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Julia Paris Malaco Eletrocardiograma Onda P (primeira onda positiva: despolarização atrial - significa contração atrial - que o estimulo passou pelo átrio para que ele pudesse enviar o sangue para o ventrículo Complexo QRS: despolarização ventricular – contração com ventrículo para que ele possa mandar o sangue para o corpo Onda Q primeira onda negativa Onda R positiva Onda S negativa Onda T (positiva): repolarização ventricular – relaxamento do ventrículo – após o ventrículo mandar o sangue para o corpo, ele relaxa O eletro é um papel milimetrado formado por quadrados que agrupam 25 pequenos quadradinhos Cada quadrado menor equivale a 1mm e 0,04 segundos Cada quadrado maior equivale a 5mm e 0,20 segundos Portanto cada quadrado grande equivale a 0,20 segundos Intervalo PR (normal até 0,20s ou 5 quadradinhos) Ritmo regular: distância entre duas ondas R é sempre a mesma Ritmo irregular: quando as distancias são de tamanhos diferentes QRS estreito: o normal para o QRS é que do início ao fim ele tenha um tamanho de no máximo 3 quadradinhos menores, ou seja, 0,12 segundos QRS alargado: quando tem mais que 0,12 segundos Frequência cardíaca: Quando o ritmo for regular, pode-se calcular a frequência por esse método: vendo pelas linhas que dividem os quadrados maiores, se o ritmo estiver regular e alguma onda R estiver em cima dessa linha, começa-se contando de forma decrescente, a partir da próxima linha com os números 300 150 100 75 60 50 43 37 33, até chegar na próxima onda R, o número que chegar na próxima onda R é a frequência cardíaca Mais um método para calcular a frequência exata ainda no ritmo regular, é pegar qualquer QRS e contar quantos quadrados menores terão até o próximo QRS, ou seja, o número de quadradinhos entre 2 QRS Cada quadradinho no papel de ECG representa 0,04s, assim como em 1 minuto temos 60 segundos 60/0,04 seg = 1500 Para calcular a FC por minuto, faz-se 1500/número quadradinhos entre 2 QRS consecutivos Outro método é quando o ritmo é irregular, a derivação de D2 longo (a qual marca 10 segundos de batimentos), conta-se quantos QRS estão presentes e multiplica o valor por 6. Exemplo: 17x6 = 102bpm Ritmo normal/sinusal: Onda P positiva nas derivações D1, D2 e aVF, regular e FC entre 60 e 100bpm, após toda onda P deve-se ter o QRS e todas as ondas P devem ter a mesma morfologia Julia Paris Malaco Bradiarritmias e bloqueios atrioventriculares Se dá pela frequência cardíaca menor que 60bpm Bradicardia sinusal Bloqueio AV 1ºgrau Bloqueio AV 2º Grau BAVT Bradicardia sinusal Onda P positiva em D1, D2 e Avf QRS estreito e regular FC menor que 60bpm Causas: Atletas Medicamentoso (atenolol, carvedilol, amiodarona, digoxina – esses medicamentos diminuem a FC) Hipotiroidismo Hipercalemia (potássio alto) Sono Passagem SNG Hipertensão IC Vagotonia Bloqueio AV 1º grau Defeito na condução do estimulo pelo no atrioventricular. O estimulo nasce normalmente no nó sinusal mas na hora de repassar esse estimulo ao nó AV ocorre um bloqueio que não permite a condução correta. É definido por Intervalo PR (distância entre o início da onda P até o início do QRS) > 0,20s (5 quadradinhos – que é o normal) Na verdade não há bloqueio verdadeiro, porque ainda depois de toda onda P segue-se seu respectivo QRS, o que configura um ritmo normal, apenas com maior lentidão na condução do estímulo elétrico, ou seja, o intervalo PR fica maior que 0,20 segundos. Se houvesse realmente o bloqueio, não existiria o QRS porque o estimulo não iria passar pelo nó AV e não ativaria o ventrículo (QRS significa ativação do ventrículo, se não tem é porque não teve ativação) Bloqueio AV 2º grau – mobitz I Realmente ocorre um bloqueio, onde depois da onda P não tem QRS correspondente. Esse bloqueio ocorre de forma progressiva e crescente, ou seja, cada vez mais a distância entre a onda P e o QRS vai aumentando até que se tenha o bloqueio em si. Isso significa que a força do estimulo vai diminuindo cada vez mais, até que esse estimulo não tenha mais força para ativar o ventrículo, fazendo o bloqueio, porque