Buscar

Adrenérgicos e coligérgicos 2020.1

Prévia do material em texto

FARMACOLOGIA DO SISTEMA 
NERVOSO AUTÔNOMO
Prof. Dr. Jhonatta Alexandre Brito
2
SNA
Regula processos corpóreos que não estão 
sob a dependência direta do controle 
voluntário.
Ex: manter respiração; frequência cardíaca; 
produção de urina 
3
NEUROTRANSMISSORES
Substância química liberada pela terminação nervosa. 
Interação com seus receptores, estimulando ou 
inibindo a célula. 
FUNÇÂO: 
• contração e relaxamento muscular
• secreção ou inibição de substâncias (via glândula)
• Estimula produção de enzima; hormônios
• Regulam o SNC
• Regulam nossos movimentos; comportamento; vida afetiva
4
NEUROTRANSMISSORES
EXEMPLOS DE ALGUNS: 
• ACETILCOLINA
• NORADRENALINA
• DOPAMINA
• ADRENALINA
• GLICINA GAMA AMINOBUTÍRICO (GABA)
• ENDORFINAS
• SEROTONINAS
• SUBSTÂNCIAS P
5
SNA
NEUROTRANSMISSORES
ACETILCOLINA
PARASSIMPÁTICO
NORADRENALINA
SIMPÁTICO
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Principais catecolaminas
Sistema Nervoso Autônomo
• Enerva a maioria dos tecidos.
• Mantém o equilíbrio interno do corpo.
• Estimula a musculatura lisa, cardíaca e 
glândulas.
• Involuntário
• Medular e ganglionar
Sistema Nervoso Autônomo
Sistema Nervoso Autônomo
SIMPÁTICO:
• Gânglios 
• Neurotransmissores
• Receptores
• Sistema de desgaste
• Luta ou fuga
– Taquicardia
– Midríase
– Broncodilatação
– Glicogenólise
– Sudorese
– Parada na digestão
– Aumento da FR
• Resposta geral
Sistema Nervoso
Autônomo
Parassimpático
• Gânglios
• Neurotransmissores
• Receptores
• Sistema de conservação
• Descanso
• Funcional
• Resposta local
ORGÃO SIMPÁTICO PARASSIMPÁTICO
Íris Dilatação da pupila(midríase) Constrição da pupila(miose)
Glândula lacrimal Vasoconscrição;
Pouco efeito sobre a secreção.
Secreção abundante.
Glândulas salivares Vasoconscrição; secreção 
viscosa e pouco abundante.
Vasodilatação; secreção fluída e 
abundante.
Glândulas sudoríparas Secreção copiosa
( fibras colinérgicas )
Ausência de inervação.
Músculos eretores dos 
pelos
Ereção dos pelos. Ausência de inervação.
Coração Aceleração do ritimo 
cardíaco;
Dilatação das coronárias.
Diminuição do ritmo cardíaco;
Constrição das coronárias.
Brônquios Dilatação Constrição
Tubo digestivo Diminuição do peristaltismo e 
fechamento dos esficteres.
Aumento do peristaltismo e 
abertura dos esficteres.
ORGÃO SIMPÁTICO PARASSIMPÁTICO
Bexiga Pouca ou nenhuma ação. Contração da parede 
promovendo o esvaziamento.
Genitais masculinos Vasoconstrição; ejaculação. Vasodilatação; ereção.
Glândula supra-renal Secreção de adrenalina
( através fibras pré-ganglionares)
Nenhuma ação.
Vasos sanguíneos dos 
troncos e das 
extremidades
Vasoconstrição***(α) Nenhuma ação; inervação 
possivelmente ausente.
Neurotransmissão Adrenérgica
• A transmissão sináptica refere-se à
propagação dos impulsos nervosos de uma
célula nervosa a outra.
• Isso ocorre em estruturas celulares
especializadas, conhecidas como sinapses---
na qual o axônio de um neurônio pré-
sináptico combina-se em algum local com o
neurônio pós-sináptico.
