Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Manual de Aulas Práticas de Estomatologia I 2021 – 2º SEMESTRE 1 ÍNDICE Plano de curso 02 Lista de material 04 Relação de material/aula prática 05 Sequência da aula prática de controle de infecções 06 Guia de Esterilização 07 Sequência exame da face e pescoço – cadeia de linfonodos e estruturas para palpar 09 Sequência exame intra-oral – lista das áreas com estruturas 10 Aula lesões fundamentais 11 Aula de anamnese + Glossário 12 Ficha de anamnese 15 Ficha de Estomatologia 16 Evolução 17 Solicitação de exames complementares 18 Solicitação de parecer e encaminhamento 19 Prática de biópsia 20 Formulário de biópsia 21 Prática de prescrição + atestado e declaração de comparecimento 22 Lista de medicamentos controlados 24 Receituários brancos 28 Receituário de controle especial 32 Receituário B 33 2 CRONOGRAMA ESTOMATOLOGIA I 2021.2 DATA DIA HORA TIPO DE ATIVIDADE AULA PROFESSOR 29/11/2021 SEG 8:00 Remota Síncrona Apresentação da disciplina + Orientações gerais TODOS 9:30 Remota Síncrona Controle de infecções Ellen 01/12/2021 QUA 9:30 Remota Assíncrona Controle de infecções (link da aula gravada) Ellen 06/12/2021 SEG 8:00 Remota Assíncrona Semiologia Geral (link da aula gravada) Michelle 9:30 Remota Assíncrona Anamnese (link da aula gravada) Jefferson 08/12/2021 QUA 9:30 Remota Assíncrona Anamnese (link da aula gravada) Jefferson 13/12/2021 SEG 8:00 Remota Assíncrona Semiotécnica do exame físico em odontologia (link da aula gravada) Michelle 9:30 Presencial Prática Controle de infecções, anamnese e aferição dos sinais vitais Turma 1 TODOS 15/12/2021 QUA 9:30 Presencial Prática Controle de infecções, anamnese e aferição dos sinais vitais Turma 2 TODOS 20/12/2021 SEG 8:00 Remota Assíncrona Pacientes com a saúde comprometida 1 (link da aula gravada) Jefferson 9:30 Presencial Prática Controle de infecções, anamnese e aferição dos sinais vitais Turma 3 TODOS 22/12/2021 QUA 9:30 Presencial Prática Controle de infecções, anamnese e aferição dos sinais vitais Turma 4 TODOS 23/12 a 9/01 RECESSO RECESSO 10/01/2022 SEG 8:00 Remota Síncrona Lesões Fundamentais Michelle 9:30 Remota Síncrona Prática lesões fundamentais TODOS 12/01/2022 QUA 9:30 Remota Síncrona Prática lesões fundamentais TODOS 17/01/2022 SEG 8:00 Presencial AVALIAÇÃO 1 TODOS 9:30 Remota assíncrona Biópsia (link da aula gravada) Michelle 19/01/2022 QUA 9:30 Remota assíncrona Biópsia (link da aula gravada) Michelle 24/01/2022 SEG 8:00 Remota Assíncrona Pacientes com a saúde comprometida 2 (link da aula gravada) Jefferson 9:30 Presencial Prática Turma 1 -Exame Físico Extra-Oral TODOS 3 -Exame Físico Intra-Oral -Biópsia 26/01/2022 QUA 9:30 Presencial Prática Turma 2 -Exame Físico Extra-Oral -Exame Físico Intra-Oral -Biópsia TODOS 31/01/2022 SEG 8:00 Remota assíncrona Exames Complementares 1 (link da aula gravada) Cláudia 9:30 Presencial Prática Turma 3 -Exame Físico Extra-Oral Exame Físico Intra-Oral -Biópsia TODOS 02/02/2022 QUA 9:30 Presencial Prática Turma 4 -Exame Físico Extra-Oral -Exame Físico Intra-Oral -Biópsia TODOS 07/02/2022 SEG 8:00 Remota síncrona Exames Complementares 2 Ellen 9:30 Remota síncrona Prática exames complementares TODOS 09/02/2022 QUA 9:30 Remota síncrona Prática exames complementares TODOS 14/02/2022 SEG 8:00 Remota síncrona Prescrição Ellen 9:30 Remota Síncrona Prática prescrição TODOS 16/02/2022 QUA 9:30 Remota Síncrona Prática prescrição TODOS 21/02/2022 SEG 8:00 Presencial AVALIAÇÃO 2 TODOS 9:30 - - - 23/02/2022 QUA 9:30 - - - 07/03/2022 SEG 8:00 Presencial SEGUNDA CHAMADA TODOS 4 LISTA DE MATERIAL PARA A CLÍNICA DE ESTOMATOLOGIA I EPI 1. Pijama cirúrgico verde e jaleco branco de manga longa e gola de padre 2. Gorro ou touca descartável 