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TEMA 4- Conteúdo e Metodologias da Educação Infantil

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DESCRIÇÃO
Os eixos norteadores na educação infantil, as interações e a brincadeira, fundamentados pelos
direitos de aprendizagem.
PROPÓSITO
Compreender os eixos e campos de experiências que compõem o currículo na educação infantil,
assim como os direitos de aprendizagem das crianças e os campos de experiências para que a
prática educativa garanta os princípios básicos para o seu desenvolvimento integral, aspectos
essenciais aos profissionais que atuarão na área.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos as Diretrizes Curriculares Nacionais para
Educação Infantil e a Base Nacional Comum Curricular para a educação infantil para entender as
bases da formação do currículo nesta etapa da educação.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer os eixos norteadores da educação infantil
MÓDULO 2
Distinguir aspectos referentes aos direitos de aprendizagem das crianças segundo a Base Nacional
Comum Curricular (BNCC)
MÓDULO 3
Identificar os campos de experiências que compõem o currículo da educação infantil
MÓDULO 4
Definir aspectos referentes à relação família e escola na educação infantil
INTRODUÇÃO
Neste tema, vamos aprender, primeiramente, que a educação infantil tem propostas curriculares,
respeitando as legislações e princípios educativos que reconhecem a infância das crianças. A
educação das crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) anos tem especificidades, direitos de aprendizagem,
campos de experiências e eixos norteadores que devem ser pautados nos planejamentos, projetos e
práticas pedagógicas.
As instituições de ensino devem assumir um compromisso pedagógico com as crianças,
reconhecendo seus direitos e saberes para a promoção de práticas de socialização, cuidado,
escuta, brincadeiras, interações que levem estes sujeitos a se desenvolverem integralmente.
MÓDULO 1
 Reconhecer os eixos norteadores da educação infantil
EIXOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
INFANTIL: AS INTERAÇÕES E A
BRINCADEIRA
INTRODUÇÃO A IDEIA DE EIXOS
NORTEADORES
Assista ao vídeo sobre eixos norteadores da educação infantil com a professora Camila Machado de
Lima:
CURRÍCULO NA EDUCAÇÃO INFANTIL:
ASPECTOS GERAIS
Por muito tempo se entendeu que o conteúdo da educação infantil para as crianças pequenas
deveria se pautar somente em exercícios de repetições para coordenação motora fina e grossa,
aprendizagens de cores, formas geométricas, números, letras e dimensões de objetos fora de
contextos reais, datas comemorativas, “cobrir pontinhos” e desenhos prontos, especificamente na
pré-escola. Na creche, o foco estaria na assistência, nas rotinas de alimentação, banho, sono e
cuidados pessoais. Ainda é possível encontrar instituições de ensino e práticas pedagógicas que
consideram que o currículo da educação infantil é formado por tais aspectos, com foco em treinar as
crianças para o ensino fundamental, deixando de lado o que elas precisam desenvolver
integralmente.
ENTÃO, AFINAL, O QUE É O CURRÍCULO NA
EDUCAÇÃO INFANTIL?
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI) (BRASIL, 2009), o
currículo é compreendido como um:
CONJUNTO DE PRÁTICAS QUE BUSCAM ARTICULAR
AS EXPERIÊNCIAS E OS SABERES DAS CRIANÇAS
COM OS CONHECIMENTOS QUE FAZEM PARTE DO
PATRIMÔNIO CULTURAL, ARTÍSTICO, AMBIENTAL,
CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO, DE MODO A PROMOVER
O DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DE CRIANÇAS DE 0
A 5 ANOS DE IDADE.
(BRASIL, 2009)
Além disso, este documento afirma que a centralidade do planejamento curricular é a criança, pois
ela é um sujeito histórico e de direitos que, por meio das interações do cotidiano, constrói sua
identidade pessoal e coletiva, imagina, brinca, cria, questiona, se expressa, experiencia, observa,
inventa, deseja e concebe sentidos acerca da sociedade, da natureza, das relações, produzindo
cultura (BRASIL, 2009).
A educação infantil, enquanto primeira etapa da educação básica, é a responsável pelo início do
processo educativo das crianças em:
CRECHES
(0 a 3 anos de idade)
PRÉ-ESCOLAS
(4 a 5 anos de idade)
A educação infantil é dever do Estado e direito da criança, resguardado legalmente pela
Constituição Federal de 1988. Nas últimas décadas, os estudos e pesquisas do campo da
educação vêm defendendo a indissociabilidade, na educação infantil, do cuidar e do educar. Se
entendemos o cuidado enquanto respeito e atenção a si e ao outro (envolvendo as diferentes
culturas, hábitos de alimentação, higiene, atitudes), e o educar como troca e construção coletiva de
conhecimentos, não há como separar as práticas de cuidado pessoal, por exemplo, das relações e
sentidos educativos que também estão implicados nestes contextos. Educar e cuidar também é
currículo da educação infantil.
Foto: Shutterstock.com.
Por exemplo, a alimentação. A rotina das crianças na educação infantil envolve momentos dedicados
à alimentação: colação, almoço, lanche. Alimentar-se na escola tem uma relação totalmente diferente
do ato de alimentar-se em casa, com sua família. Na escola, as crianças são incentivadas a criar
autonomia para comer sozinha, a compartilhar aquele momento com outras crianças e adultos, a
respeitar o coletivo, a ter contato com as pessoas que preparam a comida. A criança também vai
observando os seus pares e sua curiosidade pode ser despertada ao experimentar determinados
alimentos porque viu o outro comendo e gostando. Portanto, a alimentação é um ato de cuidado,
saúde, bem-estar e nutrição do corpo, mas é também educativa nas relações e intencionalidades
pedagógicas que atravessam o momento da refeição.
 RESUMINDO
Devemos compreender que o currículo na educação infantil não deve se pautar por lista de conteúdo,
mas pela aprendizagem e desenvolvimento das crianças pelos afetos, cuidados, brincares,
interações, gostos, interesses, culturas, perguntas, gestos e percepções que vão dando sentido às
práticas educativas. Como dito nas Diretrizes Curriculares, o centro do currículo nesta etapa da
educação é a criança em toda sua potencialidade, histórias e singularidades.
AS INTERAÇÕES E A BRINCADEIRA
As Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil (BRASIL, 2009), em seu artigo 9º, explicitam que
os eixos norteadores do trabalho pedagógico para esta etapa de ensino são as interações e a
brincadeira. Interagindo, as crianças aprendem, se desenvolvem, se relacionam entre seus pares e
com os adultos, se comunicam nestes encontros, fazendo uso de diferentes formas com seu corpo e
outros recursos. A intencionalidade do trabalho pedagógico na educação infantil deve cuidar dessas
relações para criar um ambiente seguro, acolhedor e instigante para as interações.
