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História da educação Aluna: Larissa dos Santos Freire Professora: Tatiane Gama Obra: História da Educação Autora: Maristela Carneiro Resumo do tópico 1 (Págs 10-13) 1.1 Primórdios da educação formal Neste tópico observamos que, desde a pré - história, o homem já tinha uma noção primordial de educação. Não sabemos detalhes de como esse processo se estabeleceu, mas de alguma forma o homem sistematizou e passou adiante seus conhecimentos. Esse período, compreendido entre o surgimento do homo até a descoberta dos metais, envolve um período longo e evolutivo que se desdobra em eras (Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais), que culmina com o desenvolvimento da escrita. Falamos de sociedades que tem uma economia baseada nas atividades de subsistência e uma organização social relativamente simples, centradas na identidade étnica e local - as sociedades tribais, que existem até os dias de hoje. Nas sociedades tribais, a educação visa contribuir com a formação integral do indivíduo, definindo assim o conceito de educação difusa, que não está ligada a uma instituição ou autoridade específica. Nela todos os adultos da comunidade participam da educação da criança e contribuem para sua formação integral. E assim o fazem por meio das narrativas míticas que buscam explicar os fatos do presente. Os mitos dão sentido à vida do grupo e legitimam os comportamentos dentro da sociedade. Suponhamos que, as culturas pré-históricas educassem seus membros de forma semelhante, pois buscavam perpetuar sua cultura e preparavam os jovens para a sobrevivência. A educação difusa é integral, ou seja, todos precisavam ter conhecimento e proficiência nas atividades como a caça, coleta e manutenção de armamentos. Porém, à medida que as sociedades se tornavam mais complexas, a educação se tornava mais formal. Com o desenvolvimento da agricultura, do comércio e das trocas culturais cada vez mais intensas entre a Europa, a Ásia e a África surgiu a escrita - uma grande revolução, uma ferramenta capaz de sistematizar e abrigar o conhecimento de uma sociedade, para além da memória de seus indivíduos. As primeiras grandes civilizações surgiram num cenário propício ao desenvolvimento, em torno de rios que possibilitavam a exploração agrária e o acúmulo de riquezas. Além disso, os rios permitiam a comunicação náutica que serviam de base para o comércio e trocas culturais entre comunidades. Dentre elas podemos citar a civilização egípcia que manteve e preservou muitos de seus costumes até a ascensão do Cristianismo. A educação institucionalizada pode ter desempenhado um papel importante nessa trajetória civilizacional. A educação inicial era uma obrigação familiar, cabia aos mais velhos repassar os valores, tradições, respeito à hierarquia, bem como o trabalho realizado pela família. De modo geral, a classe social influenciava diretamente no tipo de educação a ser recebida Os menos favorecidos recebiam uma educação mais especializada, técnica, relacionada ao ofício familiar. Os mais abastados, tinham acesso a formação mais erudita. O desenvolvimento da escrita elevou a educação ao patamar de educação formal, no qual apenas um grupo seleto de indivíduos teria acesso. O regime educacional dos egípcios era claramente mais formal e complexo do que os das sociedades pré-históricas, eles atendiam a um público limitado e eram conservadores pois tinham o objetivo de garantir a conservação e a perpetuação de valores e conhecimento. Conclusão Este tópico foi importante para entendermos que a educação tem relação com os processos de sociabilização. Desde os primórdios, na pré- história, o homem buscou formas de sistematizar e perpetuar seus conhecimentos. Observamos que as sociedades tribais, assim como os primeiros grupos humanos, apesar de distintas em complexidade e cultura, têm em comum a organização social relativamente simples e suas atividades de subsistência. Nesse tipo de regime, encontramos a educação difusa, que não está atribuída a uma instituição ou autoridade específica mas na formação integral do indivíduo por meio da oralidade, da perpetuação de valores e tradições. Todos os adultos da comunidade participam da educação da criança. Eles preparam o jovem para a sobrevivência. A educação difusa é integral de forma a abranger todos os conhecimentos relativos à caça, coleta e manutenção de armamentos. Ela utiliza a ferramenta do mito, ou seja, narrativas fantásticas/ mágicas para explicar questionamentos do presente. Os mitos são diretamente influenciadores do comportamento do indivíduo dentro da sociedade a qual pertence. Observamos também que, à medida que as sociedades se desenvolvem, a educação se torna mais formal. Com o avanço da exploração agrária, e das trocas comerciais e culturais entre as sociedades surge o desenvolvimento da escrita, uma ferramenta capaz de sistematizar o conhecimento humano, onde a condição financeira do indivíduo regrava que tipo de educação receberia, se mais especializada, relacionada ao ofício familiar