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Lesoes malignas e benignas de ovario

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Lesões malignas e benignas de ovário. 
⇒ Os ovários são órgãos complexos, responsáveis pela gametogênese e produção hormonal cíclica fundamental para manutenção da função reprodutiva.
⇒ O ovário se encontra funcionalmente dividido em dois compartimentos que interagem entre si nas diversas etapas da maturação folicular ⇒ parte Intersticial (formado por células do estroma e da teca externa) e parte Folicular (contém o oócito, as células da granulosa e as células da teca interna).
A sequência de eventos que resulta na liberação de um oócito maduro (com a formação do corpo lúteo e posterior luteólise), depende do crescimento e regeneração de estruturas intra ovarianas ⇒ esses ciclos tornam os ovários suscetíveis a diversas alterações estruturais e funcionais.
Doenças benignas dos ovários
Tumores ovarianos benignos na infância: 
	⇒ Cistos funcionais = são os tumores ovarianos benignos mais comuns na infância (bastante frequentes entre os doze e quatorze anos).
Tumores ovarianos benignos na adolescência (pós-menarca): 
	⇒ Cistos ovarianos funcionais (resultantes do aumento das gonadotrofinas) = geralmente são cistos simples (pequena dimensão que tendem a se resolverem de forma espontânea após a menstruação). Origina-se de um folículo estimulado pelas gonadotrofinas hipofisárias que não se rompeu durante o ciclo menstrual. Para cistos de 8 cm, o período para regressão completa pode ser de até três meses.
# Considerar opção cirúrgica novo exame ultrassonográfico mostre persistência da massa. 
 # Doenças pélvicas de origem infecciosa (como abscesso tubo-ovariano) e a gravidez ectópica devem ser consideradas como diagnóstico diferencial.
Doenças benignas dos ovários
Tumores ovarianos benignos no período reprodutivo:
⇒ No Menacme, a maioria das massas ovarianas é benigna (80%). A maioria dos tumores não produz sintomas ou apresentar sintomas inespecíficos como dor abdominal, sintomas urinários e/ou gastrointestinais. Quando funcionantes (produtores de hormônios) podem causar sangramento vaginal. 
Tumores ovarianos benignos na pós menopausa: 
	⇒ A incidência de malignidade aumenta muito com a idade. 60 a 70%, dos tumores malignos, são diagnosticados nos estádios mais avançados (estádios III e IV).
Tumores Proliferativos (neoplásicos)
Tumores Epiteliais:
	⇒ Cistoadenoma Seroso = representa 15-25% dos tumores benignos (são bilaterais em 7-12%). maior incidência entre 20 e 50 anos. Possuem consistência firme, base larga e coloração pálida medindo de cinco a quinze centímetros, frequentemente multiloculares, raramente com septações grosseiras, podendo apresentar projeções papilares e calcificações e, ao corte, mostram conteúdo claro ou acastanhado. Geralmente, esses tumores são assintomáticos e detectados em exames pélvicos de rotina ou à ultrassonografia.
# A cirurgia é o tratamento definitivo. 
# 20% dos cistoadenomas serosos são malignos.
Tumores Proliferativos (neoplásicos)
Tumores Epiteliais:
⇒ Cistoadenoma Mucinoso: Responsáveis por incidência de 15% dos tumores benignos (bilaterais em 5 a 7% dos casos). Geralmente, são mais volumosos que os tumores serosos, constituindo os grandes tumores abdominais, chegando até a 50 cm de diâmetro. Maior incidência entre os 30 e 40 anos. Frequentemente são multilobulados, císticos, de conteúdo mucóide e acastanhados ao corte.
	# O tratamento é cirúrgico
Tumores Proliferativos (neoplásicos)
Tumor de células germinativas:
	⇒ Teratoma Cístico Benigno: Responsáveis por 10 a 15% de todos os tumores
ovarianos. Normalmente unilaterais. O risco de se tornar maligno é raro (1%), e maior na pós-menopausa (maior probabilidade de malignizar “para” carcinoma de celulas escamosas). Sua composição variada de elementos ectodérmicos, mesodérmicos e endodérmicos (apresentam células bem diferenciadas de todos os três folhetos embrionários). Também podemos encontrados cartilagem, osso, dentes, áreas de calcificação e tecido tireoidiano
	# Complicação mais frequente = torção do pedículo (3,5 % dos casos). 
 	# O tratamento de escolha é cirúrgico. Independente da abordagem cirúrgica, deve-se ter cuidado para que não ocorra o extravasamento de seu conteúdo na pelve.
