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03_Conhecimentos_Gerais

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1 
 
 
 
 
 
 
 
PM-SP 
Soldado PM de 2ª Classe 
 
 
1. HISTÓRIA GERAL 1.1. - Primeira Guerra Mundial. ......................................................... 1 
1.2. - O nazifascismo e a Segunda Guerra Mundial. ............................................................ 5 
1.3. - A Guerra Fria. ........................................................................................................... 14 
1.4. - Globalização e as políticas neoliberais. .................................................................... 33 
2. HISTÓRIA DO BRASIL 2.1. A Revolução de 1930 e a Era Vargas. ............................... 40 
2.2. - As Constituições Republicanas. ................................................................................ 49 
2.3. - A estrutura política e os movimentos sociais no período militar. ............................... 55 
2.4. A abertura política e a redemocratização do Brasil. .................................................... 61 
3. GEOGRAFIA GERAL 3.1. - A nova ordem mundial, o espaço geopolítico e a globalização. 
3.2. - Os principais problemas ambientais .............................................................................. 74 
4. GEOGRAFIA DO BRASIL 4.1. - A natureza brasileira (relevo, hidrografia, clima e 
vegetação). 4.2. - A população: crescimento, distribuição, estrutura e movimentos. 4.3. - As 
atividades econômicas: industrialização e urbanização, fontes de energia e agropecuária. 4.4. 
- Os impactos ambientais ....................................................................................................... 86 
5. ATUALIDADES Questões relacionadas a fatos políticos, econômicos, sociais e culturais, 
nacionais e internacionais, ocorridos a partir de 6 (seis) meses anteriores à publicação deste 
Edital, divulgados na mídia local e/ou nacional. .................................................................... 177 
 
Olá Concurseiro, tudo bem? 
 
Sabemos que estudar para concurso público não é tarefa fácil, mas acreditamos na sua 
dedicação e por isso elaboramos nossa apostila com todo cuidado e nos exatos termos do 
edital, para que você não estude assuntos desnecessários e nem perca tempo buscando 
conteúdos faltantes. Somando sua dedicação aos nossos cuidados, esperamos que você 
tenha uma ótima experiência de estudo e que consiga a tão almejada aprovação. 
 
Pensando em auxiliar seus estudos e aprimorar nosso material, disponibilizamos o e-mail 
professores@maxieduca.com.br para que possa mandar suas dúvidas, sugestões ou 
questionamentos sobre o conteúdo da apostila. Todos e-mails que chegam até nós, passam 
por uma triagem e são direcionados aos tutores da matéria em questão. Para o maior 
aproveitamento do Sistema de Atendimento ao Concurseiro (SAC) liste os seguintes itens: 
 
01. Apostila (concurso e cargo); 
02. Disciplina (matéria); 
03. Número da página onde se encontra a dúvida; e 
04. Qual a dúvida. 
 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhar em e-mails separados, 
pois facilita e agiliza o processo de envio para o tutor responsável, lembrando que teremos até 
cinco dias úteis para respondê-lo (a). 
 
Não esqueça de mandar um feedback e nos contar quando for aprovado! 
 
Bons estudos e conte sempre conosco! 
1581838 E-book gerado especialmente para DANIEL MARTINS MIGUINS DA SILVA
 
1 
 
 
 
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914-1918)1 
 
Vários problemas atingiam as principais nações europeias no início do século XX. O século anterior 
havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha 
da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora 
no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em 
matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste 
contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra. 
Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os 
países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou 
vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa 
rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. 
Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países, onde um tentava se armar 
mais do que o outro. 
Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A França havia 
perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco 
Prussiana. O revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para 
retomar a rica região perdida. 
O pangermanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa. 
Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os países 
de origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos. 
 
O início da Grande Guerra 
O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-
húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, um 
jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na 
região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação 
ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia. 
 
Política de Alianças 
Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século XIX. 
Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada 
em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha (a Itália passou para a outra aliança em 1915). 
Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido. 
O Brasil também participou, enviando para os campos de batalha enfermeiros e medicamentos para 
ajudar os países da Tríplice Entente. 
 
A Tríplice Entente 
 A Tríplice Entente foi uma coalizão militar composta por Império Britânico, Império Russo e França na 
primeira década do século XX. Estes países apresentavam discordâncias políticas e militares, porém 
acabaram por se unir para fazer frente aos ideais expansionistas da Tríplice Aliança (Alemanha, Itália e 
do Império Austro-Húngaro), formada em 1882. 
 
O caso da Itália 
 Após o início da Primeira Guerra Mundial, foram estes países que lideraram o conflito. Vale lembrar 
que a Itália deixou a Tríplice Aliança em 1915, passando para o lado da Entente. A Itália alegou que a 
Tríplice Aliança havia sido criada com propósito de defesa, porém a Alemanha tinha tomado uma postura 
ofensiva. 
 
 
 
 
1 https://bit.ly/2bZflQ8 
https://bit.ly/1JTgsoZ 
1. HISTÓRIA GERAL 1.1. - Primeira Guerra Mundial. 
 
1581838 E-book gerado especialmente para DANIEL MARTINS MIGUINS DA SILVA
 
2 
 
Outros países 
 A Tríplice Entente contou com a participação de outros países durante a Primeira Guerra Mundial. 
Apoiaram a Entente os seguintes países: Sérvia, Japão, Estados Unidos, Brasil, Portugal, Grécia. 
 
Desenvolvimento 
As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, 
centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território. A fome e as 
doenças também eram os inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas 
tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas 
trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas. 
 
Fim do conflito 
Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância: a entrada dos Estados Unidos no conflito. 
Os EUA entraram ao lado da Tríplice Entente, pois havia acordos comerciais a defender, principalmente 
com Inglaterra e França.Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da Aliança a assinarem 
a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado de Versalhes que impunha a estes países 
fortes restrições e punições. A Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada, 
perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia Lorena, além de ter 
que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O Tratado de Versalhes teve repercussões na 
Alemanha, influenciando o início da Segunda Guerra Mundial. 
A guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos, arrasou campos agrícolas, 
destruiu indústrias, além de gerar grandes prejuízos econômicos. 
 
Principais causas que desencadearam a Primeira Guerra Mundial 
- A partilha das terras da África e Ásia, na segunda metade do século XIX, gerou muitos 
desentendimentos entre as nações europeias. Enquanto Inglaterra e França ficaram com grandes 
territórios com muitos recursos para explorar, Alemanha e Itália tiveram que se contentar com poucos 
territórios de baixo valor. Este descontentamento ítalo-germânico permaneceu até o começo do século 
XX e foi um dos motivos da guerra, pois estas duas nações queriam mais territórios para explorar e 
aumentar seus recursos. 
- No final do século XIX e começo do XX, as nações europeias passaram a investir fortemente na 
fabricação de armamentos. O aumento das tensões gerava insegurança, fazendo assim que os 
investimentos militares aumentassem diante de uma possibilidade de conflito armado na região; 
- A concorrência econômica entre os países europeus acirrou a disputa por mercados consumidores e 
matérias-primas. Muitas vezes, ações economicamente desleais eram tomadas por determinados países 
ou empresas (com apoio do governo); 
- A questão dos nacionalismos também esteve presente na Europa pré-guerra. Além das rivalidades 
(exemplo: Alemanha e Inglaterra), havia o pangermanismo e o pan-eslavismo. No primeiro caso era o 
ideal alemão de formar um grande império, unindo os países de origem germânica. Já o pan-eslavismo 
era um sentimento forte existente na Rússia e que envolvia também outros países de origem eslava. 
 
Tratado de Versalhes 
Assinado em 28 de junho de 1919, o Tratado de Versalhes foi um acordo de paz assinado pelos países 
europeus, após o final da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Neste Tratado, a Alemanha assumiu a 
responsabilidade pelo conflito mundial, comprometendo-se a cumprir uma série de exigências políticas, 
econômicas e militares. Estas exigências foram impostas à Alemanha pelas nações vencedoras da 
Primeira Guerra, principalmente Inglaterra e França. Em 10 de janeiro de 1920, a recém criada Liga das 
Nações (futura ONU) ratificou o Tratado de Versalhes. 
 
Algumas exigências impostas à Alemanha pelo Tratado de Versalhes: 
-reconhecimento da independência da Áustria; 
-devolução dos territórios da Alsácia-Lorena à França; 
-devolução à Polônia das províncias de Posen e Prússia Ocidental; 
-as cidades alemãs de Malmedy e Eupen passariam para o controle da Bélgica; 
-a província do Sarre passaria para o controle da Liga das Nações por 15 anos; 
-a região da Sonderjutlândia deveria ser devolvida à Dinamarca 
-pagamento aos países vencedores, principalmente França e Inglaterra, uma indenização pelos 
prejuízos causados durante a guerra. Este valor foi estabelecido em 269 bilhões de marcos. 
-proibição de funcionamento da aeronáutica alemã (Luftwaffe) 
1581838 E-book gerado especialmente para DANIEL MARTINS MIGUINS DA SILVA
 
3 
 
-a Alemanha deveria ter seu exército reduzido para, no máximo, cem mil soldados; 
-proibição da fabricação de tanques e armamentos pesados; 
-redução da marinha alemã para 15 mil marinheiros, seis navios de guerra e seis cruzadores; 
 
Consequências 
As fortes imposições do Tratado de Versalhes à Alemanha, fez nascer neste país um sentimento de 
revanchismo e revolta entre a população. A indenização absurda enterrou de vez a economia alemã, já 
abalada pela guerra. As décadas de 1920 e 1930 foram marcadas por forte crise moral e econômica na 
Alemanha (inflação, desemprego, desvalorização do marco). Terreno fértil para o surgimento e 
crescimento do nazismo que levaria a Alemanha para um outro conflito armado, a Segunda Guerra 
Mundial. 
 