3. Máscara descartável tripla (EFB >95%) ou Máscara N95/PFF2 4. Luvas de procedimentos de látex hipoalergênico ou nitrilo 5. Luvas de plástico para usar como sobre-luva 6. Protetor Facial 7. Óculos de proteção paciente LIMPEZA E PREPARO DAS SUPERFÍCIES E DO AMBIENTE 8. Álcool a 70% 9. Borrifador transparente para o álcool 70% 10. Hipoclorito de sódio 1% 11. Borrifador opaco para o hipoclorito de sódio 1% 12. Gaze 13. Rolo de PVC 14. Papel alumínio 15. Saco plástico de sacolé 16. Babador de dupla camada (papel e plástico) 17. Canudo de 4 a 5 mm de diâmetro cortado com 7 cm 18. Rolo de saco plástico pequeno de pia 5 litros para descarte de lixo clínico, individual por atendimento LIMPEZA E PREPARO DO INSTRUMENTAL 19. Cuba plástica de imersão para lavagem de instrumental 20. Detergente enzimático concentrado 21. Escova de nylon de cabo longo para lavar instrumental 22. Luva de limpeza de borracha 23. Detergente neutro 24. Compressa campo operatório 25 x 23 para secagem de instrumental 25. Caixa plástica para guardar a luva de borracha e escova 26. Caixa para instrumental perfurada, tamanho aproximado 20x10x2 (tipo Steribox 2) 27. Embalagem tipo papel crepado ou SMS gramatura pesada de tamanho 30 x 30 cm para a caixa. . (no caso de caixa maior do que a Steribox 2, o de 40 x 40 cm é o ideal). Embalagem de USO ÚNICO 28. Fita para autoclave MATERIAIS ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA 29. Abaixador de língua de madeira * 30. 1 lâmina de bisturi descartável n°15 31. 1 Fio de sutura de seda preta 3-0 32. 1 Cabo de bisturi n° 3 33. 1 Espelho plano com cabo 34. 1 Pinça porta-agulha n0 14 ou similar 35. 1 Pinça reta anatômica 36. 1 Tesoura cirúrgica curva pequena 5 37. 1 Estetoscópio* 38. 1 Esfigmomanômetro – DE PREFERÊNCIA QUE NÃO SEJA DE VELCRO* 39. Uniforme completo (Pijama cirúrgico verde e jaleco branco de manga longa e gola de padre) 40. Espelho de mão* 41. Manual de Aulas Práticas de Estomatologia I – VERSÃO 2021.1 42. Esponja medindo 20 x 15 x 4 cm (aproximadamente) * ATENÇÃO – OS MATERIAIS MARCADOS COM O ASTERISCO SÃO DA DUPLA. OS OUTROS SÃO INDIVIDUAIS. MATERIAL NECESSÁRIO PARA AS AULAS PRÁTICAS NA CLÍNICA DE ESTOMATOLOGIA I Tema Códigos do material necessário (vide lista acima) Sala 1. Controle de infecções, anamnese e aferição dos sinais vitais 1-28, 37-41 Clínica de Estomatologia 2. Exame físico extra-oral, exame físico intra-oral e biópsia 1-42 Clínica de Estomatologia 6 CONTROLE DE INFECÇÕES – Roteiro ROTINA DE ATENDIMENTO 1. Início do dia 2. Início do atendimento 3. Final do atendimento 4. Final do dia 1. INÍCIO DO DIA 1. Retirar anéis, pulseiras e relógio 2. Lavar as mãos 3. Colocar uniforme e gorro 4. Colocar máscara e protetor facial 5. Calçar luvas grossas 6. Limpar e desinfetar o ambiente e o equipo com luvas grossas e álcool a 70%. Limpar a cuspideira com escova e detergente neutro 7. Deixar correr água das mangueiras e seringa tríplice por 30 segundos 8. Colocar as coberturas com as mãos limpas sem luvas 9. Encher o recipiente de água do equipo com água filtrada ou destilada 10. Preparar o banho de detergente enzimático 11. Preparo da sala de acordo o com o atendimento – separar antes os materiais para uso no atendimento, inclusive as sobreluvas, se for atender sozinho 2. INÍCIO DO ATENDIMENTO 1. Bochecho pré-operatório para o paciente – água, colutório comum ou a base de clorexidina 2. Posicionar o paciente e oferecer os óculos de proteção 3. Vestir máscara e óculos de proteção 4. Lavar as mãos e calçar luvas 5. Antissepsia perioral – se for procedimentocirúrgico 6. Abrir o material esterilizado 3. FINAL DO ATENDIMENTO 1. Colocar óculos/protetor facial e máscara 2. Calçar luvas grossas 3. Colocar os instrumentos no detergente enzimático 4. Remover todas as coberturas sem contaminar as superfícies 5. Descartar o lixo sólido, líquido e materiais cortantes em locais apropriados 4. FINAL DO DIA 1. Transferir o material para a área de limpeza 2. Limpar e desinfetar o ambiente e equipo com luvas grossas e álcool a 70%. Limpar a cuspideira com escova e detergente neutro. 