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TEMA 3- Conteúdo e Metodologias da Educação Infantil

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DESCRIÇÃO
Orientação da prática do professor de educação infantil para a construção de metodologias de ensino
garantidoras dos direitos de aprendizagem na primeira infância.
PROPÓSITO
Apresentar relatos da prática docente na educação infantil e da problematização da atuação dos docentes,
assim como o reconhecimento dessa educação como um processo personalizado de ensino com a
participação das famílias e dos próprios educandos.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar a organização da sala de aula na educação infantil como algo dinâmico e participativo e de
estímulo à socialização
MÓDULO 2
Relacionar a literatura e a educação infantil com o contexto social dos alunos
MÓDULO 3
Reconhecer as ferramentas tecnológicas na educação como um dos instrumentos de ensino da educação
infantil
INTRODUÇÃO
A SALA DE AULA NA EDUCAÇÃO INFANTIL:
MATERIAIS E AMBIÊNCIA
Para começarmos a nossa conversa, vamos retornar à sua infância. Quais são as suas memórias? Você
se lembra de seus primeiros brinquedos, o nome de suas professoras e o que sentia ao estar num local em
que poderia conviver com outras crianças? De alguma forma, trazemos boas memórias da infância e das
relações estabelecidas nessa etapa da vida.
 EXEMPLO
Memórias que são envolvidas por superação do medo, construção da confiança, aprender a lidar com as
saudades da família e solidificação de afetos com os colegas de convivência.
Este tema se propõe a criar, na sala de aula da educação infantil, tais sensações, estimulando a
construção de estratégias que propiciem a aprendizagem, o desenvolvimento e a socialização nos
educandos. Segundo Aberastury (1992, p. 15), ao brincar, a criança desloca para o exterior seus medos,
suas angústias e seus problemas internos, dominando-os por meio da ação.
Para isso, precisamos compreender tal etapa como um espaço de direitos, percebendo que cada criança
possui as suas particularidades. Entendendo que as necessidades dela são diferentes em cada etapa de
sua vida, devemos respeitar seu desenvolvimento e perceber as diferentes formas pelas quais todas farão
suas descobertas.
 EXEMPLO
A construção das aprendizagens sobre o próprio corpo e o de seus colegas.
MÓDULO 1
Identificar a organização da sala de aula na educação infantil como algo dinâmico, participativo e
estimulante à socialização
ESTRATÉGIAS DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO
INFANTIL
Imagem: Shutterstock.com
Agora, o Professor Ricardo Luiz da Silva Fernandes expõe a necessidade de construir estratégias
pedagógicas para a educação.
PROBLEMATIZAÇÕES E ESTRATÉGIAS
A primeira estratégia que podemos estabelecer aqui é a seguinte: compreender que as salas de aula
devem respeitar a faixa etária dos alunos e corresponder aos seus processos particulares de
desenvolvimento. Para ilustrar melhor essa estratégia, nossa opção didática é a da aproximação da
experiência mediante a reunião de colegas e de experiências pessoais em alguns exemplos da prática
docente.
Foto: Shutterstock.com
 EXEMPLO
Em uma unidade, todas as salas possuíam a mesma disposição das cadeiras. Os espaços de dormir
estavam organizados da mesma forma, os brinquedos eram exatamente os mesmos e os livrinhos de
história se repetiam em todas as salas, como também a decoração delas.
No questionamento feito a uma das responsáveis pela instituição, foi levantada a seguinte questão: “Vocês
recebem apenas uma faixa etária? As turmas são iguais, os alunos são das mesmas localidades e os
professores das turmas são os mesmos?”.
Acreditamos que a pergunta tenha sido demasiada direta; com isso, de maneira imediata, a responsável
percebeu uma crítica sobre a disposição das salas. Ela, então, respondeu: “Não! Sou eu quem idealiza a
organização de todas as salas e orienta os professores para que mantenham um padrão”.
Consegue perceber o problema presente nessa situação? Ao controlar a organização de todas as salas de
aula e manter um sistema de disposição de todos os materiais, essa instituição suprime o direito das
crianças de manifestar suas identidades.
Fonte:
LIÇÕES
Apresentaremos duas lições advindas das questões levantadas anteriormente. Em seguida, faremos uma
reflexão sobre ambas:
Imagem: Shutterstock.com
RECONHECER A INDIVIDUALIDADE DA CRIANÇA, A SUA
COMPOSIÇÃO DE GRUPO E O PROCESSO DE
CONSTRUÇÃO DE SUA IDENTIDADE
Isso deve fazer parte das estratégias pedagógicas para o desenvolvimento dela. Vejamos outro exemplo:
 EXEMPLO
Em outra instituição, havia uma sensação de incômodo e receio pela forma como a escola organizava seu
espaço. Por conta disso, a responsável até pediu desculpas por não ter as salas “organizadas”.
No entanto, ao se chegar às salas, notava-se a presença das crianças, havendo uma oportunidade para
que elas convivessem e brincassem. Em cada sala, as cadeiras estavam organizadas para facilitar a
interação entre adultos e pequenos de maneiras diferentes.
Os espaços de dormir eram “desorganizados”: algumas crianças podiam escolher o lugar onde colocariam
seus colchonetes e até levar seus brinquedos preferidos para a soneca. Existia uma diversidade
demarcada pela diferença de disposição de uma sala para a outra.
O que a responsável chamou de “desorganização”, na verdade, é a dinâmica de construção das
aprendizagens. As crianças e os profissionais eram autônomos e podiam gerir seus espaços. Desse
modo, a aprendizagem fluía e respeitava as diferenças individuais e coletivas.
Imagem: Shutterstock.com
NÃO CONFUNDIR “DESORGANIZAÇÃO” COM “BAGUNÇA”
As condições de limpeza, o cuidado com os materiais e a manutenção deles são fundamentais. As
crianças precisam estar protegidas e acolhidas. Contudo, se o espaço for um local efetivo de interação
com as crianças, isso deixará marcas.
O ambiente, afinal, ganha a forma do grupo e interação. O professor e os pais devem entender que isso faz
parte do desenvolvimento infantil.
Foto: Shutterstock.com
Fonte:
PENSANDO AS DUAS LIÇÕES ANTERIORES
Sabemos que muitos responsáveis ignorantes a respeito da importância da manifestação da identidade e
das construções de relações cobram um ambiente organizado e, às vezes, padronizado nas salas de aula
da educação infantil. No entanto, nós, profissionais da educação, devemos sempre explicar a eles a
importância de se construir esse conceito de organização com as próprias crianças.
Foto: Shutterstock.com
INTERAGIR E BRINCAR
Nessa etapa da educação, é preciso dar espaço para os alunos; desse modo, eles poderão interagir e
brincar. Em momentos assim, eles conceberão as relações sociais e os conceitos já cristalizados em
nossa cabeça de adultos.
 EXEMPLO
Um aluno da educação infantil sempre nos surpreenderá com tiradas e sacadas que devem ser
valorizadas. Quantos professores já não receberam um “puxão de orelhas” do tipo: “Tio, a gente não sabe
de tudo!”?
Por isso, ao pensar na gestão de sua sala de aula, leve em consideração a necessidade de proporcionar
experiências seguras e diversificadas que farão parte do desenvolvimento das crianças.
