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musculos das articulaçãos de membros inferiores

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ANATOMIA 
APLICADA À 
FISIOTERAPIA 
Diego Santos Fagundes 
Músculos das articulações 
dos membros inferiores: 
quadril, joelho e tornozelo
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Identificar os músculos do membro inferior: regiões anterior, medial,
posterior e lateral, do joelho, da perna e do tornozelo.
 Reconhecer os músculos e suas funções relacionadas aos membros
inferiores de acordo com sua região.
 Relacionar a organização e a função da musculatura do membro
inferior com a função de locomoção.
Introdução
O esqueleto apendicular inferior é formado pelo cíngulo do membro 
inferior e também pelos membros inferiores. Nesse sentido, os membros 
inferiores apresentam músculos que estão posicionados em relação às 
vistas anterior, posterior, lateral e medial. Os membros inferiores são 
aqueles que sustentam o peso do corpo e participam da estabilização 
postural e da locomoção. O conhecimento da anatomia dos membros 
inferiores é o elemento inicial para a compreensão da biomecânica e 
da cinesiologia, tão importantes para a atuação profissional do fisiotera-
peuta, principalmente em suas intervenções semiológicas e terapêuticas, 
incluindo a isso a análise do padrão da marcha.
Neste capitulo, você vai estudar os músculos do membro inferior. Além 
disso, você vai ver as funções desses músculos com foco na locomoção.
Músculos do membro inferior e suas inserções
Os músculos dos membros inferiores são maiores e mais potentes quando 
comparados com os músculos dos membros superiores. O conjunto de músculos 
do membro inferior pode ser dividido em três grupos, a saber: (i) músculos 
que movimentam a coxa (porção entre a região glútea posteriormente e o 
joelho, incluindo o fêmur), (ii) músculos que movimentam a perna (porção 
entre o joelho e o tornozelo, incluindo a tíbia e a fíbula) e (iii) músculos 
que movimentam o pé e os dedos (porção distal ao tornozelo, que inclui os 
metatarsais e as falanges; os ossos tarsais formam o tornozelo) (MOORE; 
DALLEY; AGUR, 2014; MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Músculos que movimentam a coxa 
Os músculos que movimentam a coxa têm suas origens em suas inserções na 
pelve. Esses músculos estão agrupados em (i) grupo glúteo, (ii) grupo rotador 
lateral, (iii) grupo adutor e (vi) grupo iliopsoas. O grupo glúteo é composto 
pelos músculos glúteo máximo, médio e mínimo e o tensor da fáscia lata. O 
glúteo máximo é o mais superfi cial (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 
2009), cobrindo os outros músculos glúteos, com exceção do terço anteros-
superior do músculo glúteo médio. O músculo glúteo máximo se apresenta 
como o maior músculo, mais pesado e com fi bras musculares mais grossas do 
corpo humano (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014) e sua inserção proximal 
ocorre ao longo do ílio posterior à linha glútea posterior e na face dorsal do 
sacro, cóccix e ligamentos associados (sacroturberal). Sua inserção distal se 
concentra no trato iliotibial, sendo que este se insere no côndilo lateral da 
tíbia e outras fi bras se inserem na tuberosidade glútea (MOORE; DALLEY; 
AGUR, 2014; MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Os músculos glúteos médio e mínimo apresentam o mesmo formato em 
leque e suas fibras convergem da mesma forma praticamente na mesma direção 
(MOORE; DALLEY; AGUR, 2014). Os glúteos médio e mínimo compartem 
praticamente a mesma inserção proximal na face externa do ílio entre as linhas 
glúteas, anterior e posterior e anterior e inferior, respectivamente (MOORE; 
DALLEY; AGUR, 2014). A inserção distal de ambos ocorrem no trocanter 
maior no fêmur (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009). O último mús-
culo que compõe o grupo glúteo e as partes superficial e anterior do músculo 
glúteo máximo é denominado músculo tensor da fáscia lata. Ele apresenta uma 
conformação fusiforme, é envolto por duas camadas de fáscia lata e apresenta 
cerca de 15 cm de comprimento (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014). O tensor 
Músculos das articulações dos membros inferiores: quadril, joelho e tornozelo2
da fáscia lata se origina na crista ilíaca e na superfície lateral da espinha ilíaca 
anteroposterior e sua inserção distal ocorre no trato iliotibial, que se fixa ao 
côndilo lateral da tíbia (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
O grupo rotador lateral é constituído pelos músculos obturadores interno 
e externo, gêmeos (superior e inferior), piriforme e quadrado femoral. O 
obturador interno e os gêmeos formam um músculo tricipital (três cabeças), 
