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RESUMO LEUCOSE ENZOÓTICA BOVINA (LEB)

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LEUCOSE ENZOÓTICA BOVINA (LEB) 
Definição: 
● Doença ​infecto-contagiosa crônica​ que acomete ​especialmente bovinos 
● Enfermidade neoplásica de linfócitos do tipo ​linfossarcoma​- ​tem               
predileção por ​linfócitos do tipo B 
● Além disso, essa doença apresenta um período de incubação (​PI​)                   
prolongado e evolução para óbito 
● A maior parte dos animais permanece portadores da enfermidade sem                   
sinais clínicos, mas aqueles animais que apresentam sinais clínicos                 
geralmente vem a óbito 
 
● O linfoma ocorre quando uma célula normal do sistema linfático sofre                     
mutações, passam a se multiplicar sem parar e se disseminar pelo                     
organismo - O ​linfoma ou ​linfossarcoma é o tumor linfóide que se origina                         
em órgão hematopoético sólido, como linfonodo, baço ou fígado 
● A doença ocorre em todas as raças de bovinos e não existe uma vacina e                             
nem tratamento efetivo para a proteção dos animais 
● A doença é causada por um Deltaretrovírus exógeno, o vírus da leucose                       
enzoótica bovina, que infecta linfócitos B preferencialmente 
 
Sinonímias:   
● Linfossarcoma 
● Linfoma maligno 
● Leucemia bovina 
● Leucose bovina  
● Leucose bovina exógena por partícula vírica tipo C 
 
 
 
 
 
 
ETIOLOGIA:  
 
● RNA vírus diplóide (duas fitas idênticas) - ele tem uma certa resistência a                         
radiação UV 
● Família Retroviridae 
● Gênero Deltaretrovirus 
● Denominado Bovine Leukemia Virus (BLV) 
● ​Envelopado - ​sendo sensível a maioria dos desinfetantes  
● ​Transcriptase reversa ​=> ​provírus ​- E esse vírus possui algumas enzimas                       
dentre elas a Transcriptase reversa - a 3 enzimas que o vírus se liga na                             
célula alvo e para que ele conseguia integrar o seu material genético ao                         
genoma daquela célula alvo, ele precisa da transcriptase reversa e da                     
integrase, então no caso da LEB é muito semelhante a doença anterior, ​Ela                         
vai ser responsável por transcrever o RNA viral em DNA viral, e a                         
integrasse que vai integrar esse genoma na célula alvo 
 
● Quando a gente fala em células alvos, quais são? São os linfócitos B,                          
outros tipos celulares também podem ser acometidos, dentre eles:                 
macrófagos e linfócitos T, mas de forma geral vamos considerar os                       
linfócitos B como célula alvo de eleição do vírus da LEB 
 
Estrutura do vírus: Na sua         
membrana externa ele     
apresenta glicoproteínas  
- gp51​: atua na adesão viral 
- gp30​: associada a     
ancoragem da gp51 
- p24​: proteína responsável     
por compor o capsídeo. 
-  
- Serão utilizadas para o diagnóstico sorológico utilizando as glicoproteínas                 
como antígenos  
● Pouco estável ​no meio ambiente 
● Sensível a detergentes e solventes lipídicos 
- Hipoclorito 
- Amônia quaternária  
- Formol  
- Fenol  
- Cresói 
 
● Genoma diplóide 
- ​Maior resistência à ação da luz UV 
● Inativado a​ 56°C por 30 minutos  
● Viável a 4°C​ por até 2 semanas  
● Fervura e pasteurização ​destroem o vírus 
● Então o que tem se falado, é que ela não é uma zoonose, embora as                             
investigações a respeito não tenham sido totalmente esgotadas  
 
 
EPIDEMIOLOGIA  
● Doença de​ distribuição mundial 
● Bovinocultura especialmente ​leiteira 
● Prevalência no Brasil: <5% a >60%  
- Varia de acordo com a região 
- Essa ampla variação também pode ser observada quando se                 
compara dados de regiões diferentes, ou até mesmo de países                   
diferentes  
 
