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IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 1 Estruturas e desenvolvimento das neuroses Professora: Roseli D Morais IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 2 Introdução O termo Neurose foi criado pelo médico escocês Willian Cullen em 1769 para indicar desordens de sentidos e movimento’ causadas por ‘efeitos gerais do sistema nervoso. Na psicologia moderna, é sinônimo de psiconeuroses ou distúrbio neurótico e se refere a qualquer desordem mental que, embora cause tensão, não interfere com o pensamento racional ou com a capacidade funcional da pessoa. Essa é uma diferença importante em relação à psicose, desordem mais severa. A palavra deriva de duas palavras gregas: neuron (nervos) e osiõ (condição doente ou anormal). A neurose na teoria psicanalítica, é uma estratégia ineficaz para lidar com o sucesso e com algo, o que Sigmund Freud propôs ser causado por emoções de uma experiência passada, causando um forte sentimento que dificulta a reação ou interferindo na experiência presente. Por exemplo alguém que foi atacado por um cachorro quando criança pode ter fobia ou um medo intenso de cachorros. Porém, ele reconheceu que algumas fobias são simbólicas e expressam o medo reprimido. Na teoria da psicologia analítica, de Carl Jung, a neurose resulta do conflito entre duas partes psíquicas, das quais uma deve ser inconsciente. Todos nós temos alguns sintomas neuróticos, frequentemente manifestados nos mecanismos de defesa do ego que ajudam a lidar com a ansiedade. Mecanismos de defesa que resultam em dificuldades para viver são chamadas ‘neuroses’ e são tratados pela psicanálise, psicoterapia ou outras técnicas psiquiátricas. Apesar de sua longa história, o termo ‘neurose’ não é mais de uso comum. Os atuais sistemas de classificação abandonaram a categoria ‘neurose’. O DSM IV eliminou a categoria por completo. Desordens primeiramente chamadas de neuroses agora são descritas sob títulos de ansiedade e desordens depressivas. IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 3 Apesar de sua longa história, o termo ‘neurose’ continua controverso, e já se discutiu que é necessário um termo mais apropriado para substituí-lo. Apresentação A prática de Freud foi dedicada muito amplamente ao tratamento de neuróticos, e foi nesta área que ele fez suas contribuições clínicas mais duradouras. Depois de uma série de tentativas na década de 1890, de 1900 a 1914, ele virtualmente resolveu o problema da neurose, que tornou- se então parte integral de toda a teoria psicológica e psiquiátrica. Ainda não é bem reconhecido o grau em que Freud resolveu os problemas técnicos da neurose. Em primeiro lugar, ele estabeleceu que a neurose era um problema psicológico digno de estudo e não uma forma de degeneração hereditária ou fingimento, como se acredita até então. Em segundo lugar, ele reformulou os sintomas disparatados que seus predecessores e colegas tinham descrito, dividindo-os em duas grandes entidades clínicas– neurose obsessiva (o próprio termo provém de Freud) e a histeria. A histeria foi ainda subdividida em histeria de conversão e histeria de ansiedade. Ambas as designações foram de Freud. Em terceiro lugar, em termos da teoria da libido, ele determinou o que poderia ser considerado como curso normal de desenvolvimento e mostrou como a neurose podia ser tornada inteligível por referência a este desenvolvimento normal. Em quarto lugar, ele demonstrou que a neurose e a normalidade diferem apenas em grau, não em qualidade, e desta forma desenvolveu ou neurótico (e mais ainda o psicótico) um lugar na sociedade. Em quinto lugar, ele estabeleceu que estas neuroses são tratáveis pela psicanálise, e que a psicanálise é o melhor tratamento para elas. Ainda hoje, o termo ‘neurose’ tem apenas uma vaga definição. IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 4 Quando Freud começou, ele escreveu sobre ‘neuropsicoses’, uma designação que hoje em dia seria imaginável. Para Freud a neurose sempre será o conflito entre duas forças antagônicas, um desejo de prazer (pulsão) o medo da punição (moral e social). O que é Neurose? Segundo o Dicionário de Psiquiatria, editado pelo Hospital das Clínicas da USP e organizado pelo Dr. Hélio Elkis, a palavra Neurose foi criada pelo médico escocês William Cullen no fim do século XVIII, para designar distúrbios das sensações e movimentação corporal, sem uma lesão anatômica correspondente na rede nervosa. No início do século XX o termo popularizou-se graças a difusão das ideias de Freud e da psicanálise, significando conjuntos de sintomas resultantes principalmente de conflitos psicológicos e recalques inconsciente. Este conceito prevaleceu na Psiquiatria até a década de 60, em que os transtornos mentais eram distribuídos em dois grandes grupos: psicoses e neuroses. As psicoses, consideradas doenças mentais mais graves, atribuíam-se causas orgânicas ou funcionais; as neuroses tidas como menos graves, teriam origem nos conflitos emocionais e traumas psicológicos. As pesquisas das últimas décadas mostraram que esta distinção não se sustenta; nas neuroses, embora os eventos vitais tenham capital importância, mecanismos químicos de neurotransmissor participam, também, da produção e manutenção dos sintomas, e os fatores genéticos são igualmente significativos. Considera-se que, nas neuroses, a autodeterminação e capacidade de discernimento não são afetadas seriamente. Em muitos casos, o tratamento apenas psicológico não é o suficiente, sendo necessário o suporte medicamentoso, até para possibilitar maior aproveitamento da psicoterapia e conforto do paciente ao longo da resolução de seus conflitos. Na atual classificação oficial de doenças (CID 10), são registrados os seguintes transtornos neuróticos: fóbico-ansiosos, transtornos de ansiedade, obsessivo- IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 5 compulsivo, reações de estresse e transtornos de ajustamento, transtornos dissociativos, onde se incluem neurastenia e despersonalização. Cada um desses quadros apresenta subdivisões e formas com sintomas diferentes, que só psiquiatra pode distinguir e tratar adequadamente. Classificação das Neuroses Reconhecer que o indivíduo é neurótico implica numa visão conceitual, estatística e valorativa, onde o relacionamento sujeito-objeto (pessoa-mundo) está prejudicado e o observador, quase intuitivamente, percebe esta não- normalidade até sem muita dificuldade. Classificar este tipo de relacionamento neurótico, entretanto, exige uma atitude clínica criteriosa. Os processamentos de diagnóstico, cada vez mais