Transmissão Sináptica
• Os neurônios adrenérgicos liberam como
neurotransmissor a noradrenalina
• No sistema simpático, a noradrenalina,
portanto, é o neurotransmissor dos impulsos
nervosos dos nervos autonômicos pós-
ganglionares para os órgãos efetuadores.
Neurônios Adrenérgicos
23
NA
MAO
2
NA
Ca2+
X
Ca2+
R
R
PA
R
ESP
O
STA
R
ESP
O
STA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
AMPc
(-)
NA
NA
NA
NA
NA
COMTNA
NANA
• A NA liberada das vesículas difusas sinápticas cruza a
fenda sináptica e liga-se ao receptor pós-sináptico no
órgão receptor ou no receptor pré-sináptico do
nervo terminal.
• Ocorre um evento em cascata dentro da célula,
resultando na formação do segundo mensageiro
intracelular
• Receptores adrenérgicos usam ambos, os sistemas
de segundo mensageiro: AMPc e/ou IP3 e DAG para
transmitir o sinal para dentro do órgão efetor.
Ligação aos Receptores 
• Depois que interage com seus receptores,
situados na células pós-sináptica e na célula
pré-sináptica, o neurotransmissor adrenérgico
deve ser inativado rapidamente. Se isso não
acontecesse, haveria excesso de sua ação,
destruiria a homeostase e levaria a exaustão
do organismo.
• A inativação da noradrenalina dois processos:
enzimático e recapitação.
Após ligação aos receptores 
• As enzimas Monoamina oxidase (MAO), e, a
Catecol-O-metiltransferase (COMT) inativam a
noradrenalina.
• A MAO é uma enzima desaminadora que retira
grupamento NH2 de diversos compostos, como
noradrenalina, adrenalina, dopamina, serotonina.
A MAO localiza-se nas mitocôndrias dos
neurônios, e, em tecidos não neurais, como o
intestinal e o hepático, e, oxida a noradrenalina
transformando no ácido vanilmandélico
Enzimático
A COMT, abundante no fígado, transforma a
noradrenalina em compostos metametilados,
metanefrina e normetanefrina. A COMT regula
principalmente as catecolaminas circulantes.
As terminações nervosas adrenérgicas têm a
capacidade também de recapturar a
noradrenalina através da fenda sináptica,
mediante um sistema metabólico transportador,
sendo armazenada novamente nas vesículas pré-
sinápticas, também através de outro sistema de
transporte.
Enzimático
Fármacos Agonistas Adrenérgicos
 No sistema nervoso simpático, 2 classes de 
adrenoceptores são distinguidos alfa e beta, e são 
identificados baseado nas respostas dos adrenérgicos 
agonistas: epinefrina, norepinefrina e isoproterenol.
1 ) Os alfa receptores são subdivididos em alfa 1 e alfa 
2.
Para os receptores alfa existe uma ordem decrescente 
de resposta: epinefrina >= norepinefrina >> 
isoproterenol
Receptores Adrenérgicos
Receptores Adrenérgicos
1. Receptores alfa 1: estão presentes na membrana dos 
órgãos efetores pós- sinápticos e são mediadores de 
efeitos clássicos.
Ex: constrição dos músculos lisos
2. Ativação de alfa l receptores inicia uma série de 
reações:=>ativação da proteína G da fosfolipase C, => 
geração de IP3 (inositol trifosfato ), => causando 
liberação de Ca++ do retículo endoplasmático para o 
citosol.
Receptores Adrenérgicos
2- Receptores alfa2: localizados nos terminais 
dos nervos pré-sinápticos e em outras células 
como a célula beta do pâncreas. 
Com a norepinefrina na fenda sináptica haverá a 
estimulação do alfa 1, com suas reações acima 
citada, assim como a estimulação do receptor 
alfa2 na membrana do próprio neurônio. 
