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Drenagem Linfática – Parte II 
Princípios – 
• Sempre carrear no sentido 
proximal – médio – distal do 
linfonodo 
• Independente da técnica o 
primeiro passo é bombear os 
linfonodos 
• Não é recomendado a utilização 
de cremes e óleos 
• Sentido: a linfa deve ser 
encaminhada em direção as 
cadeias de linfonodos 
• Ritmo: lento pois a linfa caminha 
muito devagar 
• Pressão: muito suave e superficial 
As manobras devem ser sempre 
realizadas com 3 passadas, sendo 
estimulado também 3x os linfonodos – 
repetindo o mesmo local de 3 a 5 
vezes 
Efeitos fisiológicos – 
• Promove a desintoxicação dos 
meios intersticiais 
• Aumenta a velocidade da linfa 
• Relaxa a musculatura (fibras 
estriadas) quando tensos ou 
hipertônicos, nas fibras lisas os 
movimentos estimulam a 
musculatura lisa intestinal e nos 
vasos 
• Beneficia a filtração e a 
reabsorção de proteínas nos 
capilares linfáticos 
• Auxilia na distribuição de 
hormônios e medicamentos no 
organismo 
• Acentua a defesa imunológica 
• Favorece a circulação de retorno, 
tanto linfático quanto venoso 
• Reabsorve edemas 
• Efeito antálgico (dor) e relaxante 
em virtude da ação mecânica 
Indicações – 
• Eliminação de edemas 
• Linfedemas (formas primárias e 
secundárias) 
• Edemas pós traumáticos e pré e 
pós-operatórios 
• Prevenção de varizes 
• Prevenção de fibroses 
Contraindicações absolutas – 
• Neoplasias: somente com 
avaliação e acompanhamento 
médico 
• Insuficiência cardíaca 
descompensada: pode levar a um 
edema cardíaco 
• Insuficiência renal crônica: o 
aumento na eliminação de líquidos 
vai sobrecarregar a função renal 
• Infecções provocadas por vírus, 
bactérias ou fungos: os 
microrganismos podem se difundir 
pelo corpo e provocar uma 
infecção generalizada 
(septicemia) 
• Linfangite aguda: inflamação dos 
vasos linfáticos 
• Hipertireoidismo descompensado: 
em função da liberação 
exagerada de hormônios 
tireoideanos para o sangue 
• Trombose aguda: pode ocorrer o 
desprendimento do trombo que 
Beatriz Renosto 
pode chegar ao pulmão e 
provocar uma embolia 
• Tromboflebites e flebites 
• Síndrome do seio carotídeo: 
deficiência das veias carótidas 
que pode causar queda de 
pressão e parada cardíaca 
• Tuberculose e febre 
Contraindicações relativas – 
• Neoplasias tratadas: com 
autorização médica 
• Cardiopatias em geral: solicitar 
autorização médica 
• Diabetes descompensada 
• Hipertensão arterial 
descompensada: não drenar em 
picos de pressão alta 
• Hiper ou hipotireoidismo 
compensado por medicamentos: 
solicitar autorização médica 
• Hipotensão arterial (pressão 
baixa): caso o paciente sinta 
algum mal-estar, parar o 
tratamento, auxilia-lo a se levantar 
lentamente e movimentar mãos e 
braços antes de sair da maca 
• Mulheres no período menstrual com 
fluxo intenso: a drenagem pode 
aumentar o fluxo 
• Pele com lesões (irritação, 
pequenos ferimentos): não 
trabalhar sobre a área lesionada 
• Inflamação crônica 
Diferentes técnicas – 
Seja qual for a manobra executada, 
3 finalidades básicas devem ser 
atendidas: 
• Bombeamento: executado sobre a 
cadeia de linfonodos, com 5 a 7 
repetições (3 a 5 vezes em outras 
literaturas) e tem finalidade de 
esvaziar o linfonodo, deixando-o 
livre para receber a nova carga 
linfática que chegará com a 
drenagem manual 
→ O profissional toca suavemente a 
pele do paciente com a maior 
parte possível da mão, nunca com 
as pontas dos dedos para não 
