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TERAPÊUTICA EM ODONTOLOGIA - RESUMO

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1 Bruna Lima 
TERAPÊUTICA EM ODONTOLOGIA 
CONSULTA ODONTOLÓGICA 
ANAMNESE 
→ É a base da consulta, onde você registra 
as informações para ter uma hipótese de 
diagnóstico e delinear o perfil do paciente. 
→ O paciente deve ser classificado de acordo 
com seu estado de saúde ou risco médico. 
→ A Associação Americana de 
Anestesiologia, classifica os pacientes de 
acordo baseando-se no estado físico 
(ASA-PS). 
→ Se o paciente relatar alguma condição ou 
doença isolada, essa classificação é 
adaptável a clínica. Mas se o paciente tem 
histórico de múltiplas doenças, você deve 
analisar o peso dessas e enquadrar na 
categoria ASA adequada. 
ANAMNESE DIRIGIDA 
→ Paciente relatou doenças sistêmicas (que 
afetam o corpo inteiro e não só um órgão 
ou região), a anamnese deve ser dirigida 
ao problema por meio de no mínimo quatro 
perguntas. Exemplos: 
 VOCÊ TOMOU SUA MÉDICAÇÃO HOJE? 
Essa pergunta é de suma importância, por 
exemplo, o paciente é diabético e faz uso diário 
de insulina, vou usar vasoconstrictor ou não? 
 COMO ESTÁ O CONTROLE DA DOENÇA? 
Saber se o paciente está seguindo de forma 
correta o tratamento do medicamento. 
 VOCÊ FAZ USO DIÁRIO DE ALGUM 
MÉDICAMENTO? 
Se o paciente usa medicamentos diariamente, 
especificar quais são, prevenindo interações 
com os medicamentos usados na clínica. 
 VOCÊ PASSOU POR ALGUMA COMPLICAÇÃO 
RECENTE? 
Paciente relatou histórico de distúrbios 
convulsivos, você deve saber quando ocorreu o 
último, pois pode indicar que o paciente não está 
controlando a doença. Se for um paciente 
acometido de infarto do miocárdio, que relata a 
ocorrência de dores no peito ou repetitivas, é 
indicativo de uma nova obstrução das artérias 
coronárias. 
CLASSIFICAÇÃO EM FUNÇÃO DO 
ESTADO FÍSICO (ASA) 
 
 
2 Bruna Lima 
EXAME FÍSICO 
→ Pesquisar os sinais da doença, podendo 
ser auxiliado por exames de imagens ou 
outros exames. 
→ A sua hipótese diagnostica deve ser 
formada junto as informações colhidas na 
anamnese. 
→ Principais manobras: 
 INSPEÇÃO 
Inspeção geral: cor da pele, tamanho e 
desenvolvimento dos ossos da face, 
tonicidade e mobilidade da musculatura, 
expressão dos olhos, aspecto geral e 
biótipo. Inspeção local: dirigido a cabeça e 
pescoço, sendo observados quaisquer 
desvios de normalidades que sejam 
relevantes. Inspeção intrabucal: inicia pela 
face interna do lábio, terminando com a 
visualização direta da orofaringe, 
identificando se os caracteres das 
estruturas como lábios, gengiva, fundo de 
sulco, rebordo alveolar, mucosa jugal, 
língua, assoalho bucal, palato e porção 
visível da faringe. 
 PALPAÇÃO 
Estruturas anatômicas relacionadas direta 
ou indiretamente com a boca, ossos 
maxilares, articulação temporomandibular, 
glândulas salivares e cadeias ganglionares 
tributárias. 
 PERCUSSÃO 
Leves batidas que emite vibrações, onde 
identifica o estado físico do conteúdo da 
estrutura, se está líquido, semissólido, 
sólido ou vazio. Auxilia no diagnóstico de 
patologias periapical e/ou periodontal. Pode 
ser feita com o cabo do espelho clínico ou 
com os dedos. 
 AUSCULTAÇÃO 
Importante na avaliação da ATM, podendo 
detectar distúrbios por meio de sons, 
principalmente estalidos produzidos na 
abertura e fechamento da boca. 
 OLFAÇÃO (EVENTUALMENTE) 
Ajuda a detectar alterações 
fisiopatológicas, como o odor cetônico em 
pacientes diabéticos. Também é possível 
diferenciar odores produzidos na gengivite 
ulcerativa necrosante. 
→ A inspeção deve ser local e geral, iniciando 
assim que o paciente entra no consultório. 
AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS 
→ Avaliar o pulso arterial carotídeo ou radial, 
frequência respiratória, pressão arterial 
sanguínea e a temperatura, pois deve 
constar no prontuário clínica do paciente. 
→ Mostrar que as mínimas precauções estão 
sendo tomadas, irá trazer confiança ao 
paciente em relação ao profissional. 
→ Se o paciente tem um quadro de saúde 
agravado de forma súbita, verificamos o 
pulso pela artéria carotídea. Deve ser 
considerado: qualidade, ritmo e frequência 
(quantidade de pulsação por minuto) por 
meio de técnicas como: 
1. Coloque a polpa do dedo indicador e 
médio sobre o local, pressione o 
suficiente para sentir a pulsação. NÃO 
UTILIZE O POLEGAR, pois possui 
artéria que também pulsa. 
2. Avaliar o volume do pulso, se está cheio 
ou filiforme (fraco). 
3. Verificar se o ritmo cardíaco está 
regular ou irregular. 
4. Avaliar a frequência cardíaca por 1 
minuto. 
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA 
Se o volume do pulso está cheio, pode 
indicar que a PA está anormalmente alta, se 
 
