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IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 
É expressamente proibida a reprodução deste material por qualquer pessoa para fins de treinamento 
ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 
1 
 
Estruturas e desenvolvimento 
das neuroses 
 
 
 
 
 
Professora: Roseli D Morais 
 
 
IRDM - Rua Emygdio Pierozzi, 195 - Jardim Marajoara - Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000 
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2 
 
Introdução 
 
O termo Neurose foi criado pelo médico escocês Willian Cullen em 1769 para 
indicar desordens de sentidos e movimento’ causadas por ‘efeitos gerais do 
sistema nervoso. 
Na psicologia moderna, é sinônimo de psiconeuroses ou distúrbio neurótico e 
se refere a qualquer desordem mental que, embora cause tensão, não 
interfere com o pensamento racional ou com a capacidade funcional da 
pessoa. 
Essa é uma diferença importante em relação à psicose, desordem mais severa. 
A palavra deriva de duas palavras gregas: neuron (nervos) e osiõ (condição 
doente ou anormal). 
A neurose na teoria psicanalítica, é uma estratégia ineficaz para lidar com o 
sucesso e com algo, o que Sigmund Freud propôs ser causado por emoções de 
uma experiência passada, causando um forte sentimento que dificulta a 
reação ou interferindo na experiência presente. Por exemplo alguém que foi 
atacado por um cachorro quando criança pode ter fobia ou um medo intenso 
de cachorros. 
Porém, ele reconheceu que algumas fobias são simbólicas e expressam o medo 
reprimido. 
Na teoria da psicologia analítica, de Carl Jung, a neurose resulta do conflito 
entre duas partes psíquicas, das quais uma deve ser inconsciente. 
Todos nós temos alguns sintomas neuróticos, frequentemente manifestados 
nos mecanismos de defesa do ego que ajudam a lidar com a ansiedade. 
Mecanismos de defesa que resultam em dificuldades para viver são chamadas 
‘neuroses’ e são tratados pela psicanálise, psicoterapia ou outras técnicas 
psiquiátricas. 
Apesar de sua longa história, o termo ‘neurose’ não é mais de uso comum. Os 
atuais sistemas de classificação abandonaram a categoria ‘neurose’. O DSM IV 
eliminou a categoria por completo. Desordens primeiramente chamadas de 
neuroses agora são descritas sob títulos de ansiedade e desordens 
depressivas. 
 
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Apesar de sua longa história, o termo ‘neurose’ continua controverso, e já se 
discutiu que é necessário um termo mais apropriado para substituí-lo. 
 
 
 
Apresentação 
 
A prática de Freud foi dedicada muito amplamente ao tratamento de 
neuróticos, e foi nesta área que ele fez suas contribuições clínicas mais 
duradouras. 
Depois de uma série de tentativas na década de 1890, de 1900 a 1914, ele 
virtualmente resolveu o problema da neurose, que tornou- se então parte 
integral de toda a teoria psicológica e psiquiátrica. 
Ainda não é bem reconhecido o grau em que Freud resolveu os problemas 
técnicos da neurose. 
Em primeiro lugar, ele estabeleceu que a neurose era um problema 
psicológico digno de estudo e não uma forma de degeneração hereditária ou 
fingimento, como se acredita até então. 
Em segundo lugar, ele reformulou os sintomas disparatados que seus 
predecessores e colegas tinham descrito, dividindo-os em duas grandes 
entidades clínicas– neurose obsessiva (o próprio termo provém de Freud) e a 
histeria. 
A histeria foi ainda subdividida em histeria de conversão e histeria de 
ansiedade. Ambas as designações foram de Freud. 
Em terceiro lugar, em termos da teoria da libido, ele determinou o que poderia 
ser considerado como curso normal de desenvolvimento e mostrou como a 
neurose podia ser tornada inteligível por referência a este desenvolvimento 
normal. 
Em quarto lugar, ele demonstrou que a neurose e a normalidade diferem 
apenas em grau, não em qualidade, e desta forma desenvolveu ou neurótico 
(e mais ainda o psicótico) um lugar na sociedade. 
Em quinto lugar, ele estabeleceu que estas neuroses são tratáveis pela 
psicanálise, e que a psicanálise é o melhor tratamento para elas. 
Ainda hoje, o termo ‘neurose’ tem apenas uma vaga definição. 
 
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Quando Freud começou, ele escreveu sobre ‘neuropsicoses’, uma designação 
que hoje em dia seria imaginável. 
Para Freud a neurose sempre será o conflito entre duas forças antagônicas, 
um desejo de prazer (pulsão) o medo da punição (moral e social). 
 
O que é Neurose? 
 
Segundo o Dicionário de Psiquiatria, editado pelo Hospital das Clínicas da USP 
e organizado pelo Dr. Hélio Elkis, a palavra Neurose foi criada pelo médico 
escocês William Cullen no fim do século XVIII, para designar distúrbios das 
sensações e movimentação corporal, sem uma lesão anatômica 
correspondente na rede nervosa. 
No início do século XX o termo popularizou-se graças a difusão das ideias de 
Freud e da psicanálise, significando conjuntos de sintomas resultantes 
principalmente de conflitos psicológicos e recalques inconsciente. 
Este conceito prevaleceu na Psiquiatria até a década de 60, em que os 
transtornos mentais eram distribuídos em dois grandes grupos: psicoses e 
neuroses. 
As psicoses, consideradas doenças mentais mais graves, atribuíam-se causas 
orgânicas ou funcionais; as neuroses tidas como menos graves, teriam origem 
nos conflitos emocionais e traumas psicológicos. 
As pesquisas das últimas décadas mostraram que esta distinção não se 
sustenta; nas neuroses, embora os eventos vitais tenham capital importância, 
mecanismos químicos de neurotransmissor participam, também, da produção 
e manutenção dos sintomas, e os fatores genéticos são igualmente 
significativos. 
Considera-se que, nas neuroses, a autodeterminação e capacidade de 
discernimento não são afetadas seriamente. Em muitos casos, o tratamento 
apenas psicológico não é o suficiente, sendo necessário o suporte 
medicamentoso, até para possibilitar maior aproveitamento da psicoterapia e 
conforto do paciente ao longo da resolução de seus conflitos. 
Na atual classificação oficial de doenças (CID 10), são registrados os seguintes 
transtornos neuróticos: fóbico-ansiosos, transtornos de ansiedade, obsessivo-
 
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compulsivo, reações de estresse e transtornos de ajustamento, transtornos 
dissociativos, onde se incluem neurastenia e despersonalização. 
Cada um desses quadros apresenta subdivisões e formas com sintomas 
diferentes, que só psiquiatra pode distinguir e tratar adequadamente. 
 
 
Classificação das Neuroses 
 
Reconhecer que o indivíduo é neurótico implica numa visão conceitual, 
estatística e valorativa, onde o relacionamento sujeito-objeto (pessoa-mundo) 
está prejudicado e o observador, quase intuitivamente, percebe esta não-
normalidade até sem muita dificuldade. Classificar este tipo de 
relacionamento neurótico, entretanto, exige uma atitude clínica criteriosa. 
Os processamentos de diagnóstico, cada vez mais internacionalizados, 
favorecem uma maior homogeneidade denominada e uma maior 
especificidade de diagnóstico gráfico. 
 