Tumores Proliferativos (neoplásicos)
Tumores sólidos Benignos:
	⇒ Fibroma = tumores do cordão sexual mais comuns (derivam das células estromáticas da granulosa - mas não apresentam atividade hormonal). Possui Associação com ascite (10 a 15%) e hidrotórax (1%), o que caracteriza a síndrome de Meigs.
	# Ao corte, possui um aspecto firme, espiralado e branco.
Fibroma
Tumores Proliferativos (neoplásicos)
Tumores sólidos Benignos:
	⇒ Tumor de Brenner = Caracteriza-se pela histopatologia incomum, com ilhotas de células cubóides claras (ninhos de células de Walthard). São tumores epiteliais benignos, constituídos por epitélio transicional. Podem estar associados a um cistoadenoma mucinoso, assemelhando-se ao quadro de um tumor maligno.
⇒ Luteoma da Gravidez = Tumor raro. Em 25% dos casos, associam-se com virilização. Inicia-se no segundo trimestre da gestação (devido a produção de testosterona). 
# A maioria dos casos regride espontaneamente.
# Caso aumento persistente do tumor = cirurgia. 
Lesões malignas e benignas de ovário. 
⇒ Os ovários são órgãos complexos, responsáveis pela gametogênese e produção hormonal cíclica fundamental para manutenção da função reprodutiva.
⇒ O ovário se encontra funcionalmente dividido em dois compartimentos que interagem entre si nas diversas etapas da maturação folicular ⇒ parte Intersticial (formado por células do estroma e da teca externa) e parte Folicular (contém o oócito, as células da granulosa e as células da teca interna).
A sequência de eventos que resulta na liberação de um oócito maduro (com a formação do corpo lúteo e posterior luteólise), depende do crescimento e regeneração de estruturas intra ovarianas ⇒ esses ciclos tornam os ovários suscetíveis a diversas alterações estruturais e funcionais.
Doenças benignas dos ovários
Tumores ovarianos benignos na infância: 
	⇒ Cistos funcionais = são os tumores ovarianos benignos mais comuns na infância (bastante frequentes entre os doze e quatorze anos).
Tumores ovarianos benignos na adolescência (pós-menarca): 
	⇒ Cistos ovarianos funcionais (resultantes do aumento das gonadotrofinas) = geralmente são cistos simples (pequena dimensão que tendem a se resolverem de forma espontânea após a menstruação). Origina-se de um folículo estimulado pelas gonadotrofinas hipofisárias que não se rompeu durante o ciclo menstrual. Para cistos de 8 cm, o período para regressão completa pode ser de até três meses.
# Considerar opção cirúrgica novo exame ultrassonográfico mostre persistência da massa. 
 # Doenças pélvicas de origem infecciosa (como abscesso tubo-ovariano) e a gravidez ectópica devem ser consideradas como diagnóstico diferencial.
Doenças benignas dos ovários
Tumores ovarianos benignos no período reprodutivo:
⇒ No Menacme, a maioria das massas ovarianas é benigna (80%). A maioria dos tumores não produz sintomas ou apresentar sintomas inespecíficos como dor abdominal, sintomas urinários e/ou gastrointestinais. Quando funcionantes (produtores de hormônios) podem causar sangramento vaginal. 
Tumores ovarianos benignos na pós menopausa: 
	⇒ A incidência de malignidade aumenta muito com a idade. 60 a 70%, dos tumores malignos, são diagnosticados nos estádios mais avançados (estádios III e IV).
Tumores Proliferativos (neoplásicos)
Tumores Epiteliais:
	⇒ Cistoadenoma Seroso = representa 15-25% dos tumores benignos (são bilaterais em 7-12%). maior incidência entre 20 e 50 anos. Possuem consistência firme, base larga e coloração pálida medindo de cinco a quinze centímetros, frequentemente multiloculares, raramente com septações grosseiras, podendo apresentar projeções papilares e calcificações e, ao corte, mostram conteúdo claro ou acastanhado. Geralmente, esses tumores são assintomáticos e detectados em exames pélvicosde rotina ou à ultrassonografia.