3. Limpar o instrumental com luvas grossas e escova de cabo longo com o detergente enzimático 4. Limpar o aspirador utilizado (saliva ou bomba de vácuo) usando a solução de detergente enzimático que sobrou da lavagem do instrumental ou uma solução de água e detergente neutro 5. Lavar, secar e guardar as luvas grossas e as escovas 6. Secar e embalar o material com luvas de látex 7. Arrumar o equipo e materiais de consumo 8. Desligar o equipo 9. Remover o uniforme e touca 10. Lavar as mãos ou friccionar com álcool gel 7 GUIA PARA EMPACOTAMENTO ADEQUADO DE MATERIAIS A SEREM ESTERILIZADOS 1 - GUIAS GERAIS: - Lavar bem os instrumentos (após a pré-lavagem), caixas e bandejas em água e detergente neutro; utilize sempre as escovas de cabo longo. - Enxaguar bem; resíduos de produtos químicos, principalmente o cloro, irão ocasionar a oxidação. - Secar bem (com a compressa). - Selar a embalagem, removendo antes todo o ar possível. - Seja organizado! Limite o número de instrumentos nas caixas. Caixa abarrotada é sinônimo de falha na esterilização, perda de tempo na procura de instrumentos, aumento do risco de acidentes e maior dificuldade na secagem (ou seja, maior possibilidade de ferrugem!). 2 – PARA A AUTOCLAVE: - Utilizar somente caixas perfuradas. Os materiais das caixas podem ser resina ou metal. - Embrulhar com um dos seguintes materiais: o Papel crepado ou o Manta de polipropileno (SMS) pesado. - Grau cirúrgico somente para itens unitários, leves e não pontiagudos ou cortantes. Dar preferência ao que já vem com fita auto-selante; selar com seladora (em bom funcionamento!) se não for auto-selante. - As embalagens que possuem indicador químico dispensam o uso de fita para autoclave. - A colocação de metais diferentes na mesma embalagem irá acarretar oxidação (ferrugem). Portanto, não misture materiais, como brocas de baixa com brocas de alta rotação. - Em materiais que costumam oxidar, como as brocas de baixa rotação, aplicar um spray do óleo lubrificante da turbina (tipo o óleo da Kavo) antes de embalar para esterilizar. Este óleo previne a oxidação do seu material e não atrapalha a autoclavagem. - A turbina, micromotor, contra-ângulo e peça reta devem ter as suas partes externas limpas com água e detergente (numa gaze). Enxague bem, seque com papel, lubrifique conforme instruções do fabricante, coloque para rodar, remova o excesso da parte externa com o papel, embale e sele. No caso das turbinas, acione a água por 20 segundos antes de iniciar o procedimento de limpeza. Leia as instruções do fabricante! EM CASO DE DÚVIDAS: - Caso você tenha dúvidas sobre materiais de embalagem, técnicas de empacotamento ou temas afins, procurar a professora Ellen da Estomatologia. 8 MÉTODO DE EMPACOTAMENTO COM PAPEL CREPADO OU MANTA DE POLIPROPILENO EM CAIXAS PERFURADAS Dobradura envelope Dobradura pacote 9 EXAME DA FACE E PESCOÇO (EXTRA-ORAL) O que devemos observar: • Forma facial – fácies sindrômicos, simetria • Pele – textura, presença de manchas, descamações, nódulos • Cabelos – textura, implantação • Olhos – forma, posicionamento • Orelhas – forma, posicionamento O que devemos palpar e/ou observar: ATM Musculatura da mastigação Linfonodos – cadeias faciais, pré-auriculares e retroauriculares, submandibulares, submentonianos, jugulodigástricos (tonsilar), cervicais anteriores e posteriores, supraclaviculares... Glândulas parótidas e submandibulares