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Ra ya nn e P ers i → Principais Espécies Envolvidas: ● Entamoeba histolytica ● E. dispar ● E. moshkovskii ● E. bangladeshi → Características Gerais: ● Tem como agente etiológico um protozoário ● Temos 4 espécies com a mesma característica morfológica (ditas a cima), ou seja, são indistinguíveis entre si morfologicamente. ● Ela se desloca por pseudópodes (ou seja, projeções citoplasmáticas indo em direção ao seu substrato) ● A forma de uma entameba é a forma amebóide ● E. dispar é apatogenica, ou seja, não causa patogenicidade / doença ● Já a E. histolytica é patogênica , e do ponto de vista clínica é a mais relevante! ● A entamoeba é considerada um gênero saprófita, logo ele vive como um comensal no intestino grosso das pessoas e animais. ● Aspectos apatogenicos e patogênicos, temos umas características ligadas ao ciclo biológico. → Amebíase - E. histolytica : Trata-se da principal espécie: ● Presente em regiões em que o saneamento básico e as condições sócio-econômicas não são favoráveis ● Apresenta distribuição mundial, com maior ocorrência na África, índia, Américas do Sul e Central ● Acomete aproximadamente 50 milhões de pessoas em todo mundo, das quais 100.000 morrem por colite amebiana ou doenças extra-intestinais Ra ya nn e P ers i Do ponto de vista biológico: ● Existem 2 formas evolutivas: Cisto e Trofozoíto Ciclo Biológico = trofozoíta → cisto → trofozoíta ● O cisto: ○ Considerado a forma de existência e é a mais comumente vista nos exames diagnósticos. ○ É viável por meses no ambiente, sendo a principal responsável pela contaminação oro-fecal ● Trofozoíto: ○ É a forma ativa ○ Móvel ○ Capaz de reproduzir-se ○ Normalmente se alimenta de bactérias e tecido em descamação. ○ No entanto é capaz de produzir proteases ativas que sensibilizam a trama tecidual no intestino, permitindo a invasão tecidual ● Encistamento = é o processo do trofozoíta para cisto ● Desencistamento = após a passagem no suco gástrico e estímulo adequado, temos um cisto tornando-se trofozoíta ● Em relação ao grupo apatogênico esse ciclo todo ocorre na luz intestinal. Quando ocorre a contaminação por via oral, ou fecal-oral, nós não temos a fixação do parasita na mucosa intestinal, ficando como comensal na luz intestinal. ● No grupo patogênico sua forma é invasiva, a ameba entra em contato com a mucosa do intestino grosso ocorrendo uma destruição tecidual, além disso, temos temos diarreia com presença de sangue. Ra ya nn e P ers i → Patogenia: ● Com a aderência da E. histolytica ocorre a mobilização das células PMN ● A capacidade de degradação da matriz tecidual pelas proteases, ocorre a invasão e disseminação para os mais diversos órgãos ● Normalmente observa-se a formação de abcessos necróticos no fígado, espaço pleural direto (normalmente no lobo direito do fígado), pulmão, pele, pericárdio e raramente no cérebro ● Sua patogenicidade depende de diversas fatores como: ○ Localização geográfica ○ Raça ○ Sexo ○ Idade ○ Resposta imune Ra ya nn e P ers i ○ Estado nutricional ○ Dieta ○ Alcoolismo ○ Clima ○ Hábitos sexuais ○ Colesterol ○ Reinfecções sucessivas ● Deixando assim de ser comensal, para ser invasiva → Transmissão: ● Os cistos são os maiores responsáveis (ingestão de cistos maduros) ● Normalmente a contaminação pode ocorrer tanto de forma direta, ou seja, pessoa a pessoa ● E de forma indireta, por via de alimentos e água contaminados ● Os insetos também podem são transportadores de cistos (ao pousarem em cima das vezes os cistos prendem em suas patas e são transportados até os alimentos) → Sinais e Sintomas: ● Em algumas situações o paciente apresenta-se assintomático, no entanto ainda eliminando cistos viáveis para o ambiente ● Ela nao tem sinal patognomônico Ra ya nn e P ers i ● Nos casos em que ocorre manifestações clínicas na forma intestinal, podemos observar: ○ Alternância entre constipação e diarreia intermitente ○ Flatulências ○ Dor abdominal ○ Cólica ○ Perda ponderal ● Nos episódios extraintinas os sinais clínicos são intimamente associados com os órgãos onde ocorreram a formação de abcessos ● Em casos graves de disenteria amebiana, podem ser observados episódios frequentes de fezes semilíquidas, com presença de muco e trofozoítos ativos, dor abdominal intensa e febre alta → Profilaxia: ● Métodos de higiene pessoal ● Evitar o contato sexual oro-anal ● Atenção a origem dos alimentos e da água para o consumo → Diagnóstico: ● Na forma intestinal = Exame coproparasitológico; Elisa de material Fecal ● Na forma extra intestinal = Imagem (TC e RNM), sorologia e prova terapêutica → Tratamento em ambas as formas clínicas: ● Em adultos e crianças: ○ Metronidazol 500-700 mg de 8/8h por 7-10 dias; Criança 12-17 mg de 8/8h de 7-10 dias ○ Tinidazol 2 g de 24/24h entre 3-5 dias; Crianças após 3 anos de idade 50 mg/Kg de 24/24h por 3-5 dias ● Gestantes: ○ Paromomicina de 8-11 mg de 8/8h por 3 dias. Deve ser prescrita para uso após as refeições → BIBLIOGRAFIA BRENER, Beatriz. PARASITOLOGIA. ed. 1º. 2015
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