Nessa “puxada de orelha”, o aluno teve a liberdade de dizer que não sabia. Nós construímos, em nossa
sala de aula, um ambiente em que ele poderia chegar e dizer que algum conteúdo não correspondia a seu
universo de compreensão.
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Vê-se, então, que a movimentação é muito importante, pois facilita as interações entre os alunos e os
profissionais da educação infantil. Assim, eles terão muitas referências para apontar suas necessidades.
Em turmas diferentes da mesma faixa etária, o mesmo brinquedo pode ser disputado ou até deixado de
lado. O interesse de cada grupo de alunos é diferente, e a possibilidade de escolher com o que se pode
brincar deve ser estimulada.
EXPERIÊNCIAS SEGURAS E DIVERSIFICADAS
Nessa direção, e para potencializar as aprendizagens e o desenvolvimento das crianças, a prática do
diálogo e o compartilhamento de responsabilidades entre a instituição de educação infantil e a família
são essenciais. Segundo a BNCC, a instituição precisa conhecer e trabalharcom as culturas plurais,
dialogando com a riqueza/diversidade cultural das famílias e da comunidade.
 EXEMPLO
Construímos tal afirmação após observarmos este fato: numa situação de sala de aula, foram comprados
dois grupos de presentes para os alunos: um destinado aos meninos; outro, às meninas.
No momento da distribuição, algumas crianças não ficaram satisfeitas com o brinquedo que lhes foi
direcionado e, de maneira natural, foram negociar a troca com seus colegas. Isso aconteceu nos diferentes
grupos etários.
Ao poderem trocar, escolher, ver e perceber qual brinquedo gerava maior curiosidade, as crianças
exerceram a sua liberdade e implodiram a delimitação imposta anteriormente para os gêneros. Nesse
momento, o educador deve respeitar a liberdade da criança e até estimular a sua curiosidade.
Seria mais interessante nessa situação proporcionar às turmas um grupo de brinquedos diferentes e deixar
que os próprios alunos manifestassem as suas oportunidades de brincar.
Ao educar, deve-se oferecer oportunidades de escolhas que desenvolverão diferentes habilidades de
aprendizagem, de comunicação e até de coordenação motora. A diversidade de recursos materiais gera
um universo maior de oportunidade de aprendizagens.
 EXEMPLO
Voltemos àquela instituição cujas salas de aula são todas iguais, tendo a mesma organização e os
mesmos brinquedos. Uma criança, em seu desenvolvimento de 0 a 5 anos, pode construir diferentes
experiências ao longo de sua estada nessa instituição?
A resposta é não. Na verdade, ela pode perder o interesse, deixando de descobrir outros espaços e outras
ferramentas de compreensão de seu corpo e de construir uma relação com seus colegas. Além disso, essa
didática se afasta terrivelmente do que preconiza a Base Nacional Curricular Comum (BNCC).
ENTENDENDO A SALA DE AULA NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Para educar e cuidar, precisamos entender que a sala de aula da educação infantil tem de ser um espaço
de constante construção. Para isso, a gestão dela deve conceber a idealização de um ambiente que
proporcione relações.
Dessa maneira, a padronização e os modelos de sala de aula precisam ser abandonados. Já o professor
deve investigar possíveis organizações do espaço que estimulem as aprendizagens dos educandos.
Podemos falar que o profissional da educação infantil, nesse sentido, precisa ser um detetive das
aprendizagens e se perguntar o seguinte:
Como a ambiência da sala de aula pode estimular a aprendizagem dos meus alunos?
Que organizações estimulam a construção de diálogos e proporcionam um estabelecimento de relações?
Como a disposição dos brinquedos em sala gera um universo de escolha para meus alunos?
Que mudanças devo fazer para criar um ambiente em que a criança possa sentir segurança e visualizar
sua participação nos movimentos de aprendizagem?
Desse modo, a sala de aula da educação infantil deixa de ser um ambiente cristalizado e começa a ser
percebida como um lugar de ambiência fluida. Quanto aos materiais utilizados, é preciso dar espaço para
construções coletivas capazes de imprimir ao universo dessa sala um caráter de pertencimento.
Durante uma conversa, uma professora que trabalhava em outra unidade de educação infantil demostrou
uma fadiga muito grande. O motivo de seu cansaço era a produção de brinquedos para um projeto de
sustentabilidade de uma creche na qual atuava. Ela deveria criar itens de sucata para suas turmas. Além de
produzir, ela teve de consumir diversos produtos utilizados na confecção dos brinquedos.
Foto: Shutterstock.com
VOCÊ CONSEGUE PERCEBER OS EQUÍVOCOS DESTA
SITUAÇÃO?
Em primeiro lugar, a necessidade de consumir os produtos está na contramão da proposta de
sustentabilidade. O aumento do consumo de um produto de maneira direta eleva a produção de resíduos.
Além disso, a ideia de construir brinquedos de sucata está ligada à proposta de reaproveitamento do lixo e
à construção de uma consciência ambiental.
Também podemos destacar que, ao se produzir os brinquedos das crianças, a oportunidade de
manifestação da identidade e das aprendizagens foi abandonada. Ao entregar o brinquedo de sucata
pronto para o aluno, ele terá uma sensação semelhante à de brincar com um item já disponível no
comércio.
A CONSTRUÇÃO DE UM AMBIENTE “COM”
A construção de um projeto de confecção de brinquedos com sucata deve começar, em primeiro lugar, com
um convite à família. Ela, afinal, precisa ser o agente que, em casa, ampliará a conversa com a criança
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sobre sustentabilidade.
FAMÍLIA
As crianças têm o direito de ser criadas e educadas no seio de suas famílias. O Estatuto da Criança
e do Adolescente reafirma, em seus termos, que a família é a primeira instituição social responsável
pela efetivação dos direitos básicos delas. De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a
Educação Infantil, cabe, portanto, às instituições estabelecerem um diálogo aberto com as famílias,
considerando-as como parceiras e interlocutoras no processo educativo infantil.
 EXEMPLO
A criança consome um iogurte. Em seguida, com a ajuda das pessoas que estão com ela em casa, lava o
pote e o separa para fazer um brinquedo com seus colegas e seus professores.
Foto: Shutterstock.com
Preste atenção ao “com”! Inicialmente, será estabelecida com a família uma oportunidade de
aprendizagem e de conversa sobre o reaproveitamento; em seguida, a criança conversará com os
colegas de sala sobre a experiência de separar e limpar o pote. Por fim, já com os profissionais, ela vai,
em segurança e dentro de suas possibilidades, construir seu novo brinquedo.
A aprendizagem, portanto, será construída em conjunto e de maneira diferente. Em cada um dos lares, os
potes de iogurte serão distintos; com isso, as crianças perceberão que existem diferentes formas, sabores
e cores. Ao construí-lo, ela terá a oportunidade de estabelecer um vínculo com o objeto e seus educadores.
No compartilhamento dessas aprendizagens, os educadores não centralizam a responsabilidade de
aprender em suas mãos. Ao contrário: eles estimulam a construção da autonomia dos alunos e a liberdade
para o estabelecimento de uma rede de comunicação, gerando, assim, benefícios diretos na construção de
uma cultura plural.