Questões 
 
01. (CVM - Agente Executivo – ESAF) Atritos permanentes decorrentes de disputas imperialistas, 
profundas rivalidades políticas assentadas em extremado nacionalismo e constituição de dois blocos 
antagônicos de alianças entre países, a Tríplice Aliança e a Tríplice Entente, configuram, entre outros 
aspectos, o quadro histórico que resultou na: 
(A) Segunda Guerra Mundial. 
(B) Guerra Franco-Prussiana 
(C) Guerra dos Boxers 
(D) Guerra Civil Americana 
(E) Primeira Guerra Mundial 
 
02. (PC/MG - Escrivão de Polícia Civil – FUMARC) São conjunturas que precedem à eclosão da 
Primeira Guerra Mundial, EXCETO: 
(A) A presença de várias potências europeias na Ásia e na África fez com que interesses imperialistas 
se antagonizassem, sobretudo, no que se refere ao controle de territórios. 
(B) A política de alianças produzirá um “efeito dominó”, lançando à guerra, uma após outra as nações 
signatárias dos acordos. 
(C) O nacionalismo adquire grande importância na eclosão da guerra, uma vez que as alianças entre 
as nações europeias, no período que precede o conflito, nortearam-se fundamentalmente, por questões 
étnicas. 
(D) A escalada inflacionária, o desemprego e o ódio racial favoreceram a subida ao poder de partidos 
totalitários como o Partido Nacional dos Trabalhadores Alemães. Antissemitismo e expansionismo 
territorial faziam parte da política desses partidos, o que acabou determinando a guerra. 
 
03. (CONFERE – Auditor - INSTITUTO CIDADES) Vários problemas atingiam as principais nações 
europeias no início do século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países 
estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. 
Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e 
Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado 
consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das 
causas da: 
(A) Guerra Fria 
(B) Grande Guerra 
(C) Segunda Guerra Mundial 
(D) Revolução Socialista Marxista 
 
04. (Instituto Rio Branco – Diplomata – CESPE) Acerca do processo histórico que desencadeou a I 
Guerra Mundial, julgue (C ou E) os itens a seguir. 
A expansão econômica da Alemanha levou-a a competir com a Inglaterra e com a França. 
(A) Certo 
(B) Errado 
05. (SEE/AL - Professor – História – CESPE) No que se refere à Idade Contemporânea e ao período 
que abrange as duas guerras mundiais e seus efeitos, julgue os itens a seguir. 
Durante a Primeira Guerra Mundial, a Espanha, a Suíça e os Países Baixos mantiveram-se imparciais 
e conseguiram permanecer relativamente distantes do conflito. 
 
1581838 E-book gerado especialmente para DANIEL MARTINS MIGUINS DA SILVA
 
4 
 
(A) Certo 
(B) Errado 
 
06. (Prefeitura de Betim/MG – Professor PII - História - Prefeitura de Betim – MG) É coerente com 
as razões que levaram à 1ª Grande Guerra Mundial: 
(A) Um dos fatos que contribuiu para o final do confronto foi a entrada da Rússia na Guerra, pois tinha 
um exército grande e bem preparado, impondo aos alemães derrotas vexatórias. 
(B) O processo de Imperialismo, promovido pelas grandes potências capitalistas da Europa, 
principalmente França, Inglaterra e Alemanha, gerou conflitos e até confrontos pela disputa de territórios, 
ao ponto de desencadear a 1ª Guerra. 
(C) Temendo uma ofensiva alemã, Japão, Inglaterra e França formaram a Tríplice Aliança. 
(D) O início da Guerra se deu quando as tropas alemãs invadiram a Polônia, apresentando ao mundo 
a famosa Guerra Relâmpago, deixando marcas desastrosas para os poloneses.07. (Instituto Rio Branco – Diplomata – CESPE) Acerca do processo histórico que desencadeou a I 
Guerra Mundial, julgue (C ou E) os itens a seguir. 
A ascensão econômica e política do Império Austro-Húngaro levou-o a confrontar os interesses 
ingleses nos Bálcãs. O assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, em Sarajevo, permitiu que se 
atribuísse ao imperialismo britânico a responsabilidade pelo clima de tensão regional, e constituiu o marco 
inicial da guerra. 
(A) Certo 
(B) Errado 
 
Gabarito 
 
01.E / 02.D / 03.B / 04.A / 05.A / 06.B / 07.B 
 
Comentários 
 
01. Resposta: E. 
Podemos afirmar que os antecedentes da Primeira Guerra Mundial surgiu a partir de tensões formadas 
na segunda metade do século XIX, com o desenvolvimento do nacionalismo e do imperialismo nos países 
europeus. A partir dessas tensões dois blocos antagônicos se formas, a Tríplice Aliança, formada pela 
Alemanha, Austro-Hungria e a Itália no ano de 1882 e a Tríplice Entente, aliança militar formada pela 
Inglaterra, França e Rússia. 
 
 02. Resposta: D. 
A opção D é a única que não se refere ao período que antecede a Primeira Guerra Mundial, pois a 
afirmativa da questão, refere-se aos motivos que antecederam a Segunda Guerra Mundial. As opções A, 
B e C estão corretas a respeito dos motivos que precederam o início da Grande Guerra. 
 
03. Resposta: B. 
A unificação tardia da Alemanha e da Itália, faz com que ambas as nação ficassem fora do processo 
neocolonial, gerando um grande descontentamento. As tensões crescem mais ainda quando a Alemanha, 
de forma diplomática, exige o domínio de regiões afro-asiáticas, pertencentes a Inglaterra. 
 
04. Resposta: A. 
Apesar de ter se unificado tardiamente, a Alemanha conseguiu que seus produtos industrializados 
ganhassem espaço. Os alemães conseguiram formar uma grande indústria que conseguiu superar a 
tradicional potência britânica. 
 
05. Resposta: A. 
A afirmativa da questão está correta, Espanha, a Suíça e os Países Baixos mantiveram-se imparciais 
durante a Primeira Guerra, conseguindo manter uma certa distância dos conflitos acontecidos entre os 
anos de 1914 a 1918. 
 
06. Resposta: B. 
O capitalismo, motivou o conflito entres as grandes potências europeias. O desejo de ampliar 
mercados, através do imperialismo, aumentou ainda mais a tensão entre os países da Europa, pois como 
1581838 E-book gerado especialmente para DANIEL MARTINS MIGUINS DA SILVA
 
5 
 
a Alemanha e a Itália se unificaram tardiamente, ambas ficaram fora do processo neocolonial, o que gerou 
grande descontentamento. 
 
07. Resposta: B. 
A Afirmativa da questão está errada. Primeiramente a responsabilidade pelo assassinado do 
arquiduque Francisco Ferdinando, em Sarajevo, foi dada a Sérvia. A Inglaterra só entra na guerra a partir 
do ataque a Bélgica, pais neutro, pelo exército alemão. 
 
 
 
O Nazi-fascismo 
 
I. Nazismo 
Com o final da Primeira Guerra Mundial, e com o Tratado de Versalhes, a Alemanha mergulhou em 
uma profunda crise econômica, levando milhares de alemães ao desemprego. A grande crise do sistema 
capitalista em 1929, teve como consequência uma maior intervenção do Estado na economia e uma perda 
de confiança no liberalismo econômico. 
Como tentativa de conter a crise, o governo alemão passou a produzir papel-moeda de forma 
descontrolado, gerando assim o efeito inverso do planejado, a inflação começou a subir, fazendo com 
que houvesse uma desvalorização da moeda alemã. Somente no ano de 1924 é que o governo vive certa 
instabilidade, através de investimento ingleses e norte-americanos, contudo quando em 1929, a Bolsa de 
Nova York quebra, levando juntos os países industrializados da Europa, a Alemanha entra novamente 
em um fase crítica. Quando a Grande Depressão abalou a economia alemã, deixou desemprega mais de 
6 milhões de pessoas, além da quebra de empresas e do retorno da inflação. 
Sob esse cenário de total crise, a população alemã procurou soluções através de formas de governo 
radicais que tirassem o país da crise e resgatasse o orgulho ferido pela derrota na Primeira Guerra. Como 
solução, na década de 30 surgiram duas correntes políticas, uma formada pelo Partido Social Democrata 
e outra formada pelo Partido Comunista. A segunda corrente era representada pelo partido Nazista. 
O Partido Nazista, surgiu no começo da década de 1920, mas somente nas eleições parlamentares de 
1932 é que conseguiu chegar ao poder. Foram nessas circunstâncias que o então eleito Marechal 
Hindenburg, nomeou Adolf Hitler, membro do partido desde 1919, como primeiro ministro ou chanceler 
alemão. 
Sob sua liderança, o partido adotou uniformes, saudações, bandeiras com a suástica seu símbolo 
mais importante. Nessa época suas milícias foram criadas para deter e aterrorizar seus adversários 
comunistas, socialistas e democratas. A AS, tropa de assalto uniformizada com camisas pardas e a SS, 
tropa de elite uniformizada de negro. 
Antes da chegada dos nazistas ao poder, o partido defendia a anulação do Tratado de Versalhes, eram 
contra os grandes monopólios, e o marxismo e os judeus foram acusados de estar ligados a grande 
indústria internacional. Contudo em 1934 eles aceitam os monopólios e acordos são feitos com a grande 
indústria alemã. Como o líder da SA não aceitou os acordos feitos por Hitler, um massacre contra a SA 
foi ordenado, resultando em mais de 3 mil assassinatos. 
Em 1933, os nazistas colocam fogo na sede do Parlamento e responsabilizam os comunistas pelo 
atentado. Esse era o pretexto que Hitler precisava para reprimir a esquerda e pôr em prática seu plano 
de estabelecer uma ditadura totalitária. 
Em 1934, com a morte do então presidente, marechal Hindenburg, Hitler acumula a função de primeiro-
ministro e presidente da República, adotando o título de Führer. A primeira medida tomada pelo novo 
governo foi a extinção de todos os partidos exceto o Nazista. Em seguida, uma nova lei entra em vigor, 
conhecida como Leis de Nuremberg (1935), a lei antissemita ou antijudaica, que fez com que os judeus 
perdessem o direito à cidadania. Os que não deixaram o país foram presos. 
Foram criados campos de concentração – grandes prisões cercadas de arame farpado – para confinar 
seus opositores. Mais tarde esses campos se transformaram em campos de extermínio, tendo matado 
cerca de 6 milhões de judeus, comunistas, homossexuais, ciganos, etc. 
No campo econômico, medidas foram tomadas para reanimar a produção industrial e agrícola, os 
investimentos foram feitos principalmente no setor bélico (armas, tanques, aviões, etc.). Para diminuir o 
número de desemprego, foi feito um plano de obras públicas para absorver os desempregados. Quatro 
1.2. - O nazifascismo e a Segunda Guerra Mundial. 
 
