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16/02/2022
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Profª Cláudia Thomé Beletti
claudia.beletti@docente.unip.br
Profª Ms. Thamires Monteiro Gonçalves
thamires.carmo@docente.unip.br
CURSO: Psicologia
SÉRIE: 3º Semestre
DISCIPLINA: Técnicas de Entrevista e de Observação
CARGA HORÁRIA SEMANAL: 1,5 Horas/aula
CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 30 Horas
I - EMENTA
A técnica da entrevista e da observação no contexto da
avaliação psicológica. Modalidades de entrevista e de
observação. Uso adequado e ético em diferentes áreas de
atuação da Psicologia. Elaboração de documentos escritos
decorrentes da avaliação psicológica em vários contextos
da Psicologia (Declaração, Atestado Psicológico, Parecer
Relatório e Laudo Psicológico).
II – OBJETIVO GERAL
 Com o objetivo de favorecer o domínio de
instrumentos e processos de investigação
científica em Psicologia e desenvolver a
competência para selecionar, avaliar e adequar
esses instrumentos a problemas e contextos
específicos são estudados conteúdos das
técnicas de entrevista e de observação
utilizados no diagnóstico, intervenção
psicológica e psicossocial.
III – OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Ao término da disciplina, o aluno deverá ser capaz de:
 Planejar e realizar várias formas de entrevista e de
observação.
 Observar, analisar, descrever e interpretar
comportamentos verbais e não-verbais no contexto
da entrevista.
 Ressaltar a importância da auto-observação no que
diz respeito à prática da entrevista.
 Elaborar relatórios e pareceres de acordo com os
modelos técnicos e princípios éticos.
 Demonstrar coerência, clareza e postura reflexiva
na elaboração de relatórios psicológicos.
IV – COMPETÊNCIAS
 Compreensão da técnica da entrevista e de
observação como um dos instrumentos
utilizados para a prática profissional em
contextos clínicos, organizacionais,
educacionais e de pesquisa.
 Elaboração de laudos psicológicos em
diferentes contextos do exercício profissional, de
acordo com os princípios técnicos e éticos.
1. A entrevista e a observação no processo
Psicodiagnóstico.
2. A entrevista e a observação na área clínica.
3. A entrevista de Anamnese.
4. A entrevista clínica realizada em grupo.
5. A entrevista e a observação na empresa: entrevista
de seleção de pessoal.
6. A entrevista e a observação na escola: entrevista
com o professor, com os pais, com o aluno.
7. A entrevista e a observação no contexto da
pesquisa: entrevista como instrumento de
pesquisa.
8. A entrevista de triagem.
9. Produção de documentos em diferentes contextos
do exercício profissional.
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 Aulas expositivas.
 Discussão de textos.
 Simulação (role-play) de entrevistas em sala de
aula, divisão de grupos com a proposta de
dramatização de diversas situações presentes
na entrevista psicológica.
ATENÇÃO: No sistema online há conteúdos e exercícios
como material adicional aos seus estudos.
Disciplina designada como Estudos Disciplinares (ED):
acessar o Módulo 9, e responder no mínimo, 10 questões.
 NP1 – uma prova individual e sem consulta,
composta por 12 (doze) questões, com valor de
zero (0,0) a dez (10,0), sendo 60% da
pontuação em questões objetivas e 40% em
questões dissertativas, referentes ao conteúdo
desenvolvido até o final do 1º bimestre.
A prova deve ter 10 questões objetivas e 2
questões dissertativas. Cada uma das 10 questões
objetivas vale 0,6 pontos. Cada uma das 2
questões dissertativas vale 2,0 pontos.
 NP2: uma prova, individual e sem consulta,
composta por 12 (doze) questões, com valor de
zero (0,0) a dez (10,0), sendo 60% da
pontuação em questões objetivas e 40% em
questões dissertativas, referentes ao conteúdo
desenvolvido até o final do 2º bimestre.
A prova deve ter 10 questões objetivas e 2 questões
dissertativas. Cada uma das 10 questões objetivas vale 0,6
pontos. Cada uma das 2 questões dissertativas vale 2,0
pontos.
 A média do semestre será calculada de acordo
com o Regimento da IES.
