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Prévia do material em texto

PSA (6937-00) 
 CONTEÚDO 
Usuário valdineia.barbosa1 @aluno.unip.br 
Curso PSA 
Teste PSA 2021/2 
Iniciado 24/10/21 22:53 
Enviado 25/10/21 01:15 
Data de vencimento 26/10/21 01:00 
Status Completada 
Resultado da tentativa 10 em 10 pontos 
Tempo decorrido 2 horas, 22 minutos 
Autoteste O aluno responde e o resultado do aluno não é visível ao professor. 
Resultados exibidos Respostas enviadas, Perguntas respondidas incorretamente 
 Pergunta 1 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia a imagem e o texto a seguir. 
 
 
Por que a diversidade no ambiente de trabalho é necessária? 
Victor Neves 
Nos últimos anos, movimentos sociais que reivindicam a igualdade de minorias 
ganharam força globalmente. Promover a inclusão no mundo corporativo 
significa entender a importância do respeito e da valorização das diferenças. É 
aí que entra uma das principais vantagens desse posicionamento para as 
empresas: melhorar a employer brand (marca empregadora). 
Se uma empresa é reconhecida por sua diversidade, cada vez mais pessoas de 
diferentes origens terão interesse em se juntar a ela. Isso facilita a atração de 
talentos, já que as opções de candidatos para preencher as vagas serão 
sempre abundantes e qualificadas. 
Reter esses profissionais na organização também é mais fácil, afinal, um 
ambiente respeitoso e diverso favorece o clima interno. Com isso, os 
colaboradores ficam mais satisfeitos com seus empregos, e os conflitos no dia 
a dia diminuem, o que mantém a produtividade e a eficiência em alta. 
Outro grande benefício da diversidade no ambiente do trabalho é o 
enriquecimento cultural da empresa. Pessoas com origens, crenças, etnias, 
orientações sexuais e classes sociais diferentes trazem para a organização 
ideias e visões de mundo nada parecidas umas com as outras. 
Isso está associado ao desenvolvimento de produtos mais criativos e 
inovadores, que não seriam possíveis se todas as pessoas da equipe tivessem 
 
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_71061568_1&course_id=_28560_1&content_id=_2417896_1&return_content=1&step=
https://ava.ead.unip.br/webapps/blackboard/content/listContent.jsp?course_id=_28560_1&content_id=_439332_1&mode=reset
vivências parecidas. 
Disponível em <https://blog.woli.com.br/por-que-a-diversidade-no-ambiente-de-
trabalho-e-necessaria/>. Acesso em 29 jun. 2021. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. As práticas de diversidade e inclusão adotadas pelas empresas 
têm o intuito de exercer a caridade com os indivíduos que se sentem excluídos. 
II. A inclusão da diversidade é um fator que favorece a valorização 
cultural das empresas e contribui para a boa imagem da marca. 
III. Uma equipe formada por colaboradores com culturas diferentes 
aumenta os resultados produtivos, mas também estimula os conflitos e a 
competição. 
É correto o que se afirma somente em 
Resposta Selecionada: b. 
II. 
 
 
 Pergunta 2 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto a seguir, intitulado “Pandemia e acessibilidade: Entenda a 
importância da inclusão e os novos desafios causados pela Covid-19”, de 
Brenda Xavier, publicado em 18/02/2021. 
A pandemia causada pelo novo coronavírus espalhou-se pelo mundo de forma 
rápida e impactante, fazendo com que muitas pessoas se isolassem. Antes de 
tudo isso, quem é cego, surdo, cadeirante ou tem algum tipo de deficiência 
física ou intelectual já enfrentava vários desafios e, com a pandemia, novas 
barreiras surgiram para a acessibilidade. 
Agora, um deficiente visual, que precisa tocar em superfícies ou ter o apoio de 
outras pessoas, está mais vulnerável do que nunca. Tocando em diferentes 
superfícies ou falando com pessoas que ele não sabe se estão usando 
máscara, como evitar a contaminação pela Covid-19? Quais são os impactos 
da pandemia na acessibilidade e no direito de ir e vir? 
Thays Martinez, advogada, responsável pela Lei estadual N° 10.784 
(atualizada pela Lei Nº 12.907, de 15 de abril de 2008), que garante que cães-
guia possam entrar em transporte público, compartilha sua experiência. Ela 
explica que as pessoas que têm deficiência visual estão mais vulneráveis à 
Covid-19, devido à necessidade de contato com pessoas e, sobretudo, 
superfícies. “Com a pandemia, as compras online aumentaram, mas muitos 
aplicativos e sites tornam inviável o uso por pessoas deficientes visuais”, 
relata. 
Com a visão comprometida, o tato é um dos principais sentidos utilizados por 
pessoas com deficiência visual. O contato físico se faz necessário sempre, e é 
justamente isso que os deixa mais expostos à Covid-19. De acordo com dados 
do IBGE no Censo 2010 (gráfico 1), 1.203.353 pessoas têm deficiência visual 
no estado de São Paulo. O que equivale a 40% do total de moradores com 
algum tipo de deficiência. 
Sobre as vulnerabilidades que pessoas deficientes enfrentam, Martinez 
ressalta a importância da consciência de quem oferece um produto ou serviço 
– uma reflexão que demanda revisão. “As empresas precisam pensar na 
inclusão e deixar que seus serviços sejam acessíveis para todos. A 
consciência sobre isso precisa ser desenvolvida, e a pandemia nos mostrou 
isso”, comenta. 
Disponível em <https://aupa.com.br/pandemia-e-acessibilidade/>. Acesso em 02 ago. 
2021. 
 
 
Gráfico 1. Porcentagem da população, de acordo com o tipo de deficiência. (Brasil-
2010). 
 
IBGE, Censo Demográfico, 2010. 
 
Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. A análise do gráfico confirma que são os portadores de deficiência auditiva os mais 
prejudicados pelas dificuldades de acessibilidade durante a pandemia do coronavírus. 
PORQUE 
II. As vulnerabilidades da acessibilidade são características presentes na vida dos 
portadores de deficiência e elas se acentuaram durante o período de pandemia. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: d. 
A asserção I é falsa, e a asserção II é verdadeira. 
 
 
 Pergunta 3 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia os quadrinhos e a notícia. 
 
 
IBGE aponta desigualdade de aces
 
so à internet entre estudantes 
Alunos de escolas públicas têm mais dificuldade de conexão; o celular é meio utilizado 
pelos alunos de todas as redes 
Karla Dunder, do R7 – 14.04.2021 
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quarta-feira (14) os dados 
da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua) que analisa o uso da 
televisão e da internet pelas famílias brasileiras. Os números são referentes a 2019 e indicam 
que estudantes de escolas particulares têm mais acesso à internet que aqueles da rede pública. 
A pesquisa aponta diferenças sociais de acesso à internet em 2019 e que ficaram mais 
evidentes após a pandemia de covid-19, que impôs isolamento social e ensino remoto. De 
acordo com os dados da Pnad de 2019, 88,1% dos estudantes brasileiros acessaram a 
internet. No entanto, a pesquisa mostra uma diferença social: 98,4% dos estudantes da rede 
privada tiveram acesso à rede e esse percentual entre os estudantes da rede pública de ensino 
foi de 83,7%. 
A Pnad também aponta diferenças de acesso por região do país. Nas regiões Norte e Nordeste, 
o percentual de estudantes da rede pública que utilizaram a internet foi de 68,4% e 77,0%, 
respectivamente; nas demais regiões, esse percentual variou de 88,6% a 91,3%. A distância fica 
ainda maior quando apenas os estudantes da rede privada são analisados; o percentual de 
uso ficou acima de 95,0% em todas as regiões, "alcançando praticamente a totalidade dos 
estudantes nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste". 
O acesso à internet pelo celular é o meio mais comum a todos os estudantes tanto na rede 
pública (96,8%) quanto na rede privada (98,5%). A diferença volta quando o foco está na posse 
do aparelho. Nas escolas particulares, 92,6% dos alunos tinham telefone celular para uso 
pessoal; esse percentual era de apenas 64,8% entre aqueles da rede pública. A maior diferença 
ocorreu na região Norte: apenas 47,5% de estudantes da redepública tinham o próprio aparelho 
celular. 
Do total de estudantes que tinham aparelho celular para uso pessoal no país, um contingente de 
26,3 milhões de pessoas, a parcela que tinha acesso à Internet nesse aparelho era de 97,8%, 
acima da parcela estimada para o total da população de 10 anos ou mais de idade (91,0%). 
A diferença social volta a ganhar força quando o meio de acesso à web é o computador — 
81,8% dos estudantes da rede privada acessavam a internet pelo computador; esse percentual 
era apenas 43,0% entre os estudantes da rede pública. 
O uso da televisão para acessar a Internet ocorria para 51,1% dos estudantes da rede privada, 
sendo esse percentual o dobro do apresentado entre estudantes da rede pública (26,8%). No 
uso do tablet, a diferença chega a quase três vezes. 
Entre os estudantes da rede pública, a principal finalidade do uso da Internet foi assistir a 
vídeos, inclusive programas, séries e filmes (93,4%), ao passo que, entre os estudantes da rede 
privada, o maior percentual ocorreu na finalidade enviar ou receber mensagens de texto, voz ou 
imagens por aplicativos diferentes de e-mail (97,2%). 
Disponível em <https://noticias.r7.com/educacao/ibge-aponta-desigualdade-de-acesso-a-internet-
entre-estudantes-14042021>. Acesso em 25 set. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Os quadrinhos mostram, com humor, a importância que a internet tem 
atualmente como fonte de pesquisa para os mais variados assuntos. 
II. O uso da internet pelos estudantes brasileiros revela desigualdades entre as 
regiões brasileiras e entre alunos de escolas particulares e de escolas 
públicas. 
III. De acordo com a pesquisa, mais de 90% dos estudantes da rede pública não 
utilizam a internet para o estudo: usam essa rede apenas para assistirem a 
vídeos e a programas de entretenimento. 
IV. A intenção dos quadrinhos é mostrar que, em qualquer situação, as 
informações encontradas no Google são verdadeiras. 
É correto o que se afirma apenas em 
https://noticias.r7.com/educacao/pesquisa-internet-foi-o-maior-problema-das-escolas-em-2020-10032021
https://noticias.r7.com/educacao/36-dos-estudantes-tiveram-dificuldade-com-a-internet-06112020
https://noticias.r7.com/educacao/36-dos-estudantes-tiveram-dificuldade-com-a-internet-06112020
https://noticias.r7.com/educacao/whatsapp-se-tornou-ferramenta-para-estudantes-sem-conexao-22032021
Resposta Selecionada: e. 
I e II. 
 