exercer muita pressão 
→ Nas cadeias de linfonodos do 
corpo é possível utilizar toda a 
extensão da mão, já nas cadeias 
de pescoço e face será possível 
utilizar apenas a extensão dos 
dedos, devendo-se ter cuidado 
de não utilizar as pontas, os 
dedos devem funcionar como uma 
extensão das palmas das mãos 
→ O profissional realiza lentas e 
suaves flexões com o punho 
empurrando delicadamente a pele 
do paciente para baixo 
bombeando a linfa dentro dos 
linfonodos, muitos autores chamam 
essa manobra de movimento de 
compressão e descompressão já 
que o profissional comprime 
suavemente a pele e logo em 
seguida retira a pressão 
- Cervical 
- Supraclaviculares 
- Infraclaviculares 
- Axilares 
- Cubitais 
- Cisterna do quilo 
- Inguinais 
- Poplíteos 
- Maléolos 
Beatriz Renosto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Captação/reabsorção: visa a 
captação da linfa pelos capilares, 
vai ser a consequência do 
aumento da pressão tissular local 
→ A pressão deve ser sempre muito 
suave para que não ocorra a 
compressão do vaso e o 
colabamento das paredes 
impedindo o fluxo do líquido 
dentro dele 
• Encaminhamento da linfa: após a 
entrada da linfa nos capilares os 
vasos linfáticos transportarão a 
linfa para o próximo segmento, 
sempre em direção à cadeia de 
linfonodos encaminhamento a linfa 
para o seu destino 
Técnica de Vodder – 
• A técnica propõe ação de 
empurrar e relaxar 
• Se inicia com uma leve pressão 
com as mãos espalmadas sobre os 
linfonodos, preparando-os para 
receberem a linfa dos coletores 
linfáticos, cada manobra de 
bombeamento deve ser 
executada com 5 repetições em 
movimentos lentos e suaves com 
intervalo de tempo de 1 a 1,5 
segundos entre cada movimento 
• Após as manobras de evacuação 
nos linfonodos são iniciadas as 
manobras de captação que se 
repetirão de 3 a 5 vezes, a 
captação é realizada com os 
dedos e a palma da mão 
normalmente em movimentos 
circulares, mas podem variar com 
bombeamento e bracelete 
• Sequência: região cervical, MMSS, 
abdome, MMII, membros inferiores 
da face posterior e dorso 
• Manobras círculo estacionário: o 
terapeuta toca 
suavemente um ponto 
da pele com a 
porção ulnar da mão 
e realiza um movimento circular 
aumentando lentamente a pressão 
até atingir o outro lado do círculo 
e tocar a pele com a porção 
radial da mão 
→ A partir daí a pressão vai 
diminuindo e a mão retorna ao 
Beatriz Renosto 
Foldi, 2012 
Vasconceles, 2015 
ponto inicial do movimento 
chamado de ponto zero 
fechando o círculo, o movimento 
deve se repetir na direção do 
fluxo linfático 
→ A finalidade desse movimento é 
capitar a linfa, fazer com que ela 
saia do meio intersticial e entre no 
vaso linfático 
• Técnica de bombeamento: é 
utilizado em braços, 
antebraço, coxas, pernas 
e regiões de flancos, são 
utilizadas uma ou as duas 
mãos juntas ou de maneira 
alternada 
→ O terapeuta irá realizar um 
movimento de pressão e 
descompressão suaves, iniciando 
pela palma da mão indo em 
direção aos dedos 
• Técnica rotatória: utilizada em 
superfície mais planas 
como o abdome e dorso 
e sempre será realizada 
com as 2 mãos podendo 
ser juntas ou alternadas 
→ As mãos ficam espalmadas e 
relaxadas sobre a pele com 
polegar em um ângulo de 90° em 
relação ao dedo indicador 
→ A manobra será executada da 
palma das mãos em direção às 
pontas dos dedos e do dedo 
indicador em direção do dedo 
mínimo, essa manobra é meio 
ovalada as mãos desemprenharão 
um movimento de rotação 
 
