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Gânglios da base e suas funções motoras Gânglios da base São assim como o cerebelo, sistema motor acessório para movimentos voluntários. Atua em associação com o córtex cerebral e o controle motor corticoespinhal. Sinais aferentes: vêm do córtex motor cerebral (maioria), córtex pré-frontal e córtex somatossensorial. Sinais eferentes: a maioria, retorna para o córtex motor cerebral. Primeiramente vai para a área suplementar, depois para o córtex motor primário. Núcleo caudado: Recebe informações provenientes do córtex cerebral, relacionados ao aspecto cognitivo, vindas do córtex associativo. Funções emocionais também. Núcleo lentiforme: Putâmen: recebe informações provenientes do córtices sensoriais e motores. Globo pálido interno e externo. Núcleo subtalâmico: Substância negra: Obs: o corpo estriado é formado pelo núcleo caudado e putâmen. Obs: o núcleo caudado e o putâmen, juntamente com o cerebelo, promovem a comparação entre o movimento pretendido e o movimento executado. A dopamina, nos núcleos da base, participa de 2 circuitos diferentes, garantindo o equilíbrio dessas vias e o movimento adequado/refinado: Via direta (excitatória). Via indireta (inibitória). Na Doença de Parkison, ocorre o descontrole dessas vias. Doença de Parkinson Epidemiologia OMS estima que 1% da população acima de 65 anos seja acometida pela doença. Afeta ambos os sexos de forma aproximadamente igual, com uma preponderância de 1,5 entre os homens. A duração média da doença desde o início dos sintomas até o óbito é até 20 anos. Etiologia Combinação complexa de fatores ambientais, intrínsecas disfunções metabólicas celulares e suscetíveis alelos genéticos. São eles: estresse oxidativo, anormalidades mitocondriais (diminuição da atividade do complexo I da cadeia respiratória mitocondrial e do alfa-cetoglutarato desidrogenase), excitotoxidade, fatores inflamatórios (estudos sugerem aumento de IL-1, INF-gama e TNF- alfa), neurotoxinas ambientais e fatores genéticos. Portanto, como ocorre a interação dos múltiplos fatores, permanece um enigma. Além da dopamina, as catecolaminas e serotonina também são diminuídas sintomas não motores, como disfunções autonômicas (hipotensão, constipação, anosmia, parestesia, ansiedade, depressão, distúrbios do sono) e com a evolução da doença, o consequente acometimento do neocórtex leva a distúrbios cognitivos e demência. Fisiopatologia Ocorre degeneração neuronal progressiva da substância negra, e em menor grau, do globo pálido, putâmen e núcleo caudado. Ocorre destruição progressiva da via nigroestrial, com diminuição da liberação de dopamina dentro do corpo estriado (núcleo caudado e putâmen). Combinações variáveis de tremor, rigidez, bradicenesia e instabilidade postural. Sinais e sintomas Tremores, cabeça inclinada para a frente, rigidez das articulações, rigidez da expressão facial. Perda de equilíbrio, postura inclinada, andar arrastado, fraqueza óssea e salivação excessiva. Estágios da doença Primeiro estágio: sintomas começam a se apresentar, porém não atrapalha as atividades diárias. No entanto, as pessoas mais próximas do paciente como amigos e familiares podem perceber alterações na postura, nas expressões faciais e também no andar. Segundo estágio: é possível observar os sintomas mais expressivos como a rigidez e os tremores que ficam mais visíveis. O paciente começa a sentir os sintomas nos dois lados do seu corpo e também pode apresentar problemas ao falar. Terceiro estágio: aqui a doença já está bastante avançada e os sintomas incluem a perda do equilíbrio e do reflexo. Os movimentos do paciente ficam mais lentos e as quedas acontecem com mais frequência. Quarto estágio: o paciente consegue ficar em pé, porém para se mover precisa da ajuda de um apoio. Em alguns casos o paciente não consegue mais viver sozinho, por causa da diminuição dos movimentos e também do tempo de reação. Quinto estágio: o último estágio da doença é o mais avançado e aqui se agrava todos os sintomas. A rigidez das pernas faz com que elas paralisem quando o paciente estiver em pé. É necessária a utilização da cadeira de rodas e o paciente pode começar a ter alucinações. Tratamento farmacológico O tratamento consiste em aumentar os níveis de dopamina. Administra-se levodopa (pouco potente) junto com carbidopa (para inibir a dopa descarboxilase periférica) e potencializar a levodopa e diminuir os efeitos colaterais. Não se administra dopamina porque ela não passa na barreira hematoencefálica já a l-dopa passa.
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