 
 
 
 
 
 
Fatores Predisponentes  
● Aumento da​:  
- Intensidade do ​manejo 
- Idade ​média dos animais  
- Densidade ​populacional  
- Frequência de ​introdução de animais 
- Bem como, a manutenção de animais com linfocitose (aumento do                   
número de linfócitos) persistente dentro do rebanho - vai ser uma                     
característica dessa enfermidade, o aumento do número de               
linfócitos por várias semanas consecutivas 
 
● Manter animais no rebanho 
- Então manter animais com Linfocitose persistente no rebanho -                 
pode ser um fator que predispõem a ocorrência de leucose na                     
bovinocultura leiteira  
● Premunição contra hemoparasitas 
- Existem alguns locais que utilizam a premunição, ​utilizam sangue                 
de uma doadora e transferem para outra como forma de                   
premunição contra hemoparasitas  
- Essas doadores muitas vezes não se sabem as condições sanitárias                   
desconhecidas, e em algumas situações os animais podem ser                 
positivos para LEB e com isso estaremos perpetuando o agente                   
dentro do rebanho 
● Artrópodes hematófagos  
- Vão atuar como ​Vetores mecânicos 
- Importante vetor da LEB, principalmente pelo hábito de se                 
alimentarem por sangue - ​o sangue é um dos principais veículos do                       
vírus  
 
 
 
 
● Fômites – ​contato com sangue (o sangue é um dos principais envolvidos                       
na transmissão, por isso qualquer fômite que tiver contato com o animal                       
positivo, ele é considerado um fator predisponente a transmissão de LEB) -                       
qualquer material/fômite que tiver contato com sangue ele se torna um                     
fator predisponente para transmissão  
- Agulhas/Instrumental cirúrgico 
- Luvas de palpação retal ​(é um caso muito comentado em como                     
usar uma luva por vaca lá no campo) - na palpação é possível que                           
haja contato com o sangue da mucosa e as partículas virais, as                       
células virais infectadas podem ser transmitidas de uma vaca para                   
outra  
- Tatuadores / colocadores de brinco 
- Material casqueamento  
- Abridores de boca 
- Correntes de contenção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRANSMISSÃO 
 
● Como que ocorre essa ponte de transmissão de um animal infectado para                       
um animal sadio do rebanho?  
 
● Veiculação de partículas virais livres (como comentado na palpação retal                   
se houver pequenos sangramentos, e todo o sangue tem um importante                     
papel na veiculação de partículas livres) 
● Transferência cel. portadoras de mat. genético viral ​» ​Linfócitos B  
Dentre as principais células que contém o material genético viral, está os                       
linfócitos B 
 
 
Transmissão pode ser direta entre animais ou por meio de materiais                     
recém-contaminados ​(como no exemplo anterior os inúmeros materiais               
contaminados que podem transmitir com partículas livres, com sangue ou                   
com alguma célula que contenha material genético desse vírus) 
 
● Qualquer fluido corporal que contenha sangue - vai ta associado a                     
transmissão da LEB 
● Saliva ​- ​menos importante​ porque não é tão comum 
● Colostro ​- ​menos importante​ porque não é tão comum 
● Leite ​ - ​menos importante​ porque não é tão comum   
● Secreções respiratórias ​(secreções oculares também podem transmitir             
mas também vai se encaixar em pouco comum - mas se for secreção                         
ocular associada com algum sangramento ai isso aumenta as chances de                     
transmissão da leucose) 
● Sêmen Inoculação ou contato com mucosa 
● Mas quando falamos em ​qualquer fluido que contenha sangue é um ponto                       
bem mais importante nessa transmissão 
 
Inoculação de secreções ou contato com mucosa   
Como seriaesse contato direto com a mucosa? ​ se pensarmos no sêmen, 
pode ser durante uma IATF por exemplo, a deposição de um sêmen 
contaminado diretamente na mucosa uterina, ele é um fator que tá 
relacionado com a transmissão da leucose   
 
