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O documentário Nunca me Sonharam, dirigido por Cacau Rhidden, foi produzido em 2015 e trouxe de forma emocionante e profissional a realidade do ensino brasileiro na visão de especialista e estudantes de diversas regiões do Brasil. Evidenciou o cotidiano, pensamentos e desejos de diversos jovens e adolecentes e como eram sua visões a res- peito da educação brasileira, tendo como base a grande problemática da desigualde. O longa em diversos momentos traz a tona quesitos que estão presentes na reali- dade dos jovens e adolecentes, isto é, sonhos, desejos, energia, interesses, a emancipa- ção de projetos de vida, entre outros. Da mesma forma, salienta o quanto a sociedade e o ensino nas escolas se distancia dessas ânsias, esta ultima seja pela forma metódica de repassar os conteúdos, ou seja pelo desinteresse a respeito de seus meios de vida. Nesse cenário, é importante segundo o documentário que o ensino seja voltado pa- ra o aluno, para suas necessidades e pelo seu contexto. Sendo necessário compreender seu percurso e como a educação pode transformar-lo. Para isso, é preciso que o ensino não seja apenas uma mera ação de ir a escola e sentar nas cadeiras olhando para o pro- fessor, mas que seja um agregar de vidas e partilhar de conhecimentos. “Nunca me Sonharam” também traz de forma geral a ideia de que não é só a falta de interesse que priva o aluno de aprender ou até mesmo de frequentar a escola. Dando a oportunidade de se expressar para diveros alunos, pôde-se notar que várias outras questões sociais e familiares contribuem para esta evasão. Pode ser citado a exclusão so- cioecônomica, gravidez precoce, tráfico, racismo, bullying, e diversas outras ações como responsáveis pela separação entre aluno e conhecimento escolar. . O filme também oferece soluções para que de pouco seja minimizado o problema- de ensino instaurado no Brasil. Isto consiste, como ja mencionado, em uma visão amplifi- cada sobre as formas de saber com os alunos. Pode se exemplificar o contato com a na- tureza como forma de incentivo para o ensino da bioloogia, ou experimentos ao ar livre para a observação de fenômenos fiísicos. Resumindo, deve incentivar os alunos a conhecer o estudo ja mencionado na sala de aula como de fato participantes do seu dia a dia. E mais, levar considerações contex- tos sociais e fisicos para apriorar a percepção dos alunos. Só para exemplificar, o docu- mentário mostra uma aula de física sendo ministrada dentro de um rio, onde o estudo das noções de física são apresentados ao mesmo tempo que os discentes experimentam a sensação de estar participando do ato em si. Este distanciamento da sala de aula tradicional, bem como a aproximação do ensi- no com o ambiente ao redor, reforça o poder educacional que existe em cada um, tanto nos professores como ministros da palavra e alunos receptores do saber, quanton a co- munidade como participante do produto das escolas, ou até mesmo contribuinte dos mes- mos. Essa ação pode de alguma forma ajudar na resposta de um comentário exposto no documentário, na qual um estudante questiona a cobrança sobre serem o futuro da pátria, mas o futuro que a sociedade oferece não é o melhor ou até mesmo suficiente. Isto sali- enta a importância do ensino oferecido hoje e o fruto que será colido desse mesmo ensi- no. Dessa maneira, é importante dispor do melhor para então desfrutar das consequenci- as de um bom ensino-aprendizagem. Nesse viés, apesar de serem os mediadores entre o conhecimento dipostos nas escolas e os alunos participantes da mesma, a responsabilidade do ensino não é restrito aos professores e demais profissionais da educação. A sociedade, segundo o longa, tem também o dever de reavaliar o tratamento de jovens e adoslecentes, que na maioria dos casos são pressionados a escolhas além de suas capacidade e condições morais e soci- ais que não correspondem as suas realidades. De maneira geral, observa-se no relato dos estudantes - a repeito da educação e ensino - o quanto são carentes de um olhar mais auxiliador e acolhedor. Percebe-se da mesma forma desigualdade socia brasileira como empencilho, da mesma maneira que é apresentada a educação como transformadora de vidas, sonhos, desejos, enfim, dos an- seios de jovens que estão apenas inciando a vida. É ressaltado direta e indiretamente o papel do Estado, sociedade, escola e família na educação dos jovens. Também é visto como existe o desamparo da prática constitucio- nal que garante a educação para todos tendo como alvo o desenvolvimento pessoal, pro- fissioal e cidadão. Por fim, é retrada as diversas visões e vivências dos variados jovens brasileiros. Do mesmo modo, é percebida e constatada os males que advém da falta de educação e ensi- no na juventude. Os relatos dos especialista também reafirmam a importancia desse olhar holístico e menos metodológico, tendo como objetivo o agregar de todos no que concerne o conhecer. Então, como fechamento, é ressaltado o quanto ainda falta para poder ser dito de fato que a educação está em seu pleno exercicio. O quanto ainda falta para que em sua totalidade, seja alimentada a espeperança que a pátria terá um belo futuro. Da mesma for- ma, o quanto que têm de bons exemplos como o professor de Fisíca banhado pelas on- das do rio e pelo conhecimento que transmitia, e enfim, o quanto precisar ser feito pela escola, sociedade , estado e família, assim como seu poder de transformar.