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INSPEÇÃO o Remover o vestuário – fazer sempre comparação entre os dois lados; o Observar o padrão respiratório – sinais de esforço, sons etc.; o Forma e configuração do tórax – depende da estrutura musculoesquelética e reflete o estado de aeração pulmonar. PECTUS EXCAVATUM – em funil Depressão do esterno, acompanhada da protrusão anterior das costelas – tração pelas fibras anteriores do diafragma, complicação do deslocamento do coração ou defeitos do tecido conjuntivo esquelético. Pode estar associado a anormalidades congênitas do tecido conjuntivo: o Síndrome de Marfan; o Síndrome de Poland; o Síndrome de Pierre Robin; o Escoliose. Sintomas: Dispneia, distúrbio ventilatório restritivo e sopro cardíaco sistólico podem estar presentes. PECTUS CARINATUM – peito de pombo Protrusão congênita ou adquirida do esterno – anomalia comumente associada a defeitos septais atriais e ventriculares e asma grave. CIFOESCOLIOSE Anormalidade da curvatura da coluna – pode estar associada a doenças hereditárias: neurofibromatose, distrofia muscular, síndrome de Marfan etc. A ocorrência de incapacidade depende do ângulo da deformidade e da idade – pode causar insuficiência respiratória e hipertensão pulmonar. TÓRAX EM BARRIL Aumento do diâmetro anteroposterior do tórax – indica hiperinsuflação pulmonar crônica (comum em DPOC e enfisema). TÓRAX PARALÍTICO/CHATO Achatamento exagerado do diâmetro anteroposterior do tórax, tornando-o plano – proeminência das estruturas esqueléticas (escápulas e clavículas) e acentuado ângulo costal. Comum em doenças consumptivas – tuberculose. Sistema respiratório tórax TÓRAX CIFÓTICO Aumento no diâmetro anteroposterior, causado pela acentuação da cifose torácica – pode ser hereditária ou estar associado a doenças vertebrais. Acentua-se com o envelhecimento e não deve ser confundido com tórax em barril. ATITUDE DO PACIENTE NO LEITO Observar se o paciente assume no leito determinada posição que promova alívio de algum desconforto – em casos de ortopneia, o paciente apresenta melhora ao assumir posição ortostática e decúbito dorsal. Pontos de ancoragem: Atitude voluntária, na qual o paciente eleva a posição dos ombros mediante apoio dos braços fixados sobre uma superfície plana ou coxas – ocasiona elevação da clavícula e primeiras costelas, aumentando a capacidade pulmonar total. Vista em síndrome da hiperaeração pulmonar. Sinal de Dahl: Manchas hipercrômicas na superfície anterior das coxas – compressão constante para obter o ponto de ancoragem. Respiração com os lábios semicerrados: Fechamento parcial dos lábios durante a expiração – elevação na pressão dentro da via aérea proximal, retardando o colapso expiratório. Essa dinâmica, combinada com o aumento do tempo expiratório, possibilita melhor esvaziamento pulmonar. Vista em doenças obstrutivas e hiperinsuflação dinâmica. Uso da musculatura acessória: Recrutamento da musculatura acessória para inspiração, indicando incapacidade do diafragma de promover aumento da demanda ventilatória. – vista na insuficiência respiratória e DPOC. Assincronia toracoabdominal: Fadiga diafragmática – incapacidade desse músculo em geral uma pressão menor, ocasionando sucção do diafragma para dentro do tórax. Indicativo de falência ventilatória grave iminente. Fenômeno de Litten: Sombra projetada na parede torácica junto ao estrito torácico inferior produzido na assincronia toracoabdominal (sinal do joelho) – reflete o deslocamento do diafragma. Fala entrecortada: Impossibilidade do paciente formular uma frase sem pausa, a fim de realizar uma ventilação pulmonar – representa existência de insuficiência respiratória. Batimento de asas do nariz: Pode acompanhar a hiperventilação – indica insuficiência respiratória. Tiragem: Retração exagerada dos espaços intercostais durante a inspiração (simétrico) – insuficiência respiratória crônica. Cianose: Coloração arroxeada da pele e mucosas decorrente da quantidade de hemoglobina reduzida. Turgência jugular: Sinal que reflete a presença de hipertensão venosa sistêmica. Em pacientes com hiperinsuflação pulmonar, pode haver