# A cirurgia é o tratamento definitivo. 
# 20% dos cistoadenomas serosos são malignos.
Tumores Proliferativos (neoplásicos)
Tumores Epiteliais:
⇒ Cistoadenoma Mucinoso: Responsáveis por incidência de 15% dos tumores benignos (bilaterais em 5 a 7% dos casos). Geralmente, são mais volumosos que os tumores serosos, constituindo os grandes tumores abdominais, chegando até a 50 cm de diâmetro. Maior incidência entre os 30 e 40 anos. Frequentemente são multilobulados, císticos, de conteúdo mucóide e acastanhados ao corte.
	# O tratamento é cirúrgico
Tumores Proliferativos (neoplásicos)
Tumor de células germinativas:
	⇒ Teratoma Cístico Benigno: Responsáveis por 10 a 15% de todos os tumores
ovarianos. Normalmente unilaterais. O risco de se tornar maligno é raro (1%), e maior na pós-menopausa (maior probabilidade de malignizar “para” carcinoma de celulas escamosas). Sua composição variada de elementos ectodérmicos, mesodérmicos e endodérmicos (apresentam células bem diferenciadas de todos os três folhetos embrionários). Também podemos encontrados cartilagem, osso, dentes, áreas de calcificação e tecido tireoidiano
	# Complicação mais frequente = torção do pedículo (3,5 % dos casos). 
 	# O tratamento de escolha é cirúrgico. Independente da abordagem cirúrgica, deve-se ter cuidado para que não ocorra o extravasamento de seu conteúdo na pelve.
Tumores Proliferativos (neoplásicos)
Tumores sólidos Benignos:
	⇒ Fibroma = tumores do cordão sexual mais comuns (derivam das células estromáticas da granulosa - mas não apresentam atividade hormonal). Possui Associação com ascite (10 a 15%) e hidrotórax (1%), o que caracteriza a síndrome de Meigs.
	# Ao corte, possui um aspecto firme, espiralado e branco.
Fibroma
Tumores Proliferativos (neoplásicos)
Tumores sólidos Benignos:
	⇒ Tumor de Brenner = Caracteriza-se pela histopatologia incomum, com ilhotas de células cubóides claras (ninhos de células de Walthard). São tumores epiteliais benignos, constituídos por epitélio transicional. Podem estar associados a um cistoadenoma mucinoso, assemelhando-se ao quadro de um tumor maligno.
⇒ Luteoma da Gravidez = Tumor raro. Em 25% dos casos, associam-se com virilização. Inicia-se no segundo trimestre da gestação (devido a produção de testosterona). 
# A maioria dos casos regride espontaneamente.
# Caso aumento persistente do tumor = cirurgia. 
Tumores Proliferativos (neoplásicos)
Tumores Funcionantes (Tumores do Estroma Gonádico): 
	⇒ Tecomas (Feminilizantes) = Originam-se do estroma cortical dos ovários. Representam 2% dos tumores ovarianos (maior prevalencia na pós-menopausa). 
	# 75% dos casos, ocorre produção de estrógenos ⇒ que resulta em sangramento genital e hiperplasia endometrial na pós-menopausa.
	# O tratamento recomendado é a ooforectomia, reservando-se a histerectomia com salpingectomia bilateral para pacientes mais idosas.
Tumores Funcionantes (Tumores do Estroma Gonádico): 
	⇒ Gonadoblastoma (virilizante) = Trata-se de um tumor misto, constituído por elementos germinativos (disgerminoma) e elementos do cordão sexual (elementos das células da granulosa e de Sertoli), devido a isso, podem produzir andrógenos e estrógenos.
	# TTO recomendado é a ooforectomia.
Tumores Proliferativos (neoplásicos)
Tumores Funcionantes (Tumores do Estroma Gonádico): 
	⇒Struma Ovarii = variante do teratoma cístico maduro (predomínio de mais de 50% de tecido tireoidiano). Caracterizam-se pela produção ectópica de hormônios tireoidianos.
	
	# 5% dos casos desenvolvem tireotoxicose.
Como diferenciar lesão ovariana maligna de benigna:
Pré-púberes = 50% são lesões malignas (se preocupe).
Menacme = maioria das lesões são funcionais (mais comuns são cistos funcionais do ovário, os endometriomas e os tumores epiteliais do ovário, como o cistoadenoma seroso e o cistoadenoma mucinoso).
Pós-menopausa = Boa chance de ser maligno (aproximadamente 3 a 5% das pacientes nesta fase terão uma massa anexial confirmada por ultrassonografia ⇒ Dos tumor maligno, 60 a 70% são diagnosticados nos estádios mais avançados - estádios III e IV).