ou seja, o tríceps do quadril, que ocupa a abertura entre os músculos piriforme 
e quadrado femoral. O obturador interno apresenta sua inserção proximal na 
face pélvica da membrana obturadora e nos ossos adjacentes e sua inserção 
distal ocorre na face medial do trocanter maior do fêmur, enquanto o obturador 
externo apresenta sua inserção proximal nas margens do forame obturado e 
na membrana obturadora e sua inserção distal ocorre na fossa trocantérica do 
fêmur (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
Já os gêmeos superior e inferior apresentam sua inserção proximal na 
espinha isquiática e no túber isquiático, respectivamente (GOULD, 2010). O 
músculo piriforme apresenta um formato de pera e está localizado na parede 
posterior da pelve menor e posterior à articulação do quadril. Sua inserção 
proximal centra-se no sacro e no ligamento sacrotuberal e sua inserção distal 
ocorre na margem superior do trocanter maior do fêmur.
O músculo quadrado femoral apresenta um formato quadrangular. É um 
músculo plano e curto e está localizado inferiormente aos músculos obturador 
interno e gêmeos. Sua inserção proximal ocorre na margem lateral do túber 
isquiático (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014; GOULD, 2010) e sua inserção 
distal ocorre na crista intertrocantérica (GOULD, 2010).
Convém salientar que os músculos piriforme e obturador (interno e externo) 
são os principais rotadores laterais (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
Em relação aos músculos do compartimento medial da coxa, estes formam 
o grupo adutor. Os adutores incluem os músculos adutor curto, adutor longo, 
adutor magno, pectíneo e grácil. O adutor curto localiza-se profundamente aos 
músculos pectíneo e adutor longo e se origina no ramo inferior do púbis, se 
estendendo até a linha pectínea e a parte proximal da linha áspera do fêmur. 
O adutor longo é o mais anterior do grupo de adutores e apresenta um formato 
triangular. Esse músculo se insere proximalmente no corpo do púbis inferior e 
na crista púbica e se estende até sua inserção distal localizada no terço médio 
da linha áspera do fêmur. Em relação ao adutor magno, este é considerado o 
mais forte dos adutores e está localizado posteriormente. Apresenta o mesmo 
formato que o adutor longo e sua inserção proximal ocorre no ramo inferior 
do púbis (parte adutora) e no túber isquiático (parte associada aos músculos 
isquiotibiais). Sua inserção distal ocorre na tuberosidade glútea, na linha 
3Músculos das articulações dos membros inferiores: quadril, joelho e tornozelo
áspera, na linha supracondilar medial (parte adutora) e no tubérculo adutor 
do fêmur (parte associada aos músculos isquiotibiais).
O pectíneo é um músculo de transição entre compartimentos, do anterior 
para o medial. Esse músculo apresenta sua inserção proximal no ramo superior 
do púbis e sua inserção distal ocorre na linha pectínea do fêmur abaixo do 
trocanter menor. Já o músculo mais superficial do grupo adutor e considerado o 
mais fraco é denominado grácil, que apresenta sua inserção proximal no corpo 
e no ramo inferior do púbis e sua inserção distal ocorre na parte superior da 
face medial da tíbia, compondo a pata de ganso localizada na parte superior 
da face medial da tíbia (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014; GOULD, 2010; 
MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Já o grupo iliopsoas é composto pelos músculos ilíaco e psoas maior. Esses 
músculos apresentam suas inserções proximais na fossa ilíaca, nas superfícies 
anteriores e nos processos transversos das vértebras T XII e L V, respecti-
vamente. Em relação as suasinserções distais, ambos se ancoram no fêmur, 
distalmente ao trocanter menor (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Músculos que movimentam a perna
Sobre os músculos que movimentam a perna, temos, por um lado, os que 
realizam a extensão, portanto denominados músculos extensores, e, por outro 
lado, os que realizam a fl exão, conhecidos como músculos fl exores. Os músculos 
extensores são chamados coletivamente de quadríceps e são constituídos por 
reto femoral, vasto lateral, vasto medial e vasto intermédio. O músculo reto 
femoral é o único que cruza duas articulações, a do quadril e a do joelho, 
portanto, é capaz de fl exionar a coxa na articulação do quadril e realizar a 
extensão da perna na articulação do joelho. A inserção proximal desse mús-
culo ocorre na espinha ilíaca anteroinferior e no ílio superior ao acetábulo e 
sua ancoragem distal ocorre na tuberosidade da tíbia, via fi xações tendíneas 
comuns do músculo quadríceps femoral, da patela e do ligamento da patela. 