Nariz e seios paranasais Músculos cervicais Glândula tireoide Traqueia Artéria carótida Aferir pulso e pressão arterial 10 EXAME INTRA-ORAL Palpar e observar: Lábios e Mucosa Labial Textura, coloração, presença de glândulas salivares acessórias, grânulos de Fordyce, fossetas Fundo de Vestíbulo Bridas, freio labial, coloração Mucosa Jugal Textura, coloração, papila do ducto da parótida, grânulos de Fordyce, linha alba, leucoedema, pigmentações Palato Duro Papila incisiva, rugosidade palatina, rafe mediana, tórus palatino, glândulas salivares, fóvea palatina Palato Mole e Úvula Coloração, textura, movimentação, úvula Orofaringe Coloração, presença das tonsilas, nódulos linfoides, pilares palatoglosso e palatofaríngeo Língua Coloração, textura, papilas filiforme, fungiformes e caliciformes (circunvaladas), fissuras, glossite migratória benigna, veias linguais, varizes linguais, fímbrias, papilas foliadas Assoalho de Boca Carúncula, glândulas submandibulares e sublinguais, freio lingual (implantação), fímbrias, agregados linfoides Músculos da Mastigação – palpação Pterigoideo lateral, temporal, masseter Gengiva marginal e inserida (Periodonto) Níveis de inserção, presença de inflamação, fístulas, abscessos, exostoses, tórus mandibular, pigmentações 11 AULA PRÁTICA DE LESÕES FUNDAMENTAIS Serão projetadas 10 imagens de lesões. 1) Identificar a localização. 2) Descrever as alterações de acordo com o quadro – usar apenas as que se aplicam ou que são verificáveis. 3) Identificar as variações de normalidade, se houver. Aspectos a serem considerados ao se descrever uma lesão: FORMA ou TIPO NÚMERO TAMANHO COLORAÇÃO SUPERFÍCIE CONSISTÊNCIA BASE MOBILIDADE BORDA 12 AULA DE ANAMNESE GLOSSÁRIO Este glossário é um resumo dos principais termos médicos utilizados na prática. Em caso de dúvida procure o seu professor. Aparelhos Respiratório e Cardiovascular Bradicardia – diminuição do número de batimentos cardíacos Bradiesfigmia – pulso lento Bradipneia – diminuição da frequência respiratória Cianose – coloração azulada da pele e mucosas Dispneia – dificuldade respiratória Epistaxe – hemorragia nasal Hemoptise – eliminação de sangue através da glote, oriundo da árvore respiratória Lipotímia – sensação de desfalecimento súbito sem perda da consciência Pleurodinia – dor torácica por doença da musculatura intercostal Síncope – episódio súbito de perda da consciência por período breve, acompanhado de parada da respiração e/ou da circulação Taquicardia – aumento da frequência cardíaca Taquipneia – aumento da frequência respiratória Taquiesfigmia – pulso rápido Vômica – eliminação de material líquido, geralmente purulento, através da glote, oriundo de cavidades (pulmonares ou não) Aparelho Digestivo Aerofagia – deglutição de ar Anorexia – falta de apetite Diarreia – eliminação de fezes líquidas, semilíquidas ou pastosas, com frequência maior que a habitual Disenteria – síndrome intestinal caracterizada por diarreia, podendo ser acompanhado de tenesmo, muco, sangue ou pus Disfagia – dificuldade de deglutição Dispepsia – qualquer alteração do mecanismo de digestão Enterorragia – eliminação de sangue “vivo” pelo ânus Eructação – eliminação de gases, sob forma ruidosa, pela boca Esteatorreia – eliminação de fezes com teor aumentado de gordura Estomatite – processo inflamatório da mucosa da boca Flatulência – sensação desagradável de presença de excesso de gás no abdômen Glossite – inflamação da língua Halitose – hálito desagradável Hematêmese – eliminação de sangue pela boca, quimicamente alterado ou não, proveniente do trato digestivo altoHiperorexia – aumento do apetite Hiporexia – diminuição do apetite Melena – eliminação de sangue pelo ânus, quimicamente alterado e proveniente da