1581838 E-book gerado especialmente para DANIEL MARTINS MIGUINS DA SILVA
 
6 
 
anos depois das primeiras medidas terem sido tomadas, o desemprego já havia desaparecido do país. A 
Alemanha saía da crise para se preparar para uma nova guerra. 
Para atrair a população de seu país, além da cesura sobre seus adversários, Hitler apostou na 
propaganda como instrumento de governo, e na doutrinação de crianças e jovens, para que toda a 
população aderisse a ideia nazista. A propaganda atingia a grande massa, jornais e revistas eram 
obrigados a publicar artigos favoráveis ao governo, cartazes e imagens eram espalhados por todos os 
lugares, nos rádios discursos eram transmitidos a todo momento. Joseph Goebbels foi o ministro da 
propaganda de Hitler. 
Para fortalecer a imagem de líder, foram criados filmes e fotografias, o próprio nome Führer, significa 
guia. Esse período da história também ganhou o nome de Terceiro Reich, termo usado na propaganda 
nazista para glorificar o passado e presente do povo alemão. De acordo com a sua visão a Alemanha 
havia passado por dois grandes marcos na história, o primeiro foi o estabelecimento do Sacro Império 
Romano-Germânico em 962, o outro foi a criação do Império alemão em 1871, quando a Alemanha foi 
unificada.As paradas e desfiles militares reuniam milhares de pessoas, eram verdadeiros espetáculos de 
rua, que tinham o papel de fortalecer o regime totalitário. Eles passavam a ideia de uma comunidade 
unida e poderosa. 
As principais características do nazismo, foram desenvolvidas por Hitler enquanto estava na prisão. 
Ele culpava os judeus pelos problemas econômicos que a Alemanha sofria. O preconceito e a hostilidade 
marcaram todo o período nazista. 
É no nazi fascismo alemão que a ideia da “raça ariana” ganha força. O objetivo do Partido Nazista 
era de construir uma nação formada apenas pela raça que eles consideravam mais pura e superior a 
todas as outras. Os arianos acreditavam que estavam intelectualmente e fisicamente à frente de todos. 
Boa parte da população alemã foi convencida das ideias de Hitler, a propagando foi o grande truque 
para que houvesse a adesão de todos a esses ideais. Os jovens desde pequenos eram bombardeados 
de propaganda, frequentavam escolas nazistas e aprendiam as artes militares. O desprezo por qualquer 
um que não fosse ariano era um dos principais ensinamentos da Juventude Hitlerista. 
As ideias de Adolf Hitler levaram à Segunda Guerra Mundial, uma guerra que marcou a história pela 
quantidade de mortos, principalmente pelas mortes nos campos de concentração e em câmaras de gás. 
 
II. Fascismo 
O forte movimento nacionalista do final do século XIX e a crise pós Primeira Guerra Mundial, 
favoreceram para que ideologias e movimentos que pregavam o fim da democracia e do liberalismo 
crescessem. Desde 1918, na Itália, movimentos ultranacionalistas apareceram. Benito Mussolini, foi o 
fundador do grupo, que logo se tornaria o Partido Fascista. 
Assim como o nazismo, o fascismo italiano prometia pôr fim a luta de classes, transformando a Itália 
em uma grande potência mundial. Contudo, a pesar de pregarem o fim da luta de classes, eram contra o 
sistema socialista, chegando até a perseguir comunistas. Assim como nazismo alemão, as milícias eram 
organizadas e treinadas para acabar com seus adversários, o uso do uniforme também foi adotado. 
Mussolini é nomeado primeiro-ministro pelo então rei Vítor Emanuel II, em 1922, após uma 
demonstração de força, que ficou conhecida como “Marcha sobre Roma”. Já no poder, após a fraude as 
eleições, o Partido comunista chega ao poder com 65% dos votos. É a partir daí que é consolidada a 
ditadura do Partido Fascista. 
Todos os partidos são extintos, a imprensa era toda controlada pelo Estado, e assim como na 
Alemanha, o grande projeto do uso dos meios de comunicação de massa são utilizados para propagar a 
ideologia fascista. Cinema, radio, revistas e jornais, foram dominados pelo Estado, as propagandas 
buscavam doutrinar toda a população italiana. Benito Mussolini, foi chamado por seus partidários de 
Dulce, que significa guia. 
Mussolini promoveu a intervenção do Estado na Economia, fazendo, assim como Hitler a realização 
de obras para gerar emprego e suprir o grande número de desempregados que a Itália possuía. As 
organizações representativas como o Parlamento, foram substituídas por corporações, que tinha como 
função integrar as classes sociais ao Estado, fazendo com que houvesse uma ligação entre o capitalismo 
e os trabalhadores. 
Em 1929, é firmado um tratado com Igreja Católica, onde o Estado Fascista reconhecia a soberania 
do papado. Em 1936, Hitler e Mussolini firmam um acordo, surgindo assim o Eixo Roma-Berlim. Benito 
Mussolini, só sai do poder quando, já na Segunda Guerra Mundial, a Itália começa a perder colônias, e 
recebe a invasão norte-americana. O rei Vitor Emanuel III, tira Mussolini do cargo de primeiro-ministro, 
logo em seguida ele é preso. No dia 28 de abril de 1945, já na fase final da guerra, ele é fuzilado por 
guerrilheiros, Benito já não possuía vínculo com a Itália, apenas prestando serviço para o Estado Alemão. 
 
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Questões 
 
01. (Prefeitura de Congonhas/MG - Técnico de Laboratório – CONSULPLAN) Sabe no futebol, 
quando você está naquela pressão dos minutos de acréscimo? É assim que me sinto”, disse ao G1 Efraim 
Zuroff, o maior caçador de nazistas do mundo, com uma risada desesperada ao telefone. Ele se referia 
ao pouco tempo que tem para colocar no banco dos réus alguns nazistas suspeitos — e até já condenados 
— por atos criminosos durante a Segunda Guerra Mundial. Na semana passada, Adolf Storms, um dos 
homens mais procurados por Zuroff, morreu na Alemanha, aos 90 anos. Infelizmente, muito infelizmente, 
ele morreu sem ser julgado”, disse o historiador. 
Sobre o Nazismo alemão do século XX, é correto afirmar: 
I. No plano econômico, o governo nazista alemão estimulou o crescimento da agricultura, da indústria 
de base e, sobretudo, da indústria bélica, gerando diminuição do desemprego e ignorando os termos do 
Tratado de Versalhes. 
II. O presidente na Alemanha era tradicionalmente chamado de Führer (guia, condutor) e Hitler 
assumiu este posto em vitória esmagadora alcançada em eleição popular, realizada em 1934, quando 
finalmente o nazismo venceu o socialismo na Alemanha. 
III. O III Reich (Terceiro Império), muito utilizado por Hitler, é a designação que se refere a uma 
sequência do Sacro Império Germânico, da Idade Média, e ao Segundo Império, que se estendeu da 
Unificação dos Estados germânicos, em 1871, à República, em 1918. 
IV. O nazismo proclamava a “superioridade biológica da raça ariana” (a que pertenceria o povo 
alemão), mas não a necessidade de dominar as “raças inferiores” as quais eram profundamente 
desprezadas, àquela época, pelo povo alemão. 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
(A) I, II 
(B) III, IV 
(C) I, III 
(D) II, IV 
(E) II, III 
 
02. (SEE/MG - Professor de Educação Básica – História – FCC) Calcula-se que foram produzidos 
1350 longas-metragens nos doze anos de domínio nazista. São comédias românticas, comédias 
musicais, operetas, filmes de costumes, mas também filmes de guerra e de exaltação de valores do 
regime, tais como o racismo e a xenofobia (...) 
A Volta, filme de 1941, expõe a situação de opressão em que vivia a minoria alemã na Polônia. As 
escolas alemãs não podiam funcionar, nem podiam os alemães ouvir os discursos de Hitler pelo rádio; 
também eram obrigados a cantar o hino nacional da Polônia. Como não bastasse, uma jovem alemã é 
violada e apedrejada até a morte porque levava no peito um cordão com a suástica nazista (...). 
(Alcir Lenharo. Nazismo: o triunfo da vontade. São Paulo: Ática, 1986. p. 47-48) 
Com base no texto, está correto afirmar que na Alemanha de Hitler o cinema 
(A) vinculou-se essencialmente à divulgação da ideologia do espaço vital. 
(B) inaugurou uma nova modalidade política para contagiar as multidões. 
(C) acirrou disputas nacionalistas e manifestações favoráveis aos semitas. 
(D) tornou-se uma peça vital de todo o mecanismo da propaganda nazista. 
 