O músculo vasto lateral é a maior massa muscular do quadríceps e tem sua 
origem proximal no trocanter maior e no lábio lateral da linha áspera do fêmur. 
Em relação ao vasto medial, sua inserção proximal ocorre anteroinferiormente 
ao trocanter maior do fêmur e ao longo da linha áspera (metade proximal), já 
em relação ao vasto intermédio, ocorre na superfície anterolateral do fêmur 
e na linha áspera (metade distal). Importante ressaltar que a inserção distal 
dos vastos segue a mesma do reto femoral (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014; 
GOULD, 2010; MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009). 
Músculos das articulações dos membros inferiores: quadril, joelho e tornozelo4
Os músculos denominados flexores da perna são, a saber: bíceps femoral, 
semimembranáceo semitendíneo, sartório e poplíteo. O bíceps femoral apre-
senta duas cabeças, portanto, é denominado bíceps. Diante disso, a inserção 
proximal da cabeça longa ocorre no túber isquiático e da cabeça curta ocorre 
na linha áspera do fêmur; a inserção distal ocorre na cabeça da fíbula. Os 
músculos semimembranáceo e semitendíneo apresentam a mesma origem 
proximal no túber isquiático e a inserção distal ocorre no côndilo medial 
da tíbia, compondo a pata de ganso e a superfície proximal medial da tíbia, 
próxima à inserção do músculo grácil, respectivamente. O músculo sartório é 
o terceiro a compor a pata de ganso em sua inserção distal no côndilo medial 
da tíbia e sua inserção proximal ocorre na espinha ilíaca anterossuperior. 
Por último, o músculo poplíteo tem sua inserção proximal no côndilo lateral 
do fêmur e sua inserção distal na superfície posterior da parte proximal do 
corpo da tíbia (GOULD, 2010; MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009). 
Músculos que movimentam o pé e os dedos
Os músculos que apresentam ação no tornozelo podem ser divididos em 
duas categorias: a dos dorsifl exores e a dos fl exores plantares. O músculo 
tibial anterior integra os dorsifl exores do tornozelo. Esse músculo apresenta 
um longo tendão que se inicia na metade da perna e desce ao longo da face 
anterior da tíbia. O tibial anterior apresenta sua inserção proximal no côndilo 
lateral e na parte proximal do corpo da tíbia e sua inserção distal ocorre na 
base do primeiro osso metatarsal e cuneiforme medial. Em relação aos fl exores 
plantares, podemos citar os músculos gastrocnêmio, sóleo, tibial posterior, 
fi bulares curto e longo e plantar.