internacionalizados, favorecem uma maior homogeneidade denominada e uma maior especificidade de diagnóstico gráfico. Conflito Neurótico Os conflitos neuróticos baseiam-seem bloqueio das descargas necessárias e, desta forma, cria um estado de represamento. Este por sua vez, origina gradativamente, insuficiência relativa de capacidade que tem o ego de controlar a excitação. Os fatores que precipitam as neuroses devem ser vistos como traumas relativos; os estímulos que sem o estado de represamento, teriam sido controlados facilmente criam insuficiência relativa. O conflito neurótico é o conflito que surge entre uma tendência que luta pela descarga (lembranças e verbalização de um fato ou ideia que contenha um conteúdo afetivo inconsciente) e outra tendência que tenta impedir essa descarga. De modo geral é licito equiparar as tendências que lutam pela descarga ao impulso (impulsos instintivos = id), ou seja a decisão sobre a permissibilidade ou não da respectiva descarga foi definida como sendo função do ego. O conflito neurótico produz-se entre impulsos, isto é, entre o id e o ego. IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 6 Mundo Exterior nos Conflitos Neuróticos Os Motivos de defesas se enraízem em influencias externas, o mundo (é o estado psicológico permite ao ser humano demonstrar os seus sentimentos e emoções a outro ser ou objetos) exterior como tal não pode reprimir, mas apenas obriga o ego a desenvolver forças repressoras. Um conflito original entre o id e o mundo deve ter-se transformado em conflito entre o id e o ego antes do desenvolvimento de conflitos neuróticos. Na discussão das neuroses traumáticas, viu-se que o desmaio e o bloqueio de percepções ulteriores provam a possibilidade do mundo exterior (as percepções) ser rejeitado. Fenômeno na mesma natureza ocorre nas neuroses: há alucinações negativas que representam rejeição de alguma parte do mundo exterior. Há vezes em que parte do mundo exterior é rejeitada não para o fim de evitar a mobilização de um instinto, e sim para o fim de negar a ideia de ser possivelmente perigoso ou doloroso o ato instintivo, é possível rejeitar o caráter proibitivo do mundo exterior, é um tipo de negação que, em geral não pode ir longe às neuroses, pois a função que tem o ego de testar ou ajuizar a realidade impede falsificação por evidencias. Existem atitudes defensivas contra percepções penosas, do mesmo modo que existem defesas contra qualquer sofrimento. Entretanto, nas neuroses que se baseiam em bloqueio da descarga, as defesas contra os impulsos instintivos permanecem no primeiro plano; as defesas contra as percepções (e os afetos) parecem servir, primeiro e antes de tudo, às defesas contra os instintos. O conflito neurótico produz-se entre o ego e o id. O Superego nos Conflitos Neuróticos IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 7 Sem dúvida que o superego complica um tanto o quadro. Há neuroses que o conflito ego versus id melhor se formularia ego mais superego versus id; outras em que a formula seria: ego versus id mais superego. Uma vez estabelecido, o superego é responsável em larga medida pela decisão concernente a que descargas se permitem e que descargas se negam. O ego que rejeita, atua comandado pelo superego; e quando não é simples ansiedade, mas os sentimentos de culpa que motivam a defesa, teremos a formula ego mais superego versus id. O superego pode participar de ambos os lados nos conflitos neuróticos, mas subsiste a valides da formula: O conflito neurótico produz-se entre o ego e o id. Tipos de Neuroses Freud distingue vários tipos de neurose. Estabelece uma primeira grande divisão entre as ‘neuroses atuais’ e as ‘psiconeuroses’. Nos dois casos, a sua origem está ligada à sexualidade, mas nos primeiros a causa deve ser procurada nas insuficiências ou acontecimentos determinantes da infância. Num dos casos, a fonte das perturbações é mais de caráter físico, no outro, de caráter psíquico. Neuroses Atuais - Compreendem sobretudo a neurastenia (fadiga física e nervosa, acompanhada de diversas perturbações fisiológicas), a neurose de angústia, que se manifesta de angústia flutuante ou por crises de angústia inexplicáveis, mas sem fobias, e a hipocondria, que se manifesta por preocupações contínuas sobre o corpo e a saúde. Psiconeuroses – Compreendem, em primeiro lugar, a histeria, primeira neurose descrita e analisada por Freud e sobre a qual fez as suas principais descobertas. IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 8 Deve-se distinguir a histeria de conversão, em que o conflito psíquico é simbolizado por sintomas muito corporais (a angústia ‘converte-se’ em crises emocionais, paralisia etc.), da histeria de angústia, em que a angústia está associada de um modo mais ou menos estável a este ou aquele objeto exterior (fobias). Estas duas principais formas de histeria são igualmente designadas por neuroses de transferência, devido à importância particular de fenômeno de transferência na sua cura. Neurose objetiva é uma outra forma de neurose de transferência, em que o conflito psíquico se exprime por sintomas ditos compulsivos (ideias obsessivas, compulsão à execução de atos penosos, etc.) e por pensamento dominado pela ruminação mental, pela dúvida e inibições de toda espécie. As neuroses de transferência deixam mais ou menos intacto a dificuldade de o paciente comunicar com o analista; é por isso que são curáveis. Não é o caso das psiconeuroses narcíseas (esquizofrenias e paranoia), em que a libido toma objeto o próprio eu. O Eu é desmesuradamente aumentado pela libido que deixou de investir nos objetos exteriores. A resistência que o doente opões ao tratamento, sobretudo sobre a forma de indiferença, é aqui ‘inultrapassável’. O limite da psicanálise, que é também o limite começa a loucura, ou psicose, consiste no grau mais o menos inacessível de isolamento de si mesmo por parte do doente. Significado das Neuroses Neurose Analítica - Neurose que se desenvolve como resultado de análise interminável... Neurose Atual - Na terminologia de Freud, uma neurose verdadeira, isto é, sintomas que desenvolvem em resultado de distúrbios reais, verdadeiras ou atuais da economia sexual... Neurose Coletiva ou Compartilhada - Uma neurose coletiva ou de grupo, que ocorre na população de uma localidade; histeria de grupo... Neurose Contagiosa - A capacidade de uma pessoa afetar a outra pelo contágio... Neurose de Dona de Casa - Com preocupação com limpeza e coisas de casa. Também chamada de psicose de dona de casa... IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 9 Neurose de Ansiedade - Caracterizado por Freud em 1894, como