No USG diferenciamos lesões benignas das malignas ao identificarmos características SUSPEITA (característica de malignidade):
S ⇒ Lesão Sólida.
U ⇒ USG doppler com baixa resistência (indica alto fluxo sanguíneo - neovascularização). 
S ⇒ Lesao com Septo espesso
P ⇒ Papilas
E ⇒ Espessamento da parede
I ⇒ Lesão Irregular
T ⇒ Tamanho > 8cm
A ⇒ Antes e Após menacme.
características clínicas, ultrassonográficas e dopplerfluxométricas dos tumores benignos dos ovários
Conduta em Crianças e Pré-púberes
⇒ Massas complexas ou sólidas têm indicação cirúrgica devido à alta probabilidade de malignidade, assim como em qualquer idade.
⇒ Cisto simples e tido como funcional ⇒ deve ser seguido com ultrassonografia a cada 1 ou 2 meses. 
# A ruptura e a torção do cisto são potenciais complicações que devem ser aventadas quando optado pelo tratamento conservador. 
Algoritmos massa anexial na menacme
Algoritmo em massa anexial na pós menopausa
DOENÇAS MALIGNAS DOS OVÁRIOS
Fatores de risco para câncer de ovário:
Idade (pico +- aos 60 anos), mutação BRCA, tabagismo, Menacme longo, nulípara, indutores de ovulação, história familiar.
Fatores de proteção para câncer de ovário:
Amamentação, uso de anovulatórios, laqueadura tubária. 
Rastreio de CA de ovário ⇒ sem rastreio para paciente com baixo risco 
Tumor de ovário costuma ser silencioso, com sintomas inespecíficos, que quando aparece evolui rápido.
Lesão de ovário com suspeita de malignidade = Tratamento cirúrgico.
Lesão de ovário sem suspeita de malignidade = Acompanhamento Clínico
Quando usar marcador tumoral ⇒ uso como complemento (quando normal não exclui Cirurgia). 
 # Marcador tumoral auxilia no acompanhamento (esperamos sua queda após cirurgia bem sucedida).
 # Nenhum marcador é muito sensível ou específico.
⇒ CA 125 = pode ser encontrado em tumores epiteliais ( + comuns).
⇒ Desidrogenase (LDH) = pode estar presente nos Disgerminoma (tumor que acomete classicamente crianças)
⇒ Alfafetoproteina e HCG = tipicamente aumentados em carcinomas embrionários
Tumores malignos de ovário
⇒ As neoplasias malignas dos ovários são classificadas de acordo com a linhagem das células de origem.
⇒ Dessa forma podem ser divididos em neoplasias epiteliais; neoplásias germinativas; neoplasias do estroma e cordões sexuais.
⇒ A maioria dos cânceres ovarianos é de origem epitelial (65 a 70%). 
Tumores epiteliais:
Cistoadenocarcinoma seroso;
Cistoadenocarcinoma mucinoso;
Cistoadenocarcinoma endometrióide;
Tumor de células claras;
Tumor seroso papilífero;
Tumor de Brenner;
Tumor de células transicionais.
Tumores germinativos:
Teratoma;
Struma ovarii;
Disgerminoma;
Carcinoma embrionário;
Tumor de seio endodérmico;
Coriocarcinoma;
Gonadoblastoma.
Tumores derivados do estroma gonadal e cordões sexuais:
Tumor de células da granulosa;
Tecoma;
Arrenoblastoma;
Fibroma;
Tumor de células de Sertoli;
Tumor de células de Leydig;
Ginandroblastoma.
Tumores malignos de ovário
Tumores Epiteliais:
	⇒ Os tumores epiteliais derivam da transformação maligna do epitélio da superfície ovariana (contígua com o mesotélio peritoneal).
	⇒ Dentre os tumores malignos epiteliais o tipo histológico seroso é o mais frequente (75% dos casos), entre os menos comuns estão o carcinoma mucinoso (20%), endometrióide (2%), de células claras, de Brenner e indiferenciado.
 
	⇒ Tumores Serosos:
		⇒ Surgem por invaginação do epitélio superficial do ovário e são assim denominados porque secretam líquido seroso. 
•Benignos: tumores benignos mais frequentes é o cistoadenoma seroso (pode malignizar).