O músculo gastrocnêmio é o mais avantajado da “panturrilha”, pois apre-
senta duas cabeças, sendo que a cabeça lateral apresenta sua inserção proximal 
na face lateral do côndilo lateral do fêmur e a cabeça medial apresenta sua 
inserção proximal na face poplítea do fêmur, superior ao côndilo medial. O 
sóleo apresenta sua inserção proximal na cabeça, na parte proximal do corpo 
da fíbula e na parte posteromedial adjacente do corpo da tíbia e sua inserção 
distal no calcâneo, via tendão do calcâneo. Esse tendão é comum aos músculos 
grastrocnêmio e sóleo. Diante disso, esses músculos juntos são conhecidos 
como tríceps sural. Em relação ao músculo tibial posterior, sua inserção 
proximal ocorre na membrana interóssea e na parte adjacente do corpo da 
tíbia e da fíbula e sua inserção distal ocorre na tuberosidade do navicular. Já 
o os músculos fibulares curto e longo apresentam suas inserções proximais 
na margem mediolateral da fíbula e na cabeça e na parte proximal do corpo 
5Músculos das articulações dos membros inferiores: quadril, joelho e tornozelo
da fíbula, respectivamente. A inserção distal desses músculos ocorre na base 
do quinto osso metatarsal para o fibular curto e na base do primeiro osso 
metatarsal e cuneiforme medial para o fibular longo. Por último, na linha 
supracondilar lateral e na parte posterior do calcâneo ocorre as inserções 
proximal e distal, respectivamente, do músculo plantar (MOORE; DALLEY; 
AGUR, 2014; GOULD, 2010; MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Já os músculos que apresentam ação sobre os dedos, igualmente ao tor-
nozelo, são divididos em flexores e extensores. Em relação aos flexores, 
podemos citar o flexor longo dos dedos e o flexor do hálux, que apresentam 
suas inserções na superfície posteromedial da tíbia e na superfície posterior 
da fíbula, respectivamente. A inserção distal do flexor longo dos dedos ocorre 
nas falanges distais do segundo ao quinto dedo e a do flexor do hálux ocorre 
na falange distal do primeiro dedo (hálux). Já os músculos extensores dos 
dedos são, a saber: extensor longo dos dedos (inserção proximal na tíbia e na 
membrana interóssea e inserção distal nas falanges médias e distais do segundo 
ao quinto dedo) e extensor longo do hálux (inserção proximal na fíbula e na 
membrana interóssea e inserção distal na falange distal do primeiro dedo) 
(MOORE; DALLEY; AGUR, 2014; GOULD, 2010; MARTINI; TIMMONS; 
TALLITSCH, 2009).
Músculos do membro inferior e suas funções
Os músculos dos membros inferiores, assim como os demais músculos estriados 
esqueléticos, apresentam como função macro a produção dos movimentos 
corporais globais, como caminhar, e também atuam na estabilização das 
estruturas e posições corporais, como a estabilização das articulações e a 
manutenção das posições corporais. Nos Quadros 1 e 2 a seguir, para faci-
litar seu entendimento, estão descritas as principais função dos músculos 
que compõem os membros inferiores seguindo esta ordem: músculos que 
movimentam a coxa, músculos que movimentam a perna e músculos que 
movimentam o pé e os dedos. 
Músculos das articulações dos membros inferiores: quadril, joelho e tornozelo6
Músculos Principal função
Glúteo máximo Estende a coxa, auxilia em sua rotação 
lateral, estabiliza a coxa e auxilia no 
“levantar” a partir da posição sentada.
Glúteo médio Realizam a abdução e rodam medialmente a coxa. Na 
marcha, mantêm o nível da pelve quando o membro 
ipsilateral está sustentando o peso e avançam o lado 
oposto (não sustentado) durante a fase de balanço.
Glúteo mínimo
Tensor da fáscia lata
Piriforme Rodam lateralmente a coxa estendida, 
abduzem a coxa fletida e estabilizam a 
cabeça do fêmur no acetábulo.Obturador interno
Gêmeos superior 
e inferior
Quadrado femoral Roda lateralmente a coxa e estabiliza a 
cabeça do fêmur no acetábulo.
Adutor longo Realiza adução da coxa.
Adutor curto Realiza adução e flexão parcial da coxa.
Adutor magno Realiza adução da coxa, a parte adutora realiza a 
flexão da coxa e a parte associada aos músculos 
isquiotibiais promove a extensão da coxa.
Grácil Realiza adução da coxa e flexão da perna, 
além de auxiliar a rotação medial da perna.
Obturador externo Roda lateralmente a coxa e estabiliza a 
cabeça do fêmur no acetábulo.
Reto femoral Estendem a perna em relação à articulação 
do joelho. O músculo reto femoral também 
estabiliza a articulação do quadril e auxilia 
o músculo iliopsoas a flexionar a coxa.