Imagem: Shutterstock.com
TEORIA NA PRÁTICA
1. Descreva de que modo você acha que a recordação da figura do professor e a consequente percepção,
por parte do aluno, da ruptura da ambientação típica da educação infantil, impactam em sua adaptação ao
novo ambiente.
MEMÓRIA

SUPERAÇÕES DO MEDO E DA SAUDADE

CONTRUÇÃO DA CONFIANÇA E DOS AFETOS
RESPOSTA
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2. Ordene os quadros de forma a construir uma linha lógica:
Diferentes
necessidades em
distintas faixas
etárias.
Entender a criança
como sujeito.
Entender que este é
o momento de
aprender sobre seu
corpo e o de seus
colegas.
O que é criar uma
sala de aula como
um espaço de
direitos?
Reconhecer suas
particularidades.
Respeitar que cada
criança possui seu
tempo de
desenvolvimento.





3. Construa agora uma atividade. No centro, escreva seu objetivo e divida a atividade em quatro etapas.
Estamos falando de uma ação. Deve-se propor, portanto, algo a ser realizado efetivamente:
OBJETIVO

ETAPA 1
Arrumar o ambiente.
ETAPA 2
Trabalhar os vínculos e a forma de interação.
ETAPA 3
Observar os materiais e como eles podem organizar esses materiais.
ETAPA 4
Tratar a dinâmica de fato a ser desenvolvida.
RESPOSTA
4. Vamos resolver um problema? Você chegou em uma sala e as crianças não se conhecem, cada uma em
seu canto. Sua arma: o conhecimento pedagógico e o entendimento do poder da brincadeira.
javascript:void(0)
Faça uma proposição - simples - de plano de aula, para mediar a situação.
PLANO DE AULA
Conteúdo
Tema da aula
Metodologia
Recursos
RESPOSTA
PALAVRAS FINAIS
Construiremos agora um mosaico com as principais lições aprendidas até aqui:
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Imagem: Ricardo Fernandes
 Considerações para construçãode uma ambiência fluida.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ESTUDAMOS O PAPEL DA ESTRATÉGIA DOCENTE NA CONSTRUÇÃO DE UM
AMBIENTE ESCOLAR SEGURO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. AO ORGANIZAR SUA
SALA, O PROFESSOR PRECISA PENSAR:
A) Num modelo fornecido pela instituição de ensino.
B) Na construção de um ambiente seguro que estimule os alunos a superar os medos e criar afetos.
C) No interesse de só um aluno.
D) Num formato que aprendeu em um livro e que pode ser reproduzido em todas as salas.
E) No que seja mais confortável à sua prática docente.
2. FALAMOS SOBRE O PAPEL DA CONSTRUÇÃO DE UM AMBIENTE ESCOLAR
ORGANIZADO. COMO PODEMOS DEFINIR ESSA ORGANIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO
INFANTIL?
A) Num modelo fornecido pela instituição de ensino.
B) No interesse de só um aluno.
C) Num formato que aprendeu num livro e que pode ser reproduzido em todas as salas.
D) Na observação da necessidade do docente a fim de que ele esteja confortável para ensinar da melhor
forma.
E) Na observação das necessidades dos alunos, na interação constante e no coletivo.
GABARITO
1. Estudamos o papel da estratégia docente na construção de um ambiente escolar seguro na
educação infantil. Ao organizar sua sala, o professor precisa pensar:
A alternativa "B " está correta.
A sala de aula deve ser um ambiente de construção coletiva; para isso, o professor precisa perceber que,
nesse lugar, serão construídas memórias que ajudarão na formação do aluno.
2. Falamos sobre o papel da construção de um ambiente escolar organizado. Como podemos
definir essa organização na educação infantil?
A alternativa "E " está correta.
Como atestamos na questão anterior, a sala de aula precisa ser um ambiente de construção coletiva. Para
isso, o professor deve perceber que, nesse lugar, serão construídas memórias que ajudarão na formação
do aluno.
MÓDULO 2
Relacionar a literatura e a educação infantil com o contexto social dos alunos
Professor Ricardo Luiz da Silva Fernandes aborda o uso do ouvir e do falar das crianças como estratégia
fundamental na educação infantil, como preconizado pela BNCC.
O USO DA LITERATURA COMO METODOLOGIA
DE ENSINO: EDUCANDO POR MEIO DE
HISTÓRIAS INFANTIS
VOZ E FALA: A CRIANÇA É...
Retomemos as memórias de sua infância. Você, afinal, deve ter um livro, uma história ou uma cantiga que
faça parte de sua lembrança. Ao buscar rememorá-la, você pode vir a recordar momentos, experiências
vividas e até sensações. Graças à diversidade da literatura, os educandos podem construir as próprias
aventuras e conduzir novas experiências que farão parte de uma rede complexa de aprendizagem.
COMO FOI RETORNAR AS SUAS LEMBRANÇAS? VOCÊ
PASSOU POR LEMBRANÇAS POSITIVAS? ESSA
PREOCUPAÇÃO DEVE SEMPRE ESTAR EM NOSSA MENTE.
É preciso parar e avaliar. Nosso objetivo é propor uma experiência didática: ela não é única, mas deve
fazer parte do repertório estratégico do docente. Assim como você tem vivências e lembranças, agora será
o momento de ser parte do conjunto de experiências positivas dos seus alunos.
 EXEMPLO
Uma criança escuta na escola, pela primeira vez, a história da Iara, personagem de nossa cultura. Por meio
dela, conhece algumas das tradições indígenas, percebendo a diversidade identitária de nosso país e
ingressando num imaginário novo.
Vamos conhecer agora a História de Iara.
A lenda da Iara foi criada pelo povo tupi-guarani. Eles contam a história de uma poderosa índia que, antes
de virar sereia, vivia em uma tribo junto com a sua família, esbanjando beleza por onde passava. Iara era
tão bela que causava inveja em muitas pessoas, inclusive, em seus irmãos que, inconformados com isso,
queriam matar a índia e desaparecer com o corpo.
Em uma noite qualquer, eles chamaram a irmã para executar o plano, mas chegando no local foram
surpreendidos com a força da índia guerreira, que conseguiu escapar da armadilha e reverteu a situação
praticando o crime contra eles.
Com medo de que seu pai, o pajé (chefe religioso) da tribo, descobrisse e aplicasse um castigo, ela fugiu,
mas foi descoberta. Assim, seu pai a lançou no Rio Negro e Solimões como forma de punição por ter
matado os seus irmãos.
A lenda da Iara diz que índia foi salva pelos peixes e como era noite de lua cheia, ela foi transformada em
sereia. Atualmente, a lenda da Iara é representada por uma bela sereia que atrai homens com o seu
irresistível canto para o fundo dos rios, local de onde eles não voltam nunca mais.
Reza a lenda que os homens que conseguem retornar à superfície ficam em completo estado de loucura,
no qual somente um pajé é capaz de desfazer o feitiço.
Antes de atrair os homens para a “emboscada”, a sereia Iara passa a maior parte do seu tempo sentada
sobre as pedras, admirando a própria beleza refletida nas águas, além de pentear seus cabelos e brincar
com os peixes.
