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AULA 1: RADIOGRAFIA PANORÂMICA Prof. Augusto César Leal HISTÓRICO: ➔ desenvolvida em 1934, pelo Dr. Numata (na mandíbula) se posicionava o filme radiográfico dentro no arco dentário e a fonte de raio x circundava ➔ em 1946, Dr. Paatero fez a mesma técnica do Dr. Numata ➔ em 1948, Dr. Walter Otto - utilizou Procedimentos Estáticos (intrabucal) onde o filme radiográfico extrabucal + fonte de raio x dentro da boca do paciente ➔ em 1950, Dr. Paatero - criou o Princípio Pantomográfico fontes de raio x e receptor extraorais movimentos recíprocos da fonte e do receptor captura das estruturas localizadas dentro de um plano de corte Aparelhos radiográficos: ➔ 1951: pantomography ➔ 1961 - 1964: Orthopantomograph OP 1 (1º aparelho de RX panorâmico comercializado) ➔ 1971 - 1978: Orthopantomograph OP 3 (1º aparelho de RX combinando panorâmica e cefalométrica) ➔ 1992 - 2006: Orthopantomograph OP 100 (1º aparelho de RX panorâmico com controle automático de exposição) Radiografias panorâmicas são feitas por técnica extrabucal que produz em uma única imagem bidimensional (só se observa largura e altura, falta profundidade) ambos os arcos dentários e suas estruturas de suporte. Exames radiográficos extrabucais são técnicas radiográficas nas quais o filme radiográfico/receptor digital e a fonte de raios x encontram-se fora da cavidade bucal. PROJEÇÕES RADIOGRÁFICAS EXTRABUCAIS: ● panorâmica ● telerradiografia em norma lateral ● telerradiografia em norma frontal ● póstero anterior apoio fronto-nasal ● póstero anterior de mandíbula ● póstero anterior de waters ● póstero posterior de waters ● ântero posterior de towne ● ínfero superior de hirtz ● transcraniana ● carpal INDICAÇÕES PARA RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS: ● trauma dentomaxilofacial ● acompanhamento pós-cirúrgico ● desenvolvimento dentário ● avaliação de alterações ósseas na ATM ● lesões patológicas ● dentes inclusos/terceiros molares ● anomalias ou síndromes ● avaliação de pacientes edêntulos VANTAGENS - ampla cobertura dos ossos da face e dentes - menor dose de radiação (⅓ da dose de uma periapical completa) - desconforto mínimo para o paciente - facilidade da técnica, com operação e manuseio simples - curto tempo de trabalho necessário para aquisição - melhor controle de infecção - facilidade na interpretação - pode ser utilizada em pacientes com limitação de abertura bucal ou que não toleram técnicas intrabucais DESVANTAGENS - imagem com menor definição e nitidez (não substitui as radiografias intrabucais) - dificuldade de detectar cáries, doenças periodontais e lesões periapicais iniciais - presença de sobreposições e imagens fantasmas - objetos situados fora da camada de imagem podem aparecer distorcidos ou não aparecer - distorção e ampliação em torno de 20 a 30% PRINCÍPIOS DE FORMAÇÃO DA IMAGEM CAMADA DE IMAGEM ● zona de curva tridimensional ● forma de ferradura ● região posterior com espessura de = 25mm ● região anterior com espessura de = 10mm ● estruturas nela posicionadas: razoavelmente bem definidas ● Paciente vai ‘morder” o bloco de mordida, estabilizando a max e mand PRINCÍPIO PANTOMOGRÁFICO ● movimentos sincronizados da fonte de raios x e do receptor de imagem ● sentidos e velocidades iguais e lados opostos ● ao girar ocorrer a detecção de estruturas dentro da camada de imagem ● radiografia panorâmica = pantomografia ANGULAÇÃO DO FEIXE DE RAIO X ● ínfero-superior ● em torno de -8º CENTRO DE ROTAÇÃO ● forma de V ● dinâmico ● passa por três regiões chaves ● relacionado com a movimentação da fonte e do filme/receptor de imagem ● centro de rotação efetua mudanças na sua posição a cada momento da FONTE e FILME POSTERIOR CENTRAL ANTERIOR CONCEITOS DE ANATOMIA EM RADIOGRAFIA PANORÂMICA 1. As estruturas são aplainadas e espalhadas - ao observarmos a radiografia nota-se que a maxila e mandíbula ficam assim 2. As estruturas medianas podem projetar-se como imagens únicas ou duplas - existe: imagem real, imagem real dupla e imagem fantasma - imagem real: são estruturas anatômicas que ficam localizadas entre o centro de rotação e o receptor, formando imagens reais - imagem real dupla: só se formam quando o objeto encontra-se na linha média, dentro da zona em forma de diamante. Estrutura que são atravessadas 2 vezes durante a exposição (coluna cervical, torus, epiglote e osso hióide). CARACTERÌSTICAS: - uma imagem é o espelho da outra; - ambas são reais; - as imagens têm as mesmas proporções; - as imagens têm a mesma localização em lados opostos. 