Vasto lateral
Vasto medial
Vasto intermédio
Pectíneo Realiza adução e flexão da coxa e 
auxilia a rotação medial da coxa.
Quadro 1. Músculos que movimentam a coxa e aperna
(Continua)
7Músculos das articulações dos membros inferiores: quadril, joelho e tornozelo
Quadro 1. Músculos que movimentam a coxa e a perna
Músculos Principal função
Iliopsoas e 
psoas maior
Atuam conjuntamente na flexão da coxa 
em relação à articulação do quadril e na 
estabilização dessa articulação.
Psoas menor
Ilíaco
Sartório Realiza abdução e flexão e roda lateralmente a coxa 
em relação à articulação do quadril. Flexiona a perna 
em relação à articulação do joelho (realizando a 
rotação medial da perna quando o joelho está fletido). 
Fonte: Adaptado de Moore, Dalley e Agur (2014) e Gould (2010).
(Continuação)
Músculo Principal função
Tibial anterior Promove a dorsiflexão do tornozelo e a inversão do pé.
Extensor longo 
dos dedos
Realiza a extensão do segundo ao quinto 
dedo e a dorsiflexão do tornozelo.
Extensor longo 
do hálux
Realiza a extensão do primeiro dedo 
(hálux) e dorsiflexão do tornozelo.
Fibular terceiro Promove a dorsiflexão do tornozelo e a eversão do pé.
Fibular longo Realizam a flexão plantar do 
tornozelo e a eversão do pé.
Fibular curto
Gastrocnêmio Promove a flexão da perna e a 
flexão plantar do tornozelo.
Sóleo Promove a flexão plantar do tornozelo.
Plantar Promove a flexão plantar do tornozelo e 
fornece informações proprioceptivas sobre 
a tensão no músculo tríceps sural.
Quadro 2. Músculos que movimentam o pé e os dedos
(Continua)
Músculos das articulações dos membros inferiores: quadril, joelho e tornozelo8
Os músculos do membro inferior e suas 
respectivas funções nas fases da marcha
A locomoção é uma função complexa de se locomover com os pés que necessita 
de um trabalho muscular coordenado entre os músculos que se destinam a essa 
função. Nesse sentido, a marcha humana pode ser defi nida como uma forma 
ou um estilo da caminhada e pode variar por meio do humor do indivíduo. Por 
exemplo, quando se está alegre, os passos podem ser mais leves, podendo-se 
conotar mais “vitalidade” ao caminhar, mas quando se está triste ou deprimido, 
os passos podem ser mais “arrastados” (LIPPERT, 2013). O ato da locomoção 
apresenta ciclos de apoio e balanço (HOUGLUM; BERTOTI, 2014). Essas 
fases, como também são conhecidas, fazem parte do ciclo da marcha em que 
a fase de apoio apresenta em seu início o choque do calcanhar no solo, onde 
existe a sustentação do peso do corpo e seu fi nal confi gura a saída da parte 
anterior do pé resultante da fl exão plantar. Em relação à fase de balaço, ela 
se inicia depois da propulsão quando os dedos deixam o solo e apresenta seu 
término quando o calcanhar toca o solo. Importante salientar que essa fase 
corresponde a 40% do ciclo da marcha, enquanto os 60% restantes estão a 
cargo da fase de apoio.
A fase de apoio, em razão de corresponder a 60% do ciclo da marcha, 
está subdividida em cinco fases, a saber: choque do calcanhar, resposta à 
Fonte: Adaptado de Moore, Dalley e Agur (2014) e Gould (2010).
Músculo Principal função
Poplíteo Realiza a flexão do joelho.
Tibial posterior Promove a flexão plantar do 
tornozelo e a inversão do pé.
Flexor longo do hálux Realiza a flexão das articulações do primeiro dedo 
(hálux) e a flexão plantar do tornozelo e dá suporte 
aos arcos longitudinais do plantares do pé.
Flexor longo 
dos dedos
Realiza flexão plantar do tornozelo, flexão 
do segundo ao quinto dedo e dá suporte 
aos arcos longitudinais do pé.
