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PSA (6937-00) CONTEÚDO Usuário valdineia.barbosa1 @aluno.unip.br Curso PSA Teste PSA 2021/2 Iniciado 24/10/21 22:53 Enviado 25/10/21 01:15 Data de vencimento 26/10/21 01:00 Status Completada Resultado da tentativa 10 em 10 pontos Tempo decorrido 2 horas, 22 minutos Autoteste O aluno responde e o resultado do aluno não é visível ao professor. Resultados exibidos Respostas enviadas, Perguntas respondidas incorretamente Pergunta 1 0,5 em 0,5 pontos Leia a imagem e o texto a seguir. Por que a diversidade no ambiente de trabalho é necessária? Victor Neves Nos últimos anos, movimentos sociais que reivindicam a igualdade de minorias ganharam força globalmente. Promover a inclusão no mundo corporativo significa entender a importância do respeito e da valorização das diferenças. É aí que entra uma das principais vantagens desse posicionamento para as empresas: melhorar a employer brand (marca empregadora). Se uma empresa é reconhecida por sua diversidade, cada vez mais pessoas de diferentes origens terão interesse em se juntar a ela. Isso facilita a atração de talentos, já que as opções de candidatos para preencher as vagas serão sempre abundantes e qualificadas. Reter esses profissionais na organização também é mais fácil, afinal, um ambiente respeitoso e diverso favorece o clima interno. Com isso, os colaboradores ficam mais satisfeitos com seus empregos, e os conflitos no dia a dia diminuem, o que mantém a produtividade e a eficiência em alta. Outro grande benefício da diversidade no ambiente do trabalho é o enriquecimento cultural da empresa. Pessoas com origens, crenças, etnias, orientações sexuais e classes sociais diferentes trazem para a organização ideias e visões de mundo nada parecidas umas com as outras. Isso está associado ao desenvolvimento de produtos mais criativos e inovadores, que não seriam possíveis se todas as pessoas da equipe tivessem https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_71061568_1&course_id=_28560_1&content_id=_2417896_1&return_content=1&step= https://ava.ead.unip.br/webapps/blackboard/content/listContent.jsp?course_id=_28560_1&content_id=_439332_1&mode=reset vivências parecidas. Disponível em <https://blog.woli.com.br/por-que-a-diversidade-no-ambiente-de- trabalho-e-necessaria/>. Acesso em 29 jun. 2021. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. As práticas de diversidade e inclusão adotadas pelas empresas têm o intuito de exercer a caridade com os indivíduos que se sentem excluídos. II. A inclusão da diversidade é um fator que favorece a valorização cultural das empresas e contribui para a boa imagem da marca. III. Uma equipe formada por colaboradores com culturas diferentes aumenta os resultados produtivos, mas também estimula os conflitos e a competição. É correto o que se afirma somente em Resposta Selecionada: b. II. Pergunta 2 0,5 em 0,5 pontos Leia o texto a seguir, intitulado “Pandemia e acessibilidade: Entenda a importância da inclusão e os novos desafios causados pela Covid-19”, de Brenda Xavier, publicado em 18/02/2021. A pandemia causada pelo novo coronavírus espalhou-se pelo mundo de forma rápida e impactante, fazendo com que muitas pessoas se isolassem. Antes de tudo isso, quem é cego, surdo, cadeirante ou tem algum tipo de deficiência física ou intelectual já enfrentava vários desafios e, com a pandemia, novas barreiras surgiram para a acessibilidade. Agora, um deficiente visual, que precisa tocar em superfícies ou ter o apoio de outras pessoas, está mais vulnerável do que nunca. Tocando em diferentes superfícies ou falando com pessoas que ele não sabe se estão usando máscara, como evitar a contaminação pela Covid-19? Quais são os impactos da pandemia na acessibilidade e no direito de ir e vir? Thays Martinez, advogada, responsável pela Lei estadual N° 10.784 (atualizada pela Lei Nº 12.907, de 15 de abril de 2008), que garante que cães- guia possam entrar em transporte público, compartilha sua experiência. Ela explica que as pessoas que têm deficiência visual estão mais vulneráveis à Covid-19, devido à necessidade de contato com pessoas e, sobretudo, superfícies. “Com a pandemia, as compras online aumentaram, mas muitos aplicativos e sites tornam inviável o uso por pessoas deficientes visuais”, relata. Com a visão comprometida, o tato é um dos principais sentidos utilizados por pessoas com deficiência visual. O contato físico se faz necessário sempre, e é justamente isso que os deixa mais expostos à Covid-19. De acordo com dados do IBGE no Censo 2010 (gráfico 1), 1.203.353 pessoas têm deficiência visual no estado de São Paulo. O que equivale a 40% do total de moradores com algum tipo de deficiência. Sobre as vulnerabilidades que pessoas deficientes enfrentam, Martinez ressalta a importância da consciência de quem oferece um produto ou serviço – uma reflexão que demanda revisão. “As empresas precisam pensar na inclusão e deixar que seus serviços sejam acessíveis para todos. A consciência sobre isso precisa ser desenvolvida, e a pandemia nos mostrou isso”, comenta. Disponível em <https://aupa.com.br/pandemia-e-acessibilidade/>. Acesso em 02 ago. 2021. Gráfico 1. Porcentagem da população, de acordo com o tipo de deficiência. (Brasil- 2010). IBGE, Censo Demográfico, 2010. Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. I. A análise do gráfico confirma que são os portadores de deficiência auditiva os mais prejudicados pelas dificuldades de acessibilidade durante a pandemia do coronavírus. PORQUE II. As vulnerabilidades da acessibilidade são características presentes na vida dos portadores de deficiência e elas se acentuaram durante o período de pandemia. Assinale a alternativa correta. Resposta Selecionada: d. A asserção I é falsa, e a asserção II é verdadeira. Pergunta 3 0,5 em 0,5 pontos Leia os quadrinhos e a notícia. IBGE aponta desigualdade de aces so à internet entre estudantes Alunos de escolas públicas têm mais dificuldade de conexão; o celular é meio utilizado pelos alunos de todas as redes Karla Dunder, do R7 – 14.04.2021 O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quarta-feira (14) os dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua) que analisa o uso da televisão e da internet pelas famílias brasileiras. Os números são referentes a 2019 e indicam que estudantes de escolas particulares têm mais acesso à internet que aqueles da rede pública. A pesquisa aponta diferenças sociais de acesso à internet em 2019 e que ficaram mais evidentes após a pandemia de covid-19, que impôs isolamento social e ensino remoto. De acordo com os dados da Pnad de 2019, 88,1% dos estudantes brasileiros acessaram a internet. No entanto, a pesquisa mostra uma diferença social: 98,4% dos estudantes da rede privada tiveram acesso à rede e esse percentual entre os estudantes da rede pública de ensino foi de 83,7%. A Pnad também aponta diferenças de acesso por região do país. Nas regiões Norte e Nordeste, o percentual de estudantes da rede pública que utilizaram a internet foi de 68,4% e 77,0%, respectivamente; nas demais regiões, esse percentual variou de 88,6% a 91,3%. A distância fica ainda maior quando apenas os estudantes da rede privada são analisados; o percentual de uso ficou acima de 95,0% em todas as regiões, "alcançando praticamente a totalidade dos estudantes nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste". O acesso à internet pelo celular é o meio mais comum a todos os estudantes tanto na rede pública (96,8%) quanto na rede privada (98,5%). A diferença volta quando o foco está na posse do aparelho. Nas escolas particulares, 92,6% dos alunos tinham telefone celular para uso pessoal; esse percentual era de apenas 64,8% entre aqueles da rede pública. A maior diferença ocorreu na região Norte: apenas 47,5% de estudantes da redepública tinham o próprio aparelho celular. Do total de estudantes que tinham aparelho celular para uso pessoal no país, um contingente de 26,3 milhões de pessoas, a parcela que tinha acesso à Internet nesse aparelho era de 97,8%, acima da parcela estimada para o total da população de 10 anos ou mais de idade (91,0%). A diferença social volta a ganhar força quando o meio de acesso à web é o computador — 81,8% dos estudantes da rede privada acessavam a internet pelo computador; esse percentual era apenas 43,0% entre os estudantes da rede pública. O uso da televisão para acessar a Internet ocorria para 51,1% dos estudantes da rede privada, sendo esse percentual o dobro do apresentado entre estudantes da rede pública (26,8%). No uso do tablet, a diferença chega a quase três vezes. Entre os estudantes da rede pública, a principal finalidade do uso da Internet foi assistir a vídeos, inclusive programas, séries e filmes (93,4%), ao passo que, entre os estudantes da rede privada, o maior percentual ocorreu na finalidade enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail (97,2%). Disponível em <https://noticias.r7.com/educacao/ibge-aponta-desigualdade-de-acesso-a-internet- entre-estudantes-14042021>. Acesso em 25 set. 2021 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. Os quadrinhos mostram, com humor, a importância que a internet tem atualmente como fonte de pesquisa para os mais variados assuntos. II. O uso da internet pelos estudantes brasileiros revela desigualdades entre as regiões brasileiras e entre alunos de escolas particulares e de escolas públicas. III. De acordo com a pesquisa, mais de 90% dos estudantes da rede pública não utilizam a internet para o estudo: usam essa rede apenas para assistirem a vídeos e a programas de entretenimento. IV. A intenção dos quadrinhos é mostrar que, em qualquer situação, as informações encontradas no Google são verdadeiras. É correto o que se afirma apenas em