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A prática pedagógica: organização e planejamento APRESENTAÇÃO Na educação infantil, as situações de aprendizagem a serem propostas devem ser previamente planejadas, para que cumpram seu papel na construção de novos conhecimentos. O planejamento docente deve levar em consideração as especificidades da comunidade escolar na qual as ações educativas serão desenvolvidas, as particularidades e os saberes das crianças e as orientações propostas nos documentos norteadores da organização curricular. O planejamento na educação infantil deve ter a criança como protagonista das suas experiências e das suas aprendizagens, compreendendo o desenvolvimento integral dos sujeitos, a partir das múltiplas linguagens que se apresentam na infância. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai ter a oportunidade de refletir sobre a importância do planejamento na educação infantil, conhecer as propostas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a educação infantil e perceber como essas propostas devem ser inseridas no planejamento, identificando os principais itens que compõem o planejamento nessa etapa da educação básica. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer o planejamento como elemento fundamental da prática pedagógica na educação infantil. • Destacar a importância da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a construção do planejamento na educação infantil. • Identificar os principais itens que compõem o planejamento na educação infantil.• DESAFIO O campo de experiências “O eu, o outro e o nós” é um dos cinco campos de experiências propostos na BNCC para a organização dos conteúdos na educação infantil. Na proposta apresentada pela BNCC para esse centro de experiência, consta: “É na interação com os pares e com adultos que as crianças vão constituindo um modo próprio de agir, sentir e pensar e vão descobrindo que existem outros modos de vida, pessoas diferentes, com outros pontos de vista. Conforme vivem suas primeiras experiências sociais (na família, na instituição escolar, na coletividade), constroem percepções e questionamentos sobre si e sobre os outros, diferenciando-se e, simultaneamente, identificando-se como seres individuais e sociais. Ao mesmo tempo que participam de relações sociais e de cuidados pessoais, as crianças constroem sua autonomia e senso de autocuidado, de reciprocidade e de interdependência com o meio. Por sua vez, na educação infantil, é preciso criar oportunidades para que as crianças entrem em contato com outros grupos sociais e culturais, outros modos de vida, diferentes atitudes, técnicas e rituais de cuidados pessoais e do grupo, costumes, celebrações e narrativas. Nessas experiências, elas podem ampliar o modo de perceber a si mesmas e ao outro, valorizar sua identidade, respeitar os outros e reconhecer as diferenças que nos constituem como seres humanos" (BRASIL, 2017, p. 40). O trabalho realizado nesse centro de experiências deve contribuir para que as crianças construam a sua autoimagem e se percebam como seres únicos, diferentes dos outros, mas capazes de respeitá-los. A partir disso, responda: que elementos poderiam fazer parte dessa organização? INFOGRÁFICO Na educação infantil, visando à superação da fragmentação dos saberes, a proposta de organização curricular apresentada pela BNCC não é disciplinar, e sim organizada sob a forma de cinco centros de experiências. Nessa proposta, os espaços, os tempos e os materiais escolares são organizados para possibilitar às crianças a construção de conhecimentos por meio das interações (com o adulto e com seus pares) e das brincadeiras. Os direitos de conviver, brincar, participar, explorar, expressar-se e conhecer-se são assegurados por uma proposta curricular estruturada em cinco campos de experiências: 1. o eu, o outro e o nós;• 2. corpo, gestos e movimentos;• 3. traços, sons, cores e formas;• 4. escuta, fala, pensamento e imaginação;• 5. espaço, tempos, quantidades, relações e transformações.• Neste Infográfico, você irá ampliar seus conhecimentos sobre cada um dos campos de experiências, para que possa pensar em formas de inseri-los em seu planejamento docente. CONTEÚDO DO LIVRO Para que os objetivos pedagógicos pretendidos pelo professor sejam atingidos, é fundamental que as situações didáticas sejam planejadas previamente. Na educação infantil, o planejamento assume um lugar central na estruturação de uma rotina capaz de oportunizar situações nas quais as crianças possam construir novos conhecimentos por meio da ludicidade e das interações com os adultos e com seus pares. No capítulo A prática pedagógica: organização e planejamento, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você irá compreender a importância do planejamento, conhecer as propostas da BNCC para a educação infantil e elencar os elementos que devem estar presentes no planejamento das práticas educativas para essa etapa da educação básica. Boa leitura. CONTEÚDO E METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM > Reconhecer o planejamento como elemento fundamental