Quadro 2. Músculos que movimentam o pé e os dedos
(Continuação)
9Músculos das articulações dos membros inferiores: quadril, joelho e tornozelo
carga, apoio médio, apoio terminal e pré-balanço. Já a fase de balanço, que 
corresponde a 40% do ciclo da marcha, apresenta três subdivisões: balanço 
inicial, balanço médio e balanço terminal. O Quadro 3 que segue visa, de 
maneira clara e objetiva, a demonstrar a relação dos músculos dos membros 
inferiores com as fases da marcha.
Fase da 
marcha
Objetivos 
mecânicos
Grupos mus-
culares ativos
Grupos mus-
culares ativos 
— exemplo 
muscular
Fase de 
apoio
Choque 
do calca-
nhar (con-
tato inicial)
Tocar o solo 
com a parte 
anterior do pé
Dorsiflexores 
do tornozelo 
(contração 
excêntrica)
Músculo tibial 
anterior
Desacelera-
ção contínua 
(reverter o 
avanço)
Extensores 
do quadril
Músculo glúteo 
máximo
Preservar o 
arco longitu-
dinal do pé
Músculos intrín-
secos do pé
Músculo 
flexor curto 
dos dedos
Tendões lon-
gos do pé
Músculo tibial 
anterior
Resposta 
à carga (a 
planta do 
pé está em 
contato 
com o 
solo)
Aceitar o peso Extensores 
do joelho
Músculo qua-
dríceps femoral
Desacelerar 
a massa 
(retardar a 
dorsiflexão)
Flexores planta-
res do tornozelo
Músculo tríceps 
sural (sóleo e 
gastrocnêmio)
Estabilizar 
a pelve
Abdutores 
do quadril
Músculos glú-
teos médio e 
mínimo; tensor 
da fáscia lata
Preservar o 
arco longitu-
dinal do pé
Músculos intrín-
secos do pé
Músculo 
flexor curto 
dos dedos
Quadro 3. Relação dos músculos dos membros inferiores com as fases da marcha
(Continua)
Músculos das articulações dos membros inferiores: quadril, joelho e tornozelo10
Fase da 
marcha
Objetivos 
mecânicos
Grupos mus-
culares ativos
Grupos mus-
culares ativos 
— exemplo 
muscular
Tendões lon-
gos do pé
Músculo 
tibial poste-
rior; Músculos 
flexores longos 
dos dedos
Apoio mé-
dio (ponto 
em que 
o corpo 
passa 
sobre o 
membro 
inferior 
que 
sustenta 
o peso)
Estabilizar 
o joelho
Extensores 
do joelho
Músculo qua-
dríceps femoral
Controlar a 
dorsiflexão 
(preservar o 
momento)
Flexores planta-
res do tornozelo 
(contração 
excêntrica)
Músculo tríceps 
sural (sóleo e 
gastrocnêmio)
Estabilizar 
a pelve
Abdutores 
do quadril
Músculos glú-
teos médio e 
mínimo; tensor 
da fáscia lata
Preservar o 
arco longitu-
dinal do pé
Músculos intrín-
secos do pé
Músculo 
flexor curto 
dos dedos
Tendões lon-
gos do pé
Músculo 
tibial poste-
rior; Músculos 
flexores longos 
dos dedos
Apoio 
terminal (o 
calcanhar 
sai do solo, 
enquanto 
a região 
plantar 
sob as 
cabeças do 
Acelerar a 
massa
Flexores planta-
res do tornozelo 
(contração 
concêntrica)
Músculo tríceps 
sural (sóleo e 
gastrocnêmio)
Estabilizar 
a pelve
Abdutores 
do quadril
Músculos glú-
teos médio e 
mínimo; tensor 
da fáscia lata
Quadro 3. Relação dos músculos dos membros inferiores com as fases da marcha
(Continuação)
(Continua)
11Músculos das articulações dos membros inferiores: quadril, joelho e tornozelo
Fase da 
marcha
Objetivos 
mecânicos
Grupos mus-
culares ativos
Grupos mus-
culares ativos 
— exemplo 
muscular
primeiro e 
segundo 
ossos me-
tatarsais e 
os dedos 
continuam 
em con-
tato com 
o solo)
Preservar os 
arcos do pé; 
fixar a parte 
anterior do pé
Músculos intrín-
secos do pé
Músculo adutor 
do hálux
Tendões lon-
gos do pé
Músculo 
tibial poste-
rior; Músculos 
flexores longos 
dos dedos
Pré-
-balanço 
(os dedos 
saem do 
solo, ter-