se o ventrículo não ativa, não se tem QRS O ritmo é regular Bloqueio AV 2º grau - mobitz II Também ocorre um bloqueio verdadeiro, sem QRS após a onda P (sem ativação do ventrículo/despolarização/contração, sem fluxo sanguíneo) Esse bloqueio ocorre de forma súbita, ou seja, a distância entre a onda P e o QRS não aumenta, é constante, continua sempre igual até que se tenha um bloqueio. Pode ocorrer 2 bloqueios seguidos. O ritmo é regular. BAVT - Bloqueio AV 3º grau (total) Nenhum dos estímulos que nascem no nó sinoatrial consegue passar pelo nó AV, causando o bloqueio. O estimulo nasce, ativando o átrio (onda P presente), mas não consegue seguir seu caminho (sem ativação do ventrículo, sem QRS). Como não está havendo nenhum estimulo pelo nó AV, para que o paciente não morra, o corpo desenvolve outra região/foco de estimulo. Que age como um substituto para que haja contração/ativação ventricular. Não é o mesmo estimulo, porque o estimulo inicial mandado pelo nó sinoatrial morreu quando chegou no nó atrioventricular, assim outro foco foi criado e outro estimulo foi mandado para o ventrículo fazendo a função do nó AV que estava Julia Paris Malaco bloqueado, portanto ficam dois batimentos diferentes ocorrendo ao mesmo tempo, o do estimo do nó sinusal e o do estimulo do novo foco ventricular. O “QRS” no papel aparece, mas não é o verdadeiro QRS. O diagnostico a princípio é feito por exclusão porque não é possível visualizar os dois batimentos ao mesmo tempo e a presença do “QRS” confunde. Então por exclusão o BAVT o intervalo PR não é nem crescente, nem constante e geralmente a FC é muito baixa. Também ajuda no diagnostico analisar a distância entre as ondas P (ativação do átrio), porque é constante pois ela está nascendo sempre do mesmo lugar. As vezes a onda P é difícil de ver porque não está no lugar habitual. Também é possível ver constância entre o “QRS” (ativação do ventrículo) porque mesmo sendo outro local que manda o estimulo ao invés do nó AV, ele continua nascendo do mesmo lugar. Tem-se assim dois batimentos, um do átrio e um do ventrículo. Taquiarritimias Se dá pela FC maior que 100bpm Taquicardia sinusal Fibrilação atrial Taquicardia supraventricular Taquicardia ventricular Instabilidade hemodinâmica FC muito alta a ponto de causar uma emergência e risco de morte, sendo necessária cardioversão imediata (não da tempo de esperar o efeito do medicamento) Rebaixamento nível consciência Hiporresponsividade Hipotensão sintomática (síncope, pele fria) Dor precordial anginosa (maior consumo de O2) Congestão pulmonar (dispnéia) Outros sintomas: palpitações, fadiga, tontura No paciente com FC muito alta, o enchimento do ventrículo não é suficiente para ser mandado para o corpo, porque o coração está batendo tão rápido que não tem tempo para relaxar para receber o sangue do átrio, quanto mais ele relaxa, mais sangue ele recebe, então com FC muito alta ele não dá tempo de relaxar, não conseguindo receber todo o sangue necessário para o corpo, causando instabilidade hemodinâmica Taquicardia sinusal Onda P positiva em D1, D1 e aVF QRS estreito e regular FC maior que 100bpm Na taquicardia sinusal é possível diferenciarfacilmente a onda P e a onda T Causas: Hiperatividade simpática (adrenérgica): dor, medo, estresse, infecção, pós-cirúrgico Hipovolemia, sangramento Hipoglicemia Queimadura, desidratação Sepse Drogas (dobutamina/noradrenalina) Não deve tratar taquicardia sinusal com medicamento, porque é uma reação fisiológica do corpo. Por exemplo, em um trauma a FC aumenta para compensar a perda sanguínea, se diminuir o batimento, diminui o fluxo de sangue e oxigênio que é necessário para o corpo. Deve-se tratar a causa da FC elevada: Hipovolemia: hidratação (SF0,9%---500-1000ml EV) Medo, ansiedade, estresse, dor: ansiolítico (Diazepan) Dor: analgesia (Morfina,tramal,fentanil) Febre: antitérmico (Dipirona,paracetamol) Hipoglicemia: glicose 50% Julia Paris Malaco Taquicardia supraventricular paroxística Defeito no nó AV O nó AV tem dois caminhos diferentes, fazendo com que o estimulo se perca. É um defeito congênito FC 120-220 