 
 Pergunta 4 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto a seguir, publicado em 5 de agosto de 2021. 
Baixo nível de empatia aumenta estresse do brasileiro durante a pandemia 
A incapacidade de se colocar no lugar do outro associada ao desgaste emocional e à falta de 
infraestrutura durante a pandemia elevou os níveis de sofrimento entre os brasileiros neste 
período — e nos colocou entre os povos mais estressados do mundo. A constatação veio com o 
resultado da primeira fase da pesquisa "Adaptação social em estresse na pandemia de covid-
19: um estudo transcultural", coordenada pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de 
Janeiro) em parceria com mais 24 países. 
O estudo revelou que houve uma percepção de aumento do individualismo por causa das 
medidas de isolamento e distanciamento social. Em contrapartida, governos que oferecem uma 
infraestrutura coletiva melhor reduzem o impacto emocional nos indivíduos. 
A ideia é que o trabalho contribua para o desenvolvimento de intervenções no campo da saúde 
mental e ajude a sociedade a lidar com esse tipo de problema em crises futuras. 
Brasileiro e o mito da alegria contagiante 
À primeira vista, o resultado do estudo pode parecer contraditório. Afinal, o brasileiro não é 
aquele povo alegre, sempre disposto a sorrir e ajudar o próximo na adversidade? Pois a 
realidade parece não ser bem essa. 
"Nós estamos habituados a estarmos juntos na festa, no futebol, é uma cultura baseada na 
celebração, na sensação de prazer", afirma a professora Edna Ponciano, do Instituto de 
Psicologia da UERJ e coordenadora da pesquisa. 
Segundo ela, não somos acostumados a dividir a dor, o sofrimento com os outros, e isso pode 
ser um problema. "Nossa maneira de lidar é se distrair para esquecer, mas, com isso, deixamos 
de lidar com os problemas e transformamos esses sentimentos em ansiedade, depressão e 
estresse", acredita a especialista. 
Cultura coletivista é mais resiliente 
Ponciano lembra ainda que o Brasil pontuou muito alto no individualismo — o que também 
parece ser um contrassenso, já que o brasileiro tem fama de ser solidário e prestativo. "De fato, 
o brasileiro é solidário, mas muito mais direcionado às pessoas que ele conhece, ao seu círculo 
social e familiar", avalia. "O outro desconhecido não nos toca tanto", acredita. 
Por outro lado, a pesquisadora lembra que as sociedades que estão passando pela crise 
sanitária de forma coletiva estão conseguindo lidar melhor com o sofrimento. Em outras 
palavras, a coletividade permite a construção de pessoas mais resilientes e satisfeitas. 
Para Gustavo Arns, especialista em felicidade e bem-estar, o aumento do estresse tem relação 
direta com o individualismo. "Essa falta de empatia nos deixa fechados para o outro, fechados 
em nós mesmos e isolados", afirma ele, que é idealizador do primeiro Congresso Brasileiro de 
Felicidade e professor da pós-graduação em psicologia positiva da PUCRS (Pontifícia 
Universidade Católica do Rio Grande do Sul). 
Para ele, a pandemia não vai solucionar todas as nossas relações e problemas sociais, mas é 
uma boa oportunidade para começarmos a solucionar essas questões. "Nunca se falou tanto em 
saúde mental e qualidade de vida", afirma. "Acredito que é o momento ideal para começarmos a 
refletir sobre como podemos começar a construir a nossa felicidade." 
Disponível em <https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/08/05/baixo-nivel-de-empatia-aumenta-estresse-do-brasileiro-
durante-a-pandemia.htm>. Acesso em 9 ago. 2021. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O Brasil é o país da festa e do futebol, e o brasileiro, por ser 
naturalmente cordial e alegre, tem se estressado de maneira moderada com o 
isolamento social. 
II. Os resultados da pesquisa apontam que o brasileiro é 
individualista, apesar da fama de solidário. 
III. A capacidade de se colocar no lugar do outro, ou seja, a 
 
empatia, pode auxiliar as pessoas a lidar melhor com o sofrimento. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. 
II e III, apenas. 
 
 
 Pergunta 5 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia a charge e o texto a seguir. 
 
 
Celular e tablets para crianças: passar muito tempo usando eletrônicos pode prejudicar o 
desenvolvimento 
Michelle Roberts (BBC News) 
Deixar uma criança pequena passar muito tempo usando tablets, celulares e outros eletrônicos 
com telas pode atrasar o desenvolvimento de habilidades de linguagem e sociabilidade, de 
acordo com o estudo canadense. 
A pesquisa, que acompanhou cerca de 2,5 mil crianças de 2 anos de idade, é a mais recente 
evidência no debate sobre quanto tempo de uso de telas é seguro para crianças. (...) Mães foram 
consultadas, entre 2011 e 2016, sobre o tempo de uso de telas e preencheram questionários 
sobre as habilidades e o desenvolvimento de seus filhos quando tinham 2, 3 e 5 anos. 
Isso incluiu assistir a programas de TV, filmes ou vídeos, jogar videogames e usar computador, 
tablet, celular ou qualquer aparelho com uma tela. 
Com a idade de 2 anos, as crianças passavam em média 17 horas em frente a telas por semana. 
Isso aumentou para cerca de 25 horas aos 3 anos, mas caiu para cerca de 11 horas aos 5 anos, 
quando as crianças começam a escola primária. 
As descobertas, publicadas no periódico JAMA Pediatrics, sugerem que há aumento do tempo de 
uso de telas antes que qualquer atraso no desenvolvimento seja notado (...). 
Mas não está claro se o aumento do uso de telas é diretamente responsável. O maior tempo da 
tela pode ser um aspecto simultâneo a outros ligados ao atraso no desenvolvimento,como a 
forma com que a criança é educada e o que a criança faz no restante do seu tempo de lazer. 
Os cientistas indicam que, quando as crianças pequenas estão olhando para telas, elas podem 
estar perdendo oportunidades de praticar e dominar outras habilidades importantes. 
Em teoria, isso poderia atrapalhar interações sociais e limitar o tempo com que as crianças 
passam correndo e praticando outras habilidades físicas. 
Mesmo sem provas concretas de danos, a cientista Sheri Madigan e seus colegas, autores do 
estudo, dizem que, ainda assim, faz sentido limitar o tempo de uso de telas das crianças e 
garantir que isso não atrapalhe as "interações interpessoais ou o tempo em família". 
(...) "Ainda precisamos de mais pesquisas para dizer se crianças são mais vulneráveis aos danos 
causados pelo uso de telas e qual impacto que isso pode ter na sua saúde mental", disse 
Bernadka Dubicka, do Royal College of Psychiatrists. 
"Também precisamos avaliar os efeitos de diferentes tipos de conteúdo, porque há também 
formas positivas de usar telas". 
Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/geral-47036386>. Acesso em 29 jun. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
 
I. O texto e a charge apresentam uma crítica acerca da influência 
do uso das tecnologias nas relações interpessoais entre as crianças. 
II. O objetivo da tirinha é mostrar que o uso de celulares pode ser 
uma brincadeira produtiva e interativa. 
III. O texto indica que o uso excessivo e inadequado das telas pode 
influenciar negativamente no desenvolvimento infantil. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: d. 
I e III, apenas. 
 
 
 Pergunta 6 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto a seguir. 
As falhas do ensino da matemática expostas pela pandemia do coronavírus. 
Nossa dificuldade em lidar com modelos e projeções evidencia 'analfabetismo de dados', 
diz especialista; como podemos melhorar o ensino de estatísticas, raciocínio lógico e de 
temas do cotidiano do século 21? 
BBC - 06/06/2020. 
Desde projeções de novos casos de coronavírus até o chamado "achatamento da curva" de 
contágio, conceitos e modelos matemáticos entraram no noticiário e nas discussões da 
pandemia e, para alguns especialistas, a nossa dificuldade em entender e aplicar esses 
conceitos é mais uma evidência de que a forma como aprendemos matemática na escola está 
muito longe de nos preparar para usar a disciplina na vida real. 
Esse foi um dos assuntos debatidos no seminário on-line "Como ensinar a matemática do 
futuro?", realizado pelo Instituto Sidarta (dedicado a projetos e políticas no ensino da 
matemática) em 28 de maio. 
"Estamos ensinando a matemática do século 19 nas nossas escolas, e isso cria uma lacuna na 
formação que damos aos jovens para o exercício de profissões e para munir as crianças com 
ferramentas para entender o mundo à nossa volta, que é o objetivo da matemática", afirmou no 
encontro virtual Marcelo Viana, diretor-geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa). 
E quais são essas ferramentas? 
Viana citou algumas: estatística e probabilidades, por exemplo, essenciais para entendermos o 
comportamento do novo coronavírus e o impacto das medidas de prevenção, são temas que o 
matemático acredita que "estavam até há pouco tempo praticamente ausentes de sala de aula", 
embora ele ache que isso esteja mudando com a adoção da nova Base Nacional Curricular 
Comum, documento que traçou novas diretrizes para o ensino público e privado do país. 
Para além da pandemia, estatística e probabilidades têm infinitos usos cotidianos, dos mais 
simples (como entender a probabilidade de chuva em um dia qualquer) aos mais complexos 
(como identificar padrões de infecções em hospitais para adotar medidas de prevenção). 
"Outra área que custa para chegar à sala de aula é a combinatória, base da ciência da 
computação e da tecnologia da informação", agregou Viana. A análise combinatória permite que 
se analisem quantas combinações diferentes podem ser feitas com um conjunto de elementos. 
Por exemplo, com as 26 letras do alfabeto e dez números, quantas combinações de senhas de 
8 dígitos eu consigo fazer? 
(A resposta é 2,8 trilhões de senhas). 
Viana citou, por fim, o estímulo ao raciocínio lógico como algo "absolutamente negligenciado (no 
ensino da matemática), o que é trágico", por se tratar de uma habilidade considerada essencial 
para formar trabalhadores e cidadãos para o século 21. 
'Alfabetismo de dados' 
No Brasil, só 16% dos alunos concluem o ensino fundamental (9° ano) com aprendizado 
adequado em matemática, segundo os dados da Prova Brasil 2017. 
[...] 
Ser alfabetizado em dados significa ser capaz de entender números, gráficos, probabilidades ou 
questões lógicas, por exemplo, e conseguir usar esses dados para entender padrões ou mesmo 
tomar decisões. 
 
