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APG 3 V PERIODO

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APG 3 V PERÍODO
Tipos e manifestações da ansiedade
Diferenciar ansiedade patológica da não patológica 
Condutas farmacológicas e não farmacológicas
Transtornos de ansiedade
· São caracterizados por um temor intenso, que ocorre sem nenhum evento potencialmente perigoso precipitador, e são acompanhados por manifestações subjetivas e objetivas. 
· Os transtornos de ansiedade são os mais prevalentes entre os transtornos psiquiátricos, afetando aproximadamente 18,1% de todas as pessoas. 
· Em comparação aos homens, as mulheres apresentam uma propensão 60% maior de sofrer de um transtorno de ansiedade ao longo de suas vidas.
· O DSM-5 classifica transtorno de pânico, agorofobia, transtorno de ansiedade generalizada, fobia social, fobias específicas, transtorno de estresse pós-traumático (não é mais) e transtorno obsessivo-compulsivo (não é mais) 
Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)
· Caracterizado por ansiedade e preocupação excessivas a respeito de diversos eventos ou atividades. 
· Uma pessoa com TAG acha difícil controlar a preocupação. 
· Frequência dos 45 aos 59 anos de idade.
· As pessoas afetadas exibem preocupação, ansiedade, tensão e hiperatividade autônoma, podendo resultar em fadiga, incapacidade de concentração e perturbações do sono. 
· SIMTOMAS: 
1. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva)
2. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação. 
3. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele. 
4. Fatigabilidade. 
5. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente. 
6. Irritabilidade.
7. Tensão muscular e perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto).
8. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
Transtorno de ansiedade da separação
· Na ansiedade da separação, adultos e crianças ficam angustiados quando se separam de casa ou de uma figura à qual estão apegados. 
· Normal em crianças de até 2 anos de idade, a persistência da angústia além do nível do desenvolvimento determina a presença de um transtorno de ansiedade da separação (TAS). 
1. Tristeza, falta de concentração, medo de monstros ou situações perigosas, e distanciamento de outras pessoas são características comuns do TAS. 
2. Cefaleias e náuseas, perturbação do sono, pesadelos, medo de ficar sozinho e até mesmo raiva podem ocorrer com a separação. 
3. Sofrimento excessivo e recorrente ante a ocorrência ou previsão de afastamento de casa ou de figuras importantes de apego. 
4. Preocupação persistente e excessiva acerca da possível perda ou de perigos envolvendo figuras importantes de apego, tais como doença, ferimentos, desastres ou morte. 
5. Relutância persistente ou recusa a sair, afastar-se de casa, ir para a escola, o trabalho ou a qualquer outro lugar, em virtude do medo da separação. 
6. Medo de ficar sozinho ou dormir longe de casa; pesadelos
Mutismo seletivo
· Transtorno de ansiedade no qual uma pessoa tem muito medo de falar em público ou em situações selecionadas.
· Comum em crianças que têm fobia de falar ou medo de pessoas. 
· Embora a causa seja desconhecida, acredita-se que fatores genéticos tenham alguma influência. 
· Diagnostico: mais de 1 mês de sintomas 
1. Fracasso persistente para falar em situações sociais específicas nas quais existe a expectativa para tal (p. ex., na escola), apesar de falar em outras situações. 
2. A perturbação interfere na realização educacional ou profissional ou na comunicação social.
3. O fracasso para falar não se deve a um desconhecimento ou desconforto com o idioma exigido pela situação social. 
Fobias
· Medo irracional forte de algo que impõe pouca ou nenhuma ameaça real. 
· Existem diversos tipos de fobias, incluindo de animais, situações (viagens) e corporais.
TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL
· Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações sociais em que o indivíduo é exposto a possível avaliação por outras pessoas. 
· Exemplos incluem interações sociais (p. ex., manter uma conversa, encontrar pessoas que não são familiares), ser observado (p. ex., comendo ou bebendo) e situações de desempenho diante de outros (p. ex., proferir palestras). 
· Medo de ser humilhado ou constrangido
· As situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade. 
· As situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso medo ou ansiedade. 
· O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real apresentada pela situação social e o contexto sociocultural. 
