trepidações são amortecidas pela textura 
dos alvéolos. 
 
Técnica 
Coloque o lado ulnar da mão direita, ou os 
dedos, sobre uma região superior do tórax 
anterior, ao mesmo tempo que o paciente 
pronuncia “33”, “triimm”; 
 
Perceba a vibração e compare-a com a região 
contralateral; 
Desloque a mão sobre as demais regiões do 
tórax anterior, lateral e posterior 
 
Percussão 
A percussão é digito-digital e é realizada com o 
paciente sentado e deitado, sempre que possível, 
em todas as regiões torácicas. 
Percurta a região anterior, seguindo a linha 
hemiclavicular, de cima para baixo. Para percutir 
as regiões laterais, solicite para que o paciente 
coloque as mãos na cabeça, e siga a linha axilar 
média. 
 
A percussão da região posterior do tórax é 
realizada na linha paravertebral. Compare cada 
região com a diametralmente oposta, alternando 
a percussão entre os lados esquerdo e direito. 
o Som claro pulmonar: som normal, entre 
o 1º ao 5º espaço intercostal direito e até 
o 3º espaço intercostal esquerdo. 
o Macicez pétrea: intensidade suave; tom 
agudo; curta duração. Exemplo: derrame 
pleural extenso; 
o Macicez e submacicez: intensidade 
média; tom médio; média duração. 
Caracterizadas por um abafamento ou 
diminuição do som, indicam a inexistência 
ou a redução de ar nos alvéolos 
pulmonares. Exemplos: hemotórax, 
empiema, neoplasia, tuberculose; 
o Hipersonoridade ou hiper-ressonância: 
indica aumento do ar nos alvéolos 
pulmonares. Ao proceder a percussão 
ouve-se uma nota de intensidade muito 
alta; tom mais alto; longa duração. 
Exemplos: DPOC; asma; 
o Timpanismo: intensidade alta; tom agudo; 
longa duração. Indica aprisionamento de ar 
no espaço pleural ou em uma grande 
cavidade intrapulmonar. Exemplos: 
pneumotórax extenso e caverna 
tuberculosa, respetivamente. 
 
Ausculta 
Antes de fazer a ausculta bronco-pulmonar, se 
lembrar de higienizar o estetoscópio com um 
algodão com álcool em gel: 
 
Técnica 
Posicione a pessoa em decúbito elevado, ou 
sentado, em um ambiente silencioso; 
Aplique o estetoscópio sobre o tórax despido; 
Oriente o paciente a respirar pela boca, 
sempre na mesma intensidade e do mesmo 
modo, sem alterar a frequência ou a 
profundidade ou fazer ruídos com a garganta 
A ausculta deve ser comparativa nos dois 
hemitórax, nas regiões: 
o Anterior; 
o Posterior; 
o Axilar/ Laterais. 
 
Inicie a auscultade cima para baixo, seguindo 
as linhas hemiclaviculares anteriormente, linhas 
axilares na lateral do tórax, e interescapulo-
vertebral na face posterior. 
 
SONS NORMAIS 
o Som bronquial: de caráter tubular, 
auscultado nas duas fases do ciclo 
respiratório, à altura da traqueia; mais 
intenso na expiração; 
o Som bronquivesicular: variante do som 
traqueal, ouvido sobre as zonas de 
projeção dos brônquios maiores, nas duas 
fases do ciclo respiratório. Sons 
brônquicos são normalmente audíveis 
sobre a região interescapulo-vertebral 
direita, pois a traqueia é contígua ao 
brônquio principal direito, e isso não 
ocorre nesta região à esquerda. Sua 
detecção em zonas pulmonares 
periféricas é anormal, sendo frequente 
em consolidações do parênquima 
pulmonar 
o Som vesicular/ Murmúrios vesiculares: é 
o som ouvido na periferia pulmonar 
durante a respiração não forçada. Ao 
contrário dos anteriores, ele é ouvido 
apenas durante a inspiração e no início da 
expiração. O componente inspiratório 
provém dos sons gerados por um fluxo 
turbulento, dentro dos brônquios lobares 
e segmentares, enquanto o componente 
expiratório, mais fraco, provém de vias 
aéreas centrais maiores 
 
SONS ADVENTÍCIOS CONTÍNUOS 
São sons de caráter musical, sobrepõem-se ao 
som vesicular, podendo ser audíveis em qualquer 
fase da respiração. 
São ruídos que ocorrem quanto existe um ponto 
de obstrução na via aérea, como secreções, 
espasmos ou corpo estranho. 
o Ronco: audíveis em indivíduos com 
excesso de secreções em vias aéreas 
inferiores e originam-se nas vibrações das 
paredes brônquicas e do conteúdo 
gasoso, quando há estreitamento desses 
ductos, seja por espasmo ou edema da 
parede ou, principalmente, por secreções 
a ela aderidas. Ocorrem mais na 
expiração. São fugazes e mutáveis, 
surgindo e desaparecendo em curto 
período de tempo; 
o Sibilos: originam-se na obstrução de vias 
aéreas inferiores, de vibrações das 
paredes bronquiolares e de seu conteúdo 
gasoso, e ocorrem tanto na inspiração, 
quanto na expiração. São múltiplos e 
disseminados, quando observados em 
doenças que acometem toda a árvore 
brônquica; 
 Roncos Sibilos 
Frequência < 200 Hz > 400 Hz 
Característica
s 
Som 
mais 
grave e 
rude 
Som mais agudo e 
musical 
Fase da 
respiração 
Ocorre 
mais na 
expiraçã
o 
Inspiração e/ou 
expiração 
Causas Pólipos 
nasais; 
 