"São ensinados alguns conceitos (relacionados ao uso de dados), mas, no geral, é um tópico 
negligenciado", prossegue Dieckmann. Embora se ensinem conceitos básicos, como média e 
mediana, ele diz que falta, em geral, trazer uma "abordagem exploratória" para dentro da sala 
de aula, fazendo a conexão entre esses conceitos e os padrões, as conexões e os usos para 
eles na vida real dos alunos. 
[...] 
O que vai ser do ensino no pós-pandemia 
Embora haja a percepção de que a pandemia vai mudar a dinâmica das escolas e o ensino da 
matemática, a forma como isso vai acontecer ainda é uma interrogação. 
Como promover o ensino colaborativo da matemática e a resolução conjunta de problemas, se 
os alunos provavelmente terão de manter o distanciamento entre si, mesmo dentro de sala de 
aula, por um bom tempo? 
[...] 
"Na volta às aulas (presenciais) vai ser difícil, sem dúvida, de fazer com que os alunos se sintam 
seguros, estáveis e prontos para entender a nova realidade. No momento ainda não vemos luz 
no fim do túnel, mas temos uma oportunidade de olhar para o que pode ser melhorado e para 
criar um novo normal, em vez de voltar para o normal de antes, que não estava funcionando". 
Disponível em <https://g1.globo.com/educacao/noticia/2020/06/06/as-falhas-do-ensino-da-matematica-expostas- pela-pandemia-do-
coronavirus.ghtml>. Acesso em 30 jun. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O analfabetismo de dados ocorre, por exemplo, porque são ensinados alguns 
conceitos, como média e mediana, sem que se estabeleça relação do 
conteúdo com o cotidiano do aluno. 
II. No Brasil, a pandemia de coronavírus tornou o ensino de matemática 
descontextualizado e impediu os alunos de realizarem abordagens 
exploratórias. 
III. A dificuldade de aprendizagem de índices e conceitos matemáticos é a 
responsável pela expansão do contágio de covid-19, uma vez que as 
projeções da doença não são compreendidas pelos estudantes. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: d. 
I, apenas. 
 
 
 Pergunta 7 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia a imagem e o texto a seguir. 
 
 
 
A rápida disseminação do novo coronavírus por todo o mundo, as incertezas sobre como 
controlar a doença e sobre sua gravidade, além da imprevisibilidade acerca do tempo de 
duração da pandemia e dos seus desdobramentos, caracterizam-se como fatores de risco à 
saúde mental da população geral (Zandifar & Badrfam, 2020). Esse cenário parece agravado 
também pela difusão de mitos e informações equivocadas sobre a infecção e as medidas de 
prevenção, assim como pela dificuldade da população geral em compreender as orientações 
das autoridades sanitárias (Bao, Sun, Meng, Shi, & Lu, 2020). Nesse sentido, videoclipes e 
mensagens alarmantes sobre a Covid-19 têm circulado em mídias sociais, por meio de 
smartphones e computadores, frequentemente provocando pânico (Goyal et al., 2020). Da 
mesma forma, notícias falsas vêm sendo compartilhadas (Barros-Delben et al., 2020; Shimizu, 
2020), por vezes contrariando as orientações de autoridades sanitárias e minimizando os efeitos 
da doença. Isso parece contribuir para condutasinapropriadas e exposição a riscos 
desnecessários, pois os comportamentos que as pessoas apresentam estão ligados à 
compreensão que têm acerca da severidade da Covid-19 (Shojaei & Masoumi, 2020). Pessoas 
com suspeita de infecção pelo novo coronavírus podem desenvolver sintomas obsessivo-
compulsivos, como a verificação repetida da temperatura corporal (Li et al., 2020b). A ansiedade 
em relação à saúde também pode provocar interpretação equivocada das sensações corporais, 
fazendo com que as pessoas as confundam com sinais da doença e se dirijam 
desnecessariamente a serviços hospitalares, conforme ocorreu na pandemia de influenza H1N1, 
em 2009 (Asmundson & Taylor, 2020). Ademais, medidas como isolamento de casos suspeitos, 
fechamento de escolas e universidades e estabelecimento de distanciamento social de idosos e 
outros grupos de risco, bem como quarentena, acabam por provocar diminuição das conexões 
face a face e das interações sociais rotineiras, o que também pode consistir em um estressor 
importante nesse período (Brooks et al., 2020; Zandifar & Badrfam, 2020; Zhang, Wu, Zhao, & 
Zhang, 2020b). 
Disponível em <https://www.scielo.br/j/estpsi/a/L6j64vKkynZH9Gc4PtNWQng/?lang=pt>. Acesso em 03 ago. 2021. 
 
Com base na figura e no texto apresentados, avalie as afirmativas. 
I. A difusão de fake news e de informações incoerentes sobre o 
processo pandêmico do Covid-19 colaboram para o acometimento da saúde 
física e mental da população. 
II. A suspeita de infecção pelo coronavírus pode favorecer o 
desenvolvimento de comportamentos obsessivo-compulsivos, como a 
verificação quase contínua da temperatura corporal. 
III. A redução do contato interpessoal, observado pelo fechamento 
de escolas e universidades e pelo isolamento social, tem contribuído para o 
aumento do estresse na população em geral. 
IV. O objetivo da figura é mostrar as atividades que podem 
melhorar a saúde mental, que foi afetada pela pandemia. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: e. 
I, II e III. 
 
 
 Pergunta 8 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Observe a pintura de Kevin Lee, intitulada “A invisibilidade da pobreza'', 
e leia o texto a seguir. 
 
 
 
Falta de dados reflete invisibilidade da população em situação de rua no Brasil 
CNN, São Paulo – 01.06.2021 
"Eu até me emociono quando me fazem essa pergunta, porque dói muito ver a pessoa em 
situação de rua. Pra mim, dói muito". Poucas pessoas que não experimentaram o que é dormir 
sem um teto sobre a cabeça poderiam dar uma resposta como essa. O músico Wellington 
Antônio Vanderlei sabe bem o que é isso e, entre suas idas e vindas na rua desde a 
adolescência, é certeiro quando responde qual o sentimento relegado à população que vive sem 
ter onde morar. "Ah, o sentimento é que você é invisível mesmo, né?". 
Invisível aos olhos da sociedade e, muitas vezes, também aos olhos do poder público. As 
discussões a respeito do adiamento do censo populacional que seria realizado neste ano 
lançaram luz sobre a importância de pesquisas para a formulação de políticas públicas. Políticas 
essas que reduzem os níveis de desigualdade, combatem a fome, o desemprego, o abandono 
escolar e tantos outros gargalos sociais. O problema é que quem vive na rua não entra nas 
estatísticas do Censo. 
A única vez em que foi realizado um levantamento nacional exclusivamente sobre a população 
em situação de rua foi em 2008, quando foram registradas informações extremamente 
relevantes e até inesperadas, como o fato de que 70% dessa população tinha algum tipo de 
trabalho. Outros dados, nem tão inesperados assim: 67% dessas pessoas eram negras, retrato 
do racismo e da desigualdade no nosso país. 
O que o país tem de mais recente sobre a população em situação de rua é uma estimativa 
produzida por Marcos Natalino, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada 
(Ipea), que projetou 222 mil pessoas vivendo nas ruas do Brasil até março do ano passado. O 
cenário, é claro, agravou-se durante a pandemia. 
"Agora, na pandemia, eles são visíveis à medida que, quando fecha a cidade, menos pessoas 
circulam pelas ruas. Os únicos que circulam nas ruas são eles. Então, é um jogo. Ora eles são 
visíveis, ora eles são invisíveis. Quando incomodam, são visíveis. Quando não incomodam a 
ordem estabelecida, são invisíveis", opina o padre Júlio Lancellotti, que há anos é uma 
referência no apoio a quem vive nas ruas. 
Disponível em <https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2021/06/01/podcast-entre-vozes-alerta-para-invisibilidade-de-quem-vive-em-
situacao-de-rua>. Acesso em 25 jul. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A imagem e o texto jornalístico apresentam discursos antagônicos, pois o 
artista enfatiza, com seus traços, a visibilidade de um menino pobre, e a 
matéria aponta que as pessoas em situação de rua são ora visíveis, ora 
invisíveis. 
II. Segundo o texto, as pessoas em situação de rua são pouco visíveis ao poder 
público, e isso implica a criação insuficiente de políticas direcionadas a elas. 
III. O objetivo da imagem é mostrar que o menino, mesmo pobre, pode ter 
ascensão social, representada pela escada e pela rampa. 
https://www.cnnbrasil.com.br/tudo-sobre/censo
https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2021/01/13/especialistas-veem-aumento-de-populacao-de-rua-mas-nao-ha-dados-oficiais
IV. De acordo com o texto, a pandemia aumentou a visibilidade das pessoas que 
moram na rua porque gerou mais ações de solidariedade. 
É correto o que se afirma somente em 
Resposta Selecionada: e. 
II. 
 
 
 Pergunta 9 
0,5 em 0,5 pontos 
 
A série de tirinhas Dilbert, criada por Scott Adams, retrata as mazelas do 
mundo corporativo de forma satírica. Os personagens Dogbert (o cachorro) e 
Boss participam da tirinha a seguir. Nela, são contratados os serviços de 
pesquisas de Dogbert, supostamente com o intuito de comprovar a 
confiabilidade dos produtos oferecidos pela empresa de Boss. 
 