Início súbito QRS estreito e regular Sem onda P aparente – não é possível diferenciar onda P de onda T Como tratar: Massagem Seio Carotídeo Adenosina 6mg EV bolus, 12mg/12mg Metoprolol 5mg EV repetir até total 3 doses Amiodarona 300mg + SF0,9%-100ml EV em 30min Cardioversão elétrica O eletro só vai estar alterado no momento da crise, se for feito de rotina não vai aparecer alteração Fibrilação atrial FC 120-220 Início súbito QRS estreito Ritmo irregular Sem onda P bem delimitada Causas: Aumento de AE (principal causa, porque o aumento desregula a parte elétrica) Insuficiência cardíaca Pós-operatório cirurgia cardíaca Hipertiroidismo Libação alcóolica (o álcool em excesso altera a parte elétrica do coração) É a arritmia mais comum. Na FA, o átrio não consegue se contrair e ao invés disso ele começa a “tremer”, deixando o fluxo do átrio pro ventrículo lento e diminuído, porque o sangue fica mais tempo parado dentro do atrio devido a falta de contração que não permite que ele mande o sangue para o ventrículo, com esse sangue parado, tem-se o risco da formação de trombos e coágulos sanguíneos, fazendo que quando esse sangue saia, esse trombo vai para o cérebro e pode causar um AVC A FA ocorre quando vários estímulos, além do nó sinusal, estão acontecendo ao mesmo tempo, como se vários pontos do átrio fizessem a mesma função do nó sinusal, como são muitos estímulos o átrio começa a bater muito rápido, e tão rápido (300bpm) que ao invés de bater, começa a tremer/fibrilar. Quando sentimos a FC no pulso do paciente com FA, essa FC é a do ventrículo esquerdo, que nem sempre é a mesma do átrio, como no caso da FA, porque apenas o átrio vai estar fibrilando e não o ventrículo. O ventrículo não fibrila porque o nó AV bloqueia metade dos estímulos para que o ventrículo não comesse fibrilar também, porque isso poderia causar uma parada cardíaca, por isso a fibrilação é somente atrial. Por isso, quando vemos a FC do paciente ela aparentemente vai estar normal, mas o ritmo do eletro mostra que não, por conta que os estímulos do átrio estão sendo bloqueados pelo nó AV para que o ventrículo não tenha fibrilação, e assim diminui a FC Julia Paris Malaco É sempre importante nas taquiarrtmias, analisar a instabilidade hemodinâmica para que se possa tratar da maneira correta. Instável: rebaixamento do nível e consciência, hipotensão sintomática, dispneia, angina o Quando o paciente está instável, deve-se agir imediatamente – não dar remédio porquê não da tempo de esperar fazer efeito – a conduta em casos de instabilidade é a cardioversão. Estável: qualquer outro sintoma que não se encaixe na instabilidade – palpitação, mal estar, tontura. Se tiver estável, é muito importante saber há quanto tempo faz que o paciente começou a ter sintomas para tratar de forma correta. o Quando os sintomas tiverem mais de 48 horas, não se deve reverter a FA com medicação, porque não se sabe se houve a formação de coágulos sanguíneos por conta da FA – se for dada a medicação, o ritmo vai diminuir, parando a fibrilação mas também vai soltar aquele coagulo que vai seguir pela aorta e chegar ao cérebro, podendo levar a um AVC. Nesse caso, faz-se o controle apenas da FC com medicação (metoprolol), não reverte a arritmia, apenas diminui a frequência dela, nisso tem-se o risco de causar trombos futuramente, por isso é preciso dar também anticoagulantes para o paciente (xarelto) o Quando os sintomas tiverem menos de 48 horas, o tratamento é com a medicação – a primeira escolha e mais comum é amiodarona – se não reverter apenas com medicação, faz-se cardioversão Taquicardia ventricular monomórfica FC 100-250 QRS alargado e regular Todos os QRS com mesma morfologia Nessa taquicardia, estimulo elétrico não nasce mais no nó sinusal (por conta de alguma outra doença grave), e o foco do nascimento dos estímulos passa a ser no ventrículo, e com isso o QRS começa a ser alargado, por uma maior ativação do ventrículo. O paciente pode ter pulso, mas também pode estar parado, existem as duas possibilidades. Causas: ICC grave Miocardiopatia Chagásica Doença coronária/IAM (isquemia) Miocardite aguda Hipomagnesemia Sempre olhar se tem instabilidade hemodinâmica Amiodarona 300mg + SF0,9%-150ml EV em 30min Sulfato de Magnésio 1-2g EV em bolus Lidocaína (Xylocaína) Ritmo após cardioversão elétrica: Julia Paris Malaco Taquicardia ventricular polimórfica FC 100-250 QRS alargado QRS com morfologia diferente Bloqueios de ramo O caminho dos estímulos elétricos segue do nó sinusal para o nó atrioventricular que tem dois caminhos – o ramo esquerdo que vai para o ventrículo esquerdo, e o ramo direito que vai para o ventrículo direito – e o estimulo chega em cada ventrículo ao mesmo tempo, fazendo com que eles se contraiam ao mesmo tempo. Bloqueio de ramo direito Ocorre um bloqueio do estimulo no ramo direito, não deixando ele chegar no ventrículo direito impedindo que ele se contraia. Como o corpo precisa fazer algo para que o ventrículo possa bater, o estimulo que passou normalmente pelo ventrículo esquerdo, dá a volta e estimula também lado direito, nesse caso pela lógica, o ventrículo esquerdo bate/contrai primeiro que o direito. Derivação V1: QRS estreito - o normal é que se tenha onda P, onda R pequena e estreita e onda S grande, pode ou não ter a onda Q. No boqueio de ramo direito a onda R vai estar alargada – porque o estimulo demora mais para chegar no VD (Só por curiosidade, dentro do complexo QRS, o VD é melhor representado pela onda R e o VE é melhor representado pela onda S) Duração QRS> 120ms – (QRS alargado) Onda S alargada ("meseta") em V5 V6 e D1 Alteração (secundária da repolarização) – segmento ST e onda T negativa e assimétrica em V1 e V2 Padrão rsR ou rR alargada em V1 e V2. Causas: Doença de Chagas TEP Hipertensão arterial Pode ocorrer em pessoas sem patologia Bloqueio de ramo esquerdo QRS alargado com duração >0,12s Onda R alargada com entalhe ou empastamento em D1 V5 e V6 Onda S alargada com espessamento ou entalhe em V1 e V2 Nesse caso, o ramo esquerdo donó AV que está bloqueado, portanto o estimulo passa pelo VD, dá a volta e ai sim vai estimular o VE, tendo atraso na ativação do VE Julia Paris Malaco Causas: Insuficiência cardíaca Portador de marca-passo Doença coronariana Cardiopatia hipertensiva (risco de taquicardia ventricular – parada) ECG na doença coronariana Isquemia Necessidade de oxigênio do miocárdio diferente da oferta desse oxigênio – pode ocorrer ou por aumento do consumo normal ou por diminuição da oferta normal Pode ocorre por exemplo por uma hipertensão sem controle, na qual o musculo do coração (miocárdio) começa a hipertrofiar necessitando cada vez mais de oxigênio do que normalmente, e o corpo não tem esse oxigênio para suprir essa maior necessidade A isquemia está associada com a onda T Alteração inespecífica repolarização ventricular – onda T: Corresponde a repolarização ventricular (relaxamento). Onda T normal é assimétrica (início mais lento e final rápido), arredondada e geralmente positiva na maioria das derivações, exceto AVR. Quando a onda T for negativa mas rasa ou achatada significa uma alteração inespecífica da repolarização ventricular, Quando a onda T for positiva e apiculada ou negativa e bem profunda significa que pode estar havendo isquemia Onda T negativa, profunda e simétrica: sugere isquemia – isquemia epicárdica (geralmente é mais grave) (É mais profunda que no exemplo) Onda T apiculada, bem alta: sugere isquemia – isquemia endocárdica (é mais comum de ocorrer) Essa alteração também pode ocorrer em outras disfunções como: hiperpotassemia – a certeza do diagnostico se dá pelos sinais e sintomas (É mais alta que no exemplo) Quando a isquemia começa a ficar mais grave, passa a ser uma lesão, a qual está associada ao segmento ST. Lesão Isquemia mais avançada/grave Quando o segmento ST está para baixo da linha de base: é um infradesnivelamento de ST - sugere lesão endocárdica – obstrução subtotal Julia Paris Malaco Quando o segmento ST está para cima da linha de base: é um supradesnivelamento – esse sugere lesão epicárdica – obstrução total (mas nem todo supra é infarto em si) Na obstrução total (da artéria coronária) não chega oxigênio nas células