Na escola de educação infantil, os espaços, materiais e propostas devem ser planejados e
organizados para promover interações potentes entre as crianças e entre crianças e adultos. O papel
do educador está também em ser partícipe dessas interações, mas, sobretudo, de considerá-las
como eixo norteador de seu trabalho docente. Ou seja, potencializar interações, interagir e observar
como as crianças constroem suas relações, seus modos de estar e ser no cotidiano.
Foto: Shutterstock.com.
Vale destacar que nem sempre as interações entre as crianças são amigáveis. Os conflitos e
desentendimentos que surgem nas relações também são importantes para o desenvolvimento delas
e para a construção de sua identidade pessoal. Ao reconhecermos as interações como fio condutor
dos processos educativos, valorizamos o binômio pessoal-coletivo, entendendo-o como fundamental
para que as crianças se constituam como sujeitos. Quando falamos de interação, ela pode acontecer
de diversas maneiras. Não temos condições de listar suas possibilidades, mas ressaltamos que não
existe educação sem interação entre sujeitos, entre sujeitos e ambiente, entre sujeitos e espaços e
materiais.
INTERAGIR É UMA NECESSIDADE HUMANA.
Um bebê ao nascer já se comunica com o choro, gestos, olhares com as pessoas ao seu redor,
observa e sente o ambiente, os objetos e se manifesta com seu corpo. Com o tempo,a criança
desenvolve outros modos de interação e de vínculos. A instituição escolar é, por vezes, o lugar onde
as crianças vão construir outras conexões interpessoais para além do âmbito familiar e se deparar
com diferenças raciais, culturais, sociais e de gênero de uma maneira mais próxima.
A atuação docente a partir de escuta e atenção sensíveis a estas interações poderá mediar
questões e tensões que podem aparecer entre as crianças, principalmente no que diz respeito a
reprodução do racismo e de preconceitos tão presentes, ainda, em nossa sociedade.
As interações são fontes importantes para o planejamento docente e para a construção do currículo
daquela turma, porque, sim, cada grupo de crianças é singular e as propostas a serem oferecidas
devem dialogar e se contextualizar com o que ali se apresenta.
Foto: Joa Souza/ Shutterstock.com.
E a brincadeira?
Um dos modos mais singulares da infância é o brincar. Não há trabalho pedagógico de qualidade na
educação infantil se o brincar não ocupa lugar de destaque, juntamente às interações. A brincadeira
é inerente à infância e às crianças. Ao falar de currículo educacional para crianças pequenas e a
garantia de seus direitos, o brincar não pode ser ignorado ou ser entendido enquanto “o dia do
brinquedo” ou “a hora de brincar”. Para as crianças, brincar é coisa séria. Quando levamos as
crianças a sério, enquanto sujeitos culturais e de direitos, a educação infantil não pode deixar de ter
a brincadeira como um de seus eixos norteadores.
Em muitas realidades, o brincar é relegado a uma instância com menos importância no cotidiano
escolar. Contudo, é brincando que as crianças recriam, ressignificam, representam e interpretam a
realidade em que vivem. No faz-de-conta elas inventam enredos com repertório de suas experiências
sociais e culturais, narram histórias e acrescentam novos elementos para o mundo real e imaginário.
O brincar pode ser livre, à escolha das crianças, com os recursos, materiais e espaços que elas
desejarem, mas também pode ser intencional e planejado pelos professores e professoras que, a
partir dos objetivos pedagógicos, interesses e contextos da turma, propõem e participam das
experiências brincantes, com materiais educativos, alinhavos, encaixes, jogos, brincadeiras com
palavras, cartas, textos ou água, terra, folhas etc.
As possibilidades são infinitas porque o brincar também faz parte da natureza humana. Segundo
Ortiz e Carvalho (2012), o ato de brincar tem como uma de suas funções primordiais a vinculação à
cultura. Os modos como as crianças brincam, os brinquedos utilizados, as músicas cantadas, os
personagens, todos estes aspectos fazem parte de um contexto cultural em que a criança interage.
Por contexto cultural, não tratamos especificamente de culturas distintas fora do país, ou de regiões
mais afastadas. Encontramos no próprio grupo da turma realidades culturais distintas que podem
enriquecer as interações entre as crianças, a partir da mediação, reconhecimento e valorização que
os educadores e a escola dão a estes vínculos com a cultura (repertório musical, de dança, de
palavras e maneiras de falar, costumes etc.).
 ATENÇÃO
É importante que as crianças tenham contato com a diversidade cultural desde cedo, para ampliação
de seu repertório e da capacidade de responder, pensar e compreender diferentes desafios das
relações sociais.
A brincadeira não requer necessariamente um brinquedo. Para as crianças, diferentes materiais ao
seu alcance podem se tornar brinquedos: potes variados, bacias, elementos da natureza, papéis,
tecidos etc.
É fundamental destacar que “a criança que brinca é uma criança saudável” (ORTIZ; CARVALHO, p.
145) e cabe às instituições escolares, de creche e pré-escola, oportunizar brincadeiras e momentos
lúdicos diversificados, para que cada criança encontre neste ambiente canais de expressão,
comunicação, alegria e acolhimento.
 RESUMINDO
Interações e brincadeiras, enquanto eixos que norteiam o trabalho pedagógico das instituições de
educação infantil, também reforçam o sujeito docente como aquele que também brinca e interage
com as crianças. O(a) professor(a) é participante ativo desses processos, é observador das
relações, mas também é propositor e mediador com as crianças.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ESTUDAMOS QUE A FORMAÇÃO DO CURRÍCULO NA EDUCAÇÃO LEVA
EM CONSIDERAÇÃO PRINCÍPIOS QUE DIALOGAM COM OS DIREITOS DAS
CRIANÇAS, TENDO EM VISTA QUE ELAS SÃO A CENTRALIDADE DAS
PRÁTICAS EDUCATIVAS. DENTRE OS ASPECTOS VISTOS NO PRIMEIRO
MÓDULO, QUAL ALTERNATIVA NÃO CORRESPONDE À FORMAÇÃO DO
CURRÍCULO PARA A PRIMEIRA ETAPA DA EDUCAÇÃO BÁSICA:
A) Interações.
B) Brincadeira.
C) Cuidar e educar.
D) Desenvolvimento integral.
E) Treinamento e preparação para o ensino fundamental.
2. QUAL DOCUMENTO LEGAL APONTA QUE OS EIXOS NORTEADORES DAS
PRÁTICAS EDUCATIVAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL SÃO AS INTERAÇÕES E A
BRINCADEIRA?
A) Base Nacional Comum Curricular.
B) Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
C) Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
D) Constituição Federal.
E) Parâmetros Curriculares Nacionais.
GABARITO
1. Estudamos que a formação do currículo na Educação leva em consideração princípios
que dialogam com os direitos das crianças, tendo em vista que elas são a centralidade das
práticas educativas. Dentre os aspectos vistos no primeiro módulo, qual alternativa não
corresponde à formação do currículo para a primeira etapa da educação básica:
A alternativa "E " está correta.