da prática peda- gógica na educação infantil. > Destacar a importância da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a construção do planejamento na educação infantil. > Identificar os principais itens que compõem o planejamento na educação infantil. Introdução Para que as aprendizagens pretendidas na educação infantil sejam efetivamente oportunizadas, é fundamental o planejamento docente levando em consideração as propostas dos documentos norteadores das práticas pedagógicas e as espe- cificidades do grupo etário com o qual se está trabalhando,. Neste capítulo, você refletirá sobre a importância do planejamento na educação infantil, sobre as propostas apresentada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para essa etapa da educação básica e sobre os elementos que devem ser contemplados no planejamento docente. A prática pedagógica: organização e planejamento Maria Elena Roman de Oliveira Toledo A importância do planejamento na educação infantil As práticas educativas, por sua natureza intencional e sistemática, precisam ser organizadas previamente. Essa organização é concretizada por meio do planejamento das ações didáticas e pedagógicas. O planejamento é ato; é uma atividade que projeta, organiza e sistematiza o fazer docente no que diz respeito aos seus fins, meios, formas e conteúdo. Pensando sobre o nosso trabalho ajustamos não só os conteúdos programáticos ao calendário escolar [...], mas definimos também outras questões de fundamental importância. Vejamos algumas: o que queremos que nossos alunos venham a fazer, a conhecer? Por que este conteúdo e não aquele? Quais atividades? Com qual tempo e recursos contamos? (FARIAS et al., 2011, p. 111). O planejamento é uma ação reflexiva e contínua, permeada por um pro- cesso de avaliação e revisão sobre as ações empreendidas e sobre aquilo que precisa ser feito para que os objetivos pedagógicos sejam atingidos. Planejar significa prever as ações e as condições e racionalizar os tempos e os meios para que as aprendizagens ocorram. Na educação infantil, é o planejamento que permite a organização dos tempos, dos espaços e dos materiais escolares para que os direitos de aprendizagem sejam assegurados e as aprendizagens pretendidas, oportunizadas. O planejamento deve ser orientado pelos princípios da flexibilidade, que dizem respeito à abertura para correções ao longo do percurso, pautadas pela identificação de quaisquer ações educativas previamente estabelecidas que não estejam contribuindo para que os objetivos propostos sejam atingidos (FARIAS et al., 2011). Vale ressaltar que a flexibilidade do planejamento se apoia nas informa- ções coletadas por meio da proposição de práticas avaliativas, realizadas em uma perspectiva formativa, que as coloca a serviço das aprendizagens. A avaliação, portanto,permeia todos os momentos do planejamento — na fase anterior à sistematização dos planos (avaliação diagnóstica), durante sua exe- cução (avaliação formativa ou de processo) e ao término do trabalho realizado (avaliação do resultado). Somente ela apresentará as informações necessárias ao planejamento e replanejamento da nossa prática, sem precisarmos começar da estaca zero (FARIAS et al., 2011, p. 111). Na educação infantil, o planejamento tem início com o diagnóstico da realidade sobre a qual se pretende intervir: as características das crianças, sua etapa de desenvolvimento e as particularidades de cada subgrupo etá- A prática pedagógica: organização e planejamento2 rio, os saberes que já têm sobre os temas que se pretende apresentar e as especificidades da realidade na qual a unidade escolar está inserida. Com base nas informações coletadas por meio da avaliação diagnóstica ou inicial, o professor deve passar à estruturação do plano da ação pretendida, tendo em vista os objetivos pretendidos, os conteúdos ou temáticas a serem explorados, os procedimentos didáticos a serem propostos, os recursos di- dáticos necessários às ações e a sistemática de avaliação das aprendizagens (FARIAS et al., 2011). Uma vez elaborado o plano de ação, passa-se à sua execução. Nessa fase, novas informações são coletadas, a partir da proposição de momentos de avaliação continuada e situações imprevistas que podem ocorrer, deman- dando a flexibilização do que havia sido planejamento inicialmente. Para que a flexibilização do planejamento seja realizada de maneira coerente com os objetivos pretendidos e com as particularidades dos educandos, a documentação pedagógica assume um lugar central na tomada de decisões. A importância da documentação pedagógica De acordo com Oliveira-Formosinho e Pascal (2019, documento on-line), o principal objetivo da coleta de informações e da proposição das práticas avaliativas na educação infantil é “interrogar, documentar e fazer julgamentos embasados a respeito da qualidade e da efetividade das experiências de aprendizagem propiciadas às crianças pequenas”. O processo de coleta de informações e avaliação tem dois objetivos prin- cipais. O primeiro deles é a produção de conhecimentos e ações práticas e relevantes que são necessárias para