BÁSICA
 BARROSO, S. M.; COMIN, F. S.; NASCIMENTO, E.
Avaliação Psicológica: da teoria às aplicações.
Petrópolis: Vozes, 2015.
 BENJAMIN, A. A entrevista de ajuda. 11ª ed. São 
Paulo: Martins Fontes, 2005.
 MACEDO, M. M. K. & CARRASCO, L. K.
(Con)textos de entrevista: olhares diversos
sobre a interação humana. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 2005.
COMPLEMENTAR
 BLEGER, J. Temas de Psicologia: entrevista e grupos. 2ª 
ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
 CUNHA, J. A. Psicodiagnóstico – V. 5ª ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2000.
 LOURENÇO, A. da S.; ORTIZ, M. C. M.; SHINE, S.
Produção de Documentos em Psicologia: Prática e
Reflexões teórico-críticas. São Paulo: Vetor, 2018.
 OCAMPO, M. L. S. O processo psicodiagnóstico e as
técnicas projetivas. 11ª ed. São Paulo: Martins Fontes,
2005.
 SCHELINI, P. W. Entrevista na clínica, na empresa e
na escola: resumo explicativo. Biblioteca da UNIP, s/d.
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 É muito comum os novatos terem dificuldades
para pensar nas suas perguntas;
 Se gasta mais tempo planejando o que
perguntar a seguir do que considerando o que
significa a resposta anterior;
 A entrevista clínica é pouco mais que ajudar as
pessoas a falar sobre si mesmas;
 Pede-se para que as pessoas revelem algo de
suas emoções e de suas vidas pessoais;
 A prática nos ensina o que perguntar e como
direcionar a conversa para nos dar as
informações de que precisamos;
 Não se trata de fazer com que os pacientes
simplesmente respondam perguntas;
 O clínico deve incluir a percepção de nuances de
sentimentos, uma hesitação ou um olho molhado;
 O entrevistador deve saber como trabalhar com
uma variedade de personalidades e de problemas:
- soltar as rédeas do paciente informativo;
- orientar o divagador;
- incentivar o silencioso;
- apaziguar o hostil.
 É preciso de prática para desenvolver um estilo
próprio de entrevistador;
 As entrevistas clínicas são usadas para alcançar
vários objetivos, mas todos os profissionais (de
diferentes áreas) devem no início obter informações
básicas sobre cada paciente;
 Os bons entrevistadores compartilham 3
características:
1. Obtém o maior nº de informações precisas e
relevantes para o diagnóstico e para o tratamento;
2. No menor período de tempo;
3. São eficientes em criar e manter uma boa relação
de trabalho (rapport) com o paciente.
 São várias as razões para realizar o 1º contato com
o paciente:
- triagem rápida;
- admissão ambulatorial para fins diagnósticos;
- consulta no setor de emergência;
- hospitalização;
- consulta em busca de medicação;
- psicoterapia.
 Os clínicos muitas vezes usam apenas uma
pequena parte do tempo reservado para a
entrevista, não perguntam sobre ideação suicida e
esquecem que muitos pacientes com doenças
mentais também têm problemas com o uso de
substâncias;
 Portanto, a entrevista inicial busca sanar estes
déficits.
Pacientes:
 São vistos pelos clínicos de maneiras variadas;
 Perspectivas: biológicas, dinâmicas, sociais e
comportamentais;
 Uma avaliação abrangente contempla todas as
perspectivas;
 Torna-se importante descobrir como as experiências
do passado contribuem para os problemas atuais;
 Conforme o tratamento avança é possível obter
outras informações e necessário revisar algumas
opiniões que formou durante o primeiro encontro.
O sucesso de entrevistador dependerá de várias
habilidades:
- Você consegue evocar toda a história?
- Consegue sondar com profundidade suficiente para
obter todas as informações relevantes?
- Consegue ensinar o paciente rapidamente a contar
fatos pertinentes e exatos?
- Sabe avaliar e responder adequadamente aos
sentimentos do paciente?
- Quando necessário você consegue estimular a
motivação do paciente para revelar experiências
embaraçosas?