•Malignos: nesses tumores, há invasão do estroma. Os cistoadenocarcinomas são os tumores malignos mais comuns (75%). 
Tumores malignos de ovário
Tumores Epiteliais:
	⇒ Tumores mucinosos: tumores císticos com cavidades revestidas por epitélio secretor de mucina.
	# Correspondem a 20%dos tumores epiteliais.
	
	# É o tumor que pode alcançar os maiores tamanhos, podendo ocupar toda a cavidade.
		
	# Como a maioria dos carcinomas mucinosos ovarianos possuem células do tipo intestinal, não é possível distingui-los do carcinoma metastático do trato gastrointestinal apenas com base na histologia.
Tumores malignos de ovário
Tumores Epiteliais:
	⇒ Tumores endometrióides: Os carcinomas endometrioides malignos do ovário caracterizam-se por um padrão adenomatoso com todas as possíveis variações de epitélios encontrados no útero.
	# Representam 2% dos tumores epiteliais. 
# Associados com a endometriose em 10 a 20% dos casos.
	# Podem estar associados a lesões malignas no endométrio em 10 a 15% dos casos.
	⇒ Tumores de Células Claras: São constituídos por células claras e células em cabeça de prego que projetam seus núcleos para o citoplasma apical.
	# Possui diversos padrões histológicos básicos (túbulo cístico, papilar, reticular e sólido).
# É o pior prognóstico entre os epiteliais (apenas metade das pacientes apresenta sobrevida em cinco anos).
Tumores malignos de ovário
Tumores de Células Germinativas: representam cerca de 20% de todos os tumores ovarianos (apenas 5% dos tumores malignos do ovário).
	# Na faixa etária até os 20 anos, aproximadamente 70% dos tumores ovarianos são de origem germinativa.
# Geralmente seu diagnóstico ocorre com achados de massas abdominais palpáveis, dor abdominal, distensão abdominal e sangramentos vaginais anormais
# Tipo histológico maligno mais comum é o disgerminoma, seguido pelo teratoma imaturo e, em seguida, pelo tumor do seio endodérmico.
# Frequentemente associados a atividades hormonais ou enzimáticas (Alfa-fetoproteína, gonadotrofina coriônica humana e a desidrogenase láctica).
Tumores malignos de ovário
Tumores de Células Germinativas: 
	⇒ Disgerminoma: 
		⇒ Tumor mais comum de células germinativas malignas (30 a 40% de todos os cânceres ovarianos com origem nas células germinativas). Responsável por 1 a 3% de todos os cânceres de ovário (até 5 a 10% em pacientes com menos de 20 anos).
		⇒ 75% dos casos ocorrem entre 10 e 30 anos de idade.
 ⇒ Tumor de crescimento rápido (85% dos casos é unilateral). Pode causar sintomas compressivos e quadro de abdome agudo (por rotura ou torção do pedículo vascular).
	 ⇒ O tratamento do disgerminoma é cirúrgico (exérese da lesão primária e estadiamento cirúrgico apropriado - Se atentar para preservação de fertilidade em pacientes jovens).
		⇒ Bom prognóstico, sobrevida superior a 95% em pacientes esta-
diadas como Ia (geralmente o estádio encontrado quando é feito o diagnóstico).
Tumores malignos de ovário
Tumores de Células Germinativas: 
	⇒ Teratoma Imaturo ou Teratoma Maligno:
	 ⇒ 2° tipo mais comum de neoplasias malignas de células germinativas (1% de todos os cânceres de ovário).
 
	 ⇒ Aproximadamente 50 % dos teratomas imaturos ocorrem em mulheres entre 10 e 20 anos de idade. 
	 ⇒ Enquanto os teratomas maduros possuem tecidos bem diferenciados (dentes, cabelos e pele), os teratomas imaturos apresentam tecidos embrionários e fetais pouco diferenciados (devido a isso apresentam crescimento descontrolado).
 	 ⇒ Os teratomas imaturos são classificados de acordo com um sistema de graduação, variando de 1 a 3 (baseado no grau de diferenciação e na quantidade de tecido imaturo). Quanto maior o grau, pior o prognóstico.
Tumores malignos de ovário
Tumores de Células Germinativas: 
	⇒ Tumor do Seio Endodérmico ou Carcinomas do Saco Vitelino: neoplasias derivadas do saco vitelínico primitivo.
	 ⇒ Histologicamente o achado característico é o de estruturas papilíferas conhecidas como corpúsculo de Schiller-Duval.