Esta estimulação do alfa2 causa um 
"feedback" inibidor da própria liberação da 
norepinefrina
Receptores Adrenérgicos
• Alfa 1: Vasoconstrição –aumento da resistência periférica –
aumento da pressão arterial –midríase – estimulo da 
contração do esfíncter superior da bexiga – secreção salivar –
glicogenólise hepática – relaxamento do músculo liso 
gastrintestinal.
• Alfa 2: Inibição da liberação de neurotransmissores, incluindo 
a noradrenalina – inibição da liberação da insulina –
agregação plaquetária – contração do músculo liso vascular.
Receptores Adrenérgicos
• O alfa2 serve como mecanismo modulador 
local para a diminuição do neuromediador 
sináptico.
Os alfa2 são mediados pela inibição da 
adenilciclase e o controle do nível de AMPc 
intracelular.
Receptores Adrenérgicos
 Beta receptores: 
Os beta receptores exibem respostas diferentes daquelas vistas nos alfa 
receptores. 
Para os beta receptores a ordem decrescente da resposta: isoproterenol > 
epinefrina > norepinefrina.

Os beta receptores são divididos em Beta 1 e Beta 2.
O receptor Beta l tem aproximadamente igual afinidade para a epinefrina
e norepinefrina.

O receptor Beta 2 tem maior afinidade a epinefrina do que a 
norepinefrina.
Recepção do neurotransmissor através do beta l ou beta 2 resulta na 
ativação da adenilciclase aumentando a concentração de AMPc dentro da 
célula.
Receptores Adrenérgicos
 Beta 1: Aumento da freqüência cardíaca (taquicardia) 
– aumento da força cardíaca (da
 contratilidade do miocárdio) – aumento da lipólise.
 Beta 2: Broncodilatação – vasodilatação – pequenadiminuição da resistência periférica –
 aumento da glicogenólise muscular e hepática –
aumento da liberação de glucagon –
 relaxamento da musculatura lisa uterina – tremor 
muscular.
 Beta 3 - Termogênese e lipólise.
Receptores Adrenérgicos
 Também chamados de simpaticomiméticos ou
adrenomiméticos ou apenas adrenérgicos, constituem
os fármacos que estimulam direta ou indiretamente os
receptores adrenérgicos ou adrenoreceptores.
 O efeito de um fármaco agonista adrenérgico
administrado em determinado tipo de célula efetora
depende da seletividade desta droga pelos
receptores, assim como, das características de
resposta das células efetoras, e, do tipo
predominante de receptor adrenérgico encontrado
nas células.
Agonistas adrenérgicos
• Os agonistas 
adrenérgicos podem 
ser de:
• Ação direta 
• Ação indireta
• Ação mista.
Agonistas Adrenérgicos
Agonistas de ação indireta – são os que não
afetam diretamente os receptores pós-sinápticos,
mas provocam a liberação de noradrenalina dos
terminais adrenérgicos.
➢Os fármacos de ação indireta são: anfetamina –
tiramina.
Agonistas de ação mista – são os que ativam os
receptores adrenérgicos na membrana pós
sináptica, e, causam a liberação de noradrenalina
dos terminais pré-sinápticos (adrenérgicos).
➢Os fármacos de ação mista são: efedrina –
metaraminol
Agonistas Adrenérgicos
1. Agonistas de ação direta - São os que atuam 
diretamente nos receptores adrenérgicos alfa 
ou beta produzindo efeitos semelhantes ou 
liberando a adrenalina pela medula adrenal.
Os fármacos de ação direta são: adrenalina –
noradrenalina – isoproterenol – fenilefrina –
dopamina – dobutamina – fenilefrina –
metoxamina – clonidina – metaproterenol ou 
orciprenalina – terbutalina – salbutamol ou 
albuterol.