parte alta do tubo digestivo Náusea – sensação de enjôo, podendo ser acompanhada de vômito Odinofagia – dor à deglutição Parorexia – perversão do apetite Pirose – sensação de calor e ardência no estômago, ascendendo até a garganta Polidpsia – sede excessiva, com ingestão de grandes quantidades de líquidos Polifagia – fome excessiva, com ingestão de grandes quantidades de comida Queilite – processo inflamatório da pele e mucosa labiais 13 Regurgitação – eliminação, sem esforço, de pequena quantidade de bolo alimentar proveniente do estômago ou esôfago Sialorreia – aumento da salivação Tenesmo – sensação dolorosa no ânus ou bexiga, com desejo imperioso de defecar ou urinar, porém sem resultado satisfatório Vômito – eliminação, após esforço, de material contido no estômago Aparelho Geniturinário Amenorreia – ausência de menstruação Anúria – eliminação de urina abaixo de 50 ml/24 h Criptoquirdia – ausência do testículo na bolsa escrotal Dismenorreia – menstruação dolorosa Disúria – dificuldade na micção Enurese – eliminação involuntária de urina Estrangúria – sensação dolorosa (aperto) à micção Hematúria – eliminação de sangue com a urina Hipermenorreia – fluxos menstruais de volume aumentado Hiperestenúria – aumento da densidade urinária Hipomenorreia – fluxos menstruais de volume reduzido Hipostenúria – diminuição da densidade da urina Leucorreia – corrimento vaginal brancacento Menarca – a primeira menstruação Menorragia – hemorragia patológica por ocasião da menstruação Nictúria – aumento do volume urinário noturno com inversão do ritmo nictemérico Oligomenorreia – diminuição do número das menstruações Oligúria – diminuição do volume urinário nas 24 horas abaixo de 400 ml Polaciúria – necessidade imperiosa e frequente de urinar Poliúria – aumento do volume urinário nas 24 horas, acima de 1800 ml Priapismo – ereção dolorosa e duradoura do pênis, não acompanhada de desejo sexual Sistema Nervoso Analgesia – perda de sensibilidade dolorosa Anestesia – perda da sensibilidade térmica, tátil e dolorosa Anisocoria – desigualdade dos diâmetros pupilares Anosmia – perda do olfato Ataxia – perda da coordenação dos movimentos Atonia – perda do tônus muscular Barestesia – sensibilidade à pressão Barognosia – sentido para a percepção de pesos Disfonia - Alteração ou enfraquecimento da voz Dislalia - Distúrbio na articulação e pronúncia de palavras devido à lesão num órgão fonador (anomalias estruturais) ou audição prejudicada Disartria – Dificuldade na articulação das palavras devido à paralisia de órgãos da fonação – distúrbio articular devido a tensão emocional, lesão cerebral ou paralisia, incoordenação ou espasticidade dos músculos utilizados para a fala. Dismetria – perda da noção de distância Hemiplegia – paralisia de um dimídio corporal (metade esquerda ou direita) Letargia – sono patológico, profundo Midríase – aumento do diâmetro pupilar Miose – diminuição do diâmetro pupilar Nistagmo – movimentos involuntários dos olhos ou provocados Palestesia – sensibilidade vibratória Paralisia – perda do movimento voluntário de causa neurológica 14 Paraplegia – paralisia dos dois membros inferiores Paresia – diminuição da força muscular, sem chegar a paralisia Parestesia – qualquer sensação desagradável espontânea (agulhada, formigamento, câimbra), que não dor Praxia – aptidão para realizar movimentos complexos e com alguma finalidade Rigidez – hipertonia de origem extrapiramidal Vertigem – sensação de rotação dos objetos em torno do indivíduo, ou vice-versa Tetraplegia – paralisia dos 4 membros Diversos Agenesia – ausência congênita de órgão, setor ou segmento Algia – sufixo denominativo de dor Ambliopia – acuidade visual subnormal, sem alteração anatômica aparente, e que não melhora