03. (Prefeitura de Salvador/BA - Professor - História – CESGRANRIO) “(...) Justamente agora que 
a nação alemã está em colapso, espezinhada por todo mundo, é que mais se faz necessária aquela 
confiança em si mesma. Essa confiança deve ser cultivada na juventude, desde a meninice. Toda a sua 
educação, todo o seu treinamento devem ser dirigidos no sentido de dar-lhe a convicção da sua 
superioridade. 
Certa da sua força e da sua habilidade, a mocidade deve readquirir a fé na invencibilidade da sua 
nação (...).” 
HITLER, Adolf. Minha Luta. São Paulo: Mestre Jou, 1962, 8a edição, p. 253 - 260. 
No período entre as duas Guerras Mundiais, diversos fatores acabaram por proporcionar a escalada 
do nazismo na Alemanha e a chegada de Adolf Hitler à Chancelaria do Reich (1933). 
Lendo a primeira frase citada acima e tendo em vista a situação da Alemanha nos anos que se 
seguiram ao fim da 1a Grande Guerra, qual das proposições a seguir justifica, respectivamente, as 
expressões hitleristas “está em colapso” e “espezinhada por todo mundo” sobre a naçãoalemã? 
(A) Referência ao caos econômico e financeiro que se segue ao término da 1a Guerra, acompanhada 
de desemprego e inflação descontrolada / alusão às condições impostas pelos tratados de 1919 que 
acabaram por alimentar os ódios revanchistas. 
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(B) Referência à suspensão da fundamental ajuda econômica norte-americana quando a Alemanha 
entrou na 1a Guerra Mundial / alusão à proibição de que a Alemanha participasse da Conferência que 
criou a ONU. 
(C) Referência à incapacidade da República de Weimar de conter o caos econômico pós 1a Guerra / 
alusão à ocupação militar da Alemanha pelos países da Tríplice Entente, que dividiram o país em zonas 
de influência. 
(D) Referência aos bombardeios perpetrados pelas Forças Aliadas contra o parque industrial alemão, 
no ano de 1918, impossibilitando sua recuperação econômica pós 1a Guerra / alusão às rígidas 
imposições do Tratado de Versalhes e, também, à proibição da participação alemã na Liga das Nações. 
(E) Referência ao caos econômico alemão em função da República de Weimar ter optado pela 
reconstrução do país nos moldes bolchevistas da URSS / alusão à reação da Liga das Nações, que proibiu 
a República de Weimar de bloquear e confiscar os bens dos banqueiros judeus para conter a crise 
econômica alemã. 
 
04. (SEAP/DF – Professor – História - IBFC) Indique a alternativa correta ao descrever, 
respectivamente: o significado de III Reich, quem é seu fundador, em qual contexto emerge e quando 
termina. 
(A) Império Alemão, fundado pelo movimento nacional socialista (nazismo), o qual teve Adolf Hitler 
como líder. Emerge no contexto da primeira Guerra Mundial e acaba com o pacto Germano-Soviético. 
(B) Reinado Alemão, fundado por nacionalistas comunistas alemães que tiveram como líder Adolf 
Hitler. Emerge na década de 1930, alinhado com o Estado Novo brasileiro, acaba no mesmo momento 
em que se funda o Estado de Israel. 
(C) Estado Alemão, fundado por Adolf Hitler, apoiado por Stalin e Mussolini. Faziam parte do mesmo 
Partido (nazi-fascismo), tal partido alinhou-se para combater o exército aliado. Emergiu quando a bolsa 
de valores estadunidense quebrou e acabou quando se instaurou a Guerra Fria. 
(D) Império Alemão, fundado por Adolf Hitler a frente do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores 
Alemães, o qual emerge no contexto da Segunda Guerra Mundial e acaba com a derrota nazista pelo 
exército aliado em 1945. 
 
05. (UFMG) A experiência nazista alemã inaugurou uma nova modalidade na política: as grandes 
manifestações de massa. 
Todas as alternativas apresentam afirmações que contêm estratégias utilizadas na mobilização das 
massas no período nazista, EXCETO: 
 
(A) O “Führer” estimulou o uso do uniforme para dissimular as diferenças sociais e projetar a imagem 
dos alemães como uma nação coesa. 
(B) O governo alemão atribuía enorme importância à política de rua pela capacidade de ela transmitir 
sensação de conforto e encorajamento à multidão. 
(C) O governo nazista musicou, filmou e teatralizou os assuntos políticos para atrair a multidão aos 
eventos públicos. 
(D) O governo alemão estimulou linchamentos e execuções em praça pública visando ao incitamento 
ideológico e à difusão do ódio racial contra os muçulmanos. 
(E) Os nazistas organizaram paradas, desfiles e concentrações de rua como grandes espetáculos, 
com a intenção de emocionar e contagiar a multidão. 
 
Gabarito 
 
01.C / 02.D / 03.A / 04.D / 05.D 
 
Comentários 
 
01. Resposta: C. 
As afirmativas II e IV estão erradas. Na afirmativa II o erro está no fato de que em 1934, quando o 
Partido Nazista ganha as eleições, Hitler é nomeado primeiro ministro, o presidente é o marechal 
Hindenburg. Na afirmativa IV o erro está na afirmação de que apesar o nazismo proclamar a superioridade 
biológica, eles não viam a necessidade de dominar outras raças. O Partido Nazista acreditava sim que a 
raça ariana deveria dominar as outras, tanto que os campos de concentração foram criados afim de 
exterminar qualquer raça que não fosse a deles. 
 
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02. Resposta: D. 
O cinema, assim como rádio, jornal e revista foi a grande sacada do período nazista, pois foi através 
dela que o Governo conseguiu convencer e doutrinar a grande massa da sua ideologia. 
 
03. Resposta: A. 
Levando em consideração a história da ascensão do nazismo, a alternativa “A” está correta, pois a 
Alemanha no período pós Primeira Guerra, sofreu um caos econômico, a inflação chegou a um nível alto, 
levando milhares de alemães ao desemprego. O país também sofreu com o Tratado de Versalhes, 
imposto em 1919, que impôs duras condição, no âmbito econômico, além de terem ficado com o orgulho 
da nação ferido. 
 
04. Resposta: D. 
O Império alemão, que ficou conhecido como III Reich, foi fundando por Adolf Hitler. Esse período 
inicia-se com chegada ao poder pelo Partido Nazista em 1932 e acaba em 1945, quando a Alemanha 
perde a Segunda Guerra Mundial. 
 
05. Resposta: D. 
Todas as afirmativas da questão estão certas, exceto a letra “D”, pois o Governo nazista não estimulou 
o linchamento e o ódio aos muçulmanos. Os judeus é que foram culpados pelos problemas econômicos 
que a Alemanha sofria, o preconceito e a hostilidade sobre esse povo marcou o período nazista. 
 
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL 
 
A Segunda Guerra Mundial, ocorreu entre 1939 e 1945. Assim como a Primeira Guerra, ela ganhou 
esse nome por não ficar confinada apenas ao continente europeu. Foi a maior guerra vista na história da 
humanidade, setenta e duas nações foram envolvidas. O número de mortes é estimado em cerca de 
cinquenta milhões. 
 
I - Antecedentes 
Com o final da Primeira Guerra Mundial e com o Tratados de Versalhes, nações como a Alemanha 
entraram em uma profunda crise social e econômica. Com a quebra da bolsa de Nova York, em 1929, a 
situação que estava começando a melhorar, piora novamente, gerando um grande descontentamento em 
relação ao liberalismo americano. 
 
Sob essa paisagem é que surge movimentos em diversos países da Europa, principalmente Alemanha 
e Itália, governos totalitaristas. Em 1922, Benito Mussolini chega ao poder na Itália, iniciando uma 
ditadura do Partido Fascista, e em 1932, na Alemanha, o Partido Nazista após vencer as eleições alcança 
o poder e Adolf Hitler é nomeado chanceler alemão. 
Com o objetivo de expandir e ter de volta as regiões que lhe foram tiradas pelo Tratado, o governo 
Alemão, desafiando os acordos feitos pelo Tratado de Versalhes, volta a produzir armamentos e a 
aumentar sua força militar. A região da Renânia, que fazia fronteira com a França, volta a se rearmar. 
Através destas atitudes a Europa já começa a se alarmar e esperar uma outra guerra acontecer. 
Em 1935, a Itália dá início ao seu processo de expansão, anexando a Etiópia e logo depois a Albânia. 
Na Alemanha, esse processo começa em 1938 quando anexam a Áustria e a Tchecoslováquia. Itália e 
Alemanha já haviam assinado um acordo de apoio mútuo, em 1936, chamado de Eixo Roma-Berlim. O 
Japão entra nesse acordo apenas quatro anos depois. 
As outras nações, como a França e a Inglaterra, só interviram nas ações desses países, quando em 
1939, após ter assinado um pacto de não agressão com a União Soviética - Pacto Ribbentrop-Molotov - 
ela invade a Polônia, que havia ficado dividida pelo acordo. A invasão à Polônia aconteceu no dia 1° de 
Setembro de 1939, dois dias depois é declarado guerra à Alemanha. 
A Segunda Guerra Mundial reuniu nações de grande parte do mundo, divididas em dois blocos, o Eixo, 
liderado pela Alemanha, Itália e Japão, e os Aliados, liderados principalmente pelos Estados Unidos, 
Inglaterra e União Soviética. 
 
II- A Guerra 
 
II.a - Invasão da França e URSS 
Sob o comando do general Erich Von Manstein, a Alemanha inaugura uma nova forma de guerra. 
Conhecida como Blitzkrieg - guerra relâmpago – consistiaem destruir o inimigo através do ataque 
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surpresa. Usando essa tática, em abril de 1940, o exército alemão invade e ocupa a Dinamarca e a 
Noruega. Um mês depois Luxemburgo, Holanda e Bélgica, países até então neutros foram invadidos. O 
próximo destino dos alemães era atacar a fronteira da França, que pegados de surpresa não conseguiram 
se defender, deixando o exército alemão se aproximar de mais de Paris. No dia 14 de julho de 1940 a 
capital francesa é dominada, forçando o governo francês a se transferir para o interior do país e apenas 
alguns dias depois o governo francês se rende. 
No acordo de rendição, metade do território da França passava a pertencer a Alemanha, a outra 
metade ficaria com eles, desde que as autoridades francesas colaborassem com os alemães. O general 
francês Charles de Gaulle, não contente com a situação, fugiu para a Inglaterra, de onde liderou 
resistências contra a presença dos nazistas no país. 
Em 1941, sem nenhum aviso, o exército alemão, invade a URSS (União das Repúblicas Socialistas 
Soviéticas), atacando durante três meses, três regiões diferentes – Leningrado, Moscou e Stalingrado). 
Sabendo da força do exército, a posição tomada pela URSS foi de recuar. Contudo, Hitler, subestimando 
as forças soviéticas, ordenou um ataque a Moscou e Leningrado, onde assistiu a sua tática de guerra 
falhar. Além dos soviéticos terem se defendido bem, os alemães se viram enfrentando o rigoroso inverno 
Russo. 
Quando finalmente conseguem chegar a Stalingrado, a batalha acontece na própria rua, onde com 
apenas 285 mil soldados a Alemanha se vê cercada por forças soviéticas. Apenas em janeiro de 1943 é 
que, depois de vários meses de guerra, os sobreviventes alemães se rendem à força da URSS. Esse fato 
marca o fim da fase próspera vivida pelo Eixo. 
 