Agonistas Adrenérgicos
Adrenalina
• Estimula predominantemente o receptor
adrenérgico beta 1,
• Possui também, embora menor, ação sobre o
receptor alfa 1 e outros receptores
• Aumento da PA:
✓ Estimulação direta do miocárdio: efeito inotrópico
positivo
✓ Efeito cronotrópico positivo
✓ Vasoconstrição em muitos leitos vasculares
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
Adrenalina
• Ocorre aumento da pressão sistólica e
pequena diminuição da pressão diastólica
(redução da resist. Periférica)
• É um dos vasopressores mais potentes
• Contrai as arteríolas da pele, das membranas
mucosas (sobre receptores alfa);
• Provoca a dilatação dos vasos sangüíneos do
fígado e musculatura esquelética
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
Adrenalina
• Provoca a elevação da glicemia devido estimular 
a glicogenólise, e, inibir a secreção da insulina 
(α2). 
• Provoca a lipólise transformando triglicerídeos 
em ácidos graxos (β).
• É utilizada como terapêutica inicial no tratamento 
da asma aguda (causa broncodilatação em 
potencial), e, do choque anafilático.
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
• Adrenalina
• Utilizada no tratamento das reações alérgicas
causadas pela liberação de histamina.
• Na anestesia local pode ser utilizada (1:100.000
partes de adrenalina) aumentando a duraçãoda
anestesia:
• → vasoconstrição → reduz o fluxo sangüíneo
local na região→reduz a velocidade de absorção
do anestésico
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
A via de administração pode ser venosa (em 
emergência), subcutânea, cânula 
endotraqueal, inalação, e, ocular (glaucoma), 
entretanto, as catecolaminas não devem ser 
administradas por
• Via oral = são inativadas pelas enzimas 
intestinais.
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
Efeitos adversos:
• Arritmia cardíaca
• Hemorragia
• Hiperglicemia
• Ansiedade, pânico, cefaléia e tremores (ações no
SNC).
• Pode também provocar o edema pulmonar. Em
pacientes com hipertireoidismo a dose deve ser
reduzida,pois, aumenta as ações cardiovasculares
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
Noradrenalina
• Utilizada no tratamento do choque
• Sua ação ocorre predominantemente sobre o receptor 
adrenérgico alfa 1 e beta.
• Pouca ação em beta 2
• Menos potente que a adrenalina em receptores alfa
• Nunca é utilizada no tratamento da asma. Provoca 
aumento da pressão arterial sistólica e diastólica 
devido a vasoconstrição da maioria dos vasos 
sangüíneos incluindo do rim.
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
Efeitos adversos
• Disritmias ventriculares,
• Intensa vasoconstrição
• Hipertensão arterial.
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
Isoproterenol
• Catecolamina sintética que estimula (agonista) 
predominantemente os receptores adrenérgicos 
beta 1 e beta 2 (beta não-seletivo)
• Utilizado no tratamento do bloqueio átrio-
ventricular ou da parada cardíaca, pois, provoca 
a estimulação cardíaca (através dos receptores 
beta-1).
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
Isoproterenol
• Embora produza rápida broncodilatação (através
dos receptores beta-2) que deve ser por via
inalatória, pouco tem sido usado no tratamento
da asma, devido aos efeitos adversos
semelhantes aos da adrenalina.
• A forma injetável é usada no tratamento do
choque.
• Ação curta → é eficientemente biotransformada
pelo COMT.
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
Dopamina
• Estimula predominantemente os receptores 
adrenérgicos alfa (em doses altas) e beta 1 
(em doses baixas). 
• Consiste no precursor metabólico da 
adrenalina, e, ocorre normalmente no SNC, 
nos gânglios de base e na medula adrenal.
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
• A única via de administração é intravenosa
em infusão, inclusive pode causar necrose
tecidual em conseqüência do extravasamento
durante a infusão.
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
Agonistas Adrenérgicos de Ação 
direta - Seletivos
Β2-adrenérgicos Seletivos
✓Metaproterenol:
• Resistente à ação da COMT
• Menos seletivo que o salbutamol e 
terbutalina.
