Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Estomatologia II - Jacqueline Página 1 1 Estomatologia II – Aula 8 1. Introdução A dor é ruim porem a ausência da dor (síndrome de Riley Day, por exemplo) também, pois de certa forma ela nos protege contra problemas que devem ser tratados e não ignorados. A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a um dano tecidual real ou potencial ou descrita como se o dano estivesse presente (experiência multidimensional) Literatura 2. Diagnóstico diferencial da dor orofacial Desordens de dor intracaniana Cefaleias primarias e secundarias Desordens de dor neuropática Desordens de dor intrabucal Desordens temporomandibulares Desordens de dor cervical Estruturas associadas Eixo II – transtornos mentais Obs: em negrito são as desordens tratadas pelo CD 1) DOR INTRACRANIANA Neoplasias, aneurismas, abscessos, hemorragias, hematomas e edema Características da dor: nova ou abrupta instalação da dor, interrupção do sono pela dor, precipitação da dor por esforço Febre, perda de peso, desorientação Ao fazer o diagnostico diferencial clínico, provocar a dor do paciente e verificar se é a mesma dor referida por ele. 2) TRASTORNOS DE CEFALEIA PRIMARIA (neurovasculares) Enxaqueca (mais comum), cefaleia em salvas, artrite craniana, cefaleia tipo tensão São dores latejantes/pulsateis Exaqueca: dor latejante, fotofobia, alterações visuais e enjôo o Tratada pelo neurologista 3) DESORDENS DE DOR CERVICAL Algumas dores irradiam para a face Exames de palpação no diagnostico clínico 4) ESTRUTURAS ASSOCIADAS Regiao de cabeça e pescoço: orelhas, olhos, nariz, seio paranasal, garganta, linfonodos, glândulas salivares, pescoço. Pode ocorrer irradiação da dor para os elementos dentais Sinusite: dor latejante, pressão, secreção (nasal) e mudança de posição (abaixar a cabeça e pisar no chão pioram a sensação). Alguns paciente possuem os ápices dos dentes próximos aos seios Propedêutica em dor orofacial Estomatologia II - Jacqueline Página 2 2 Estomatologia II – Aula 8 maxilares e quando há sinusite pode haver uma confusão de sintomas. Otalgia: secreção, hipoacusia, ausência de capsulite, não relacionada a função. A proximidade com a região da ATM pode enganar o paciente. Um teste que pode ser feito é tracionar a orelha do paciente, se os sintomas piorarem, provavelmente se trata de uma otalgia. Neuralgia do trigêmio: dor episódica, desencadeada por estimulo suave/inócuo (lavar, fazer a barba), existe um ponto de gatilho que pode ser encontrado palpando-o. Pode haver dor nos 3 feixes (oftálmico, maxilar ou mandibular) Tratamento Farmacológico: carbamazepina, gabapentina, oxcarbamazepina (causam sonolência) Cirúrgico: neurectomia, crioterapia, termocoagulação, cirurgia por balão, eletrocoagulação. 5) DESORDENS DE DOR INTRAORAL Polpa dental, periodonto, tecidos mucogengivais, língua Odontalgia: temperatura, função, causas locais, radiografar o Tratamento: remover o foco infeccioso, na sua impossibilidade, medicação com orientação que o quadro pode piorar para um abscesso 3. Farmacologia para dor É importante prescrever alguma medicação Não deixar a dor se instalar Procedimentos que são passiveis de causar dor, já prescreva um analgésico A continuidade do uso pode ser dependente ou não da presença de dor Orientações claras o O que o paciente deve fazer em caso de dor Aumentar a dose do remédio? Aumentar a frequência de uso? Mudar de remédio (qual)? Entrar em contato telefônico? GRUPOS DE MEDICAMENTOS o Analgésicos o Anti inflamatórios o Relaxante muscular o Anti depressivos o Anti convulsivantes 1) ANALGESICOS NÃO OPACEOS Para dores leves e moderadas 1 cp ou 30gotas a cada 4 ou 6 horas 2) ANALGESICOS OPIACEOS Dores agudas a severas Tratamento a curto prazo, até 15 dias Receita em 2 vias
Compartilhar