https://noticias.r7.com/educacao/pesquisa-internet-foi-o-maior-problema-das-escolas-em-2020-10032021 https://noticias.r7.com/educacao/36-dos-estudantes-tiveram-dificuldade-com-a-internet-06112020 https://noticias.r7.com/educacao/36-dos-estudantes-tiveram-dificuldade-com-a-internet-06112020 https://noticias.r7.com/educacao/whatsapp-se-tornou-ferramenta-para-estudantes-sem-conexao-22032021 Resposta Selecionada: e. I e II. Pergunta 4 0,5 em 0,5 pontos Leia o texto a seguir, publicado em 5 de agosto de 2021. Baixo nível de empatia aumenta estresse do brasileiro durante a pandemia A incapacidade de se colocar no lugar do outro associada ao desgaste emocional e à falta de infraestrutura durante a pandemia elevou os níveis de sofrimento entre os brasileiros neste período — e nos colocou entre os povos mais estressados do mundo. A constatação veio com o resultado da primeira fase da pesquisa "Adaptação social em estresse na pandemia de covid- 19: um estudo transcultural", coordenada pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) em parceria com mais 24 países. O estudo revelou que houve uma percepção de aumento do individualismo por causa das medidas de isolamento e distanciamento social. Em contrapartida, governos que oferecem uma infraestrutura coletiva melhor reduzem o impacto emocional nos indivíduos. A ideia é que o trabalho contribua para o desenvolvimento de intervenções no campo da saúde mental e ajude a sociedade a lidar com esse tipo de problema em crises futuras. Brasileiro e o mito da alegria contagiante À primeira vista, o resultado do estudo pode parecer contraditório. Afinal, o brasileiro não é aquele povo alegre, sempre disposto a sorrir e ajudar o próximo na adversidade? Pois a realidade parece não ser bem essa. "Nós estamos habituados a estarmos juntos na festa, no futebol, é uma cultura baseada na celebração, na sensação de prazer", afirma a professora Edna Ponciano, do Instituto de Psicologia da UERJ e coordenadora da pesquisa. Segundo ela, não somos acostumados a dividir a dor, o sofrimento com os outros, e isso pode ser um problema. "Nossa maneira de lidar é se distrair para esquecer, mas, com isso, deixamos de lidar com os problemas e transformamos esses sentimentos em ansiedade, depressão e estresse", acredita a especialista. Cultura coletivista é mais resiliente Ponciano lembra ainda que o Brasil pontuou muito alto no individualismo — o que também parece ser um contrassenso, já que o brasileiro tem fama de ser solidário e prestativo. "De fato, o brasileiro é solidário, mas muito mais direcionado às pessoas que ele conhece, ao seu círculo social e familiar", avalia. "O outro desconhecido não nos toca tanto", acredita. Por outro lado, a pesquisadora lembra que as sociedades que estão passando pela crise sanitária de forma coletiva estão conseguindo lidar melhor com o sofrimento. Em outras palavras, a coletividade permite a construção de pessoas mais resilientes e satisfeitas. Para Gustavo Arns, especialista em felicidade e bem-estar, o aumento do estresse tem relação direta com o individualismo. "Essa falta de empatia nos deixa fechados para o outro, fechados em nós mesmos e isolados", afirma ele, que é idealizador do primeiro Congresso Brasileiro de Felicidade e professor da pós-graduação em psicologia positiva da PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul). Para ele, a pandemia não vai solucionar todas as nossas relações e problemas sociais, mas é uma boa oportunidade para começarmos a solucionar essas questões. "Nunca se falou tanto em saúde mental e qualidade de vida", afirma. "Acredito que é o momento ideal para começarmos a refletir sobre como podemos começar a construir a nossa felicidade." Disponível em <https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/08/05/baixo-nivel-de-empatia-aumenta-estresse-do-brasileiro- durante-a-pandemia.htm>. Acesso em 9 ago. 2021. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. O Brasil é o país da festa e do futebol, e o brasileiro, por ser naturalmente cordial e alegre, tem se estressado de maneira moderada com o isolamento social. II. Os resultados da pesquisa apontam que o brasileiro é individualista, apesar da fama de solidário. III. A capacidade de se colocar no lugar do outro, ou seja, a empatia, pode auxiliar as pessoas a lidar melhor com o sofrimento. É correto o que se afirma em Resposta Selecionada: c. II e III, apenas. Pergunta 5 0,5 em 0,5 pontos Leia a charge e o texto a seguir. Celular e tablets para crianças: passar muito tempo usando eletrônicos pode prejudicar o desenvolvimento Michelle Roberts (BBC News) Deixar uma criança pequena passar muito tempo usando tablets, celulares e outros eletrônicos com telas pode atrasar o desenvolvimento de habilidades de linguagem e sociabilidade, de acordo com o estudo canadense. A pesquisa, que acompanhou cerca de 2,5 mil crianças de 2 anos de idade, é a mais recente evidência no debate sobre quanto tempo de uso de telas é seguro para crianças. (...) Mães foram consultadas, entre 2011 e 2016, sobre o tempo de uso de telas e preencheram questionários sobre as habilidades e o desenvolvimento de seus filhos quando tinham 2, 3 e 5 anos. Isso incluiu assistir a programas de TV, filmes ou vídeos, jogar videogames e usar computador, tablet, celular ou qualquer aparelho com uma tela. Com a idade de 2 anos, as crianças passavam em média 17 horas em frente a telas por semana. Isso aumentou para cerca de 25 horas aos 3 anos, mas caiu para cerca de 11 horas aos 5 anos, quando as crianças começam a escola primária. As descobertas, publicadas no periódico JAMA Pediatrics, sugerem que há aumento do tempo de uso de telas antes que qualquer atraso no desenvolvimento seja notado (...). Mas não está claro se o aumento do uso de telas é diretamente responsável. O maior tempo da tela pode ser um aspecto simultâneo a outros ligados ao atraso no desenvolvimento,como a forma com que a criança é educada e o que a criança faz no restante do seu tempo de lazer. Os cientistas indicam que, quando as crianças pequenas estão olhando para telas, elas podem estar perdendo oportunidades de praticar e dominar outras habilidades importantes. Em teoria, isso poderia atrapalhar interações sociais e limitar o tempo com que as crianças passam correndo e praticando outras habilidades físicas. Mesmo sem provas concretas de danos, a cientista Sheri Madigan e seus colegas, autores do estudo, dizem que, ainda assim, faz sentido limitar o tempo de uso de telas das crianças e garantir que isso não atrapalhe as "interações interpessoais ou o tempo em família". (...) "Ainda precisamos de mais pesquisas para dizer se crianças são mais vulneráveis aos danos causados pelo uso de telas e qual impacto que isso pode ter na sua saúde mental", disse Bernadka Dubicka, do Royal College of Psychiatrists. "Também precisamos avaliar os efeitos de diferentes tipos de conteúdo, porque há também formas positivas de usar telas". Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/geral-47036386>. Acesso em 29 jun. 2021 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. O texto e a charge apresentam uma crítica acerca da influência do uso das tecnologias nas relações interpessoais entre as crianças. II. O objetivo da tirinha é mostrar que o uso de celulares pode ser uma brincadeira produtiva e interativa. III. O texto indica que o uso excessivo e inadequado das telas pode influenciar negativamente no desenvolvimento infantil. É correto o que se afirma em Resposta Selecionada: d. I e III, apenas. Pergunta 6 0,5 em 0,5 pontos Leia o texto a seguir. As falhas do ensino da matemática expostas pela pandemia do coronavírus. Nossa dificuldade em lidar com modelos e projeções evidencia 'analfabetismo de dados', diz especialista; como podemos melhorar o ensino de estatísticas, raciocínio lógico e de temas do cotidiano do século 21? BBC - 06/06/2020. Desde projeções de novos casos de coronavírus até o chamado "achatamento da curva" de contágio, conceitos e modelos matemáticos entraram no noticiário e nas discussões da pandemia e, para alguns especialistas, a nossa dificuldade em entender e aplicar esses conceitos é mais uma evidência de que a forma como aprendemos matemática na escola está muito longe de nos preparar para usar a disciplina na vida real. Esse foi um dos assuntos debatidos no seminário on-line "Como ensinar a matemática do futuro?", realizado pelo Instituto Sidarta (dedicado a projetos e políticas no ensino da matemática) em 28 de maio. "Estamos ensinando a matemática do século 19 nas nossas escolas, e isso cria uma lacuna na formação que damos aos jovens para o exercício de profissões e para munir as crianças com ferramentas para entender o mundo à nossa volta, que é o objetivo da matemática", afirmou no encontro virtual Marcelo Viana, diretor-geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa). E quais são essas ferramentas? Viana citou algumas: estatística e probabilidades, por exemplo, essenciais para entendermos o comportamento do novo coronavírus e o impacto das medidas de prevenção, são temas que o matemático acredita que "estavam até há pouco tempo praticamente ausentes de sala de aula", embora ele ache que isso esteja mudando com a adoção da nova Base Nacional Curricular Comum, documento que traçou novas diretrizes para o ensino público e privado do país. Para além da pandemia, estatística e probabilidades têm infinitos usos cotidianos, dos mais simples (como entender a probabilidade de chuva em um dia qualquer) aos mais complexos (como identificar padrões de infecções em hospitais para adotar medidas de prevenção). "Outra área que custa para chegar à sala de aula é a combinatória, base da ciência da computação e da tecnologia da informação", agregou Viana. A análise combinatória permite que se analisem quantas combinações diferentes podem ser feitas com um conjunto de elementos. Por exemplo, com as 26 letras do alfabeto e dez números, quantas combinações de senhas de 8 dígitos eu consigo fazer? (A resposta é 2,8 trilhões de senhas). Viana citou, por fim, o estímulo ao raciocínio lógico como algo "absolutamente negligenciado (no ensino da matemática), o que é trágico", por se tratar de uma habilidade considerada essencial para formar trabalhadores e cidadãos para o século 21. 