a melhoria da qualidade da educação infantil oferecida nos contextos educacionais. O outro diz respeito ao empo- deramento daqueles que fazem parte do contexto da educação infantil, para que busquem meios para a transformação social utilizando os conhecimentos construídos. Para que a promoção de transformações se faça possível, o foco do processo de coleta de informações e avaliação deve ir além do exame dos resultados educacionais e de aprendizagem, adotando um enfoque mais amplo, pautado pela análise crítica do contexto pedagógico, do processo pedagógico e dos resultados pedagógicos obtidos (OLIVEIRA-FORMOSINHO; PASCAL, 2019). O Quadro 1 resume e organiza esses elementos. A prática pedagógica: organização e planejamento 3 Quadro 1. Aspectos a serem contemplados pela documentação pedagógica e avaliação Aspecto analisado Foco Elementos contemplados Contexto pedagógico Aspectos do contexto que definem o ambiente em que a aprendizagem infantil ocorre. � Propósitos e objetivos pedagógicos � Experiências de aprendizagem/currículo � Estratégias de ensino e aprendizagem � Profissionais � Relações e interações � Inclusão, igualdade e diversidade � Parcerias com pais, famílias e comunidade � Ambiente físico � Liderança, monitoração e avaliação. Processo pedagógico Qualidade e natureza das interações pedagógicas entre adultos e crianças dentro de um contexto. � Engajamento e envolvimento das crianças � Engajamento dos adultos � Bem-estar infantil � Bem-estar profissional Resultados pedagógicos obtidos Impacto no desenvolvimento proporcionado pelo contexto de aprendizagem, o que é avaliado em três níveis: o desenvolvimento da criança, o desenvolvimento do adulto e o desenvolvimento institucional. � O desenvolvimento infantil em diferentes áreas (comunicação, desenvolvimento da linguagem, atitudes e disposição para aprender, competência social e emocional, desenvolvimento físico) � Desenvolvimento dos pais e profissionais � Desenvolvimento e aprimoramento do contexto Fonte: Adaptado de Oliveira-Formosinho e Pascal (2019). A coleta de informações e a avaliação da educação infantil, pautadas pela análise do contexto, dos processos e dos resultados pedagógicos obtidos, garantem que a qualidade de um determinado contexto pedagógico seja considerada em sua totalidade e que cada elemento seja avaliado como uma parte significativa do sistema. A prática pedagógica: organização e planejamento4 Esse processo não pode ser realizado sem levar em consideração as propostas e orientações elencadas nos documentos orientadores da elabo- ração e reelaboração curricular. Nesse âmbito, o planejamento das práticas educativas para a educação infantil deve levar em consideração as propostas apresentadas pela BNCC (BRASIL, 2017). A BNCC e as práticas educativas na educação infantil A BNCC (BRASIL, 2017) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os estudantes devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da educação básica, para que seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento sejam assegurados. Ao longo das três etapas da educação básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio), as aprendizagens essenciais definidas na BNCC devem garantir a todos os estudantes o desenvolvimento de 10 competências gerais que instrumentalizam os indivíduos para que possam contribuir para a transformação da sociedade, tornando-a mais humana, justa e igualitária (BRASIL, 2017). No texto da BNCC, o conceito de competência faz referência à capa- cidade de mobilização dos conhecimentos (conceituais e procedi- mentais), das habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), das atitudes e dos valores para a resolução das demandas complexas da vida cotidiana, do exercício pleno da cidadania e do mundo do trabalho. A BNCC é uma referência nacional para a organização e para a reorganiza- ção curricular, tendo por objetivo contribuir para a qualificação das políticas públicas e outras ações referentes à formação de professores, à avaliação, à elaboração de conteúdos educacionais e para a oferta de infraestrutura adequada. Publicada em dezembro de 2017, a BNCC trouxe em seu texto diversos conceitos que, embora não fossem inéditos nas discussões da área da educação, ganharam uma visibilidade maior graças à sua presença no do- cumento e importância para a formação integral dos educandos (BRASIL, 2017). No que se refere à educação infantil, tiveram destaque os conceitos de direitos de aprendizagem e desenvolvimento, campos de experiências e objetivos de aprendizagem e de desenvolvimento. A prática pedagógica: organização e planejamento 5 A educação infantil na BNCC A educação infantil é a primeira etapa da educação básica. Na proposta apresentada pela BNCC (BRASIL, 2017), o trabalho pedagógico realizado nessa etapa educacional deve ser pautado por eixos estruturantes para que sejam assegurados direitos de aprendizagem e desenvolvimento previstos para que as crianças possam aprender e se desenvolver. Ademais, os conteúdos previstos para que os direitos de aprendizagem e desenvolvimento sejam atingidos não estão organizados