● Animais com linfocitose persistente  
- Alto nº de ​linfócitos por várias semanas consecutivas e esse                       
animal é suspeito de apresentar LEB  
- Importante fonte de transmissão​, importantes vetores do vírus no                 
rebanho  
- E já comentamos que os linfócitos são as principais células                   
envolvidas, ou seja, é a célula alvo da LEB. Então se temos um                         
animal positivo com alto número de linfócitos circulantes,               
obviamente estamos falando de uma importante fonte de               
transmissão  
 
● Vertical  
- Não é muito frequente 
- Ocorre em vacas que apresentam um alto título viral e baixo título                       
de Ac - ocorrendo essa passagem do vírus ao feto 
 
 5 a 20% dos bezerros de vacas infectadas podem nascer portadores de BLV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PATOGENIA 
 
● Ele é um ​Retrovírus -​ geram os provírus  
● Infecções persistentes - ​PROVÍRUS, a formação desse provirus permite                   
que LEB integre o seu genoma na célula alvo  
● Células-alvo: ​Linfócitos B 
● Mas pode ocorrer em linfócitos T, macrófagos e neutrófilos 
 
Os ​retrovírus ​são um grupo de ​vírus de RNA que se replicam para                         
produzir DNA a partir do RNA​, usando uma enzima denominada ​transcriptase                     
reversa​. O DNA produzido é então incorporado ao genoma do hospedeiro.  
O que caracteriza um retrovírus é a presença da ​enzima transcriptase                     
reversa​. Essa enzima é capaz de ​transformar a cadeia simples de RNA em uma                           
fita dupla de DNA​. Essa é uma característica única do retrovírus, pois, geralmente                         
a transformação ocorre de DNA para RNA (Transcrição). Com a formação do DNA,                         
a fita de RNA é degradada. Entretanto, o DNA produzido pela transcriptase                       
reversa também irá sintetizar o novo RNA que constituirá o genoma dos novos                         
vírus formados na célula infectada. 
Um ​provírus ​é um Vírus que está com o material genético acoplado ao                         
DNA da célula hospedeira - molécula de ADN viral quando incorporada ao                       
cromossomo da célula hospedeira. 
 
1. Ponto de ​inoculação viral - ​seja essa inoculação direta por algum fômite ou                             
por contato com alguma secreção contaminada contendo as partículas virais  
2​. ​O vírus vai ser ​drenado pela via linfática -> até as células-alvo onde vai ser                               
incorporado a elas, ​ o DNA vai ser integrado nessas células alvo  
3​. ​Isso conforme um ​PI prolongado até que iniciem SC  
- Todo esse mecanismo gera um PI prolongado, até que corre essa                     
drenagem e integração do vírus na células-alvo 
- Os sinais clínicos são de certa forma raros ​(até 5% dos animais positivos                         
vão desenvolver a ​sintomatologia clássica da leucose​, os ​linfossarcomas​)​,                 
não são tão comuns, porque a ​maior parte dos bovinos apresentam a                       
enfermidade de forma assintomática​, vão se apresentar como ​portadores                 
do vírus  
 
 
● Grande maioria dos bovinos apenas “​soroconverte​” - ou seja, apenas vão                     
produzir Ac contra os antígenos virais  
● 30% desenvolvem o quadro de ​linfocitose persistente - e esses animais                      
se tornar importantes fontes de transmissão nos rebanhos 
● ​Linfossarcoma ​em 0,1 a 5% dos infectados - nada mais nada menos será                            
uma linfoadenopatia (linfonodos aumentados) que vai acometer os               
linfonodos distribuídos por todo corpo do animal - pode ser linfonodos                     
superficiais, associados a diversos tipos de órgãos, como por exemplo,                   
tecido respiratório, sistema cardiovascular, tecido uterino - esse               
linfossarcoma pode afetar diferentes regiões do corpo do animal  
 