minando 
a fase de 
apoio)
Acelerar a 
massa
Flexores longos 
dos dedos
Músculo flexor 
longo do hálux; 
músculo 
flexor longo 
dos dedos
Preservar os 
arcos do pé; 
fixar a parte 
anterior do pé
Músculos intrín-
secos do pé
Músculo adutor 
do hálux
Tendões lon-
gos do pé
Músculo 
tibial poste-
rior; músculos 
flexores longos 
dos dedos
Desacelerar a 
coxa; pre-
parar para 
o balanço
Flexor do quadril 
(contração 
excêntrica)
Músculo iliop-
soas; músculo 
reto femoral
Fase de 
balanço
Balanço 
inicial (o 
membro 
inferior em 
fase de ba-
lanço inicia 
o movi-
mento 
para 
frente)
Acelerar a 
coxa e variar 
a cadência
Flexor do quadril 
(contração 
concêntrica)
Músculo iliop-
soas; músculo 
reto femoral
Elevar o pé Dorsiflexores 
do tornozelo
Músculo tibial 
anterior
Quadro 3. Relação dos músculos dos membros inferiores com as fases da marcha
(Continuação)
(Continua)
Músculos das articulações dos membros inferiores: quadril, joelho e tornozelo12
Fonte: Adaptado Moore, Dalley e Agur (2014, p. 30) e Lippert (2013, p. 303).
Quadro 3. Relação dos músculos dos membros inferiores com as fases da marcha(Continuação)
Fase da 
marcha
Objetivos 
mecânicos
Grupos mus-
culares ativos
Grupos mus-
culares ativos 
— exemplo 
muscular
Balanço 
médio (o 
membro 
inferior de 
balanço, 
que está 
susten-
tando o 
peso, está 
direta-
mente 
embaixo 
do corpo)
Elevar o pé Dorsiflexores 
do tornozelo
Músculo tibial 
anterior
Balanço 
terminal (o 
membro 
inferior 
está desa-
celerando 
em prepa-
ração para 
o toque do 
calcanhar)
Desacelerar 
a coxa
Extensores do 
quadril (contra-
ção excêntrica)
Músculo 
glúteo máximo; 
músculos 
isquiotibiais
Desacelerar 
a perna
Flexores do 
joelho (contra-
ção excêntrica)
Músculos 
isquiotibiais
Posicionar 
o pé
Dorsiflexores 
do tornozelo
Músculo tibial 
anterior
Estender o 
joelho para 
posicionar o 
pé (controlar 
a passada) 
e preparar 
para contato
Extensores 
do joelho
Músculo qua-
dríceps femoral
13Músculos das articulações dos membros inferiores: quadril, joelho e tornozelo
Quando ocorre uma lesão no nervo glúteo superior, o resultado esperado é uma 
paralisia dos músculos glúteos médio e mínimo. Nesse sentido, essa paralisia muscular 
provoca a incapacidade de estabilizar a pelve durante a deambulação e, diante disso, 
se evidencia o sinal de Trendelenburg positivo e marcha miopática (GOULD, 2010).
GOULD, D. J. Anatomia clínica para seu bolso. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
HOUGLUM, P. A.; BERTOTI, D. (Ed.). Cinesiologia clínica de Brunnstrom. 6. ed. Barueri, SP: 
Manole, 2014.
LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica e anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2013.
MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia humana. 6. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2009.
MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
Leituras recomendadas
CALAIS-GERMAIN, B. Anatomia para o movimento: introdução à análise das técnicas 
corporais. 4. ed. Barueri, SP: Manole, /2010. v. 1.
CALAIS-GERMAIN, B.; LAMOTTE, A. Anatomia para o movimento: bases de exercícios. 
2. ed. Barueri, SP: Manole, 2010. v. 2. 
LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica e anatomia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2018.
Músculos das articulações dos membros inferiores: quadril, joelho e tornozelo14
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