3 Bruna Lima 
está filiforme, pode indicar hipotensão 
arterial ou sinal de choque. 
Um pulso normal mantém o ritmo regular, 
se apresentar alterações do ritmo cardíaco 
em paciente com histórico de doença 
cardiovascular, é necessário recomendar 
uma consulta médica. Se o pulso está 
alternante, os batimentos estão ora fortes, 
ora fracos, podendo ser indicativo de 
doença cardíaca, hipertensão arterial 
severa ou doença da artéria coronária, o 
recomendado uma consulta médica. 
A FC normal (adulto), é na faixa de 60-100 
bpm, em atletas são mais baixas (40-60 
bpm), em pacientes ansiosos ou 
apreensivos são mais elevadas. Toda FC 
<60bpm ou >100bpm em pacientes em 
repouso, deve ser investigada se não 
houver associação causa lógica. 
FREQUÊNCIA CARDÍACA (EM REPOUSO) 
COM BASE NA IDADE 
IDADE BPM 
Bebês 100-170 
Crianças de 2-10 anos 70-120 
Crianças >10 anos e adultos 60-100 
→ Avaliar a frequência respiratória após ter 
avaliado o pulso, pois se você falar ao 
paciente que irá verificar sua FR, pode 
induzir o paciente a respirar mais rápido ou 
lento. Você pode pedir um ASB/TSB para 
fazer essa avaliação. Caso seja sozinho, 
utilize essa técnica: 
1. Depois que avaliar a FC, não retire o 
dedo da artéria. 
2. Conte o número de incursões 
respiratórias, observe a elevação e 
abaixamento da caixa toráxica. 
3. Após 1 minuto, anote o número de 
incursões respiratórias. 
4. Compare os resultados com os valores 
normais da tabela abaixo. 
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA (REPOUSO) 
COM BASE NA IDADE 
IDADE FR/MIN 
Bebês 30-40 
1-2 anos 25-30 
2-8 anos 20-25 
8-12 anos 18-20 
Adultos 14-18 
 
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA 
Paciente está com a FR anormalmente baixa, 
chama-se bradipneia. Se estiver alta, chama-se 
taquipneia. Caso ele tenha dificuldade 
respiratória, chama-se dispneia. Em casos de 
parada respiratória, chama-se apneia. 
Em gestantes, é comum alterações na 
respiração, como dispneia e taquipneia, devido 
ao aumento do volume uterino e mudanças 
metabólicas. 
Taquipneia pode ser observada em síndrome 
de hiperventilação, consequência de um 
quadro de ansiedade aguda, que acompanha o 
aumento da profundidade da respiração, 
formigamento das extremidades (mãos, pés e 
lábios), e às vezes, dor no peito. 
 
4 Bruna Lima 
Pacientes diabéticos, respiração rápida e 
vômito e dor abdominal pode ser sinal de 
cetoacidose. 
→ Pressão arterial sanguínea é a força que o 
sangue exerce contra as paredes arteriais, 
determinada pela quantidade de sangue 
bombeada pelo coração (pressão sistólica) 
e pela resistência ao fluxo sanguíneo 
(pressão diastólica). 
→ Cuidados a serem tomados antes da 
avaliação: 
1. Certificar que o paciente não está com a 
bexiga cheia, não praticou exercícios 
físicos, não ingeriu café ou chá, nem 
bebidas alcoólicas ou alimentos em 
excesso ou fumou até 30 minutos antes. 
2. Manter o paciente sentado, em repouso 
por 5-10 minutos, antes de aferir. 
3. Explicar o que será feito, evitando a 
síndrome do jaleco branco 
(hipertensão), e orientar o paciente a 
não falar durante o procedimento. 
4. Anote os valores das pressões sistólica 
e diastólica, horário e o braço em que foi 
feita a mensuração no prontuário. 
5. Esperar 1-2 minutos para realizar novas 
medidas. 
 
INTERPRETAÇÃOCLÍNICA 
 
*APLICADAS A SUJEITOS ADULTOS E 
QUENÃO FAZEM USO DE MEDICAÇÃO ANTI-
HIPERTENSIVA* 
RELAÇÃO PROFISSIONAL COM OS 
MÉDICOS 
Antes de iniciar o tratamento de pacientes 
ASA II, II ou IV, recomenda-se contato com o 
médico do paciente, onde poderá confirmar 
os dados colhidos na anamnese e no exame 
físico e também colher mais dados que 
ajudam a definir o perfil do paciente. Assim, 
informando ao médico a proposta de 
tratamento e os cuidados que serão 
tomados. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ANDRADE, E. D. TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA 
EM ODONTOLOGIA. 3ª.ED. ARTES MÉDICAS. 2013. 
BORAKS, SILVIO. SEMIOTÉCNICA, DIAGNÓSTICO E 
TRATAMENTO DAS DOENÇAS DA BOCA. 1ª ED. 
ARTES MÉDICAS. 2013. 
 
 
 
 
Para avaliar a PA, podem ser usados dois 
métodos, o método auscultatório: 
esfigmomanômetro e estetoscópio, e o 
método oscilométrico: uso de aparelhos 
digitais, adaptados ao braço ou ao pulso, 
sem auxílio do estetoscópio.

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