• Administração oral e inalatória
• Oral: inicio de efeito mais lento durando até 
4h.
• Inalatória: Início rápido
• Terbutalina:
Administração inalatória, oral e parenteral
Inalatória: imediata persistindo por até 6h (3-6h)
Oral: início do efeito lento (1-2h)
Parenteral: Imediato (Emergência de mal 
asmático)
Agonistas Adrenérgicos de Ação 
direta - Seletivos
• Salbutamol
Administração inalatória e oral
• Inalatória: broncodilatação significatica em 15 
minutos podendo persistir por3-4h
• Oral: início do efeito lento; alívio sintomático 
do brroncoespasmo, tem potencial de 
retardar o trabalho de parto prematuro.
Agonistas Adrenérgicos de Ação 
direta - Seletivos
Ritodrina
Agonista seletivo β2 desenvolvido 
ESPECIFICAMENTE para uso como relaxante 
uterino.
Agonistas Adrenérgicos de Ação 
direta - Seletivos
Outros fármacos β2 seletivos
• Isoetarina
• Pributerol
• Bitolterol (pró-fármaco)
• Fenoterol
• Formoterol (ação longa-12h)
• Procaterol
• Salmeteterol (ação longa-12h) mais seletivo 
que o salbutamol
Agonistas Adrenérgicos de Ação 
direta - Seletivos
• Agonistas adrenérgicos α1 Seletivos
• Principais efeitos clínicos:
• Ativação de receptores α-adrenérgicos
no músculo liso vascular→ aumento da
resistência periférica vascular →
elevação ou manutenção da PA.
Agonistas Adrenérgicos de Ação 
direta - Seletivos
• Agonistas adrenérgicos α1 Seletivos
• Fenilefrina:
• Atinge receptores β quando em
concentrações muito elevadas;
• Provoca acentuada vasoconstrição
arterial em infusão venosa;
• Descongestionante nasal
• Midriático
Agonistas Adrenérgicos de Ação 
direta - Seletivos
• Agonistas adrenérgicos α2 Seletivos
• Fármacos:
• Clonidina (protótipo)
• Apraclonidina e Brimonidina: (Uso tópico
trtamento de glaucoma)
• Guanfacina: mais seletivo que a clonidina
• Guanabenzo
Agonistas Adrenérgicos de Ação 
direta - Seletivos
Neurotransmissão Colinérgica
Transmissores e efetores do SNAp
66
1) Síntese da Acetilcolina
É sintetizado no citosol do neurônio a 
partir da coenzimaA (mitocôndria) e da 
colina (fenda sináptica).
Coenzima A Colina
Catalizada pela O acetil transferase
Acetilcolina
67
2) Estocagem da Acetilcolina 
• Armazenadas em vesículas pré 
sinápticas (terminal axônico).
68
3) Liberação de Acetilcolina:
• Ocorre um potencial de ação ou impulso nervoso 
que chega a terminação nervosa levando a 
despolarização 
• aumenta permeabilidade ao cálcio - desencadeia um 
influxo de cálcio do extracelular para o citoplasma 
do neurônio – leva a liberação Ach. 
• Este aumento de cálcio faz com que as vesículas 
intraneuronais se fundam com a membrana celular e 
permitam a extrusão do seu conteúdo na fenda 
sináptica.
69
4. Ligação com o receptor:
• A Ach liberada das vesículas difusas sinápticas 
cruza a fenda sináptica e liga-se ao receptor 
(colinérgicos; colinomiméticos; coliniceptores) 
pós-sináptico no órgão receptor ou no receptor pré-
sináptico do nervo terminal. 