II.b Guerra no Pacífico e Entrada dos Estados Unidos na Guerra 
Apesar do Japão estar aliado ao Eixo, ele permaneceu fora do conflito direto nos primeiros anos da 
guerra. Até o ano de 1941, sua estratégia era pressionar os Estados Unidos, para que este reconhecesse 
sua superioridade no continente Asiático. Quando perceberam que o governo americano não atenderia 
as suas exigências, o governo japonês ordenou um ataque surpresa à base norte-americana de Pearl 
Harbor, no Havaí em dezembro de 1941. Após o ataque, o Governo dos Estados Unidos entra na guerra, 
em favor aos Aliados. 
Após o ataque, os japoneses conseguiram conquistar diversas regiões da Ásia, onde conseguiram o 
domínio de matérias-primas importantes, como o petróleo, borracha e minério. 
Em junho de 1942, os Estados Unidos conseguem vencer a força japonese no pacífico. Essa batalha 
ganhou o nome de “Batalha de Midway” 
 
II.c – Fim da Guerra 
Após a derrota dos japoneses no pacífico, as forças inglesas e norte-americanas conseguiram expulsar 
o exército alemão do norte da África. No ano seguinte, em 1943, os Aliados conseguiram chegar no sul 
da Itália, enquanto isso, o exército soviético (Exército Vermelho) dava início a invasão da Alemanha. Em 
1944, na Itália, Mussolini é fuzilado por guerrilheiros Antifascistas. 
No mesmo ano, no dia 6 de junho, que ficaria conhecido como o “Dia D”, as forças inglesas e norte 
americanas, com mais de 3 milhões de homens, conseguem chegar no norte da França, região da 
Normandia. Em agosto, os Aliados conseguem entrar em Paris. O fim da guerra para os alemães era 
apenas uma questão de tempo. 
No dia 30 de abril de 1945, Hitler, com sua mulher Eva Braun, se suicidam na capital da Alemanha, 
Berlim. Após a sua morte, os soviéticos conseguem chegar a Berlim, onde finalmente o exército alemão, 
junto com seus comandantes, assinam a rendição. 
Apesar da guerra ter acabado na Europa, o Japão se recusou a se render. Para forçar sua saída, no 
dia 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos ordena o lançamento de uma bomba atômica sobre a cidade 
de Hiroshima, ode em questão de segundos mais de 80 mil pessoas foram mortas. Mesmo após o ataque 
o Japão não concordou em assinar a rendição. Com isso três dias depois, outra bomba atômica é lança, 
agora sobre a cidade de Nagasaki, matando mais de 40 mil pessoas. Depois do segundo ataque, o 
governo japonês concorda em assinar a rendição. 
 
II.d – Participação do Brasil na Segunda Guerra2 
 
Neutralidade brasileira na primeira fase da guerra 
Desde 1939, início do conflito, o Brasil assumiu uma posição neutra na Segunda Guerra Mundial. O 
presidente do Brasil na época era Getúlio Vargas. 
 
2 O Brasil na Segunda Guerra Mundial. Sua Pesquisa. https://bit.ly/2Og74Gs 
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 Ataques nazistas e entrada do Brasil na 2ª Guerra Mundial 
 Porém, esta posição de neutralidade acabou em 1942 quando algumas embarcações brasileiras foram 
atingidas e afundadas por submarinos alemães no Oceano Atlântico. A partir deste momento, Vargas fez 
um acordo com Roosevelt (presidente dos Estados Unidos) e o Brasil entrou na guerra ao lado dos Aliados 
(Estados Unidos, Inglaterra, França, União Soviética, entre outros). Era importante para os Aliados que o 
Brasil ficasse ao lado deles, em função da posição geográfica estratégica de nosso país e de seu vasto 
litoral. 
 
 Participação efetiva no conflito 
 A participação militar brasileira foi importante na Segunda Guerra Mundial, pois somou forças na luta 
contra os países do Eixo (Alemanha, Japão e Itália). O Brasil enviou para a Itália (ocupada pelas forças 
nazistas), em julho de 1944, 25 mil militares da FEB (Força Expedicionária Brasileira), 42 pilotos e 400 
homens de apoio da FAB (Força Aérea Brasileira). 
 As dificuldades foram muitas, pois o clima era muito frio na região dos Montes Apeninos, além do que 
os soldados brasileiros não eram acostumados com relevo montanhoso. 
 
 Vitórias 
Os militares brasileiros da FEB (também conhecidos como pracinhas) conseguiram, ao lado de 
soldados aliados, importantes vitórias. Após duras batalhas, os militares brasileiros ajudaram na tomada 
de Monte Castelo, Turim, Montese e outras cidades. 
 Apesar das vitórias, centenas de soldados brasileiros morreram em combate. Na Batalha de Monte 
Castelo (a mais difícil), cerca de 400 militares brasileiros foram mortos. 
 
 Outras formas de participação 
 Além de enviar tropas para as áreas de combate na Itália, o Brasil participou de outras formas 
importantes. Vale lembrar que o Brasil forneceu matérias-primas, principalmente borracha, para os países 
das forças aliadas. 
 O Brasil também cedeu bases militares aéreas e navais para os aliados. A principal foi a base militar 
da cidade de Natal (Rio Grande do Norte) que serviu de local de abastecimento para os aviões dos 
Estados Unidos. 
 Foi importante também a participação da marinha brasileira, que realizou o patrulhamento e a proteção 
do litoral brasileiro, fazendo também a escolta de navios mercantes brasileiros para garantir a proteção 
contra-ataques de submarinos alemães. 
 
III – Consequências 
Com o fim da guerra em 1945, líderes dos três principais países vencedores – URSS, Estados Unidos 
e Inglaterra – se reuniram em na Conferência de Potsdam, onde ficou decidido que a Alemanha seria 
dividida em quatro áreas de ocupação, que foram entregues a França, Inglaterra, Estados Unidos e União 
Soviética. A capital, Berlim, também foi dívida. Já o Japão teria seu território dominado pelos Estados 
Unidos por tempo indeterminado. 
Após a guerra, os Estados Unidos e a URSS saíram como grandes potências mundiais. As ideias 
antagônicas desses países acabaram por dividir o mundo. De um lado estava o capitalismo e do outro o 
socialismo. A partir dessa divisão, um conflito entre essas grandes potências se instaurou, começou a 
chamada Guerra Fria. 
 
III.a – Criação da Organizações das Nações Unidas 
Em fevereiro de 1945, após uma das conferências de paz, ficou decido a criação de um órgão que 
tentaria uniras nações, estabelecendo relações amistosas entre os países. A Carta das Nações Unidas 
foi incialmente assinada por cinquenta países, onde foram excluídos de participar os países que 
participaram do Eixo. A criação da ONU foi a segunda tentativa de promover a paz, a primeira tentativa 
que fracassou, foi a formação da Liga das Nações, criada após a Primeira guerra. 
 
Questões 
 
01. (TJ/PR - Titular de Serviços de Notas e de Registros – IBFC) Sobre a Segunda Guerra Mundial 
(1939/1945), assinale a alternativa incorreta: 
(A) Uma de suas causas foram as severas sanções pecuniárias impostas pelo Tratado de Versalhes 
à Alemanha e seus aliados, comprometendo a sua economia, elevando a inflação a índices astronômicos 
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e gerando um arraigado sentimento de humilhação nos alemães e a exacerbação do nacionalismo, 
possibilitando a ascensão de Hitler e do Partido Nazista ao poder. 
(B) O evento que deflagrou o conflito foi o ataque japonês à base americana de Pearl Harbor, situadano 
Oceano Pacífico. 
(C) O conflito envolveu basicamente dois grupos: o Eixo (integrado por Alemanha, Itália e Japão) e os 
Aliados (entre eles: Inglaterra, Estados Unidos, França e União Soviética). 
(D) Com a vitória aliada, foi dissolvido o Terceiro Reich e dividida a Alemanha (Oriental e Ocidental), 
criada a ONU-Organização das Nações Unidas e iniciada a Guerra Fria, diante do estabelecimento dos 
Estados Unidos e da União Soviética como superpotências. 
 
02. (SEDU/ES - Professor B — Ensino Fundamental e Médio — História – CESPE) Um mundo 
dividido ideologicamente, além das marcas da destruição causadas por vigorosas máquinas de guerra — 
eis a realidade que emerge da Segunda Guerra Mundial, oficialmente encerrada em 1945. No que 
concerne à história mundial após o encerramento do grande conflito, julgue o próximo item. 
A Organização das Nações Unidas (ONU) é considerada uma das mais significativas consequências 
da Segunda Guerra Mundial e nela coexistem órgãos de participação igualitária entre os estados-
membros, como a Assembleia Geral, e outros dominados por alguns poucos, como o Conselho de 
Segurança. 
(A) Certo 
(B) Errado 
 
03. (Instituto Rio Branco – Diplomata – CESPE) Na Segunda Guerra Mundial, o Japão aliou-se à 
Alemanha, tal como já fizera na Primeira Guerra. 
(A) Certo 
(B) Errado 
 
04. (SEDF - Estudantes Universitários – CESPE) As divergências econômicas entre França e 
Alemanha foram o estopim do conflito de proporções mundiais conhecido como a Segunda Guerra 
Mundial. 
(A) Certo 
(B) Errado 
 
05. (SEE/AL - Professor – História – CESPE) Com relação à participação do Brasil na Segunda 
Guerra Mundial, julgue os itens subsequentes. 
A atuação da Força Expedicionária Brasileira não foi decisiva para a vitória dos Aliados na Segunda 
Guerra Mundial, visto que o contingente militar brasileiro era relativamente pequeno e o envio de soldados 
para o combate ocorreu tardiamente. 
(A) Certo 
(B) Errado 
 
06. (SEDU/ES - Professor B — Ensino Fundamental e Médio — História – CESPE) Um mundo 
dividido ideologicamente, além das marcas da destruição causadas por vigorosas máquinas de guerra — 
eis a realidade que emerge da Segunda Guerra Mundial, oficialmente encerrada em 1945. No que 
concerne à história mundial após o encerramento do grande conflito, julgue o próximo item. 
A bipolaridade americano-soviético traduziu-se em um jogo de enfrentamento que se convencionou 
chamar de Guerra Fria. 
(A) Certo 
(B) Errado 
 
07. (MPE/SP - Auxiliar de Promotoria – VUNESP) Em relação à participação do Brasil na 2.ª Guerra 
Mundial, é correto afirmar que o país 
(A) manteve neutralidade política, não participando do conflito. 
(B) enviou apenas um corpo médico para o conflito, e não soldados. 
(C) lutou ao lado dos Aliados: Inglaterra, França, Estados Unidos e União Soviética. 
(D) lutou ao lado do Eixo: Itália, Alemanha e Japão. 
(E) participou do conflito, do início ao fim da guerra (1939- 1945). 
 