ou mais formal. Esses regimes educacionais dos povos da Antiguidade, nos mostram que, claramente, a educação era mais formal que os das sociedades pré-históricas. Porém, diferente das sociedades tribais, a educação formal atendia apenas a um público específico e era bastante conservadora e mais erudita com conhecimentos baseados na escrita, na matemática, astrologia e medicina. Bem diferente da educação difusa, que era mais simples, visava a formação integral do indivíduo independente de classes sociais e a perpetuação dos valores e tradições de forma oral e não era atribuída a uma instituição ou autoridade específica. Resumo do tópico 2 (Págs 26-29) 2.1 Pedagogia renascentista O movimento renascentista marca o início da Idade Moderna. O Renascimento começou na Itália, no século XIV e se difundiu por toda Europa, durante os séculos XV e XVI. Foi um período onde se viu florescer o gosto pelas artes, a cultura, a literatura e o urbano. O movimento elegia a razão como sendo a principal forma pelo qual o conhecimento poderia ser alcançado. O renascimento parte do interesse renovado pelas questões greco-romanas clássicas, especialmente sua arte, mas não se limitava apenas a isso. O renascimento foi mais que um florescimento cultural artístico, mas por outro lado não questionava por completo todos os conhecimentos medievais que ainda o influenciavam. A cultura do conhecimento estava restrita às classes altas do período. Desse modo, entendemos que a ruptura renascentista não diz respeito ao abandono de uma visão de mundo fundamentalmente cristã ou a negação de uma autoridade vigente. A grande transição foi de ordem cultural e o processo educacional foi considerado fundamental para tal. Por intermédio da educação é que pode ser questionada a estrutura de pensamento vigente naquele contexto. A revolução comercial que se instaurou neste cenário foi resultado da aliança entre estados monárquicos centralizadores. Esses estados tinham o controle sobre o comércio e as elites que estavam despontando em detrimento das aristocracias feudais cujo poder estava cada vez menor. Surgia a burguesia, graças a abertura de novos mercados, eles buscavam agora novas formas para se educar e educar seus filhos. O acesso à educação formal continuava limitado mas passava por um constante crescimento, ainda leais às tradições medievais de ensino. Dioceses locais disponibilizavam professores para educar jovens que não tinham condições de pagar por sua própria instrução. Observamos que as escolas, mesmo independentes, eram dirigidas por ordens religiosas. Apesar de ainda limitadas pelas bases do conhecimento que ainda incorporavam tradições medievais, a educação não era mais restrita aos ricos. Outros indivíduos também podiam participar dessa estrutura organizacional. Uma das associações religiosas mais importantes desse período são os jesuítas. Eles eram dotados de uma coletânea de saberes sistematizados que consistiaem diretrizes rígidas. Aliaram preceitos medievais aos conhecimentos liberais. A educação promovida pelos colégios jesuítas se espalhou, eles se tornaram famosos mundo afora. Percebemos até aqui muitas influências do período medieval. Era possível observar ainda o surgimento de academias inspiradas na Antiguidade Clássica como Academia e o Liceu, que se tornaram espaços dedicados ao estudo do pensamento greco-romano. Com as eventuais reformas, os modelos tradicionais foram sendo questionados, com isso foi possível observar o início de uma divisão mais clara entre ensino secundário e superior, além da admissão de novos professores e valores. Ainda por meio das eventuais reformas, as práticas de experimentação tornaram-se tão importantes quantos as teorias estudadas nos escritos e a imersão de homens letrados profissionais nas tradicionais instituições de ensino abriram espaço para o humanismo, que figurava o início de uma grande reformulação nos sistemas tradicionais de ensino. Conclusão Este tópico nos mostrou a importância do movimento renascentista para a evolução do processo educacional. Neste período vimos crescer a cultura letrada, atingindo um grau de sistematização. O renascimento foi um movimento que surgiu na Itália e se expandiu pela Europa e marcou o início da modernidade. Nele podemos observar o interesse renovado pelas artes e literatura clássicas. Sua grande transição foi de ordem cultural e foi por meio da educação que se deu essa transformação. Com o enfraquecimento da aristocracia feudal e a ascendência da burguesia, graças à revolução comercial e a abertura de novos mercados, o acesso à instrução formal ganhou um novo panorama. A estrutura social começava a ser diferenciada em relação ao período medieval. A educação não estava mais restrita aos ricos, outros indivíduos, incluindo aqueles que não tinham condições de arcar com seus estudos, tinham agora como adquirir conhecimento letrado. Mesmo ainda sendo bastante influenciada pelas tradições medievais, as escolas - dioceses locais que disponibilizavam professores, aliavam preceitos medievais aos conhecimentos