• Ex: Nicotínicos ou N colinérgicos
Muscarínicos ou M colinérgicos
70
5. Remoção da Acetilcolina 
A remoção da acetilcolina pode se dar por três caminhos:
1. Difundir-se fora do espaço sináptico e entrar na circulação.
2. Ser metabolizada pela acetilcolinesterase. 
3. Ser recaptada.
Sítios de ação da acetilcolina
Receptores da acetilcolina
Receptores nicotínicos
• Receptores nicotínicos:
Os receptores nicotínicos são canais iônicos na membrana
plasmática de algumas células, cuja abertura é desencadeada
pelo neurotransmissor acetilcolina, fazendo parte do sistema
colinérgico.
O seu nome deriva do primeiro agonista seletivo encontrado
para estes receptores, a nicotina, extraída da planta Nicotiana
tabacum. O primeiro antagonista seletivo descrito é o curare
(d-tubocurarina).
Transmissão Colinérgica
Receptores nicotínicos
Divididos em três classes principais:
• Muscular = são confinados à junção neuromuscular
esquelética
• Ganglionar = responsáveis pela transmissão nos
ganglios simpáticos e parassimpáticos
• Do SNC = encontram-se disseminados no cérebro e
são heterogêneos quanto a sua composição
Receptores Nicotínicos
Receptores Nicotínicos
• Atuação sobre o receptor do tipo ganglionar:
• Carbacol: instrumento experimental.
• Trimetafan: uso clínico, porém raro.
• Principal efeito sobre sistema cardiovascular.
• Redução da pressão arterial na cirurgia e em
emergências.
• Ação curta
Receptores Nicotínicos
• Atuação sobre o receptor do SNC
• Mecamilamina:
• Inicialmente utilizada para redução da PA
(1950).
• Adesivos contra dependência nicotínica.
• Estudos para uso de adesivos para o
tratamento de alcoolismo.
Receptores Muscarínicos
• São receptores metabotrópicos acoplados a proteínas 
G, presentes no corpo humano e animal.
• São estimulados pela acetilcolina, desencadeando uma 
cascata intracelular que é responsável pelas respostas 
ditas "muscarínicas“.
• Devem o seu nome à muscarina, um fármaco presente 
no cogumelo Amanita muscaria que activa 
selectivamente estes receptores. 
• O seu antagonista clássico é a atropina, produzido, por 
exemplo, pela planta Atropa belladonna.
Receptores Muscarínicos
• Receptores muscarínicos:
• 5 receptores distintos
• M1: neurais
• M2: cardíacos
• M3: glandulares/ musculares lisos
• M4 e M5: SNC
• Papel funcional não está bem elucidado.
Receptores Muscarínicos
Receptores Muscarínicos
Receptores Muscarínicos
Efeitos dos agonistas muscarínicos
Agonistas colinérgicos
Agonistas colinérgicos
• Agonistas colinérgicos de ação direta,
também denominados de colinérgicos diretos
ou colinomiméticos diretos ou
parassimpaticomiméticos diretos: agem nos
receptores colinérgicos como agonistas,
ativando e desencadeando respostas
semelhantes às provocadas pela estimulação
do parassimpático.
Agonistas Colinérgicos
• Agonistas colinérgicos de ação indireta, também
denominados de colinérgicos indiretos ou
colinomiméticos indiretos ou
parassimpaticomiméticos indiretos – que
embora não tenham ação direta sobre os
receptores colinérgicos, são substâncias que
proporcionam maior tempo da ação da
acetilcolina, inibindo a enzima que tem o poder
de destruir a acetilcolina, portanto, os inibidores
da acetilcolinesterase ou anticolinesterásicos
Agonistas colinérgicos
• Estes inibidores da acetilcolinesterase podem 
ser reversíveis e irreversíveis.