irritabilidade geral, expectativa ansiosa, e remorso, acessos de ansiedade e fobias. Neurose de Caráter - Pessoas que apresentam anormalidades na esfera da personalidade... Neurose de Compensação - Segundo Kempf é a neurose que existe "um empenho persistente para desenvolver funções potentes e conquistar a estima social, o qual tem início por meio de impotência ou perda do controle dos anseios associais" ... Neurose de Compulsão - Distúrbio mental caracterizado por um impulso irresistível de realizarum ato mórbido ou um ato considerado mórbido pelo sujeito... Neurose de Defesa - Termo utilizado por Freud para designar histeria e várias neuroses e psicoses causadas por algumas ideias ou sensação tão dolorosa, que o paciente se esforça para varrê-la da mente, ás vezes, em lugar de ficar completamente esquecida, a ideia afunda no inconsciente e age como a causa culta dos distúrbios neuróticos... Neurose de Destino - Fracasso na carreira de uma pessoa, como resultado da necessidade inconsciente de punição; um tipo de masoquismo moral ... Neurose de Domingo - Caracterizado por um dia da semana. Os sintomas mais frequentes são sentimento de desconforto, insatisfação, rejeição e medo do que o futuro poderá trazer ... Neurose de Expectativa - Ansiedade que se desenvolve em torno da execução prevista de um ato. Tal ansiedade é um sintoma, não uma neurose, e o termo por tanto é inadequado... Neurose de Guerra - Termo em geral e particularmente amplo em sua aplicação a distúrbios psíquicos que ocorrem durante a guerra ativa, como explosão de granadas, expectativa de ataques inimigos etc. Neurose de Indenização - Um desejo neurótico ou avidez de indenização. Neurose de Infinito - Preocupação neurótica com infinidade de espaço e tempo; expressão de abordagem autista da vida, geralmente observada em adolescentes. Neurose de Promoção - Incapacidade que o indivíduo tem de funcionar quando lhe são atribuídas mais responsabilidades e autoridade; IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 10 Neurose de regressão - É caracterizada pela incapacidade de compreensão, exceto pela regressão a um nível mais anterior, mais confortável e irresponsável, permitindo a realização de desejos através de fantasias, posturas e atos de complacência... O transtorno concentra-se em torno de penosas tensões viscerais e manutenção rara mais persistente de atitudes afetivas características do estágio pré-natal, infantil ou pré-adolescente... Neurose de Repressão - Uma neurose em que a consciência vaga até uma total inconsciência, da natureza e influência de anseios afetivos gratificáveis, os sintomas são os mesmos da neurose de supressão ... Neurose de supressão - É a neurose que existe a consciência de clara vaga da natureza e do efeito dos anseios afetivos ingratificáveis. Os sintomas seriam derivados a penosas hipertensões ou hipotensões de segmentos (viscerais) autônomos (de moderadas a grave). Neurose de Transferência - O analista representa um dos pais co-objeto de amor, como se ele fosse realmente o pais (mãe) no contexto infantil original do paciente. Este revive também todas as suas antigas atitudes do ego e proibições de incesto. SINAIS E SINTOMAS Os sinais são os achados objetivos observados pelo analista como: afeto rígido, retardo psicomotor, atitudes, consciência, orientação, percepção, expressão corporal. Os sintomas são experiências subjetivas descritas pelo paciente, exemplo: Humor deprimido, energia diminuída, vontade e pragmatismo rebaixados. Uma síndrome é um conjunto de sinais e sintomas que ocorrem juntos e que podem ser percebidos pelo terapeuta. A especialização no reconhecimento de sinais e sintomas permite ao Analista fazer um diagnóstico correto e explorar a fundo a psicopatologia do paciente, suas causas e psicodinâmica. SINTOMAS CLÍNICOS DO CONFLITO NEURÓTICO IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 11 Por insuficiência relativa do Ego as pessoas evitam situações, objetos, atividades, setores de interesse, qualidades de sentimento. Às vezes sem perceber tais situações. Impotência e Frigidez - As inibições sexuais constituem os sintomas mais frequentes em quase todos os tipos de neuroses, indo desde a timidez à impotência ou a frigidez completa. O ego renuncia ao prazer sexual com medo da castração; a ideia inconsciente é a de que o pênis pode ser lesado dentro da vagina. Inibições de instintos parciais – Quando ocorrem inibições que correspondem a um impulso. Por exemplo, se um impulso oral for reprimido pode resultar a inibição do ato de comer, ou do ato de comer certos tipos de alimentos que lembram inconscientemente, os objetos desejados pelos impulsos eróticos reprimidos. Inibições da agressividade - Nesta categoria incluem-se a mansidão e a polidez reativas, típicas dos neuróticos obsessivos. É comum, pessoas com essas características evitarem qualquer discussão, significando inconscientemente que tudo está em paz. Tais pessoas, emocionalmente afastam-se do mundo porque este está cheio de problemas que teriam de enfrentar ou tolerar. NEUROSE FAMILIAR Esse tipo de neurose é apontado para designar o fato de que, dentro de determinadas famílias, as neuroses individuais se completam, se condicionam reciprocamente para evidenciar a influência patogênica que a estrutura familiar principalmente a do casal parental pode exercer sobre as crianças. NEUROSE OBSESSIVA Constitui-se hoje num dos principais quadros encontrados nas clínicas psicanalíticas. Neste quadro, o conflito psíquico exprime-se por sintomas chamados compulsivos. Compulsão para realizar atos indesejáveis, e luta contra estes pensamentos e ritos. Verifica-se ainda a ruminação mental, a dúvida e escrúpulos que levam a inibições do pensamento e da ação. IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 12 NEUROSE FÓBICA Na neurose fóbica, manifesta-se uma tensão interna sob forma de angústia constante que flutua livremente, esta angústia liga-se especialmente a uma situação que representa o conflito neurótico. Na neurose fóbica todo o temor que motivou a defesa ainda está manifesto. É o tipo mais simples de neurose, uma vez que as primeiras reações das crianças têm em regra, o caráter da neurose fóbica. As demais neuroses elaboram de forma mais extensa a angústia. NEUROSE TRAUMÁTICA Tipo de neurose em que os sintomas aparecem depois de um choque emocional, geralmente após uma situação em que o sujeito sentiu a sua vida ameaçada. Neste caso o traumatismo age como elemento desencadeante, revelador de uma estrutura neurótica preexistente. Os sintomas das neuroses traumáticas são: Bloqueio ou decréscimo de várias funções do Ego; Ataques