Conflito Neurótico 
 
Os conflitos neuróticos baseiam-seem bloqueio das descargas necessárias e, 
desta forma, cria um estado de represamento. 
Este por sua vez, origina gradativamente, insuficiência relativa de capacidade 
que tem o ego de controlar a excitação. 
Os fatores que precipitam as neuroses devem ser vistos como traumas 
relativos; os estímulos que sem o estado de represamento, teriam sido 
controlados facilmente criam insuficiência relativa. 
O conflito neurótico é o conflito que surge entre uma tendência que luta pela 
descarga (lembranças e verbalização de um fato ou ideia que contenha um conteúdo 
afetivo inconsciente) e outra tendência que tenta impedir essa descarga. 
De modo geral é licito equiparar as tendências que lutam pela descarga ao 
impulso (impulsos instintivos = id), ou seja a decisão sobre a permissibilidade ou 
não da respectiva descarga foi definida como sendo função do ego. 
O conflito neurótico produz-se entre impulsos, isto é, entre o id e o ego. 
 
 
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Mundo Exterior nos Conflitos Neuróticos 
 
Os Motivos de defesas se enraízem em influencias externas, o mundo (é o estado 
psicológico permite ao ser humano demonstrar os seus sentimentos e emoções a outro ser ou 
objetos) exterior como tal não pode reprimir, mas apenas obriga o ego a 
desenvolver forças repressoras. 
Um conflito original entre o id e o mundo deve ter-se transformado em conflito 
entre o id e o ego antes do desenvolvimento de conflitos neuróticos. 
Na discussão das neuroses traumáticas, viu-se que o desmaio e o bloqueio de 
percepções ulteriores provam a possibilidade do mundo exterior (as 
percepções) ser rejeitado. 
Fenômeno na mesma natureza ocorre nas neuroses: há alucinações negativas 
que representam rejeição de alguma parte do mundo exterior. 
Há vezes em que parte do mundo exterior é rejeitada não para o fim de evitar 
a mobilização de um instinto, e sim para o fim de negar a ideia de ser 
possivelmente perigoso ou doloroso o ato instintivo, é possível rejeitar o 
caráter proibitivo do mundo exterior, é um tipo de negação que, em geral não 
pode ir longe às neuroses, pois a função que tem o ego de testar ou ajuizar a 
realidade impede falsificação por evidencias. 
Existem atitudes defensivas contra percepções penosas, do mesmo modo que 
existem defesas contra qualquer sofrimento. Entretanto, nas neuroses que se 
baseiam em bloqueio da descarga, as defesas contra os impulsos instintivos 
permanecem no primeiro plano; as defesas contra as percepções (e os afetos) 
parecem servir, primeiro e antes de tudo, às defesas contra os instintos. 
O conflito neurótico produz-se entre o ego e o id. 
 
 
 
 
 
O Superego nos Conflitos Neuróticos 
 
 
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Sem dúvida que o superego complica um tanto o quadro. Há neuroses que o 
conflito ego versus id melhor se formularia ego mais superego versus id; outras 
em que a formula seria: ego versus id mais superego. 
Uma vez estabelecido, o superego é responsável em larga medida pela decisão 
concernente a que descargas se permitem e que descargas se negam. 
O ego que rejeita, atua comandado pelo superego; e quando não é simples 
ansiedade, mas os sentimentos de culpa que motivam a defesa, teremos a 
formula ego mais superego versus id. 
O superego pode participar de ambos os lados nos conflitos neuróticos, mas 
subsiste a valides da formula: 
O conflito neurótico produz-se entre o ego e o id. 
 
 
Tipos de Neuroses 
 
Freud distingue vários tipos de neurose. 
Estabelece uma primeira grande divisão entre as ‘neuroses atuais’ e as 
‘psiconeuroses’. 
Nos dois casos, a sua origem está ligada à sexualidade, mas nos primeiros a 
causa deve ser procurada nas insuficiências ou acontecimentos determinantes 
da infância. 
Num dos casos, a fonte das perturbações é mais de caráter físico, no outro, de 
caráter psíquico. 
 
Neuroses Atuais - Compreendem sobretudo a neurastenia (fadiga física e 
nervosa, acompanhada de diversas perturbações fisiológicas), a neurose de 
angústia, que se manifesta de angústia flutuante ou por crises de angústia 
inexplicáveis, mas sem fobias, e a hipocondria, que se manifesta por 
preocupações contínuas sobre o corpo e a saúde. 
 
Psiconeuroses – Compreendem, em primeiro lugar, a histeria, primeira 
neurose descrita e analisada por Freud e sobre a qual fez as suas principais 
descobertas. 
 
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Deve-se distinguir a histeria de conversão, em que o conflito psíquico é 
simbolizado por sintomas muito corporais (a angústia ‘converte-se’ em crises 
emocionais, paralisia etc.), da histeria de angústia, em que a angústia está 
associada de um modo mais ou menos estável a este ou aquele objeto exterior 
(fobias). Estas duas principais formas de histeria são igualmente designadas 
por neuroses de transferência, devido à importância particular de fenômeno 
de transferência na sua cura. 
Neurose objetiva é uma outra forma de neurose de transferência, em que o 
conflito psíquico se exprime por sintomas ditos compulsivos (ideias obsessivas, 
compulsão à execução de atos penosos, etc.) e por pensamento dominado 
pela ruminação mental, pela dúvida e inibições de toda espécie. 
As neuroses de transferência deixam mais ou menos intacto a dificuldade de o 
paciente comunicar com o analista; é por isso que são curáveis. 
Não é o caso das psiconeuroses narcíseas (esquizofrenias e paranoia), em que 
a libido toma objeto o próprio eu. O Eu é desmesuradamente aumentado pela 
libido que deixou de investir nos objetos exteriores. 
A resistência que o doente opões ao tratamento, sobretudo sobre a forma de 
indiferença, é aqui ‘inultrapassável’. O limite da psicanálise, que é também o 
limite começa a loucura, ou psicose, consiste no grau mais o menos inacessível 
de isolamento de si mesmo por parte do doente. 
 
Significado das Neuroses 
 
Neurose Analítica - Neurose que se desenvolve como resultado de análise 
interminável... 
Neurose Atual - Na terminologia de Freud, uma neurose verdadeira, isto é, 
sintomas que desenvolvem em resultado de distúrbios reais, verdadeiras ou 
atuais da economia sexual... 
Neurose Coletiva ou Compartilhada - Uma neurose coletiva ou de grupo, que 
ocorre na população de uma localidade; histeria de grupo... 
Neurose Contagiosa - A capacidade de uma pessoa afetar a outra pelo 
contágio... 
Neurose de Dona de Casa - Com preocupação com limpeza e coisas de casa. 
Também chamada de psicose de dona de casa... 
 