Referência Bibliográfica:
MORRISON, J. Entrevista Inicial em Saúde Mental. Porto Alegre: Artmed, 2010. (Introdução)
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Profª Cláudia Thomé Beletti
claudia.beletti@docente.unip.br
Profª Ms. Thamires Monteiro Gonçalves
thamires.carmo@docente.unip.brPSICODIAGNÓSTICO: Quando bem realizado,
pode ser terapêutico e esclarecedor para o
paciente quanto o próprio processo psicoterápico.
Importância do Diagnóstico correto:
- Freud (1913) “O Início do Tratamento”;
destaca que um erro impõe ao paciente um
esforço inútil e ao final poderá não mais confiar
em um processo psicoterapêutico, pois não
alcançou seu objetivo que é a cura.
 Fica difícil para o psicólogo chegar a um
diagnóstico;
 Há exigências dos convênios de saúde, nos
locais de trabalho e nas instituições de ensino
para se apresentar um diagnóstico e de
preferência com nº do CID ou DSM;
 Nos trabalhos em equipes multidisciplinares um
bom diagnóstico se faz necessário;
 Fica evidente a grande responsabilidade do
profissional ao realizar um processo
psicodiagóstico;
 O processo implica o profissional ter a
responsabilidade de entender o que está
acontecendo, principalmente o que o levou à
situação atual;
 Inicialmente o papel do psicólogo era
satisfazer a demanda de outro profissional;
 Somente os testes eram valorizados (pouco
vínculo);
 Psicanálise → muda a postura do
psicólogo;
 Entrevista livre passa a ser valorizada;
 Consequência → aproximação afetiva e
efetiva entre paciente e profissional;
 A compreensão do paciente foi enriquecida;
 Constatação → testes como único recurso para 
o psicodiagnóstico não permitiam completo 
entendimento do indivíduo e nem vínculo ativo;
 Entrevista livre → também descaracteriza o
processo, pois não há limite de tempo;
 Impasse → psicólogo repensou sua posição
quanto ao processo, houve uma busca de
identidade profissional;
 Para caracterizar e diferenciar o
psicodiagnóstico da psicoterapia, passou-se
a utilizar a entrevista semidirigida, aliada com
os resultados de aplicações de testes
(exclusivos aos psicólogos);
 Podemos abrir mão de testes e outras
técnicas, mas a entrevista é insubstituível.
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 Restrição de tempo, pois o contato com o
paciente, seus familiares ou responsáveis têm
início, meio e fim delimitados;
 O papel do entrevistador é manter uma escuta
apurada, sem que perca de vista o foco da
investigação que leva ao esclarecimento da
origem da queixa ou sintoma;
 Portanto, paciente (ou responsáveis) decidem
o assunto que deseja falar e o psicólogo tem o
objetivo de manter atenção nos pontos
considerados imprescindíveis;
 Paciente deve se sentir atendido em sua
demanda e, ao mesmo tempo, não se sentir
invadido e nem desviar o processo dos
objetivos iniciais;
 Cabe ao entrevistador atingir os objetivos
dentro do tempo previsto;
 É fundamental a extrema sensibilidade do
terapeuta, bem como ampliar o foco e tirar a
responsabilidade do paciente o peso da total
responsabilidade pelo seu sintoma (ex:
crianças);
 Motivo do encaminhamento pode ser similar ao
descrito;
 Também é possível que por trás do conteúdo
manifesto, exista uma infinidade de conteúdos
latentes e que são impossíveis de serem
generalizados;
 A compreensão do indivíduo dentro do seu
contexto familiar e social deve estar sempre
presente, mesmo que se lance mão de testes
ou outros recursos de investigação teórica;
 Nos poucos encontros devem ser explorados
pontos cruciais das vidas das pessoas, mesmo
que não estejam preparadas para tal;
 Também não se deve esquecer que o
profissional é “estranho” ao paciente, e se
expor não é tão simples;
 Portanto, a responsabilidade do profissional é
grande e o preparo técnico é fundamental para
atender a todas as demandas.
 De modo geral, a 1ª entrevista é semidirigida,
mas nos momentos iniciais desta, é preciso
utilizar a técnica diretiva para:
- apresentação mútua;
- realização do contrato psicodiagnóstico.
