Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 1/54 DIREITO TRABALHISTA EDIREITO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIOPREVIDENCIÁRIO Me. Tatiana Richetti IN IC IAR 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 2/54 introdução Introdução Estudante, nesta unidade trataremos da duração do trabalho, falaremos sobre a jornada normal, a jornada especial, a compensação de jornada, os limites de horas e exceções, a jornada 12x36, os turnos ininterruptos de revezamento, o contrato a tempo parcial e a jornada noturna. Além disso, analisaremos os descansos compreendidos pelos intervalos, descanso semanal e descanso anual. Abordaremos, ainda, as diferenças entre remuneração e salário, indicando várias verbas de natureza salarial e outras de natureza indenizatória. Falaremos também sobre questões relativas ao salário in natura, bem como as regras de proteção ao salário. É importante saber que não se objetiva esgotar o tema, mas apresentar os principais assuntos necessários para instigá-lo(a) a buscar mais Bons estudos! 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 3/54 Duração do trabalho é um termo genérico para se referir à jornada de trabalho, ao horário de trabalho, aos descansos, etc. (LEITE, 2018), cada um com conceitos próprios. Jornada de trabalho, por sua vez, é o tempo em que o empregado �ca à disposição do empregador, executando efetivamente um serviço ou aguardando ordens. Utiliza-se a expressão, via de regra, para designar a duração do trabalho diário (LEITE, 2018). Duração do Trabalho eDuração do Trabalho e Classi�cação das Jornadas deClassi�cação das Jornadas de TrabalhoTrabalho 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 4/54 Já o horário de trabalho compreende o período de tempo entre o início e o �m da jornada diária com os seus devidos intervalos (LEITE, 2018). Por exemplo, um determinado empregado começa a trabalhar às 8:00, parando às 12:00 para o almoço, retornando às 13:00 do almoço e encerrando seu trabalho às 17:00. Nesse caso, seu horário de trabalho é das 8 às 17 horas, com uma hora de intervalo, logo, a sua jornada de trabalho é de oito horas. Posto isso, estudaremos, agora, as princiapais regras sobre a jornada de trabalho. Jornada de Trabalho A Constituição Federal de 1988, em seu art. 7º, inciso XIII, estabelece como jornada diária de trabalho aquela que não seja superior a oito horas, bem como a jornada semanal de quarenta e quatro horas. Esse tempo refere-se a jornadas normais de trabalho (BRASIL, 1988, on-line), que também estão previstas na Consolidação das Leis do Trabalho aplicáveis aos empregados em atividade privada (art. 58). (BRASIL, 1943, on-line). Mas, além da jornada normal, podemos encontrar algumas jornadas que são consideradas especiais, porque apresentam tempo à disposição diferenciados, por exemplo: a jornada de trabalho em turnos ininterruptos de revezamento, a jornada de trabalho para os bancários, telefonistas, jornalistas, professores, advogados empregados, médicos, entre outras. 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 5/54 Jornadas Especiais Conforme observamos, algumas pro�ssões possuem jornadas de trabalho especiais. Apresentaremos abaixo um rol de pro�ssões meramente exempli�cativo: Os bancários possuem jornada de 06 (seis) horas diárias em dia úteis, porém, não trabalham aos sábados e, por isso, totalizam 30 horas semanais (arts. 224 e 225 da CLT) (BRASIL, 1943, on-line). Excetuam-se dessa jornada, gerentes, chefes ou equivalentes, quando receberem grati�cação de função (art. 62 da CLT). A pro�ssão de telefonista também possui jornada de 06 horas diárias, porém, com 36 horas semanais (art. 227 da CLT) (BRASIL, 1943, on-line). A jornada dos jornalistas pro�ssionais está limitada a 05 (cinco) horas diárias (art. 303 da CLT) (BRASIL, 1943, on-line). Para os professores, a jornada prevista na CLT não poderá ser superior a 04 (quatro) aulas consecutivas ou 06 (seis) aulas intercaladas em um mesmo estabelecimento de ensino (arts. 318 a 320 da CLT) (BRASIL, 1943, on-line). Os advogados empregados têm jornada limitada à 04 (quatro) horas diárias e 20 horas semanais (conforme art. 20 da Lei nº 8.906/1994). Em sendo estabelecida a dedicação exclusiva do advogado empregado, a jornada poderá ser 08 (oito) horas diárias. 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 6/54 Em relação aos médicos, a jornada de trabalho está prevista no artigo 8º da Lei nº 3.999 de 1961 como sendo de 04 (quatro) horas diárias. Turno Ininterrupto de Revezamento Por outro lado, também observamos que existe uma jornada especial referente a turno ininterrupto de revezamento. Nesse caso, há uma continuidade na atividade empresarial que funciona por 24 horas ou por um período bem superior ao comum do comércio cujos empregados se revezam para manter as atividades sempre em funcionamento. Maurício Godinho Delgado explica o turno ininterrupto de revezamento como sendo o sistema de trabalho que coloque o empregado, alternativamente, em cada semana, quinzena, mês ou período relativamente superior, em contato com as diversas fases do dia e da noite, cobrindo as horas integrantes da composição dia/noite ou, pelo menos, parte importante das fases diurnas e noturnas. Daí a ideia de falta de interrupção no sistema de trabalho — sob a ótica do trabalhador (turnos ininterruptos) (2017, p. 1.035). Segundo o art. 7º, inciso XIV, da Constituição Federal, de 1988, a jornada para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva, será de 06 (seis) horas diárias (BRASIL, 1988). Todavia, é possível o ajuste por conveniência mútua, entre empregados e empregadores, de escalas de trabalho superiores a seis horas e limitadas a oito horas, desde que o ajuste seja estabelecido em convenções e acordos coletivos de trabalho (BRASIL, 2005, on-line). 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 7/54 Jornada de Trabalho 12x36 A CLT faculta a adoção do regime 12 x 36, ou seja, estabelece horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação (art. 59-A) (BRASIL, 1943, on-line). A remuneração mensal pactuada, nesse caso, abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver (CLT, 59-A, parágrafo único). Um exemplo comum de empregados submetidos a esse regime: os pro�ssionais da saúde. Regime de Tempo parcial A CLT, em seu art. 58-A, prevê a possibilidade de contratação de empregados em “regime de tempo parcial” cuja duração do trabalho não excederá 30 (trinta) horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares, ou, ainda, 26 (vinte e seis) horas semanais, com a possibilidade de até seis horas suplementares semanais. No regime de tempo parcial, o salário será proporcional ao tempo da jornada em relação aos empregados que trabalham em tempo integral e nas mesmas funções (CLT, art. 58-A, §1º). 