'Alfabetismo de dados' No Brasil, só 16% dos alunos concluem o ensino fundamental (9° ano) com aprendizado adequado em matemática, segundo os dados da Prova Brasil 2017. [...] Ser alfabetizado em dados significa ser capaz de entender números, gráficos, probabilidades ou questões lógicas, por exemplo, e conseguir usar esses dados para entender padrões ou mesmo tomar decisões. "São ensinados alguns conceitos (relacionados ao uso de dados), mas, no geral, é um tópico negligenciado", prossegue Dieckmann. Embora se ensinem conceitos básicos, como média e mediana, ele diz que falta, em geral, trazer uma "abordagem exploratória" para dentro da sala de aula, fazendo a conexão entre esses conceitos e os padrões, as conexões e os usos para eles na vida real dos alunos. [...] O que vai ser do ensino no pós-pandemia Embora haja a percepção de que a pandemia vai mudar a dinâmica das escolas e o ensino da matemática, a forma como isso vai acontecer ainda é uma interrogação. Como promover o ensino colaborativo da matemática e a resolução conjunta de problemas, se os alunos provavelmente terão de manter o distanciamento entre si, mesmo dentro de sala de aula, por um bom tempo? [...] "Na volta às aulas (presenciais) vai ser difícil, sem dúvida, de fazer com que os alunos se sintam seguros, estáveis e prontos para entender a nova realidade. No momento ainda não vemos luz no fim do túnel, mas temos uma oportunidade de olhar para o que pode ser melhorado e para criar um novo normal, em vez de voltar para o normal de antes, que não estava funcionando". Disponível em <https://g1.globo.com/educacao/noticia/2020/06/06/as-falhas-do-ensino-da-matematica-expostas- pela-pandemia-do- coronavirus.ghtml>. Acesso em 30 jun. 2021 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. O analfabetismo de dados ocorre, por exemplo, porque são ensinados alguns conceitos, como média e mediana, sem que se estabeleça relação do conteúdo com o cotidiano do aluno. II. No Brasil, a pandemia de coronavírus tornou o ensino de matemática descontextualizado e impediu os alunos de realizarem abordagens exploratórias. III. A dificuldade de aprendizagem de índices e conceitos matemáticos é a responsável pela expansão do contágio de covid-19, uma vez que as projeções da doença não são compreendidas pelos estudantes. É correto o que se afirma em Resposta Selecionada: d. I, apenas. Pergunta 7 0,5 em 0,5 pontos Leia a imagem e o texto a seguir. A rápida disseminação do novo coronavírus por todo o mundo, as incertezas sobre como controlar a doença e sobre sua gravidade, além da imprevisibilidade acerca do tempo de duração da pandemia e dos seus desdobramentos, caracterizam-se como fatores de risco à saúde mental da população geral (Zandifar & Badrfam, 2020). Esse cenário parece agravado também pela difusão de mitos e informações equivocadas sobre a infecção e as medidas de prevenção, assim como pela dificuldade da população geral em compreender as orientações das autoridades sanitárias (Bao, Sun, Meng, Shi, & Lu, 2020). Nesse sentido, videoclipes e mensagens alarmantes sobre a Covid-19 têm circulado em mídias sociais, por meio de smartphones e computadores, frequentemente provocando pânico (Goyal et al., 2020). Da mesma forma, notícias falsas vêm sendo compartilhadas (Barros-Delben et al., 2020; Shimizu, 2020), por vezes contrariando as orientações de autoridades sanitárias e minimizando os efeitos da doença. Isso parece contribuir para condutasinapropriadas e exposição a riscos desnecessários, pois os comportamentos que as pessoas apresentam estão ligados à compreensão que têm acerca da severidade da Covid-19 (Shojaei & Masoumi, 2020). Pessoas com suspeita de infecção pelo novo coronavírus podem desenvolver sintomas obsessivo- compulsivos, como a verificação repetida da temperatura corporal (Li et al., 2020b). A ansiedade em relação à saúde também pode provocar interpretação equivocada das sensações corporais, fazendo com que as pessoas as confundam com sinais da doença e se dirijam desnecessariamente a serviços hospitalares, conforme ocorreu na pandemia de influenza H1N1, em 2009 (Asmundson & Taylor, 2020). Ademais, medidas como isolamento de casos suspeitos, fechamento de escolas e universidades e estabelecimento de distanciamento social de idosos e outros grupos de risco, bem como quarentena, acabam por provocar diminuição das conexões face a face e das interações sociais rotineiras, o que também pode consistir em um estressor importante nesse período (Brooks et al., 2020; Zandifar & Badrfam, 2020; Zhang, Wu, Zhao, & Zhang, 2020b). Disponível em <https://www.scielo.br/j/estpsi/a/L6j64vKkynZH9Gc4PtNWQng/?lang=pt>. Acesso em 03 ago. 2021. Com base na figura e no texto apresentados, avalie as afirmativas. I. A difusão de fake news e de informações incoerentes sobre o processo pandêmico do Covid-19 colaboram para o acometimento da saúde física e mental da população. II. A suspeita de infecção pelo coronavírus pode favorecer o desenvolvimento de comportamentos obsessivo-compulsivos, como a verificação quase contínua da temperatura corporal. III. A redução do contato interpessoal, observado pelo fechamento de escolas e universidades e pelo isolamento social, tem contribuído para o aumento do estresse na população em geral. IV. O objetivo da figura é mostrar as atividades que podem melhorar a saúde mental, que foi afetada pela pandemia. É correto o que se afirma apenas em Resposta Selecionada: e. I, II e III. Pergunta 8 0,5 em 0,5 pontos Observe a pintura de Kevin Lee, intitulada “A invisibilidade da pobreza'', e leia o texto a seguir. Falta de dados reflete invisibilidade da população em situação de rua no Brasil CNN, São Paulo – 01.06.2021 "Eu até me emociono quando me fazem essa pergunta, porque dói muito ver a pessoa em situação de rua. Pra mim, dói muito". Poucas pessoas que não experimentaram o que é dormir sem um teto sobre a cabeça poderiam dar uma resposta como essa. O músico Wellington Antônio Vanderlei sabe bem o que é isso e, entre suas idas e vindas na rua desde a adolescência, é certeiro quando responde qual o sentimento relegado à população que vive sem ter onde morar. "Ah, o sentimento é que você é invisível mesmo, né?". Invisível aos olhos da sociedade e, muitas vezes, também aos olhos do poder público. As discussões a respeito do adiamento do censo populacional que seria realizado neste ano lançaram luz sobre a importância de pesquisas para a formulação de políticas públicas. Políticas essas que reduzem os níveis de desigualdade, combatem a fome, o desemprego, o abandono escolar e tantos outros gargalos sociais. O problema é que quem vive na rua não entra nas estatísticas do Censo. A única vez em que foi realizado um levantamento nacional exclusivamente sobre a população em situação de rua foi em 2008, quando foram registradas informações extremamente relevantes e até inesperadas, como o fato de que 70% dessa população tinha algum tipo de trabalho. Outros dados, nem tão inesperados assim: 67% dessas pessoas eram negras, retrato do racismo e da desigualdade no nosso país. O que o país tem de mais recente sobre a população em situação de rua é uma estimativa produzida por Marcos Natalino, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que projetou 222 mil pessoas vivendo nas ruas do Brasil até março do ano passado. O cenário, é claro, agravou-se durante a pandemia. "Agora, na pandemia, eles são visíveis à medida que, quando fecha a cidade, menos pessoas circulam pelas ruas. Os únicos que circulam nas ruas são eles. Então, é um jogo. Ora eles são visíveis, ora eles são invisíveis. Quando incomodam, são visíveis. Quando não incomodam a ordem estabelecida, são invisíveis", opina o padre Júlio Lancellotti, que há anos é uma referência no apoio a quem vive nas ruas. Disponível em <https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2021/06/01/podcast-entre-vozes-alerta-para-invisibilidade-de-quem-vive-em- situacao-de-rua>. Acesso em 25 jul. 2021 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. A imagem e o texto jornalístico apresentam discursos antagônicos, pois o artista enfatiza, com seus traços, a visibilidade de um menino pobre, e a matéria aponta que as pessoas em situação de rua são ora visíveis, ora invisíveis. II. Segundo o texto, as pessoas em situação de rua são pouco visíveis ao poder público, e isso implica a criação insuficiente de políticas direcionadas a elas. III. O objetivo da imagem é mostrar que o menino, mesmo pobre, pode ter ascensão social, representada pela escada e pela rampa. https://www.cnnbrasil.com.br/tudo-sobre/censo https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2021/01/13/especialistas-veem-aumento-de-populacao-de-rua-mas-nao-ha-dados-oficiais IV. De acordo com o texto, a pandemia aumentou a visibilidade das pessoas que moram na rua porque gerou mais ações de solidariedade. É correto o que se afirma somente em Resposta Selecionada: e. II. Pergunta 9 0,5 em 0,5 pontos A série de tirinhas Dilbert, criada por Scott Adams, retrata as mazelas do mundo corporativo de forma satírica. Os personagens Dogbert (o cachorro) e Boss participam da tirinha a seguir. Nela, são contratados os serviços de pesquisas de Dogbert, supostamente com o intuito de comprovar a confiabilidade dos produtos oferecidos pela empresa de Boss. Com base na leitura, analise as asserções e a relação proposta entre elas. I. A amostra da pesquisa retratada na tirinha é composta por apenas um elemento, o que é insuficiente para retratar com fidelidade a população de usuários dos produtos da empresa. PORQUE II. A pergunta feita por Dogbert ao entrevistado tem a intenção de gerar resultados enviesados para agradar Boss e, dessa forma, não traz qualquer conclusão relevante a respeito dos produtos. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. Resposta Selecionada: b. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não justifica a I. Pergunta 10 0,5 em 0,5 pontos Leia o texto. O último paradoxo da vida moderna: por que ficamos presos ao celular, mas odiamos falar por telefone? Não deixe uma ligação rápida arruinar uma longa e confusa série de mensagens de WhatsApp Sílvia Lopez – 01/06/2019 Para iniciar um texto, Hemingway dizia a si mesmo: “Escreva a frase mais verdadeira que você conhece”. Neste caso, seria: a psicóloga Cristina Pérez, do Siquia, respondeu por meio de mensagens de áudio às perguntas que lhe enviamos por e-mail. Essa curiosidade metajornalística não tem importância nem altera a qualidade de suas respostas, só ilustra a variedade e a fluidez de opções com as quais podemos nos comunicar hoje. Recebemos um e-mail? Respondemos com um áudio. Chegou um áudio de WhatsApp? Respondemos com um texto. Recebemos um telefonema? Não respondemos. Esperamos. Esperamos. E escrevemos: “Você me ligou? Não posso falar, é melhor me escrever”. O paradoxo do grande vício do século XXI é que estamos presos ao celular, mas temos fobia das ligações telefônicas. VOTO DE SILÊNCIO É uma tendência mais presente entre os mais jovens, mas comum em todas as faixas etárias: só na Espanha, o uso diário de aplicativos de mensagens instantâneas como WhatsApp, Telegram e Facebook Messenger é quase o dobro do uso de ligações por telefone fixo e celular, segundo o Relatório da Sociedade Digitalna Espanha de 2018, da Fundação Telefónica. Não só preferimos as mensagens instantâneas aos telefonemas, como também preferimos essas mensagens a interagir com outras pessoas. Ou pelo menos foi o que 95,1% da população espanhola disse preferir (o cara a cara só tem 86,6% de popularidade). A ligação telefônica − que, até não muito tempo atrás, esperávamos com alegria ou tolerávamos com resignação, mas nunca evitávamos com uma rejeição universal – tornou-se uma presença intrusiva e incômoda, perturbadora e tirânica, mas por quê? “Uma das razões é que quando recebemos uma ligação, ela interrompe algo que estávamos fazendo, ou simplesmente não temos vontade de falar nesse momento”, explica a psicóloga Cristina Pérez. “Por outro lado, também exige de nós uma resposta imediata, ao contrário do que ocorre na comunicação escrita, que nos permite pensar bem no que queremos dizer. E a terceira razão seria o fato de não poder saber de antemão qual será a duração do telefonema”, acrescenta. INTROVERTIDOS E ENTREGUES ÀS TELAS Perder tempo em um telefonema é uma perspectiva assustadora. No entanto, segundo um relatório mundial da Deloitte, consultamos nossas telas mais de 40 vezes ao dia, e uma de cada quatro pessoas faz isso entre 100 e mais de 200 vezes. Talvez a coisa mais valiosa que nosso interlocutor exija em uma ligação não seja o tempo, e sim a concentração. Será que o ódio de falar por telefone poderia ser sintoma de um problema mais profundo, como um distúrbio de déficit de atenção? “Em princípio não”, responde a psicóloga. Mas “sim, é possível que uma pessoa com déficit de atenção tenha dificuldade para manter uma longa conversa telefônica e até mesmo que às vezes perca o fio da meada e volte sua atenção para outra coisa, assim como lhe ocorreria em uma conversa frente a frente, mas isso não quer dizer que desenvolva um ódio de falar por telefone”. Cristina Pérez alerta: “Sim, pode ser sinal de uma personalidade introvertida. O imediatismo de um telefonema faz com que as pessoas introvertidas não se sintam confortáveis neles. São pessoas que dependem muito da observação e, por telefone, não podem examinar a expressão do interlocutor. Se uma interação social já é incômoda para elas, é muito pior quando não têm essa ajuda visual que utilizam tanto. De fato, esse tipo de personalidade prefere a comunicação escrita à falada”. COMO CORTAR A LIGAÇÃO Infelizmente, para esses introvertidos, não há uma fórmula que os libere de todos os telefonemas, embora o identificador do número que está ligando lhes dê certa autoridade. “Quando você recebe uma ligação, é você que decide se é o momento de atendê-la ou de deixá-la para mais tarde”, assinala a psicóloga. “Se você decidir atendê-la e precisar cortá-la, a melhor maneira de fazer isso é de forma assertiva (estabelecendo limites, embora inicialmente isso nos custe um pouco, já que podemos pensar que a outra pessoa ficará chateada, mas é questão de treinamento e paciência), só que você também deve detectar qual é o momento certo para cortar”. O problema não é apenas que nosso interlocutor queira falar ad infinitum. Ele muitas vezes quer de nós uma resposta rápida, se for, por exemplo, um telefonema de trabalho. O terror de não ter tempo para pensar o que devemos responder também nos impede de atender o telefone. A psicóloga também tem um truque para esses casos: “Se pedem uma resposta imediata que nesse momento você não pode dar, uma frase muito útil é ‘vou pensar com calma e amanhã conversamos’, já que se não temos certeza quanto a uma resposta, o melhor é adiá-la, porque o imediatismo nos faz agir impulsivamente e é possível que depois nos arrependamos da resposta dada”. ADEUS À DIALÉTICA? A aversão à conversa da chamada “geração muda” poderia ter mais consequências do que apenas evitar as reuniões sociais. “O preço a pagar por nascer nesta geração é, muitas vezes, a falta de habilidade na hora de iniciar ou manter uma conversa, embora essas pessoas possam passar horas e horas no celular, porque estão mais concentradas naquilo que seu dispositivo lhes pode oferecer (o que às vezes será uma conversa com outra pessoa, mas não frente a frente). São gerações nas quais o vício por novas tecnologias está na ordem do dia, e o problema não é apenas que não valorizem o quanto uma boa conversa pode ser enriquecedora. Os efeitos do uso excessivo do celular afetam também sua personalidade, já que são pessoas com baixa tolerância à frustração e com necessidade de um reforço social contínuo, que ocorre através das curtidas. Em suma, a tecnologia é boa desde que seja usada de forma compatível com a vida cotidiana da pessoa, ou seja, quando não interferir em sua vida social, trabalhista ou pessoal”, destaca a psicóloga. Disponível em <https://brasil.elpais.com/brasil/2019/06/01/tecnologia/1559392400_168692.html?utm_source=Facebook&ssm=FB _BR_CM&fbclid=IwAR0tUqfDyfynJW1aheWqEnGYU1GxGvsGbJmdxD63FnvmY- jCT7CAkjKswWs#Echobox=1625268988>. Acesso em 06 jul. 2021 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. II. De acordo com a pesquisa, falar ao telefone ou encontrar alguém pessoalmente são ações indesejadas pela maioria da população. III. O paradoxo apontado no texto refere-se ao fato de as pessoas alternarem diversos formatos de respostas às mensagens do dia a dia. IV. De acordo com a psicóloga, o telefonema apresenta, para muitas pessoas, a desvantagem de exigir uma resposta imediata e de interromper o que se está fazendo no momento. É correto o que se afirma em Resposta Selecionada: b. III, apenas. Pergunta 11 0,5 em 0,5 pontos Leia a charge e o trecho a seguir e avalie as afirmativas. Algo muito estranho está acontecendo no mundo atual. Vivemos melhor do que qualquer outra geração anterior. Pessoas são saudáveis graças às ciências da saúde. Moram em residências robustas, produto da engenharia. Usam eletricidade, domada pelo homem devido ao seu conhecimento de química e física. Paradoxalmente, essas mesmas pessoas ligam seus computadores, tablets e celulares para adquirir e disseminar informações que rejeitam a mesma ciência que é tão presente em suas vidas. Vivemos num mundo em que pessoas usam a ciência para negar a ciência. KOWALTOWSKI, Alicia. Usando a ciência para negar a ciência. 2019. Disponível em https://www.nexojornal.com.br/ (com adaptações). Acesso em 02 ago. 2021. . A charge ilustra o paradoxo que se afirma no texto: novas tecnologias, frutos do desenvolvimento científico, são usadas para negar a ciência. I. A charge tem por objetivo contrapor um professor arcaico com as novas tecnologias, que permitem assimilar o conhecimento de forma mais rápida. II. De acordo com o texto, é paradoxal que as pessoas atualmente, com o desenvolvimento científico contemporâneo, ainda fiquem doentes e não tenham moradias robustas. É correto o que se afirma apenas em Resposta Selecionada: a. I. Pergunta 12 0,5 em 0,5 pontos Leia o gráfico, sobre o saldo de empregos formais segundo o CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, e a charge. Com base na leitura, avalie as afirmativas. . Entre janeiro e fevereiro de 2021, houve aumento de cerca de 50% das vagas formais de emprego. I. No primeiro semestre de 2021, a geração de empregos teve um saldo positivo de cerca de mais de 1,5 milhão de vagas de emprego. II. O aumento da prestação do serviço de entrega, ilustrado na charge, é responsável pela ampliação de vagas formais em 2021. III. A charge tem por objetivo responsabilizar a falta de iniciativa empreendedora pelo desemprego registrado em 2020 e 2021. É correto o que se afirma apenas em Resposta Selecionada: a. I e II. Pergunta 13 0,5 em 0,5 pontos Para realizar pesquisas sobre o desemprego no Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divide a população total do país em dois grupos: os que têm e os que nãotêm idade para trabalhar. O grupo da população em idade para trabalhar, posteriormente, é subdividido em mais algumas categorias. As principais classificações do mercado de trabalho utilizadas pelo IBGE podem ser observadas no organograma a seguir. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) é a pesquisa do IBGE que visa a acompanhar as flutuações trimestrais e a evolução da força de trabalho brasileira, assim como outras informações necessárias para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país. O gráfico a seguir mostra os dados de ocupação, desocupação e outras divisões do mercado de trabalho brasileiro no 1º trimestre de 2021, de acordo com resultados da PNAD Contínua. De acordo com as informações apresentadas no gráfico, avalie as afirmativas. . A população total do Brasil é composta por mais de 210 milhões de pessoas. I. Há, aproximadamente, 100 milhões de pessoas com 14 anos ou mais no país. II. Quase metade da população do Brasil é formada por pessoas que fazem parte da força de trabalho. III. Os aposentados não foram incluídos no gráfico por não fazerem mais parte da força de trabalho. É correto apenas o que se afirma em Resposta Selecionada: b. I e III. Pergunta 14 0,5 em 0,5 pontos Leia o texto a seguir. O que é desemprego O desemprego, de forma simplificada, refere-se às pessoas com idade para trabalhar (acima de 14 anos) que não estão trabalhando, mas estão disponíveis e tentam encontrar trabalho. Assim, para alguém ser considerado desempregado, não basta não possuir um emprego. Veja alguns exemplos de pessoas que, embora não possuam um emprego, não podem ser consideradas desempregadas: um universitário que dedica seu tempo somente aos estudos; uma dona de casa que não trabalha fora; uma empreendedora que possui seu próprio negócio. De acordo com a metodologia usada pelo IBGE na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua, o estudante e a dona de casa são pessoas que estão fora da força de trabalho; já a empreendedora é considerada ocupada. A PNAD Contínua é a nossa pesquisa que mostra quantos desempregados há no Brasil. Nela, o que é conhecido popularmente como “desemprego” aparece no conceito de “desocupação”. Confira, no gráfico a seguir, os dados de ocupação, desocupação e outras divisões do mercado de trabalho no Brasil, de acordo com os últimos resultados da PNAD Contínua. Considerando o texto, as informações apresentadas nos gráficos e seus conhecimentos, assinale a alternativa correta. Resposta Selecionada: b. Aproximadamente, 7% da população brasileira é formada por desocupados. Pergunta 15 0,5 em 0,5 pontos Leia a tabela a seguir. Com base nas informações apresentadas na tabela, avalie as afirmativas. . Observando-se a tabela, é possível concluir que, em termos de desempenho das exportações brasileiras de proteína animal, considerados os períodos 2019 e 2020, a carne de suíno é a que obteve a maior variação positiva, seguida pela carne de bovino e pela carne de frango. I. Em termos de valor, em 2019, o Oriente Médio foi responsável pela compra de exatamente metade das compras de carne de frango realizadas pela China, pela Ásia exceto China e pela União Europeia somadas. II. A maior variação percentual negativa nas compras de carne de frango observada na tabela refere-se ao Oriente Médio, apresentando, entre 2019 e 2020, uma redução de 1.753 para 1.372 milhões de dólares. É correto o que se afirma em Resposta Selecionada: a. I, apenas. Pergunta 16 0,5 em 0,5 pontos Leia o texto a seguir, retirado do artigo publicado no site da Fiocruz, complementado pelo artigo do Instituto Butantan. Entenda como acontece o estudo clínico de uma vacina (...) O processo de pesquisa e desenvolvimento de uma nova vacina é constituído de diversas etapas, tratando-se, portanto, de um processo de alto investimento. A primeira etapa corresponde à pesquisa básica e é onde as novas propostas de vacinas são identificadas. Na segunda etapa, há a realização dos testes pré-clínicos (in vitro e/ou in vivo), que têm por objetivo demonstrar a segurança e o potencial imunogênico da vacina. Por fim, há a terceira etapa, composta pelos ensaios clínicos (fases I, II, III e IV). A fase I é o primeiro estudo a ser realizado em seres humanos e tem por objetivo principal demonstrar a segurança da vacina. A fase II tem por objetivo estabelecer a sua imunogenicidade (capacidade que a vacina tem de estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos). A imunogenicidade, frequentemente, é medida por coletas de sangue, utilizando metodologias de análise adequadas, para avaliar a resposta imunológica à vacina administrada. A fase III é a última fase de estudo antes da obtenção do registro sanitário e tem por objetivo demonstrar a sua eficácia. Somente após a finalização do estudo de fase III e obtenção do registro sanitário é que a nova vacina poderá ser disponibilizada para a população. A fase IV é o estudo pós comercialização, em que é analisado o que ocorre já com a vacina disponível às pessoas. Os critérios para seleção dos participantes do ensaio dependem fundamentalmente do objetivo do estudo. De modo geral, os participantes devem representar o grupo de indivíduos/população para os quais o produto foi desenvolvido e aqueles que mais poderiam se beneficiar da intervenção. Além disso, é necessário selecionar áreas de maior transmissão onde o número esperado de casos é suficiente para a realização do estudo e interpretação dos resultados. Disponível em <https://www.bio.fiocruz.br/ /index.php/br/noticias/1992-entenda-como-acontece-o-estudo-clinico-de-uma- vacina>. Acesso em 31 jul. 2021 (com adaptações). Ensaios clínicos (...) A Divisão de Ensaios Clínicos e Farmacovigilância do Instituto Butantan (IB) coordena todos os ensaios clínicos, desde a fase I até a fase IV, para os imunobiológicos produzidos pelo instituto incluindo as vacinas. Com isso, ela garante a internalização do conhecimento adquirido com a realização desses estudos e contribui para a integração de todas as etapas do processo de pesquisa e desenvolvimento. Cabe ressaltar ainda que esta Divisão também realiza atividades de farmacovigilância para todos os soros e vacinas produzidas pelo IB, ou seja, realiza monitoramento contínuo da segurança desses produtos quando eles já se encontram disponibilizados e em uso pela população. Disponível em <https://butantan.gov.br/pesquisa/ensaios-clinicos>. Acesso em 31 jul. 2021 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. Uma nova vacina só pode ser disponibilizada à população após o registro sanitário, que ocorre após a fase IV dos ensaios clínicos, os quais compõem a terceira etapa do processo de sua pesquisa e seu desenvolvimento. II. As atividades de Farmacovigilância para vacinas são realizadas durante a fase IV dos ensaios clínicos. III. A avaliação da capacidade de o organismo produzir anticorpos contra um microrganismo como o coronavírus e o monitoramento da segurança das vacinas em uso pela população são efetuados durante as fases II e IV dos ensaios clínicos, respectivamente. É correto o que se afirma em Resposta Selecionada: d. II e III, apenas. Pergunta 17 0,5 em 0,5 pontos Leia o texto e a charge, publicada em jornal carioca no início do século XX, sobre a gripe espanhola. Conheça as 5 maiores pandemias da história. O coronavírus não é o primeiro causador de uma pandemia. Relembre outras doenças que mudaram os rumos da história da humanidade. Letícia Rodrigues. 28 de outubro de 2020 A pandemia do novo coronavírus causou medo em todo o mundo – e não é para menos. O cenário é semelhante ao que já aconteceu em outros momentos da história, em que doenças se espalharam pelo mundo e causaram estragos.Conheça as principais pandemias que assolaram o planeta. 1. Peste bubônica A peste bubônica é causada pela bactéria Yersínia pestis e pode se disseminar pelo contato com pulgas e roedores infectados. Seus sintomas incluem inchaço dos gânglios linfáticos na virilha, na axila ou no pescoço. Outros sinais são: febre, calafrios, dor de cabeça, fadiga e dores musculares. A doença é considerada, historicamente, a causadora da Peste Negra, que assolou a Europa no século 14, matando entre 75 milhões e 200 milhões pessoas na antiga Eurásia. No total, a praga pode ter reduzido a população mundial de 450 milhões de pessoas para 350 milhões. 2. Varíola A doença atormentou a humanidade por mais de 3 mil anos. O faraó egípcio Ramsés II, a rainha Maria II da Inglaterra e o rei Luís XV da França tiveram a temida “bexiga”. O vírus Orthopoxvírus variolae era transmitido de pessoa para pessoa por meio das vias respiratórias. Os sintomas eram: febre, seguida de erupções na garganta, na boca e no rosto. Felizmente, a varíola foi erradicada do planeta em 1980, após campanha de vacinação em massa. 3. Cólera Sua primeira epidemia global, em 1817, matou centenas de milhares de pessoas. Desde então, a bactéria Vibrio cholerae sofre diversas mutações e causa novos ciclos epidêmicos de tempos em tempos e, portanto, ainda é considerada uma pandemia. Sua transmissão acontece a partir do consumo de água ou alimentos contaminados, e é mais comum em países subdesenvolvidos. Um dos mais atingidos pela cólera foi o Haiti, em 2010. O Brasil já teve vários surtos da doença, principalmente em áreas mais pobres do Nordeste. No Iêmen, em 2019, mais de 40 mil pessoas morreram devido à enfermidade. 4. Gripe Espanhola Acredita-se que entre 40 milhões e 50 milhões de pessoas tenham morrido na pandemia de Gripe Espanhola de 1918, causada por um subtipo de vírus influenza. Mais de um quarto da população mundial na época foi infectado e até o então presidente do Brasil, Rodrigues Alves, morreu da doença, em 1919. Os sintomas da doença eram muito parecidos com os do atual coronavírus Sars-CoV-2, e não existia cura. Em São Paulo, a população foi atrás de um remédio caseiro feito com cachaça, limão e mel. De acordo com o Instituto Brasileiro da Cachaça, foi dessa receita supostamente terapêutica que nasceu a caipirinha. 