 
Com base na leitura, analise as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. A amostra da pesquisa retratada na tirinha é composta por apenas um 
elemento, o que é insuficiente para retratar com fidelidade a população de 
usuários dos produtos da empresa. 
PORQUE 
II. A pergunta feita por Dogbert ao entrevistado tem a intenção de gerar 
resultados enviesados para agradar Boss e, dessa forma, não traz qualquer 
conclusão relevante a respeito dos produtos. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II 
não justifica a I. 
 
 
 Pergunta 10 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto. 
O último paradoxo da vida moderna: por que ficamos presos ao celular, mas odiamos falar 
por telefone? 
Não deixe uma ligação rápida arruinar uma longa e confusa série de mensagens de WhatsApp 
Sílvia Lopez – 01/06/2019 
Para iniciar um texto, Hemingway dizia a si mesmo: “Escreva a frase mais verdadeira que você 
conhece”. Neste caso, seria: a psicóloga Cristina Pérez, do Siquia, respondeu por meio de 
mensagens de áudio às perguntas que lhe enviamos por e-mail. Essa curiosidade metajornalística 
não tem importância nem altera a qualidade de suas respostas, só ilustra a variedade e a fluidez de 
opções com as quais podemos nos comunicar hoje. Recebemos um e-mail? Respondemos com um 
áudio. Chegou um áudio de WhatsApp? Respondemos com um texto. Recebemos um telefonema? 
Não respondemos. Esperamos. Esperamos. E escrevemos: “Você me ligou? Não posso falar, é 
melhor me escrever”. O paradoxo do grande vício do século XXI é que estamos presos ao celular, 
 
mas temos fobia das ligações telefônicas. 
VOTO DE SILÊNCIO 
É uma tendência mais presente entre os mais jovens, mas comum em todas as faixas etárias: só na 
Espanha, o uso diário de aplicativos de mensagens instantâneas como WhatsApp, Telegram e 
Facebook Messenger é quase o dobro do uso de ligações por telefone fixo e celular, segundo o 
Relatório da Sociedade Digitalna Espanha de 2018, da Fundação Telefónica. Não só preferimos as 
mensagens instantâneas aos telefonemas, como também preferimos essas mensagens a interagir 
com outras pessoas. Ou pelo menos foi o que 95,1% da população espanhola disse preferir (o cara 
a cara só tem 86,6% de popularidade). A ligação telefônica − que, até não muito tempo atrás, 
esperávamos com alegria ou tolerávamos com resignação, mas nunca evitávamos com uma rejeição 
universal – tornou-se uma presença intrusiva e incômoda, perturbadora e tirânica, mas por quê? 
“Uma das razões é que quando recebemos uma ligação, ela interrompe algo que estávamos 
fazendo, ou simplesmente não temos vontade de falar nesse momento”, explica a psicóloga Cristina 
Pérez. “Por outro lado, também exige de nós uma resposta imediata, ao contrário do que ocorre na 
comunicação escrita, que nos permite pensar bem no que queremos dizer. E a terceira razão seria o 
fato de não poder saber de antemão qual será a duração do telefonema”, acrescenta. 
INTROVERTIDOS E ENTREGUES ÀS TELAS 
Perder tempo em um telefonema é uma perspectiva assustadora. No entanto, segundo um relatório 
mundial da Deloitte, consultamos nossas telas mais de 40 vezes ao dia, e uma de cada quatro 
pessoas faz isso entre 100 e mais de 200 vezes. 
Talvez a coisa mais valiosa que nosso interlocutor exija em uma ligação não seja o tempo, e sim a 
concentração. Será que o ódio de falar por telefone poderia ser sintoma de um problema mais 
profundo, como um distúrbio de déficit de atenção? “Em princípio não”, responde a psicóloga. Mas 
“sim, é possível que uma pessoa com déficit de atenção tenha dificuldade para manter uma longa 
conversa telefônica e até mesmo que às vezes perca o fio da meada e volte sua atenção para outra 
coisa, assim como lhe ocorreria em uma conversa frente a frente, mas isso não quer dizer que 
desenvolva um ódio de falar por telefone”. 
Cristina Pérez alerta: “Sim, pode ser sinal de uma personalidade introvertida. O imediatismo de um 
telefonema faz com que as pessoas introvertidas não se sintam confortáveis neles. São pessoas que 
dependem muito da observação e, por telefone, não podem examinar a expressão do interlocutor. 
Se uma interação social já é incômoda para elas, é muito pior quando não têm essa ajuda visual que 
utilizam tanto. De fato, esse tipo de personalidade prefere a comunicação escrita à falada”. 
COMO CORTAR A LIGAÇÃO 
Infelizmente, para esses introvertidos, não há uma fórmula que os libere de todos os telefonemas, 
embora o identificador do número que está ligando lhes dê certa autoridade. “Quando você recebe 
uma ligação, é você que decide se é o momento de atendê-la ou de deixá-la para mais tarde”, 
assinala a psicóloga. “Se você decidir atendê-la e precisar cortá-la, a melhor maneira de fazer isso é 
de forma assertiva (estabelecendo limites, embora inicialmente isso nos custe um pouco, já que 
podemos pensar que a outra pessoa ficará chateada, mas é questão de treinamento e paciência), só 
que você também deve detectar qual é o momento certo para cortar”. 
O problema não é apenas que nosso interlocutor queira falar ad infinitum. Ele muitas vezes quer de 
nós uma resposta rápida, se for, por exemplo, um telefonema de trabalho. O terror de não ter tempo 
para pensar o que devemos responder também nos impede de atender o telefone. A psicóloga 
também tem um truque para esses casos: “Se pedem uma resposta imediata que nesse momento 
você não pode dar, uma frase muito útil é ‘vou pensar com calma e amanhã conversamos’, já que se 
não temos certeza quanto a uma resposta, o melhor é adiá-la, porque o imediatismo nos faz agir 
impulsivamente e é possível que depois nos arrependamos da resposta dada”. 
ADEUS À DIALÉTICA? 
A aversão à conversa da chamada “geração muda” poderia ter mais consequências do que apenas 
evitar as reuniões sociais. “O preço a pagar por nascer nesta geração é, muitas vezes, a falta de 
habilidade na hora de iniciar ou manter uma conversa, embora essas pessoas possam passar horas 
e horas no celular, porque estão mais concentradas naquilo que seu dispositivo lhes pode oferecer 
(o que às vezes será uma conversa com outra pessoa, mas não frente a frente). São gerações nas 
quais o vício por novas tecnologias está na ordem do dia, e o problema não é apenas que não 
valorizem o quanto uma boa conversa pode ser enriquecedora. Os efeitos do uso excessivo do 
celular afetam também sua personalidade, já que são pessoas com baixa tolerância à frustração e 
com necessidade de um reforço social contínuo, que ocorre através das curtidas. Em suma, a 
tecnologia é boa desde que seja usada de forma compatível com a vida cotidiana da pessoa, ou 
seja, quando não interferir em sua vida social, trabalhista ou pessoal”, destaca a psicóloga. 
Disponível 
em <https://brasil.elpais.com/brasil/2019/06/01/tecnologia/1559392400_168692.html?utm_source=Facebook&ssm=FB
_BR_CM&fbclid=IwAR0tUqfDyfynJW1aheWqEnGYU1GxGvsGbJmdxD63FnvmY-
jCT7CAkjKswWs#Echobox=1625268988>. Acesso em 06 jul. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
II. De acordo com a pesquisa, falar ao telefone ou encontrar alguém pessoalmente 
são ações indesejadas pela maioria da população. 
III. O paradoxo apontado no texto refere-se ao fato de as pessoas alternarem 
diversos formatos de respostas às mensagens do dia a dia. 
IV. De acordo com a psicóloga, o telefonema apresenta, para muitas pessoas, a 
desvantagem de exigir uma resposta imediata e de interromper o que se está 
fazendo no momento. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: b. 
III, apenas. 
 
 
 Pergunta 11 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia a charge e o trecho a seguir e avalie as afirmativas. 
 
 
Algo muito estranho está acontecendo no mundo atual. Vivemos melhor do que qualquer outra 
geração anterior. Pessoas são saudáveis graças às ciências da saúde. Moram em residências 
robustas, produto da engenharia. Usam eletricidade, domada pelo homem devido ao seu 
conhecimento de química e física. Paradoxalmente, essas mesmas pessoas ligam seus 
computadores, tablets e celulares para adquirir e disseminar informações que rejeitam a mesma 
ciência que é tão presente em suas vidas. Vivemos num mundo em que pessoas usam a ciência 
para negar a ciência. 
KOWALTOWSKI, Alicia. Usando a ciência para negar a ciência. 2019. Disponível 
em https://www.nexojornal.com.br/ (com adaptações). Acesso em 02 ago. 2021. 
 
 . A charge ilustra o paradoxo que se afirma no texto: novas tecnologias, frutos 
do desenvolvimento científico, são usadas para negar a ciência. 
I. A charge tem por objetivo contrapor um professor arcaico com as novas 
 
tecnologias, que permitem assimilar o conhecimento de forma mais rápida. 
II. De acordo com o texto, é paradoxal que as pessoas atualmente, com o 
desenvolvimento científico contemporâneo, ainda fiquem doentes e não 
tenham moradias robustas. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: a. 
I. 
 
 
 Pergunta 12 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o gráfico, sobre o saldo de empregos formais segundo o CAGED - 
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, e a charge. 
 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
 . Entre janeiro e fevereiro de 2021, houve aumento de cerca de 50% das 
vagas formais de emprego. 
I. No primeiro semestre de 2021, a geração de empregos teve um saldo 
 
positivo de cerca de mais de 1,5 milhão de vagas de emprego. 
II. O aumento da prestação do serviço de entrega, ilustrado na charge, é 
responsável pela ampliação de vagas formais em 2021. 
III. A charge tem por objetivo responsabilizar a falta de iniciativa 
empreendedora pelo desemprego registrado em 2020 e 2021. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: a. 
I e II. 
 
 
 Pergunta 13 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Para realizar pesquisas sobre o desemprego no Brasil, o Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE) divide a população total do país em dois grupos: 
os que têm e os que nãotêm idade para trabalhar. O grupo da população em 
idade para trabalhar, posteriormente, é subdividido em mais algumas 
categorias. As principais classificações do mercado de trabalho utilizadas pelo 
IBGE podem ser observadas no organograma a seguir. 
 