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_18/54 As horas suplementares, no regime de tempo parcial, poderão ser compensadas até a semana imediatamente posterior à da sua execução, e caso não sejam compensadas, deverão ser pagas na folha do mês subsequente (CLT, art. 58-A, §5º). Tempo à Disposição Pudemos observar que na jornada de trabalho estão compreendidos o tempo de prestação de serviço efetivo, em que o empregado executa as ordens ou tarefas, e o tempo à disposição, quando o empregado está aguardando ordens; ou seja, o tempo à disposição é considerado como o tempo de serviço prestado (art. 4º da CLT). (BRASIL, 1943, on-line) Por exemplo, o tempo em que o empregado está participando de reuniões de trabalho será considerado tempo à disposição. Assim, se as reuniões acontecerem fora do horário normal de trabalho, deverão ser remuneradas como horas extras (CASSAR, 2017). Importante saber que, no caso do empregado doméstico, quando houver a necessidade de acompanhar o empregador em viagem, por exemplo, o salário deverá ser acrescido de 25%, pois o legislador entendeu que, no período da viagem, o empregado permanece à disposição do empregador e longe da sua própria residência, (LC 150/2015, art. 11, § 2º) (BRASIL, 2015). Todavia, a Consolidação das Leis do Trabalho também estabeleceu situações que não serão consideradas tempo à disposição, dispostas no § 2º do art. 4º: 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 9/54 § 2º Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras: I - práticas religiosas; II - descanso; III - lazer; IV - estudo; V - alimentação; VI - atividades de relacionamento social; VII - higiene pessoal; VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa (BRASIL, 1943, on-line). No caso dos motoristas, o tempo de espera para a carga e descarga do veículo e o período gasto com a �scalização não serão considerados tempo à disposição (art. 235-C, § 1º e 8º) (BRASIL, 1943). Importante esclarecer também que, com a reforma trabalhista, o tempo gasto entre a residência do empregado e o local de trabalho, quando o transporte for realizado pela empresa, antes denominado de horas in intinere, também não será computado na jornada de trabalho, não sendo considerado como tempo à disposição. 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 10/54 Trabalho Extraordinário O tempo de trabalho que exceder o limite legal será considerado trabalho extraordinário e, por isso, a hora extra trabalhada e não compensada deverá ser remunerada com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da hora normal. É importante veri�car que a CLT, art. 59, estabelece a possibilidade de prorrogação, porém, limitada a duas horas diárias. Quando ultrapassado esse limite, a empresa �ca sujeita à sanções administrativa (Súmula 376 do TST). Eventualmente, será possível ultrapassar esse limite de duas horas, em caso de motivo de força maior ou, ainda, para atender a realização ou conclusão de serviços inadiáveis cuja inexecução possa acarretar prejuízo (BRASIL, 1943, art. 61). Serviços inadiáveis são aqueles que não podem ser interrompidos para se aguardar a jornada do dia seguinte, por exemplo: o trabalho com produtos perecíveis que precisam ser acondicionados em refrigeradores sob pena da deterioração do produto. Já os motivos de força maior são os acontecimentos inevitáveis e que independem da vontade do empregador (CLT, art. 501), por exemplo: tempestade, incêndio, etc. O regime de jornada 12 x 36 também é uma exceção à regra. Importante saber ainda que os minutos antecedentes e excedentes à jornada normal deverão ser desprezados caso não ultrapassem 5 minutos (início do expediente, meio e saída do expediente), bem assim, se a soma diária não for superior a 10 minutos (CLT, art. 58, § 1º ) (BRASIL, 1943, on-line). 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 11/54 Compensação da Jornada Será considerado compensação de jornada quando o acréscimo de horas em um determinado dia de trabalho for descontado em outro dia, sem a necessidade do pagamento pelo labor extraordinário. Essa compensação poderá ser mensal mediante acordo individual realizado com o empregado, de forma tácito ou escrita, desde que não tenha norma coletiva prevendo o contrário (art. 59, § 6º) (BRASIL, 1943, on-line). É comum, por exemplo, o acréscimo de horas durante a semana, para a compensação aos sábados. Também será possível a compensação por meio de banco de horas cujo tempo para a compensação das horas poderá ser semestral ou anual. Neste caso, a compensação é aleatória, não se podendo a�rmar quando vai acontecer. Todavia, o banco de horas para compensação dentro de seis meses exige acordo individual escrito com o empregado, enquanto o banco de horas para compensação em doze meses exige norma coletiva que o autorize. Quando houver a rescisão do contrato de trabalho e saldo de horas no banco de horas, o empregado terá o direito de recebê-las, devendo ser calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão (CLT, art. 59, § 3º) (BRASIL, 1943, on-line). Sobreaviso e Prontidão 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 12/54 O sobreaviso ocorre quando o empregado permanece em sua residência aguardando um chamado da empresa, que poderá ocorrer a qualquer momento. Nesse caso, conforme o art. 244, § 2°, a empresa deverá realizar uma escala de, no máximo, 24 horas, e o empregado receberá 1/3 do salário normal para tais horas (BRASIL, 1943, on-line). No caso da prontidão, o empregado �cará aguardando ordens nas dependências da empresa, que deverá realizar uma escala de, no máximo, 12 horas, e o empregado será remunerado com 2/3 do salário-hora normal (§ 3°). Importante dizer que o Tribunal Superior do Trabalho, por meio da Súmula 428, inciso I, paci�cou o entendimento de que o uso do bip, aparelho celular ou outros aparelhos telemáticos, por si só, não caracteriza o sobreaviso (BRASIL, TST, 2016). Todavia, se o empregado �car a distância, mas submetido ao controle patronal por meio desses aparelhos, permanecendo em regime de plantão ou equivalente, ou seja, aguardando a qualquer momento o chamado, será considerado em regime de sobreaviso (Súmula 428, inciso II, TST) (BRASIL, TST, 2016). Empregados não Sujeitos à Limitação da jornada É importante saber que nem todos os empregados estão sujeitos à limitação na duração de jornada de trabalho. Há situações em que o empregador não terá direito a horas extras. Vejamos quais são (CLT, art. 62) (BRASIL, 1943, on-line): 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 13/54 Os empregados que exercem atividade externa incompatível com a �xação de horário de trabalho (vendedores externos, viajantes ou pracistas), devendo tal condição ser anotada na CTPS e no registro de empregados; os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou �lial; os empregados em regime de teletrabalho. Em relaçãoaos gerentes, quando não houver o pagamento da grati�cação pela função, haverá a limitação da jornada. Importante observar que, cada um desses casos deverá ser analisado na prática levando-se em consideração o princípio da primazia da realidade para se evitar fraudes com a utilização da designação dessas atividades apenas com intuito de excluir o trabalhador do regime de horas extras; por exemplo: utilizar a nomenclatura de gerente quando o empregado não tem qualquer poder de mando e de gestão. Nesse caso, vale o que ocorre na prática e o trabalhador poderá ter direito a horas extras. Jornada Noturna O trabalho noturno é aquele executado entre 22 horas de um dia às 5 horas do dia seguinte para os trabalhadores urbanos (art. 73, § 2°) (BRASIL, 1943, on-line). Havendo trabalho nesse horário, duas situações se modi�cam, primeiro: a hora será paga com acréscimo de 20% da hora normal para os 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 14/54 trabalhadores urbanos; segundo: cada hora noturna equivale a 52 minutos e 30 segundos, chamada de hora reduzida. Além