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Neurose de Ansiedade - Caracterizado por Freud em 1894, como irritabilidade 
geral, expectativa ansiosa, e remorso, acessos de ansiedade e fobias. 
Neurose de Caráter - Pessoas que apresentam anormalidades na esfera da 
personalidade... 
Neurose de Compensação - Segundo Kempf é a neurose que existe "um 
empenho persistente para desenvolver funções potentes e conquistar a 
estima social, o qual tem início por meio de impotência ou perda do controle 
dos anseios associais" ... 
Neurose de Compulsão - Distúrbio mental caracterizado por um impulso 
irresistível de realizarum ato mórbido ou um ato considerado mórbido pelo 
sujeito... 
Neurose de Defesa - Termo utilizado por Freud para designar histeria e várias 
neuroses e psicoses causadas por algumas ideias ou sensação tão dolorosa, 
que o paciente se esforça para varrê-la da mente, ás vezes, em lugar de ficar 
completamente esquecida, a ideia afunda no inconsciente e age como a causa 
culta dos distúrbios neuróticos... 
Neurose de Destino - Fracasso na carreira de uma pessoa, como resultado da 
necessidade inconsciente de punição; um tipo de masoquismo moral ... 
Neurose de Domingo - Caracterizado por um dia da semana. Os sintomas mais 
frequentes são sentimento de desconforto, insatisfação, rejeição e medo do 
que o futuro poderá trazer ... 
Neurose de Expectativa - Ansiedade que se desenvolve em torno da execução 
prevista de um ato. Tal ansiedade é um sintoma, não uma neurose, e o termo 
por tanto é inadequado... 
Neurose de Guerra - Termo em geral e particularmente amplo em sua 
aplicação a distúrbios psíquicos que ocorrem durante a guerra ativa, como 
explosão de granadas, expectativa de ataques inimigos etc. 
Neurose de Indenização - Um desejo neurótico ou avidez de indenização. 
Neurose de Infinito - Preocupação neurótica com infinidade de espaço e 
tempo; expressão de abordagem autista da vida, geralmente observada em 
adolescentes. 
Neurose de Promoção - Incapacidade que o indivíduo tem de funcionar 
quando lhe são atribuídas mais responsabilidades e autoridade; 
 
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Neurose de regressão - É caracterizada pela incapacidade de compreensão, 
exceto pela regressão a um nível mais anterior, mais confortável e 
irresponsável, permitindo a realização de desejos através de fantasias, 
posturas e atos de complacência... O transtorno concentra-se em torno de 
penosas tensões viscerais e manutenção rara mais persistente de atitudes 
afetivas características do estágio pré-natal, infantil ou pré-adolescente... 
Neurose de Repressão - Uma neurose em que a consciência vaga até uma total 
inconsciência, da natureza e influência de anseios afetivos gratificáveis, os 
sintomas são os mesmos da neurose de supressão ... 
Neurose de supressão - É a neurose que existe a consciência de clara vaga da 
natureza e do efeito dos anseios afetivos ingratificáveis. Os sintomas seriam 
derivados a penosas hipertensões ou hipotensões de segmentos (viscerais) 
autônomos (de moderadas a grave). 
Neurose de Transferência - O analista representa um dos pais co-objeto de 
amor, como se ele fosse realmente o pais (mãe) no contexto infantil original 
do paciente. Este revive também todas as suas antigas atitudes do ego e 
proibições de incesto. 
 
SINAIS E SINTOMAS 
 
 Os sinais são os achados objetivos observados pelo analista como: afeto 
rígido, retardo psicomotor, atitudes, consciência, orientação, percepção, 
expressão corporal. Os sintomas são experiências subjetivas descritas pelo 
paciente, exemplo: Humor deprimido, energia diminuída, vontade e 
pragmatismo rebaixados. 
 
Uma síndrome é um conjunto de sinais e sintomas que ocorrem juntos 
e que podem ser percebidos pelo terapeuta. A especialização no 
reconhecimento de sinais e sintomas permite ao Analista fazer um diagnóstico 
correto e explorar a fundo a psicopatologia do paciente, suas causas e 
psicodinâmica. 
 
SINTOMAS CLÍNICOS DO CONFLITO NEURÓTICO 
 
 
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 Por insuficiência relativa do Ego as pessoas evitam situações, objetos, 
atividades, setores de interesse, qualidades de sentimento. Às vezes sem 
perceber tais situações. 
 
Impotência e Frigidez - As inibições sexuais constituem os sintomas mais 
frequentes em quase todos os tipos de neuroses, indo desde a timidez à 
impotência ou a frigidez completa. O ego renuncia ao prazer sexual com medo 
da castração; a ideia inconsciente é a de que o pênis pode ser lesado dentro 
da vagina. 
 
Inibições de instintos parciais – Quando ocorrem inibições que correspondem 
a um impulso. Por exemplo, se um impulso oral for reprimido pode resultar a 
inibição do ato de comer, ou do ato de comer certos tipos de alimentos que 
lembram inconscientemente, os objetos desejados pelos impulsos eróticos 
reprimidos. 
 
Inibições da agressividade - Nesta categoria incluem-se a mansidão e a polidez 
reativas, típicas dos neuróticos obsessivos. É comum, pessoas com essas 
características evitarem qualquer discussão, significando inconscientemente 
que tudo está em paz. Tais pessoas, emocionalmente afastam-se do mundo 
porque este está cheio de problemas que teriam de enfrentar ou tolerar. 
 
NEUROSE FAMILIAR 
Esse tipo de neurose é apontado para designar o fato de que, dentro de 
determinadas famílias, as neuroses individuais se completam, se condicionam 
reciprocamente para evidenciar a influência patogênica que a estrutura 
familiar principalmente a do casal parental pode exercer sobre as crianças. 
 
NEUROSE OBSESSIVA 
 Constitui-se hoje num dos principais quadros encontrados nas clínicas 
psicanalíticas. Neste quadro, o conflito psíquico exprime-se por sintomas 
chamados compulsivos. Compulsão para realizar atos indesejáveis, e luta 
contra estes pensamentos e ritos. Verifica-se ainda a ruminação mental, a 
dúvida e escrúpulos que levam a inibições do pensamento e da ação. 
 
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NEUROSE FÓBICA 
Na neurose fóbica, manifesta-se uma tensão interna sob forma de angústia 
constante que flutua livremente, esta angústia liga-se especialmente a uma 
situação que representa o conflito neurótico. Na neurose fóbica todo o temor 
que motivou a defesa ainda está manifesto. É o tipo mais simples de neurose, 
uma vez que as primeiras reações das crianças têm em regra, o caráter da 
neurose fóbica. As demais neuroses elaboram de forma mais extensa a 
angústia. 
 
NEUROSE TRAUMÁTICA 
 Tipo de neurose em que os sintomas aparecem depois de um choque 
emocional, geralmente após uma situação em que o sujeito sentiu a sua vida 
ameaçada. Neste caso o traumatismo age como elemento desencadeante, 
revelador de uma estrutura neurótica preexistente. 
 
Os sintomas das neuroses traumáticas são: 
Bloqueio ou decréscimo de várias funções do Ego; 
 Ataques de emoções incontroláveis, de ansiedade, cólera e até ataques 
convulsivos; 
 Insônia ou transtorno severo do sono, com sonhos típicos, nos quais se 
experimenta repetidamente o trauma, verificando-se ainda repetições 
mentais durante o dia da situação traumática, sob forma de fantasias 
pensamentos e sentimentos. Complicações secundárias neuróticas. 
 