	 ⇒ Produzem alfafetoproteína (níveis apresentam uma boa correlação com a extensão da neoplasia).
 	 ⇒ Recomenda-se que todas as pacientes recebam quimioterapia adjuvante ao tratamento cirúrgico (salpingo-ooforectomia unilateral e biópsia de congelação para o diagnóstico. # histerectomia e da anexectomia contralateral não altera a sobrevida.
Tumores malignos de ovário
Tumores de Células Germinativas: 
	⇒ Coriocarcinoma Não Gestacional Puro do Ovário: 
	 ⇒ Tumor raro, muito agressivo. Incide em mulheres com menos de 20 anos.
	 ⇒ Estrutura histológica semelhante à do coriocarcinoma gestacional metastático para os ovários (secretam grandes quantidades de hCG).
	 ⇒ Prognóstico ruim (geralmente pacientes ja apresentam metástases viscerais no momento do diagnóstico).
.
	⇒ Carcinoma Embrionário: 
	 ⇒ Tumor raro, agressivo. Com incidência em mulheres jovens (idade media de 14 anos).
	 ⇒ Pode secretar estrogênios e levar a um quadro de pseudopuberdade precoce e hemorragia genital irregular.
	 ⇒ O tratamento dos consiste na ooforectomia unilateral seguida de quimioterapia.
Tumores malignos de ovário
Tumores de Células Germinativas: 
	⇒ Gonadoblastomas: tumor constituído por elementos germi- nativos e elementos do cordão sexual (tumor misto - elementos do disgerminoma e elementos das células da granulosa e de Sertoli).
Marcadores Tumorais conforme tumor de célula germinativa
Tipo Histológico hCG AFP LDH
Disgerminoma - - +
Teratoma imaturo - - ±
Tumor do seio endodérmico - + +
Carcinoma embrionário + + ±
Coriocarcinoma + - ±
Tumores malignos de ovário
Tumores de Células dos Cordões Sexuais/Estroma Gonadal: Derivam do estroma (constituído a partir do cordão sexual da gônada embrionária). Pode dar origem tanto a células femininas (granulosa e teca) quanto a masculinas (Sertoli e Leydig).
	# Representam 5 a 8 % de todos os tumores malignos ovarianos.
	⇒ Tumores da Teca Granulosa: 
	 ⇒ Tumores malignos de baixo grau. 
	 
 ⇒ Em 2/3 dos casos apresentam-se em mulheres após a menopausa.
 ⇒ Compostos quase totalmente por células da granulosa ou por uma mistura de células da granulosa e da teca. Isso confere uma alta capacidade de secretar estrogênio, que ocasiona consequências clínicas (nas jovens - puberdade precoce, em adultas - hiperplasia endometrial, doença cística da mama e câncer de endométrio.
 
		⇒ Tratamento = cirúrgico unilateral com biópsia do ovário contralateral.
Tumores malignos de ovário
Tumores de Células dos Cordões Sexuais/Estroma Gonadal: 
	⇒ Tecomas e Fibromas: Tumores sólidos (geralmente unilaterais) que ocorrem geralmente na perimenopausa.
	 ⇒ Os fibromas são os tumores do cordão sexual mais comuns. 
 # A ascite está presente em 10 a 15% dos casos e hidrotórax em 1%.
 ⇒ Os tecomas geralmente são produtores de estrógenos.
	 ⇒ Tratamento = remoção cirúrgica com salpingo-ooforectomia unilateral.
 ⇒ Tumores de Sertoli-Leydig: São tumores malignos de baixo grau (muito raros).
 ⇒ Principal característica é a produção de androgênios (causa virilização em mais de 70% dos casos). # níveis plasmáticos de androstenediona e testosterona encontram-se elevados enquanto que os de sulfato de di-hidroepiandrosterona estão normais ou apenas levemente elevados, sinalizando a origem ovariana e não adrenal do excesso de androgênios.
 ⇒ Ginandroblastomas: tumores benignos raros associados com a produção de androgênios e estrogênios, podendo causar tanto virilização como produçãoexcessiva de estrógenos.
⇒ Tumor de Krukenberg
	⇒ Tumor de origem gastrointestinal (mais comumente se origina no estômago), que metastiza para ovarios (30-40% dos cânceres metastáticos para os ovários, responsáveis por +- 2% dos cânceres ovarianos).
