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Tics - semana 07 SOI III

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FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. 
IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. 
Aluna: Cellina Nava de Simas Lima – 3º Período 
Curso: Medicina 
 
 
 
TICs – SEMANA 07 – SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS III 
 
Comando 01: Diferencie as úlceras de membro inferior de origem ARTERIAL e 
VENOSA. 
A úlcera de membros inferiores é uma síndrome caracterizada pela 
perda circunscrita ou irregular do tegumento (derme ou epiderme), podendo atingir 
subcutâneo e tecidos subjacentes que acomete as extremidades dos referidos membros, 
e cuja causa está, geralmente, relacionada ao sistema vascular arterial ou venoso. 
Quanto à distinção entre a úlcera arterial e venosa, temos, 
inicialmente, a sua causa, pois enquanto na arterial a ferida surge devido à falta de 
sangue arterial num local da perna, na úlcera venosa a ferida surge pelo acúmulo 
excessivo de sangue venoso na perna, que vai enfraquecendo os tecidos e a pele. 
Uma outra forma de distinguir ambas as úlceras é no que diz respeito 
a faixa etária e/ou fatores de risco. Logo, temos que as feridas venosas são mais 
comuns em idosos, especialmente nos que apresentam pernas muito inchadas no final 
do dia, enquanto a úlcera arterial é mais frequente em pessoas que têm a circulação 
arterial afetada, como acontece em quem tem diabetes, excesso de peso ou utiliza 
roupas ou sapatos muito apertados. 
Além disso, como a ferida da úlcera arterial surge por falta de sangue, 
geralmente é mais difícil de tratar e leva mais tempo para cicatrizar, sendo muitas 
vezes necessário fazer cirurgia para melhorar a circulação do sangue, especialmente 
porque os estilos de vida saudáveis não são respeitados. Dito isso, passaremos a 
conceituar a úlcera venosa e arterial, bem como falar dos seus sinais e sintomas, 
diagnóstico e tratamento. 
• ÚLCERAS VENOSAS 
São lesões crônicas associadas com hipertensão venosa dos membros 
inferiores. É definida como uma anormalidade do funcionamento do sistema venoso 
causada por uma incompetência valvular, associada ou não à obstrução do fluxo 
venoso. Pode afetar o sistema venoso superficial, profundo ou ambos. 
As úlceras venosas ao surgirem espontaneamente, tendem a se 
localizar na região do maléolo interno. No entanto, podem estar presentes em outras 
partes das pernas, quando desencadeadas por traumas ou infecções. De modo geral as 
úlceras venosas são mais superficiais que as úlceras de perna de outras etiologias; as 
bordas são normalmente irregulares; são extremamente exsudativas; a dor é 
 
 
FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. 
IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. 
Aluna: Cellina Nava de Simas Lima – 3º Período 
Curso: Medicina 
 
geralmente variada, melhorando com a elevação do membro; há presença de edema e 
a evolução é lenta. A avaliação física da úlcera venosa deve estar focada no estado 
vascular. 
SINAIS E SINTOMAS: 
Sinais clínicos específicos da IVC tais como edema, eczema, 
hiperpigmentação, espessamento do tornozelo, veias varicosas, lipodermatosclerose, 
dor e outros. As feridas de etiologia venosa são, geralmente, recobertas por tecido 
necrótico membranoso, superficial, amarelado imbricado no tecido de granulação e 
muito exsudativa. Pode haver inflamação, com vermelhidão e presença de secreção 
purulenta (pus). Também é comum existirem áreas de alergia ao redor das feridas. 
CAUSAS: 
A insuficiência venosa crônica é a principal causa de úlcera da 
perna. Esta resulta do desvio da pressão venosa profunda, gerada por contrações 
musculares ao redor das veias, para as veias superficiais que não estão preparadas 
para resistir a pressões elevadas. Essas veias dilatam-se (veias varicosas) e ocorre 
acumulação de sangue, resultando em estase venosa na pele, a qual se apresenta como 
uma área descorada, frequentemente eczematosa, em geral na região de veias 
varicosas salientes. 
Eventualmente, a drenagem venosa da pele torna-se muito 
insatisfatória para sustentar o metabolismo da epiderme, que morre e descama 
deixando uma úlcera venosa. Esta situação pode acontecer espontaneamente ou ser 
acelerada por um traumatismo relativamente pequeno. 
• Doença Arterial Obstrutiva Periférica – DAOP; 
• Neuropatia Periférica; 
• Doenças Infectocontagiosas; 
• Doenças reumatológicas; 
• Doenças hematológicas e tumores; 
• Hipertensão venosa (aumento da tensão arterial nas veias); 
• Infecção; 
• Diabetes Mellitus; 
• Doença maligna; 
• Distúrbios dos tecidos que revestem as veias; 
• Lesão por trombose das veias profundas ou estase venosa (estado no qual o 
fluxo de sangue presente nas veias). 
FATORES DE RISCO: 
 