Lembre que toda história deve ser adaptada,
lembra do que vc estudou até aqui.
Uma história aparentemente simples ajudará a ampliar a noção sobre a cultura das crianças e suas
considerações sobre o mundo. Com ela, surgirão perguntas: o que é ser um indígena? Como eles
ajudaram a construir a nossa história?
Citemos, nesse momento, as canções indígenas, os instrumentos musicais, os alimentos tradicionais
utilizados até hoje... a lista não é pequena! De uma história, podemos trazer tantas experiências de
aprendizagem! Perceba que, de um contexto literário, pode surgir um movimento natural de criar
lembranças.
O dia em que construí meu pau-de-chuva com meus amigos, o momento em que provei uma mandioca com
minha turma ou a lembrança de minhas primeiras danças circulares.
Mas isso não termina aí: a história tem de ser recontada. A criança deve ter a possibilidade de contá-la do
seu jeito com desenhos, atividades motoras ou materiais diversos. Ela precisa ser ouvida e percebida,
virando até um subsídio aos professores.
CRIANDO UM CONJUNTO DE EXPERIÊNCIAS
Ao retornar à sua casa, a criança e as pessoas que convivem com ela podem continuar a explorar esse
universo.
 EXEMPLO
A personagem Iara deixa de fazer parte de um livro ou de um texto e começa a integrar o cotidiano das
relações familiares. A criança constrói um vínculo com toda a história dessa índia, (re)criando-a.
Com isso, ao retornar ao convívio escolar, ela provavelmente pedirá que contem a história de Iara mais
algumas vezes. Nesse momento, ao ampliar o sentido escolarizado formal do texto dessa história, a
atividade educativa passa a fazer parte de um conjunto de experiências intensas que fornece uma
aprendizagem satisfatória.
EXPERIÊNCIAS
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De acordo com Barbosa (2009, p. 8), as crianças pequenas solicitam aos educadores uma pedagogia
sustentada tanto em relações e interações quanto em práticas educativas intencionalmente voltadas para
suas experiências cotidianas e seus processos de aprendizagem no espaço coletivo. Isso é diferente de
uma intencionalidade pedagógica concentrada em resultados individualizados nas diferentes áreas do
conhecimento.
A narrativa, assim, é (re)criada e representada em processos que poderão dar suporte a outras
aprendizagens a serem estabelecidas mais tarde em novas oportunidades de ensino. Não devemos nos
preocupar, enquanto professores, com a criação de um universo que propicie tal imersão: ela deverá ser
estabelecida de maneira orgânica.
Por isso, ao longo de um dia, músicas, cantigas de roda, histórias, livros e revistas devem ser ofertados de
maneira diversificada nos mais diferentes estilos. Os alunos poderão, nesse universo plural, criar as
próprias conexões e os próprios interesses. Quem sabe até haverá aqueles que integram personagens
improváveis, misturando contextos e até situações das canções?
 DICA
De maneira lúdica e natural, as crianças podem exercer sua criatividade e uma relação de autoria com os
conteúdos presentes em seu universo de formação.
ABRIMOS ATÉ AQUI UM ESPAÇO PARA A CONSTRUÇÃO
DE CENÁRIOS IMAGINÁRIOS. PORÉM, COMO PODEMOS
CONSTRUIR ESSES CENÁRIOS EM NOSSA SALA DE
AULA?
O primeiro passo é observare dialogar com os interesses dos educandos. Dessa maneira, descobriremos
mais uma vez as diferentes realidades que permeiam os movimentos do aprendizado, oportunizando a
cada envolvido a liberdade de construir imaginários.
O coletivo e o individual também devem ser respeitados; desse modo, as narrativas podem ser tecidas por
caminhos plurais. Outro passo possível é o convívio garantido pela compreensão de que seus colegas
possuem diferentes interesses e relações com um livro.
Todos podem escolher seu personagem preferido, seu verso de canção ou sua autora predileta. Nesse
momento, as crianças refletem sobre a diversidade de opinião.
 IMPORTANTE
As experiências com a literatura infantil propostas pelo educador, um mediador entre os textos e as
crianças, contribuem para o desenvolvimento do gosto pela leitura, o estímulo à imaginação e a ampliação
do conhecimento de mundo.
Além disso, o contato com histórias, contos, fábulas, poemas, cordéis e demais exemplos propicia a
familiaridade com livros e diferentes gêneros literários, assim como a diferenciação entre ilustrações e
escrita, a aprendizagem da direção da escrita e as formas corretas de manipulação de livros.
Nesse convívio com textos escritos, as crianças vão construindo hipóteses sobre a escrita que se revelam
inicialmente em rabiscos e garatujas. Isso se intensifica à medida que elas vão conhecendo as letras em
escritas espontâneas e não convencionais, ainda que elas já sejam indicativas da compreensão da escrita
como um sistema de representação da língua (BRASIL, 2017, p. 44.).
MÃO NA MASSA
Criaremos agora uma experiência. Seja qual for a sua cidade, existe nela uma biblioteca, ou seja, um
espaço onde os alunos podem ver e tocar em livros. Elaboraremos então um roteiro para uma visita a uma
biblioteca pública em duas situações:
1. FOI DADA A IDEIA EM UM CONSELHO DE LEVAR OS ALUNOS À NOVA
BIBLIOTECA PÚBLICA. APÓS A VISITA, UM PROFESSOR DISSE QUE ELA
POSSUÍA UM ESPAÇO INFANTIL MARAVILHOSO E QUE OS ALUNOS PRECISAM
DESSA POSSIBILIDADE. SUA REAÇÃO FOI A SEGUINTE:
A) Empolgado: você quer fazer isso o quanto antes, pois imagina que os alunos possam viver uma
experiência fantástica, ficando eternamente gratos por ela, pois se trata de uma vivência que eles não têm.
B) Desconfiado: você acha que eles não vão se comportar e que isso é uma má ideia, pois são crianças.
Levá-los a um ambiente externo é um problema, mesmo com a autorização dos pais.
C) Focado: começa a organizar e elaborar um planejamento, mesmo sabendo que os alunos terão
reações diversas e que não basta partir do seu gosto pessoal.
2. FOI TUDO ORGANIZADO, INCLUSIVE A AUTORIZAÇÃO DOS PAIS E O
TRANSPORTE. NO ÔNIBUS, EMPOLGADOS, OS PROFESSORES VÃO
CONTANDO COMO O ESPAÇO INFANTIL É COLORIDO E CHEIO DE HISTÓRIAS,
FRISANDO QUE ELES VÃO ADORÁ-LO. NA SAÍDA DO VEÍCULO...
A) Os alunos descem ordeiros, vão até o espaço infantil, participam comportados da contação de história e
voltam para o ônibus.
B) Os alunos fazem sua bagunça, mas, ao mesmo tempo, pela idade e pelo gosto, caminham até o
colorido espaço infantil para assistir à atividade.
C) Os alunos se espalham pela biblioteca: alguns ficam vendo os jornais presos na madeira, enquanto
outros observam as estantes e se maravilham com alguns livros enormes e teóricos ou resolvem brincar no
espaço infantil.