· O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
FOBIA ESPECIFICA 
· Medo ou ansiedade acentuados acerca de um objeto ou situação (p. ex., voar, alturas, animais, tomar uma injeção, ver sangue). 
· O objeto ou situação fóbica quase invariavelmente provoca uma resposta imediata de medo ou ansiedade, sendo evitado ou suportado com intensa ansiedade ou sofrimento. 
· É desproporcional em relação ao perigo real imposto pelo objeto ou situação específica e ao contexto sociocultural. 
· O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
· Animal (p. ex., aranhas, insetos, cães); Ambiente natural (p. ex., alturas, tempestades, água; Sangue-injeção-ferimentos (p. ex., agulhas, procedimentos médicos invasivos) ...
AGORAFOBIA
· Medo ou ansiedade marcantes acerca de duas (ou mais) das cinco situações seguintes: 
1. Uso de transporte público (p. ex., automóveis, ônibus, trens, navios, aviões). 
2. Permanecer em espaços abertos (p. ex., áreas de estacionamentos, mercados, pontes). 
3. Permanecer em locais fechados (p. ex., lojas, teatros, cinemas). 
4. Permanecer em uma fila ou ficar em meio a uma multidão. 
5. Sair de casa sozinho. 
· O indivíduo tem medo ou evita essas situações devido a pensamentos de que pode ser difícil escapar ou de que o auxílio pode não estar disponível no caso de desenvolver sintomas do tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes ou constrangedores (p. ex., medo de cair nos idosos; medo de incontinência). 
· As situações agorafóbicas são ativamente evitadas, requerem a presença de uma companhia ou são suportadas com intenso medo ou ansiedade.
· Se outra condição médica (p. ex. doença inflamatória intestinal, doença de Parkinson) está presente, o medo, ansiedade ou esquiva é claramente excessivo. 
Transtorno do pânico
· Apresentam exacerbações reincidentes e inesperadas de temor ou desconforto intenso, acompanhadas por sintomas físicos ou comportamentais. 
· A prevalência do transtorno do pânico é de 2 a 3% para adolescentes e adultos. 
· Sensação de estar fora de controle; medo da morte; manifestações físicas como palpitações, sudorese, calafrios, formigamento ou dormência; dor torácica ou estomacal; dispneia; e náuseas. 
· O diagnóstico do transtorno do pânico pode ser dificultado pela presença de sintomas como dor torácica e falta de ar, que também estão associados a condições clínicas potencialmente graves. Com frequência, indivíduos que sofrem ataques de pânico inicialmente são atendidos em pronto-socorro, acompanhados por uma pessoa convencida de que se trata de um ataque cardíaco.
· Os ataques de pânico normalmente duram de 15 a 30 min, mas alguns casos chegam a durar 1 h.
· Aparentemente, eventos ambientais e estressantes da vida estão envolvidos na causa dos ataques de pânico.
· Crianças com ansiedade da separação frequentemente desenvolvem transtornos do pânico quando adultas. Além disso, traumas precoces, incluindo desvantagens socioeconômicas e histórico de abuso físico ou sexual, estão associados ao desenvolvimento do transtorno do pânico. 
· Os ataques de pânico podem ocorrer no contexto de um transtorno de ansiedade, além de outros transtornos mentais (p. ex., transtornos depressivos,transtorno de estresse pós-traumático, transtornos por uso de substâncias) e algumas condições médicas (p. ex., cardíaca, respiratória, vestibular, gastrintestinal). 
ATAQUE DE PANICO 
· É um surto abrupto de medo intenso ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro (ou mais) dos seguintes sintomas
· 1. Palpitações, coração acelerado, taquicardia. 2. Sudorese. 3. Tremores ou abalos. 4. Sensações de falta de ar ou sufocamento. 5. Sensações de asfixia. 6. Dor ou desconforto torácico. 7. Náusea ou desconforto abdominal. 8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio. 9. Calafrios ou ondas de calor. 10. Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento). 11. Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar distanciado de si mesmo). 12. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”. 13. Medo de morrer. 
ANSIEDADE GENERALIZADA 
· Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis meses, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional).
· O indivíduo considera difícil controlar a preocupação. 
· 1. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele. 2. Fatigabilidade. 3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente. 4. Irritabilidade. 5. Tensão muscular. 6. Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto). 