de modo disciplinar, e sim sob a forma de campos de experiências. Nos Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, documento que precedeu a BNCC, os conteúdos estavam propostos de maneira disciplinar, de acordo com as diferentes áreas de conhecimento. Com a BNCC, o arranjo curricular da educação infantil foi organizado a partir de campos de experiências. Além disso, em cada campo de experiências sãodefinidos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, organizados por grupos etários. Todos esses conceitos e definições da BNCC serão examinados em mais detalhes a seguir. Eixos estruturantes do trabalho pedagógico A BNCC (BRASIL, 2017), incorporou em seu texto a necessidade apresentada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, em seu artigo 9º, de que o trabalho pedagógico realizado nessa etapa da educação básica tivesse dois eixos estruturantes: as interações e a brincadeira. Na perspectiva adotada, os eixos estruturantes das práticas pedagógicas oportunizariam as experiências necessárias para que as crianças pudessem “[...] construir e apropriar-se de conhecimentos por meio de suas ações e interações com seus pares e com os adultos, o que possibilita aprendizagens, desenvolvimento e socialização” (BRASIL, 2017, documento on-line). Direitos de aprendizagem e desenvolvimento Os seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento propostos pela BNCC (Figura 1) buscam assegurar as condições necessárias para que as crianças possam aprender enquanto desempenham um papel ativo, em ambientes em que vivenciem desafios e sintam-se motivadas para resolvê-los, construindo A prática pedagógica: organização e planejamento6 significados sobre si e sobre os outros, bem como sobre o mundo social e natural (BRASIL, 2017). Figura 1. Direitos de aprendizagem e desenvolvimento na educação infantil. Fonte: Adaptada de Brasil (2017). Direitos de aprendizagem e desenvolvimento na Educação Infantil Conviver Brincar Participar Explorar Expressar Conhecer-se A proposta de trabalho pedagógico construída a partir dos direitos de aprendizagem e de desenvolvimento explicita a concepção de criança ado- tada pelo documento como sendo um “ser que observa, questiona, levanta hipóteses, conclui, faz julgamentos e assimila valores e que constrói conhe- cimentos e se apropria do conhecimento sistematizado por meio da ação e nas interações com o mundo físico e social” (BRASIL, 2017, documento on-line). A partir dessa visão da criança, o professor precisa imprimir intencionali- dade pedagógica às práticas educativas, organizando e propondo experiências que permitam a ela conhecer a si e ao outro, bem como conhecer e compreen- der as relações com a natureza, com a cultura e com a produção científica. A prática pedagógica: organização e planejamento 7 Campos de experiências Na BNCC, os conteúdos propostos estão organizados em cinco campos de experiências (BRASIL, 2017): � o eu, o outro e o nós; � corpo, gestos e movimentos; � traços, sons, cores e formas; � escuta, fala, pensamento e imaginação; � espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. Os campos de experiências têm como mérito principal a superação da compartimentalização dos saberes e suas áreas de conteúdo, na medida em que propõem um trabalho interdisciplinar e que acolhe as situações e as experiências concretas da vida cotidiana das crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural. Como tal, tais campos trazem para o centro do processo educativo as intera- ções e a brincadeira, que são os eixos estruturantes do trabalho pedagógico nessa etapa educacional. Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para a educação infantil As aprendizagens essenciais previstas na educação infantil, que compreendem comportamentos, habilidades e conhecimentos, constituem-se como ob- jetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Para que as especificidades dos diferentes grupos etários que constituem a etapa da educação infantil sejam respeitadas, os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento estão organizados em três grupos etários (Figura 2). Cada grupo etário corresponde às possibilidades de aprendizagem dos educandos e às suas características de desenvolvimento. Figura 2. Grupos etários da educação infantil na BNCC. Fonte: Brasil (2017, documento on-line). A prática pedagógica: organização e planejamento8 Embora ofereçam parâmetros para o planejamento das atividades, os grupos etários não devem ser considerados de forma rígida, tendo em vista que as crianças apresentam diferentes ritmos de aprendizagem e desenvol- vimento, que devem ser levados em consideração nas práticas pedagógicas. Desse modo, o planejamento das práticas educativas para a educação infantil, os eixos estruturantes, os direitos de aprendizagem e desenvol- vimento, os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, bem como as especificidades dos diferentes grupos etários precisam ser levados em con- sideração para que as aprendizagens pretendidas sejam oportunizadas. No planejamento, deve ser prevista a gestão adequada dos tempos