 
 
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) é 
a pesquisa do IBGE que visa a acompanhar as flutuações trimestrais e a 
evolução da força de trabalho brasileira, assim como outras informações 
necessárias para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país. O 
gráfico a seguir mostra os dados de ocupação, desocupação e outras divisões 
do mercado de trabalho brasileiro no 1º trimestre de 2021, de acordo com 
resultados da PNAD Contínua. 
 
 
 
 
De acordo com as informações apresentadas no gráfico, avalie as afirmativas. 
 . A população total do Brasil é composta por mais de 210 milhões de 
pessoas. 
I. Há, aproximadamente, 100 milhões de pessoas com 14 anos ou mais 
no país. 
II. Quase metade da população do Brasil é formada por pessoas que 
fazem parte da força de trabalho. 
III. Os aposentados não foram incluídos no gráfico por não fazerem mais 
parte da força de trabalho. 
É correto apenas o que se afirma em 
Resposta Selecionada: b. 
I e III. 
 
 
 Pergunta 14 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto a seguir. 
O que é desemprego 
O desemprego, de forma simplificada, refere-se às pessoas com idade para trabalhar (acima de 
14 anos) que não estão trabalhando, mas estão disponíveis e tentam encontrar trabalho. Assim, 
para alguém ser considerado desempregado, não basta não possuir um emprego. 
Veja alguns exemplos de pessoas que, embora não possuam um emprego, não podem ser 
consideradas desempregadas: 
 um universitário que dedica seu tempo somente aos estudos; 
 uma dona de casa que não trabalha fora; 
 uma empreendedora que possui seu próprio negócio. 
De acordo com a metodologia usada pelo IBGE na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 
Contínua – PNAD Contínua, o estudante e a dona de casa são pessoas que estão fora da força 
de trabalho; já a empreendedora é considerada ocupada. 
A PNAD Contínua é a nossa pesquisa que mostra quantos desempregados há no Brasil. Nela, o 
que é conhecido popularmente como “desemprego” aparece no conceito de “desocupação”. 
Confira, no gráfico a seguir, os dados de ocupação, desocupação e outras divisões do mercado 
de trabalho no Brasil, de acordo com os últimos resultados da PNAD Contínua. 
 
 
 
 
 
 
Considerando o texto, as informações apresentadas nos gráficos e seus 
conhecimentos, assinale a alternativa correta. 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
Aproximadamente, 7% da população brasileira é 
formada por desocupados. 
 
 
 Pergunta 15 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia a tabela a seguir. 
 
 
 
Com base nas informações apresentadas na tabela, avalie as afirmativas. 
 . Observando-se a tabela, é possível concluir que, em termos de 
desempenho das exportações brasileiras de proteína animal, considerados os 
períodos 2019 e 2020, a carne de suíno é a que obteve a maior variação 
positiva, seguida pela carne de bovino e pela carne de frango. 
I. Em termos de valor, em 2019, o Oriente Médio foi responsável 
pela compra de exatamente metade das compras de carne de frango realizadas 
pela China, pela Ásia exceto China e pela União Europeia somadas. 
 
II. A maior variação percentual negativa nas compras de carne de 
frango observada na tabela refere-se ao Oriente Médio, apresentando, entre 
2019 e 2020, uma redução de 1.753 para 1.372 milhões de dólares. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: a. 
I, apenas. 
 
 
 Pergunta 16 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto a seguir, retirado do artigo publicado no site da Fiocruz, complementado pelo artigo 
do Instituto Butantan. 
Entenda como acontece o estudo clínico de uma vacina 
(...) 
O processo de pesquisa e desenvolvimento de uma nova vacina é constituído de diversas 
etapas, tratando-se, portanto, de um processo de alto investimento. A primeira etapa 
corresponde à pesquisa básica e é onde as novas propostas de vacinas são identificadas. Na 
segunda etapa, há a realização dos testes pré-clínicos (in vitro e/ou in vivo), que têm por 
objetivo demonstrar a segurança e o potencial imunogênico da vacina. Por fim, há a terceira 
etapa, composta pelos ensaios clínicos (fases I, II, III e IV). 
A fase I é o primeiro estudo a ser realizado em seres humanos e tem por objetivo principal 
demonstrar a segurança da vacina. A fase II tem por objetivo estabelecer a sua 
imunogenicidade (capacidade que a vacina tem de estimular o sistema imunológico a produzir 
anticorpos). A imunogenicidade, frequentemente, é medida por coletas de sangue, utilizando 
metodologias de análise adequadas, para avaliar a resposta imunológica à vacina administrada. 
A fase III é a última fase de estudo antes da obtenção do registro sanitário e tem por objetivo 
demonstrar a sua eficácia. Somente após a finalização do estudo de fase III e obtenção do 
registro sanitário é que a nova vacina poderá ser disponibilizada para a população. A fase IV é o 
estudo pós comercialização, em que é analisado o que ocorre já com a vacina disponível às 
pessoas. 
Os critérios para seleção dos participantes do ensaio dependem fundamentalmente do objetivo 
do estudo. De modo geral, os participantes devem representar o grupo de indivíduos/população 
para os quais o produto foi desenvolvido e aqueles que mais poderiam se beneficiar da 
intervenção. Além disso, é necessário selecionar áreas de maior transmissão onde o número 
esperado de casos é suficiente para a realização do estudo e interpretação dos resultados. 
Disponível em <https://www.bio.fiocruz.br/ /index.php/br/noticias/1992-entenda-como-acontece-o-estudo-clinico-de-uma-
vacina>. Acesso em 31 jul. 2021 (com adaptações). 
 
 
Ensaios clínicos 
(...) 
A Divisão de Ensaios Clínicos e Farmacovigilância do Instituto Butantan (IB) coordena todos os 
ensaios clínicos, desde a fase I até a fase IV, para os imunobiológicos produzidos pelo instituto 
incluindo as vacinas. Com isso, ela garante a internalização do conhecimento adquirido com a 
realização desses estudos e contribui para a integração de todas as etapas do processo de 
pesquisa e desenvolvimento. Cabe ressaltar ainda que esta Divisão também realiza atividades 
de farmacovigilância para todos os soros e vacinas produzidas pelo IB, ou seja, realiza 
monitoramento contínuo da segurança desses produtos quando eles já se encontram 
disponibilizados e em uso pela população. 
Disponível em <https://butantan.gov.br/pesquisa/ensaios-clinicos>. Acesso em 31 jul. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Uma nova vacina só pode ser disponibilizada à população após 
o registro sanitário, que ocorre após a fase IV dos ensaios clínicos, os quais 
compõem a terceira etapa do processo de sua pesquisa e seu 
desenvolvimento. 
 
II. As atividades de Farmacovigilância para vacinas são realizadas 
durante a fase IV dos ensaios clínicos. 
III. A avaliação da capacidade de o organismo produzir anticorpos 
contra um microrganismo como o coronavírus e o monitoramento da 
segurança das vacinas em uso pela população são efetuados durante as fases 
II e IV dos ensaios clínicos, respectivamente. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: d. 
II e III, apenas. 
 
 
 Pergunta 17 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto e a charge, publicada em jornal carioca no início do século XX, sobre a gripe 
espanhola. 
Conheça as 5 maiores pandemias da história. 
O coronavírus não é o primeiro causador de uma pandemia. Relembre outras doenças 
que mudaram os rumos da história da humanidade. 
Letícia Rodrigues. 28 de outubro de 2020 
A pandemia do novo coronavírus causou medo em todo o mundo – e não é para menos. O 
cenário é semelhante ao que já aconteceu em outros momentos da história, em que doenças se 
espalharam pelo mundo e causaram estragos.Conheça as principais pandemias que assolaram 
o planeta. 
1. Peste bubônica 
A peste bubônica é causada pela bactéria Yersínia pestis e pode se disseminar pelo contato 
com pulgas e roedores infectados. Seus sintomas incluem inchaço dos gânglios linfáticos na 
virilha, na axila ou no pescoço. Outros sinais são: febre, calafrios, dor de cabeça, fadiga e dores 
musculares. 
A doença é considerada, historicamente, a causadora da Peste Negra, que assolou a Europa no 
século 14, matando entre 75 milhões e 200 milhões pessoas na antiga Eurásia. No total, a praga 
pode ter reduzido a população mundial de 450 milhões de pessoas para 350 milhões. 
2. Varíola 
A doença atormentou a humanidade por mais de 3 mil anos. O faraó egípcio Ramsés II, a rainha 
Maria II da Inglaterra e o rei Luís XV da França tiveram a temida “bexiga”. O vírus Orthopoxvírus 
variolae era transmitido de pessoa para pessoa por meio das vias respiratórias. Os sintomas 
eram: febre, seguida de erupções na garganta, na boca e no rosto. Felizmente, a varíola foi 
erradicada do planeta em 1980, após campanha de vacinação em massa. 
3. Cólera 
Sua primeira epidemia global, em 1817, matou centenas de milhares de pessoas. Desde então, 
a bactéria Vibrio cholerae sofre diversas mutações e causa novos ciclos epidêmicos de tempos 
em tempos e, portanto, ainda é considerada uma pandemia. Sua transmissão acontece a partir 
do consumo de água ou alimentos contaminados, e é mais comum em países 
subdesenvolvidos. 
Um dos mais atingidos pela cólera foi o Haiti, em 2010. O Brasil já teve vários surtos da doença, 
principalmente em áreas mais pobres do Nordeste. No Iêmen, em 2019, mais de 40 mil pessoas 
morreram devido à enfermidade. 
4. Gripe Espanhola 
Acredita-se que entre 40 milhões e 50 milhões de pessoas tenham morrido na pandemia de 
Gripe Espanhola de 1918, causada por um subtipo de vírus influenza. Mais de um quarto da 
população mundial na época foi infectado e até o então presidente do Brasil, Rodrigues Alves, 
morreu da doença, em 1919. 
Os sintomas da doença eram muito parecidos com os do atual coronavírus Sars-CoV-2, e não 
existia cura. Em São Paulo, a população foi atrás de um remédio caseiro feito com cachaça, 
limão e mel. De acordo com o Instituto Brasileiro da Cachaça, foi dessa receita supostamente 
terapêutica que nasceu a caipirinha. 
 