disso, faz-se importante saber que quando a jornada for cumprida integralmente no período noturno e prorrogada, também será devido o adicional noturno em relação às horas prorrogadas (art. 73, § 5º, da CLT) (BRASIL, 1943). Quando se trata de trabalhador rural, existem outras diferenças. A primeira delas está no horário, pois, para a lavoura, será considerado noturno o trabalho executado entre 21 horas de um dia às 5 horas do dia seguinte. Para a pecuária, será considerado noturno o trabalho executado entre 20 horas de um dia às 4 horas do dia seguinte. Nesse caso, o adicional noturno será de 25% em relação à hora diurna e não haverá redução da hora, que permanece em 60 minutos (Lei n° 5.889/73, art. 7º, parágrafo único) (BRASIL, 1973). praticarVamos Praticar 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 15/54 “Os estabelecimentos com mais de 10 empregados são obrigados a efetuar o controle de horário de entrada e saída dos trabalhadores (§ 2º, art. 74, CLT). O controle de horário pode ser feito de forma manual (livro de ponto), mecânica (relógio de ponto) ou, ainda, eletrônica (cartões magnéticos, controle biométrico etc.), conforme instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho”. (ROMAR, 2018, p. xx) ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito do Trabalho Esquematizado. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2018, [Minha Biblioteca]. A respeito do controle de jornada e da sua prova, assinale a alternativa correta: a) Os empregadores domésticos com menos de 10 empregados estão liberados de efetuar o controle de ponto. b) A prova da jornada do trabalho caberá ao empregador, devendo juntar os cartões de ponto, que valerão como prova absoluta. c) Não há necessidade de publicidade quanto ao horário de trabalho dos empregados, bastando que conste no contrato de trabalho. d) O horário de entrada e saída dos funcionários poderá ser feito em registro manual, mecânico ou eletrônico, podendo ser feita pré-assinalação do período de repouso. Feedback: alternativa correta, Justi�cativa: a alternativa está correta, pois os horários de intervalo poderão estar pré-assinalados nos cartões de ponto, de acordo com o §2º do art. 74 da CLT. e) A prova da jornada do trabalho caberá ao empregador, sendo que os cartões de ponto que indiquem marcação invariável de horários possuem o mesmo valor de prova. 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 16/54 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 17/54 Os períodos de descanso previstos na CLT são variados, desde pequenos intervalos dentro de uma mesma jornada (intervalo intrajornada) até o período de descanso entre duas jornadas (intervalo interjornadas); além disso, temos o descanso semanal remunerado, que é o intervalo entre uma semana e outra de trabalho e as férias anuais. Assim, estudaremos os tipos de descansos existentes na legislação e suas respectivas regras. Períodos de Descanso: Intervalos ePeríodos de Descanso: Intervalos e Férias Anuais RemuneradasFérias Anuais Remuneradas 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 18/54 Intervalos Em toda jornada de trabalho são necessários períodos de descanso como proteção ao trabalhador, especialmente visando manter sua saúde mental e integridade física. As regras referentes aos intervalos, inter ou entre duas jornadas de trabalho, são consideradas como normas de segurança e saúde do Trabalho, logo, normas de ordem pública. Todavia, veremos que, depois da reforma trabalhista, o cenário mudou, permitindo alterações nos intervalos, especialmente, o intervalo intrajornada. Intervalo Intrajornada Intrajornada é o intervalo que ocorre no meio de uma jornada de trabalho, para repouso ou alimentação, sendo considerado período de suspensão do contrato de trabalho, por isso, não é computado na jornada e nem remunerado (art. 71, § 2º da CLT) (BRASIL, 1943, on-line). Para qualquer trabalho contínuo cuja duração seja de até 4 horas, não há intervalo previsto na legislação. Quando a jornada ultrapassar 4 horas e não for excedente à 6 horas, o intervalo previsto em lei será de 15 (quinze) minutos (art. 71, § 1º da CLT) (BRASIL, 1943, on-line). Todavia, se a jornada exceder 6 horas, será obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação de, no mínimo, 1 hora, e não poderá exceder 2 horas (art. 71, da CLT) (BRASIL, 1943, on-line). 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 19/54 Importante dizer que, com a reforma trabalhista, passou-se a possibilitar a �xação de intervalo inferior à uma hora, respeitado sempre o mínimo de 30 minutos, desde que previsto em norma coletiva (convenção ou acordo) (BRASIL, 1943, on-line, art. 611-A). Não respeitado o intervalo, com supressão parcial ou total, o empregado terá direito ao pagamento do período suprimido com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração da hora normal. Esse pagamento será de natureza indenizatória (art. 71, § 4º da CLT) (BRASIL, 1943, on-line). Por exemplo, um empregado que deveria realizar um intervalo de 1h00 por dia, acaba por descansar apenas 20 minutos, a pedido do empregador, para atender a demanda de serviço. Nesse caso, houve a supressão de 40 minutos, que deverão ser indenizados com acréscimo de 50%, ou seja, a indenização deverá corresponder a 60 minutos. Intervalos Computados na Jornada Determinadas funções possuem previsão legal de intervalos que decorrem de situações ligadas à pro�ssão; esses intervalos, todavia, são computados na jornada de trabalho. Por exemplo, os digitadores, que a cada 90min. de trabalho terão 10min. de descanso (art. 72, da CLT) (BRASIL, 1943, on-line); os trabalhadores em ambientes frios, que a cada 100 min. de trabalho terão 20min. de descanso (art. 253, da CLT) (BRASIL, 1943, on-line); e ainda, mineração subsolo, que a cada 3h de trabalho descansam 15 minutos (art. 298, da CLT) (BRASIL, 1943, on-line). Esses intervalos, por serem computados na jornada, acabam por ser remunerados. Intervalo Interjornadas ou entre Jornadas 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 20/54 O intervalo inter ou entre jornada é aquele que ocorre entre uma jornada e outrade trabalho e será de no mínimo 11 horas consecutivas, conforme artigo 66, da CLT, ou seja, entre um dia e outro de trabalho, haverá um descanso de, no mínimo, 11 horas (BRASIL, 1943, on-line). Se o empregador exigir o retorno antes das 11hrs consecutivas, deve assumir o ônus de pagar pela supressão das horas (OJ 355 da SDI-1) (BRASIL, TST, 2016). Vale lembrar que, com a reforma trabalhista, o período de indenização restringe-se ao período de supressão do intervalo, conforme nova redação do art. 71, § 4º da CLT. Intervalos não Previstos em Lei Como vimos, a CLT prevê inúmeros intervalos, todavia, ainda será possível que o empregador conceda ao empregado outros intervalos que não estejam previstos em lei, nem em norma coletiva. Nesse caso, é importante observar que os intervalos não previstos na lei representam tempo à disposição da empresa e, como tal, devem ser remunerados como serviço extraordinário (Súm. 118 do TST) (BRASIL, 2016, on-line). Descanso Semanal Remunerado O descanso semanal remunerado, também conhecido como Repouso semanal remunerado - RSR, trata-se de um intervalo que deve ser concedido a cada 6 dias de trabalho, por um período de 24hrs consecutivas (CF, art. 7º, XV e art. 67 da CLT). 