GABARITO
1. Foi dada a ideia em um conselho de levar os alunos à nova biblioteca pública. Após a visita, um
professor disse que ela possuía um espaço infantil maravilhoso e que os alunos precisam dessa
possibilidade. Sua reação foi a seguinte:
A alternativa "C " está correta.
De imediato, nós, professores, acreditamos que todos os alunos escolheriam o universo colorido e
construído para eles da literatura infantil. Porém, o impacto e as reações são sempre diferentes: um dirá
que já foi; outros dirão que o lugar é chato; um terceiro perguntará se pode levar lanche.
2. Foi tudo organizado, inclusive a autorização dos pais e o transporte. No ônibus, empolgados,
os professores vão contando como o espaço infantil é colorido e cheio de histórias, frisando que
eles vão adorá-lo. Na saída do veículo...
A alternativa "C " está correta.
Apesar de muitos terem essa escolha, outros procurarão um mundo diferente. Eles vão se perder nos
jornais, nos livros maiores e na curiosidade sobre aquele espaço. E isso é normal, pois as crianças são
indivíduos: perceber suas escolhas, suas referências e o que chama a atenção delas faz parte da
dedicação que deve ser dada aos alunos.
A atividade anterior mostra de maneira clara a liberdade que muitos alunos podem manifestar na sala de
aula. Não podemos limitar seu universo de leitura aos livros mais fáceis, com textos resumidos ou imagens
mais coloridas. O desafio está em compreender o contato com a literatura num lugar de combustível
cultural.
São as músicas, as cantigas e a diversidade dos livros que produzirão estímulos e respeitarão os múltiplos
elementos da cultura brasileira. Desse modo, na pluralidade de ofertas de material, os estudantes poderão
utilizar sua imaginação para transcender a própria vida, criando experiências e relações.
Assista ao vídeo Musicalidade e contação de histórias, do tema Contação de História: dramaticidade e
música.
Você pode questionar alguns pontos apresentados até aqui, perguntando-se principalmente como poderá
fundamentar a utilização da literatura como uma metodologia de ensino. Não podemos fornecer uma
fórmula, tendo em vista que cada turma e cada instituição são únicas em suas subjetividades.
Vamos realizar agora um inventário de estratégias? Escolha suas cartas!
A literatura precisa estimular e possibilitar a construção de experiências na primeira infância.
 LEIA MAIS
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Devemos pesquisar textos, músicas e outras produções de países e continentes diferentes – e até de
idiomas distintos.
 LEIA MAIS
Para que o professor ou a professora tenha acesso a esse universo local e global da literatura, ele(a)
precisa ler, sendo um leitor ativo e um pesquisador do universo de curiosidade de seus alunos e das outras
crianças.
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 LEIA MAIS
Ouvir os responsáveis é um caminho interessante.
 LEIA MAIS
Não se deve transformar a experiência literária numa obrigação sistematizada: ela precisa fazer parte do
universo de curiosidade e de brincadeiras.
 LEIA MAIS
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Outra estratégia interessante é a contextualização.
 LEIA MAIS
Para não perdermos a dimensão inicial de nosso trabalho, precisamos lembrar sempre que o universo
literário serve como um mecanismo social para se compreender o mundo.
 LEIA MAIS
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Nesse caminho, devemos mapear as identidades culturais presentes nas comunidades escolares e as
histórias locais, observando até se existem escritores que estão no universo de convivência das crianças.
Com isso, por meio do universo de leitura, os alunos poderão valorizar sua identidade, percebendo a
diversidade de culturas presentes no mundo e construindo uma aprendizagem criativa.
Uma sugestão é sua participação em redes de educadores.
Ao ingressar nesse universo, você poderá (re)conhecer as pesquisas dos livros que seus colegas utilizam
em suas salas de aula e ampliar seu contato com as produções literárias.
Na primeira reunião, pode-se fazer uma pesquisa sobre as cantigas compartilhadas em casa ou aquelas
que os adultos costumavam escutar das pessoas que cuidavam deles.
Também é possível construir nesse caminho um caderno de músicas da turma que se costumava ouvir em
casa e trazer para o ambiente escolar aquelas que seus responsáveis escutavam. Nessa estratégia, a sala
de aula deixa de existir como um espaço isolado, passando a ingressar nas dimensões familiares.
Ler um livro pode ser um movimento natural. Para isso,seu planejamento precisa ser flexível e pronto para
compreender os sinais de curiosidade que pulsarão na sala de aula.
Ao apresentar um livro de receitas para os alunos, escolha uma para eles fazerem em sala e convide os
familiares para que eles construam as receitas presentes nesse material. Dessa maneira, os alunos
poderão perceber de maneira natural a função social desse tipo de texto.
Por isso, conversar e entender os movimentos dos corpos dos alunos ao se escutar uma história é
fundamental. Dessa maneira, poderemos perceber as inquietações e estabelecer as mediações quando
elas forem necessárias.
CONVERSANDO SOBRE A PRÁTICA
Pensemos agora em outro ambiente. Em uma visita da secretaria de governo às suas escolas, sempre
existe um momento de troca com os docentes com o objetivo de compartilhar experiências.
Um diálogo comum acontece quando uma professora é questionada sobre a escolha dos livros que
deveriam fazer parte da biblioteca das salas de aula. Nessa conversa, é feita uma breve pesquisa sobre o
que elas gostavam de ler em suas residências, ou seja, em seu momento de lazer.
As respostas foram diversificadas. Fizemos questão de registrar essas escolhas num quadro. De imediato,
muitas crianças perceberam a intenção dessa intervenção. Resultado: construímos em conjunto um
planejamento para a escolha dos livros.
 ATENÇÃO
O ponto principal a ser observado nesse planejamento foi o envolvimento das crianças e dos familiares em
todo o processo de escolha.
Nessa experiência, destacam-se duas oportunidades de recriar a prática docente na educação infantil:
A dúvida natural que permeia nossa organização de acervos.

A oportunidade de pensar ou planejar em conjunto.
Com essas duas preocupações em vista, será mais fácil construir um universo leitor diversificado que
respeite as experiências prévias dos educandos. No momento de escolher um livro ou de ensinar uma
cantiga, você pode fazer as seguintes reflexões:
Quais comunicações podem ser estabelecidas com meus alunos ou entre eles?
De que maneira seus familiares podem participar dessa comunicação?
Que sensações o contato com esse conteúdo pode provocar tanto em um indivíduo quanto no grupo?
Como nossas intervenções podem estimular a construção de pensamentos e de uma aprendizagem
significativa?
Além disso, não podemos negar a presença da literatura na cultura brasileira. Dizer isso exige que nossas
opções sejam pautadas na diversidade cultural e numa construção de aprendizagem antirracista.
 EXEMPLO
A literatura de cordel e os produtores de conteúdo negros e indígenas.
 Os folhetos à venda, pendurados em cordéis.
Não existe em nosso país uma literatura padronizada, e sim uma teia textual que estimula a criação de
múltiplas narrativas e a ampliação no universo imaginário das crianças. A apresentação da história de vida
das pessoas que escrevem para as crianças de diferentes idades deve ser oportunizada. Por isso, mostre
a elas fotos dos autores e compositores. Fale também dos lugares onde eles viveram e contextualize seus
textos.