5. Gripe Suína (H1N1) 
O vírus H1N1, causador da chamada gripe suína, foi o primeiro a gerar uma pandemia no século 
21. O vírus surgido em porcos no México, em 2009, espalhou-se rapidamente pelo mundo, 
matando 16 mil pessoas. No Brasil, o primeiro caso foi confirmado em maio daquele ano e, no 
fim de junho, 627 pessoas estavam infectadas no país, de acordo com o Ministério da Saúde. 
O contágio acontece a partir de gotículas respiratórias no ar ou em uma superfície contaminada. 
Seus sintomas são os mesmos de uma gripe comum: febre, tosse, dor de garganta, calafrio e 
dor no corpo. 
Disponível em <https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2020/03/conheca-5-maiores-pandemias-
da-historia.html>. Acesso em 02 ago. 2021 (com adaptações). 
 
Ela: Faça o favor de chamar o diretor e dizer que estou às suas ordens. 
Funcionário: Mas.... creio que não há mais lugar... 
Ela: Como não? Se o diretor me disse que aqui tinha um lugar seguro. Isso é um embuste. 
Disponível em <https://box.novaescola.org.br/etapa/3/educacao-fundamental-2/caixa/90/a-rota-das-epidemias-pelo-
mundo/conteudo/18980>. Acesso em 27 set. 2021. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Das seis maiores pandemias da história (incluída a pandemia do 
novo coronavírus), quatro foram causadas por vírus e duas por bactérias. 
II. As cinco doenças pandêmicas mencionadas na matéria estão 
erradicadas no mundo. 
III. A charge, ao representar a gripe espanhola como uma mulher 
com cara de caveira que bate à parte do gabinete da “Saúde Pública”, tem por 
objetivo mostrar que a sua entrada no Brasil foi bloqueada por medidas 
sanitárias eficientes. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: c. 
I. 
 
 
 Pergunta 18 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto e o gráfico. 
Seca e fogo amplificam morte de árvores e emissões de CO2 na Amazônia 
Elton Alisson, Agência FAPESP – 20/07/2021 
As secas extremas estão se tornando cada vez mais frequentes e intensas devido às mudanças 
climáticas, o que pode ter grandes impactos na Amazônia. Entre o final de 2015 e o início de 
2016, durante o verão, o bioma foi atingido por uma grande estiagem e incêndios florestais 
 
associados ao El Niño. Os efeitos do evento climático duraram pelos três anos posteriores, 
resultando, até 2018, na morte de 3 bilhões de árvores e na emissão de 495 milhões de 
toneladas de gás carbônico (CO2) – superior à média anual do desmatamento em toda a 
Amazônia brasileira. 
(...) Em circunstâncias normais, por causa dos altos níveis de umidade, a floresta amazônica 
não queima. No entanto, a seca extrema torna a floresta temporariamente inflamável. Dessa 
forma, o fogo utilizado para queimar a floresta derrubada em uma área desmatada ou para 
auxiliar na limpeza de um pasto pode escapar do controle e se dispersar pela floresta, 
provocando grandes incêndios florestais. 
(...) A perda de árvores foi muito pior nas florestas secundárias e em outras florestas afetadas 
pela intervenção humana. As árvores com menor densidade de madeira e cascas mais finas 
foram mais propensas a morrer com a seca e os incêndios. Essas árvores menores são mais 
comuns em florestas afetadas pelo homem. 
(...) As emissões de CO2 das florestas queimadas por incêndios florestais foram quase seis 
vezes maiores do que as florestas afetadas apenas pela seca. 
(...) Após três anos, apenas cerca de um terço (37%) das emissões foi reabsorvido pelo 
crescimento das plantas na floresta. 
Disponível em <https://agencia.fapesp.br/seca-e-fogo-amplificam-morte-de-arvores-e-emissoes-de-co2--na-
amazonia/36372/>. Acesso em 14 ago. 2021 (com adaptações). 
 
Desmatamento da Amazônia dispara de novo em 2020 
Herton Escobar – 07.08.2020 
 
 
 
I. O texto afirma que o principal causador dos incêndios na floresta Amazônica 
em 2020 foi a seca decorrente das mudanças climáticas do fenômeno El Niño. 
II. Embora as emissões de CO2 a partir do ano de 2015 estejam associadas ao 
fenômeno El Niño, danos ambientais também são provocados por intervenção humana na 
floresta Amazônica. 
III. O gráfico mostra que a taxa de desmatamento na Amazônia em 2019/2020 
aumentou mais de 50% em comparação com o mesmo período do ano anterior. 
É correto o que se afirma somente em 
Resposta Selecionada: d. 
II. 
 
 
 Pergunta 19 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o trecho a seguir, extraído do Atlas da Violência 2020, uma publicação do Instituto de 
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). 
Segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde (SIM/MS), houve 
 
57.956 homicídios no Brasil em 2018, o que corresponde a uma taxa de 27,8 mortes por 100 mil 
habitantes – o menor nível de homicídios em quatro anos. Essa queda no número de casos 
remete ao patamar dos anos entre 2008 e 2013, em que ocorreram entre 50 mil e 58 mil 
homicídios anuais. 
O gráfico abaixo mostra que a diminuição das taxas de homicídio aconteceu em todas as regiões, 
com maior intensidade no Nordeste. Desde 2016, esse índice de violência vinha diminuindo nas 
regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. No gráfico, chama a atenção a reversão da tendência de 
aumento das mortes no Norte e Nordeste e o aumento da velocidade de queda no Sul e Sudeste. 
 
 
Diante do quadro da redução, em 12%, das taxas de homicídio no país, entre 2017 e 2018, que 
passou de 31,6 para 27,8 por 100 mil habitantes, fica a pergunta: quais fatores poderiam explicar 
essa notável diminuição? Trata-se de alguma mudança institucional súbita ocorrida a partir de 
2017? Ou a redução das mortes violentas, nesse ano, pode ser explicada pela própria dinâmica 
da criminalidade que já vinha se desenrolandonos anos anteriores? 
De outro modo, no Atlas da Violência 2019, já havíamos chamado a atenção para a tendência de 
queda de homicídios que abrangia gradualmente cada vez mais Unidades da Federação (UFs), 
nos dez anos anteriores a 2017. Naquele documento, apontamos as principais razões que 
estariam influenciando a queda dos homicídios pelo país afora até 2017, a saber: i) a mudança no 
regime demográfico, que fez diminuir substancialmente, na última década, a proporção de jovens 
na população; ii) o Estatuto do Desarmamento, que freou a escalada de mortes no Brasil e que 
serviu de mecanismo importante para a redução de homicídios em alguns estados, como São 
Paulo, que focaram fortemente na retirada de armas de fogo das ruas; e iii) políticas estaduais de 
segurança, que imprimiram maior efetividade à prevenção e ao controle da criminalidade violenta 
em alguns estados. 
Destacamos ainda, no Atlas da Violência 2019, que um quarto fator que conspirou a favor do 
aumento dos homicídios, entre 2016 e 2017, em alguns estados, sobretudo do Norte e do 
Nordeste, foi a guerra desencadeada entre as duas maiores facções penais no Brasil (Primeiro 
Comando da Capital – PCC e Comando Vermelho – CV) e seus parceiros locais, que eclodiu em 
meados de 2016, gerando número recorde de mortes no Acre, Amazonas, Pará, Ceará, 
Pernambuco e Rio Grande do Norte. 
Ocorre que uma guerra custosa, imprevisível e duradoura, sem um contendor com vantagens ou 
supremacia clara, é inviável economicamente. Depois de cerca de um ano e meio das 
escaramuças em alta intensidade – no eixo do tráfico internacional de drogas, nas rotas do alto 
do Juruá, Solimões e nos estados nordestinos –, em que membros das duas maiores facções 
penais se matavam mutuamente, a intensidade dos conflitos diminuiu. O movimento das guerras 
de facções em 2016 e 2017 e o subsequente armistício, velado ou não, a partir de 2018, 
explicariam por que os supramencionados estados do Norte e Nordeste foram aqueles com 
maiores aumentos nas taxas de homicídio, em 2017, e maiores quedas em 2018. 
Para finalizar, acreditamos que um quinto fator que pode ter contribuído para a redução 
substancial dos homicídios, em 2018, diz respeito à piora substancial na qualidade dos dados de 
mortalidade, em que o total de mortes violentas com causa indeterminada (MVCI) aumentou 
25,6%, em relação a 2017, fazendo com que tenham permanecido ocultos muitos homicídios. Em 
2018, foram registradas 2.511 MVCI a mais, em relação ao ano anterior, fazendo com que o ano 
de 2018 figurasse como recordista nesse indicador, com 12.310 mortes cujas vítimas foram 
sepultadas na cova rasa das estatísticas, sem que o Estado fosse competente para dizer a causa 
do óbito, ou simplesmente responder: morreu por quê? 
Disponível em <https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/arquivos/artigos/3519-atlasdaviolencia2020completo.pdf>. Acesso em 10 
ago. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura e em seus conhecimentos, avalie as afirmativas. 
I. Em 2017, o número de homicídios na região Norte foi maior do 
que o número de homicídios da região Sudeste. 
II. Entre 2013 e 2018, todas as regiões apresentam tendência de 
queda da taxa de homicídios. 
III. O texto sugere que o súbito aumento da taxa de homicídio entre 
2016 e 2017 nas regiões Norte e Nordeste pode ser explicado por conflitos 
entre facções criminosas, que cessaram em 2018. 
IV. A população brasileira em 2018 era maior do que 208 milhões de 
habitantes. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: c. 
III e IV. 
 
 
 Pergunta 20 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
A tabela a seguir mostra o número de doentes e de mortes por covid-19 nas 
diferentes regiões brasileiras, segundo dados fornecidos pelas secretarias de 
saúde dos estados em 15 de agosto de 2021. 
 