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 21/54 Esse descanso (de 24h) deverá ser somado ao intervalo interjornada (de 11h), ou seja, quando o empregado encerrar sua jornada às 21h do sábado, somente lhe será exigível novo serviço a partir das 8h de segunda-feira, mantendo-se um intervalo total de de 35 horas. Quanto ao dia do repouso, deverá coincidir, preferencialmente, com o domingo. Contudo, várias atividades empresariais funcionam aos domingos, por conta disso, a folga do domingo poderá ser substituída por outro dia da semana, devendo o empregador organizar revezamentos para que, a cada três semanas, haja um domingo de folga (art. 6º da Lei 10.101/2000) (BRASIL, 2000, online). Vale lembrar que, nos termos da OJ 410 SDI-1 (BRASIL, 2016, online), caso o descanso compensatório do domingo não seja concedido na semana subsequente, o empregado terá o direito de receber o domingo trabalhado com acréscimo de 100%, ou seja, em dobro. É importante esclarecer. ainda, que o recebimento do repouso semanal remunerado depende do cumprimento integral do horário de trabalho pelo empregado, ou seja, não pode haver faltas, atrasos ou saídas durante o expediente e sem motivo justi�cado ou em decorrência de punição disciplinar. Embora sejam remunerados, os feriados não se confundem com o repouso semanal, mas o trabalho em dia de feriado civil ou religioso também deverá ser remunerado em dobro ou compensado com folga correspondente (art. 9º, Lei 605/49 e Súmula 146 TST). Férias Anuais Remuneradas 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 22/54 O direito às férias é concedido aos empregados após completarem um ano de trabalho, correspondendo a um período de descanso remunerado, em regra de 30 dias, com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal (CF, art. 7°, XVII), denominado de terço constitucional, quando o empregado recebe o valor 1/3 do seu salário a título de férias. Ou seja, para usufruir de férias, o empregado deverá cumprir um período de 12 meses do seu contrato de trabalho (CLT, art. 130), denominado período aquisitivo. Já a concessão das férias poderá ocorrer na época que melhor consulte aos interesses do empregador (CLT, art. 136), porém, deverá ser nos 12 meses subsequentes ao término do período aquisitivo (CLT, art. 134) e sob pena de incidir em dobra, ou seja, quando as férias forem usufruídas fora do prazo legal, o trabalhador receberá o valor de forma dobrada, assim, usufruirá de 30 dias, mas receberá por 60 dias. Além disso, o empregado deverá ser comunicado sobre suas férias com 30 dias de antecedência (CLT, art. 135). O pagamento das férias deverá ocorrer até dois dias antes do seu início (CLT 145). Caso queira, o trabalhador poderá converter 1/3 de suas férias em abono pecuniário, ou seja, o trabalhador, que tem direito a trinta dias de férias, por exemplo, poderá usufruir de 20 dias, trabalhando os outros 10. Assim, receberá pelo valor das férias de 20 dias, acrescidas do adicional da remuneração (1/3), e receberá 10 dias de abono pecuniário que também é acrescido do adicional de remuneração, bem como receberá pelos 10 dias trabalhados. Porém, o empregado terá que requerer o abono ao empregador até 15 dias antes do período aquisitivo (CLT, art. 143) 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 23/54 Havendo a concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a 14 dias corridos e os demais não ser inferiores a 5 dias corridos cada um (CLT, art. 134, § 1°). A duração do período de férias do empregado será proporcional às faltas injusti�cadas, eventualmente existentes (CLT, art. 130). Assim, havendo até 5 faltas injusti�cadas, serão 30 dias de férias, de 6 a 14 faltas, serão 24 dias de férias, de 15 a 23 faltas, 18 dias de férias, de 24 a 32 faltas, 12 dias de férias, e acima de 32 faltas injusti�cadas, perde-se o direito às férias (BRASIL, 1943, on- line). Importante observar que o art. 131 e 473 da CLT apresenta um rol de situações que serão consideradas faltas justi�cadas, não podendo ser descontadas nem computadas para qualquer �m. O art. 133 da CLT também elenca outros motivos pelos quais o empregado perderá o direito de usufruir das férias. 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 24/54 saiba mais Saiba mais Além das férias individuais, a CLT também prevê a possibilidade de férias coletivas (art. 139 a 141), sendo um instrumento importante e muito utilizado, de uma forma geral, por empresas de diversos segmentos, especialmente aqueles que apresentam sazonalidades no decorrer do ano. Dessa forma, veri�ca-se que as férias coletivas possuem regramento próprio que as difere das férias individuais, como, por exemplo, o fracionamento que poderá ocorrer em 2 (dois) períodos anuais, desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. Como requisitos, temos que o empregador deverá comunicar ao órgão de classe e ao Ministério do Trabalho com 15 dias de antecedência, informando as datas de início e �m das férias e os setores abrangidos. Em relação aos empregados contratados com menos de 12 meses, as férias serão proporcionais, e, usufruindo de férias coletivas, iniciar-se-á um novo período aquisitivo. Por exemplo, um empregado contratado há 6 meses, que tem direito à 15 dias de férias proporcionais e participará de férias coletivas de 20 dias receberá por 15 dias de férias, sendo que os outros 5 dias serão considerados como tempo à disposição da empresa, recebendo salário normal, mesmo estando de férias coletivas. Caso concedidas férias coletivas fracionadas e, 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 25/54 praticarVamos Praticar “O direito às férias anuais remuneradas se aplica a todos os empregados e até a alguns trabalhadores não regidos pela CLT. Desta forma, as férias são direito dos empregados diretamente regidos pela CLT ou quando sua aplicação se der de forma subsidiária ou, ainda, quando a lei determinar: rurais; domésticos; avulsos; funcionários públicos civis e militares”. (CASSAR, 2017, p. 713) depois, férias individuais, deverá ser observado, no caso das férias individuais, o fracionamento permitido emlei — razão pela qual �ca a dica de leitura dos artigos acima citados, bem como do artigo Férias coletivas - aspectos legais a serem observados após a reforma trabalhista. ACESSAR http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/ferias_coletivas.htm 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 26/54 CASSAR, Vólia Bom�m. Direito do Trabalho. 14. ed. rev. atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2017. A respeito das férias, assinale a alternativa correta: a) Todos os empregados terão direito às férias de 30 dias. Feedback: alternativa incorreta, na medida em que nem todos os empregados terão direito a 30 dias de férias, pois as faltas injusti�cadas podem reduzir esse número de dias, conforme art. 130 da CLT. b) O empregado que pede demissão quando ainda não tiver completado doze meses de contrato perde o direito ao recebimento de indenização relativa às férias. Feedback: alternativa incorreta, pois, mesmo no pedido de demissão, o empregado recebe as férias proporcionais. Ela somente não será devida se a rescisão contratual ocorrer por justa causa. c) O empregado, sempre que quiser, poderá converter um terço do período de férias em abono pecuniário, independentemente da vontade do empregador, que terá de aceitar. Feedback: alternativa incorreta, pois a conversão do abono, embora seja uma faculdade do empregado, também depende do empregador concordar na sua aquisição. d) As férias poderão ser usufruídas em até três períodos, desde que um deles não seja inferior a quatorze dias corridos, os outros dois não sejam inferiores a cinco dias corridos cada um, e, ainda, se houver a concordância do empregado. 