durante a expiração, devido a elevação expiratória da pressão pleural, com redução do retorno venoso. Expansibilidade: Quando simétrica – pode ser de difícil detecção e reflete a redução da ventilação em portadores de doenças com acometimento pulmonar difuso (enfisema). Quando assimétrica (unilateral) – o hemitórax que apresenta a menor expansão identifica o lado anormal (derrame pleural, pneumotórax, atelectasia ou consolidação extensa). Sinal de Hoover: Anormalidade característica da hiperaeração pulmonar – retração simétrica apenas do estreito torácico inferior durante a inspiração. Sinal de Lemos Torres: Abaulamento dos espaços intercostais durante a expiração – derrame pleural e pneumotórax. Lesões cutaneomucosas: Lesões cutâneas – herpes zoster, telangiectasias, vasculites, esclerodermia etc. Cicatrizes: Podem indicar o tipo de doença e de cirurgia prévia. Hipocratismo digital: Aumento de volume da falange distal – aumento do tecido conjuntivo vascular subungueal. Quase sempre por causa pulmonar – unha em formato de vidro de relógio, com presença de Sinal de Shamroth (não possui a fenda ao juntar os polegares). SÍNDROME DE MARFAN Síndrome autossômica dominante – desordem do tecido conjuntivo. Sinal de Steinberg: Do polegar – positivo. Esquelético: Pectus (carinatum e escavatum), aracnodactilia, extensão reduzida dos cotovelos, pés planos, protrusão do acetábulo e escoliose. Cardiovascular: Dilatação do arco aórtico, dissecção da aorta ascendente e prolapso da valva mitral. Ocular: Subluxação do cristalino e miopia. Neurológico: Ectasia dural lombossacral. Cutâneo: Estrias e herniações. Genético: História familiar confirmada e presença de mutação do gene fibrilina 1. Diagnóstico: Presença de alterações clínicas típicas e histórico familiar positivo. Na ausência de histórico, procurar ocorrência de ao menos 2 sinais clínicos e envolvimento de um terceiro. Enfisema pulmonar - soprador rosado Fenômenos destrutivos Idoso, magro, longilíneo Sem cianose Dispneia precoce, progressiva e grave Sem tosse ou expectoração FTV reduzido AP: MV reduzido, sem ruídos Bronquite crônica - pletórico cianótico Fenômenos inflamatórios Brevelíneo, com tendência a ganhar peso Cianose presente Dispneia discreta intermitente Tosse produtiva Percussão normal AP: MV reduzido, com roncos e sibilos SÍNDROME DE POLAND Ausência parcial ou total dos músculos peitorais maior e menor, serrátil e da mama, além do complexo areolopapilar. Defeitos nas cartilagens e costelas, hipoplasia de tecidos subcutâneos do tórax, braqui/sindactilia ipsilateral e alopecia das regiões axilar e mamária podem estar presentes. Os achados podem ser bilaterais não simultâneos, e mais frequentes no lado direito. PALPAÇÃO Realizar a palpação superficial das estruturas da parede torácica, seguida de avaliação: o Músculos torácicos; o Sensibilidade da parede torácica; o Nódulos e massas; o Enfisema subcutânea; o Frêmito pleural; o Frêmito brônquico; o Expansibilidade; o Frêmito toracovocal; o Avaliação da posição do mediastino. Nódulos, massas ou abaulamentos: Nódulos dolorosos à palpação podem indicar metástases ou tumores primários da parede torácica – lesões dérmicas benignas são mais comuns (cisto sebáceo ou lipoma). Expansibilidade: Avaliação da mobilidade da caixa torácica durante respiração espontânea e profunda, de modo comparativo. Manobra de Ruault: Ápices pulmonares. Manobra de Laségue (bases pulmonares): Mãos espalmadas. Normal: Expansibilidade preservada bilateralmente. Diminuída: Bilateral – enfisema, miastenia gravis (doença neuromuscular), derrame pleural bilateral. Unilateral– doença fibrótica crônica de um pulmão ou pleura, derrame pleural unilateral, pneumonia lobar, dor pleurítica e atelectasia. Frêmito toracovocal (FTV): Vibração que acompanha a fonação conduzida a partir da laringe pela árvore brônquica e através da pleura até a parede torácica. O examinador deve: o Colocar a ponta dos dedos em seis localizações e avaliar, de modo comparativo. Normal: FTV uniformemente palpável bilateralmente. Diminuído: Obstrução brônquica, derrame pleural, pneumotórax, atelectasia e obesidade. Aumentado: Consolidação pulmonar. Descrição: Inspeção e palpação – normal. Tórax atípico, ausência de cicatrizes, abaulamentos, massas ou lesões. Sem dor à palpação. Frênico toracovocal uniformemente palpável bilateralmente e normal. PERCUSSÃO Percussão dígito-digital para inferior a presença e o tamanho do órgão examinado em cada topografia. Os braços do examinador devem ser colocador sobre o mesmo eixo e a percussão feita com os dois dedos médios em um ângulo de 90º - movimento do punho. Som claro pulmonar (normal): Atimpânico. Som maciço: Ausência de ar, consolidação, derrame pleural, atelectasia Som timpânico: Presença de ar – pneumotórax. AUSCULTA Avaliação da transmissão dos sons de todas as porções da via aérea utilizando o diafragma do estetoscópio – regiões anterior e posterior do tórax. Realizada para perceber o som provocado pela ventilação pulmonar e avaliar a ressonância vocal. Som respiratório normal (murmúrio vesicular): Gerado na via aérea, mas modificado pela entrada de ar nos alvéolos cheios. Som brônquico: Representa a transmissão do ar durante a ventilação intrapulmonar – sopro em tubo. Som traqueal: Qualidade mais intensa e áspera – região subglótica. Anormais – descontínuos ou estertores: Ruídos adventícios não musicais, explosivos e transitórios, que ocorrem, principalmente, durante a inspiração. Finos (crepitantes): Sons com vibração de alta frequência, baixa amplitude, curta duração e predominantemente inspiratórios. Som de roçar um cabelo no outro –pneumonia. Podem desaparecer em ortostatismo (normal). Grossos (bolhosos): Sons com vibração de baixa frequência, alta amplitude, longa duração e existente na inspiração e expiração. Som de chaleira borbulhando – edema agudo de pulmão. Anormais – contínuos: Sons com frequência única, harmônicos – divididos de acordo com a duração e a frequência. Sibilos: Sons de alta frequência, constituídos por ondas com padrão regular em qualquer ciclo respiratório (percebidos nas áreas de projeção dos sons traqueal e broncovesicular) – asma brônquica, hiperatividade brônquica (sinusite, bronquite, DPOC), broncoespasmo etc. Roncos: Sons mais graves e de menor frequência – podem aparecer em qualquer fase do ciclo respiratório. Expiração – via aérea intrapulmonar. Inspiração – via aérea extrapulmonar. Categoria indefinida: Sibilo curto: Não constante, aparece aleatoriamente em qualquer posição do ciclo respiratório – se assemelha ao piado de um pássaro, percebido na área de projeção do som respiratório normal. Pode ocorrer em doenças do desarranjo pulmonar – fibrose. Atrito pleural: Acontece quando existe inflamação da pleura – síncrono com os movimentos respiratórios, mais audível no final da inspiração. Som como “rangido de porta”. Ressonância vocal: Percepção do som produzido na parede torácica durante a fonação – com estetoscópio. Diminuída: Atelectasia, espessamento pleural e derrame pleural. Broncofonia: Percepção da voz mais intensa, mas não inteligível. FTV aumentado, som maciço: ao dizer 33 ocorre percepção mais intensa da voz = síndrome consolidativa. Pectorilóquia: Percepção da voz mais intensa (fônica) – bem inteligível. Afônica: Cochicho percebido com nitidez. Egofonia: Patognomônico de derrame pleural – fonema “i” é escutado como “e”. Pulmão normal: Inspeção: Tórax atípico, ausência de cicatrizes, abaulamentos, massas ou lesões. Sem dor à palpação. Palpação: Uniformemente palpável bilateralmente e normal, com expansibilidade preservada. Percussão: Som claro pulmonar à percussão. Ausculta: Murmúrio vesicular uniformemente distribuído, sem ruídos adventícios. MVUD s/RA. Derrame pleural: Expansibilidade diminuída do hemitórax à direita, no terço ínfero-posterior. FTV diminuído, macicez à percussão. Murmúrio vesicular abolido ou egofonia presente. Inspeção > olhos Formato Padrão ventilatório Musculatura acessória Fáscies e outros sinais Palpação > mãos Expansibilidad e - Manobras de Lasegue e Ruault FTV (33) Percussão > dedos (plexor e plexímetro) Normal - atimpânico Timpânico Maciço Ausculta > estetoscópio Sons - naturais, anormais e indefinidos Ressonânia - broncofonia (33), pectorilóquia e egofonia