escolares concretizada pelo estabelecimento de rotinas pedagógicas. Elementos fundamentais de planejamento na educação infantil No planejamento de suas ações, o professor deve refletir sobre “para quê”, “o quê”, e “como ensinar” e sobre os resultados das ações empreendidas. Os resultados das reflexões acerca desses aspectos levam aos elementos que devem ser contemplados no planejamento: objetivos, conteúdos, metodo- logia, recursos didáticos e sistemáticas de avaliação, examinados no Quadro 2 (FARIAS et al., 2011). Quadro 2. Elementos que devem ser contemplados no planejamento docente Componente do planejamento A que se refere Objetivos � Dizem respeito ao destino, aos resultados e aos propósitos da ação docente. � Expressam valores, ideias, crenças, projetos sobre o que é e o que deve ser, não só o aluno, mas o homem e a sociedade. Conteúdos � Dizem respeito tanto aos direitos de aprendizagem e desenvolvimento quanto aos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento previstos para essa etapa educacional. (Continua) A prática pedagógica: organização e planejamento 9 Componente do planejamento A que se refere Metodologias � Devem oportunizar o protagonismo das crianças na construção de novos conhecimentos e garantir que essa construção ocorra por meio das interações e das brincadeiras. � Devem ser propostas de maneira a oportunizar as experiências previstas nos diferentes campos de experiências. Recursos didáticos � Devem ser coerentes com as metodologias utilizadas e adequados à faixa etária e às particularidades das crianças. Sistemáticas de avaliação � Devem ser pensadas numa perspectiva formativa, pela qual seus resultados sejam colocados a serviço das aprendizagens. � Devem ser utilizadas em diferentes momentos: inicial, para a identificação dos saberes já construídos pelas crianças; continuada, realizada ao longo do processo para verificar se os objetivos estão sendo cumpridos e se há necessidade de ajustes no planejamento inicial; e final, para saber se os objetivos pretendidos foram efetivamente atingidos. Fonte: Adaptado de Farias et al. (2011). Na educação infantil, o planejamento realizado a partir dos objetivos, dos conteúdos, das metodologias, dos recursos didáticos e das sistemáticas de avaliação possibilita antever o que é necessário para que as aprendizagens ocorram e estabelecer as rotinas necessárias ao trabalho educativo. Na educação infantil, a organização do trabalho educativo realizado com as crianças pressupõe uma rotina que deve envolver os cuidados, a brincadeira e as situações de aprendizagens orientadas (BRASIL, 1998). De acordo com Ferreira (2020), desde a recepção das crianças até as tarefas que serão realizadas por elas durante o tempo que passarão na escola (como a hora da merenda, da higiene e até da brincadeira) precisam ser organiza- das sob uma rotina, a fim de que as crianças possam adquirir autonomia e responsabilidade. O estabelecimento de uma rotina também permite aos colaboradores e professores uma melhor gestão do seu tempo e um melhor atendimento das demandas de cada criança. (Continuação) A prática pedagógica: organização e planejamento10 A adoção de uma rotina na educação infantil traz vários benefícios paraa vida da criança que se estenderão até sua vida adulta, como destaque para os seguintes (FERREIRA, 2020). � Desenvolvimento da autonomia, possibilitado pelo conhecimento, por parte da criança, dos horários e da sequência de atividades que serão realizadas. Esse conhecimento permite às crianças maior independência e liberdade para a realização das tarefas, sem demandar a constante intervenção dos adultos. � Desenvolvimento de linguagem e da motricidade. À medida que a criança assume mais responsabilidades, sua capacidade de argumen- tação é ampliada, a partir da necessidade de dialogar e justificar suas ações. A autonomia faz com que as possibilidades de movimentação da criança também sejam ampliadas. � Facilidade de interação com os colegas e com o ambiente como decor- rência das crescentes responsabilidades assumidas. Na educação infantil, alguns momentos são estruturantes da rotina diária, como a acolhida, a alimentação, a higiene e o repouso. De acordo com Ferreira (2020), o horário de entrada na escola deve ser bem-organizado, para evitar agitação desnecessária da criança. Para que esse momento seja acolhedor, é possível pensar no processo de aprendizagem desde a chegada à escola, a partir da organização dos espaços e materiais escolares. A criação de um ambiente em sala de aula com jogos e brinquedos que possam ser utilizados pelas crianças enquanto a professora recebe os colegas que estão chegando contribui para esse acolhimento inicial. A rotina deve ser pensada também para o horário da saída. É importante que sejam estabelecidos acordos para esse momento, contemplando a par- ticipação de todos na organização dos materiais e do espaço. Materiais de desenho e de leitura (livros, gibis, etc. colocados ao alcance das crianças) ajudam na organização do tempo de espera para ir embora. Acordos também devem ser estabelecidos quanto ao local e os