· A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
Transtorno de ansiedade decorrente de substância/medicamento ou condições clínicas
· A ansiedade pode ocorrer em consequência de intoxicação ou abstinência de substâncias e/ou tratamento medicamentoso. Além disso, os sintomas da ansiedade podem ser o mecanismo fisiológico de outra condição clínica. Condições comuns incluem distúrbios endócrinos, cardiovasculares, respiratórios, metabólicos e neurológicos. 
· Os sintomas desenvolveram-se durante ou logo após a intoxicação ou abstinência de substância ou após exposição a um medicamento. 
· A substância/medicamento envolvida é capaz de produzir os sintomas 
· Os sintomas precedem o início do uso da substância/medicamento; os sintomas persistem por um período substancial de tempo (p. ex., cerca de um mês) após a cessação da abstinência aguda ou intoxicação grave; ou existem evidências sugerindo a existência de um transtorno de ansiedade independente, não induzido por substância/medicamento (p. ex., história de episódios recorrentes não relacionados a substância/medicamento). 
· Principais subs: álcool, maconha, drogas no geral, medicamentos, opioides, alucinógenos...
Transtorno de Ansiedade Não Especificado
· Esta categoria aplica-se a apresentações em que sintomas característicos de um transtorno de ansiedade que causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo predominam, mas não satisfazem os critérios para qualquer transtorno na classe diagnóstica dos transtornos de ansiedade. 
· A categoria transtorno de ansiedade não especificado é usada nas situações em que o clínico opta por não especificar a razão pela qual os critérios para um transtorno de ansiedade específico não são satisfeitos e inclui apresentações para as quais não há informações suficientes para que seja feito um diagnóstico mais específico (p. ex., em salas de emergência).
Neurofisiologia dos sintomas
· Interação de diversos fatores biológicos e psicossociais
· Os principais mediadores da ansiedade aparentemente são o GABA, a NA, a serotonina e a dopamina.
· Observa-se atividade diminuída do sistema serotoninérgico e ativação excessiva do sistema adrenérgico. 
· O sistema autônomo – especificamente o sistema nervoso simpático – está envolvido na resposta ao estresse.
· A ativação corticosteroide pode aumentar ou diminuir a atividade das vias neurais, induzindo ansiedade.
· Especificamente, acredita-se que o transtorno de ansiedade do pânico esteja relacionado à amígdala hiperativa e ao envolvimento límbico e do córtex pré-frontal cortical. 
· Foi proposto que variantes do risco genético, como uma neuroplasticidade alterada, estimulam a rede do medo.
· O glutamato é o neurotransmissor excitatório primário no sistema nervoso central e está envolvido em quase todas as vias neuronais, incluindo as vias basais de estados de ansiedade normais e patológicos.
Tratamento e fisiopatologia 
· Inclui o uso de terapias comportamentais, psicológicas e medicamentosas. 
· A terapia cognitivo-comportamental é um componente importante no tratamento dos transtornos de ansiedade.
· O tratamento farmacológico de primeira linha baseado em evidências inclui ISRS específicos, IRSN e agonistas de 5-HT
· Crescem as evidências da maior eficácia dos ISRS no tratamento do pânico, mas a resposta total aos medicamentos pode demorar 12 semanas ou mais.
· Esses agentes resultam na normalização da hiperatividade límbica, paralímbica e frontal, bem como em supressão serotoninérgica. 
· Os tratamentos de segunda linha incluem os benzodiazepínicos. Esses medicamentos aumentam a atividade do receptor de GABAA, que eleva o fluxo de íons cloreto pela membrana celular, hiperpolarizando a membrana e, portanto, inibindo o disparo das células-alvo. 
· Em decorrência do alto nível de dependência fisiológica e psicológica, os benzodiazepínicos deixaram de ser considerados os agentes de primeira linha no tratamento dos transtornos de ansiedade, e passaram a ser indicados somente para uso a curto prazo.
· Diversos medicamentos apresentam eficácia comprovada no tratamento da fobia social, incluindo os ISRS, benzodiazepínicos e inibidores da MAO. A fobia social também é particularmente responsiva às terapias comportamentais e cognitivas. 
 
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