de emoções incontroláveis, de ansiedade, cólera e até ataques convulsivos; Insônia ou transtorno severo do sono, com sonhos típicos, nos quais se experimenta repetidamente o trauma, verificando-se ainda repetições mentais durante o dia da situação traumática, sob forma de fantasias pensamentos e sentimentos. Complicações secundárias neuróticas. HISTERIA Trata-se de uma classe de neuroses que apresentam quadros clínicos variados. Transtorno que representa a rejeição de percepções sexuais insuportáveis. As inibições desse tipo vão da perda dos sentidos, do tato das pernas e outros órgãos, cegueira aparente a surdez pela via de alucinações negativas. HISTERIA DE CONVERSÃO IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 13 É assim chamada, pelo fato dos conflitos sofrerem uma conversão nos órgãos dos sentidos como:cegueira, surdez, perda do tato, alucinações etc. E no sistema nervoso; contraturas musculares, paralisias motoras dormências e outros. HISTERIA TRAUMÁTICA Tipo de histeria descrito por Charcot. Em que os sintomas, e particularmente as paralisais aparecem depois de algum tempo de latência, consecutivamente a um traumatismo físico, mas sem que este possa explicar mecanicamente os sintomas em questão. Charcot reproduziu experimentalmente, em estado de hipnose, paralisias do mesmo tipo, utilizando traumatismo mínimo ou a simples sugestão. E obteve a prova de que os sintomas em causa eram não pelo choque físico, mas pelas representações ligadas a ele. HIPOCONDRIA A Hipocondria se caracteriza como transtorno psicossomático. Na realidade, não é um estado patológico, mas uma síndrome que surge em diversos estados neuróticos e psicóticos, particularmente nas depressões e esquizofrenias. Com o medo da enfermidade. Por exemplo: um medo de câncer, de doenças de pele e outras. O conteúdo ideacional varia desde as alucinações somáticas até uma expectativa receosa de doença e morte. Esses impulsos hostis revivem conflitos competitivos anteriores da vida familiar, como a culpa edípica e a rivalidade com os irmãos. Essa culpa cria a necessidade de sofrimento. Os sintomas hipocondríacos satisfazem as suas necessidades de dar amor e atenção ao seu próprio corpo e ao mesmo tempo aliviar a sua sensação de culpa, pelo sofrimento. PERVERSÃO Originalmente a palavra "perversão" significava todo comportamento humano contrário às normas sociais existentes. Assim, a corrupção, o mau caráter e a má índole também seriam perversões. Contudo, como a humanidade se especializou em inventar os mais escabrosos artifícios para IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 14 aumentar seu instinto sexual, perversão passou a ser atualmente sinônimo de desvio sexual. A perversão é um distúrbio distinto da neurose e da psicose, pois o mesmo não se trata de um conflito, mas sim um “desvio em relação ao ato sexual” “normal”, onde o mesmo é definido como um coito que visa à obtenção do orgasmo através da penetração genital, com uma pessoa do sexo oposto, no qual é considerado o comportamento sexual “normal” na nossa cultura e sociedade. (Laplanche, Pontalis, 2001) Portanto, a perversão seria o orgasmo obtido com outros objetos sexuais, distintos do parceiro heterossexual, como indivíduos do mesmo sexo (inversão), bestialidade (sexo com animais), ou por outras zonas corporais; (Como o coito anal) ou ainda, quando esse orgasmo provém de fontes extrínsecas ao indivíduo (fetichismo, travestismo, voyeurismo, exibicionismo, sadomasoquismo, entre outros) Sintetizando, a perversão é um conjunto de comportamentos sexuais e obtenção de prazer com os mesmos, contudo, por vias sexuais julgadas socialmente “anormais”. A Dinâmica das Neuroses A neurose, em geral ocorre por um conflito entre o Ego e os instintos sexuais que o primeiro repudia. O perigo residiria dentro do próprio indivíduo. Na neurose traumática (histeria traumática) ou na neurose de guerra, o perigo ocorre nas experiências assustadoras ou graves acidentes. Ou seja, há também o real perigo externo. Porém, Freud afirma que seria muito improvável que uma neurose ocorresse somente por um real perigo mortal, sem a participação de estados inconscientes mais profundos do aparelho anímico. Na neurose traumática dos tempos de paz, observa-se uma relação entre medo, ansiedade libido narcísea. O termo neurose traumática não é patrimônio da psicanálise, já tendo sido utilizado em 1884 por Oppenheim. IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 15 Observa-se que, nas neuroses traumáticas de guerra, ou de tempos de paz, o ego humano defende-se de um perigo que o ameaça de fora, ou que está incorporado a uma forma assumida pelo próprio ego. Nas neuroses de transferência em épocas de paz, o inimigo é a libido, cujas exigências parecem ameaçadoras. Sendo assim, o ego tem medo de ser prejudicado, por uma violência externa ou pela própria libido. Um outro fator importante na formação do sintoma neurótico é o ganho secundário imediato trazido pelo sintoma. Na neurose de guerra, por exemplo, o afastamento da frente de combate seria um ganho evidente: afastamento das exigências perigosas e ultrajantes feitas pelo serviço militar; também, o medo de perder a própria vida, oposição à ordem de matar pessoas e supressão da própria personalidade pelos superiores. As neuroses de guerra eram inicialmente consideradas patologias decorrentes de graves danos ao Sistema Nervoso Central (SNC), como hemorragias e inflamações, porém após investigação anatômica sem alteração nesses pacientes, passou-se a acreditar que ocorriam lesões delicadas nos tecidos sendo as responsáveis pelos danos observados. A outra hipótese, que prevaleceu, foi a de perturbações funcionais com o SNC intacto. Sendo assim, as neuroses de guerra assemelham-se às neuroses de paz, em que ocorrem perturbações da vida emocional, com conflitos mentais inconscientes. Como a minoria dos soldados apresenta neuroses de guerra, Freud postulou que os motivos evidentes que fariam qualquer soldado saudável desertar ou fingir-se de doente são contrabalançados por outras motivações inconscientes, como: ambição, autoestima, patriotismo, hábito de obediência e o exemplo dos demais. Tratavam-se os neuróticos de guerra como se alguém fingisse de doente para fugir de seu dever, tentando fazer o contrário: trazê-lo da doença para a saúde com um tratamento elétrico doloroso, associando doença à dor, iniciando a balança a favor da recuperação. O paciente podia recuperar-se, mais o efeito do tratamento era pouco duradouro, levando-o as vezes, à morte ou ao suicido. O tratamento visava à recuperação do soldado para voltar a guerra e não o indivíduo para