proce- dimentos durante os momentos de alimentação (organização dos espaços, cuidados com os alimentos), bem como para os momentos de finalização (descarte do lixo no local adequado, guardar os utensílios utilizados). Por sua vez, os momentos de higiene são fundamentais para o aprendizado das crianças na educação infantil. Lavar as mãos antes das refeições e depois de ir ao banheiro, escovar os dentes após as refeições, etc. são aprendizagens fundamentais e que serão levadas por toda a vida. Para as crianças menores, A prática pedagógica: organização e planejamento 11 os momentos de troca e de banho também são fundamentais para a adoção de cuidados e para a promoção de aprendizagens. Na educação infantil, os momentos de repouso também são muito im- portantes. Crianças menores demandam uma rotina de períodos de sono no ambiente escolar, dependendo do tempo que permanecem na escola. Crianças maiores precisam alternar períodos de atividades mais intensas com períodos de atividades mais relaxantes, para que possam suprir as necessidades de descanso do seu corpo. Além dessas atividades estruturantes, a rotina na educação infantil deve prever as atividades necessárias para que os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento sejam atingidos. Para isso, é importante diversificar as estratégias utilizadas, prevendo diferentes modalidades organizativas do trabalho pedagógico. O planejamento pode contemplar diferentes modalidades de organização dos tempos escolares: � atividades permanentes; � sequências de atividades; � projetos de trabalho; � situações independentes. As atividades permanentes são situações didáticas propostas com regu- laridade, com o objetivo de construir atitudes e criar hábitos (LERNER, 2002). A fim de promover o gosto pela leitura e ampliar o repertório voca- bular dos educandos, o professor deve inserir a leitura diária de bons textos, realizada por ele mesmo em voz alta, como uma atividade permanente em seu planejamento. Atividades voltadas para a higiene, como lavar as mãos antes das refeições realizadas na escola ou escovar os dentes depois delas, são atividades per- manentes que devem fazer parte da rotina das classes de educação infantil. As atividades permanentes repetem-se de forma sistemática e previsível, podendo ser diárias, semanais, quinzenais, etc. de acordo com a intencio- nalidade pedagógica. Sendo assim, uma vez por semana as crianças podem participar de uma sessão de contação de histórias na biblioteca da escola, ou então visitar a horta para o acompanhamento de alguma plantação realizada pelo grupo. A prática pedagógica: organização e planejamento12 Por sua vez, as atividades sequenciadas, também chamadas de sequên- cias didáticas, são situações pedagógicas articuladas que apresentam uma sequência de realização, em geral estabelecida tendo por critério de nível de dificuldade (LERNER, 2002). A periodicidade das atividades sequenciadas é variável, de acordo com os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento pretendidos. A observação de fenômenos pela construção de um terrário, por exemplo, pode demandar um tempo diferente do que uma sequência proposta para a produção de um texto oral com destino escrito, tendo o professor como escriba. Já os projetos são bastante semelhantes às atividades sequenciadas, apresentando como diferencial a inserção de um produto. Assim consti- tuem situações didáticas que se articulam em função de um objetivo e de um produto. Têm como característica básica a inclusão de uma finalidade, compartilhada por todos os envolvidos, que será expressa pelo produto escolhido pelo grupo para o fechamento das atividades (LERNER, 2002). A periodicidade dos projetos depende dos objetivos propostos, podendo equi- valer a dias ou a meses. Um professor que queira desenvolver habilidades de investigação científica em seus alunos, pode propor para eles a realização de um projeto sobre os animais marinhos que contemple contato com livros, visitas a aquários, entrevista com biólogos, etc., e que tenha como produto a construção de um painel com os animais pesquisados, por exemplo. Ademais, temos as situações independentes, que são situações ocasionais em que se trabalha algum conteúdo significativo, mesmo sem ter relação direta com o que está sendo desenvolvido no momento. Isso pode ser mo- tivado por um fato divulgado pela mídia e comentado por uma criança, pela aparição de um inseto diferente no ambiente escolar ou por uma planta que floresce no jardim da escola; tudo isso pode despertar o interesse das crianças, servindo de ponto de partida para a proposição de uma situação de aprendizagem independente. Nesse âmbito, a escolha da modalidade organizativa depende dos objetivos de desenvolvimento e aprendizagem pretendidos e da intencionalidade pedagógica do professor. Como vimos, o planejamento docente é fundamental na educação infantil para que as aprendizagens pretendidas sejam oportunizadas. Sua realização demanda a avaliação da realidade em que as ações educativas serão desen- volvidas, além da avaliação dos saberes e especificidades dos educandos. A