o Asma; 
o Bronquite; 
o Neoplasias 
endobrônquica
s; 
o Corpo estranho 
nas vias 
aéreas, 
ocluindo a luz 
do brônquio 
 
o Estridor: é um som musical de alta 
frequência (agudo) e intenso que aparece 
em qualquer fase da respiração, sendo 
mais comum na inspiração e ocorrendo 
pela a obstrução das vias aéreas 
superiores (edema de glote ou laringite); 
o Grasnidos: semelhante ao som produzido 
por gansos, ocorre pela abertura súbita 
das vias aéreas de menor calibre, 
localizado nas regiões periféricas 
pulmonares (doenças intersticiais 
pulmonares e bronquiolites). 
 
SONS ADVENTÍCIOS DESCONTÍNUOS 
São sons explosivos, intermitentes e de curta 
duração (abaixo de 20ms). São representados 
pelas crepitações ou estertores finos ou grossos. 
o Estertores finos: ocorrem no meio ou 
final da inspiração, têm frequência alta 
(agudos) e de curta duração. Ocorre por 
causa da abertura súbita de vias aéreas 
de menor calibre (nas bases e periferias 
pulmonares) por causa da pressão de 
líquido ou por alteração do tecido de 
suporte dessas vias. Semelhante ao ruído 
produzido pelo atrito de um punhado de 
cabelos junto ao ouvido; 
o Estertores grossos: têm frequência 
menor e duração maior que os finos. 
Ocorrem por causa da abertura súbita de 
vias aéreas de maior calibre (vias aéreas 
centrais) contendo secreções viscosas. 
Semelhante ao barulho de um líquido 
borbulhando; 
 
 Estertores 
finos 
Estertores 
grossos 
Relação 
com a 
tosse 
Não 
desaparecem 
Desaparecem 
Relação 
com 
mudança 
de 
posição 
Podem 
desaparecer 
Não 
desaparecem 
Irradiação Não irradiam 
para as vias 
aéreas 
centrais 
Podem irradiar 
para as vias 
aéreas centrais 
Fases da 
Respiraçã
o 
Aparecem do 
meio para o 
final da 
inspiração 
Inspiração e/ou 
expiração 
Causas o Pneumonia
; 
o Edema 
pulmonar 
o Bronquiectasias
; 
o Bronquite 
cronica; 
na ICC 
esquerda; 
o Fibrose 
pulmonar. 
o Edema 
pulmonar 
avançado 
 
o Atrito pleural: som de duração maior e 
frequência baixa, de tom grave, o que 
torna fácil, portanto, distingui-lo dos 
estertores. Audível no final da inspiração 
e no início da expiração, é comparado ao 
ranger de couro novo (pleurite seca, 
derrame pleural, neoplasias periféricas). 
 
RESSONÂNCIA VOCAL 
Para completar o exame físico dos pulmões, 
ausculta-se a voz falada e a voz cochichada. 
 
Técnica 
Com o paciente sentado, coloca-se o 
estetoscópio nas linhas hemiclaviculares, 
axilares médias e regiões interescapulo-
vertebrais e solicita-se que o paciente fale “33”. 
 
Compara-se o som obtido nos dois hemitórax. 
O som obtido denomina-se ressonância vocal 
 
A ressonância vocal é mais intensa no ápice do 
pulmão direito, nas regiões interescapulo-
vertebrais e esternal superior, ou seja, nas 
mesmas áreas em que se ausculta respiração 
broncovesicular. 
o Aumento da ressonância vocal 
(broncofonia): ocorre condensação 
pulmonar, na inflamação de origem 
infecciosa(pneumonia), neoplásica ou em 
estruturas pericavitárias. 
o Diminuição da ressonância vocal: ocorre 
no espessamento pleural, no derrame 
pleural e na atelectasia. 
 
Exame Físico Respiratório Normal 
Inspeção: tórax atípico, simétrico, sem 
abaulamento ou retrações, com frequência 
respiratória eupneica, rítmica e sincrônica. 
Palpação: ausência de linfonodomegalias, 
temperatura simétrica preservada, sem 
alterações na expansibilidade torácica e frêmito 
toracovocal preservado simetricamente. 
Percussão: presença de som claro pulmonar. 
Ausculta: murmúrios vesiculares, com ausência 
de sons adventícios e ressonância vocal 
preservada. 
 
Referências 
1. Porto, Celmo Celeno. Semiologia médica. 
7ª edição. Editora Guanabara Koogan. Rio 
de Janeiro, 2014. 
2. VEIGA, Fernando; SOUZA, Aspasia Basile. 
Manual de Exame Físico. Elsevier Brasil, 
2019.

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