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 27/54 Feedback: alternativa correta, conforme art. 134, § 1º da CLT, somente podendo fracionar se houver a concordância do empregado. e) Mesmo que o empregado tenha �cado afastado do emprego por um período de um ano, em decorrência de acidente de trabalho, terá o direito às férias. Feedback: alternativa incorreta, pois nos termos do art. 133, inciso IV da CLT, não terá direito às férias o empregado que, no curso do período aquisitivo, tiver recebido benefício da Previdência Social, seja por acidente de trabalho ou doença, por mais de 6 (seis) meses, ainda que descontínuos. 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 28/54 Para a Consolidação das Leis do Trabalho, remuneração compreende os valores pagos diretamente pelo empregador, bem como os valores que eventualmente possam ser pagos por terceiros (BRASIL, 1943, art. 457), por exemplo, as gorjetas. Assim, as gorjetas constituem em receita que são advindas de terceiros, mas compõem a remuneração do trabalhador. Cumpre observar, em relação às gorjetas, que, embora integrem a remuneração, não servirão de base de cálculo para aviso prévio indenizado, horas extras, adicional noturno e descanso semanal remunerado (Súmula 354, TST). Remuneração e SalárioRemuneração e Salário 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 29/54 Em relação ao conceito de salário, segundo a CLT, será toda a importância econômica que for paga diretamente pelo empregador ao empregado, como forma de contraprestação pelos serviços prestados. Entendida a diferença entre remuneração e salário, passamos a analisar as peculiaridades relativas ao salário. Complexo Salarial Será considerado como salário não só a importância �xa estipulada no contrato de trabalho, mas também as grati�cações legais e as comissões pagas pelo empregador (BRASIL, 1943, online, art. 457, § 1º). Essa importância �xa refere-se ao salário base estabelecido entre as partes, mas que deve sempre observar a existência de uma norma coletiva, a existência de um piso pro�ssional (médicos, advogados, dentistas, etc.) ou, ainda, o salário mínimo regional, e na falta dele, o nacional. Outrossim, há que se mencionar que o salário pode ser pago em horas, dia, quinze ou mês (quando for �xo), mas também de forma variável (por tarefa, produção ou comissão) e, ainda, de forma mista, envolvendo um e outro. Aliás, quando o salário do empregado for variável, sem uma parcela �xa, empregador deverá sempre garantir o mínimo legal, caso o empregado não consiga chegar no referido valor, não 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 30/54 podendo descontar no mês seguinte (BRASIL, 1943, online, art. 78). Em relação às grati�cações, são vantagens obtidas pelo trabalhador. Segundo Vólia Bom�m Cassar (2017, p. 774), são um “plus salarial pago pelo empregador para remunerar ou estimular o exercício de determinada situação, função, época especial ou para incentivo”. Podemos citar como exemplos de grati�cações a assiduidade — paga aos empregados pontuais e que não faltam —; a quebra de caixa — destinada a cobrir pequenas diferenças para quem trabalha com movimentação �nanceira —; o tempo de serviço — anuênio, biênio, quinquênio, que não é obrigatória, a não ser que esteja prevista em norma coletiva —; a grati�cação de função — paga enquanto o empregado exercer uma determinada função, entre outras. Já a comissão será a parcela paga decorrente da produção alcançada pelo empregado, que pode ser paga por meio de percentagens ou de unidades. Importante saber que há empregados que recebem exclusivamente por comissões, ou seja, o salário é variável, denominados de comissionistas puros, e, ainda, há quem receba salário �xo acrescido de comissão, ou seja, parte �xa e parte variável, denominado comissionista misto. No caso do comissionista puro, o empregador deverá sempre garantir um salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável (CF, art. 7º, inciso VII). Verbas de Natureza não Salarial 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 31/54 Se de um lado observamos que a CLT atribui natureza salarial para as determinadas verbas (grati�cação e comissão), também podemos observar que, para outras verbas, a CLT atribui natureza não salarial, que, por isso, não irão integrar ao salário do trabalhador. O artigo 457, § 2º da CLT, aponta as seguintes verbas de natureza não salarial, ainda que sejam pagas com habitualidade: ajuda de custo, diárias para viagem, prêmios, abonos e auxílio- alimentação, sendo vedado seu pagamento em dinheiro (BRASIL, 1943, online). Quanto à ajuda de custo, ela tem a �nalidade de reembolsar despesas que eventualmente forem efetuadas pelo empregado em favor da empresa. Antes da reforma trabalhista, era devida uma vez, em caso de transferência do empregado (art. 470 da CLT), hoje, mesmo sendo habitual, não tem natureza salarial. Já a diária para viagem, segundo Romar (2018, p. 423), “destinam-se a ressarcir despesas provenientes de deslocamentos constantes do empregado no exercício de suas funções”, quando estiver distante de seu local de trabalho, em viagens para a empresa. Os prêmios, por sua vez, decorrem da produtividade do trabalhador, referindo-se a fatores de ordem pessoal, como a e�ciência, a qualidade, etc. Vale lembrar que o fato do empregador rotular uma grati�cação de prêmio, denominando, por exemplo, prêmio assiduidade, prêmio produção, prêmio de tempo de serviço, não irá descon�gurar a natureza salarial da verba quando se tratar de “grati�cação”. 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_132/54 Os abonos são decorrentes de atos de liberalidade do empregador, podendo corresponder a um acréscimo sem a necessidade de um motivo especí�co para seu recebimento. O auxílio-alimentação terá natureza indenizatória, porém, é vedado o seu pagamento em dinheiro. Já existia previsão dessa natureza antes da reforma trabalhista, quando a empresa fosse cadastrada junto ao PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador), hoje, a previsão legal dispensa o cadastramento para considerar a verba indenizatória. Salário Utilidade Conforme dispõe o art. 458 da CLT: Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas (BRASIL, 1943, on-line). Isto é, o salário pode ser pago em dinheiro (in especie), mas também pode ser pago por meio de utilidades (in natura). Assim, o salário in natura é quando, no lugar do dinheiro, o empregado recebe parte em utilidades, como alimentação, habitação, etc. 