5. Gripe Suína (H1N1) O vírus H1N1, causador da chamada gripe suína, foi o primeiro a gerar uma pandemia no século 21. O vírus surgido em porcos no México, em 2009, espalhou-se rapidamente pelo mundo, matando 16 mil pessoas. No Brasil, o primeiro caso foi confirmado em maio daquele ano e, no fim de junho, 627 pessoas estavam infectadas no país, de acordo com o Ministério da Saúde. O contágio acontece a partir de gotículas respiratórias no ar ou em uma superfície contaminada. Seus sintomas são os mesmos de uma gripe comum: febre, tosse, dor de garganta, calafrio e dor no corpo. Disponível em <https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2020/03/conheca-5-maiores-pandemias- da-historia.html>. Acesso em 02 ago. 2021 (com adaptações). Ela: Faça o favor de chamar o diretor e dizer que estou às suas ordens. Funcionário: Mas.... creio que não há mais lugar... Ela: Como não? Se o diretor me disse que aqui tinha um lugar seguro. Isso é um embuste. Disponível em <https://box.novaescola.org.br/etapa/3/educacao-fundamental-2/caixa/90/a-rota-das-epidemias-pelo- mundo/conteudo/18980>. Acesso em 27 set. 2021. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. Das seis maiores pandemias da história (incluída a pandemia do novo coronavírus), quatro foram causadas por vírus e duas por bactérias. II. As cinco doenças pandêmicas mencionadas na matéria estão erradicadas no mundo. III. A charge, ao representar a gripe espanhola como uma mulher com cara de caveira que bate à parte do gabinete da “Saúde Pública”, tem por objetivo mostrar que a sua entrada no Brasil foi bloqueada por medidas sanitárias eficientes. É correto o que se afirma apenas em Resposta Selecionada: c. I. Pergunta 18 0,5 em 0,5 pontos Leia o texto e o gráfico. Seca e fogo amplificam morte de árvores e emissões de CO2 na Amazônia Elton Alisson, Agência FAPESP – 20/07/2021 As secas extremas estão se tornando cada vez mais frequentes e intensas devido às mudanças climáticas, o que pode ter grandes impactos na Amazônia. Entre o final de 2015 e o início de 2016, durante o verão, o bioma foi atingido por uma grande estiagem e incêndios florestais associados ao El Niño. Os efeitos do evento climático duraram pelos três anos posteriores, resultando, até 2018, na morte de 3 bilhões de árvores e na emissão de 495 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) – superior à média anual do desmatamento em toda a Amazônia brasileira. (...) Em circunstâncias normais, por causa dos altos níveis de umidade, a floresta amazônica não queima. No entanto, a seca extrema torna a floresta temporariamente inflamável. Dessa forma, o fogo utilizado para queimar a floresta derrubada em uma área desmatada ou para auxiliar na limpeza de um pasto pode escapar do controle e se dispersar pela floresta, provocando grandes incêndios florestais. (...) A perda de árvores foi muito pior nas florestas secundárias e em outras florestas afetadas pela intervenção humana. As árvores com menor densidade de madeira e cascas mais finas foram mais propensas a morrer com a seca e os incêndios. Essas árvores menores são mais comuns em florestas afetadas pelo homem. (...) As emissões de CO2 das florestas queimadas por incêndios florestais foram quase seis vezes maiores do que as florestas afetadas apenas pela seca. (...) Após três anos, apenas cerca de um terço (37%) das emissões foi reabsorvido pelo crescimento das plantas na floresta. Disponível em <https://agencia.fapesp.br/seca-e-fogo-amplificam-morte-de-arvores-e-emissoes-de-co2--na- amazonia/36372/>. Acesso em 14 ago. 2021 (com adaptações). Desmatamento da Amazônia dispara de novo em 2020 Herton Escobar – 07.08.2020 I. O texto afirma que o principal causador dos incêndios na floresta Amazônica em 2020 foi a seca decorrente das mudanças climáticas do fenômeno El Niño. II. Embora as emissões de CO2 a partir do ano de 2015 estejam associadas ao fenômeno El Niño, danos ambientais também são provocados por intervenção humana na floresta Amazônica. III. O gráfico mostra que a taxa de desmatamento na Amazônia em 2019/2020 aumentou mais de 50% em comparação com o mesmo período do ano anterior. É correto o que se afirma somente em Resposta Selecionada: d. II. Pergunta 19 0,5 em 0,5 pontos Leia o trecho a seguir, extraído do Atlas da Violência 2020, uma publicação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde (SIM/MS), houve 57.956 homicídios no Brasil em 2018, o que corresponde a uma taxa de 27,8 mortes por 100 mil habitantes – o menor nível de homicídios em quatro anos. Essa queda no número de casos remete ao patamar dos anos entre 2008 e 2013, em que ocorreram entre 50 mil e 58 mil homicídios anuais. O gráfico abaixo mostra que a diminuição das taxas de homicídio aconteceu em todas as regiões, com maior intensidade no Nordeste. Desde 2016, esse índice de violência vinha diminuindo nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. No gráfico, chama a atenção a reversão da tendência de aumento das mortes no Norte e Nordeste e o aumento da velocidade de queda no Sul e Sudeste. Diante do quadro da redução, em 12%, das taxas de homicídio no país, entre 2017 e 2018, que passou de 31,6 para 27,8 por 100 mil habitantes, fica a pergunta: quais fatores poderiam explicar essa notável diminuição? Trata-se de alguma mudança institucional súbita ocorrida a partir de 2017? Ou a redução das mortes violentas, nesse ano, pode ser explicada pela própria dinâmica da criminalidade que já vinha se desenrolandonos anos anteriores? De outro modo, no Atlas da Violência 2019, já havíamos chamado a atenção para a tendência de queda de homicídios que abrangia gradualmente cada vez mais Unidades da Federação (UFs), nos dez anos anteriores a 2017. Naquele documento, apontamos as principais razões que estariam influenciando a queda dos homicídios pelo país afora até 2017, a saber: i) a mudança no regime demográfico, que fez diminuir substancialmente, na última década, a proporção de jovens na população; ii) o Estatuto do Desarmamento, que freou a escalada de mortes no Brasil e que serviu de mecanismo importante para a redução de homicídios em alguns estados, como São Paulo, que focaram fortemente na retirada de armas de fogo das ruas; e iii) políticas estaduais de segurança, que imprimiram maior efetividade à prevenção e ao controle da criminalidade violenta em alguns estados. Destacamos ainda, no Atlas da Violência 2019, que um quarto fator que conspirou a favor do aumento dos homicídios, entre 2016 e 2017, em alguns estados, sobretudo do Norte e do Nordeste, foi a guerra desencadeada entre as duas maiores facções penais no Brasil (Primeiro Comando da Capital – PCC e Comando Vermelho – CV) e seus parceiros locais, que eclodiu em meados de 2016, gerando número recorde de mortes no Acre, Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Ocorre que uma guerra custosa, imprevisível e duradoura, sem um contendor com vantagens ou supremacia clara, é inviável economicamente. Depois de cerca de um ano e meio das escaramuças em alta intensidade – no eixo do tráfico internacional de drogas, nas rotas do alto do Juruá, Solimões e nos estados nordestinos –, em que membros das duas maiores facções penais se matavam mutuamente, a intensidade dos conflitos diminuiu. O movimento das guerras de facções em 2016 e 2017 e o subsequente armistício, velado ou não, a partir de 2018, explicariam por que os supramencionados estados do Norte e Nordeste foram aqueles com maiores aumentos nas taxas de homicídio, em 2017, e maiores quedas em 2018. Para finalizar, acreditamos que um quinto fator que pode ter contribuído para a redução substancial dos homicídios, em 2018, diz respeito à piora substancial na qualidade dos dados de mortalidade, em que o total de mortes violentas com causa indeterminada (MVCI) aumentou 25,6%, em relação a 2017, fazendo com que tenham permanecido ocultos muitos homicídios. Em 2018, foram registradas 2.511 MVCI a mais, em relação ao ano anterior, fazendo com que o ano de 2018 figurasse como recordista nesse indicador, com 12.310 mortes cujas vítimas foram sepultadas na cova rasa das estatísticas, sem que o Estado fosse competente para dizer a causa do óbito, ou simplesmente responder: morreu por quê? Disponível em <https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/arquivos/artigos/3519-atlasdaviolencia2020completo.pdf>. Acesso em 10 ago. 2021 (com adaptações). Com base na leitura e em seus conhecimentos, avalie as afirmativas. I. Em 2017, o número de homicídios na região Norte foi maior do que o número de homicídios da região Sudeste. II. Entre 2013 e 2018, todas as regiões apresentam tendência de queda da taxa de homicídios. III. O texto sugere que o súbito aumento da taxa de homicídio entre 2016 e 2017 nas regiões Norte e Nordeste pode ser explicado por conflitos entre facções criminosas, que cessaram em 2018. IV. A população brasileira em 2018 era maior do que 208 milhões de habitantes. É correto o que se afirma apenas em Resposta Selecionada: c. III e IV. Pergunta 20 0,5 em 0,5 pontos A tabela a seguir mostra o número de doentes e de mortes por covid-19 nas diferentes regiões brasileiras, segundo dados fornecidos pelas secretarias de saúde dos estados em 15 de agosto de 2021. Com base na leitura da tabela, avalie as afirmativas. I. A região Sudeste concentra o maior número de casos de covid- 19 e responde por aproximadamente 38% do total de casos observados no país. II. II. A taxa de letalidade da doença no Brasil, calculada como a proporção entre