se recuperar de sua doença. IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 16 Nas neuroses traumáticas, a causa não é decorrente do dano físico, mas proveniente da emoção e do susto sofridos. Um ferimento ou dano infringido simultaneamente, opera, via de regra, contra o desenvolvimento de uma neurose. A ansiedade, medo e susto devem ser distinguidos na etiologia das neuroses traumáticas. A ansiedade é um estado particular de esperar o perigo ou preparar-se para ele, ainda que seja desconhecido. O medo exige um objeto definido do qual se tenha temor. Os Mecanismos de Defesa da Neurose As defesas do ego podem dividir-se em: a) defesas bem-sucedidas: que geram a cessação daquilo que se rejeita; b) defesas ineficazes: que exigem repetição ou perpetuação do processo de rejeição, a fim de impedir a irrupção dos impulsos rejeitados. Abaixo os mecanismos de defesa da neurose: Sublimação: As defesas bem-sucedidas podem colocar-se sob o título de sublimação, a transformação da passividade em atividade. Defesas Patológicas: Não são necessariamente patológicos os conflitos entre as exigências instintivas e o medo ou o sentimento de culpa, mas o que determina se vai do normal ao patológico é a maneira pela qual se manipulam os conflitos. O conflito sem uma satisfação, consequentemente gera uma patologia. Negação: A tendência a negar quaisquer sensações dolorosas é tão antigaquanto o próprio sentimento de dor. É muito comum a negação de realidade IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 17 desagradável, negação que realiza desejos e que simplesmente exprime a efetividade do princípio do prazer. Projeção: A projeção é essencial naquele estádio precoce do desenvolvimento do ego que Freud denominou o ego prazeroso, no qual os atributos pessoais de determinado indivíduo, sejam pensamentos inaceitáveis ou indesejados, sejam emoções de qualquer espécie, são atribuídos a outra(s) pessoa(s). Introjeção: A ideia de engolir um objeto exprime afirmação; e como tal é o protótipo de satisfação instintiva, e não de defesa contra os instintos. No estádio do ego prazeroso purificado, tudo quanto agrada é introjetado. Em última análise, todos os objetos sexuais derivam de objetivos de incorporação. Do mesmo passo, a projeção é o protótipo da recuperação daquela onipotência que foi projetada para os adultos. É a operação psíquica que pretende fazer desaparecer, da consciência, impulsos ameaçadores, sentimentos, desejos, ou seja, conteúdos desagradáveis, ou inoportunos. Em sentido amplo, é uma operação psíquica que tende a fazer desaparecer da consciência um conteúdo desagradável ou inoportuno: ideia, afeto, etc. Neste sentido, o recalque seria uma modalidade especial de repressão. Em sentido mais restrito, designa certas operações do sentido amplo, diferentes do recalque: a) Ou pelo caráter consciente da operação e pelo fato de o conteúdo reprimido se tornar simplesmente pré-consciente e não inconsciente; b) Ou, no caso da repressão de um afeto, porque este não é transposto para o inconsciente, mas inibido, ou mesmo suprimido. Reativa Muitas atitudes neuróticas existem são tentativas evidentes de negar ou reprimir alguns impulsos, ou de defender a pessoa contra um perigo instintivo. São atitudes tolhidas e rígidas, que obstem a expressão de impulsos contrários, os quais de vez em quando rompem por diversos modos. IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 18 Anulação: A anulação é mecanismo que se pode ver com clareza máxima, em certos sintomas obsessivos, os quais se compõem de duas ações, sendo a segunda inversão direta da primeira. Isolamento: O isolamento é um mecanismo de defesa muito comum na neurose, neste caso o paciente não esqueceu os seus traumas patogênicos, mas perde a conexão e significado emocional. Especialmente a típica neurose obsessiva, que consiste em isolar um pensamento ou comportamento, de modo a cortar as suas ligações com outros pensamentos com o resto da existência do sujeito Regressão Sempre que alguém depara com uma frustração, há tendência a ter saudades de épocas anteriores da vida em as experiências eram prazerosas. Contra afetos: Este mecanismo se opõe aos impulsos instintivos, este, contudo, são rejeitados devido a ansiedade ou ao sentimento de culpa; isto é, para o fim de evitar o sofrimento do pânico traumático ou da perda da autoestima, de forma que a última analise é defesa contra afeto. Bloqueio (Repressão) de Afetos: Observa-se que o ego, depois de haver sido uma vez esmagado por afetos, consegue recuperar sua força a ponto de dispor, em situações semelhantes que se repitam, de contracatexias (é a energia empregada pelos mecanismos de defesa e que faz oposição às catexias) com que rejeitar um desenvolvimento e novo do afeto. Postergação de Afetos: Este tipo de defesa institui-se com frequência máxima contra os afetos da raiva (ou do tédio) e do luto. A raiva pode ser evidentemente suportada sem IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 19 descarga durante um lapso, mas durante um curto lapso. No luto o retardamento parece ser essencial. Deslocamentos de Afetos: A postergação não é mais que caso especial dentre muitos tipos de deslocamento de afeto. É um tipo de deslocamento que se pode associar a postergação. Equivalente de Afetos: Freud descreveu como neurose de angústia. Formações Reativas Contras Afetos: A negação é o verdadeiro significado de um afeto que pode chegar a ponto de transformar-se a aderência compulsiva à atitude afetiva oposto. Tais como: • Alteração das qualidades dos afetos; • Isolamento de afetos; • Projeção e introjeção de afetos; • Defesas contra sentimento de culpa; Os Sintomas Clínicos Diretos do Conflito Neurótico Os sintomas clínicos dos conflitos neuróticos são expressões diretas das atividades das forças defensivas, isto é, manifestações contracatexias; ou sintomas que se originam na relativa insuficiência do ego, quando este se encontra em estado de represamento. Razões para se falar de uma ‘ Personalidade Neurótica de Nosso Tempo’ IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 20 O campo de nossa investigação fica limitado em duas direções. Primeiro: Há neuroses que podem sobrevir em indivíduos cuja personalidade, a não ser por isso, permanece intacta e indeformada, surgindo a neurose como uma reação a uma situação externa permeada de conflitos. Quando falamos de neurose, quero me referir à neurose de caráter, isto é, a condições em que – embora o quadro sintomático possa ser exatamente igual ao de uma neurose de situação - o principal distúrbio jaz nas deformações do caráter. Elas são o efeito de um insidioso processo