 
 
HISTERIA 
Trata-se de uma classe de neuroses que apresentam quadros clínicos variados. 
Transtorno que representa a rejeição de percepções sexuais insuportáveis. As 
inibições desse tipo vão da perda dos sentidos, do tato das pernas e outros 
órgãos, cegueira aparente a surdez pela via de alucinações negativas. 
 
HISTERIA DE CONVERSÃO 
 
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É assim chamada, pelo fato dos conflitos sofrerem uma conversão nos órgãos 
dos sentidos como:cegueira, surdez, perda do tato, alucinações etc. E no 
sistema nervoso; contraturas musculares, paralisias motoras dormências e 
outros. 
 
HISTERIA TRAUMÁTICA 
Tipo de histeria descrito por Charcot. Em que os sintomas, e particularmente 
as paralisais aparecem depois de algum tempo de latência, consecutivamente 
a um traumatismo físico, mas sem que este possa explicar mecanicamente os 
sintomas em questão. 
 Charcot reproduziu experimentalmente, em estado de hipnose, paralisias do 
mesmo tipo, utilizando traumatismo mínimo ou a simples sugestão. E obteve 
a prova de que os sintomas em causa eram não pelo choque físico, mas pelas 
representações ligadas a ele. 
 
HIPOCONDRIA 
A Hipocondria se caracteriza como transtorno psicossomático. Na realidade, 
não é um estado patológico, mas uma síndrome que surge em diversos 
estados neuróticos e psicóticos, particularmente nas depressões e 
esquizofrenias. Com o medo da enfermidade. Por exemplo: um medo de 
câncer, de doenças de pele e outras. 
 O conteúdo ideacional varia desde as alucinações somáticas até uma 
expectativa receosa de doença e morte. Esses impulsos hostis revivem 
conflitos competitivos anteriores da vida familiar, como a culpa edípica e a 
rivalidade com os irmãos. Essa culpa cria a necessidade de sofrimento. Os 
sintomas hipocondríacos satisfazem as suas necessidades de dar amor e 
atenção ao seu próprio corpo e ao mesmo tempo aliviar a sua sensação de 
culpa, pelo sofrimento. 
 
PERVERSÃO 
Originalmente a palavra "perversão" significava todo comportamento 
humano contrário às normas sociais existentes. Assim, a corrupção, o mau 
caráter e a má índole também seriam perversões. Contudo, como a 
humanidade se especializou em inventar os mais escabrosos artifícios para 
 
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aumentar seu instinto sexual, perversão passou a ser atualmente sinônimo de 
desvio sexual. 
 
A perversão é um distúrbio distinto da neurose e da psicose, pois o 
mesmo não se trata de um conflito, mas sim um “desvio em relação ao ato 
sexual” “normal”, onde o mesmo é definido como um coito que visa à obtenção 
do orgasmo através da penetração genital, com uma pessoa do sexo oposto, 
no qual é considerado o comportamento sexual “normal” na nossa cultura e 
sociedade. (Laplanche, Pontalis, 2001) 
 
Portanto, a perversão seria o orgasmo obtido com outros objetos sexuais, 
distintos do parceiro heterossexual, como indivíduos do mesmo sexo 
(inversão), bestialidade (sexo com animais), ou por outras zonas corporais; 
(Como o coito anal) ou ainda, quando esse orgasmo provém de fontes 
extrínsecas ao indivíduo (fetichismo, travestismo, voyeurismo, exibicionismo, 
sadomasoquismo, entre outros) 
 
Sintetizando, a perversão é um conjunto de comportamentos sexuais e 
obtenção de prazer com os mesmos, contudo, por vias sexuais julgadas 
socialmente “anormais”. 
 
A Dinâmica das Neuroses 
 
A neurose, em geral ocorre por um conflito entre o Ego e os instintos sexuais 
que o primeiro repudia. O perigo residiria dentro do próprio indivíduo. Na 
neurose traumática (histeria traumática) ou na neurose de guerra, o perigo 
ocorre nas experiências assustadoras ou graves acidentes. 
Ou seja, há também o real perigo externo. Porém, Freud afirma que seria 
muito improvável que uma neurose ocorresse somente por um real perigo 
mortal, sem a participação de estados inconscientes mais profundos do 
aparelho anímico. Na neurose traumática dos tempos de paz, observa-se uma 
relação entre medo, ansiedade libido narcísea. O termo neurose traumática 
não é patrimônio da psicanálise, já tendo sido utilizado em 1884 por 
Oppenheim. 
 
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15 
Observa-se que, nas neuroses traumáticas de guerra, ou de tempos de paz, o 
ego humano defende-se de um perigo que o ameaça de fora, ou que está 
incorporado a uma forma assumida pelo próprio ego. Nas neuroses de 
transferência em épocas de paz, o inimigo é a libido, cujas exigências parecem 
ameaçadoras. Sendo assim, o ego tem medo de ser prejudicado, por uma 
violência externa ou pela própria libido. 
Um outro fator importante na formação do sintoma neurótico é o ganho 
secundário imediato trazido pelo sintoma. Na neurose de guerra, por exemplo, 
o afastamento da frente de combate seria um ganho evidente: afastamento 
das exigências perigosas e ultrajantes feitas pelo serviço militar; também, o 
medo de perder a própria vida, oposição à ordem de matar pessoas e 
supressão da própria personalidade pelos superiores. 
As neuroses de guerra eram inicialmente consideradas patologias decorrentes 
de graves danos ao Sistema Nervoso Central (SNC), como hemorragias e 
inflamações, porém após investigação anatômica sem alteração nesses 
pacientes, passou-se a acreditar que ocorriam lesões delicadas nos tecidos 
sendo as responsáveis pelos danos observados. 
A outra hipótese, que prevaleceu, foi a de perturbações funcionais com o SNC 
intacto. 
Sendo assim, as neuroses de guerra assemelham-se às neuroses de paz, em 
que ocorrem perturbações da vida emocional, com conflitos mentais 
inconscientes. Como a minoria dos soldados apresenta neuroses de guerra, 
Freud postulou que os motivos evidentes que fariam qualquer soldado 
saudável desertar ou fingir-se de doente são contrabalançados por outras 
motivações inconscientes, como: ambição, autoestima, patriotismo, hábito de 
obediência e o exemplo dos demais. 
Tratavam-se os neuróticos de guerra como se alguém fingisse de doente para 
fugir de seu dever, tentando fazer o contrário: trazê-lo da doença para a saúde 
com um tratamento elétrico doloroso, associando doença à dor, iniciando a 
balança a favor da recuperação. O paciente podia recuperar-se, mais o efeito 
do tratamento era pouco duradouro, levando-o as vezes, à morte ou ao 
suicido. O tratamento visava à recuperação do soldado para voltar a guerra e 
não o indivíduo para se recuperar de sua doença. 
 
