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Resumo Hanseníase

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Considera-se caso de hanseníase a pessoa que possui um
ou mais dos seguintes sinais, a qual necessita de
tratamento com poliquimioterapia (PQT):
Lesão(ões) e/ou
área(s) da pele
com alteração da
sensibilidade.
Espessamento de
nervo periférico.
Presença de
bacilos M. leprae
(baciloscopia
positiva).
hanseníasehanseníaseh ehanseníasehanseníaseh ehanseníasehanseníaseh ehanseníasehanseníaseh e
Causado pela Bactéria Mycobacterium leprae, que
infecta os nervos periféricos e, mais especificamente, as
células de Schawnn.
O M. leprae tem infectividade alta e baixa
patogenicidade. Estima-se que a maioria da população
possua defesa natural, portanto a maior parte das pessoas
que entrarem em contato com o bacilo não adoecerão.
(BRASIL, 2017; BRASIL, 2002).
É uma doença de evolução lenta, que se manifesta
principalmente através de sinais e sintomas
dermatológicos: lesões na pele e nos nervos periféricos,
principalmente nos olhos, mãos e pés. A doença acomete
principalmente os nervos superficiais da pele e troncos
nervosos periféricos, mas também pode afetar os olhos e
órgãos internos.
É transmitida por meio de contato próximo e prolongado
de um doente com hanseníase que não está sendo
tratado. A bactéria é transmitida pelas vias respiratórias e
não por objetos utilizados pelo paciente.
Após o contato, as manifestações clínicas podem demorar 
a ocorrer, pois tem um período de incubação de 2 a 7
anos.
A hanseníase é uma doença de notificação compulsória
e de investigação obrigatória. Os casos diagnosticados
devem ser notificados, utilizando a ficha de
Notificação/Investigação, do Sistema de Informações de
Agravos de Notificação (Sinan).
Áreas da pele, ou manchas esbranquiçadas
(hipocrômicas), acastanhadas ou avermelhadas, com
alterações de sensibilidade ao calor e/ou dolorosa,
e/ou ao tato; 
Formigamentos, choques e câimbras nos braços e
pernas, que evoluem para dormência; 
 Pápulas, tubérculos e nódulos (caroços), normalmente
sem sintomas; 
Diminuição ou queda de pelos, localizada ou difusa,
especialmente nas sobrancelhas (madarose); 
Pele infiltrada (avermelhada), com diminuição ou
ausência de suor no local.
A hanseníase se manifesta através de lesões de pele que
se apresenta com diminuição de sensibilidade. 
Os principais sinais e sintomas são: 
Indeterminada (paucibacilar): fase inicial
Característica da lesão: lesão de pele única, mais clara ao
redor da mancha, não elevada, bordas mal delimitadas e é
seca.
Alteração da sensibilidade: perda da sensibilidade
térmica/dolorosa, mas a tátil é preservada.
Avaliação Dermatológica: identificar as lesões,
pesquisando a sensibilidade nas mesmas.
Avaliação Neurológica: abrange inspeção dos olhos, nariz,
membros superiores e inferiores, palpação dos troncos
nervosos periféricos, avaliação da força muscular, teste de
mobilidade articular das mãos e pés e avaliação da
sensibilidade dos olhos, membros superiores e inferiores. 
Baciloscopia: exame microscópio que identifica o M. leprae
. É uma apoio para o diagnóstico e também um dos
critérios de confirmação.
Exame histopatológico: deverá ser feita por profissional
capacitado e enviado para laboratório.
O tratamento é realizado através da associação de
medicamentos (PQT) conhecidos como Rifampicina,
Dapsona e Clofazimina. 
Deve-se iniciar o tratamento já na primeira consulta após
diagnóstico. 
Quando a pessoa doente inicia o
tratamento quimioterápico, ela deixa
de transmitir.
Forma Tuberculóide (paucibacilar) forma benigna. Sistema
imune da pessoa consegue destruir bacilos
espontaneamente. Tempo de incubação de cerca de cinco
anos.
Característica da lesão: placa totalmente anestésica ou
por placa com bordas elevadas, bem delimitada e centro
claro.
Alteração da sensibilidade: perda total de sensibilidade,
associada ou não à alteração de função motora, porém de
forma localizada.
Forma Dimorfa (Multibacilar) forma intermediária e mais
comum de apresentação. Ocorre, normalmente, após um
ongo período de incubação (cerca de 10 anos ou mais),
devido a lenta multiplicação de bacilo.
Característica da lesão: várias manchas de pele
avermelhadas ou esbranquiçadas, com bordas elevadas,
mal delimitadas na periferia, ou por múltiplas lesões bem
delimitadas e borda externa esmaecida.
Alteração da sensibilidade: perda parcial a total da
sensibilidade, com diminuição de funções autonômicas. 
Contato domiciliar: toda e qualquer pessoa que
resida ou tenha residido com o doente de hanseníase.
Contato social: qualquer pessoa que conviva ou
conviveu em relação familiares ou não, de forma
próxima e prolongada (incluem vizinhos, colegas de
trabalho e de escola).
Tem como objetivo romper a cadeia epidemiológica da
doença. Procurando identificar a fonte de contágio, para
isso considera-se:
Forma Virchowiana (Multibacilar) não apresenta manchas
visíveis; a pele apresenta-se avermelhada, seca, infiltrada,
cujos poros dilatados. É comum aparecerem caroços. No
estágio mais avançado pode haver perda de sobrancelhas
e cílios. 
Característica da lesão: câimbras e formigamentos nas
mãos e pés. Dor nas articulações e frequentemente, o
paciente tem diagnóstico clínico e equivocado de
"reumatismo".
Duração do tratamento de Paucibacilar é de 6 meses. E de
Multibacilar de 12 meses.
O diagnóstico deve ser baseado na história de evolução
da lesão epidemiologia e no exame físico.
O Ministério da Saúde sugere avaliar
anualmente, durante cinco anos, todos os 
 contatos não doentes, quer sejam familiares
ou não. 
Referência:
https://bvsms.saude.gov.br/
bvs/publicacoes/guia_prati
co_hanseniase.pdf
 
 
 
 
A vacina deve ser aplicada nos contatos examinados sem
presença de sinais e sintomas de hanseníase. A aplicação
da vacina depende da história vacinal e deve seguir as
seguintes recomendações:
Cicatriz vacinal
Ausente
1 cicatriz 
2 cicatrizes
1 dose
1 dose
Conduta
Nenhuma dose
Maria Eduarda

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