 
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08. (SEDU/ES - Professor B — Ensino Fundamental e Médio — História – CESPE) O intervalo 
entre as duas guerras mundiais do século XX não foi outra coisa senão uma trégua. Nesse sentido, a 
Grande Guerra de 1914 nada mais fez do que preparar a Segunda Guerra Mundial. Revanchismo, orgulho 
nacional ferido e problemas econômico-sociais figuraram entre os fatores que levaram à eclosão do 
conflito em 1939, sem contar com a desorganização da economia mundial determinada pela Crise de 
1929. Em relação a esse quadro, cujo epicentro foi a Segunda Guerra Mundial, julgue o item subsequente. 
Causas distintas e diferentes protagonistas inviabilizam qualquer análise histórica que estabeleça 
vínculos entre as guerras mundiais do século XX. 
(A) Certo 
(B) Errado 
 
09. (SEPLAG-DF - Professor – História - CESPE) Em dezembro de 1941, os Estados Unidos da 
América (EUA) uniram duas guerras paralelas, a da Ásia e a da Europa, em uma só. 
(A) Certo 
(B) Errado 
 
10. (CONFERE - Auditor(a) VII - INSTITUTO CIDADES) No ano de 1939, em meio à atmosfera de 
tensão política que desencadeou a sucessão de conflitos da Segunda Guerra Mundial, um acordo de não 
agressão foi firmado entre a Alemanha e a União Soviética, o Pacto Germano-Soviético. Esse pacto 
estabelecia que, se acaso a Alemanha entrasse em conflito com a Inglaterra ou a França em razão de 
uma eventual investida da Alemanha contra a Polônia, a URSS, por sua vez, ficaria afastada, sem se 
manifestar militarmente. Tal pacto também pode ser chamado de: 
(A) Tratado de Moscou 
(B) Tratado de Versalhes 
(C) Pacto de Varsóvia 
(D) Pacto Ribbentrop-Molotov 
 
Gabarito 
 
01.B / 02.A / 03.B / 04.B / 05.A / 06.A / 07.C / 08.B / 09.A / 10.D 
 
Comentários 
 
01. Resposta: B. 
A afirmativa “B” está errada pois o fato que desencadeou a guerra foi a quebra do pacto feito entre a 
Alemanha e a União Soviética, quando o exército alemão invadiu a Polônia. 
 
02. Resposta: A. 
A criação da ONU, após a Segunda Guerra Mundial, pode ser considerada uma das principais 
consequências da guerra. A Carta das Nações Unidas foi incialmente assinada por cinquenta países, 
onde foram excluídos de participar os países que participaram do Eixo. A criação da ONU foi a segunda 
tentativa de promover a paz. 
 
03. Resposta: B. 
A afirmativa da questão está errada, pois o Japão não se aliou a Alemanha na Primeira Guerra. O país 
fez parte da Tríplice Entente. 
 
04. Resposta: B. 
O fato que serviu de estopim para a guerra foi a invasão da Polônia pela Alemanha, já que esta havia 
feito um acordo com a União Soviética de não agressão e a região polonesa havia sido dividida. Após 
esta invasão França e Inglaterra declararam guerra à Alemanha, iniciando assim a Segunda Guerra 
Mundial. 
 
05. Resposta: A. 
Apesar da entrada do Brasil na guerra e do envio de soldados e pilotos, podemos considerar que a 
sua participação do país não foi o fator decisivo para que os Aliados ganhassem a guerra. O país entrou 
no conflito tardiamente, apenas em 1942 
 
 
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06. Resposta: A. 
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos e a URSS saíram como grandes potência 
mundiais. As ideias antagônicas desses países acabaram por dividir o mundo entre o capitalismo e 
socialismo, conflito que ganhou o nome de Guerra Fria. 
 
07. Resposta: C. 
Após receber ataques em suas embarcações, o presente Getúlio Vargas, resolve fazer um acordo com 
o presidente norte-americano Roosevelt, onde o país entrou na guerra ao lado Aliados Inglaterra, França, 
Estados Unidos e União Soviética. 
 
08. Resposta: B. 
Tanto a Primeira como a Segunda Guerra Mundial estão intimamente ligadas, uma é decorrência da 
outra. As feridas abertas no primeiro conflito é que resultam no início do segundo conflito. 
 
09. Resposta: A. 
Quando em 1941 o Japão atacaa base norte-americana no Havaí, eles já estavam em guerra na Ásia, 
pelo domínio da região. Após o ataque, os Estados Unidos entram na guerra, que acontecia na Europa, 
e continuava a lutar com o Japão no Pacífico. 
 
10. Resposta: D. 
O Pacto de não agressão assinado pela Alemanha e União Soviética em 1939 ganhou o nome de 
Pacto Ribbentrop-Molotov. 
 
 
 
BIPOLARIZAÇÃO DO MUNDO E GUERRA FRIA 
 
Guerra Fria 
O período conhecido como Guerra Fria teve início logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 
1945, percorrendo praticamente todo o restante do século XX, e terminando em 1991, com o fim da União 
Soviética. 
Ela tem início partir da emergência de duas grandes potências econômicas no fim da Segunda Guerra 
Mundial: Estados Unidos e União Soviética, defensores do Capitalismo e do Socialismo, 
respectivamente. 
A diferença ideológica entre os dois países era marcante, o que levou o período a ser conhecido 
também como Mundo Bipolar. 
 
A Conferência de Potsdam 
Logo após o término da guerra, em 1945, as nações vencedoras do conflito reuniram-se para decidir 
sobre os rumos da política e da economia mundial. 
No dia 17 de julho os Estados Unidos, a União Soviética e o Reino Unido estabeleceram as definições 
sobre a Alemanha no pós-guerra, dividindo-a em zonas de ocupação. Sob o controle soviético ficaram os 
territórios a leste dos rios Oder e Neisse. Berlim, encravada no território que viraria Alemanha Oriental, 
também foi dividida em quatro setores. Ao final da conferencia foram definidas quatro ações prioritárias a 
serem exercidas na Alemanha: desnazificar, desmilitarizar, descentralizar a economia e reeducar os 
alemães para a democracia. Também foi exigida a rendição imediata do Japão. 
 
As Tensões Começam 
Desde a Revolução Russa, em 1917, vários setores do capitalismo, especialmente nos Estados 
Unidos, temiam o aumento do socialismo, conflitante com seus interesses. Após o fim da Segunda Guerra 
essa preocupação aumentou ainda mais, já que a União Soviética havia saído como uma das vencedoras 
do conflito. 
A definição de fronteiras estabelecidas durante acordos anteriores, como a conferencia de Yalta não 
agradou a todos, e focos de conflitos começaram a aflorar. Em 1947 surgiram, tanto na Grécia quanto na 
Turquia, movimentos revolucionários de caráter comunista, com o objetivo de aliar esses países à União 
Soviética. Pelo acordo estabelecido na Conferência de Yalta, ambos os países deveriam ficar sob o 
1.3. - A Guerra Fria. 
 
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domínio do Reino Unido, o que levou as tropas estadunidenses a intervirem na região e sufocar os 
movimentos revolucionários. 
Como parte da justificativa para a invasão, o presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, enviou 
uma mensagem ao Congresso dizendo que os Estados Unidos deveriam apoiar os países livres que 
estavam “resistindo a tentativas de subjugação por minorias armadas ou por pressões externas.” Com 
esse discurso o presidente pretendia justificar também qualquer intervenção em países que estivessem 
sob o domínio ou influência política comunista. 
Essa atitude do presidente ficou conhecida como Doutrina Truman, iniciando efetivamente a Guerra 
Fria. A partir de então, Estados Unidos e União Soviética passaram a buscar o fortalecimento econômico, 
político, ideológico e militar, formando os dois blocos econômicos que dominaram o mundo durante 
restante do conflito. 
A oposição dos Estados Unidos ao comunismo gerou um pensamento maniqueísta, colocando 
capitalismo como algo bom e o comunismo como algo ruim e mau. A análise desses sistemas econômicos 
através de definições tão simples é algo equivocado, pois não é possível reduzi-los a uma comparação 
tão rasa. O auge desse maniqueísmo político se deu através da figura do senador Joseph Raymond 
McCarthy. Por meio de discursos inflamados e diversos projetos de lei, esse estadista conseguiu aprovar 
a formação de comitês e leis que determinavam o controle e a imposição de penalidades contra aqueles 
que tivessem algum envolvimento com “atividades antiamericanas”. Essa perseguição aos comunistas 
ficou conhecida como Macarthismo. 
 
Incentivos Econômicos 
Em 1947 os Estados Unidos lançaram uma política econômica de reconstrução da Europa, devastada 
pela guerra. O Programa de Recuperação Europeia ficou popularmente conhecido como Plano 
Marshall. Recebeu esse nome em função do Secretário de Estado dos Estados Unidos chamado 
George Marshall, seu idealizador. 
Entre os objetivos do Plano Marshall estavam: 
- Possibilitar a reconstrução material dos países capitalistas destruídos na Segunda Guerra Mundial; 
- Recuperar e reorganizar a economia dos países capitalistas, aumentando o vínculo deles com os 
Estados Unidos, principalmente através das relações comerciais; 
- Fazer frente aos avanços do socialismo presente, principalmente, no leste europeu. 
 