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 33/54 Entretanto, nem todo o salário poderá ser pago em utilidade, tendo em vista que o art. 82, parágrafo único, estabelece que 30% devem ser garantidos em dinheiro, podendo 70% ser pagos em utilidades (OJ 18 da SDC do TST). Salienta-se que “a habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos �ns a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual” (BRASIL, 1943, online, art. 458, § 3º). Em relação às demais utilidades, há que se observar que somente serão consideradas como utilidades aquelas utilidades concedidas pelo trabalho, pois, quando as utilidades forem concedidas para o desenvolvimento do trabalho, ou seja, essenciais para a atividade do empregado, não integrarão ao salário. Ademais, a própria CLT estabelece em seu artigo 458, § 2º, as utilidades que não serão consideradas como salário: § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: (Redação dada pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 34/54 III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) V – seguros de vida e de acidentes pessoais; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) VI – previdência privada; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) VII – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) VIII - o valor correspondente ao vale-cultura. (Incluído pela Lei nº 12.761, de 2012) (BRASIL, CLT, 1943, on-line). No caso da empregada doméstica, a concessão de utilidades, como moradia, vestuário, higiene e alimentação, não poderão ser descontadas do trabalhador. praticarVamos Praticar 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 35/54 “Salário e remuneração correspondem à contraprestação pecuniária paga ao empregado em decorrência da sua prestação de serviços. Remuneração é gênero, do qual salário é espécie [...] Salário é uma das parcelas da remuneração, equivalente ao valor pago diretamente pelo empregador ao empregado como contraprestação decorrente da relação de emprego”. (ROMAR, 2018, p. xx) ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito do Trabalho Esquematizado. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2018, [Minha Biblioteca]. A respeito de salário e remuneração, assinale a alternativa correta: a) Os valores a serem atribuídos às prestações "in natura" deverão ser justos e razoáveis, mas não poderão exceder 30% do salário do empregado ao receber salário mínimo. b) Excepcionalmente, equipamentos, vestuário e demais acessórios fornecidos pelo empregador ao empregado, para a prestação dos serviços, serão considerados como salário in natura. c) A gorjeta paga espontaneamente pelos clientes não integrarão ao salário para nenhum �m, pois somente integra ao salário a gorjeta compulsória, cobrada na nota de serviço. d) A participação nos lucros ou resultados, que é direito dos trabalhadores urbanos ou rurais, mas que depende de negociação entre empregador e empregado, não integrará ao salário. Feedback: alternativa correta, pois a participação nos lucros e resultados prevista na Constituição Federal e regulamentada pela Lei 10.101/2000 erá objeto de negociação entre a empresa e seus empregados, não integrando à remuneração. 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 36/54 e) O empregado não terá direito aos lucros de seus inventos quando as inovações forem realizados no local de trabalho e com os equipamentos do empregador. 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 37/54 Considerando o caráter alimentar do salário, a norma jurídica estabelece algumas proteções ao salário que podem ser classi�cadas em: regras de proteção em relação ao empregador; regras de proteção contra os credores do empregador e do empregado, além de outras (ROMAR, 2018). Regras de Proteção em Relação ao Empregador Sistema de Garantias SalariaisSistema de Garantias Salariais 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 38/54 As regras de proteção ao salário em relação ao empregador envolvem a irredutibilidade salarial, a inalterabilidade do salário, a limitação em relação aos descontos (intangibilidade) e, assim, a equiparação salarial. Em relação à irredutibilidade salarial, tem-se que, via de regra, não se admite a redução do salário do empregado, mas isso poderá ocorrer, excepcionalmente, quando houver norma coletiva (convenção ou acordo) prevendo expressamente, sendo que tal condição não pode perdurar mais que dois anos (art. 7º, inciso VI, da Constituição Federal) (BRASIL, 1988, online). Já a inalterabilidade salarial está relacionada ao meio e a forma do pagamento do salário. Por exemplo, o empregado recebe parcela �xa acrescida de comissão, não sendo possível suprimir uma dessas parcelas ou, ainda, em relação à data do pagamento que deverá ocorrer até o 5º dia útil do mês subsequente ao vencido (ROMAR, 2018). Quanto à intangibilidade salarial, tem-se que o empregador está limitado nos descontos que pode efetuar do empregado. No caso, somente os descontos legais (INSS, IRRF, faltas injusti�cadas, adiantamento salarial, danos decorrente de dolo) ou os expressamente autorizados (parcelas devidas ao sindicato, danos decorrente de culpa, plano de saúde, etc.) poderão ocorrer. Além disso, a Constituição Federal passou a entender como crime a retenção dolosa do salário (art. 7º, X da CF). Em relaçãoà equiparação salarial, prevista no art. 461, da CLT, há que se preencher alguns requisitos para sua con�guração, são eles: Identidade de funções e trabalho de igual valor; 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 39/54 Diferença de tempo de serviço não superior a quatro anos; Diferença de tempo na função não superior a dois anos; Mesmo empregador e mesmo estabelecimento; Contemporaneidade na prestação do serviço; Inexistência de organização em quadro de carreira. O fundamento é o direito à isonomia, ou seja, dois empregados que ocupam a mesma função, executam as mesmas atividades com a mesma produtividade, no mesmo estabelecimento, para o mesmo empregador e na mesma época não podem ganhar salário diferentes. Ademais, comprovada a discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa em favor do empregado discriminado, no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social (BRASIL, 1943, online, art. 461, § 6º). Regras de Proteção ao Salário em Relação aos credores do Empregador e do Empregado Havendo a falência do empregador, os créditos trabalhistas, nos quais estão incluídos os salários, as indenizações, bem como os créditos acidentários devidos pelo empregador, constituem crédito privilegiado (art. 449, CLT), ou seja, devem ser pagos em primeiro lugar, preferindo a todos os demais credores. 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 40/54 Todavia, vale lembrar que com a nova Lei de Falências, houve uma limitação em relação aos valores dos créditos trabalhistas que podem ser privilegiados em 150 (cento e cinquenta) salários mínimos (art. 83, I, Lei n. 11.101/2005) (BRASIL, 2005, online). No caso da recuperação judicial, segundo Romar (2018, p. 452), o plano de recuperação judicial não poderá prever prazo superior a 1 (um) ano para pagamento dos créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho vencidos até a data do pedido de recuperação judicial, bem como não poderá prever prazo superior a 30 (trinta) dias para o pagamento, até o limite de 5 (cinco) salários mínimos por trabalhador, dos créditos de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (três) meses anteriores ao pedido de recuperação judicial (art. 54). Por outro lado, o salário também é protegido em relação aos credores do próprio trabalhador, pois, em razão de seu caráter alimentar, não poderá ser objeto de penhora, ou seja, não pode sofrer constrições pelos credores do empregado. Há uma única exceção, quando o crédito perquirido for pensão alimentícia, então, a penhora no salário será permitida (ROMAR, 2018). Ainda, as dívidas do empregado não podem ser compensadas com salário. Imagine que o empregador vendeu uma mercadoria ou foi avalista do empregado, os créditos eventualmente existentes não poderão ser compensados; somente se compensa dívidas de natureza trabalhista. 