	⇒ Prognóstico ruim, geralmente diagnóstico ocorre quando a doençaprimaira ja esta muito avançada 
Estadiamento da FIGO para cancer do ovario
Estadiamento Cirúrgico
⇒ Estádio I ⇒ Neoplasia limitada aos ovários ou tuba de falópio.
# IA = Tumor limitado a um ovário ou tuba de falópio, sem tumor na superfície do ovário ou tuba.
# IB = Ambos os ovários ou tubas de falópio afetados; sem tumor na superfície do ovário ou tuba.
# IC = Tumor limitado a um ou dois ovários ou tubas de falópio, com presença de um dos seguintes eventos: cápsula rota na cirurgia (IC1); tumor na superfície ovariana (de um ou ambos os ovários) ou tuba de falópio ou, então, cápsula rota antes da cirurgia (IC2); citologia da ascite ou lavado peritoneal positivo para células neoplásicas (IC3).
⇒ Estádio II ⇒ Doença envolvendo um ou ambos os ovários ou tubas de falópio com extensão para pelve ou, então, carcinoma primário do peritônio.
# IIA = Doença afetando o útero e/ou tubas e/ou ovários.
# IIB = Extensão para outros tecidos pélvicos intraperitoneais.
Estadiamento da FIGO para cancer do ovario
Estadiamento Cirúrgico
⇒ Estádio III ⇒ Doença envolvendo um ou ambos os ovários ou tubas de falópio ou carcinoma primário de peritônio, com doença além da pelve ou para linfonodos retroperitoneais, sempre com confirmação citológica ou histológica. # Quando acomete fígado = no minimo estádio III.
# IIIA = Linfonodos retroperitoneais positivos.
 -IIIA1(i) Metástases até 10 mm em sua maior dimensão.
 -IIIA1(ii) Metástases maior do que 10 mm em sua maior dimensão.
 -IIIA2 – Envolvimento peritoneal extrapélvico, com ou sem linfonodos retroperitone-
ais positivos.
# IIIB = Metástases peritoneais macroscópicas fora da pelve de até 2,0 cm em sua maior dimensão, com ou sem linfonodos retroperitoneais positivos.
# IIIC = Metástases peritoneais macroscópicas fora da pelve de até 2,0 cm em sua maior dimensão, com ou sem linfonodos retroperitoneais positivos.
Estadiamento da FIGO para cancer do ovario
Estadiamento Cirúrgico
⇒ Estádio IV ⇒ Metástases à distância excluindo metástase peritoneal.
# IVA = Derrame pleural com citologia positiva para células neoplásicas.
# IVB = Metástases intraparenquimatosas e para órgãos extra-abdominais (incluindo linfonodos inguinais e fora da cavidade abdominal). 
 # Linfonodos inguinais (ou fora da cavidade abdominal - axilares e supraclaviculares) comprometidos = estágio IV.
Tratamento do tumor benigno ⇒ Retirada apenas do tumor (cirurgia conservadora).
Tratamento para tumor maligno ⇒ Devemos “retirar tudo” ⇒ Laparotomia com finalidade de diagnosticar, estadiar e tratar (lavado peritoneal + biópsia peritoneal + histerectomia total + anexectomia bilateral + omentectomia infracólica + ressecamento de implantes e linfonodos pélvicos e para-aórticos).
 # Paciente em idade fertil com tumor IA e G1 (bem diferenciado) podemos avaliar realizar apenas a salpingo ooforectomia unilateral. 
Quimioterapia Adjuvante ⇒ indicado para quase todos os casos (exceto se tumor IA e IB quando não indiferenciado).
Tumores Benignos mais comuns:
Adenoma (tumor de linhagem epitelial benigno).
Teratoma benigno (cisto dermoide). 
Struma Ovarii (tumor de ovário com tecido tireoidiano - mulher com tumor de ovário que pode fazer crise tireotóxica). 
Fibroma (tumor envolvido com a síndrome de MEIGS = tumor de ovario + ascite + derrame pleural.
Tumores Malignos:
Linhagem epitelial
Adenocarcinoma Seroso (+ comum)
Adenocarcinoma Mucinoso (pode causar pseudomixoma perineal)
Linhagem germinativa
Disgerminoma (germinativo maligno + comum = tipo mais comum na infância).
# Tumor de Krukenberg ⇒ tumor de origen gastrointestinal (estómago) com metástase para ovario (presença de célula em anel de sinete).