Até o início da década de 1950, os Estados Unidos destinaram cerca de 13 bilhões de dólares aos 
países que aderiram ao plano. O dinheiro foi aplicado em assistência técnica e econômica e, ao fim do 
período de investimento, os países participantes viram suas economias crescerem muito mais do que os 
índices registrados antes da Segunda Guerra Mundial. A Europa Ocidental gozou de prosperidade e 
crescimento nas duas décadas seguintes e viu nascer a integração que hoje a caracteriza. Por outro lado, 
os Estados Unidos solidificavam sua hegemonia mundial e a influência sobre vários países europeus, 
enquanto impunha seus princípios a vários países de outros continentes. Entre os países que mais 
receberam auxílio do plano estão a França, a Inglaterra e a Alemanha. 
A União Soviética também buscou recuperar a economia dos países participantes do bloco socialista, 
através da COMECON (Conselho de Assistência Econômica Mútua) auxiliando a Polônia, Bulgária, 
Hungria, Romênia, Mongólia, Tchecoslováquia e Alemanha Oriental. Assim como os Estados Unidos, a 
União Soviética também utilizou o plano para espalhar sua influência e sua ideologia para os países 
beneficiados. 
Baseados nesses programas de ajuda, os dois blocos que se formavam passaram a construir alianças 
político-militares com o objetivo de proteção contra-ataques inimigos. Essas alianças também eram 
utilizadas como demonstração de força através do desenvolvimento armamentista. 
 
As Alianças Militares 
No dia 4 de abril de 1949 foi criada em Washington a Organização do Tratado do Atlântico Norte 
(OTAN), formada pelos Estados Unidos, Inglaterra, França, Alemanha Ocidental, Canadá, Islândia, 
Bélgica, Holanda, Noruega, Dinamarca, Luxemburgo, Portugal, Itália, Grécia e Turquia. Ficava então 
estabelecido que os países envolvidos se comprometiam na colaboração militar mútua em caso de 
ataques oriundos dos países referentes ao bloco socialista. 
A atuação da OTAN não ficou restrita apenas ao campo militar. Embora fosse seu preceito inicial, a 
organização tomou dimensões de interferência nas relações econômicas e comerciais dos países 
envolvidos. 
 
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Bandeira da OTAN 
 
Como resposta à criação da OTAN, em 1955 o bloco soviético também criou uma aliança militar, o 
Pacto de Varsóvia, celebrado entre a União Soviética, Albânia, Bulgária, Tchecoslováquia, Hungria, 
Polônia, Romênia e Alemanha Oriental. 
A atuação do Pacto de Varsóvia se deu no âmbito militar e no econômico, e manteve a ligação entre 
os países membros. As principais ações do Pacto de Varsóvia se deram na repressão das revoltas 
internas. Foi o caso no ano de 1956 quando as forças militares do grupo reprimiram ações de revoltosos 
na Hungria e na Polônia e também em 1968 no evento conhecido como Primavera de Praga, ocorrido na 
Tchecoslováquia. 
 
Conflitos 
Com a criação das alianças políticas, tanto Estados Unidos como União Soviética estiveram presentes 
em diversos conflitos pelo mundo, fosse com a presença militarou com o apoio econômico. Apesar disso, 
os países nunca enfrentaram um ao outro diretamente. 
 
Guerra da Coréia (1950-1953) 
Após o termino da Segunda Guerra, a Coréia foi dividida em duas zonas de influência: o Sul foi 
ocupado pelos Estados Unidos e o Norte foi ocupado pela União Soviética, sendo divididos pelo Paralelo 
38º, determinado pela conferência de Potsdam 
Em 1947, na tentativa de unificar a Coréia, a Organização das Nações Unidas – ONU - cria um grupo 
não autorizado pela URSS, para pretensamente ordenar a nação através da realização de eleições em 
todo o país. Esta iniciativa não tem êxito e, no dia 9 de setembro de 1948, a zona soviética anuncia sua 
independência como República Democrática Popular da Coréia, mais conhecida como Coréia do 
Norte. A partir de então, a região é dividida em dois países diferentes - o norte socialista, apoiado pelos 
soviéticos; e o sul, reconhecido e patrocinado pelos EUA. 
Mesmo após a divisão entre os dois países, a região da fronteira continuou gerando tensões, com 
tentativas dos dois lados para garantir a soberania sobre o território vizinho, principalmente através da 
propaganda, de ambos os lados. 
Em 25 de junho de 1950 a Coreia do Norte alegou uma transgressão do paralelo 38º pela Coreia do 
Sul. A partir de então começa uma invasão que resulta na tomada da capital sul-coreana, Seul, em 3 de 
julho do mesmo ano. 
A ONU não aceitou a invasão propagada pela Coreia do Norte e enviou tropas para conter o avanço, 
comandadas pelo general americano Douglas MacArthur, para expulsar os socialistas, que pretendiam 
unificar o país sob a bandeira do Comunismo. A união Soviética não agiu diretamente no conflito, porém, 
cedeu apoio militar para a Coreia do Norte. 
Em setembro de 1950, as forças das Nações Unidas tentam resgatar o litoral da região oeste, sob o 
domínio dos norte-coreanos, atingindo sem muitas dificuldades Inchon, próximo a Seul, onde se 
desenrola uma das principais batalhas, e depois de poucas horas elas ingressam na cidade invadida, com 
cerca de cento e quarenta mil soldados, contra setenta mil soldados da Coréia do Norte. O resultado é 
inevitável, vencem as forças sob o comando dos EUA. Com o domínio do Sul, as tropas multinacionais 
seguem o exemplo dos norte-coreanos e também atravessam o Paralelo 38º. Seguem então na direção 
da Coréia do Norte, entrando logo depois em sua capital, Pyongyang, ameaçando a fronteira chinesa ao 
acuar os norte-coreanos no Rio Yalu, sede de intensa batalha. 
Com medo do avanço das tropas sobre seu território, a China resolve entrar na batalha, enviando 
trezentos mil soldados para auxiliar a Coreia do Norte, forçando o general MacArthur a recuar e 
conquistando Seul em janeiro de 1951. Em contrapartida, as tropas americanas avançaram novamente 
entre fevereiro e março, expulsando as tropas coreanas e chinesas e obrigando-as a retornar para os 
limites estabelecidos pelo Paralelo 38º, deixando os conflitos equilibrados entre os dois lados. A guerra 
continua até meados de 1953, quando em 27 de julho o tratado de paz é assinado, com o Armistício de 
Panmunjon. Após o tratado, as fronteiras estabelecidas em 1948 foram mantidas e foi criada uma região 
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desmilitarizada entre as duas Coreias. Apesar do fim da guerra as tensões entre os dois países continuam 
até a atualidade, com a corrida armamentista e as declarações da Coreia do Norte sobre a fabricação e 
armazenamento de armamento nuclear. 
 
Guerra do Vietnã (1959-1975) 
O Vietnã está localizado na península da Indochina. Era uma possessão colonial francesa. Na 
Segunda Guerra foi invadido pelos japoneses. Os vietnamitas expulsaram o Japão ao fim da guerra e 
teve início o processo independência (chamado pelos franceses de descolonização). Ao norte as tropas 
que expulsaram os franceses eram tropas lideradas por líderes socialistas. Em 1954, na Convenção de 
Genebra, foi reconhecida a independência dos países da península da Indochina: Laos, Camboja e 
Vietnã. 
Foi estabelecida então a divisão do Vietnã pelo Paralelo 17º. O Vietnã do Norte manteve-se governado 
pelo líder comunista Ho Chi Minh e o Vietnã do Sul, governado pelo rei Bao Dai, que nomeou Ngo Dinh 
Diem como Primeiro-ministro. 
Em 1955, Ngo Dinh Diem, aplicou um golpe de Estado e depôs o rei Bao Dai. Após a chegada ao 
poder, Ngo Dihn Diem proclamou a República, recebendo apoio dos Estados Unidos. O governo de Ngo 
Dihn Diem foi marcado pelo autoritarismo e pela impopularidade. Em 1956 o presidente suspendeu as 
eleições estabelecidas pela conferência de Genebra, repetindo o ato em 1960. 
Em oposição ao governo foi criada a Frente de Libertação Nacional, que tinha como objetivo depor 
o presidente e unificar o Vietnã. A Frente de Libertação, possuía um exército guerrilheiro, o Vietcongue. 
Após o cancelamento das eleições em 1960, o conflito teve início. O exército Vietcongue teve apoio 
do Vietnã do Norte e em 1961 os Estados Unidos enviaram auxilio ao presidente do Vietnã do Sul. O 
exército guerrilheiro dominou boa parte dos territórios do Sul até 1963, mesmo ano em que morreu o 
presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, e o governo foi assumido por seu vice, Lyndon Johnson. 
Em 1964, dois comandantes estadunidenses iniciaram o bombardeio do Vietnã do Norte, sob a 
alegação de que o país havia atacados dois navios norte-americanos em Tonquim. 
Os bombardeios norte-americanos sobre o Norte prolongaram-se até 1968, quando foram suspensos 
com o início das conversações de paz, em Paris, entre norte-americanos e norte-vietnamitas. Como nos 
encontros de Paris não se chegou a uma solução, os combates prosseguiram. Em 1970, o presidente dos 
EUA, Richard Nixon, autorizou a invasão do Camboja e, em 1971, tropas sul-vietnamitas e norte-
americanas invadiram o Laos. Os bombardeios sobre o Vietnã do Norte por aviões dos EUA recomeçaram 
em 1972. 
Desde 1968, a opinião pública norte-americana, perplexa diante dos horrores produzidos pela guerra, 
colocava-se contrária à permanência dos EUA no conflito, exercendo uma forte pressão sobre o governo, 
que iniciou a retirada gradual dos soldados. Em 1961, eram 184.300 soldados norte-americanos em 
combate; em 1965, esse número se elevou para 536.100 soldados; e, em 1971, o número caía para 
156.800 soldados. Em 27 de janeiro de 1973 era assinado o Acordo de Paris, segundo o qual as tropas 
norte-americanas se retiravam do conflito; haveria a troca de prisioneiros de guerra e a realização de 
eleições no Vietnã do Sul. Com a retirada das tropas norte-americanas, os norte-vietnamitas e o 
Vietcongue deram início a urna fulminante ofensiva sobre o Sul, que resultou, em abril de 1975, na vitória 
do Norte. Em 1976, o Vietnã reunificava-se, adotando o regime comunista, sob influência soviética. Em 
1975, os movimentos de resistência no Laos e no Camboja também tomaram o poder, adotando o regime 
comunista, sob influência chinesa no caso do Camboja. Os soldados cambojanos, com apoio vietnamita, 
em 1979, derrubaram o governo pró-chinês do Khmer Vermelho. 
A guerra do Vietnã é considerada o conflito mais violento da segunda metade do século XX, com 
violações constantes dos direitos humanos e batalhas sangrentas. Durante todo o desenrolar da guerra, 
os meios de comunicação do mundo inteiro divulgaram a violência e intensidade do conflito, além de 
falarem sobre o mau desempenho dos americanos, que investiram bilhões de dólares e mesmo assim, 
não conseguiram derrotar o Vietnã. Foi nesta guerra que os helicópteros foram usados pela primeira vez. 
Entre as técnicas mais devastadoras utilizadas pelos Estados Unidos estavam o Agente Laranja e o 
Napalm. 
A característica de guerrilha do exército Vietcongue priorizava os ataques através de emboscadas, 
evitando o combate direto. Para facilitar a identificação dos guerrilheiros nas matas, os norte-americanos 
e sul-vietnamitas utilizaram o Agente Laranja, um desfolhante (produto químico quecausa a queda das 
folhas, normalmente utilizado como agrotóxico) lançando-o através de aviões, o que impedia que os 
soldados se escondessem na mata. Calcula-se que tenham sido lançados 45,6 milhões de litros do 
produto durante os anos 60, atingindo vinte e seis mil aldeias e cobrindo dez por cento do território do 
Vietnã. O Agente Laranja causa sérios danos ao meio ambiente e à população, e seus efeitos, como 
degradação do solo e mutações genéticas são sentidos até hoje. 
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Outro agente químico utilizado na guerra, foi o Napalm, que é um conjunto de líquidos inflamáveis à 
base de gasolina gelificada, tendo o nome vindo de seus componentes: sais de alumínio co-precipitados 
dos ácidos nafténico e palmítico. 
O napalm foi usado em lança-chamas e bombas incendiárias pelos Estados Unidos, vitimando alvos 
militares e cidades e vilarejos de civis posteriormente. 
 