• Pouca seletividade = efeitos adversos
Efeitos farmacológicos dos 
agonistas colinérgicos
• 1. Sistema cardiovascular
Efeitos farmacológicos dos 
agonistas colinérgicos
• 2. Sistema geniturinário
Efeitos farmacológicos dos agonistas 
colinérgicos
• 3. Outros efeitos
• 2. SNC
Usos terapêuticos dos agonistas 
colinérgicos
Efeitos adversos dos agonistas 
colinérgicos
Agonistas colinérgicos
• BETANECOL: vias de administração oral ou
subcutânea, não devendo ser utilizada por via
intramuscular, nem por via venosa, pois pode
provocar efeitos adversos potencialmente
graves ou mesmo fatal principalmente a
hipotensão arterial.
• Contra-indicação: úlcera péptica, asma,
insuficiência coronária, e , hipertireoidismo.
FÁRMACOS AGONISTAS COLINÉRGICOS DE 
AÇÃO DIRETA
• A pilocarpina é um alcaloide capaz de atravessar a membrana
conjuntival, consiste em uma amina terciária estável à
hidrólise pela acetilcolinesterase. É muito menos potente do
que a acetilcolina, possui atividade muscarínica.
• Com a aplicação ocular, produz contração do músculo ciliar,
provocando a miose, sendo também utilizada em
oftalmologia para terapêutica do glaucoma, principalmente
em situação de emergência, devido a capacidade de reduzir a
pressão intra-ocular.
FÁRMACOS AGONISTAS COLINÉRGICOS DE 
AÇÃO DIRETA
• Como efeito adverso, a pilocarpina pode
atingir o SNC (principalmente em idosos com a
idade avançada provocando confusão),
produzir distúrbios de natureza central,
sudorese e salivação profusas.
• A via de administração da pilocarpina é
unicamente ocular.
FÁRMACOS AGONISTAS COLINÉRGICOS DE 
AÇÃO DIRETA
AGONISTAS COLINÉRGICOS DE AÇÃO INDIRETA OU
ANTICOLINESTERÁSICOS
• Mecanismo de ação: inibem a enzima
acetilcolinesterase, prolongando a ação da
acetilcolina;
• Provocam a potencialização da transmissão
colinérgica nas sinapses autônomas colinérgicas e na
junção neuromuscular.
• Estes anticolinesterásicos podem ser:
• Reversíveis - ação não for prolongada
• Irreversíveis - esta ação for prolongada
FÁRMACOS AGONISTAS COLINÉRGICOS DE AÇÃO 
INDIRETA OU
ANTICOLINESTERÁSICOS
• Vias de administração :
– Para tratamento sistêmico, a fisostigmina pode ser
administrada IM e IV sendo muito bem absorvida em
todos os locais de aplicação,
– ***Distribui-se para o SNC, e, pode provocar efeitos
tóxicos, inclusive convulsões
FÁRMACOS AGONISTAS COLINÉRGICOS DE AÇÃO 
INDIRETA OU
ANTICOLINESTERÁSICOS
Neostigmina (Prostigmina):
• Derivado do trimetilbenzenamínio,
• Mecanismo de ação: inibe reversivelmente a enzima
acetilcolinesterase
• É mais polar do que a fisostigmina e não penetra no SNC,
tendo atividade sobre a musculatura esquelética mais intensa
do que a fisostigmina.
• Duração de ação: 2 a 4 horas.
• Efeitos adversos: estimulação colinérgica generalizada,
salivação, rubor cutâneo, queda da pressão arterial, náusea,
dor abdominal, diarreia e broncoespasmo.
• A forma parenteral da neostigmina pode ser administrada por
via subcutânea, intramuscular e intravenosa.
FÁRMACOS AGONISTAS COLINÉRGICOS DE AÇÃO 
INDIRETA OU
ANTICOLINESTERÁSICOS
• Indicações: Atonia do intestino e bexiga;
miastenia grave (prolongando a duração da
acetilcolina na placa motora terminal,
consequentemente, aumentando a força
muscular);
• como antídoto a agentes bloqueadores
neuromusculares (por exemplo, a
tubocurarina)
FÁRMACOS AGONISTAS COLINÉRGICOS DE AÇÃO 
INDIRETA OU
ANTICOLINESTERÁSICOS
• A neostigmina é mais útil no tratamento da
miastenia grave do que a fisostigmina, pois, a
fisostigmina tem menor potencia na junção
neuromuscular.