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 41/54 reflita Re�ita O tema sobre a jornada de trabalho é de tamanha relevância que a Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948) destaca em seu art. XXIV que “todo homem tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas”. Desse modo, a OIT – Organização Internacional do Trabalho passou a propor que haja uma redução progressiva na duração do trabalho com objetivo de se alcançar uma meta de quarenta horas semanais. Não obstante, há quem defenda uma redução da jornada de trabalho para que o empregado possa conseguir outros empregos, da mesma forma que há quem defenda um aumento da produtividade quando a jornada é mais reduzida. Fonte: Gaspar (2017, on-line). 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 42/54 praticarVamos Praticar 2) A ordem jurídica estabelece um conjunto de regras que cria um sistema de proteção ao salário e que tem por fundamento sua natureza alimentar. Servindo para o sustento do trabalhador e de sua família, não pode o salário �car sujeito a abusos do empregador ou ser atingido pelos credores tanto do empregador como do próprio empregado. (ROMAR, 2018, p. 457). ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito do Trabalho Esquematizado. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. A respeito das regras de proteção ao salário, assinale a alternativa correta: a) O empregador poderá efetuar descontos nos salários dos empregados quando decorrerem da real necessidade de redução dos custos, mas desde que haja autorização expressa do empregado. b) Uma vez estipulada a data de pagamento do salário pela empresa, como sendo todo dia 1º de cada mês, não poderá alterá-la sob pena de ferir o princípio da inalterabilidade salarial. Feedback: alternativa incorreta, pois o TST tem entendido ser possível essa alteração, desde que respeitado o prazo previsto no art. 459, parágrafo único, CLT, qual seja o 5º dia útil do mês subsequente ao vencido. 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 43/54 c) A empresa poderá efetuar descontos dos empregados relativos aos sindicatos quando previstos em norma coletiva ou assembleia, ainda que o empregado não seja sindicalizado. d) Será considerado trabalho de igual valor, para os �ns de equiparação salarial aquele que for realizado com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica. Feedback: alternativa correta, conforme o art. 461, § 1º da CLT. e) A equiparação salarial será possível entre empregados contemporâneos, mas é vedada quando o paradigma tiver obtido a vantagem em ação judicial própria. 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 44/54 indicações Material Complementar 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 45/54 LIVRO Curso de Direito do Trabalho Editora: Saraiva Autor: Luciano Martinez ISBN: 978-85-402-1448-7 Comentário: Dada a sua profundidade, a obra, elaborada por um renomado jurista, juiz do Trabalho, doutor em direito do trabalho e da seguridade social pela USP, atende perfeitamente os cursos de graduação e pós-graduação no ramo laboral. Em sua 8ª edição, já é apresentada de acordo com a reforma trabalhista e outras recentes leis. 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 46/54 FILME A Classe Operária vai ao Paraíso Ano: 1971 Comentário: O �lme conta a história de um trabalhador exemplar que é admirado pelos chefes, mas detestado pelos demais funcionários por não se envolver em movimentos grevistas que buscam melhores condições de trabalho e salário, até que sofre um acidente de trabalho que lhe custa um dedo e sofre com o descaso do empregador. TRA ILER 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 47/54 conclusão Re�exão em Tempos de Crise Conforme referido na primeira unidade de nosso curso, quando estudamos os princípios de Direito do Trabalho, o ordenamento jurídico trabalhista é sempre impactado pelos fatores sociais, especialmente em momentos de crise.Em março de 2020 foi decretado Estado de calamidade pública e diversas medidas provisórias para enfrentamento da crise do COVID -19 foram editadas, sendo certo que algumas já foram convertidas em lei e outras estão em processo de tramitação. As normas editadas em relação ao Direito do Trabalho, impactam fortemente os temas tratados nesta unidade. Em 22 de março de 2020 foi publicada a Medida Provisória MP 927/2020, que estabeleceu as ações que poderiam ser adotadas pelas empresas e demais empregadores para preservação do emprego 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 48/54 e da renda, ocorre que ela perdeu a validade pois, embora tenha passado pela Câmara dos Deputados não foi votada pelo Senado Federal, mas produziu efeitos de 22 de março a 19 de julho de 2020 quando perdeu a validade. Assim todas as ações efetivadas pelos empregadores em relação ao teletrabalho, às férias individuais e coletivas, aos feriados , aos acordos de compensação de horas e as normas de Medicina e Segurança do Trabalho somente foram validas no período de vigência da MP, a partir de então essas questões devem ser aplicadas e interpretadas pelas normas constantes da Consolidação das Leis do Trabalho, ou seja: - Teletrabalho - somente de comum acordo o empregador poderá alterar o trabalho na forma presencial para remota e mais a utilização de meios informatizados de comunicação com por exemplo os aplicativos de mensagens fora da jornada de trabalho poderão ser con�gurada judicialmente ou através da �scalização do trabalho como tempo à disposição do empregador (prorrogação de jornada). - Férias - os empregadores voltam a ser obrigados no sentido de comunicação com antecedência mínima de 30 da data de início das férias individuais e 15 dias para as coletivas, sendo cada período de férias de no mínimo 10 dias, o abono constitucional e a remuneração das férias devem ser pagas e o mesmo acontece com as férias coletivas, nos prazos de�nidos na CLT. - Normas de Medicina e Segurança do Trabalho – a �scalização efetivada pelos autores �scais pode gerar autuação (multa) e a obrigatoriedade de cumprimento das disposições em relação a 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 49/54 treinamento e exames ocupacionais. - Feriados - o empregador não pode mais se utilizar da prerrogativa de antecipação dos feriados não religiosos. - Acordos de Compensação - volta a obrigatoriedade de compensação de horas nos prazos da CLT e não mais de dezoito meses como estabelecia a MP. De outro lado a MP 936/2020 (convertida na Lei 14.020/2020) foi convertida na lei 14.020/20 e recebeu várias alterações durante a sua tramitação, além da sua regulamentação através do decreto lei 10.422/20 BRASIL. Redução Proporcional da Jornada e do Salário e Suspensão Temporária do Contrato de Trabalho: Note-se que a exceção aos princípios da irredutibilidade salarial e da continuidade da relação de emprego previstos na Constituição Federal e consequentemente ao princípio de proteção do trabalhador considerado individualmente, no entanto, mesmo a lei 14020/20 ter estabelecido a prorrogação dessas possibilidades, tal situação ocorre por prazo determinado, na medida