Aqui é um exemplo de         
mostrando a ​patogenia     
- ocorre a inoculação       
viral, pode permanecer     
por meses ou anos esse         
vírus na forma de       
provírus dentro do SI       
que gera uma infecção       
persistente. Cerca de     
30%-70 dos animais     
desenvolve a linfocitose persistente (sendo esses importantes fontes de                 
infecção) no entanto é preciso de uma célula infectada ou de alguma                       
célula que contenha partícula viral livre, então se a gente pensar que um                         
animal com linfocitose persistente vai ter um grande aumento no número                     
de linfócitos esses animais são mais importantes ai pensando em fontes                     
de infecção para animais suscetíveis. Esses persistentemente infectados               
com linfocitose persistente podem transmitir a infecção e geralmente                 
esses animais com linfocitose persistente tem uma imunidade prejudicada                 
estando suscetíveis a outras enfermidades  
E por fim, cerca de 5-10% vão desenvolver o quadro clássico de                       
linfossarcoma associado a LEB 
Os animais assintomáticos geralmente vão estar apresentando             
algum quadro de comprometimento do sistema imunológico, o SI vai estar                     
desregulado, então é comum que esses animais apresentem doenças                 
concomitantes e não a LEB em sí, justamente pois os sinais clínicos dessa                         
doença ocorrem de uma forma reduzida  
 
● ↑ prevalência no rebanho + e pode ta associada a predisposição                         
genética, então em rebanhos em que ela é prevalente e que os animais                           
apresentem predisposição genética, ocorrem o maior número de               
neoplasias. Esses 5% que estávamos considerando, nesse caso pela                 
prevalência e predisposição genética pode fugir da regra e pela condição                     
exposta pode ser maior  
- Maior ocorrência de neoplasias  
● Bovinos com linfossarcomas 
- ≠ sistemas acometidos - ​Vão apresentar uma clínica diferente e vai                     
depender muito do tipo de sistema que foi acometido, sendo que a                       
LEB pode afetar sistema digestório, respiratório, cardiovascular,             
reprodutivo e por isso, dependendo do sistema acometido               
poderemos imaginar os sinais clínicos recorrentes dessa doença   
- Compressão pelas massas tumorais - ​pensando por exemplo no                 
sistema nervoso, em que o linfossarcoma ta comprimindo a medula                   
ou até mesmo o encéfalo imaginem os problemas que pode                   
acontecer com esse animal, então dependendo do sistema               
acometido, a sintomatologia clínica pode variar  
● Irreversível: morte após semanas ou meses - uma vez que os animais                       
desenvolvem neoplasias, isso se torna irreversível, e é um processo                   
gradual que evolui a morte após algumas semanas ou após meses  
 
 
SINAIS CLÍNICOS 
● Apenas em animais com forma neoplásica (5%) - forma neoplásica afeta                      
um número reduzido de animais  
● Alterações subclínicas - essas são mais comuns, a doença tende a se                         
manifestar de forma subclínica e geralmente esses animais têm sistema                   
imunológico comprometido e vão ​estar suscetível a outras enfermidades  
- Queda produção leiteira 
- Disfunções imunológicas 
- Predisposição a doenças 
- Descarte precoce 
 
DÚVIDA​:Lembrando que, ​o vírus induz a formaçãoda neoplasia​, ele acomete os                       
linfócitos e a forma mais comum é de se manterem como assintomáticos, no                         
entanto ele apresenta ​capacidade de induzir esse processo neoplásico nos                   
animais, ele causa uma ​disfunção imunológica e induz neoplasias no sistema                     
linfático do tipo ​linfossarcoma  
 
● Sistema linfático ​- quando há o acometimento do sistema linfático 
- Linfadenopatias externas (58% dos casos) - você^olha pro animal e                   
consegue observar os linfonodos dos animais gigantescos, vê de                 
longe um aumento do volume dos linfonodos externos  
- Linfadenopatias internas (43%) - internos em qualquer um dos                 
sistemas, as massas tumorais associadas aos linfonodos do sistema                 
respiratório, reprodutivo… vão estar associados aos diferentes             
quadros clínicos dos animais acometidos  
- Linfonodos superficiais => facilmente visíveis  
- Linfonodos intestinais: dificuldade de eructação, pode ocorrer             
timpanismo 
- Linfonodos mediastínicos: ​dificuldade de respiração  
 