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Nas neuroses traumáticas, a causa não é decorrente do dano físico, mas 
proveniente da emoção e do susto sofridos. Um ferimento ou dano infringido 
simultaneamente, opera, via de regra, contra o desenvolvimento de uma 
neurose. 
A ansiedade, medo e susto devem ser distinguidos na etiologia das neuroses 
traumáticas. 
A ansiedade é um estado particular de esperar o perigo ou preparar-se para 
ele, ainda que seja desconhecido. O medo exige um objeto definido do qual se 
tenha temor. 
 
 
Os Mecanismos de Defesa da Neurose 
 
As defesas do ego podem dividir-se em: 
a) defesas bem-sucedidas: que geram a cessação daquilo que se rejeita; 
b) defesas ineficazes: que exigem repetição ou perpetuação do processo de 
rejeição, a fim de impedir a irrupção dos impulsos rejeitados. 
Abaixo os mecanismos de defesa da neurose: 
 
Sublimação: 
As defesas bem-sucedidas podem colocar-se sob o título de sublimação, a 
transformação da passividade em atividade. 
 
 
 
Defesas Patológicas: 
Não são necessariamente patológicos os conflitos entre as exigências 
instintivas e o medo ou o sentimento de culpa, mas o que determina se vai do 
normal ao patológico é a maneira pela qual se manipulam os conflitos. O 
conflito sem uma satisfação, consequentemente gera uma patologia. 
 
Negação: 
A tendência a negar quaisquer sensações dolorosas é tão antigaquanto o 
próprio sentimento de dor. É muito comum a negação de realidade 
 
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desagradável, negação que realiza desejos e que simplesmente exprime a 
efetividade do princípio do prazer. 
 
Projeção: 
A projeção é essencial naquele estádio precoce do desenvolvimento do ego 
que Freud denominou o ego prazeroso, no qual os atributos pessoais de 
determinado indivíduo, sejam pensamentos inaceitáveis ou indesejados, 
sejam emoções de qualquer espécie, são atribuídos a outra(s) pessoa(s). 
 
Introjeção: 
A ideia de engolir um objeto exprime afirmação; e como tal é o protótipo de 
satisfação instintiva, e não de defesa contra os instintos. No estádio do ego 
prazeroso purificado, tudo quanto agrada é introjetado. 
Em última análise, todos os objetos sexuais derivam de objetivos de 
incorporação. Do mesmo passo, a projeção é o protótipo da recuperação 
daquela onipotência que foi projetada para os adultos. 
É a operação psíquica que pretende fazer desaparecer, da consciência, 
impulsos ameaçadores, sentimentos, desejos, ou seja, conteúdos 
desagradáveis, ou inoportunos. 
Em sentido amplo, é uma operação psíquica que tende a fazer desaparecer da 
consciência um conteúdo desagradável ou inoportuno: ideia, afeto, etc. Neste 
sentido, o recalque seria uma modalidade especial de repressão. Em sentido 
mais restrito, designa certas operações do sentido amplo, diferentes do 
recalque: 
a) Ou pelo caráter consciente da operação e pelo fato de o conteúdo reprimido 
se tornar simplesmente pré-consciente e não inconsciente; 
b) Ou, no caso da repressão de um afeto, porque este não é transposto para o 
inconsciente, mas inibido, ou mesmo suprimido. 
 
Reativa 
Muitas atitudes neuróticas existem são tentativas evidentes de negar ou 
reprimir alguns impulsos, ou de defender a pessoa contra um perigo instintivo. 
São atitudes tolhidas e rígidas, que obstem a expressão de impulsos contrários, 
os quais de vez em quando rompem por diversos modos. 
 
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Anulação: 
A anulação é mecanismo que se pode ver com clareza máxima, em certos 
sintomas obsessivos, os quais se compõem de duas ações, sendo a segunda 
inversão direta da primeira. 
 
Isolamento: 
O isolamento é um mecanismo de defesa muito comum na neurose, neste 
caso o paciente não esqueceu os seus traumas patogênicos, mas perde a 
conexão e significado emocional. Especialmente a típica neurose obsessiva, 
que consiste em isolar um pensamento ou comportamento, de modo a cortar 
as suas ligações com outros pensamentos com o resto da existência do sujeito 
 
Regressão 
Sempre que alguém depara com uma frustração, há tendência a ter saudades 
de épocas anteriores da vida em as experiências eram prazerosas. 
 
Contra afetos: 
Este mecanismo se opõe aos impulsos instintivos, este, contudo, são rejeitados 
devido a ansiedade ou ao sentimento de culpa; isto é, para o fim de evitar o 
sofrimento do pânico traumático ou da perda da autoestima, de forma que a 
última analise é defesa contra afeto. 
 
Bloqueio (Repressão) de Afetos: 
Observa-se que o ego, depois de haver sido uma vez esmagado por afetos, 
consegue recuperar sua força a ponto de dispor, em situações semelhantes 
que se repitam, de contracatexias (é a energia empregada pelos mecanismos de 
defesa e que faz oposição às catexias) com que rejeitar um desenvolvimento e novo 
do afeto. 
 
Postergação de Afetos: 
Este tipo de defesa institui-se com frequência máxima contra os afetos da raiva 
(ou do tédio) e do luto. A raiva pode ser evidentemente suportada sem 
 
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descarga durante um lapso, mas durante um curto lapso. No luto o 
retardamento parece ser essencial. 
 
Deslocamentos de Afetos: 
A postergação não é mais que caso especial dentre muitos tipos de 
deslocamento de afeto. É um tipo de deslocamento que se pode associar a 
postergação. 
 
Equivalente de Afetos: 
Freud descreveu como neurose de angústia. 
 
Formações Reativas Contras Afetos: 
A negação é o verdadeiro significado de um afeto que pode chegar a ponto de 
transformar-se a aderência compulsiva à atitude afetiva oposto. 
Tais como: 
• Alteração das qualidades dos afetos; 
• Isolamento de afetos; 
• Projeção e introjeção de afetos; 
• Defesas contra sentimento de culpa; 
 
 
 
 
Os Sintomas Clínicos Diretos do Conflito Neurótico 
 
Os sintomas clínicos dos conflitos neuróticos são expressões diretas das 
atividades das forças defensivas, isto é, manifestações contracatexias; ou 
sintomas que se originam na relativa insuficiência do ego, quando este se 
encontra em estado de represamento. 
 