 
 
 
• Bracelete: é realizada em MMII e 
MMSS com as duas 
mãos, as mãos 
“abraçam” o membro 
realizando uma 
pressão leve e fazendo 
um deslizamento intermitente até o 
linfonodo correspondente 
 
 
 
 
 
 
Técnica de Leduc – 
Beatriz Renosto 
Foldi, 2012 
Vasconceles, 2015 
Vasconceles, 2015 
Vasconceles, 2015 
Beatriz Renosto 
• Sequência: tórax, mamas, MMSS, 
MMII, glúteo e dorso 
• Inicia pela estimulação dos 
linfonodos (evacuação) 
• Para Leduc a duração da DLM 
não deve ultrapassar 45min e 
sempre é indicado que o paciente 
fique um tempo em repouso após 
o termino da sessão 
• As manobras devem ser sempre 
realizadas com 3 passadas, sendo 
estimulado também 3x os 
linfonodos – repetindo o mesmo 
local de 3 a 5 vezes 
• Círculoscom os dedos: são 
realizadas manobras intermitentes 
com os dedos desde o dedo 
indicador até o mínimo nas quais 
se desloca a pele arrastando os 
tecidos moles por meio de um 
estiramento suave para facilitar a 
reabsorção dos capilares 
→ A pressão deve ser progressiva, 
porém suave onde a mão vai se 
deslocando, mas sempre com 
atenção para não causar fricção, 
deve executar de 5 a 7 
movimentos no mesmo local 
• Círculos com o polegar: trata-se 
da mesma manobra anterior, 
porém realizada somente com os 
polegares 
• Movimento combinado: combina-
se o círculo com os dedos e o 
círculo com os polegares, os 
dedos realizam primeiramente a 
manobra de círculos seguidos da 
mesma manobra com o polegar, 
essa manobra facilitará a 
reabsorção do líquido intersticial 
• Bracelete: as mãos (com uma ou 
as duas) envolvem a região a ser 
tratada e realizam uma manobra 
com pressão intermitente, ou seja, 
a manobra é realizada de 
maneira ampla sem interrupção e 
mantendo a mesma pressão 
 
 
 
 
Técnica de Godoy – 
• A sequência se assemelha com à 
sequência utilizada por Vodder 
ambas se iniciam a DLM pela 
região cervical e vão drenando 
as regiões proximais a distal, 
seguindo uma sequência de 
MMSS, abdômen, MMII, MMII da 
face interior, face posterior e 
dorso 
• Movimentos serão sempre lineares, 
são semelhantes a um 
deslizamento único em todas as 
áreas do corpo desde a face até 
o corpo 
Beatriz Renosto 
LEDUC; LEDUC, 2007 
• É possível utilizar rolete de espuma 
e outros acessórios que auxiliem 
na aplicação da técnica 
principalmente para realização de 
auto drenagem, entretanto o uso 
de acessórios exige especial 
atenção pois a pressão deve ser 
mantida da mesma forma como se 
a manobra estivesse sendo 
aplicada com as mãos 
• O tratamento corporal deve ser 
iniciado pelos MMSS e os 
movimentos realizados no sentido 
proximal para distal, primeiro se 
esvazia os linfonodos depois se 
encaminha dos linfonodos para a 
linfa que está mais próxima deles, 
por último busca a linfa que se 
encontra na região mais distante 
para direciona-la também aos 
linfonodos 
 
 
 
 
 
Manobras e sentidos – 
 
Beatriz Renosto 
Foldi, 2012 
Foldi, 2012 
Foldi, 2012 
Foldi, 2012 
 
 
 
Beatriz Renosto

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