 
 
 
● Sistema digestório:  
- Diarreia 
- Constipação intestinal  
- Timpanismo - massas tumorais podem comprometer o esôfago,               
não conseguindo mais erruptar, às vezes pode vir a óbito por                     
dificuldade respiratória 
- Melena (sangue digerido nas fezes) 
 
● Sistema reprodutivo: 
- Mais comum nas vacas 
- Vai ocasionar casos de ​ Infertilidade crônica 
- Nódulos perceptíveis à palpação retal - essas massas tumorais são                   
grandes 
 
● Sistema neurológico:  
- Alterações locomotoras​ ou ​neurológicas  
- Paralisias / paraplegias – ​Compressão medula espinhal ​pelas               
massas tumorais 
- Cegueiras (compressão do nervo óptico), alterações pupilares 
- Alterações comportamentais  
- Tremores, movimentos de pedalagem 
 
● Sistema ocular:  
- Exoftalmia uni ou bilateral 
- Ferimentos oculares e esses ferimentos muitas vezes vão estar                 
associados a miíase 
 
 
 
 
 
● Sistema mieloide e reticular: 
- Linfocitose ​(há um aumento do número de linfócitos imaturos ou                   
reativos) 
- Anemia por invasão progressiva da medula óssea - medula fica                   
irresponsiva 
- Perda de peso e queda produção leite – 80% dos animais - um caso                           
curiosos é que eles continuam comendo, se alimentam bem 
- Perda de apetite: 50% dos casos - mas é comum que esses animais                         
se alimentam normalmente no entanto continuam perdendo peso  
- Normorexia com perda de peso 
 
● Óbito​:  
- Casos súbitos ​=> compressão de órgãos vitais 
- Evolução subaguda a crônica: mais comum – 1 semana a vários                     
meses  
- Prognóstico sempre desfavorável (pois é irreversível, uma vez que o                   
animal desenvolve as massas tumorais progride para o óbito –                   
Óbito 100% dos casos 
 
DÚVIDA: A doença ta associada ao tecido linfático. O vírus acomete os linfócitos B                           
e essas neoplasia vão estar associadas aos tecidos linfáticos de qualquer uma                       
das regiões do corpo, mas uma vez que essa neoplasia ocorre, ela vai ocorrer em                             
várias regiões do corpo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
● Clínico - o primeiro diagnóstico diferencial que vem na nossa cabeça deve                       
ser de tuberculose, se a gente observar um animal com quadro                     
respiratório tem que lembrar que a tuberculose também e é uma doença                       
de notificação obrigatória ​(diferencial com tuberculose) 
● Suspeita de LEB, ​ vai estar associado a:​: 
- Linfadenopatia generalizada + emagrecimento + produção reduzida 
● Dificuldades:  
- Sinais inespecíficos, linfossarcoma sem etiologia viral 
- Maioria assintomáticos - também é uma dificuldade 
- Casos clínicos: um caso já nos deixa em alerta / animais com                       
genética predisponente 
DÚVIDA​: se algo que estresse esse animal pode tornar ele a replicar e causar o                             
quadro cl´nico de linfossarcoma? Sim, qualquer fator estressante. Lembrar que o                     
vírus está em latência nas células alvo dele (linfócitos B), então esses fatores                         
estressantes podem tornar ele replicar no organismo, podendo ocorrer uma                   
infecção persistente, assim como o desenvolvimento da neoplasia   
 
● Hematológico 
- Isoladamente, por si só – pouco valor diagnóstico 
- Se a gente observar Linfocitose relativa e absoluta  
– Com linfócitos imaturos e reativos 
» 3 exames, 1/semana  
» Linfocitose persistente 
- É preciso Confirmação por sorologia 
 
 
 
 
 