com correção óptica Amaurose – cegueira Anasarca – edema generalizado Atrofia – grande diminuição de volume de órgão, setor ou segmento primitivamente normal Diplopia – visão dupla dos objetos Hipoplasia – órgão, setor ou segmento que nunca atingiu o volume normal, sendo anatomicamente anormal Hipotrofia – atrofia em menor grau 15 16 Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro de Ciências da Saúde Faculdade de Odontologia Departamento de Patologia e Diagnóstico Oral data ____/____/____ QUEIXA PRINCIPAL:_______________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ EXAME FÍSICO Extra-oral_________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ Intra-oral_________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ Linfonodos palpáveis S N Descreva______________________________________________________ DIAGNÓSTICO(S) PROVÁVEL(IS):____________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ DIAGNÓSTICO(S) DEFINITIVO(S)____________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ E D 17 EVOLUÇÃO Dia Mês Ano Aluno Professor 18 SOLICITAÇÃO DE EXAMES COMPLEMENTARES Exercício: Solicitar DOIS exames complementares diferentes para determinadas situações hipotéticas, utilizando a página 28 do manual. 1. Identificação do paciente 2. Tipo de exame: exame radiográfico, laboratorial... 3. Material: sangue, fezes, urina, saliva 4. Listagem dos exames LEMBRE-SE 1. Cada tipo de exame deve ficar em folhas distintas. Ex. exame laboratorial e exame radiográfico. 2. Cada tipo de material deve ficar numa folha. Ex. sangue, fezes, urina e etc... 3. Sempre utilizar o esquema de lista (enumerando, quando solicitar mais de um exame). Nunca fazer o pedido por extenso, pois dificulta a compreensão por parte do técnico do laboratório. 4. Dependendo do exame, pode ser preciso especificar o motivo de sua realização (exames de imagem) 5. Datar, assinar e carimbar as folhas. Exemplo: Exame laboratorial Material: Sangue Exames:Hemograma Coagulograma 19 SOLICITAÇÃO DE PARECER e ENCAMINHAMENTO Exercício: Elaborar uma solicitação de parecer (pode ou não ser um risco cirúrgico; você quer saber alguma informação sobre seu paciente com outro profissional; haverá uma resposta dele) e um encaminhamento (você está encaminhando o paciente para ser tratado por outro profissional; não necessariamente haverá uma resposta dele), utilizando a página 30 do manual. AMBOS devem ser redigidos em forma de carta. Roteiro (sugestões): A) Situação específica Ex.: O seu paciente Fulano de Tal sabe que é diabético, mas não sabe informar detalhes da doença (paciente mal compensado). Você precisa fazer uma cirurgia nele. Portanto o risco cirúrgico é necessário. 1. Quem é e a que o seu paciente é candidato? 2. O que o seu paciente tem que justifica o pedido de parecer? 3. O que você quer do médico? B) Situação inespecífica ex.: O seu paciente informa durante a anamnese que bebe muito líquido, perdeu peso recentemente, aumentou a ingestão de alimentos e está urinando muito. Você vai solicitar ao médico uma investigação com base na sua suspeita clínica, mesmo que você não tenha que tratar este paciente. 1. O que o seu paciente tem que justifica o pedido de parecer? 2. O que você quer do médico? C) Risco cirúrgico Se for anestesia local, o risco cirúrgico pode ser solicitado ao médico que acompanha a doença de base do paciente. Se for anestesia geral, devemos solicitar os exames descritos em aula e solicitar um parecer ao cardiologista e se necessário ao médico da doença de base. NÃO SE TRATA DE PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO. LEMBRE-SE: 1. Encaminhe para um profissional específico ou para a especialidade. 2. Sempre utilize termos técnicos. 3. Seja objetivo. 