3. Imagens fantasmas são formadas - estruturas localizadas entre o feixe de raios x e o centro de rotação. Aparecem nas radiografias, porém não existem. - CARACTERÍSTICAS: - apresenta formato semelhante ao de sua homóloga; - aparece no lado oposto da radiografia a partir de sua homóloga real; - aparece mais pra cima na radiografia do que sua homóloga real; - o componente vertical se apresenta mais borrado que o horizontal; - o componente vertical é sempre maior, enquanto que o horizontal pode estar, ou não, acentuadamente ampliado. - Pode se apresentar como imagem fantasma: colares e adornos de pescoço; acessórios de metal; aparelhos auditivos; artefatos metálicos; próteses metálicas na região posterior da mandíbula; cornos do osso hióide; região de ramo; ângulo e côndilo da mandíbula; coluna vertebral; dentes retidos; palato duro/assoalho da fossa nasal. 4. Sombras de tecidos moles são visualizados - lóbulo da orelha, nariz, cornetos nasais, epiglote, palato mole, dorso da língua, parede posterior da faringe, lábios, prega nasolabial, gengiva. 5. Espaços aéreos são visualizados - laringo-faringe, orofaringe, nasofaringe, seio maxilar, fossa nasal (meato) 6. Radioluscências e radiopacidades relativas são visualizadas - a densidade da estrutura ela pode se apresentar mais ou menos radiopaca/lúcida - o ar encobre os tecidos duros; - os tecidos moles encobrem o ar; - os tecidos duros encobrem os tecidos moles; - as imagens fantasmas encobrem tudo. 7. Radiográficas panorâmicas são únicas - posição vertical e paralelismo podem interferir na formação da imagem COMPONENTES DO APARELHO DE RAIO X PANORÂMICO Apresentação comercial: ● OP100 Instrumentarium ● OP30 Instrumentarium ● PROMAX 3D Classic - Planmeca ● CRANEX D - Soredex Componente dos aparelhos: ● cabeçote/fonte de raio x ● receptor de imagem ● dispositivos para posicionar o paciente - posicionador para cabeça - bloco de mordida - posicionadores para as mãos ● painéis de controle Sobre o bloco de mordida: as canaletas dele posicionam os dentes topo a topo e na região central da camada de imagem, isto favorece uma menor distorção desta região de interesse. SEMPRE POSICIONAR NA CAMADA CENTRAL. Caso o paciente seja edêntulo existe um bloco específico. FILMES RADIOGRÁFICOS: ● filme radiográfico de ação direta (15cm x 30 cm) ● chassi porta-filme e ecrans Ecrans/Placas intensificadoras: são constituídos de uma camada de cristais de fósforo que em contato com raios x fluorescem emitindo luz visível, assim eles têm a função de deixar o filme de 10 a 60 vezes mais sensível. NO ATENDIMENTO DOS PACIENTES: ● remover objetos metálicos na região de cabeça e pescoço ● demonstrar o movimento do aparelho ● solicitar ao paciente para não acompanhar o movimento do aparelho com os olhos ● radioproteção ● não colocar o protetor de tireóide POSICIONAMENTO DOS PACIENTES: 1. plano sagital mediano (PSM) ao plano horizontal 2. plano horizontal frontal (PHF) paralelo ao solo 3. arco dentário posicionado no corte tomográfico 4. coluna vertebral reta 5. língua pressionada contra o palato 6. lábios fechados ERROS COMUNS: ● paciente anteriorizado (mordida mais a frente do bloco de mordida): aumento vertical das estruturas medianas (estreitas). Paciente mais próximo do filme radiográfico: região anterior mais alongada e estreita , ● paciente posteriorizado: aumento horizontal das estruturas medianas (largas). Paciente mais distante do filme ● plano oclusal inclinado demasiadamente para cima (radiografiacom aspecto de tristeza): linha de sorriso, acentuadamente côncava para baixo. Gera: alargamento dos dentes anteriores superiores e encurtamento dos dentes inferiores. SOLUÇÃO: o paciente deve encostar sua testa no dispositivo a sua frente para que a cabeça fique na posição correta para o exame. ● plano oclusal inclinado demasiadamente para baixo: linha de sorriso acentuada côncava para cima, gerando um encurtamento dos dentes anteriores superiores e alargamento dos dentes inferiores. ● plano sagital mediano inclinado para algum dos lados: o lado da inclinação será mostrado na radiografia sendo maior ● plano sagital mediano rotacionado: gera um aumento horizontal das estruturas para o lado que rotacionou ● mau posicionamento da coluna: gera um sobre posicionamento na imagem ● movimentação do paciente durante a radiografia: ● chassi invertido ● velamento parcial do filme ● Marca de unha ● Cabelo dentro do chassi ● seleção inadequada dos fatores de exposição SUPEREXPOSIÇÃO SUBEXPOSIÇÃO ● brincos ● prótese removível ● avental de chumbo CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE A RADIOGRAFIA PANORÂMICA ● identificar as vantagens e desvantagens dessas radiografias ● compreender como e quais princípios estão envolvidos na formação dela ● empregar as indicações da radiografia ● reconhecer os constituintes do aparelho de raio x panorâmico
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