Conflitos Árabes-Israelenses (1948-1974) 
Desde a criação de Israel, em 1948, por diversas ocasiões o estado judeu entrou em guerra com seus 
vizinhos árabes. As diferenças entre esses grupos continuam no século XXI. 
A parte do Oriente Médio conhecida como Palestina era a antiga terra do povo judeu. No século I d.C., 
os romanos expulsaram grande parte dos judeus da região, espalhando-os por outras partes do império. 
Os muçulmanos tomaram posse da Palestina no século VII. De 1923 a 1948, a região foi dominada pelos 
britânicos, e nesse período muitos judeus emigraram de volta da Europa para lá. Tanto os árabes como 
os judeus que viviam na Palestina passaram a disputar o controle do território. 
Quando os britânicos deixaram a região, as Nações Unidas (ONU) dividiram a região. Cada um dos 
dois povos recebeu uma parte da terra, mas os árabes não concordaram com a partilha, dizendo que os 
judeus receberam terras que pertenciam a eles. 
Em 14 de maio de 1948, com a criação de Israel, os palestinos e os países árabes vizinhos declararam 
guerra a Israel. Forças árabes ocuparam partes da Palestina, mas quando acabou a guerra Israel ficou 
com mais terras do que tinha antes. 
Em janeiro de 1949, Israel e os países árabes assinaram acordos sobre as fronteiras. Contudo, não 
houve um tratado de paz. Os inúmeros palestinos que perderam suas casas foram acabar em campos de 
refugiados nos países árabes. 
Em meados de 1967, o conflito entre a Síria e Israel levou à Guerra dos Seis Dias. Israel viu que o 
Egito estava se preparando para entrar na guerra para ajudar a Síria. Em 5 de junho, os israelenses 
atacaram rapidamente a força aérea egípcia e destruíram-na quase por completo. Em apenas seis dias 
Israel ocupou a Cidade Velha de Jerusalém, a península do Sinai, a Faixa de Gaza, o território da Jordânia 
a oeste do rio Jordão (chamado Cisjordânia) e as colinas sírias de Golã, junto à fronteira de Israel. 
Em 6 de outubro de 1973, dia do Yom Kippur (ou Dia do Perdão), que é sagrado para os judeus, e 
época do ramadã, mês sagrado para os palestinos, o Egito e a Síria atacaram Israel. Nessa guerra, os 
israelenses empurraram ambos os exércitos inimigos de volta a seus territórios, mas sofreram pesadas 
perdas. Ao terminar a luta, no início de 1974, a ONU estabeleceu zonas neutras entre esses países e 
Israel. 
Em 26 de março de 1979, Israel e o Egito assinaram um tratado de paz. Contudo, a tensão entre Israel 
e as comunidades árabes continuou. A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) atacou Israel 
em 1982, a partir de campos de refugiados no Líbano. Em 5 de junho de 19892, Israel contraatacou e 
invadiu esse país. Após meses de bombaredeios israeleses, foi negociada a retirada da OLP da capital 
libanesa. As tropas israelenses permaneceram ali até 2000. 
No final da década de 1970, os israelenses começaram a construir assentamentos nas áreas ocupadas 
por eles na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Em 1987, o aumento no número desses assentamentos 
causou protestos dos palestinos. Estouraram rebeliões e ataques — conhecidos como intifada —, que 
continuaram até o início dos anos 1990. Em 1993, Israel concordou em ceder aos palestinos parte do 
controle dos territórios ocupados. Em 2000, porém, começou nova intifada. Isso paralisou as 
conversações de paz entre Israel e os palestinos. 
 
A Questão Alemã e o Muro de Berlim 
Após a divisão alemã entre os vencedores da Segunda Guerra, os países capitalistas (Estados Unidos, 
França e Inglaterra) resolveram unificar suas zonas de ocupação e implantar uma reforma monetária, 
além de criar um Estado provisório sob seu controle. Para empresários e autônomos, a reforma era algo 
extremamente favorável. 
Com medo de que a população do lado oriental migrasse para a zona de domínio ocidental, Stalin 
bloqueou o lado ocidental de Berlim, deixando-o isolado. Para incorporar essa parte da cidade à Zona de 
Ocupação Soviética, Stalin mandou interditar todas as comunicações por terra. 
Vale lembrar que pela divisão de territórios em Potsdam, Berlim estava situada dentro do domínio 
soviético. Porém, a cidade também foi dividida, provocando isolamento da parte Ocidental por via 
terrestre. 
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Isolado das zonas ocidentais e de Berlim Oriental, o oeste de Berlim ficou sem luz nem alimentos de 
23 de junho de 1948 até 12 de maio de 1949. A população só sobreviveu graças a uma ponte aérea 
organizada pelos Aliados, que garantiu seu abastecimento. 
Em 23 de maio de 1949, os aliados criaram a República Federal da Alemanha (RFA). A URSS que 
ocupava a parte leste do país decidiu também por transformá-la em um país, e em outubro do mesmo 
ano foi fundada a República Democrática Alemã (RDA), com capital em Berlim Oriental. A RDA era 
baseada na política comunista e de economia planificada, dando prosseguimento à socialização da 
indústria e ao confisco de terras e de propriedades privadas. O Partido Socialista Unitário (SED) passou 
a ser a única força política na "democracia antifascista" alemã-oriental. 
Com a criação dos dois Estados alemães, a disputa entre EUA e URSS foi acirrada, manifestando de 
maneira intensa a disputa da Guerra Fria. 
Auxiliada pelo Plano Marshall, em alguns anos a Alemanha Ocidental alcançou um nível de 
prosperidade econômica elevada, garantida também pela estabilidade interna e pela integração à 
comunidade europeia que surgia no pós-guerra. A RFA também integrou a OTAN. 
A Alemanha Oriental integrou o pacto de Varsóvia, e apesar das despesas com a guerra e com a 
reconstrução do país, também alcançou desenvolvimento significativo entre os países socialistas. 
Apesar do avanço, com o passar do tempo as diferenças foram acentuando-se, e muitos alemães 
residentes na parte Oriental migravam para a parte ocidental, atraídos pela liberdade democrática e pelo 
estilo de vida. 
A situação ficou crítica no final dos anos 50, com as tentativas de unificação. A RFA não reconhecia a 
RDA como um país, e exigia a integração. Por outro lado, os soviéticos exigiam a saída das tropas norte-
americanas de Berlim Ocidental. 
Entre 1949 a 1961, quase 3 milhões de pessoas fugiram da Alemanha comunista para os setores 
ocidentais de Berlim. Somente em julho de 1961, 30 mil pessoas escaparam. A ameaça de esvaziamento 
da Alemanha Oriental levou a URSS a construir uma barreira física no meio da cidade. Na manhã de 13 
de agosto de 1961, soldados começaram a construir o Muro de Berlim, demarcando a linha divisória 
inicialmente com arame farpado, tanques e trincheiras. Nos meses seguintes, foi sendo erguido em 
concreto armado o muro que marcaria a vida da cidade até 1989. Ao longo dos anos, a fronteira 
transformou-se numa fortaleza. Como os soldados tivessem ordem de atirar para matar, muitos que 
tentaram atravessar acabaram morrendo. 
 
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Foto de Conrad Schumann, soldado da Alemanha Oriental, em direção à Berlim Ocidental,

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