4. Não se esqueça de sempre identificar o paciente, e de datar, carimbar e assinar. 20 PRÁTICA DE BIÓPSIA 1- Existem três lesões na esponja. Para realizar a biópsia de cada lesão, determine quais tipos de biópsia deverão ser realizados. 2- Supondo que seu “paciente” já esteja anestesiado, inicie a biópsia. Monte cuidadosamente a lâmina de bisturi número 15 no cabo, e inicie as incisões (em movimentos únicos, de preferência), em forma de elipse e cunha, com o auxílio da pinça reta (sem esmagar o fragmento!). Faça várias biópsias, para treinar. 3- Após a retirada do fragmento, com o uso da pinça porta-agulha, realize suturas simples, começando pelo meio da ferida, juntando as bordas na medida do possível. 4- Preencha a ficha de biópsia (página 21) VISÃO INFERIOR VISÃO INFERIOR VISÃO INFERIOR VISÃO INFERIOR VISÃO LATERAL VISÃO SUPERIOR VISÃO SUPERIOR 21 22 AULA DE PRESCRIÇÃO Exercício: Utilizando as folhas de receituário das páginas 31 a 33 do manual, elabore exemplos de prescrição para cada tipo de receituário. Utilize seu celular como auxílio. Em seguida, elabore um atestado (paciente necessita se ausentar de trabalho, aula, etc. devido ao seu procedimento) e uma declaração de comparecimento (apenas declara que o paciente esteve sob seus cuidados), utilizando a página 29 do manual. Roteiro: IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE Toda receita é uma autorização ao farmacêutico para que este venda uma determinada medicação a um determinado paciente. Desta forma é necessário, antes de tudo, identificar o paciente. ENDEREÇO DO PACIENTE Depende do receituário utilizado. NOME GENÉRICO/COMERCIAL De acordo com a legislação vigente sobre os medicamentos genéricos, para que se dê esta opção ao paciente é necessário colocar o nome genérico (nome químico) além do nome comercial (ou opção pelo similar). Um exemplo: amoxicilina (amoxil). Se forem prescritos mais de um medicamento, enumerá-los. APRESENTAÇÃO Qual a apresentação deste remédio o paciente necessita? Solução, gotas, comprimidos, drágeas, cápsulas, supositórios, xarope, colírio, creme, pomada, orabase... Por outro lado, devemos também especificar a quantidade de medicamento por unidade posológica. Desta forma, podemos escrever (exemplo): 2mg/5 ml = cada 5 ml de solução temos 2 mg da substância ativa 500 mg – cápsulas = cada cápsula contém 500 mg da substância ativa QUANTIDADE Para definirmos a quantidade que o paciente vai tomar é necessário saber por quanto tempo o paciente irá fazer uso do medicamento. Nos casos em que o tempo do tratamento é uma incógnita, devemos prover quantidade suficiente até a próxima consulta. Ex: 1 caixa, 2 blisters, 1 frasco-ampola, 1 vidro... PRESCRIÇÃO PROPRIAMENTE DITA = DOSE (DOSAGEM – VIA – INTERVALO – TEMPO) Neste local da receita, deve-se informar ao paciente como ele deve utilizar a medicação em questão. A dosagem pode ser referida em diversas grandezas, devendo-se ter o cuidado de especificar a quantidade de unidades posológicas: 2 (duas) colheres de sopa, 3 (três) comprimidos, 1 (uma) drágea... A via deve ser especificada: via oral, sublingual, retal, intramuscular, venosa... (Alguns preferem inserir a via como o “cabeçalho" da receita, sendo inserido antes do nome do medicamento) O intervalo entre as aplicações: de 6/6 horas, de 15/15 minutos, uma vez ao dia... O tempo total durante o qual se planeja que o paciente faça uso da medicação ou até a próxima consulta de revisão: dose única, por 5 dias, por 3 meses... Ex: Ingerir 2 comprimidos via oral, de 8/8 horas, por 4 dias. Aplicar 1 ampola, IM, de 12/12 horas, por 6 dias. 23 DETALHES IMPORTANTES: Às vezes, são necessários outros esclarecimentos ... enquanto sentir dor... ... junto com as refeições... ...em jejum... ...IM, na região glútea... A prescrição propriamente dita, que explica o uso, deve ser elaborada com linguagem acessível ao paciente. LOCAL E DATA ASSINATURA E CARIMBO DO PROFISSIONAL Lembre-se: o carimbo não foi feito para ficar em cima da assinatura!!! 