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (BRASIL, 2009), o currículo é
compreendido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das
crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico
e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de zero a cinco anos de
idade (Artigo 3º).
2. Qual documento legal aponta que os eixos norteadores das práticas educativas da
educação infantil são as interações e a brincadeira?
A alternativa "C " está correta.
As Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil (BRASIL, 2009), em seu artigo 9º, explicitam que
os eixos norteadores do trabalho pedagógico para esta etapa de ensino são as interações e a
brincadeira.
MÓDULO 2
 Distinguir aspectos referentes aos direitos de aprendizagem das crianças segundo a
Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
DIREITOS DE APRENDIZAGEM NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
DIREITOS DE APRENDIZAGEM? POR QUÊ?
Assista ao vídeo sobre o direito de aprendizagem com a professora Camila Machado de Lima:
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a educação infantil, enquanto primeira
etapa da educação básica, tem seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento que devem ser
garantidos nas práticas pedagógicas. Estes direitos fazem relação com os eixos norteadores
“interações e brincadeiras”, pautados nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil
(BRASIL, 2009), que vimos no módulo anterior. Mas, antes de entendermos melhor o que significa
direitos de aprendizagem, vamos conhecer um pouco sobre a BNCC.
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR:
ASPECTOS GERAIS
A Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017) é um documento normativo, homologado em
2017, que trata do conjunto de aprendizagens fundamentais, de modo orgânico e progressivo, que
todos os estudantes da educação básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio)
devem desenvolver a fim de que seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento sejam
garantidos.
Os marcos legais que embasam a BNCC são:

1988
A Constituição Federal.
1996
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9.394/96).


2010
As Diretrizes Curriculares Gerais para a Educação Básica.
2014
O Plano Nacional de Educação.

O QUE SIGNIFICA “DIREITOS DE
APRENDIZAGEM”?
Os direitos elencados na BNCC dizem respeito às condições principais para que as crianças
aprendam desenvolvendo-seativamente, bem como são direitos que as convidam a experienciar
desafios em ambientes favoráveis que as ajudem a construir significados a respeito de si mesma, os
outros e o mundo ao seu redor.
 ATENÇÃO
Os direitos de aprendizagem e desenvolvimento dialogam com uma concepção de infância que
compreende a criança enquanto sujeito ativo, social e produtor de cultura. Isso significa que a criança
não deve ser considerada como mera receptora de valores, comportamentos e práticas; contudo,
como ser que age e cria sobre o que recebe dos meios sociais. Os direitos, portanto, se articulam à
ideia de que a educação infantil, enquanto primeira etapa da educação básica, deve garantir e zelar
por aprendizagens e desenvolvimento das crianças potencializando características fundamentais da
infância.
Os direitos de aprendizagem e desenvolvimento, segundo a BNCC, são: Conviver, Brincar,
Participar, Explorar, Expressar e Conhecer-se. Vamos refletir sobre cada um deles, lembrando que,
como visto no módulo anterior, os eixos norteadores da educação infantil são as interações e a
brincadeira e, neste sentido, os direitos de aprendizagem fortalecem e complementam estes pontos.
 Clique nas setas para ver o conteúdo. Objeto com interação.
Foto: Shutterstock.com.
Conviver
Está intrinsecamente relacionado ao direito das crianças a convivência com outras pessoas, a
desenvolver a sua identidade a partir do encontro com o outro, a vivenciar situações de
aprendizagem no coletivo e na diferença. Sendo assim, este direito também diz respeito aos
aspectos culturais e sociais, gênero, raça, classe social, idade. Tal diversidade acompanhada de
mediação pedagógica pode proporcionar às crianças modos de ser, estar e compreender o mundo
pautados em valores que reconhecem as diferenças enquanto potência. A escola é um espaço de
coletividade capaz de auxiliar crianças e adultos a conviverem de maneira ética e respeitosa com as
demais pessoas. E, em se tratando de educação infantil, as instituições devem estar atentas a
promover igualdade de oportunidades a todas as crianças.
Foto: Joa Souza/ Shutterstock.com.
Brincar
Dimensão inerente à infância. O direito ao brincar é a garantia de respeito à característica
fundamental das crianças: imaginar, fantasiar, criar. O brincar favorece possibilidades infinitas de
vidas, histórias e narrativas. O que é uma criança sem brincar? Ao brincar, elas expressam suas
ideias, emoções, desejos, reproduzem comportamentos, mas também recriam o “mundo real”. Este
direito afirma a necessidade de alimentar a infância com experiências brincantes. Como
aprendemos no módulo anterior, a brincadeira merece destaque no fazer pedagógico. Brincar é
cuidar, brincar é aprender, brincar é interagir, brincar é educar. Uma educação infantil de qualidade
precisa ser atravessada, principalmente, pela brincadeira e suas dimensões culturais, integradoras e
formativas.
Foto: Shutterstock.com.
Participar
As propostas pedagógicas para as crianças da educação infantil devem privilegiar a participação
delas, com as demais crianças e adultos, no planejamento, na organização das rotinas, dos
espaços, das propostas, das brincadeiras. Ou seja, é fundamental oportunizar que a criança ajude a
tomar decisões e a fazer escolhas no coletivo de sua turma, bem como na realização de ações do
cotidiano. Como dito nas DCNEI, as crianças são o centro do planejamento curricular. Portanto,
garantir a participação delas as coloca como sujeitos ativos dos processos educativos. O papel do
educador está, então, em criar situações nas quais as crianças se posicionem, questionem,
negociem e sugiram com ideias para o cotidiano escolar.
Foto: Shutterstock.com.
Explorar
Trata-se do direito da criança a desenvolver-se em um ambiente que permita a exploração de sons,
objetos, materiais, movimentos, histórias, cores, texturas, inúmeras possibilidades de descobertas e
em diferentes meios seja na natureza, com livros ou com a tecnologia. O trabalho pedagógico da
educação infantil envolve múltiplas linguagens (escrita, literária, artística, musical, corpórea,
tecnológica, natureza, matemática etc.) que já são parte de nosso cotidiano social. No entanto, é na
escola que estas experimentações podem ganhar outros sentidos, tendo em vista o planejamento,
participação e intencionalidades educativas.
Foto: Shutterstock.com.
Expressar-se
Proporcionar um ambiente do qual a criança possa expressar e compartilhar suas ideias,
sentimentos, escolhas, perguntas, opiniões através de diferentes linguagens (oral, musical, artística,
corporal). Cada criança tem sua história e particularidades. O modo como cada uma se expressa é
diferente e singular, e a escola deve oportunizar meios para que as crianças se manifestem,
coloquem para os outros suas palavras, seus corpos, suas cores, suas artes, seus questionamentos.