 
Razões para se falar de uma ‘ Personalidade Neurótica de Nosso 
Tempo’ 
 
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O campo de nossa investigação fica limitado em duas direções. 
Primeiro: Há neuroses que podem sobrevir em indivíduos cuja personalidade, 
a não ser por isso, permanece intacta e indeformada, surgindo a neurose como 
uma reação a uma situação externa permeada de conflitos. 
Quando falamos de neurose, quero me referir à neurose de caráter, isto é, a 
condições em que – embora o quadro sintomático possa ser exatamente igual 
ao de uma neurose de situação - o principal distúrbio jaz nas deformações do 
caráter. 
Elas são o efeito de um insidioso processo crônico, em regra iniciado na 
infância e embarcando maiores ou menores porções da personalidade com 
maior ou menor intensidade. Numa visão superficial uma neurose de caráter 
também pode provir de um conflito de situação real, mas uma história da vida 
da pessoa meticulosamente compilada talvez mostre que os traços difíceis do 
caráter estavam presentes muito antes do aparecimento de qualquer situação 
confusa; que o embaraço momentâneo se deve, em grande parte, a 
dificuldades pessoais previamente existentes; e, outrossim, que a pessoa 
reage neuroticamente a uma situação vital que, para o indivíduo sadio comum, 
não subentende conflito algum. 
A situação simplesmente denuncia a presença de uma neurose que talvez 
existisse há já algum tempo. 
Segundo: Nossa atenção volta-se para os próprios distúrbios de caráter, 
porquanto as deformações da personalidade são uma constante das neuroses, 
ao passo que os sintomas, na acepção clínica, podem diferir ou simplesmente 
estar ausentes. 
Graças a um maior conhecimento da estrutura das neuroses e à percepção de 
que a cura de um sintoma não significa, obrigatoriamente a cura de uma 
neurose, os psicanalistas em geral transferiram seu interesse e deram maior 
atenção às deformações de caráter que os sintomas. Numa linguagem 
figurada, os sintomas neuróticos não são o vulcão, mas, antes, as erupções 
deste, enquanto que o conflito patogênico, tal como o vulcão, está 
profundamente oculto no indivíduo, desconhecido por ele mesmo. Será que 
podemos formular a pergunta: 
 
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Será que as pessoas neuróticas, hoje em dia, possuem uma personalidade 
neurótica de nosso tempo? Quanto às deformações de caráter que 
acompanham os diferentes tipos de neuroses, o que mais nos impressiona são 
as diferenças e não as semelhanças. As semelhanças não residem tanto nas 
experiências que, geneticamente, instigaram o distúrbio, porém nos conflitos 
que realmente, impulsionam a pessoa. 
Freud e a maioria dos analistas dão o maior destaque ao princípio de que a 
missão da análise é descobrir, seja a raiz sexual (por exemplo, as zonas 
erógenas específicas) de um impulso, seja os padrões infantis de conduta de 
que este é, em hipótese, uma repetição. Não é possível compreender, 
inteiramente, uma neurose sem remontar até a situação infantil, penso que as 
técnicas genéticas, empregadas unilateralmente, se prestam mais a confundir 
do que a esclarecer o problema, já existentes e suas funções e interações com 
outras tendências presentes, tais como impulsos, medos e medidas 
protetoras. 
 
Traços Predominantes dos Neuróticos de Nosso Tempo 
 
1º Aspecto: 
Excessiva dependência da aprovação ou afeição dos outros. 
Todos queremos ser estimados e sentir-nos apreciados, mas na pessoa 
neuróticas a dependência da afeição ou aprovação é desproporcional ao 
verdadeiro valor que as outras pessoas tenham para suas vidas. Apesar de 
todos querermos ser estimados por pessoas de quem gostou, nos neuróticos 
há uma fome indiscriminada de apreciação ou afeição, quer eles se interessem 
ou não pela pessoa quer a opinião dessa pessoa tenha ou não qualquer 
significação para ele. 
O mais comum é não se aperceberem dessa ânsia ir refreada, traindo sua 
existência por meio de uma sensibilidade exagerada quando não recebem a 
atenção com que contam. Podem sentir- se magoados, por exemplo se alguém 
não aceita um convite seu, não lhes telefona durante algum tempo, ou mesmo 
se discorda deles em algum assunto essa sensibilidade pode aparecer 
camuflada de uma atitude de ‘pouco me importa’. 
 
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O neurótico pode, por exemplo, ser ultra-atencioso e ávido de ajudar a todos, 
mas, se for o caso, poder-se-á notar que ele age compulsivamente e não 
devido a uma cordialidade espontânea. 
 
2º Aspecto: 
A insegurança interior manifestada por meio dessa dependência dos demais – 
observação superficial. 
Sentimentos de inferioridade e de inadequação são características que nunca 
deixam de existir. 
Podem aparecer sob diversas formar – como uma convicção de 
incompetência, de estupidez de fealdade – e podem existir sem nenhuma 
justificativa real. Ideias sobre sua própria forma de ser podem ser encontradas 
em pessoas que são, incomumente, inteligentes, ou sobre a própria falta de 
atrativos nas mais lindas mulheres. Esses sentimentos de inferioridade podem 
aparecer abertamente na superfície sob a forma de queixas ou preocupações, 
ou os supostos defeitos podem ser aceitos como algo tão natural que é 
supérfluo estar-se pensando a respeito. Por outro lado, podem estar 
encobertos por necessidades compensadoras de auto engrandecimento, por 
uma propensão compulsiva para exibicionismo, procurando impressionar a si 
mesmo e aos demais com toda sorte de atributos que concedem prestígio em 
nossa cultura, como dinheiro, posse de quadros ou móveis antigos, mulheres, 
contatos sociais com pessoas eminentes, viagens ou conhecimentos elevados. 
Uma ou outra dessas tendências pode aparecer, francamente, em primeiro 
plano, mas o mais comum é percebermos, distintamente, a presença de 
ambas. 
 
 
 
3º Aspecto: 
Grupo de atitudes referentes à autoafirmação, abrange inibições explícitas – 
Elas impõem e defendem suas pretensões e não tem em mente seus esforços 
medidos para progredir. 
Os neuróticos revelam um conjunto bem amplo de inibições. Eles têm inibições 
quanto a manifestar seus desejos ou a pedir alguma coisa em seu próprio 
 
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proveito, a expressar uma opinião ou crítica justa, a dar ordenas a alguém, a 
escolher as pessoas com quem gostaria de se associar, a travar relações com 
pessoas, e assim por diante. 
Também há inibições referentes ao que podemos descrever como sendo a 
manutenção da posição da pessoa: os neuróticos, muitas vezes, são incapazes 
de se defenderem contra-ataques, ou de dizerem não, se não querem 
concordar com os desejos de outros como, por exemplo, a uma vendedora que 
lhes vender algo que eles desejam comprar, ou uma pessoa que os convida 
para uma festa, ou a uma pessoa que os queira namorar. 
Há, por fim, as inibições quanto ao saber o que querem: dificuldades para 
tomarem decisões, formar opiniões, atrever-se a expressar desejos que só 
dizem respeito a seu próprio interesse. 
Tais desejos têm de ser disfarçados: uma amiga minha registra, em sua 
escrituração particular, cinema sob título educação e bebidas sob o de saúde. 
Particularmente importante nesse grupo é a incapacidade para planejar, quer 
se trate de uma viagem ou de um plano para a vida: os neuróticos deixam-se 
levar, mesmo em decisões importantes como a escolha de profissão ou 
casamento, em vez de conceberem, claramente, o que desejam da vida. 
 