Outra estratégia importante é criar um ambiente de leitura agradável com uma escuta sensível para
diferentes gostos e curiosidades. Repetir a mesma história ao longo de semanas é natural e saudável,
como também oportunizar novas tramas. O ato de observar deve ser constante para haver a construção
dos significados dos textos.
Nesse processo, conhecer a língua portuguesa em seus diversos aspectos (diversidade linguística,
histórias, gêneros e ritmos) constitui algo orgânico do próprio ambiente da educação infantil.
ESCUTA
Para Barbosa (2009, p. 69), cuidar exige escutar as necessidades, os desejos e as inquietações. Isso
supõe encorajar e conter as ações no coletivo, além de apoiar a criança em seus devaneios e desafios, o
que requer uma interpretação do sentido singular de suas conquistas no grupo. Também implica aceitar a
lógica delas em suas opções e tentativas de explorar movimentos no mundo.
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 DICA
Caso tenha dúvidas, convide algum familiar para compartilhar uma história, ensinar uma canção ou
apresentar um livro para as crianças.
O universo literário precisa ser apresentado como uma janela cujas paisagens são diferentes em cada sala
de aula, com mudanças de acordo com as trocas e os estabelecimentos das relações. Desse modo, a
literatura se torna um mecanismo para a construção de cenários e de aprendizagens que reafirmam as
identidades, que, no momento escolar, estão em constante transformação.
TEORIA NA PRÁTICA
2. SOBRE AS FUNÇÕES DO ESTÍMULO E DA LEITURA, ASSIM COMO SEU
PAPEL, APONTE AS FUNÇÕES DE CADA UM:
GOVERNO:
A) Determinar os materiais obrigatórios e disponibilizá-los.
B) Construir debates e fomentar que os alunos comprem os livros.
C) Criar linhas de fomento para que as escolas possam constituir seus acervos, assim como fazer sua
direção.
PROFESSORES:
A) Cumprir as determinações das secretarias de educação e se ater aos materiais determinados.
B) Fomentar o estímulo à leitura com qualquer material que esteja disponível.
C) Perceber as individualidades e adaptar suas aulas.
PAIS:
A) Impor aos filhos a leitura de livros para criar uma cultura letrada.
B) Crianças devem ouvir novas leituras em casa.
C) Estimular que os alunos contem e recontem o que viram e aprenderam.
FEEDBACK
3. Organize as sentenças abaixo nas caixas numeradas ao lado, de maneira a proporcionar sentido ao
ciclo que representa o processo de estímulo para que o aluno possa ouvir e falar.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
Reconhecer as ferramentas tecnológicas na educação como um dos instrumentos de ensino da
educação infantil
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Agora, o Professor Ricardo Luiz da Silva Fernandes apresenta tecnologias analógicas e digitais que
podem ser utilizadas em sala de aula com os alunos.
JOGOS E FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
APRENDER A FAZER PARA APRENDER A APRENDER
Uma das lembranças que podemos citar na formação de tecnologias voltadas aos professores é o
movimento de construir uma pipa e poder observá-la voando pelo céu. Esse começo sempre inquieta
muitos dos colegas presentes, sobretudo em relação aos movimentos tecnológicos envolvidos na
produção de uma simples pipa.
Ao trazermos essa experiência, nós o convidamos a realizar a seguinte reflexão: de que maneira isso
integra o processo didático e quais tecnologias estão envolvidas em toda essa movimentação?
VAMOS REFLETIR SOBRE ESSA PROVOCAÇÃO PARTINDO
DA PRÁTICA?
Em primeiro lugar, durante a prática docente, pode-se apresentar para os alunos um vídeo sobre a pipa.
Mostra-se sua importância cultural e a maneira como os diferentes povos a constroem, enfeitam e brincam
com ela. Nesse primeiro momento, eles já conseguem perceber a relevância histórica de um simples
objeto de lazer. Independentemente da faixa etária, a criança fica fascinada pela pipa, por suas cores, por
seu formato e pelo fato de ela estar... voando.
A pipa é única: afinal, ela compõe um rito cultural só de uma cidade ou de um país? Não! Sendo assim, é
possível apresentar fotografias, desenhos animados e outros recursos audiovisuais que as convidem a
perceber como diferentes culturas experimentam o mesmo objeto.
Ao compreender as diferentes regras que existem em culturas distintas, os alunos podem conversar (com a
ajuda dos professores) sobre a pluralidade cultural. Ao verem, em um vídeo, uma criança de outro
continente brincando, eles podem observar os materiais e o cenário, compreendendo até os grupos
étnicos que fazem parte de nosso mundo.
 ATENÇÃO
“Isso tudo na educação infantil?”, pode ser o pensamento a passar agora por sua mente. Acreditamos que
sim – e esperamos que ele tenha passado, porque este é o momento de debater e construir tais conceitos
em conjunto.
Na educação infantil, cada criança, em sua etapa de desenvolvimento, vai construir sua relação com as
ferramentas tecnológicas. Não devemos reduzir o universo de experiências dela e delimitar suasoportunidades de aprendizagem.
Precisamos ampliar e criar momentos tanto de reflexão gestual e verbal quanto de interação. Devemos
verificar, na verdade, a maneira como condicionamos as nossas observações. Não podemos conduzir as
práticas por meio de nossas ansiedades, e sim perceber que cada criança desenvolverá um conteúdo
dentro de suas possibilidades.
Enquanto ferramenta inicial, o vídeo convida o aluno a imergir nesse universo da tecnologia de produção da
pipa e amplia sua noção de mundo. Muitos falarão sobre suas experiências com seus familiares ou
simplesmente demostrarão com seu corpo a alegria de ver aquele objeto.
 ATENÇÃO
Já existe extensa bibliografia afirmando que elas aprendem nas interações com os demais, que têm a
capacidade de se concentrar desde muito jovens e que isso ocorre quando estão efetivamente
interessadas e envolvidas no que fazem. Segundo Barbosa (2009, p. 27), as novas crianças pequenas –
midiáticas e virtuais – aprendem de modo diferente. Várias experiências também pedagógicas
demonstraram que os meninos e as meninas têm a capacidade de pensar, imaginar e participar da gestão
da sua educação, da sua aprendizagem e de sua escola.
Em seguida, podemos apresentar um livro, uma história ou até uma cantiga sobre a pipa. Muitos
educadores param a formação nesse momento e perguntam: “Professor, o senhor está falando de
tecnologia. O vídeo, eu consigo entender, mas qual é a importância de trazer o livro?”.
Trata-se da pergunta mais esperada durante as formações realizadas com os professores. Ao
questionarmos o papel do livro, compartilhamos com você a importância tecnológica dele em nossa
sociedade e apresentamos outra tecnologia negligenciada: a oralidade.
Convidamos você a refletir sobre uma ação a ser desenvolvida a seguir.
Ao começar a atividade com um vídeo, é possível:
Trabalhar um conjunto de sentidos dos alunos.
Estimular a memória.
Ampliar o universo cultural dos discentes.
O livro e a oralidade são tecnologias importantes da tradição escrita e oral que falam de outro lugar para a
percepção dos estudantes. Ao ouvirem uma história, eles conseguem:
Imaginar, criar e ver as cores da pipa em sua mente.