As crianças certamente se sentem mais seguras e potencializadas quando percebem que suas
expressões são reconhecidas e valorizadas no coletivo.
Foto: Golfpotter/ Shutterstock.com.
Conhecer-se
Diz respeito à construção da identidade por meio de interações e acesso a imagens positivas de
seu grupo de pertencimento e de outros grupos, bem como em relação aos ambientes familiar,
sociais e culturais que também compõem a instituição escolar. Nas interações e brincadeiras, as
crianças convivem, participam, brincam, se expressam, exploram, e estes direitos de aprendizagem
contribuem para que elas possam se conhecer individualmente, na sua comunidade, na sua família e
no âmbito escolar.
A BNCC, neste sentido, quando aponta tais direitos de aprendizagem, ressalta a importância da
intencionalidade educativa das práticas pedagógicas na educação infantil. Esta intencionalidade
diz respeito ao planejamento das ações educativas tendo em vista a oferta de proposições que
permitam às crianças conviver, brincar, participar, explorar, expressar-se e conhecer-se nas relações
consigo mesmo, com o outro, com a natureza, a tecnologia, as culturas, a literatura, nas práticas de
cuidados pessoais, experimentações e encontros.
O trabalho dos docentes, então, se caracteriza e se potencializa nas decisões e escolhas que fazem
na articulação de seus saberes pedagógicos, o compromisso com os direitos de aprendizagens das
crianças e a participação delas na construção de um cotidiano que reconhece as infâncias.
É preciso acompanhar o desenvolvimento das crianças por meio de observações e registros das
trajetórias delas na turma, na escola, suas conquistas, desafios, aprendizagem etc. O sentido
avaliativo na educação infantil não tem caráter classificatório ou de seleção, mas de visibilizar (para
famílias e para a própria instituição escolar) por meio de fotografias, relatórios, portfólios, desenhos,
meios digitais e audiovisuais os caminhos percorridos pelas crianças.
No final da trajetória da educação infantil, as crianças terão desenvolvido aspectos importantes no
sentido emocional, cognitivo, físico e social junto à ação da família e da comunidade.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. CONFORME A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR, NA EDUCAÇÃO
INFANTIL DEVEM SER GARANTIDOS OS DIREITOS DE APRENDIZAGEM DAS
CRIANÇAS. MARQUE A ALTERNATIVA INCORRETA, NO QUE DIZ RESPEITO
AOS DIREITOS QUE APRENDEMOS AQUI.
A) Conviver, participar e expressar são alguns dos direitos de aprendizagem para a educação
infantil.
B) Brincar, conhecer-se e explorar são eixos norteadores da educação infantil.
C) Os direitos dizem respeito às condições principais para que as crianças aprendam
desenvolvendo-se ativamente.
D) Os direitos de aprendizagem dialogam com uma concepção de infância que compreende a
criança enquanto sujeito ativo, social e produtor de cultura.
E) Os direitos de aprendizagem se relacionam com os eixos norteadores da educação infantil.
2. SEGUNDO A BNCC, OS DIREITOS DE APRENDIZAGEM NÃO CONFINAM O
ATO DE APRENDER PELAS CRIANÇAS COMO PROCESSO NATURAL E
ESPONTÂNEO, MAS QUE REQUER UMA INTENCIONALIDADE EDUCATIVA.DENTRE AS ALTERNATIVAS, QUAL MELHOR DEFINE O QUE É ESTA
INTENCIONALIDADE?
A) Intencionalidade educativa diz respeito ao planejamento das ações educativas tendo em vista a
oferta de proposições que permitam às crianças seus direitos de aprendizagem.
B) Intencionalidade educativa se refere ao desejo da criança pelas aprendizagens oferecidas pela
escola.
C) Intencionalidade educativa significa uma prescrição de conteúdos que compõem o currículo da
educação infantil.
D) Intencionalidade educativa se refere aos objetivos para avaliação do processo de aprendizagem
das crianças.
E) Intencionalidade educativa diz respeito a permitir às crianças seus direitos específicos de
aprendizagem, sem riscos de distrações, como brincadeiras ou utilização de tecnologias, por
exemplo.
GABARITO
1. Conforme a Base Nacional Comum Curricular, na educação infantil devem ser garantidos
os direitos de aprendizagem das crianças. Marque a alternativa incorreta, no que diz
respeito aos direitos que aprendemos aqui.
A alternativa "B " está correta.
Os direitos de aprendizagem e desenvolvimento, segundo a BNCC, são: conviver, brincar, participar,
explorar, expressar e conhecer-se.
2. Segundo a BNCC, os direitos de aprendizagem não confinam o ato de aprender pelas
crianças como processo natural e espontâneo, mas que requer uma intencionalidade
educativa. Dentre as alternativas, qual melhor define o que é esta intencionalidade?
A alternativa "A " está correta.
Intencionalidade educativa diz respeito ao planejamento das ações educativas tendo em vista a
oferta de proposições que permitam às crianças conviver, brincar, participar, explorar, expressar-se e
conhecer-se nas relações consigo mesmo, com o outro, com a natureza, a tecnologia, as culturas, a
literatura, nas práticas de cuidados pessoais, experimentações e encontros.
MÓDULO 3
 Identificar os campos de experiências que compõem o currículo da educação infantil
OS CAMPOS DE EXPERIÊNCIA NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
OUVIR, VER, EXPERIMENTAR A EDUCAÇÃO
INFANTIL
Assista ao vídeo sobre os campos da experiência na educação infantil com a professora Camila
Machado de Lima:
Os eixos norteadores das práticas educativas para a educação infantil, as interações e a
brincadeira, asseguram às crianças os direitos de aprendizagem que acabamos de conhecer.
Partindo destes aspectos, a BNCC estrutura cinco campos de experiência para o currículo desta
etapa da educação básica.
São eles:
Imagem: Laíza Cabral
Segundo o documento:
OS CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS CONSTITUEM UM
ARRANJO CURRICULAR QUE ACOLHE AS SITUAÇÕES
E AS EXPERIÊNCIAS CONCRETAS DA VIDA COTIDIANA
DAS CRIANÇAS E SEUS SABERES, ENTRELAÇANDO-
OS AOS CONHECIMENTOS QUE FAZEM PARTE DO
PATRIMÔNIO CULTURAL.
(BRASIL, 2017, p.40)
E, aqui, é importante chamar a atenção para o que vem à nossa mente quando pensamos em
conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural.
 ATENÇÃO
Muitas vezes, a relação que estabelecemos com os conhecimentos compreendidos como
curriculares, ou seja, que vão compor e atravessar as práticas e planejamentos pedagógicos, não se
aproximam ou reconhecem os saberes africanos, afro-diaspóricos, indígenas e populares. Deste
modo, as Leis 10.639/03 e 11.645/08, que tratam da obrigatoriedade do ensino da história das
culturas africanas e indígenas, são de fundamental importância também na educação infantil, vide os
direitos de aprendizagem que pautam a convivência, o conhecer-se, o explorar.