crônico, em regra iniciado na infância e embarcando maiores ou menores porções da personalidade com maior ou menor intensidade. Numa visão superficial uma neurose de caráter também pode provir de um conflito de situação real, mas uma história da vida da pessoa meticulosamente compilada talvez mostre que os traços difíceis do caráter estavam presentes muito antes do aparecimento de qualquer situação confusa; que o embaraço momentâneo se deve, em grande parte, a dificuldades pessoais previamente existentes; e, outrossim, que a pessoa reage neuroticamente a uma situação vital que, para o indivíduo sadio comum, não subentende conflito algum. A situação simplesmente denuncia a presença de uma neurose que talvez existisse há já algum tempo. Segundo: Nossa atenção volta-se para os próprios distúrbios de caráter, porquanto as deformações da personalidade são uma constante das neuroses, ao passo que os sintomas, na acepção clínica, podem diferir ou simplesmente estar ausentes. Graças a um maior conhecimento da estrutura das neuroses e à percepção de que a cura de um sintoma não significa, obrigatoriamente a cura de uma neurose, os psicanalistas em geral transferiram seu interesse e deram maior atenção às deformações de caráter que os sintomas. Numa linguagem figurada, os sintomas neuróticos não são o vulcão, mas, antes, as erupções deste, enquanto que o conflito patogênico, tal como o vulcão, está profundamente oculto no indivíduo, desconhecido por ele mesmo. Será que podemos formular a pergunta: IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outraforma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 21 Será que as pessoas neuróticas, hoje em dia, possuem uma personalidade neurótica de nosso tempo? Quanto às deformações de caráter que acompanham os diferentes tipos de neuroses, o que mais nos impressiona são as diferenças e não as semelhanças. As semelhanças não residem tanto nas experiências que, geneticamente, instigaram o distúrbio, porém nos conflitos que realmente, impulsionam a pessoa. Freud e a maioria dos analistas dão o maior destaque ao princípio de que a missão da análise é descobrir, seja a raiz sexual (por exemplo, as zonas erógenas específicas) de um impulso, seja os padrões infantis de conduta de que este é, em hipótese, uma repetição. Não é possível compreender, inteiramente, uma neurose sem remontar até a situação infantil, penso que as técnicas genéticas, empregadas unilateralmente, se prestam mais a confundir do que a esclarecer o problema, já existentes e suas funções e interações com outras tendências presentes, tais como impulsos, medos e medidas protetoras. Traços Predominantes dos Neuróticos de Nosso Tempo 1º Aspecto: Excessiva dependência da aprovação ou afeição dos outros. Todos queremos ser estimados e sentir-nos apreciados, mas na pessoa neuróticas a dependência da afeição ou aprovação é desproporcional ao verdadeiro valor que as outras pessoas tenham para suas vidas. Apesar de todos querermos ser estimados por pessoas de quem gostou, nos neuróticos há uma fome indiscriminada de apreciação ou afeição, quer eles se interessem ou não pela pessoa quer a opinião dessa pessoa tenha ou não qualquer significação para ele. O mais comum é não se aperceberem dessa ânsia ir refreada, traindo sua existência por meio de uma sensibilidade exagerada quando não recebem a atenção com que contam. Podem sentir- se magoados, por exemplo se alguém não aceita um convite seu, não lhes telefona durante algum tempo, ou mesmo se discorda deles em algum assunto essa sensibilidade pode aparecer camuflada de uma atitude de ‘pouco me importa’. IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 22 O neurótico pode, por exemplo, ser ultra-atencioso e ávido de ajudar a todos, mas, se for o caso, poder-se-á notar que ele age compulsivamente e não devido a uma cordialidade espontânea. 2º Aspecto: A insegurança interior manifestada por meio dessa dependência dos demais – observação superficial. Sentimentos de inferioridade e de inadequação são características que nunca deixam de existir. Podem aparecer sob diversas formar – como uma convicção de incompetência, de estupidez de fealdade – e podem existir sem nenhuma justificativa real. Ideias sobre sua própria forma de ser podem ser encontradas em pessoas que são, incomumente, inteligentes, ou sobre a própria falta de atrativos nas mais lindas mulheres. Esses sentimentos de inferioridade podem aparecer abertamente na superfície sob a forma de queixas ou preocupações, ou os supostos defeitos podem ser aceitos como algo tão natural que é supérfluo estar-se pensando a respeito. Por outro lado, podem estar encobertos por necessidades compensadoras de auto engrandecimento, por uma propensão compulsiva para exibicionismo, procurando impressionar a si mesmo e aos demais com toda sorte de atributos que concedem prestígio em nossa cultura, como dinheiro, posse de quadros ou móveis antigos, mulheres, contatos sociais com pessoas eminentes, viagens ou conhecimentos elevados. Uma ou outra dessas tendências pode aparecer, francamente, em primeiro plano, mas o mais comum é percebermos, distintamente, a presença de ambas. 3º Aspecto: Grupo de atitudes referentes à autoafirmação, abrange inibições explícitas – Elas impõem e defendem suas pretensões e não tem em mente seus esforços medidos para progredir. Os neuróticos revelam um conjunto bem amplo de inibições. Eles têm inibições quanto a manifestar seus desejos ou a pedir alguma coisa em seu próprio IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 23 proveito, a expressar uma opinião ou crítica justa, a dar ordenas a alguém, a escolher as pessoas com quem gostaria de se associar, a travar relações com pessoas, e assim por diante. Também há inibições referentes ao que podemos descrever como sendo a manutenção da posição da pessoa: os neuróticos, muitas vezes, são incapazes de se defenderem contra-ataques, ou de dizerem não, se não querem concordar com os desejos de outros como, por exemplo, a uma vendedora que lhes vender algo que eles desejam comprar, ou uma pessoa que os convida para uma festa, ou a uma pessoa que os queira namorar. Há, por fim, as inibições quanto ao saber o que querem: dificuldades para tomarem decisões, formar opiniões, atrever-se a expressar desejos que só dizem respeito a seu próprio interesse. Tais desejos têm de ser disfarçados: uma amiga minha registra, em sua escrituração particular, cinema sob título educação e bebidas sob o de saúde. Particularmente importante nesse grupo é a incapacidade para planejar, quer se trate de uma viagem ou de um plano para a vida: os neuróticos deixam-se