 
● Sorologia  
● Método padrão para diagnóstico da LEB, vai buscar ac no organismo do                       
animal 
● Presença de anticorpos é um dado seguro da existência de infecção  
 
IDGA e ELISA 
● IDGA​: prova oficial (boa especificidade, mas mediana sensibilidade) 
● Simples e baixo custo 
Você coloca o antígeno no ponto central, os ac ou os                     
soros positivos nas laterais e a migração             
antígeno-anticorpo forma essas linhas de precipitação           
visível, as precipitações indicam uma amostra positiva,             
caso contrário a amostra é negativa 
 
 
 
● ELISA​: kits importados, necessita de equipamento para leitura 
● Boa especificidade, ​melhor sensibilidade que IDGA  
● Amostras além do soro podem ser testadas​ (ex: leite, secreções) 
● Indicado para vigilância e programas de controle e erradicação em grandes                     
rebanhos  
 
● Isolamento viral - ​Cultivo celular 
● PCR / nested-PCR 
● Lesões anatomopatológicas​: massas tumorais em diferentes tecidos             
linfoides e que podem estar associadas a compressão de vísceras e                     
tecidos 
● Histopatológico​: lesões microscópicas compatíveis com linfossarcoma -             
uma intensa migração de linfócitos nesta região 
Vejam o grande número de linfócitos nessa             
imagem  
 
 
TRATAMENTO 
● Não há tratamento - doenças irreversível 
● Não há vacinas 
 
PROFILAXIA E CONTROLE 
● Infecção ​vitalícia ​– sem cura, o vírus permanece lá integrado ao genoma da                         
célula  
● Evitar o contato entre bovinos saudáveis e infectados (separação por                   
lotes?) 
● Teste sorológico periódico do rebanho e isolamento de soro-reagentes 
● Aquisição de novos animais com sorologia negativa 
 
● Quarentena ​– animais recém adquiridos 
- 45 dias e realizar novo teste sorológico ao final do período 
● Desinfecção de fômites 
● Luvas de palpação - mas e aí, utilizar uma luva por vaca vai ser viável? 
● Agulhas descartáveis 
 
● Ideal – Descarte dos animais positivos 
● Rebanhos com elevada prevalência?? 
- Descarte ​paulatino  
 » Priorizar animais de menor produção  
 » Animais com linfocitose persistente 
- Segregação dos animais (se possível) 
- Processo oneroso, trabalhoso e prolongado 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO EXTRA 
 
DEFINIÇÃO 
A Leucose Enzoótica Bovina* (LEB) é uma doença infecciosa causada por                     
vírus da família Retroviridae, que s​e caracteriza pelo desenvolvimento de duas                     
formas clínicas : A forma ​maligna tumoral ​e ​fatal ​com ​formação de                       
linfossarcomas em quase todos os linfonodos e órgãos, a qual ​ocorre em 5 a                           
10% dos animais infectados e a ​forma benigna​, caracterizada ​apenas pelo                     
aumento geral do número de linfócitos sangüíneos, denominada de linfocitose                   
persistente (LP),​ de ocorrência em 30% dos animais infectados 
. Observações : *Consideram-sequadros hematológicos de linfocitose               
persistente quando ocorrer um aumento nas contagens absolutas de linfócitos                   
observadas durante três meses consecutivos em animais sem manifestações                 
clínicas de neoplasias linfoproliferativas.   
 
ETIOLOGIA 
O agente etiológico da LEB é denominado ​Vírus da Leucose Bovina (VLB​).                       
Pertence à família Retroviridae, à sub-família Oncovirinae, e ao gênero                   
Deltaretrovirus.  
Possuem uma única fita de Ácido Ribonucléico (RNA). Apresentam a                   
capacidade de ​transformar seu material genético em DNA, através da enzima                     
Transcriptase Reversa​, ​inserindo-se no genoma celular como provírus,               
mantendo-se nesta forma por longo período de incubação​.  
São vírus ​envelopados ​sendo por isso facilmente inativados por solventes                   
(éter, álcool e clorofórmio), detergentes lipídicos e aquecimento a 56 º C.  
 