Neste sentido, os campos de experiências também precisam garantir possibilidades de diálogo com
arcabouço de saberes que constituem a nossa história social e cultural e que, geralmente, continuam
não ocupando lugares de destaque nos currículos escolares.
Dito isto, faz-se necessário também pensar acerca do que significa experiência. Em se tratando de
educação infantil, infância e crianças, devemos observar que a experiência precisa ser
compreendida por meio dos direitos de aprendizagem. Não se trata de criar um ambiente de
experimento, pura e simplesmente, como categoria sentidos: ouvir, ver, tocar, cheirar, sentir. Mas,
principalmente, que as experiências façam sentido para aquele coletivo de crianças, experiências
que se articulam com seus desejos, interesses, contextos e que abram possibilidades para novas
descobertas, mediante as interações e as brincadeiras.
QUAL É O PAPEL DO EDUCADOR EM RELAÇÃO À
EXPERIÊNCIA?
 RESPOSTA
O papel do educador está, desse modo, implicado na mediação, seleção, organização e,
especialmente, na escuta sensível e atenção interessada às crianças, seus movimentos, gestos,
brincares, afetos, histórias de vida, para oportunizar uma pluralidade de experiências. Pluralidade
não significa quantidade de propostas e experiências, contudo diversidade capaz de entrelaçar os
eixos norteadores, os direitos de aprendizagem e os campos de experiências. A qualidade dessa
pluralidade deve corresponder a estes princípios.
Vale destacar ainda que os campos de experiências não devem ser interpretados enquanto
disciplinas específicas e isoladas. Contudo, como conjuntos de saberes, práticas e elementos e
contextos que se interligam e se relacionam quebrando a barreira da compreensão do conhecimento
como algo isolado.
Agora, vamos entender o que compõe cada campo de experiência.
O EU, O OUTRO E O NÓS
Na convivência e interação com seus pares e adultos, na escola, as crianças constroem suas
identidades, suas maneiras de ser, estar e compreender o mundo ao seu redor. É a partir e com
estas relações que elas vão tecendo questionamentos, percepções, ideias acerca de si própria e do
outro, da família e demais seres humanos que se relaciona.
Além disso, vão notando as diferenças entre estes sujeitos, as diferenças sociais, individuais e se
comportando mediante as situações coletivas. A criança é um ser participante destas interações e
relacionamentos e, nestes espaços sociais, desenvolve cuidado de si, do outro, autonomia e
parceria, interdependência e solidariedade, reciprocidade, sentimentos.
Foto: Shutterstock.com.
E, conforme afirma a BNCC:
NA EDUCAÇÃO INFANTIL, É PRECISO CRIAR
OPORTUNIDADES PARA QUE AS CRIANÇAS ENTREM
EM CONTATO COM OUTROS GRUPOS SOCIAIS E
CULTURAIS, OUTROS MODOS DE VIDA, DIFERENTES
ATITUDES, TÉCNICAS E RITUAIS DE CUIDADOS
PESSOAIS E DO GRUPO, COSTUMES, CELEBRAÇÕES
E NARRATIVAS.
(BRASIL, 2017, p. 40)
CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS
As crianças, desde muito cedo, exploram o mundo por meio do corpo. Olhares, gestos, escuta,
movimentos, entre outras experimentações corporais que as ajudam a perceber o mundo em que
vivem.
Foto: Shutterstock.com.
Mas não se trata apenas de experimentações para descobrir materiais ou objetos. Vai muito além
disso: as crianças se expressam pelo corpo, manifestam suas vontades, desejos, insatisfações,
sentimentos, danças com movimentos coordenados ou não. Aos poucos elas vão se dando conta da
sua corporeidade, inscrevendo seu corpo neste mundo e nas relações que estabelecem com os
outros e nos ambientes. Brincam com o corpo, procuram entender seu funcionamento, suas
possibilidades e desafios, limites e potencialidades. E, por conseguinte, desenvolvendo senso de
perigo e segurança.
Portanto, na educação infantil, o corpo não tem lugar de receptor, mas de ação, autoria, participação.
Segundo a BNCC:
O CORPO DAS CRIANÇAS GANHA CENTRALIDADE,
POIS ELE É O PARTÍCIPE PRIVILEGIADO DAS
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE CUIDADO FÍSICO,
ORIENTADAS PARA A EMANCIPAÇÃO E A LIBERDADE,
E NÃO PARA A SUBMISSÃO.
(BRASIL, 2017, p. 41)
E QUAL É O PAPEL DA ESCOLA EM RELAÇÃO À
CORPOREIDADE DAS CRIANÇAS?
 RESPOSTA
Proporcionar experiências nas quais o corpo seja animado pelo espírito da ludicidade na interação
com os demais sujeitos, explorando movimentos e descobrindo maneiras de colocar o corpo como
parte importante da ocupação do espaço escolar.
TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS
Onde estão os traços, sons, cores e formas no cotidiano social em que vivemos? Em se tratando de
educação infantil, muitas vezes estecampo de experiência pode ser entendido de maneira muito
superficial, sendo relacionado às propostas antigas e ainda atuais de “cobrir pontinhos” e nomear
formas geométricas, por exemplo. Entretanto, traços, sons, cores e formas são as bases para as
diversas manifestações artísticas, culturais e científicas. Reduzir este aspecto a exercícios de
treinamento e memorização é ignorar a infância das crianças, bem como desvalorizar as artes em
geral.
Este campo de experiência abrange as artes plásticas, visuais, a música, o teatro, a dança e o
audiovisual. As crianças podem desenvolver potencialidades artísticas, perceber na arte uma
maneira de expressar-se, conhecer-se e participar dos meios sociais; elas podem produzir sozinhas
ou coletivamente, manipular objetos como argila, massa de modelar, tintas e criar algo inédito e
ainda podem fazer uso das tecnologias para inventar outras artes.
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As crianças além de autores, são apreciadores das artes, e na educação infantil se deve promover o
desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade e da expressão pessoal das crianças
(BRASIL, 2017, p. 41).
ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E
IMAGINAÇÃO
Na educação infantil, é fundamental oportunizar às crianças experiências nas quais elas possam falar
e escutar, expressar-se oralmente participando da cultura oral tão rica também em sociedades
tradicionais (africanas, indígenas), bem como na contação de histórias. Escuta e fala se fazem
presentes nas conversas, nas negociações, nas cantigas, brincadeiras, de modo que a criança
individual ou coletivamente vai se constituindo sujeito no coletivo. As situações comunicativas já
existem desde o nascimento das crianças e vão se potencializando nas práticas cotidianas: sorriso,
choro, balbucios, olhares, movimentos corporais que trazem mensagens, interagem com o meio e
com os sujeitos ao seu redor. Com o passar do tempo as crianças ampliam seu vocabulário na língua
materna, bem como desenvolvem outras maneiras de se comunicar e interpretar.