levar, mesmo em decisões importantes como a escolha de profissão ou casamento, em vez de conceberem, claramente, o que desejam da vida. 4º Aspecto: Agressividade em contraste com atitude de autoafirmação – Ações dirigidas a outros – Ataques – Desdém - Abuso de Direitos – Ou qualquer forma de Conduta Hostil. As perturbações dessa espécie revelam-se sob duas maneiras inteiramente distintas. Uma delas é a propensão para ser agressivo, dominador, excessivamente severo, mandão, trapaceiro, ou estar sempre ralhando. Eventualmente as pessoas que agem assim percebem que estão sendo agressivas, mas frequentemente, porém nem se dão conta disso e estão subjetivamente, convencidas de que estão apenas sendo honestas ou expressando uma opinião, ou mesmo sendo moderadas nas suas reivindicações, apesar de, na realidade, serem desagradáveis. IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 24 Essas pessoas, também, muitas vezes não percebem que essa é sua própria atitude, mas creem tristemente, que o mundo inteiro se coloca sobre elas tirando proveito delas. 5º Aspecto: No campo sexual, há uma necessidade compulsiva de atividade sexual ou inibições de exercer essa atividade. As inibições podem surgir a qualquer passo que conduz à satisfação sexual: podem manifestar-se à aproximação de pessoas do sexo oposto durante o namoro, durante as relações sexuais ou na hora do prazer. Todas as peculiaridades descritas nos grupos anteriores também aparecerão nas atitudes sexuais. A Personalidade Neurótica O entendimento da personalidade neurótica ou, conforme termo Henry Ey, do caráter neurótico, implica antes no entendimento global do que foi dito até agora sobre a personalidade, das disposições pessoais, do arranjo peculiar dos traços no interior do eu, da modelagem afetiva no desenvolvimento da personalidade, da histeria biológica e existencial do indivíduo e das existências adaptativas que a vida solicita. O indivíduo, aqui e agora, do jeito em que ele se encontra e com determinada disposição para com sua vida, só pode ser compreendido como uma resultante daquilo que ele trouxe para a vida, através de sua natureza constitucional, comaquilo que a vida trouxe para ele, através de seu destino existencial. Entender a personalidade neurótica implica, antes, no entendimento da personalidade como um todo, normal ou alterada, apta a responder harmonicamente à vida ou claudicar (cometer falta) por dificuldades iminentes ao seu modo de ser. Podemos dizer que o indivíduo possui uma personalidade neurótica quando ele reage neuroticamente diante dos eventos e de uma forma habitual e isto passa a caracterizar sua maneira de existir. Podemos dizer ainda que o neurótico quando sucumbe cronicamente diante de seus conflitos remanescentes do passado. Podemos ainda arriscar e considerar o neurótico quando suas pulsões inconscientes dominam suas atitudes conscientes, quando contratamos uma IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 25 falha crônica em seus mecanismos de defesa, enfim, quando sua adaptação emocional à vida é constantemente problemática. Sempre que as relações vivenciais anormais ou os distúrbios adaptativos, ou ainda sinônimos, as relações de ajustamento não são acontecimentos fortuitos e ocasionais, mais constituem uma maneira perene e constante de relacionar- se com a realidade, estamos diante de uma personalidade neurótica. É tênue e às vezes impossível, clinicamente, uma delimitação precisa entre aquilo que estudamos como Transtornos da Personalidade. Tanto assim que o termo é abordado separadamente na atual CID 10 mais era indistintamente tratado no DSM-III. A grosso modo poderíamos dizer, se de fato foi imprescindível uma distinção que o Transtorno da Personalidade é um pré-requisito constitucional da Personalidade Neurótica e que esta aparece apenas como evidência clinicamente estabelecida daquela. Arriscamos, sem receio de errar, que a diferença entre uma e outra é a mesma constatada entre uma miopia de meio grau e uma miopia de três graus, ou seja, com meio grau o indivíduo ainda se conduz na vida sem auxílio de óculos, embora não tenha uma visão tão fiel da realidade, com três, entretanto, apresenta uma dificuldade maior. Desta forma o conceito de Personalidade, seja referente a Personalidade Neurótica ou normal, diz respeito a modalidade do relacionamento do sujeito com o objeto. Os critérios de avaliações destas relações objetais normalmente são estabelecidos pelo conjunto normativo de um sistema cultural, o que corresponde a dizer que se todos integrantes de um mesmo sistema tiverem meio grau de miopia esta será normal. A personalidade deve ser uma atitude que primeiramente, leva em conta a circunstância cultural, temporal e até existencial na qual o indivíduo está inserido. Tal cuidado remete-nos, normalmente as ideias de Tonalidade Afetiva de base e de Representação Interna da Realidade; a primeira como sendo as lentes através das quais a realidade chega ao interior do ser, e a segunda, o que esta realidade representa para o ser. IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 26 A Personalidade neurótica percebe a realidade com os olhos dos míopes, ou mais míope que o aceitável pelo sistema cultural vigente, e faz representar internamente uma realidade capaz de produzir algum sofrimento. Em relação a personalidade neurótica, bem como na atividade emocional global do ser humano, o bom senso recomenda que a disposição peculiar do indivíduo em relacionar-se com o mundo objetal não deve ser considerada exclusivamente um produto dos eventos sinápticos, nem tão pouco um produto exclusivo da história da vida. Daí nosso apelo para que a Neurose seja estendida como uma combinação das disposições pessoais constitucionais com as circunstâncias ocasionais que permitam a existência deste indivíduo. TRANSTORNOS PSICOSSOMÁTICOS O termo, psicossomática vem dos vocábulos gregos “psyke” = alma, e “soma”= corpo. A Psicossomática se refere à relação corpo X mente. É a parte da medicina que considera o doente como um todo, estudando o paciente tanto nos aspectos físicos biológicos como psíquicos. O DESENVOLVIMENTO DA PSICOSSOMÁTICA A Psicossomática evoluiu em três fases: a) - Inicial, ou psicanalítica - com o estudo dos genes inconscientes das doenças. b) – Intermediária ou Behaviorista - com o estímulo a pesquisa em homens e animais. c) – Atual ou Multidisciplinar - com uma visão biopsicossocial. A PSICOSSOMÁTICA HOJE a) – A Influência da Mente Sobre o Corpo. IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 27 Sabemos hoje que, o que afeta a mente afeta o corpo, isto é, a Psicossomática reconhece o poderoso efeito