liberais. Os jesuítas, em especial, foram uma das associações mais importantes para este período. Eles combinavam os princípios religiosos a uma disciplina rígida, seguindo o método escolástico. Este modelo se espalhou rapidamente mundo afora, os colégios jesuíticos ficaram famosos e preservavam uma posição imponente em regiões de religião católica até o fim da Idade Moderna. Com as reformas que eventualmente ocorreram com o passar dos anos, o modelo de educação formal tradicional começou a ser questionado. Novos professores, homens letrados profissionais e novos valores foram sendo inseridos flexibilizando a estrutura da educação tradicional e abrindo espaço para outras formas de pensar no campo educacional - o humanismo, que figurava o início de uma série de transformações nos sistemas de ensino. Resumo do tópico 3 (Págs 42-45) 3.1 A institucionalização da educação Observamos que as bases da educação formal foram lançadas pelo medievo e também pelo renascimento, iluminismo e humanismo. Em conjunto esses movimentos trouxeram as bases para a consolidação da educação formal que seria possível a partir dos séculos XIX e XX, quando juntamente com a formação dos Estados Nacionais outras tecnologias tornaram possíveis a expansão dos sistemas educacionais. Os séculos XIX e XX constituíram uma era de expansão de fronteiras marcada também por intensos conflitos. Trata-se de um período de intensa experimentação científica que verá o conhecimento tornar-se progressivamente mais acessível a grupos para os quais antes eram vetados ou dificultados por questões financeiras ou amarras sociais. O desejo de construir nações fortes, economicamente desenvolvidas e modernas movia essa conjuntura. Por isso as questões de trabalho são tão relevantes nesse contexto. Porque a educação é vista como instrumento de agregação. Alguns fatores de transformação são importantes para esse processo: ● cientificismo; ● busca pela formação de identidades nacionais; ● advento das ciências sociais; ● consolidação do modelo pedagógico dominante Esse conjunto levam à institucionalização da educação. As escolas buscam reproduzir a organização dos demais espaços sociais. A escola remete a ideia de disciplina reproduzida por grupos de educandos que em outros espaços continuam obedientes às ordens do Estado. O Estado cada vez mais busca se responsabilizar pela função educacional da sociedade. Inicialmente a educação era responsabilidade das autoridades eclesiásticas e aos poucos foi sendo uma atribuição estatal. À medida que o estado toma as rédeas do processo educacional faz com que a escola seja vista como instrumento de reprodução da organização social, especialmente junto aos trabalhadores. Louis - Michel le Peletier tenta criar um sistema de ensino universal para a França Revolucionária almejando a formação de crianças de todas as classes sociais. Entretanto, a Revolução Industrial leva ao surgimento de uma nova classe social, o proletariado, que tem acesso limitado ao ensino dada as condições de trabalho do modelo capitalista. A revolução industrial colocou a educação a serviço do trabalho e mesmo as classes menos abastadas, os membros provenientes das classes trabalhadoras tinham na educação um processo disciplinador, pautado para mantê-los trabalhadores. Neste período destaca-se a visão positivista de Comte, que tenta superar visões retrógradas e busca a ciência como redentora. Conclusão Neste tópico observamos a evolução dos sistemas educacionais até o contexto da revolução industrial. Os séculos XIX e XX foram relevantes em termos educacionais principalmente pela consolidação dos sistemas educativos mais formais que juntamente com as idéias de democracia e trabalho formam um novo panorama a nível global. Os séculos XIX e XX são marcados por um contexto de expansão de fronteiras marcada por intensos conflitos. Neste cenário surge a visão de educação como instrumento de agregação e disciplina. A educação, que inicialmente era responsabilidade das autoridades eclesiásticas, agora era atribuição do estado. E a medida que o Estado toma as rédeas da educação isso faz com que as escolas sejam vistas como instrumentos de reprodução da organização social. Reprodução de determinados processos de disciplina. Em meio a Revolução industrial, surge uma nova classe social, o proletariado, que tem acesso limitado à educação devido às condições exaustivas do modelo capitalista. O ponto alto deste tópico se faz quando observamos que a educação se coloca a serviço do trabalho. Para disciplinar e manter os trabalhadores no seu lugar de trabalhador. A burguesia percebe a necessidade de oferecer mínima instrução para a massa trabalhadora. Estes sistemas serviam como forma de disciplinar. Neste cenário surge o positivismo de Comte, que busca compreender e sistematizar conhecimentos. Superar visões retrógradas em busca da ciência como redentora. Com a chegada do século XX novos conflitos marcaram a disputa entre as tendências conservadoras e progressistas.
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