Com base na leitura da tabela, avalie as afirmativas. 
I. A região Sudeste concentra o maior número de casos de covid-
19 e responde por aproximadamente 38% do total de casos 
observados no país. 
II. II. A taxa de letalidade da doença no Brasil, calculada como a 
proporção entre o número de óbitos e o número de casos, é da ordem de 25%. 
III. III. Os óbitos por covid-19 na região Centro-Oeste 
 
correspondem a aproximadamente 10% do total de mortos pela doença. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: d. 
I e III, apenas. 
 
 
Segunda-feira, 25 de Outubro de 2021 01h16min02s BRT 
 
PSA (6937-00) 
 CONTEÚDO 
Informações do teste 
Descrição 
Instruções 
Várias tentativas Este teste permite 3 tentativas. Esta é a tentativa número 1. 
Término e envio Este teste pode ser salvo e retomado posteriormente. 
 Suas respostas foram salvas automaticamente. 
 Estado de Conclusão da Pergunta: 
PERGUNT A 1 
Leia a imagem e o texto a seguir. 
 
 
Por que a diversidade no ambiente de trabalho é necessária? 
Victor Neves 
Nos últimos anos, movimentos sociais que reivindicam a igualdade de minorias ganharam força 
globalmente. Promover a inclusão no mundo corporativo significa entender a importância do respeito e da 
valorização das diferenças. É aí que entra uma das principais vantagens desse posicionamento para as 
empresas: melhorar a employer brand (marca empregadora). 
Se uma empresa é reconhecida por sua diversidade, cada vez mais pessoas de diferentes origens terão 
interesse em se juntar a ela. Isso facilita a atração de talentos, já que as opções de candidatos para 
preencher as vagas serão sempre abundantes e qualificadas. 
Reter esses profissionais na organização também é mais fácil, afinal, um ambiente respeitoso e diverso 
favorece o clima interno. Com isso, os colaboradores ficam mais satisfeitos com seus empregos, e os 
conflitos no dia a dia diminuem, o que mantém a produtividade e a eficiência em alta. 
Outro grande benefício da diversidade no ambiente do trabalho é o enriquecimento cultural da empresa. 
Pessoas com origens, crenças, etnias, orientações sexuais e classes sociais diferentes trazem para a 
organização ideias e visões de mundo nada parecidas umas com as outras. 
Isso está associado ao desenvolvimento de produtos mais criativos e inovadores, que não seriam 
possíveis se todas as pessoas da equipe tivessem vivências parecidas. 
Disponível em <https://blog.woli.com.br/por-que-a-diversidade-no-ambiente-de-trabalho-e-necessaria/>. Acesso em 29 jun. 
2021. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. As práticas de diversidade e inclusão adotadas pelas empresas têm o 
intuito de exercer a caridade com os indivíduos que se sentem 
excluídos. 
II. A inclusão da diversidade é um fator que favorece a 
valorização cultural das empresas e contribui para a boa 
imagem da marca. 
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/take/launch.jsp?course_assessment_id=_889496_1&course_id=_28560_1&content_id=_2417896_1&step=null
https://ava.ead.unip.br/webapps/blackboard/content/listContent.jsp?course_id=_28560_1&content_id=_439332_1&mode=reset
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/take/launch.jsp?course_assessment_id=_889496_1&course_id=_28560_1&content_id=_2417896_1&step=null
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/take/launch.jsp?course_assessment_id=_889496_1&course_id=_28560_1&content_id=_2417896_1&step=null
III. Uma equipe formada por colaboradores com culturas 
diferentes aumenta os resultados produtivos, mas também 
estimula os conflitos e a competição. 
É correto o que se afirma somente em 
 
a. I. 
 
b. II. 
 
c. III. 
 
d. II e III. 
 
e. I e II. 
0,5 pontos 
PERGUNT A 2 
Leia o texto a seguir, intitulado “Pandemia e acessibilidade: Entenda a importância da inclusão e os novos 
desafios causados pela Covid-19”, de Brenda Xavier, publicado em 18/02/2021. 
A pandemia causada pelo novo coronavírus espalhou-se pelo mundo de forma rápida e impactante, 
fazendo com que muitas pessoas se isolassem. Antes de tudo isso, quem é cego, surdo, cadeirante ou 
tem algum tipo de deficiência física ou intelectual já enfrentava vários desafios e, com a pandemia, novas 
barreirassurgiram para a acessibilidade. 
Agora, um deficiente visual, que precisa tocar em superfícies ou ter o apoio de outras pessoas, está mais 
vulnerável do que nunca. Tocando em diferentes superfícies ou falando com pessoas que ele não sabe 
se estão usando máscara, como evitar a contaminação pela Covid-19? Quais são os impactos da 
pandemia na acessibilidade e no direito de ir e vir? 
Thays Martinez, advogada, responsável pela Lei estadual N° 10.784 (atualizada pela Lei Nº 12.907, de 15 
de abril de 2008), que garante que cães-guia possam entrar em transporte público, compartilha sua 
experiência. Ela explica que as pessoas que têm deficiência visual estão mais vulneráveis à Covid-19, 
devido à necessidade de contato com pessoas e, sobretudo, superfícies. “Com a pandemia, as compras 
online aumentaram, mas muitos aplicativos e sites tornam inviável o uso por pessoas deficientes visuais”, 
relata. 
Com a visão comprometida, o tato é um dos principais sentidos utilizados por pessoas com deficiência 
visual. O contato físico se faz necessário sempre, e é justamente isso que os deixa mais expostos à 
Covid-19. De acordo com dados do IBGE no Censo 2010 (gráfico 1), 1.203.353 pessoas têm deficiência 
visual no estado de São Paulo. O que equivale a 40% do total de moradores com algum tipo de 
deficiência. 
Sobre as vulnerabilidades que pessoas deficientes enfrentam, Martinez ressalta a importância da 
consciência de quem oferece um produto ou serviço – uma reflexão que demanda revisão. “As empresas 
precisam pensar na inclusão e deixar que seus serviços sejam acessíveis para todos. A consciência 
sobre isso precisa ser desenvolvida, e a pandemia nos mostrou isso”, comenta. 
Disponível em <https://aupa.com.br/pandemia-e-acessibilidade/>. Acesso em 02 ago. 2021. 
 
Gráfico 1. Porcentagem da população, de acordo com o tipo de deficiência. (Brasil-2010). 
 
IBGE, Censo Demográfico, 2010. 
 
Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. A análise do gráfico confirma que são os portadores de deficiência auditiva os mais 
prejudicados pelas dificuldades de acessibilidade durante a pandemia do coronavírus. 
PORQUE 
II. As vulnerabilidades da acessibilidade são características presentes na vida dos 
portadores de deficiência e elas se acentuaram durante o período de pandemia. 
Assinale a alternativa correta. 
 
a. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II justifica a asserção I. 
 
b. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II não justifica a asserção I. 
 
c. A asserção I é verdadeira, e a asserção II é falsa. 
 
d. A asserção I é falsa, e a asserção II é verdadeira. 
 
e. As asserções I e II são falsas. 
0,5 pontos 
PERGUNT A 3 
Leia os quadrinhos e a notícia. 
 
 
IBGE aponta desigualdade de acesso à internet entre estudantes 
Alunos de escolas públicas têm mais dificuldade de conexão; o celular é meio utilizado pelos 
alunos de todas as redes 
Karla Dunder, do R7 – 14.04.2021 
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quarta-feira (14) os dados da Pnad 
Contínua (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua) que analisa o uso da televisão e da 
internet pelas famílias brasileiras. Os números são referentes a 2019 e indicam que estudantes de 
escolas particulares têm mais acesso à internet que aqueles da rede pública. 
A pesquisa aponta diferenças sociais de acesso à internet em 2019 e que ficaram mais evidentes após a 
pandemia de covid-19, que impôs isolamento social e ensino remoto. De acordo com os dados da Pnad 
de 2019, 88,1% dos estudantes brasileiros acessaram a internet. No entanto, a pesquisa mostra uma 
diferença social: 98,4% dos estudantes da rede privada tiveram acesso à rede e esse percentual entre os 
estudantes da rede pública de ensino foi de 83,7%. 
A Pnad também aponta diferenças de acesso por região do país. Nas regiões Norte e Nordeste, o 
percentual de estudantes da rede pública que utilizaram a internet foi de 68,4% e 77,0%, 
respectivamente; nas demais regiões, esse percentual variou de 88,6% a 91,3%. A distância fica ainda 
maior quando apenas os estudantes da rede privada são analisados; o percentual de uso ficou acima de 
95,0% em todas as regiões, "alcançando praticamente a totalidade dos estudantes nas regiões Sul, 
Sudeste e Centro-Oeste". 
https://noticias.r7.com/educacao/pesquisa-internet-foi-o-maior-problema-das-escolas-em-2020-10032021
https://noticias.r7.com/educacao/36-dos-estudantes-tiveram-dificuldade-com-a-internet-06112020
O acesso à internet pelo celular é o meio mais comum a todos os estudantes tanto na rede pública 
(96,8%) quanto na rede privada (98,5%). A diferença volta quando o foco está na posse do aparelho. Nas 
escolas particulares, 92,6% dos alunos tinham telefone celular para uso pessoal; esse percentual era de 
apenas 64,8% entre aqueles da rede pública. A maior diferença ocorreu na região Norte: apenas 47,5% 
de estudantes da rede pública tinham o próprio aparelho celular. 
Do total de estudantes que tinham aparelho celular para uso pessoal no país, um contingente de 26,3 
milhões de pessoas, a parcela que tinha acesso à Internet nesse aparelho era de 97,8%, acima da 
parcela estimada para o total da população de 10 anos ou mais de idade (91,0%). 
A diferença social volta a ganhar força quando o meio de acesso à web é o computador — 81,8% dos 
estudantes da rede privada acessavam a internet pelo computador; esse percentual era apenas 43,0% 
entre os estudantes da rede pública. 
O uso da televisão para acessar a Internet ocorria para 51,1% dos estudantes da rede privada, sendo 
esse percentual o dobro do apresentado entre estudantes da rede pública (26,8%). No uso do tablet, a 
diferença chega a quase três vezes. 
Entre os estudantes da rede pública, a principal finalidade do uso da Internet foi assistir a vídeos, 
inclusive programas, séries e filmes (93,4%), ao passo que, entre os estudantes da rede privada, o maior 
percentual ocorreu na finalidade enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos 
diferentes de e-mail (97,2%). 
Disponível em <https://noticias.r7.com/educacao/ibge-aponta-desigualdade-de-acesso-a-internet-entre-estudantes-
14042021>. Acesso em 25 set. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Os quadrinhos mostram, com humor, a importância que a 
internet tem atualmente como fonte de pesquisa para os 
mais variados assuntos. 
II. O uso da internet pelos estudantes brasileiros revela 
desigualdades entre as regiões brasileiras e entre alunos 
de escolas particulares e de escolas públicas. 
III. De acordo com a pesquisa, mais de 90% dos estudantes 
da rede pública não utilizam a internet para o estudo: usam 
essa rede apenas para assistirem a vídeos e a programas 
de entretenimento. 
IV. A intenção dos quadrinhos é mostrar que, em qualquer 
situação, as informações encontradas no Google são 
verdadeiras. 
É correto o que se afirma apenas em 
 
a. I, II e III. 
 