do coração, que são os miocitos, dentro deles tem troponina, sem oxigênio os miocitos morrem e liberam a troponina no sangue, o que indica a morte desses miocitos. Algumas vezes o eletro pode vir normal e o exame de troponina também, mesmo com o paciente tendo sintomas, assim é importante fazer um cateterismo para ver a obstrução da artéria, que dependendo da porcentagem pode indicar uma angina estável e não infarto ainda. Eletro que sugere isquemia epicárdica: Eletro que sugere isquemia endocárdica: Importante lembrar que: o eletro só sugere obstrução total de 100% quando houver supra. Dependendo da artéria e da região que está totalmente obstruída, e o quando aquela artéria irriga do coração, o paciente pode não estar sentindo nada e a alteração vir apenas no eletro. Então, temos: Importante: toda vez que o eletro apresentar supra e o paciente estiver com sintomas, é uma emergência. Não se deve esperar a troponina. O paciente deve ser mandado para a hemodinâmica imediatamente para colocação de um stent, caso a hemodinâmica demore é preciso dar uma medicação trombolítica ECG na pericardite aguda Pericardite é uma inflamação que aumenta a necessidade de oxigênio do miocárdio. Como é uma inflamação generalizada, o eletro apresenta alterações de supra na maioria das derivações, por isso é importante analisar a clínica da pericardite, que será diferente da dor anginosa e vai indicar que não é um infarto Julia Paris Malaco ECG no TEP Padrão S1, Q3, T3 – onda S em D1, onda Q em D3 e onda T negativa em D3 Casos clínicos Para facilitar, é bom que vejamos uma ordem para analisar o eletro: 1. Ritmo 2. Frequência cardíaca 3. Olhar D2 longo (ver bloqueio e intervalo PR) 4. Olhar V1 5. Olhar onda T Caso 1: Paciente 68anos, encaminhada ao PA da Santa Casa com quadro de “batedeira no peito” há 12h, associado a pele fria e pegajosa – PA:70/50mmHg FC: 126 – taquicardia Ritmo irregular Fibrilação atrial: ritmo irregular, onda P mal delimitada Instabilidade hemodinâmica: hipotensão sintomática – cardioversão Caso 2: Paciente 80anos, chega ao PA com quadro de sonolênica e rebaixamento nível consciênica – Qual ritmo abaixo? Conduta? FC: 144 – taquicardia Ritmo irregular Fibrilação atrial – ritmo irregular e onda P mal delimitada Instabilidade hemodinâmica: rebaixamento do nível de consciência Caso 3: Paciente 36anos, chega ao PA com após acidente de moto – relato de sangramento importante na rodovia – no momento –dor intensa e PA:90/60mmHg – ritmo? Conduta? FC: 150 – taquicardia Ritmo sinusal regular Taquicardia sinusal – onda P positiva em D1, D2 e aVF e é possível identificar onda P e onda T – tratar a causa – hipovolemia e dor Caso 4: Paciente 70anos, chega ao PA com queixa de dispnéia aos esforços e edema MMII – ritmo? Hipótese diagnóstica? FC: 75 – normal Ritmo sinusal regular Bloqueio de ramo esquerdo - onda S alargada em V1 (mais de 3 quadradinhos) Pode ser por IC Julia Paris Malaco Caso 5: Paciente 22anos, chega ao PA com palpitaçoes e mal-estar há 1hora após ingesta excessiva de energético. Nega comorbidades. Ritmo? Conduta? FC: 186 – taquicardia Ritmo e irregular Fibrilação atrial – irregular e onda P mal delimitada Estabilidade hemodinâmica – sem sintoma e tempo menor que 48h – amiodarona Caso 6: Paciente 32anos, chega ao PA com queixa de “aceleramento” no peito e mal-estar há 3horas. Nega comorbidades. Ritmo? Conduta? FC: 150 - taquicardia Ritmo regular Taquicardia supraventricular – não é possível diferenciar onda P e onda T Estável hemodinamicamente – adenosina (1º escolha para taqui-supra, a 2º é amiodarona) Caso 7: Paciente 60anos, chega ao PA com queixa de “dor torácica em queimação” e mal- estar há 3horas. Tabagista e diabético. Ritmo? Conduta? Doença coronariana – supra de ST e dor de característica anginosa – trombolítico e encaminhamento para hemodinâmica. Caso 8: Paciente 32anos, chega ao PA com queixa de dispnéia súbita há 2horas. Nega comorbidades. Ritmo? Conduta? FC: 120- taquicardia Ritmo sinusal e regular Taquicardia sinusal – onda P positiva em D1, D2 e aVF
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