Os fatores de risco de aparecimento de úlceras incluem história 
familiar positiva, gravidez, obesidade, tabagismo, nutrição/hidratação, idade e uma 
ocupação profissional que obrigue a estar de pé por períodos prolongados. 
 
 
FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. 
IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. 
Aluna: Cellina Nava de Simas Lima – 3º Período 
Curso: Medicina 
 
MEDIDAS PREVENTIVAS DA ÚLCERA VENOSA: 
 
De acordo com o Manual de condutas para úlceras neutróficas e 
traumáticas, do Ministério da Saúde, a prevenção da úlcera venosa consiste em: 
 
• Manter repouso e a elevação dos membros inferiores. O doente deve evitar ficar 
em pé por muito tempo e procurar repousar a perna, elevando-a 30cm acima 
do quadril, para auxiliar o retorno venoso; 
• O uso de meias de compressão com pressão entre 30 a 50mm de Hg são 
aconselháveis para prevenir o edema e melhorar o efeito da bomba muscular; 
• A caminhada e exercícios de elevar o calcanhar, ocasiona flexão e contração dos 
músculos da panturrilha. Estes são necessários para a manutenção da bomba 
muscular; 
• Reduzir o peso corporal; 
• Realizar avaliação clínica periódica, para pesquisa de anemia, desnutrição, 
hipertensão e insuficiência cardíaca; 
• Tratamento de eczemas de estase com corticoterapia tópica; 
• Evitar traumatismos de membros inferiores; 
• Tratamento de infecções bacterianas e fúngicas. 
 
TRATAMENTO: 
 
Para Borges, ainda persiste a dúvida a respeito do melhor tratamento 
para úlcera venosa, gerando uma diversidade de tratamentos. No caso da úlcera 
venosa, o tratamento deve estar amparado em quatro condutas: tratamento da estase 
venosa, utilizando o repouso e a terapia compressiva; terapia tópica, com escolha de 
coberturas locais que mantenham úmido e limpo o leito da ferida e sejam capazes de 
absorver o exsudato; controle da infecção com antibioticoterapia sistêmica e prevenção 
de recidivas. 
 
ÚLCERAS ARTERIAIS: 
 
As úlceras arteriais resultam da diminuição do fluxo pelas artérias 
perfurantes teciduais. As causas do fluxo sanguíneo arterial reduzido incluem doença 
vascular periférica devido à aterosclerose, doença macrovascular e microvascular 
devido a diabetes mellitus, vasculite e microtrombos. A perfusão reduzida da pele e 
dos tecidos moles resulta em isquemia e subsequente necrose, levando à ulceração nas 
pernas. Os episódios recorrentes de isquemia e reperfusão também contribuem para a 
lesão tecidual. 
 
SINAIS E SINTOMAS: 
 
• Fortes dores na lesão (em alguns casos, o paciente começa a mancar); 
• Mesmo em repouso os membros doem; 
• Ao elevar o membro afetado, a dor aumenta ainda mais; 
• Alívio da dor apenas quando a perna é deixada em repouso para baixo; 
 
 
FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. 
IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. 
Aluna: Cellina Nava de Simas Lima – 3º Período 
Curso: Medicina 
 
• Lesão em formato circular; 
• fica esbranquiçada; 
• O pulso sanguíneo na região diminui; 
• As unhas ficam mais espessas; 
• A dor pode piorar a noite. 
 