Escuta, fala, pensamento e imaginação também dizem respeito aos acervos escritos, às múltiplas
linguagens etc.
Na educação infantil, o trabalho pedagógico com a língua escrita deve se pautar em proporcionar o
estímulo, interesse e curiosidade das crianças pela leitura, textos e livros. A experiência literária, por
exemplo, é capaz de promover a familiaridade com os livros, ampliação do vocabulário e de
repertório imaginativo e criativo.
Foto: Shutterstock.com.
No aspecto formal da cultura escrita, as crianças já estão imersas em uma sociedade letrada, na
qual, de diferentes modos e aos poucos elas vão escrevendo, construindo hipóteses sobre a escrita
e compreendendo seus usos. Neste aspecto, a educação infantil tem o objetivo de favorecer
experiências para que as crianças no contato lúdico, literário, contextualizado com os diferentes
gêneros literários, sejam instigadas a ampliar suas hipóteses sobre a escrita e as diversas
compreensões do mundo.
ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES,
RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES
As crianças estão inseridas e são participantes de uma sociedade que se organiza por diferentes
espaços, tempos e relações. Além disso, elas demonstram curiosidades e interesses a respeito do
mundo físico e natural (seu próprio corpo, os fenômenos da natureza, animais, plantas, diferentes
materiais e suas possibilidades de manipulação), bem como acerca do mundo sociocultural
(relações de parentesco, diferenças sociais e culturais, tradições e costumes).
E nessas relações e compreensões que vão tecendo em relação ao mundo que as rodeiam, elas
também se deparam com a linguagem e conhecimentos matemáticos que alimentam a sua
curiosidade: formas geométricas, números, quantidades, comparações de tamanho, pesos e
medidas etc.
 RESUMINDO
Na educação infantil devem ser promovidas experiências nas quais as crianças possam fazer
observações, manipular objetos, investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e
consultar fontes de informação para buscar respostas às suas curiosidades e indagações
(BRASIL, 2017, p. 43) ampliando seus saberes sobre o mundo e possibilitando seus usos no
cotidiano.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. SOBRE OS CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL,
SEGUNDO A BNCC, ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA:
A) Os campos de experiências se relacionam com os eixos norteadores, “as interações e a
brincadeira” e os direitos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças.
B) Os campos de experiências se entrelaçam com múltiplas linguagens das crianças e com os
conhecimentos e saberes compartilhados socialmente.
C) Os campos de experiências são como disciplinas curriculares a serem trabalhadas ao longo do
ano letivo com as crianças em cantos específicos na sala das turmas.
D) Os campos de experiências na educação infantil são: O eu, o outro e o nós; corpo, gestos e
movimentos; traços, sons, cores e formas; escuta, fala, pensamento e imaginação; Espaços, tempos,
quantidades, relações e transformações.
E) Os campos de experiências são um arranjo curricular que acolhe as situações e as vivências
concretas da vida das crianças, articulando-as aos conhecimentos que fazem parte do patrimônio
cultural.
2. DURANTE O MOMENTO DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS, A PROFESSORA
SELECIONA ALGUNS LIVROS E REALIZA UMA VOTAÇÃO ENTRE AS
CRIANÇAS (TURMA DE 5 ANOS). O LIVRO MAIS VOTADO SERIA LIDO PARA
O GRUPO. A TURMA ESTAVA DESENVOLVENDO UM PROJETO SOBRE
CULTURAS E OS TRÊS LIVROS ESCOLHIDOS PELA PROFESSORA DIZIAM
RESPEITO A HISTÓRIA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA. O LIVRO MAIS
VOTADO PELA TURMA FOI UM QUE FALAVA SOBRE ZUMBI DOS
PALMARES. O LIVRO CONTINHA UM RICO ENREDO, AS ILUSTRAÇÕES
AGUÇARAM A CURIOSIDADE DAS CRIANÇAS E VÁRIAS PALAVRAS TINHAM
DESTAQUE. POR FIM, NA RODA, AS CRIANÇAS COMPARTILHARAM SUAS
IMPRESSÕES SOBRE A LEITURA, ALGUMAS SE COMPARAVAM A ZUMBI,
OUTRAS RELATARAM QUE QUERIA CRIAR UMA BRINCADEIRA SOBRE
ZUMBI DOS PALMARES. ESTE GRUPO DE CRIANÇAS CRIOU UM PIQUE-
PEGA NO QUAL ZUMBI DOS PALMARES, O HERÓI DA HISTÓRIA, TERIA QUE
DEFENDER SEU POVO. A PROFESSORA FEZ A MEDIAÇÃO DA CONVERSA E
BRINCOU COM AS CRIANÇAS.
A SITUAÇÃO DESCRITA SE RELACIONA MAIS COM QUAIS CAMPOS DE
EXPERIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL?
A) Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações; O eu, o outro e o nós.
B) Escuta, fala, pensamento e imaginação; corpo, gestos e movimentos.
C) O eu, o outro e o nós; traços, sons, cores e formas.
D) Traços, sons, cores e formas; escuta, fala, pensamento e imaginação.
E) Corpo, gestos e movimentos; espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
GABARITO
1. Sobre os campos de experiências na educação infantil, segundo a BNCC, assinale a
alternativa incorreta:
A alternativa "C " está correta.
Os campos de experiências não devem ser interpretados enquanto disciplinas específicas e
isoladas. Contudo, como conjuntos de saberes, práticas e elementos e contextos que se interligam e
se relacionam quebrando a barreira da compreensão do conhecimento como algo isolado.
2. Durante o momento de contação de histórias, a professora seleciona alguns livros e
realiza uma votação entre as crianças (turma de 5 anos). O livro mais votado seria lido para o
grupo. A turma estava desenvolvendo um projeto sobre culturas e os três livros escolhidos
pela professora diziam respeito a história africana e afro-brasileira. O livro mais votado pela
turma foi um que falava sobre Zumbi dos Palmares. O livro continha um rico enredo, as
ilustrações aguçaram a curiosidade das crianças e várias palavras tinham destaque. Por fim,
na roda, as crianças compartilharam suas impressões sobre a leitura, algumas se
comparavam a Zumbi, outras relataram que queria criar uma brincadeira sobre Zumbi dos
Palmares. este grupo de crianças criou um pique-pega no qual Zumbi dos Palmares, o herói
da história, teria que defender seu povo. A professora fez a mediação da conversa e brincou
com as crianças.
A situação descrita se relaciona mais com quais campos de experiênciasda educação
infantil?
A alternativa "B " está correta.
Na educação infantil, é fundamental oportunizar às crianças experiências nas quais elas possam falar
e escutar, bem como proporcionar experiências nas quais o corpo seja animado pelo espírito da
ludicidade na interação com os demais sujeitos.
