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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA Aluno(a): Karine Ribeiro SÍNTESE Geografia Política e Geopolítica: Velhas e novas convergências Célio Augusto da Cunha Horta Há duas situações ao que se trata de geopolítica e geografia política. A primeira delas, coloca-se alguns pesquisadores, dentre eles geógrafos, historiadores e cientistas políticos como quem aproxima conceitualmente a geografia política da geopolítica. Por outro lado, existem os mesmos que dão ênfase nessa diferenciação de ambas as nomenclaturas expostas. No entanto, para a segunda situação, há quem defenda a distinção total delas. Esses colocam a geopolítica como reduzida somente do século XX até a segunda guerra mundial. Já a geografia política acaba sendo isentada ao longo do período citado. Dois equívocos são apontados quanto a esses posicionamentos, o primeiro deles sendo o caso da geografia política ser deixada de lado, como citado, e o segundo trata-se do um certo congelamento da geopolítica, resumindo-a apenas ao passado, o que seria do século xx até a segunda guerra mundial. Além disso, deve-se expor o fato da geopolítica ser ligada e fazer referência a uma geografia da guerra, sendo condenado seu conceito a uma geografia do fascismo, e vista apenas como podendo ser usada para uma estratégia militar, e ou um exercício de dominação estatal. Portanto, ficam sendo somente esses os significados para esse termo, aos olhos de determinados pesquisadores. No entanto, contrário a esse pensamento, geógrafos como Manuel Correia de Andrade e Hélio Evangelista, libertam a geopolítica desse olhar, e desse estigma nazista criado para a mesma. mesmo considerando o momento histórico citado relevante, apesar de ser entendido seu lado negativo do ponto de vista ético, porém observam enfoques diferentes. Já Wanderley Messias da Costa, não cede a desvinculação da geopolítica com o nazismo, e para ele, praticamente todo o conhecimento produzido por ela vem da geografia política. Entretanto, é importante salientar que o mesmo não tolera também qualquer confusão entre as duas, o que o opõem a Yves Lacoste, o qual flerta com a proximidade entre as duas. Porém, em um dos trechos expostos no artigo, fica clara a condenação do pensamento de Yves Lacoste, além de sua citação expor uma aversão à geopolítica, dado que para Costa, é necessário enterrar para sempre Hitler, e o nazismo, mesmo que isso implique acabar com a geopolítica, que se tornou uma “ nomenclatura proibida” para o mesmo, e para determinados pesquisadores que seguem essa mesma linha, ou seja, defendendo a eliminação eterna da geopolítica. Dessa forma, os estudos territoriais relacionados aos poderes políticos devem estar sob a óptica somente da geografia política. Diante do exposto, Horta ressalta em seu texto que não se trata apenas de uma opção, a escolha de uma ou da outra, mas de que as duas podem, devem e são agregadoras de muitas obras, como as de Elisée Reclus e Kropotkin, quanto a geografia política. E para Haushofer e Josué de Castro quanto à geopolítica. A respeito de suas diferenças, Horta ressalta também que deve ser valorizada suas semelhanças, as quais se sobressaem as diferenças. Além disso, declara que uma certa confusão que se realize entre as duas pode ser considerada normal, no entanto é necessário obter conhecimento epistemológico para o uso dessas nomenclaturas, caso contrário, pode indicar alienação original no trato com a pesquisa. Para além desses olhares, a respeito da consciência geográfica do território, Horta cita em seu texto a existência de uma concepção equivocada de que a geografia política e a geopolítica formam um conjunto de conhecimentos vinculados ao poder e ação dos Estados nacionais. Cita também Helio de Araujo Evangelista, que adverte sobre esse problema. O mesmo ressalta a preponderância do período do século XIX, no qual a geopolítica foi totalmente institucionalizada. Para ele, a geopolítica foi de tal maneira conectada ao Estado, e obteve um papel de orientação para este. No entanto, mais adiante, Horta descreve a geopolítica e a geografia política como muito além desse olhar, para muito além dos Estados nacionais, e desse papel imposto. Ressalta que há um enorme campo de análise que supera tais pesquisas do âmbito estatal, e que há vários âmbitos que merecem ser explorados pela geopolítica/geografia política.
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