• A fisostigmina é mais útil do que a neostigmina em
condições de etiologia central:
• caso de superdosagemde atropina (atropina penetra no
SNC e a neostigmina não atinge o SNC).
FÁRMACOS AGONISTAS COLINÉRGICOS DE AÇÃO INDIRETA 
OU
ANTICOLINESTERÁSICOS
• A piridostigmina:
• Mecanismo de ação: inibidor da acetilcolinsterase
• Duração de ação: 3 a 6 horas
• *tempo de ação maior do que a neostigmina e a 
fisostigmina; também é utilizada no tratamento da 
miastenia grave e como antídoto de agentes 
bloqueadores neuromusculares.
FÁRMACOS AGONISTAS COLINÉRGICOS DE AÇÃO 
INDIRETA OU
ANTICOLINESTERÁSICOS
• A piridostigmina e a neostigmina pertencem ao grupo
dos carbamatos (ésteres do ácido carbâmico), e,
apresentam atividade agonista direta nos receptores
nicotínicos existentes no músculo esquelético.
• Os efeitos adversos são semelhantes aos da neostigmina,
entretanto, com menor incidência de bradicardia,
salivação e estimulação gastrintestinal.
• A via de administração é de acordo com a forma
farmacêutica.
FÁRMACOS AGONISTAS COLINÉRGICOS DE AÇÃO 
INDIRETA OU
ANTICOLINESTERÁSICOS
• O edrofônio:
• consiste em uma amina quaternária,
• Ações farmacológicas semelhantes às da neostigmina, porém
possui ação de curta duração, entre 10 a 20 minutos, sendo
utilizada em administração venosa, geralmente para fins de
diagnóstico da miastenia grave, provocando rápido aumento
da força muscular, **O excesso pode levar a uma crise
colinérgica.
• Tem sido também referido o uso do edrofônio para reverter
os efeitos do bloqueador neuromuscular após uma cirurgia
FÁRMACOS AGONISTAS COLINÉRGICOS DE AÇÃO 
INDIRETA OU
ANTICOLINESTERÁSICOS
INIBIDORES DIRIGIDOS CONTRA A ENZIMA 
ACETILCOLINESTERASE NO
SNC 
• Consistem nos fármacos utilizados no tratamento da Doença
de Alzheimer, pois tem facilidade em penetrar no SNC, têm
ação inibitória (reversível) sobre a enzima acetilcolinesterase,
consequentemente aumenta o nível de acetilcolina.
• A Doença de Alzheimer consiste em doença
neurodegenerativa de desenvolvimento lento provocando a
perda progressiva da memória, e, da função cognitiva (a
cognição), comprometendo também capacidade de auto
cuidado dos indivíduos, levando à demência.
• Estudos indicam que essas alterações funcionais são
resultantes inicialmente da perda da transmissão colinérgica
no neocórtex.
Anticolinesterásicos irreversíveis
• Os anticolinesterásicos irreversíveis
correspondem aos compostos organofosforados
sintéticos que possuem a capacidade de efetuar
ligação covalente com a enzima
aceticolinesterase, com ação bastante
prolongada.
• As únicas substâncias deste grupo utilizadas na
terapêutica é o isofluorato ou
disopropilfluorfosfato (DFP), o ecotiofato
utilizadas unicamente por via ocular no
tratamento do glaucoma.
• A maioria dos anticolinesterásicos irreversíveis 
foi desenvolvida com finalidade bélica, e, são 
também utilizados como inseticidas e 
pesticidas, e, acidentalmente, tem provocado 
intoxicações. 
• Estudos revelam que a meia-vida de um 
agonista indireto irreversível dura cerca de 
100 horas.
Anticolinesterásicos irreversíveis
FIM

Continue navegando