4º Aspecto: 
Agressividade em contraste com atitude de autoafirmação – Ações dirigidas a 
outros – Ataques – Desdém - Abuso de Direitos – Ou qualquer forma de 
Conduta Hostil. 
As perturbações dessa espécie revelam-se sob duas maneiras inteiramente 
distintas. 
Uma delas é a propensão para ser agressivo, dominador, excessivamente 
severo, mandão, trapaceiro, ou estar sempre ralhando. Eventualmente as 
pessoas que agem assim percebem que estão sendo agressivas, mas 
frequentemente, porém nem se dão conta disso e estão subjetivamente, 
convencidas de que estão apenas sendo honestas ou expressando uma 
opinião, ou mesmo sendo moderadas nas suas reivindicações, apesar de, na 
realidade, serem desagradáveis. 
 
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Essas pessoas, também, muitas vezes não percebem que essa é sua própria 
atitude, mas creem tristemente, que o mundo inteiro se coloca sobre elas 
tirando proveito delas. 
 
5º Aspecto: 
No campo sexual, há uma necessidade compulsiva de atividade sexual ou 
inibições de exercer essa atividade. As inibições podem surgir a qualquer passo 
que conduz à satisfação sexual: podem manifestar-se à aproximação de 
pessoas do sexo oposto durante o namoro, durante as relações sexuais ou na 
hora do prazer. Todas as peculiaridades descritas nos grupos anteriores 
também aparecerão nas atitudes sexuais. 
 
A Personalidade Neurótica 
 
O entendimento da personalidade neurótica ou, conforme termo Henry Ey, do 
caráter neurótico, implica antes no entendimento global do que foi dito até 
agora sobre a personalidade, das disposições pessoais, do arranjo peculiar dos 
traços no interior do eu, da modelagem afetiva no desenvolvimento da 
personalidade, da histeria biológica e existencial do indivíduo e das existências 
adaptativas que a vida solicita. 
O indivíduo, aqui e agora, do jeito em que ele se encontra e com determinada 
disposição para com sua vida, só pode ser compreendido como uma resultante 
daquilo que ele trouxe para a vida, através de sua natureza constitucional, comaquilo que a vida trouxe para ele, através de seu destino existencial. Entender 
a personalidade neurótica implica, antes, no entendimento da personalidade 
como um todo, normal ou alterada, apta a responder harmonicamente à vida 
ou claudicar (cometer falta) por dificuldades iminentes ao seu modo de ser. 
Podemos dizer que o indivíduo possui uma personalidade neurótica quando 
ele reage neuroticamente diante dos eventos e de uma forma habitual e isto 
passa a caracterizar sua maneira de existir. Podemos dizer ainda que o 
neurótico quando sucumbe cronicamente diante de seus conflitos 
remanescentes do passado. 
Podemos ainda arriscar e considerar o neurótico quando suas pulsões 
inconscientes dominam suas atitudes conscientes, quando contratamos uma 
 
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falha crônica em seus mecanismos de defesa, enfim, quando sua adaptação 
emocional à vida é constantemente problemática. 
Sempre que as relações vivenciais anormais ou os distúrbios adaptativos, ou 
ainda sinônimos, as relações de ajustamento não são acontecimentos fortuitos 
e ocasionais, mais constituem uma maneira perene e constante de relacionar-
se com a realidade, estamos diante de uma personalidade neurótica. 
É tênue e às vezes impossível, clinicamente, uma delimitação precisa entre 
aquilo que estudamos como Transtornos da Personalidade. 
Tanto assim que o termo é abordado separadamente na atual CID 10 mais era 
indistintamente tratado no DSM-III. 
A grosso modo poderíamos dizer, se de fato foi imprescindível uma distinção 
que o Transtorno da Personalidade é um pré-requisito constitucional da 
Personalidade Neurótica e que esta aparece apenas como evidência 
clinicamente estabelecida daquela. 
Arriscamos, sem receio de errar, que a diferença entre uma e outra é a mesma 
constatada entre uma miopia de meio grau e uma miopia de três graus, ou 
seja, com meio grau o indivíduo ainda se conduz na vida sem auxílio de óculos, 
embora não tenha uma visão tão fiel da realidade, com três, entretanto, 
apresenta uma dificuldade maior. 
Desta forma o conceito de Personalidade, seja referente a Personalidade 
Neurótica ou normal, diz respeito a modalidade do relacionamento do sujeito 
com o objeto. 
Os critérios de avaliações destas relações objetais normalmente são 
estabelecidos pelo conjunto normativo de um sistema cultural, o que 
corresponde a dizer que se todos integrantes de um mesmo sistema tiverem 
meio grau de miopia esta será normal. 
A personalidade deve ser uma atitude que primeiramente, leva em conta a 
circunstância cultural, temporal e até existencial na qual o indivíduo está 
inserido. Tal cuidado remete-nos, normalmente as ideias de Tonalidade 
Afetiva de base e de Representação Interna da Realidade; a primeira como 
sendo as lentes através das quais a realidade chega ao interior do ser, e a 
segunda, o que esta realidade representa para o ser. 
 
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A Personalidade neurótica percebe a realidade com os olhos dos míopes, ou 
mais míope que o aceitável pelo sistema cultural vigente, e faz representar 
internamente uma realidade capaz de produzir algum sofrimento. 
Em relação a personalidade neurótica, bem como na atividade emocional 
global do ser humano, o bom senso recomenda que a disposição peculiar do 
indivíduo em relacionar-se com o mundo objetal não deve ser considerada 
exclusivamente um produto dos eventos sinápticos, nem tão pouco um 
produto exclusivo da história da vida. 
 Daí nosso apelo para que a Neurose seja estendida como uma combinação 
das disposições pessoais constitucionais com as circunstâncias ocasionais que 
permitam a existência deste indivíduo. 
 
TRANSTORNOS PSICOSSOMÁTICOS 
 
 O termo, psicossomática vem dos vocábulos gregos “psyke” = alma, e 
“soma”= corpo. A Psicossomática se refere à relação corpo X mente. É a parte 
da medicina que considera o doente como um todo, estudando o paciente 
tanto nos aspectos físicos biológicos como psíquicos. 
 
 
O DESENVOLVIMENTO DA PSICOSSOMÁTICA 
 
A Psicossomática evoluiu em três fases: 
 a) - Inicial, ou psicanalítica - com o estudo dos genes inconscientes das 
doenças. 
 b) – Intermediária ou Behaviorista - com o estímulo a pesquisa em homens e 
animais. 
 c) – Atual ou Multidisciplinar - com uma visão biopsicossocial. 
 
A PSICOSSOMÁTICA HOJE 
 
a) – A Influência da Mente Sobre o Corpo. 
 
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 Sabemos hoje que, o que afeta a mente afeta o corpo, isto é, a 
Psicossomática reconhece o poderoso efeito da mente inconsciente na saúde 
e no funcionamento do corpo. 
 
b) – Os Conflitos Emocionais podem causar uma variedade de doenças. 
Atualmente, os médicos sabem que o ódio e a ansiedade podem causar 
uma série de doenças, como ulceras estomacais, alteração da pressão arterial, 
e vários distúrbios digestivos. 
Observamos que muitas pessoas apresentam urticárias e erupções na 
pele de fundo nervoso, outras transpiram em excesso, particularmente na 
palma das mãos. A tensão emocional em algumas pessoas produz enxaquecas, 
vômitos, perda do apetite, diarreia, gazes, azias, gastrites, dores de cabeça 
(cefaleia), tonturas e outros. 
 
c) – Os Significados Simbólicos dos Sintomas. 
 Atualmente os médicos clínicos, neurologistas e psiquiatras estão 
desvendando muitos dos mistérios que cercam as doenças antes mesmo de 
administrar uma medicação. Uma diarreia pode estar relacionada com uma 
instabilidade emocional. 
 