 
 
 
 
 
 
TRANSMISSÃO 
O vírus geralmente é transmitido ​através do sangue de um animal                     
infectado.  
Transmissão horizontal: ​comumente ocorre através de ​agulha ou seringa                 
reutilizada, ​descornador, tatuagem, ​equipamento de castração​, ​transfusão de               
sangue, utilização da mesma luva de toque retal para diversos animais​, mesma                       
argola (em touros) e monta natural. Animais confinados estão mais suscetíveis a                       
se infectarem através de ​secreções nasais, saliva, urina, fezes, descargas                   
uterinas​.  
Transmissão vertical: A transmissão para os fetos pela placenta é                   
possível, ​mas ocorre não mais do que 4 a 8% dos casos​. Quando bezerras são                             
alimentadas com leite ou colostro de mães infectadas, a transmissão horizontal                     
pode ser menor, pela presença de anticorpos anti-VLB na secreção. Para evitar a                         
possibilidade de transmissão para o neonato através do colostro ou leite de                       
vacas infectadas preconiza-se o aquecimento desta secreção láctea a 56 ºC por                       
30 minutos, ou a utilização de um banco de colostro proveniente de vacas                         
negativas, conservado a –20ºC em freezer. A ​pasteurização destrói facilmente o                     
vírus​.  
Não é considerada uma Zoonose​. Podendo, ​o leite e a carne bem como                         
seus derivados, serem consumidos sem preocupação​. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUADRO CLÍNICO 
 
 
 
 
Formas: 
● Maligna​ : Linfossarcomas (multicêntrica dos adultos),;  
● Benigna​: Linfocitose persistente (processo linfoproliferativo benigno). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Patogenia: 
Consequências possíveis após a exposição de bovinos ao vírus da LEB: 
● Animal não se torna infectado: provavelmente devido à resistência                 
genética; 
● Portadores latentes: infecção permanente e níveis detectáveis de               
anticorpos; 
● Infecção permanente e animais soropositivos: desenvolvem linfocitose             
persistente e processo linfoproliferativo benigno (30% – 70%); 
● Linfossarcoma​: animais soropositivos que desenvolvem tumores           
neoplásicos malignos (5% – 10%). O l​infossarcoma é mais comum entre 3                       
e 6 anos de idade​. Pode ocorrer em ​linfonodos periféricos, linfonodos                     
internos, abomaso, coração, útero, espaço retrobulbar e região epidural do                   
sistema nervoso central​. 
  
Pode ocorrer:   
● Perda de peso em 80% dos casos;   
● Queda produção leiteira em 77% dos casos;  
● Linfadenopatia externa em 58% dos casos;  
● Redução no apetite em 57% dos casos;  
● Linfadenopatia interna em 43% dos casos;  
● Paresia posterior em 29% dos casos; 
● Febre em 23% dos casos;   
● Comprometimento respiratório em 14% dos casos;  
● Exoftalmia bilateral em 15% dos casos; 
● Diarréia em 13% dos casos;  
● Constipação em 14% dos casos;  
● Exoftalmia unilateral em 7% dos casos;  
● Alterações cardiovasculares em 36% dos casos 
● Respiração dificultada 14% 
 
 
 
Linfocitose Persistente: Tem sido admitido que rebanhos com um alto índice da                       
forma adulta, com a presença de linfossarcoma, muitas vezes, contêm alguns                     
animais com linfocitose persistente (LP). Em aproximadamente dois terços dos                   
casos, ​o desenvolvimento do linfossarcoma é precedido vários anos por LP​, sem                       
qualquer sinal de doença clínica. ​Por causa desta associação, tem sido                     
comumente assumido que a LP é a forma subclínica do linfossarcoma​. Desta                       
forma, a ​leucose enzoótica bovina tem sido descrita como tendo uma fase                       
pré-tumoral, caracterizada pela LP​, seguida por uma segunda fase, na qual                     
aparecem tumores leucóticos.

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