24 RECEITUÁRIO DE CONTROLE ESPECIAL Adendos da LISTA A (entorpecentes): - Buprenorfina - Codeína - Tramadol Adendos da LISTA B (psicotrópicos): - Zolpidem - Zopiclona LISTA C1: Antidepressivos e Anticonvulsivantes: - Amitriptilina - Carbamazepina - Escitalopram - Fenitoína - Fluoxetina - Gabapentina - Oxcarbazepina - Pregabalina AINS inibidores da COX2 - Celecoxibe - Etoricoxibe - Lumiracoxibe - Rofecoxibe ANTIMICROBIANOS – não pertencem às listas - Amoxicilina - Clavulin - Cefalexina - Metronidazol - Associação corticoide + antibiótico (nomes comerciais: gingilone pomada ou omcilon a M creme) RECEITUÁRIO AZUL LISTA B1 (psicotrópicos) – receituário B e comum - Alprazolam - Clonazepam - Diazepam - Flunitrazepam - Midazolam RECEITUÁRIO COMUM 1ª receita – prescrição para o paciente do medicamento da lista B1 2ª receita: qualquer AINS ou medicamento não controlado 25 26 27 28 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE ODONTOLOGIA Receituário Local e data Assinatura e carimbo UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE ODONTOLOGIA Receituário Local e data Assinatura e carimbo Aula de exames complementares 29 Aula de atestado e declaração de comparecimento UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE ODONTOLOGIA Receituário Local e data Assinatura e carimbo UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE ODONTOLOGIA Receituário Local e data Assinatura e carimbo 30 Aula de solicitação de parecer e encaminhamento UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE ODONTOLOGIA Receituário Local e data Assinatura e carimbo UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE ODONTOLOGIA Receituário Local e dataAssinatura e carimbo 31 Aula de prescrição UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE ODONTOLOGIA Receituário Local e data Assinatura e carimbo UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE ODONTOLOGIA Receituário Local e data Assinatura e carimbo 32 RECEITUÁRIO DE CONTROLE ESPECIAL 1ª VIA FARMÁCIA 2ª VIA PACIENTE Carimbo e assinatura Paciente:____________________________________________ Endereço:____________________________________________ Prescrição:___________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ Data ___/___/______ IDENTIFICAÇÃO Dr. Sem Dor CRO RJ 10000 R. Qualquer s/ n° tel. 2200-0000 Rio de Janeiro RJ IDENTIFICAÇÃO DO COMPRADOR IDENTIFICAÇÃO DO FORNECEDOR Nome:____________________________ _________________________________ Identidade: ___________ Órgão:______ Endereço:_________________________ _________________________________ Cidade: ________________UF:_______ Telefone:_________________________ _______________________ ___/___/___ Assinatura do Farmacêutico data RECEITUÁRIO DE CONTROLE ESPECIAL 1ª VIA FARMÁCIA 2ª VIA PACIENTE Carimbo e assinatura Paciente:_____________________________________________ Endereço:____________________________________________ Prescrição:___________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ Data ___/___/______ IDENTIFICAÇÃO Dr. Sem Dor CRO RJ 10000 R. Qualquer s/ n° tel. 2200-0000 Rio de Janeiro RJ IDENTIFICAÇÃO DO COMPRADOR IDENTIFICAÇÃO DO FORNECEDOR Nome:____________________________ _________________________________ Identidade: ___________ Órgão:______ Endereço:_________________________ _________________________________ Cidade: ________________UF:_______ Telefone:_________________________ _______________________ ___/___/___ Assinatura do Farmacêutico data 33 Aula de prescrição
Compartilhar