MÓDULO 4
 Definir aspectos referentes à relação família e escola na educação infantil
FAMÍLIA E ESCOLA: TEMPOS PARA
PARTICIPAÇÃO, DIÁLOGO E ESCUTA DAS
FAMÍLIAS
QUAL A SUA RELAÇÃO COM A ESCOLA?
Assista ao vídeo com a professora Camila Machado de Lima sobre a relação família e escola na
educação infantil:
VIMOS DEPOIMENTOS, VAMOS TENTAR
ENTENDER COMO ISSO FUNCIONA...
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9.394/96) salienta no artigo 29 que “a educação
infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da
criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,
complementando a ação da família e da comunidade”. Ou seja, se a escola complementa a ação da
família, a escola precisa criar estratégias de parceria com as famílias de modo que essa
complementação educativa se efetive.
Geralmente, a escola de educação infantil é um dos primeiros espaços de separação da criança de
seu seio familiar. O desenvolvimento integral da criança, neste sentido, se trata de uma
responsabilidade conjunta entre família, escola e sociedade. Para sua efetivação, é importante que a
escola tenha um projeto de acolhimento e escuta das famílias. Esta parceria é de fundamental
importância para a organização do trabalho pedagógico. A criança é um ser social que requer
amparo de diferentes frentes para que seus direitos sejam garantidos. E um deles é o direito a uma
educação infantil de qualidade, que zele pela sua infância e tenha compromisso com seu
desenvolvimento.
PARTICIPAÇÃO, DIÁLOGO E ESCUTA DAS
FAMÍLIAS
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (BRASIL, 2009) apontam aspectos
referentes à família no processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças. Segundo as
Diretrizes, as propostas pedagógicas das instituições de educação infantil “deverão prever
condições para o trabalho coletivo e para a organização de materiais, espaços e tempos que
assegurem (Artigo 8º, parágrafo 1º): III - a participação, o diálogo e a escuta cotidiana das famílias, o
respeito e a valorização de suas formas de organização”.
A família também deve ser parte integrante do planejamento curricular, das ações institucionais, bem
como deve ter sua participação garantida no cotidiano escolar.
Trata-se de um desafio, contudo, sem as famílias não é possível compartilhar e complementar a
educação das crianças pequenas. O lugar das famílias no processo educativo está na parceria,
comunicação, escuta e diálogo para compreender e acompanhar como a criança está se
desenvolvendo. Além disso, as diferentes formas de construção familiar devem ser respeitadas e
valorizadas.
Foto: Shutterstock.com.
Uma questão importante diz respeito, por exemplo, às tradicionais festividades de Dia das Mães e
Dia dos Pais. Se a centralidade do planejamento pedagógico na educação infantil é a criança, tendo
suas singularidades respeitadas, como ela é considerada em comemorações que consideram a
família com a presença de pai e mãe? Por mais que entendamos que as crianças, na ausência de
pai e mãe, possuem outros sujeitos familiares que a cuidam e a educam, essas pessoas não
substituem a figura do pai ou da mãe. E, voltando a afirmar, as diferentes organizações familiares
devem ser respeitadas, pois consequentemente a criança também será.
 ATENÇÃO
É fundamental questionar as festividades escolares relacionadas a um padrão de família que não
corresponde a todas as crianças. Cada criança é uma, cada família é uma.
Estamos escutando as crianças e suas famílias quando determinamos festas para as mães e festas
para os pais? Na realidade, a escola excluirá a multiplicidade da vida familiar e, consequentemente,
a criança. Se estamos falando de participação das famílias, é indispensável perguntarmos sobre
como trazê-las para a escola de modo que se sintam acolhidas, respeitadas e seguras para falar,
escutar, compartilhar, sugerir, aprender.
Segundo a BNCC:
PARA POTENCIALIZAR AS APRENDIZAGENS E O
DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS, A PRÁTICA DO
DIÁLOGO E O COMPARTILHAMENTO DE
RESPONSABILIDADES ENTRE A INSTITUIÇÃO DE
EDUCAÇÃO INFANTIL E A FAMÍLIA SÃO ESSENCIAIS.
ALÉM DISSO, A INSTITUIÇÃO PRECISA CONHECER E
TRABALHAR COM AS CULTURAS PLURAIS,
DIALOGANDO COM A RIQUEZA/DIVERSIDADE
CULTURAL DAS FAMÍLIAS E DA COMUNIDADE.
(BRASIL, 2017, p. 36-37)
Devem ser criados momentos cuja participação das famílias seja assegurada. A seguir algumas
situações e experiências como exemplo de possibilidades:
Participação das famílias em projetos das turmas para contar uma história, cantar músicas, tocar um
instrumento, preparar uma culinária com as crianças, compartilhando saberes e conhecimentos das
famílias e da comunidade.
Reuniões periódicas de conversas com famílias para destacar pontos referentes ao desenvolvimento
da criança.
Criação de projetos institucionais com ideias vindas das famílias em relação à comunidade em que
a escola está inserida.
Ampliação dos canais de comunicação.
Partilha de conhecimentos profissionais para o grupo de crianças etc.
Outras maneiras e possibilidade de integração e parceria são possíveis, inclusive as próprias
famílias podem sugerir, criar e gestar ideias juntamente com equipe pedagógica e as crianças.
PARCERIA FAMÍLIA E ESCOLA: AVALIAÇÃO
DO DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS
Esta relação entre escola e família também envolve o processo avaliativo do desenvolvimento e
aprendizagem das crianças. Segundo a LDB 9.394/96, a avaliação na educação infantil não tem
caráter classificatório, retenção ou promoção, se avalia o processo educativo das crianças por meio
de observações e registros da trajetória da criança. Estes registros, produzidos e organizados pelo
corpo docente e pelas crianças também se referem a um acompanhamento que a família vai
realizando em paralelo e em conjunto com a escola.
Foto: Shutterstock.com.
Relatórios descritivos, portfólios, fotografias, vídeos e outros recursos podem e devem ser utilizados
para dar concretude às experiências das crianças na escola, em que tanto a escola, quanto as
crianças e seus familiares compreendam os caminhos percorridos por elas em determinados
períodos, suas conquistas, desafios, dificuldades, descobertas, perguntas, invenções, narrativas,
gostos, ideias, afetos.
 ATENÇÃO
É papel da escola ajudar as famílias a perceberem tais evoluções ou crises pelas quais as crianças
passam, pois o desenvolvimento não é uma linha reta, contínua e crescente, mas é um processo de
vai e vem, idas e retornos, altos e baixos. Em diversos momentos da vida das crianças, além dos
fatores biológicos como desfralde, nascimento dos dentes, também estão envolvidas em questões
sociais e culturais que as afetam e as constituem, principalmente no que diz respeito ao seu âmbito
familiar.
As DCNEI, no artigo 10º, inciso IV, apontam que as instituições escolares de educação infantil devem
garantir “documentação específica que permita às famílias conhecer o trabalho da instituição junto às
crianças e os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança na educação infantil”.