Desenvolver as características físicas de um personagem.
Dialogar com o cenário composto na narrativa.
Obviamente, isso está envolvido pelo próprio processo do vídeo, tendo em vista que, nesse contexto, as
conversas sobre a pipa são produzidas numa teia hipertextual.
 ATENÇÃO
A tecnologia deve servir como um suporte que fomente a criação de práticas coerentes, embora não deva
ser utilizada apenas como um recurso para provar uma modernização da prática docente.
Depois disso, chegou a hora de construir a pipa, tocando nos materiais que foram desenvolvidos por nós,
seres humanos. Nesse momento, as crianças podem atuar como agentes transformadores da tecnologia e
estabelecer um vínculo afetivo com as aprendizagens a serem estabelecidas.
 EXEMPLO
Cores, formas e movimentos surgirão em conversas coerentes com os processos de construção do
brinquedo. Já a matemática eclode como algo orgânico.
Juntos, professor e alunos utilizam ferramentas para construir o objeto. Depois da pipa pronta, pode-se
brincar com ela, soltando-a e observando como produz diversos significados. Dessa forma, é possível
dialogar sobre tal experiência.
 DICA
Mas essa prática docente não termina por aqui: também podemos ampliá-la com jogos digitais ligados a
esse elemento, fortalecendo nossos universos didáticos.
AS TECNOLOGIAS ESTÃO COMPREENDIDAS NUMA TEIA
QUE PODE SER CHAMADA DE PRÁTICA HIPERTEXTUAL.
O que seria isso? A prática textual indica o ato de pensar sua aula em percursos, camadas e etapas. Uma
ferramenta tecnológica deve fazer parte de um contexto e tecer desdobramentos, como, por exemplo, a
interação, a construção de uma aprendizagem ou simplesmente o prazer de brincar.
Dessa maneira, a criança compreende os elementos tecnológicos como parte de sua vida, e não como o
elemento principal dela.
TECNOLOGIA DIGITAL: COMUNICAR
Em qualquer prática hipertextual, pode-se assistir a um vídeo com uma criança ou brincar com um jogo.
Entretanto, não se deve deixar de:
Valorizar o papel da conversa sobre essa experiência.
Fotografar o momento.
Pedir à criança que desenhe ou crie outro possível desdobramento.
Entenda que, nessa prática, o jogo ou qualquer outra tecnologia não a torna refém. Ao contrário: ela recebe
com isso um sentindo de descoberta e construção das identidades dos alunos.
Quanto ao processo de concepção da tecnologia na educação infantil, devemos destacar que o professor
tem de compreender que os jogos de tabuleiro, os digitais, os vídeos e outros recursos tecnológicos
precisam fazer parte de uma rede de coerência, trazendo sentido aos movimentos de aprendizagens. O
objetivo dessas ferramentas é garantir às crianças seus direitos de aprendizagem.
FERRAMENTA
Na figura do professor, é o adulto que, na instituição infantil, ajuda a estruturar o campo das brincadeiras na
vida das crianças. Consequentemente, é ele que organiza sua base estrutural por meio da oferta de
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determinados objetos, fantasias, brinquedos ou jogos, além da delimitação e do arranjo dos espaços e do
tempo para brincar (BRASIL, 1998, p. 28).
Por meio dessas ferramentas, o grupo precisa:
Aprender a conviver com as diferenças.
Brincar de maneira orientada.
Lidar com as intervenções didáticas.
Participar dos processos de sala de aula.
Explorar o mundo.
 EXEMPLO
Ao utilizar um jogo ou ao propor a construção de um desafio com a criação de regras, os alunos precisam
compreender que estão imersos num contexto seguro em que podem expressar suas subjetividades.
Por conta disso, não podemos deixar que os recursos tecnológicos conduzam os processos de
aprendizagem. Na verdade, devemos atuar como mediadores que reconhecem suas potencialidades para
o estabelecimento de nossas relações com o mundo.
Podcasts, jogos e videoaulas para educação infantil são outros recursos que podem construir essa
relação. Tais ferramentas configuram uma possibilidade de encurtar as distâncias físicas entre o professor
e o aluno.
É necessário que seja criado um planejamento sistematizado. Por meio dele, os discentes precisam ser
estimulados a levantar hipóteses e a reconhecer o eu, o outro e o nós. A próxima seção nos ajudará a
entender como isso é possível.
CRIAÇÕES
Você pode estar pensando que a tarefa descrita anteriormente é difícil ou até mesmo inviável. Por isso,
apresentaremos a seguir algumas sugestões:
VIDEOAULA
Esse procedimento pode se dividir em cinco etapas:
ESCOLHA UM TEMA QUE SEJA DE INTERESSE DE SEUS
ALUNOS
O objetivo principal dessas aulas deve ser a continuidade dos vínculos entre a família, a instituição de
ensino e o professor.
ORGANIZE SEU PLANEJAMENTO
Crie objetivos claros para sua aula e não construa metas impossíveis para o modelo remoto. Pense que a
aprendizagem é constante nessa faixa etária e que a sua intervenção opera mais como um estímulo.
FAÇA PROPOSTAS DE ATIVIDADES
Nesse momento, leve em consideração as dinâmicas das famílias. Quando for necessário, faça propostas
específicas para cada grupo. Mesmo em aulas remotas, é preciso respeitar o espaço-tempo de
aprendizagem dos alunos.
CRIE UM CENÁRIO
É muito importante que seus alunos reconheçam o cenário em que você está como um espaço de aula;
desse modo, traga livros, brinquedos, objetos pessoais e fotografias para ajudar a compô-lo. Não existe
uma fórmula: pense na sua turma e crie algo que seja potencializador para suas aprendizagens.
AVALIE SUAS INTERVENÇÕES
Deve-se manter um olhar para a avaliação processual. Durante cada etapa da aula, avalie como você pode
melhorar suas técnicas e atrair seus alunos para esse formato.
PODCAST OU UMA AUDIOAULA
Ambos requerem uma estruturação em quatro fases:
CONTEXTUALIZAR
É importante que seus alunos e suas famílias saibam do objetivo desse tipo de aula. Ela facilita a leitura de
um livro de histórias,ensina uma canção ou até faz a explicação de uma atividade simples. Por isso, antes
de enviar esse material, explique a funcionalidade dele para a aprendizagem.
ACOLHER
Durante a gravação, tente manter uma estrutura de organização semelhante à da sala de aula. Pode-se
iniciar com uma canção falando sobre o tempo e fazendo perguntas para os alunos sobre sua rotina.
Lembre-se de criar vínculos afetivos nessa ferramenta.
REPETIR AS INFORMAÇÕES
Deve-se pensar que o ambiente da criança é repleto de informações; por conta disso, repita as
explicações. Tente oferecê-las de formas diferentes num mesmo áudio.
ESTAR ATENTO À DURAÇÃO
Esse recurso pretende otimizar a aprendizagem; por isso, não prolongue sua fala. Seja respeitoso,
acolhedor e objetivo. Se for necessário, reparta um mesmo conteúdo em mais de um podcast.