prática pedagógica: organização e planejamento 13 Os resultados das avaliações realizadas devem ser devidamente registrados, para que possam subsidiar o planejamento das ações. O planejamento também requer que se leve em consideração as propos- tas apresentadas pela BNCC para a educação infantil, sem perder de vista os eixos estruturantes do trabalho pedagógico, os campos de experiências e os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Assim, o planejamento deve se concretizar pela proposição de uma rotina em que estejam previs- tas atividades estruturantes do trabalho nessa etapa da educação básica (como acolhimento, higiene, alimentação e repouso), bem como diferentes modalidades organizativas para que a interação com diferentes objetos de conhecimento seja oportuniza às crianças. Referências BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: http:// basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf.Acesso em: 2 out. 2021. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. Dis- ponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf. Acesso em: 2 out. 2021. FARIAS, I. M. S. et al. Didática e docência: aprendendo a profissão. Brasília: Liber livros, 2011. FERREIRA, F. Guia completo: o que é rotina na educação infantil? PROESC, 2020. Dispo- nível em: http://www.proesc.com/blog/guia-completo-rotina-na-educacao-infantil/. Acesso em: 2 out. 2021. LERNER, D. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002. OLIVEIRA-FORMOSINHO, J.; PASCAL, C. Documentação pedagógica e avaliação na edu- cação infantil: um caminho para a transformação. Porto Alegre: Penso, 2019. E-book. Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. A prática pedagógica: organização e planejamento14 DICA DO PROFESSOR No planejamento das atividades para a educação infantil, a documentação pedagógica tem grande importância. Os registros, realizados de maneira reflexiva e não burocrática, sobre os processos vivenciados pelas crianças e pelo próprio professor são fontes de informações fundamentais para o planejamento e o replanejamento das ações. Nesta Dica do Professor, você irá conhecer a origem da documentação pedagógica e obter mais elementos para refletir sobre a sua importância na promoção das aprendizagens. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) Na educação infantil, uma das atribuições do professor é a realização do planejamento das atividades. Sobre o planejamento nessa etapa da educação básica, leia as afirmativas a seguir: I. O planejamento é um instrumento importante na medida em que ajuda o professor a organizar suas ações, sem, no entanto, ter qualquer interferência na promoção das aprendizagens. II. O planejamento não deve ser flexível. Uma vez realizado, deve ser cumprido em sua totalidade, sem que nenhuma alteração seja possível. III. A avaliação da realidade na qual as ações educativas serão realizadas e dos saberes das crianças se constitui como ponto de partida para o planejamento. IV. No processo de planejamento, a documentação pedagógica tem um lugar central como fonte de subsídios para o pensar e o repensar das práticas. São corretas as afirmativas: A) I e II. B) II e III. C) III e IV. D) I e III. E) II e IV. 2) Um instrumento muito importante para o planejamento docente é a documentação pedagógica, na medida em que ela fornece informações relevantes que devem ser levadas em consideração na proposição e na implementação das ações educativas. Sobre a documentação pedagógica na educação infantil, é correto afirmar: A) Ela deve ser realizada de maneira reflexiva, contemplando as ações e reflexões docentes, bem como considerações sobre o desempenho das crianças. B) Ela deve ser realizada de maneira a atender às exigências burocráticas estabelecidas pela equipe gestora da escola e pelos órgãos de acompanhamento das ações escolares. C) Ela deve ser realizada de maneira a registrar, de maneira detalhada, apenas as informações referentes ao desempenho apresentado pelas crianças nas diferentes atividades. D) Ela deve ser realizada de maneira a registrar, com o máximo de detalhes, apenas as ações propostas pelos docentes e as reflexões realizadas a partir delas. E) Ela deve ser realizada com detalhes, contemplando aspectos do professor e das crianças, apenas para fins de construção da memória educacional do grupo. No planejamento das práticas educativas a serem propostas para as turmas da educação infantil, diferentes modalidades organizativas do trabalho pedagógico podem ser inseridas, trazendo maior diversidade e dinamismo às ações propostas. 