QUANTO MAIS ESTREITOS OS LAÇOS ENTRE
ESCOLA E FAMÍLIA, MAIS AS CRIANÇAS TÊM A
GANHAR.
Por vezes, é na escola que os educadores observam comportamentos e atitudes que podem sugerir
questões que as famílias precisam também observar e estarem atentas. Assim como as famílias vão
salientar aspectos que a escola precisará estar em atenção.
 RESUMINDO
Como vimos até aqui, as interações, brincadeiras, direitos de aprendizagem e campos de
experiência, todos estes elementos fundamentais para o currículo na educação infantil devem
dialogar com uma perspectiva de integração e participação comas famílias. A parceria escola-
família no acompanhamento dos processos experienciados pelas crianças na escola diz respeito
também à função social da educação.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. SEGUNDO AS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A
EDUCAÇÃO INFANTIL, AS PROPOSTAS PEDAGÓGICAS DAS INSTITUIÇÕES
DEVERÃO PREVER CONDIÇÕES PARA O TRABALHO COLETIVO E PARA A
ORGANIZAÇÃO DE MATERIAIS, ESPAÇOS E TEMPOS QUE ASSEGUREM
(ARTIGO 8º, PARÁGRAFO 1º): III - A PARTICIPAÇÃO, O DIÁLOGO E A ESCUTA
COTIDIANA DAS FAMÍLIAS, O RESPEITO E A VALORIZAÇÃO DE SUAS
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA NO QUE
DIZ RESPEITO À RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA:
A) As festividades de “Dia dos Pais” e “Dia das Mães” são de fundamental importância para a
valorização das famílias das crianças.
B) As famílias somente devem participar de reuniões periódicas que dizem respeito ao
comportamento e desenvolvimento das crianças.
C) As famílias, quando convidadas a estarem na escola, podem trazer saberes e conhecimentos
culturais e sociais das crianças e da comunidade.
D) As iniciativas de parceria devem partir da família, uma vez que a escola está sempre aberta a
recebê-las e incluí-las no processo de ensino e aprendizagem de seus filhos.
E) A comunidade não é considerada parte integrante do processo de aprendizagem da criança.
2. QUAL DAS OPÇÕES A SEGUIR NÃO É UMA ALTERNATIVA DE
INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO E DA
APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL?
A) Relatórios
B) Portfólios
C) Fotografias
D) Observação
E) Provas
GABARITO
1. Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação infantil, as propostas
pedagógicas das instituições deverão prever condições para o trabalho coletivo e para a
organização de materiais, espaços e tempos que assegurem (Artigo 8º, parágrafo 1º): III - a
participação, o diálogo e a escuta cotidiana das famílias, o respeito e a valorização de suas
formas de organização. Assinale a alternativa correta no que diz respeito à relação família e
escola:
A alternativa "C " está correta.
A família também deve ser parte integrante do planejamento curricular, das ações institucionais.
2. Qual das opções a seguir não é uma alternativa de instrumento para avaliação do
desenvolvimento e da aprendizagem das crianças na educação infantil?
A alternativa "E " está correta.
Segundo a LDB 9.394/96 a avaliação na educação infantil não tem caráter classificatório, retenção
ou promoção, se avalia o processo educativo das crianças por meio de observações e registros da
trajetória da criança.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conhecemos aspectos fundamentais sobre a formação do currículo na educação infantil a partir de
documentos legais que norteiam e orientam as práticas pedagógicas das instituições de ensino. Os
documentos principais foram as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil e a Base
Nacional Comum Curricular.
A educação infantil enquanto primeira etapa da educação básica deve pautar suas práticas a partir
dos eixos estruturantes “as interações e a brincadeira”, bem como garantir os direitos de
aprendizagem e desenvolvimento: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se.
Além disso, entendemos que o arranjo curricular da educação infantil, segundo a BNCC, se organiza
por meio de campos de experiências: O eu, o outro e o nós; corpo, gestos e movimentos; traços,
sons, cores e formas; escuta, fala, pensamento e imaginação; espaços, tempos, quantidades,
relações e transformações.
E, por fim, tratamos a respeito da importância da parceria escola e família no desenvolvimento
integral das crianças na educação infantil.
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Direitos das crianças, religiões de matriz africana e perseguição religiosa
Sinopse: Dra. Ivone Caetano, primeira juíza negra do Estado do Rio de Janeiro e primeira
desembargadora negra do TJRJ, relata o racismo existente em processos da vara de infância e
juventude envolvendo religiões de matriz africana.
Sinopse: Dra. Ivone Caetano, primeira juíza negra do Estado do Rio de Janeiro e primeira
desembargadora negra do TJRJ, relata o racismo existente em processos da vara de infância e
juventude envolvendo religiões de matriz africana.
Atuação dentro da vara de infância e juventude
Sinopse: Dra. Ivone Caetano, primeira juíza negra do Estado do Rio de Janeiro e primeira
desembargadora negra do TJRJ, compartilha suas memórias do período em que atuou na vara de
infância e juventude e o seu compromisso com a sua função.
Sinopse: Dra. Ivone Caetano, primeira juíza negra do Estado do Rio de Janeiro e primeira
desembargadora negra do TJRJ, compartilha suas memórias do período em que atuou na vara de
infância e juventude e o seu compromisso com a sua função.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Centro Gráfico, 1988.
Consultado em meio eletrônico em: 20 fev. 2021.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 09 de janeiro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação
Nacional. Consultado em meio eletrônico em: 28 fev. 2021.
BRASIL. Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede
de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-brasileira”, e dá outras providências.
Consultado em meio eletrônico em: 20 fev. 2021.
BRASIL. Lei n. 11.645/2008, de 10 de março de 2008. Altera a lei n. 9.394, de 20 de dezembro de
1996, modificada pela lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases
da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da
temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Consultado em meio eletrônico em: 22 fev.
2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares
Nacionais para a educação infantil. Brasília: MEC/SEB, 2009. Consultado em meio eletrônico em:
25 fev. 2021.
BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá
outras providências. Consultado em meio eletrônico em: 20 fev. 2021.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília,
MEC/CONSED/UNDIME, 2017. Consultado em meio eletrônico em: 10 fev. 2021.
ORTIZ, C.; CARVALHO, M. T. V. Interações: ser professor de bebês - cuidar, educar e brincar, uma
única ação. São Paulo: Blucher, 2012
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia:
O artigo A BNCC da educação infantil e suas contradições: regulação versus autonomia , de
Ivone Garcia Barbosa, Telma Aparecida Teles Martins Silveira e Marcos Antônio Soares.
O livro Educação infantil: cotidiano e políticas , organizado por Patrícia Corsino.
CONTEUDISTA
Camila Machado de Lima
 CURRÍCULO LATTES
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