DIAGNÓSTICO ÚLCERAS VENOSAS X ÚLCERAS ARTERIAIS: 
 
O diagnóstico clínico pode ser facilitado através da comparação das 
diferenças entre as úlceras venosase arteriais: a úlcera venosa tende a se localizar no 
terço inferior da perna, comum no maléolo medial, enquanto a úlcera arterial pode 
ocorrer nos dedos, pés ou calcanhar; o desenvolvimento da úlcera venosa é lento, 
enquanto o da arterial é rápido; a úlcera venosa apresenta bordas superficiais e 
irregulares e o tecido profundo não é afetado, já a úlcera arterial é geralmente 
profunda, envolvendo tendões e músculos e as bordas são bem definidas; a úlcera 
venosa apresenta manchas varicosas castanhas, eczema e é quente ao toque, enquanto 
a arterial apresenta pele lustrosa, fria ao toque e cianose; o edema está presente na 
úlcera venosa e praticamente ausente na úlcera arterial; a dor é variável na úlcera 
venosa, melhorando com a elevação do membro, e intensa na úlcera arterial; na úlcera 
venosa o pulso está presente enquanto na arterial o pulso está diminuído ou ausente. 
 
De acordo com Dealey, deve-se fazer uma avaliação abrangente da 
perna afetada, pois isso é importante para descartar a possibilidade de doença arterial; 
os tratamentos para úlceras venosas e arteriais não são compatíveis. Segundo Dealey, 
pode-se fazer o diagnóstico diferencial, entre úlceras venosas e arteriais, avaliando o 
suprimento de sangue para a perna. A melhor maneira de fazê-lo é por meio de 
ultrassonografia Doppler. 
A ultrassonografia Doppler é usada para comparar a pressão 
sanguínea na parte inferior da perna com a pressão braquial. Em geral, a pressão é 
apresentada sob a forma de um índice, o índice de pressão tornozelo/braço (IPTB), 
calculado por meio da divisão entre a pressão sistólica no tornozelo e a pressão 
sistólica braquial. De acordo com a autora, um IPTB de 0.9 ou mais indica suprimento 
arterial normal para a perna. Quando abaixo de 0.9, alguma isquemia está presente. A 
terapia de compressão não deve ser usada se o IPTB estiver abaixo de 0.8. Para 
Bergonse e Rivitti, o índice tornozelo/braço é um método não invasivo, usado na 
prática médica para a detecção de insuficiência arterial. Esse exame baseia-se na 
medida das pressões arteriais do tornozelo e dos braços, utilizando um 
esfigmomanômetro e um aparelho de doppler ultrassom manual e portátil. 
 
TRATAMENTO ÚLCERA ARTERIAL: 
 
Geralmente é mais difícil de tratar e leva mais tempo para cicatrizar, 
sendo muitas vezes necessário fazer cirurgia para melhorar a circulação do sangue, 
como: 
• Angioplastia: para desobstruir as veias de um cateter com um balão na ponta, 
que é inserido na artéria juntamente com uma estrutura chamada “stent”. O 
 
 
FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. 
IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. 
Aluna: Cellina Nava de Simas Lima – 3º Período 
Curso: Medicina 
 
balão é inflado, ajudando no fluxo sanguíneo, e o “stent” é colocado, para 
impedir que a artéria se feche novamente. 
• Bypass ou ponte: para desviar o fluxo sanguíneo da área obstruída. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
✓ Borges EL. Tratamento tópico de úlceras venosas: proposta de uma diretriz 
baseada em evidências. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da 
Universidade de São Paulo. Tese de doutorado. Ribeirão Preto, 2005. 305p. 
 
✓ Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Manual de condutas para úlceras neurotróficas e traumáticas / 
Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Departamento de 
Atenção Básica. - Brasília: Ministério da Saúde, 2002. 
 
✓ COSTA, Michelle Souza. Principais causas e fatores de risco que levam às 
recidivas de úlceras venosas. 2017. 
 
✓ FRADE, Marco Andrey Cipriani et al. Úlcera de perna: um estudo de casos em 
Juiz de Fora-MG (Brasil) e região. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 80, n. 1, 
p. 41-46, 2005. 
 
✓ FERRAZ, Gleydiene Erly Pinheiro et al. Prevalência de úlceras de membros 
inferiores em um município do interior de Minas Gerais. 2019. 
 
✓ FURTADO, Renato Coelho. Úlceras venosas: uma revisão da literatura. 2017. 
 
✓ LOPES, Célia Regina et al. Avaliação das limitações de úlcera venosa em 
membros inferiores. Jornal Vascular Brasileiro, v. 12, n. 1, p. 5-9, 2019. 
 
✓ SÉRGIO, Fernanda Rabello; SILVEIRA, Isabelle Andrade; OLIVEIRA, Beatriz 
Guitton Renaud Baptista de. Avaliação clínica de pacientes com úlceras de 
perna acompanhados em ambulatório. Escola Anna Nery, v. 25, n. 1, 2021.

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