b. II, III e IV. 
 
c. I e III. 
 
d. I, II e IV. 
 
e. I e II. 
0,5 pontos 
PERGUNT A 4 
Leia o texto a seguir, publicado em 5 de agosto de 2021. 
Baixo nível de empatia aumenta estresse do brasileiro durante a pandemia 
A incapacidade de se colocar no lugar do outro associada ao desgaste emocional e à falta de 
infraestrutura durante a pandemia elevou os níveis de sofrimento entre os brasileiros neste período — e 
nos colocou entre os povos mais estressados do mundo. A constatação veio com o resultado da primeira 
fase da pesquisa "Adaptação social em estresse na pandemia de covid-19: um estudo transcultural", 
coordenada pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) em parceria com mais 24 países. 
https://noticias.r7.com/educacao/whatsapp-se-tornou-ferramenta-para-estudantes-sem-conexao-22032021
O estudo revelou que houve uma percepção de aumento do individualismo por causa das medidas de 
isolamento e distanciamento social. Em contrapartida, governos que oferecem umainfraestrutura coletiva 
melhor reduzem o impacto emocional nos indivíduos. 
A ideia é que o trabalho contribua para o desenvolvimento de intervenções no campo da saúde mental e 
ajude a sociedade a lidar com esse tipo de problema em crises futuras. 
Brasileiro e o mito da alegria contagiante 
À primeira vista, o resultado do estudo pode parecer contraditório. Afinal, o brasileiro não é aquele povo 
alegre, sempre disposto a sorrir e ajudar o próximo na adversidade? Pois a realidade parece não ser bem 
essa. 
"Nós estamos habituados a estarmos juntos na festa, no futebol, é uma cultura baseada na celebração, 
na sensação de prazer", afirma a professora Edna Ponciano, do Instituto de Psicologia da UERJ e 
coordenadora da pesquisa. 
Segundo ela, não somos acostumados a dividir a dor, o sofrimento com os outros, e isso pode ser um 
problema. "Nossa maneira de lidar é se distrair para esquecer, mas, com isso, deixamos de lidar com os 
problemas e transformamos esses sentimentos em ansiedade, depressão e estresse", acredita a 
especialista. 
Cultura coletivista é mais resiliente 
Ponciano lembra ainda que o Brasil pontuou muito alto no individualismo — o que também parece ser um 
contrassenso, já que o brasileiro tem fama de ser solidário e prestativo. "De fato, o brasileiro é solidário, 
mas muito mais direcionado às pessoas que ele conhece, ao seu círculo social e familiar", avalia. "O outro 
desconhecido não nos toca tanto", acredita. 
Por outro lado, a pesquisadora lembra que as sociedades que estão passando pela crise sanitária de 
forma coletiva estão conseguindo lidar melhor com o sofrimento. Em outras palavras, a coletividade 
permite a construção de pessoas mais resilientes e satisfeitas. 
Para Gustavo Arns, especialista em felicidade e bem-estar, o aumento do estresse tem relação direta 
com o individualismo. "Essa falta de empatia nos deixa fechados para o outro, fechados em nós mesmos 
e isolados", afirma ele, que é idealizador do primeiro Congresso Brasileiro de Felicidade e professor da 
pós-graduação em psicologia positiva da PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul). 
Para ele, a pandemia não vai solucionar todas as nossas relações e problemas sociais, mas é uma boa 
oportunidade para começarmos a solucionar essas questões. "Nunca se falou tanto em saúde mental e 
qualidade de vida", afirma. "Acredito que é o momento ideal para começarmos a refletir sobre como 
podemos começar a construir a nossa felicidade." 
Disponível em <https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/08/05/baixo-nivel-de-empatia-aumenta-estresse-
do-brasileiro-durante-a-pandemia.htm>. Acesso em 9 ago. 2021. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O Brasil é o país da festa e do futebol, e o brasileiro, por 
ser naturalmente cordial e alegre, tem se estressado de 
maneira moderada com o isolamento social. 
II. Os resultados da pesquisa apontam que o brasileiro é 
individualista, apesar da fama de solidário. 
III. A capacidade de se colocar no lugar do outro, ou seja, a 
empatia, pode auxiliar as pessoas a lidar melhor com o 
sofrimento. 
É correto o que se afirma em 
 
a. II, apenas. 
 
b. I e III, apenas. 
 
c. II e III, apenas. 
 
d. I e II, apenas. 
 
e. I, II e III. 
0,5 pontos 
PERGUNT A 5 
Leia a charge e o texto a seguir. 
 
 
Celular e tablets para crianças: passar muito tempo usando eletrônicos pode prejudicar o 
desenvolvimento 
Michelle Roberts (BBC News) 
Deixar uma criança pequena passar muito tempo usando tablets, celulares e outros eletrônicos com telas 
pode atrasar o desenvolvimento de habilidades de linguagem e sociabilidade, de acordo com o estudo 
canadense. 
A pesquisa, que acompanhou cerca de 2,5 mil crianças de 2 anos de idade, é a mais recente evidência 
no debate sobre quanto tempo de uso de telas é seguro para crianças. (...) Mães foram consultadas, 
entre 2011 e 2016, sobre o tempo de uso de telas e preencheram questionários sobre as habilidades e o 
desenvolvimento de seus filhos quando tinham 2, 3 e 5 anos. 
Isso incluiu assistir a programas de TV, filmes ou vídeos, jogar videogames e usar computador, tablet, 
celular ou qualquer aparelho com uma tela. 
Com a idade de 2 anos, as crianças passavam em média 17 horas em frente a telas por semana. Isso 
aumentou para cerca de 25 horas aos 3 anos, mas caiu para cerca de 11 horas aos 5 anos, quando as 
crianças começam a escola primária. 
As descobertas, publicadas no periódico JAMA Pediatrics, sugerem que há aumento do tempo de uso de 
telas antes que qualquer atraso no desenvolvimento seja notado (...). 
Mas não está claro se o aumento do uso de telas é diretamente responsável. O maior tempo da tela pode 
ser um aspecto simultâneo a outros ligados ao atraso no desenvolvimento, como a forma com que a 
criança é educada e o que a criança faz no restante do seu tempo de lazer. 
Os cientistas indicam que, quando as crianças pequenas estão olhando para telas, elas podem estar 
perdendo oportunidades de praticar e dominar outras habilidades importantes. 
Em teoria, isso poderia atrapalhar interações sociais e limitar o tempo com que as crianças passam 
correndo e praticando outras habilidades físicas. 
Mesmo sem provas concretas de danos, a cientista Sheri Madigan e seus colegas, autores do estudo, 
dizem que, ainda assim, faz sentido limitar o tempo de uso de telas das crianças e garantir que isso não 
atrapalhe as "interações interpessoais ou o tempo em família". 
(...) "Ainda precisamos de mais pesquisas para dizer se crianças são mais vulneráveis aos danos 
causados pelo uso de telas e qual impacto que isso pode ter na sua saúde mental", disse Bernadka 
Dubicka, do Royal College of Psychiatrists. 
"Também precisamos avaliar os efeitos de diferentes tipos de conteúdo, porque há também formas 
positivas de usar telas". 
Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/geral-47036386>. Acesso em 29 jun. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O texto e a charge apresentam uma crítica acerca da 
influência do uso das tecnologias nas relações 
interpessoais entre as crianças. 
II. O objetivo da tirinha é mostrar que o uso de celulares 
pode ser uma brincadeira produtiva e interativa. 
III. O texto indica que o uso excessivo e inadequado das 
telas pode influenciar negativamente no desenvolvimento 
infantil. 
É correto o que se afirma em 
 
a. I e II, apenas. 
 
b. II e III, apenas. 
 
c. III, apenas. 
 
d. I e III, apenas. 
 
e. I, II e III. 
0,5 pontos 
PERGUNT A 6 
Leia o texto a seguir. 
As falhas do ensino da matemática expostas pela pandemia do coronavírus. 
Nossa dificuldade em lidar com modelos e projeções evidencia 'analfabetismo de dados', diz 
especialista; como podemos melhorar o ensino de estatísticas, raciocínio lógico e de temas do 
cotidiano do século 21? 
BBC - 06/06/2020. 
Desde projeções de novos casos de coronavírus até o chamado "achatamento da curva" de contágio, 
conceitos e modelos matemáticos entraram no noticiário e nas discussões da pandemia e, para alguns 
especialistas, a nossa dificuldade em entender e aplicar esses conceitos é mais uma evidência de que a 
forma como aprendemos matemática na escola está muito longe de nos preparar para usar a disciplina 
na vida real. 
Esse foi um dos assuntos debatidos no seminário on-line "Como ensinar a matemática do futuro?", 
realizado pelo Instituto Sidarta (dedicado a projetos e políticas no ensino da matemática) em 28 de maio. 
"Estamos ensinando a matemática do século 19 nas nossas escolas, e isso cria uma lacuna na formação 
que damos aos jovens para o exercício de profissões e para munir as crianças com ferramentas para 
entender o mundo à nossa volta, que é o objetivo da matemática", afirmou no encontro virtual Marcelo 
Viana, diretor-geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa). 
E quais são essas ferramentas? 
Viana citou algumas: estatística e probabilidades, por exemplo, essenciais para entendermos o 
comportamento do novo coronavírus

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