Dores no coração pedem estar relacionadas com uma expressão de 
culpa. 
 
Falta de apetite (anorexia nervosa) pode simbolizar desejo de morrer 
(pulsão de morte). 
 
Uma cegueira aparente pode representar a negação de ver algo que o 
incomoda. 
 
Alguns tipos de ocupações predispõem os sujeitos a ulceras nervosas 
devido a frustrações que aumentam o ácido clorídrico no estômago. 
 
d) – Quando a Mente e o Estômago decidem agir em Conjunto. 
 
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 O processo de digestão tem seus aspectos físicos e mentais. É comum 
ouvirmos as pessoas reclamarem: “fiquei com tanto medo que tive diarreia”, 
“só de pensar nisso sinto náuseas”. 
O enjoo de uma mulher pode ser interpretado como uma maneira de dizer 
que o comportamento do marido a deixa doente do estômago. Sabemos 
também que muitas mulheres 
que vivem uma relação indesejada estão predispostas a vômitos constates, o 
estômago tenta rejeitar o que a mente não deseja. 
 
Um pesquisador americano descobriu que 2/3 dos pacientes que se 
apresentavam numa clínica para distúrbios digestivos tinham problemas 
emocionais. Wilber e Millis estudaram os prontuários de 354 pacientes com 
problemas digestivos, todos receberam tratamento analítico, sete anos mais 
tarde novamente foram examinados e em 303 deles não se encontrou mais 
nenhuma doença orgânica. 
Um achado muito importante nas pesquisas, é que, as pessoas muito 
sensíveis têm também um estomago muito sensível. O Dr. Austin Fox Riggs 
descobriu que as crianças muito sensíveis choramcom facilidade e são mais 
predispostas a distúrbios digestivos. 
 
e) – A Culpa como motivo de somatização 
 As pessoas guardam sentimentos exagerados de culpa devido a sua 
consciência hipersensível. 
Elas geralmente ocultam dos familiares e dos amigos as coisas pelas 
quais se sentem culpadas. Quando enfrentam os problemas de 
relacionamentos e experiências para as quais emitem censura, também 
sentem necessidade de autopunição. 
 
A culpa pode gerar impotência sexual, dores de cabeça, perda da visão, 
asma, bronquite, câncer e muitos outros sintomas. 
 
f) – A Hostilidade como Motivo Psicossomático 
 Os sentimentos de hostilidades podem ser responsáveis por uma série 
de distúrbios psicossomáticos. Existem indivíduos que se tornam criminosos 
 
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por causa do ódio que sentem do pai. Rebela-se contra qualquer tipo de 
disciplina. Agride a esposa como se tivesse agredindo a mãe. Não conseguem 
manter relacionamentos longos porque não conseguem expressar afetos. Sua 
atitude hostil gera estigmas contra si próprio. 
 
 
Como saber se você é uma pessoa neurótica ou não? 
 
1. Você tem medo de estar sozinho, sair de casa, dirigir um carro ou fazer uma 
viagem fora de sua cidade? 
 
2. Você se sente diferente ou" deslocado" quando está com outras pessoas? 
 
3. Você frequentemente negligencia seus afazeres, dorme muito, sente-se 
Constantemente cansado ou sem energias? 
 
4. Você tentou suicido ou pensou seriamente em cometê-lo? 
 
5. Você precisa de tranquilizantes ou outra droga (que alterem a mente) para 
atravessar o dia? 
 
6. Você assume mais responsabilidade do que pode? Tem uma atitude de tudo 
ou nada? 
 
7. Você vive tenso, incapaz de relaxar e não consegue dormir? 
 
8. A tensão, a ansiedade e a preocupação afetam seu trabalho? 
 
9. Você sente que outras pessoas não lhe compreendem ou não compreendem 
seus problemas? 
 
10. Você sente que as outras pessoas "estão olhando para você" quando você 
trabalha ou está em público? 
 
 
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11. Você acha que seu relacionamento está em perigo? 
 
12. Você tem problemas sexuais? 
 
13. Você sente que a vida já não tem mais sentido? 
 
14. Você fica irado chegando a perder o controle? 
 
15. Você entra em pânico quando está sob tensão? 
 
16. Você vive chorando? 
 
17. Você se sente "culpado"? 
 
18. Você sofre de depressão? 
 
Se você respondeu SIM a qualquer uma das perguntas acima, é possível que 
você seja uma pessoa neurótica. 
 
Se você respondeu SIM a 2 ou mais perguntas, então é quase certo que você 
seja uma pessoa neurótica. 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia 
 
Freud, Sigmund. Obras Psicologias Completas de Sigmund Freud. 
Imago: Rio de Janeiro, 1980. 
 
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ou de qualquer outra forma de que não seja dentro do próprio Instituto Roseli D Morais. 
31 
ZIMERMAN, David. Vocabulário Contemporâneo de Psicanálise. 
Artmed: Porto Alegre, 2001. 
LAPLANCHE, J. e PONTALIS, J.-B. Vocabulário de Psicanálise. 4ª. Ed. 
Martins Fontes: São Paulo, 2001. 
ROUDINESCO, Elizabeth e PLON, Michel. Dicionário de Psicanálise. 
Jorge Zahar: Rio de Janeiro, 1998. 
BIRMAN, Joel. Freud e a filosofia. Rio de Janeiro; Jorge Zahar Ed., 2003. 
 FREUD, Sigmund. Cinco lições de Psicanálise. São Paulo: Abril Cultural, 1978. 
LAPLANCHE, Jean. Vocabulário da Psicanálise. São Paulo: Martins Fontes, 
2001. 
 FENICHEL, Otto. Teoria Psicanalítica das Neuroses. Rio de Janeiro e São Paulo, 
Livraria Atheneu, 1981 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DO MÓDULO 
 
Escolher um dos Temas trabalhados e desenvolver o trabalho pelas 
normas da ABNT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Roseli D Morais 
 
Roseli D Morais Formação: Licenciatura em matemática e física; Especialização em 
Pedagogia e Psicopedagogia; Psicanálise Lacaniana; Psicologia Analítica Junguiana nos 
Processos Criativos; Psicanalista/didata; Grafóloga; correção de gestos gráficos; Cursos 
especializados em programação neolinguística; Cursando Mestrado em Psicologia na 
 
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Educação. Atualmente é: Terapeuta; Diretora e professora do Instituto Roseli D Morais; 
Diretora de Escola da rede pública no Município de Nova Odessa; Palestrante e consultora 
na área de relações humanas em empresas privadas; membro da diretoria da Associação 
Integrativa dos Profissionais de Psicanalise. Apresentadora do programa “Roseli D Morais” 
pela WA Notícias.

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