da mente inconsciente na saúde e no funcionamento do corpo. b) – Os Conflitos Emocionais podem causar uma variedade de doenças. Atualmente, os médicos sabem que o ódio e a ansiedade podem causar uma série de doenças, como ulceras estomacais, alteração da pressão arterial, e vários distúrbios digestivos. Observamos que muitas pessoas apresentam urticárias e erupções na pele de fundo nervoso, outras transpiram em excesso, particularmente na palma das mãos. A tensão emocional em algumas pessoas produz enxaquecas, vômitos, perda do apetite, diarreia, gazes, azias, gastrites, dores de cabeça (cefaleia), tonturas e outros. c) – Os Significados Simbólicos dos Sintomas. Atualmente os médicos clínicos, neurologistas e psiquiatras estão desvendando muitos dos mistérios que cercam as doenças antes mesmo de administrar uma medicação. Uma diarreia pode estar relacionada com uma instabilidade emocional. Dores no coração pedem estar relacionadas com uma expressão de culpa. Falta de apetite (anorexia nervosa) pode simbolizar desejo de morrer (pulsão de morte). Uma cegueira aparente pode representar a negação de ver algo que o incomoda. Alguns tipos de ocupações predispõem os sujeitos a ulceras nervosas devido a frustrações que aumentam o ácido clorídrico no estômago. d) – Quando a Mente e o Estômago decidem agir em Conjunto. IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 28 O processo de digestão tem seus aspectos físicos e mentais. É comum ouvirmos as pessoas reclamarem: “fiquei com tanto medo que tive diarreia”, “só de pensar nisso sinto náuseas”. O enjoo de uma mulher pode ser interpretado como uma maneira de dizer que o comportamento do marido a deixa doente do estômago. Sabemos também que muitas mulheres que vivem uma relação indesejada estão predispostas a vômitos constates, o estômago tenta rejeitar o que a mente não deseja. Um pesquisador americano descobriu que 2/3 dos pacientes que se apresentavam numa clínica para distúrbios digestivos tinham problemas emocionais. Wilber e Millis estudaram os prontuários de 354 pacientes com problemas digestivos, todos receberam tratamento analítico, sete anos mais tarde novamente foram examinados e em 303 deles não se encontrou mais nenhuma doença orgânica. Um achado muito importante nas pesquisas, é que, as pessoas muito sensíveis têm também um estomago muito sensível. O Dr. Austin Fox Riggs descobriu que as crianças muito sensíveis choramcom facilidade e são mais predispostas a distúrbios digestivos. e) – A Culpa como motivo de somatização As pessoas guardam sentimentos exagerados de culpa devido a sua consciência hipersensível. Elas geralmente ocultam dos familiares e dos amigos as coisas pelas quais se sentem culpadas. Quando enfrentam os problemas de relacionamentos e experiências para as quais emitem censura, também sentem necessidade de autopunição. A culpa pode gerar impotência sexual, dores de cabeça, perda da visão, asma, bronquite, câncer e muitos outros sintomas. f) – A Hostilidade como Motivo Psicossomático Os sentimentos de hostilidades podem ser responsáveis por uma série de distúrbios psicossomáticos. Existem indivíduos que se tornam criminosos IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 29 por causa do ódio que sentem do pai. Rebela-se contra qualquer tipo de disciplina. Agride a esposa como se tivesse agredindo a mãe. Não conseguem manter relacionamentos longos porque não conseguem expressar afetos. Sua atitude hostil gera estigmas contra si próprio. Como saber se você é uma pessoa neurótica ou não? 1. Você tem medo de estar sozinho, sair de casa, dirigir um carro ou fazer uma viagem fora de sua cidade? 2. Você se sente diferente ou" deslocado" quando está com outras pessoas? 3. Você frequentemente negligencia seus afazeres, dorme muito, sente-se Constantemente cansado ou sem energias? 4. Você tentou suicido ou pensou seriamente em cometê-lo? 5. Você precisa de tranquilizantes ou outra droga (que alterem a mente) para atravessar o dia? 6. Você assume mais responsabilidade do que pode? Tem uma atitude de tudo ou nada? 7. Você vive tenso, incapaz de relaxar e não consegue dormir? 8. A tensão, a ansiedade e a preocupação afetam seu trabalho? 9. Você sente que outras pessoas não lhe compreendem ou não compreendem seus problemas? 10. Você sente que as outras pessoas "estão olhando para você" quando você trabalha ou está em público? IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 30 11. Você acha que seu relacionamento está em perigo? 12. Você tem problemas sexuais? 13. Você sente que a vida já não tem mais sentido? 14. Você fica irado chegando a perder o controle? 15. Você entra em pânico quando está sob tensão? 16. Você vive chorando? 17. Você se sente "culpado"? 18. Você sofre de depressão? Se você respondeu SIM a qualquer uma das perguntas acima, é possível que você seja uma pessoa neurótica. Se você respondeu SIM a 2 ou mais perguntas, então é quase certo que você seja uma pessoa neurótica. Bibliografia Freud, Sigmund. Obras Psicologias Completas de Sigmund Freud. Imago: Rio de Janeiro, 1980. IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 31 ZIMERMAN, David. Vocabulário Contemporâneo de Psicanálise. Artmed: Porto Alegre, 2001. LAPLANCHE, J. e PONTALIS, J.-B. Vocabulário de Psicanálise. 4ª. Ed. Martins Fontes: São Paulo, 2001. ROUDINESCO, Elizabeth e PLON, Michel. Dicionário de Psicanálise. Jorge Zahar: Rio de Janeiro, 1998. BIRMAN, Joel. Freud e a filosofia. Rio de Janeiro; Jorge Zahar Ed., 2003. FREUD, Sigmund. Cinco lições de Psicanálise. São Paulo: Abril Cultural, 1978. LAPLANCHE, Jean. Vocabulário da Psicanálise. São Paulo: Martins Fontes, 2001. FENICHEL, Otto. Teoria Psicanalítica das Neuroses. Rio de Janeiro e São Paulo, Livraria Atheneu, 1981 TRABALHO DE CONCLUSÃO DO MÓDULO Escolher um dos Temas trabalhados e desenvolver o trabalho pelas normas da ABNT. Roseli D Morais Roseli D Morais Formação: Licenciatura em matemática e física; Especialização em Pedagogia e Psicopedagogia; Psicanálise Lacaniana; Psicologia Analítica Junguiana nos Processos Criativos; Psicanalista/didata; Grafóloga; correção de gestos gráficos; Cursos especializados em programação neolinguística; Cursando Mestrado em Psicologia na IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 32 Educação. Atualmente é: Terapeuta; Diretora e professora do Instituto Roseli D Morais; Diretora de Escola da rede pública no Município de Nova Odessa; Palestrante e consultora na área de relações humanas em empresas privadas; membro da diretoria da Associação Integrativa dos Profissionais de Psicanalise. Apresentadora do programa “Roseli D Morais” pela WA Notícias.