em que não poderão a Redução ou a Suspensão ultrapassar 120 dias, que poderão ser feita através de convenção coletiva , acordo coletivo ou acordo individual. Nas duas hipóteses o empregador pactua um ajuda �nanceira compensatória deverá ter o valor de�nido em negociação coletiva ou no acordo individual escrito pactuado, terá natureza indenizatória; não integrará a base de cálculo do imposto sobre a renda retido na fonte ou da 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 50/54 declaração de ajuste anual do imposto sobre a renda da pessoa física do empregado; não integrará a base de cálculo da contribuição previdenciária e dos demais tributos incidentes sobre a folha de salários; não integrará a base de cálculo do valor dos depósitos no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o empregado receberá após celebrado acordo o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda pago com recursos da União e terá como base de cálculo o valor mensal do seguro-desemprego a que o empregado teria direito na hipótese de redução de jornada de trabalho e de salário, será calculado aplicando-se sobre a base de cálculo o percentual da redução e na hipótese de suspensão temporária do contrato de trabalho, terá valor mensal equivalente a) equivalente a 100 ou 70%, conforme o caso. referências Referências Bibliográ�cas 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 51/54 BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário O�cial da União. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 15 jul. 2019. BRASIL. Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Diário O�cial da União. Rio de Janeiro, 1943. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm>. Acesso em: 08 jul. 2019. BRASIL, DECRETO 10.422/2020, Prorroga os prazos para celebrar os acordos de redução proporcional de jornada e de salário e de suspensão temporária do contrato de trabalho e para efetuar o pagamento dos benefícios emergenciais de que trata a Lei nº 14.020, de 6 de julho de 2020. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019- 2022/2020/Decreto/D10422.htm#art2 BRASIL. LEI 14.020/2020- Institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda; dispõe sobre medidas complementares para enfrentamento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus, de que trata a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020; altera as Leis nos 8.213, de 24 de julho de 1991, 10.101, de 19 de dezembro de 2000, 12.546, de 14 de dezembro de 2011, 10.865, de 30 de abril de 2004, e 8.177, de 1º de março de 1991; e dá outras providências. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019- 2022/2020/Lei/L14020.htm BRASIL. Lei Complementar nº 150, de 1º de junho de 2015. Dispõe sobre o contrato de trabalho doméstico; altera as Leis no 8.212, de 24 de julho de 1991, no 8.213, de 24 de julho de 1991, e no http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/Decreto/D10422.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/Lei/L14020.htm 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 52/54 11.196, de 21 de novembro de 2005; revoga o inciso I do art. 3o da Lei no 8.009, de 29 de março de 1990, o art. 36 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, a Lei no 5.859, de 11 de dezembro de 1972, e o inciso VII do art. 12 da Lei no 9.250, de 26 de dezembro 1995; e dá outras providências. Diário O�cial da União. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/Leis/LCP/Lcp150.htm>. Acesso em: 15 jul. 19. BRASIL. Lei nº 5.889, de 8 de junho 1973. Estatui normas reguladoras do trabalho rural. Diário O�cial da União. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5889.htm>. Acesso em: 15 jul. 2018. BRASIL. Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000. Dispõe sobre a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa e dá outras providências.Diário O�cial da União. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10101.htm>. Acesso em: 15 jul. 2018. BRASIL. Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005. Regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária. Diário O�cial da União. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11101.htm>. Acesso em: 15 jul. 2018. BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Súmula nº 118. In: ______. Súmulas. Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=2092&termo=>. Acesso em: 8 jul. 2019. BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Súmula nº 146 In: ______. Súmulas. Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=2050&termo=>. http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/Leis/LCP/Lcp150.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5889.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10101.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11101.htm http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=2092&termo= http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=2050&termo= 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 53/54 Acesso em: 8 jul. 2019. BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Súmula nº 354. In: ______. Súmulas. Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=2630&termo=>. Acesso em: 8 jul. 2019. BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Súmula nº 376. In: ______. Súmulas. Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=4048&termo=>. Acesso em: 8 jul. 2019. BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Súmula nº 423. In: ______. Súmulas. Disponível em: <http://www.tst.jus.br/documents/10157/63003/Livro-Internet.pdf>. Acesso em: 8 jul. 2019. BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Súmula nº 428. In: ______. Súmulas. Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=2765&termo=>. Acesso em: 8 jul. 2019. CASSAR, V. B. Direito do Trabalho. 14. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2017. DELGADO, M. G. Curso de direito do trabalho. 16. ed. São Paulo: LTr, 2017. GASPAR, W. C. R. A correlação entre a jornada de trabalho e a produtividade. Dissertação (Mestrado Executivo em Gestão Empresarial) Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 2017. Disponível em: https://bit.ly/2PmWIX2. Acesso em: 15. jul. 2019. http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=2630&termo= http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=4048&termo= http://www.tst.jus.br/documents/10157/63003/Livro-Internet.pdf http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=2765&termo= https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/19961/A%20Correla%C3%A7%C3%A3o%20entre%20Jornada%20de%20Trabalho%20e%20Produtividade%20-%20Uma%20Perspectiva%20Macroecon%C3%B4mica%20entre%20Pa%C3%ADses.pdf?sequence=1&isAllowed=y 30/09/2021 11:32 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743606_1&PARENT_ID=_18659617_1 54/54 LEITE, C. H. B. Curso de direito do trabalho. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. [Minha Biblioteca]. PANTALEÃO, S. F. Férias coletivas - aspectos legais a serem observados após a reforma trabalhista. 21 nov. 2018. Disponível em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/ferias_coletivas.htm>. Acesso em: 15 jul. 2019. ROMAR, C. T. M. Direito do Trabalho Esquematizado. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2018, [Minha Biblioteca]. IMPRIMIR http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/ferias_coletivas.htm
Compartilhar