o número de óbitos e o número de casos, é da ordem de 25%. III. III. Os óbitos por covid-19 na região Centro-Oeste correspondem a aproximadamente 10% do total de mortos pela doença. É correto o que se afirma em Resposta Selecionada: d. I e III, apenas. Segunda-feira, 25 de Outubro de 2021 01h16min02s BRT PSA (6937-00) CONTEÚDO Informações do teste Descrição Instruções Várias tentativas Este teste permite 3 tentativas. Esta é a tentativa número 1. Término e envio Este teste pode ser salvo e retomado posteriormente. Suas respostas foram salvas automaticamente. Estado de Conclusão da Pergunta: PERGUNT A 1 Leia a imagem e o texto a seguir. Por que a diversidade no ambiente de trabalho é necessária? Victor Neves Nos últimos anos, movimentos sociais que reivindicam a igualdade de minorias ganharam força globalmente. Promover a inclusão no mundo corporativo significa entender a importância do respeito e da valorização das diferenças. É aí que entra uma das principais vantagens desse posicionamento para as empresas: melhorar a employer brand (marca empregadora). Se uma empresa é reconhecida por sua diversidade, cada vez mais pessoas de diferentes origens terão interesse em se juntar a ela. Isso facilita a atração de talentos, já que as opções de candidatos para preencher as vagas serão sempre abundantes e qualificadas. Reter esses profissionais na organização também é mais fácil, afinal, um ambiente respeitoso e diverso favorece o clima interno. Com isso, os colaboradores ficam mais satisfeitos com seus empregos, e os conflitos no dia a dia diminuem, o que mantém a produtividade e a eficiência em alta. Outro grande benefício da diversidade no ambiente do trabalho é o enriquecimento cultural da empresa. Pessoas com origens, crenças, etnias, orientações sexuais e classes sociais diferentes trazem para a organização ideias e visões de mundo nada parecidas umas com as outras. Isso está associado ao desenvolvimento de produtos mais criativos e inovadores, que não seriam possíveis se todas as pessoas da equipe tivessem vivências parecidas. Disponível em <https://blog.woli.com.br/por-que-a-diversidade-no-ambiente-de-trabalho-e-necessaria/>. Acesso em 29 jun. 2021. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. As práticas de diversidade e inclusão adotadas pelas empresas têm o intuito de exercer a caridade com os indivíduos que se sentem excluídos. II. A inclusão da diversidade é um fator que favorece a valorização cultural das empresas e contribui para a boa imagem da marca. https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/take/launch.jsp?course_assessment_id=_889496_1&course_id=_28560_1&content_id=_2417896_1&step=null https://ava.ead.unip.br/webapps/blackboard/content/listContent.jsp?course_id=_28560_1&content_id=_439332_1&mode=reset https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/take/launch.jsp?course_assessment_id=_889496_1&course_id=_28560_1&content_id=_2417896_1&step=null https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/take/launch.jsp?course_assessment_id=_889496_1&course_id=_28560_1&content_id=_2417896_1&step=null III. Uma equipe formada por colaboradores com culturas diferentes aumenta os resultados produtivos, mas também estimula os conflitos e a competição. É correto o que se afirma somente em a. I. b. II. c. III. d. II e III. e. I e II. 0,5 pontos PERGUNT A 2 Leia o texto a seguir, intitulado “Pandemia e acessibilidade: Entenda a importância da inclusão e os novos desafios causados pela Covid-19”, de Brenda Xavier, publicado em 18/02/2021. A pandemia causada pelo novo coronavírus espalhou-se pelo mundo de forma rápida e impactante, fazendo com que muitas pessoas se isolassem. Antes de tudo isso, quem é cego, surdo, cadeirante ou tem algum tipo de deficiência física ou intelectual já enfrentava vários desafios e, com a pandemia, novas barreirassurgiram para a acessibilidade. Agora, um deficiente visual, que precisa tocar em superfícies ou ter o apoio de outras pessoas, está mais vulnerável do que nunca. Tocando em diferentes superfícies ou falando com pessoas que ele não sabe se estão usando máscara, como evitar a contaminação pela Covid-19? Quais são os impactos da pandemia na acessibilidade e no direito de ir e vir? Thays Martinez, advogada, responsável pela Lei estadual N° 10.784 (atualizada pela Lei Nº 12.907, de 15 de abril de 2008), que garante que cães-guia possam entrar em transporte público, compartilha sua experiência. Ela explica que as pessoas que têm deficiência visual estão mais vulneráveis à Covid-19, devido à necessidade de contato com pessoas e, sobretudo, superfícies. “Com a pandemia, as compras online aumentaram, mas muitos aplicativos e sites tornam inviável o uso por pessoas deficientes visuais”, relata. Com a visão comprometida, o tato é um dos principais sentidos utilizados por pessoas com deficiência visual. O contato físico se faz necessário sempre, e é justamente isso que os deixa mais expostos à Covid-19. De acordo com dados do IBGE no Censo 2010 (gráfico 1), 1.203.353 pessoas têm deficiência visual no estado de São Paulo. O que equivale a 40% do total de moradores com algum tipo de deficiência. Sobre as vulnerabilidades que pessoas deficientes enfrentam, Martinez ressalta a importância da consciência de quem oferece um produto ou serviço – uma reflexão que demanda revisão. “As empresas precisam pensar na inclusão e deixar que seus serviços sejam acessíveis para todos. A consciência sobre isso precisa ser desenvolvida, e a pandemia nos mostrou isso”, comenta. Disponível em <https://aupa.com.br/pandemia-e-acessibilidade/>. Acesso em 02 ago. 2021. Gráfico 1. Porcentagem da população, de acordo com o tipo de deficiência. (Brasil-2010). IBGE, Censo Demográfico, 2010. Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. I. A análise do gráfico confirma que são os portadores de deficiência auditiva os mais prejudicados pelas dificuldades de acessibilidade durante a pandemia do coronavírus. PORQUE II. As vulnerabilidades da acessibilidade são características presentes na vida dos portadores de deficiência e elas se acentuaram durante o período de pandemia. Assinale a alternativa correta. a. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II justifica a asserção I. b. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II não justifica a asserção I. c. A asserção I é verdadeira, e a asserção II é falsa. d. A asserção I é falsa, e a asserção II é verdadeira. e. As asserções I e II são falsas. 0,5 pontos PERGUNT A 3 Leia os quadrinhos e a notícia. IBGE aponta desigualdade de acesso à internet entre estudantes Alunos de escolas públicas têm mais dificuldade de conexão; o celular é meio utilizado pelos alunos de todas as redes Karla Dunder, do R7 – 14.04.2021 O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quarta-feira (14) os dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua) que analisa o uso da televisão e da internet pelas famílias brasileiras. Os números são referentes a 2019 e indicam que estudantes de escolas particulares têm mais acesso à internet que aqueles da rede pública. A pesquisa aponta diferenças sociais de acesso à internet em 2019 e que ficaram mais evidentes após a pandemia de covid-19, que impôs isolamento social e ensino remoto. De acordo com os dados da Pnad de 2019, 88,1% dos estudantes brasileiros acessaram a internet. No entanto, a pesquisa mostra uma diferença social: 98,4% dos estudantes da rede privada tiveram acesso à rede e esse percentual entre os estudantes da rede pública de ensino foi de 83,7%. A Pnad também aponta diferenças de acesso por região do país. Nas regiões Norte e Nordeste, o percentual de estudantes da rede pública que utilizaram a internet foi de 68,4% e 77,0%, respectivamente; nas demais regiões, esse percentual variou de 88,6% a 91,3%. A distância fica ainda maior quando apenas os estudantes da rede privada são analisados; o percentual de uso ficou acima de 95,0% em todas as regiões, "alcançando praticamente a totalidade dos estudantes nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste". https://noticias.r7.com/educacao/pesquisa-internet-foi-o-maior-problema-das-escolas-em-2020-10032021 https://noticias.r7.com/educacao/36-dos-estudantes-tiveram-dificuldade-com-a-internet-06112020 O acesso à internet pelo celular é o meio mais comum a todos os estudantes tanto na rede pública (96,8%) quanto na rede privada (98,5%). A diferença volta quando o foco está na posse do aparelho. Nas escolas particulares, 92,6% dos alunos tinham telefone celular para uso pessoal; esse percentual era de apenas 64,8% entre aqueles da rede pública. A maior diferença ocorreu na região Norte: apenas 47,5% de estudantes da rede pública tinham o próprio aparelho celular. Do total de estudantes que tinham aparelho celular para uso pessoal no país, um contingente de 26,3 milhões de pessoas, a parcela que tinha acesso à Internet nesse aparelho era de 97,8%, acima da parcela estimada para o total da população de 10 anos ou mais de idade (91,0%). A diferença social volta a ganhar força quando o meio de acesso à web é o computador — 81,8% dos estudantes da rede privada acessavam a internet pelo computador; esse percentual era apenas 43,0% entre os estudantes da rede pública. O uso da televisão para acessar a Internet ocorria para 51,1% dos estudantes da rede privada, sendo esse percentual o dobro do apresentado entre estudantes da rede pública (26,8%). No uso do tablet, a diferença chega a quase três vezes. Entre os estudantes da rede pública, a principal finalidade do uso da Internet foi assistir a vídeos, inclusive programas, séries e filmes (93,4%), ao passo que, entre os estudantes da rede privada, o maior percentual ocorreu na finalidade enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail (97,2%). Disponível em <https://noticias.r7.com/educacao/ibge-aponta-desigualdade-de-acesso-a-internet-entre-estudantes- 14042021>. Acesso em 25 set. 2021 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. Os quadrinhos mostram, com humor, a importância que a internet tem atualmente como fonte de pesquisa para os mais variados assuntos. II. O uso da internet pelos estudantes brasileiros revela desigualdades entre as regiões brasileiras e entre alunos de escolas particulares e de escolas públicas. III. De acordo com a pesquisa, mais de 90% dos estudantes da rede pública não utilizam a internet para o estudo: usam essa rede apenas para assistirem a vídeos e a programas de entretenimento. IV. A intenção dos quadrinhos é mostrar que, em qualquer situação, as informações encontradas no Google são verdadeiras. É correto o que se afirma apenas em a. I, II e III. b. II, III e IV. c. I e III. d. I, II e IV. e. I e II. 0,5 pontos PERGUNT A 4 Leia o texto a seguir, publicado em 5 de agosto de 2021. Baixo nível de empatia aumenta estresse do brasileiro durante a pandemia A incapacidade de se colocar no lugar do outro associada ao desgaste emocional e à falta de infraestrutura durante a pandemia elevou os níveis de sofrimento entre os brasileiros neste período — e nos colocou entre os povos mais estressados do mundo. A constatação veio com o resultado da primeira fase da pesquisa "Adaptação social em estresse na pandemia de covid-19: um estudo transcultural", coordenada pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) em parceria com mais 24 países. https://noticias.r7.com/educacao/whatsapp-se-tornou-ferramenta-para-estudantes-sem-conexao-22032021 O estudo revelou que houve uma percepção de aumento do individualismo por causa das medidas de isolamento e distanciamento social. Em contrapartida, governos que oferecem umainfraestrutura coletiva melhor reduzem o impacto emocional nos indivíduos. A ideia é que o trabalho contribua para o desenvolvimento de intervenções no campo da saúde mental e ajude a sociedade a lidar com esse tipo de problema em crises futuras. Brasileiro e o mito da alegria contagiante À primeira vista, o resultado do estudo pode parecer contraditório. Afinal, o brasileiro não é aquele povo alegre, sempre disposto a sorrir e ajudar o próximo na adversidade? Pois a realidade parece não ser bem essa. "Nós estamos habituados a estarmos juntos na festa, no futebol, é uma cultura baseada na celebração, na sensação de prazer", afirma a professora Edna Ponciano, do Instituto de Psicologia da UERJ e coordenadora da pesquisa. Segundo ela, não somos acostumados a dividir a dor, o sofrimento com os outros, e isso pode ser um problema. "Nossa maneira de lidar é se distrair para esquecer, mas, com isso, deixamos de lidar com os problemas e transformamos esses sentimentos em ansiedade, depressão e estresse", acredita a especialista. Cultura coletivista é mais resiliente Ponciano lembra ainda que o Brasil pontuou muito alto no individualismo — o que também parece ser um contrassenso, já que o brasileiro tem fama de ser solidário e prestativo. "De fato, o brasileiro é solidário, mas muito mais direcionado às pessoas que ele conhece, ao seu círculo social e familiar", avalia. "O outro desconhecido não nos toca tanto", acredita. Por outro lado, a pesquisadora lembra que as sociedades que estão passando pela crise sanitária de forma coletiva estão conseguindo lidar melhor com o sofrimento. Em outras palavras, a coletividade permite a construção de pessoas mais resilientes e satisfeitas. Para Gustavo Arns, especialista em felicidade e bem-estar, o aumento do estresse tem relação direta com o individualismo. "Essa falta de empatia nos deixa fechados para o outro, fechados em nós mesmos e isolados", afirma ele, que é idealizador do primeiro Congresso Brasileiro de Felicidade e professor da pós-graduação em psicologia positiva da PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul). Para ele, a pandemia não vai solucionar todas as nossas relações e problemas sociais, mas é uma boa oportunidade para começarmos a solucionar essas questões. "Nunca se falou tanto em saúde mental e qualidade de vida", afirma. "Acredito que é o momento ideal para começarmos a refletir sobre como podemos começar a construir a nossa felicidade." Disponível em <https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/08/05/baixo-nivel-de-empatia-aumenta-estresse- do-brasileiro-durante-a-pandemia.htm>. Acesso em 9 ago. 2021. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. O Brasil é o país da festa e do futebol, e o brasileiro, por ser naturalmente cordial e alegre, tem se estressado de maneira moderada com o isolamento social. II. Os resultados da pesquisa apontam que o brasileiro é individualista, apesar da fama de solidário. III. A capacidade de se colocar no lugar do outro, ou seja, a empatia, pode auxiliar as pessoas a lidar melhor com o sofrimento. É correto o que se afirma em a. II, apenas. b. I e III, apenas. c. II e III, apenas. d. I e II, apenas. e. I, II e III. 0,5 pontos PERGUNT A 5 Leia a charge e o texto a seguir. Celular e tablets para crianças: passar muito tempo usando eletrônicos pode prejudicar o desenvolvimento Michelle Roberts (BBC News) Deixar uma criança pequena passar muito tempo usando tablets, celulares e outros eletrônicos com telas pode atrasar o desenvolvimento de habilidades de linguagem e sociabilidade, de acordo com o estudo canadense. A pesquisa, que acompanhou cerca de 2,5 mil crianças de 2 anos de idade, é a mais recente evidência no debate sobre quanto tempo de uso de telas é seguro para crianças. (...) Mães foram consultadas, entre 2011 e 2016, sobre o tempo de uso de telas e preencheram questionários sobre as habilidades e o desenvolvimento de seus filhos quando tinham 2, 3 e 5 anos. Isso incluiu assistir a programas de TV, filmes ou vídeos, jogar videogames e usar computador, tablet, celular ou qualquer aparelho com uma tela. Com a idade de 2 anos, as crianças passavam em média 17 horas em frente a telas por semana. Isso aumentou para cerca de 25 horas aos 3 anos, mas caiu para cerca de 11 horas aos 5 anos, quando as crianças começam a escola primária. As descobertas, publicadas no periódico JAMA Pediatrics, sugerem que há aumento do tempo de uso de telas antes que qualquer atraso no desenvolvimento seja notado (...). Mas não está claro se o aumento do uso de telas é diretamente responsável. O maior tempo da tela pode ser um aspecto simultâneo a outros ligados ao atraso no desenvolvimento, como a forma com que a criança é educada e o que a criança faz no restante do seu tempo de lazer. Os cientistas indicam que, quando as crianças pequenas estão olhando para telas, elas podem estar perdendo oportunidades de praticar e dominar outras habilidades importantes. Em teoria, isso poderia atrapalhar interações sociais e limitar o tempo com que as crianças passam correndo e praticando outras habilidades físicas. Mesmo sem provas concretas de danos, a cientista Sheri Madigan e seus colegas, autores do estudo, dizem que, ainda assim, faz sentido limitar o tempo de uso de telas das crianças e garantir que isso não atrapalhe as "interações interpessoais ou o tempo em família". (...) "Ainda precisamos de mais pesquisas para dizer se crianças são mais vulneráveis aos danos causados pelo uso de telas e qual impacto que isso pode ter na sua saúde mental", disse Bernadka Dubicka, do Royal College of Psychiatrists. "Também precisamos avaliar os efeitos de diferentes tipos de conteúdo, porque há também formas positivas de usar telas". Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/geral-47036386>. Acesso em 29 jun. 2021 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. O texto e a charge apresentam uma crítica acerca da influência do uso das tecnologias nas relações interpessoais entre as crianças. II. O objetivo da tirinha é mostrar que o uso de celulares pode ser uma brincadeira produtiva e interativa. III. O texto indica que o uso excessivo e inadequado das telas pode influenciar negativamente no desenvolvimento infantil. É correto o que se afirma em a. I e II, apenas. b. II e III, apenas. c. III, apenas. d. I e III, apenas. e. I, II e III. 0,5 pontos PERGUNT A 6 Leia o texto a seguir. As falhas do ensino da matemática expostas pela pandemia do coronavírus. Nossa dificuldade em lidar com modelos e projeções evidencia 'analfabetismo de dados', diz especialista; como podemos melhorar o ensino de estatísticas, raciocínio lógico e de temas do cotidiano do século 21? BBC - 06/06/2020. Desde projeções de novos casos de coronavírus até o chamado "achatamento da curva" de contágio, conceitos e modelos matemáticos entraram no noticiário e nas discussões da pandemia e, para alguns especialistas, a nossa dificuldade em entender e aplicar esses conceitos é mais uma evidência de que a forma como aprendemos matemática na escola está muito longe de nos preparar para usar a disciplina na vida real. Esse foi um dos assuntos debatidos no seminário on-line "Como ensinar a matemática do futuro?", realizado pelo Instituto Sidarta (dedicado a projetos e políticas no ensino da matemática) em 28 de maio. "Estamos ensinando a matemática do século 19 nas nossas escolas, e isso cria uma lacuna na formação que damos aos jovens para o exercício de profissões e para munir as crianças com ferramentas para entender o mundo à nossa volta, que é o objetivo da matemática", afirmou no encontro virtual Marcelo Viana, diretor-geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa). E quais são essas ferramentas? Viana citou algumas: estatística e probabilidades, por exemplo, essenciais para entendermos o comportamento do novo coronavírus
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