3) Assinale, entre as alternativas a seguir, aquela que retrata uma atividade permanente, proposta por uma professora da educação infantil. A) Uma criança da turma encontrou, no jardim da escola, uma joaninha. Embora não estivesse previsto no planejamento docente a abordagem de qualquer conteúdo relacionado aos bichinhos do jardim, a professora propôs ao grupo uma pesquisa sobre o ciclo de vida da joaninha. B) Uma vez por semana, a professora leva as crianças à biblioteca da escola, para que elas participem de uma contação de histórias organizada pela bibliotecária e escolham um livro do acervo para que realizem o empréstimo. C) Tendo por objetivo a construção do conceito de número, a professora propôs algumas situações de jogo nas quais as crianças precisariam criar estratégias para o registro dos pontos obtidos em cada jogada. D) A fim de colocar os alunos em contato com o gênero textual biografia, a professora planejou diferentes situações nas quais as crianças entrariam em contato com obras da pintora Tarsila do Amaral, que culminariam na exposição das releituras das obras realizadas pelas crianças. E) Um aluno chegou à escola afirmando que não havia comparecido no dia anterior por ter ido ao posto de saúde, para tomar uma vacina. A partir do relato do aluno, a professora abordou a importância das vacinas para a prevenção de doenças. 4) Na proposta apresentada pela BNCC para a educação infantil, a organização dos conteúdos não deve ser realizada de maneira disciplinar, e sim sob a forma de cinco campos de experiências. Esses centros de experiências têm caráter interdisciplinar e devem ser pensados de maneira a oportunizar a construção de novos conhecimentos a partir das interações e brincadeiras. No campo de experiências “O eu, o outro e o nós”, a ênfase do trabalho pedagógico deve recair: sobre as experiências que favorecem a construção de noções espaciais relativas a uma A) situação estática ou a uma situação dinâmica e sobre as experiências em relação ao tempo, favorecendo a construção das noções de tempo físico e cronológico e as noções de ordem temporal e histórica. B) sobre as experiências com a linguagem oral que ampliam as diversas formas sociais de comunicação presentes na cultura humana (conversas, cantigas, brincadeiras de roda, jogos cantados, etc.) e sobre as experiências relacionadas à leitura e à escrita. C) sobre as experiências das crianças com as diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas, incluindo o contato com a linguagem musical e as linguagens visuais, com foco estético e crítico. D) sobre as experiências relacionadas à construção da identidade e da subjetividade, às aprendizagens e às conquistas de desenvolvimento relacionadas à ampliação das experiências de conhecimento de si mesmo e à construção de relações com os professores e colegas. E) sobre as experiências das crianças em situações de brincadeiras, nas quais exploram o espaço com o corpo e as diferentes formas de movimentos, construindo referenciais de orientação em relação a pontos determinados. A proposição de uma rotina nas classes da educação infantil é muito importante. Sobre a rotina nessa etapa da educação básica, leia as afirmativas a seguir: I. As rotinas devem prever apenas as práticas que são comuns a todos os grupos etários da educação infantil, como o acolhimento, a higiene, a alimentação e o repouso. II. As rotinas permitem o desenvolvimento da autonomia infantil. Na medida em que sabem o que acontecerá, as crianças demandam menos ajuda dos adultos. III. Nas rotinas devem estar previstas as atividades que acontecem com periodicidades diferentes. IV. No estabelecimento das rotinas, é importante que sejam realizados combinados 5) com ascrianças, para que elas tenham participação ativa em diferentes momentos. São verdadeiras as afirmativas: A) I, II e III. B) II, III e IV. C) I, III e IV. D) I e IV. E) II e III. NA PRÁTICA Na proposta da BNCC para a educação infantil estão previstos seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento, que devem ser garantidos pelas práticas educativas realizadas nos contextos escolares. O desafio que se estabelece, a partir desse proposta, é que eles sejam efetivamente garantidos no cotidiano escolar. Neste Na Prática, você vai ver como o direito de participar foi garantido em uma escola de educação infantil paranaense a partir da proposição de um projeto multidisciplinar que teve como tema a alimentação saudável. SAIBA + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Importância do brincar no desenvolvimento infantil – Conexão – Canal Futura A brincadeira é concebida, na BNCC, como um dos eixos estruturantes do trabalho pedagógico e, ao mesmo tempo, um direito de aprendizagem e desenvolvimento. Para saber mais sobre a importância do brincar no desenvolvimento infantil, assista a este vídeo. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Diários de aula: um instrumento de pesquisa e desenvolvimento profissional Na documentação pedagógica, os registros feitos pelo professor sobre sua própria ação e sobre as reflexões realizadas a partir dela se constituem como um importante instrumento de formação continuada. Para saber mais sobre os “diários de aula”, como são chamados esses registros pelo educador Miguel Zabalza, leia este livro. Planejamento na educação infantil: como aliar a BNCC às vivências com as crianças Para ampliar seus conhecimentos sobre como aliar a BNCC às vivências com as crianças no planejamento de atividades para a educação infantil, leia o artigo a seguir. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
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