JOGOS (PENSANDO NA GAMIFICAÇÃO)
Os jogos estão presentes no mundo das crianças. Por isso, não podemos utilizar essa ferramenta como
uma novidade. Nossa proposta é transformar aqueles que já fazem parte do cotidiano delas em um
movimento natural de aprendizagem. Mas como é possível fazer isso?
Tendo isso em vista, listaremos agora algumas etapas e sugestões que podem fazer parte de seu
planejamento e de sua rotina:
MAPEAR OS JOGOS PRESENTES NO COTIDIANO DOS
SEUS ALUNOS
Muitos alunos terão o primeiro contato com a experiência de coletividade na educação infantil. Uma forma
de tornar esse processo mais fácil é por meio de um ensino personalizado.
O universo de interesses de cada criança precisa fazer parte do ensino, já que ele é o responsável por
estimular os movimentos de interação. Numa primeira conversa com os responsáveis, faça um
levantamento dos jogos de que ela gosta e os insira nas atividades didáticas.
OBSERVAR OS JOGOS COMO UMA FERRAMENTA
Muitos processos são reféns da tecnologia: suas aulas parecem ser até conduzidas por ela. O que
propomos aqui é uma inversão de papéis, ou seja, a dominação dos instrumentos em prol da
aprendizagem. Os jogos – assim como todas as ferramentas tecnológicas propostas neste tema – devem
ser compreendidos como um dos elementos da narrativa pedagógica.
GAMIFICAÇÃO?
A gamificação é uma forma de pensar como uma criança o faz. Trata-se de utilizar os mecanismos e as
regras dos jogos para o estabelecimento das relações. Podemos criar nas salas de aula da educação
infantil um processo de descobertas, desafios e processos que trarão aprendizagens coletivas dinâmicas e
divertidas. Trata-se, em suma, de um convite ao aluno para ser um participante ativo de suas
aprendizagens.
COOPERAÇÃO
É necessário entender os jogos além das recompensas e conversar sobre a importância de se perceber o
coletivo. Nos desafios dos jogos, eis alguns processos que ajudam a criança em seu desenvolvimento:
Pedir ajuda.
Observar o colega.
Entender que não é a sua vez.
Compartilhar uma ferramenta.
VITÓRIAS E PERDAS
Ao utilizar o jogo em sala de aula, pode-se experimentar de maneira mediada as sensações de sucessos e
fracasso que fazem parte do cotidiano de todas as pessoas.
PARTICIPAÇÃO DAS FAMÍLIAS
Como foi dito em todas as nossas conversas até aqui, a família é a maior parceira dos movimentos de
aprendizagem da educação infantil.
 ATENÇÃO
A segurança emocional da criança deve estar em primeiro lugar. O foco deve estar em seu processo, e não
apenas nos resultados.
 DICA
A ideia agora é pensar como você faria para utilizar todos esses objetos. Um teste? Se você tem contato
com crianças, filhos, um projeto, teste tecnologias com eles. Isso vai gerar muito barulho; ainda assim,
compartilhe como foi sua experiência.
TEORIA NA PRÁTICA
1. Responda às seguintes perguntas:
Qual é o papel das ferramentas tecnológicas na educação infantil?
Qual é o papel da narrativa da educação infantil?
Qual é a relação entre as duas?
RESPOSTA
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Todos os profissionais da educação idealizam seus processos pedagógicos esperando uma sala de aula
ideal, alunos que correspondam à sua expectativa e um ambiente de aprendizagens constantes. No
entanto, o que verificamos neste tema é que tal movimento só pode acontecer com a observação de quatro
itens: planejamento, observação constante dos alunos, diálogo com as famílias e, mais uma vez,
planejamento.
A sala de aula da educação infantil é um movimento, um processo de construção, não podendo ser
organizada nem funcionar de acordo com as ansiedades do professor, dos responsáveis ou das
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instituições de ensino. Ela precisa ser um espaço diverso que estimule as trocas constantes e que gere um
ambiente de socialização. Ao longo deste tema, nós a analisamos como um espaço vazio que só será
preenchido com muita sensibilidade.
Por isso, vimos que o professor não deve ter uma ansiedade em fornecer recursos bibliográficos. Em vez
disso, ele tem de mergulhar no universo leitor da comunidade escolar, trazendo materiais importantes para
seu reconhecimento e sua ampliação.
Quanto às ferramentas tecnológicas, verificamos seus processos e observamos a necessidade de se
dominar seus movimentos de interação. Ressaltamos, por fim, que a prática na educação infantil é
dinâmica e deve ser personalizada a todo instante para gerar um espaço de aprendizagem seguro,
coletivo e constante.
 PODCAST
FALA, MESTRE!
Mestres de diversas áreas do conhecimento compartilham as informações que tornaram suas trajetórias
únicas e brilhantes, sempre em conexão com o tema que você acabou de estudar! Aqui você encontra
entretenimento de qualidade conectado com a informação que te transforma.
Direitos das crianças, religiões de matriz africana e perseguição religiosa
Sinopse: Dra. Ivone Caetano, primeira juíza negra do Estado do Rio de Janeiro e primeira
desembargadora negra do TJRJ, relata o racismo existente em processos da vara de infância e juventude
envolvendo religiões de matriz africana.
Sinopse: Dra. Ivone Caetano, primeira juíza negra do Estado do Rio de Janeiro e primeira
desembargadora negra do TJRJ, relata o racismo existente em processos da vara de infância e juventude
envolvendo religiões de matriz africana.
Atuação dentro da vara de infância e juventude
Sinopse: Dra. Ivone Caetano, primeira juíza negra do Estado do Rio de Janeiro e primeira
desembargadora negra do TJRJ, compartilha suas memórias do período em que atuou na vara de infância
e juventude e o seu compromisso com a sua função.
Sinopse: Dra. Ivone Caetano, primeira juíza negra do Estado do Rio de Janeiro e primeira
desembargadora negra do TJRJ, compartilha suas memórias do período em que atuou na vara de infância
e juventude e o seu compromisso com a sua função.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ABERASTURY, A. A criança e seus jogos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.
BARBOSA, M. C. S. et al. Práticas cotidianas na educação infantil – bases para a reflexão sobre as
orientações curriculares para a educação infantil. Brasília: MEC/SEB/UFRG, 2009.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017.
BRASIL. Referencial curricular nacional para a educação infantil. v. 3. Brasília: MEC/SEF, 1998.
KRAMER, S. Propostas pedagógicas ou curriculares: subsídios para uma leitura crítica. In: Educação
& sociedade. v. 18. n. 60. Campinas. dez. 1997. p. 15-35.
EXPLORE+
Acesse o canal do MultiRio no YouTube para saber mais sobre as abordagens para a educação
infantil.
Entre no site da MultiRio a fim de conhecer a história indígena com uma realidade aumentada.
Leia um pouco mais:
A contação de histórias como estratégia pedagógica na educação infantil e ensino
fundamental, de Linete Oliveira de Souza e Andreza Dalla Bernadino.
Estratégias pedagógicas inclusivas para crianças com paralisia cerebral na educação infantil,
de Aline Kelly Scalco Gonçalves.
Educação infantil em discurso: formação docente e estratégias pedagógicas, de Rafael
Bianchi Silva.
CONTEUDISTA
Ricardo Fernandes
 CURRÍCULO LATTES
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