 O 1º contato norteia o profissional a escolher
testes e técnicas que serão utilizadas;
 O contrato também deve ocupar lugar de
destaque:
- objetivo; - informações sobre técnicas
- nº de sessões; e testes a serem utilizados;
- tempo de duração; - sigilo e queixa.
 Pais é quem procuram pelo atendimento;
 Com pais separados, as entrevistas são 
individuais;
 É comum que os pais se esqueçam de detalhes 
importantes ou não falem com exatidão;
 Pais não sabem quais aspectos são mais 
relevantes para fornecer ao psicólogo;
 É possível ficarem angustiados por imaginar 
que estão sendo observados e avaliados;
 Deve-se esclarecer o processo aos pais.
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 Realizadas com o próprio paciente ou com quem 
tenha informações sobre a história de vida;
 Pode ser com os pais juntos ou separadamente;
 As informações coletadas não devem se 
restringir ao processo evolutivo do paciente;
 É preciso contextualizá-lo em seu sistema 
familiar e investigar além dele;
 Nos casos de crianças e adolescentes, também 
é necessário conhecer da história de união dos 
pais;
 As informações revelam o clima familiar;
 Pode-se utilizar o genograma como recurso.
 Por que utilizar-se de uma bateria de testes:
- a utilização isolada de um teste não permite 
uma avaliação abrangente;
- vários instrumentos possibilita relacionar dados 
e com isso, menor possibilidade de erro.
 A escolha dos testes varia em cada caso;
 Inclui: idade, sexo, escolaridade e queixa;
 Além da escolha dos instrumentos, programa-se 
a ordem de aplicação dos mesmos;
 A indicação é iniciar pelos gráficos (hora de jogo 
com cças) e terminar com o mais ansiogênico.
 Trata-se da finalização do psicodiagnóstico;
“comunicação verbal discriminada e dosificada dos 
resultados do processo” (Ocampo e Arzeno, 1981)
 É preciso saber o que pode e o que não pode
ser dito;
 Deve-se comunicar tudo o que for possível em
benefício do paciente;
 É a transmissão do que foi compreendido
durante o processo;
 No processo com crianças e adolescentes, pode
haver até dois encontros para a devolutiva;
 De acordo com cada momento de vida, a
devolução deve ser feita de forma diferente;
 Adolescentes dever receber antes dos pais e ao
chamá-los, solicitar sua presença;
 Com crianças, a orientação é que recebem
juntos;
 Torna-se imprescindível que o profissional
conheça bem o caso;
 Na última entrevista do processo, é preciso ter
as respostas das perguntas feitas no início
(queixa);
 É preciso ter um roteiro bem definido para sua
realização (mas flexível):
- iniciá-la retomando o motivo do
psicodiagnóstico;
- informar paulatinamente os aspectos mais
adaptativos do paciente;
- posteriormente informar os aspectos menos
adaptativos até os patológicos (sempre sensíveis à
tolerância das pessoas envolvidas).
 Cabe ao psicólogo discriminar os aspectos
sadios dos menos sadios para saber o que pode
ou não ser comunicado;
 Aspectos sadios dever ser retomados ao longo
da devolução, pois possibilita ao paciente e/ou
seus responsáveis lidarem com as dificuldades;
 Ao término, o profissional deve dar o
encaminhamento necessário;
 Trata-se da finalização de todo o processo e
muitas vezes somos os guardiões de segredos
nunca antes revelados;
 Portanto, a responsabilidade é imensa.
Referência Bibliográfica
- CARRASCO, L. K.; PÖTTER, J. R. Psicodiagnóstico: Recurso como Compreensão in:
MACEDO, M. M. K.; CARRASCO, L. K. (org.) (Con) textos de entrevista: olhares diversos
sobre a interação humana. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.
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Profª Cláudia Thomé Beletti
claudia.beletti@docente.unip.br
Profª Ms. Thamires Monteiro Gonçalves
thamires.carmo@docente.unip.br
 Não é técnica única;
 Existem várias formas de abordá-la;
 Varia conforme o objetivo e da orientação do
entrevistador;
 Os objetivos de cada entrevista determinam suas
estratégias, alcances e limites.
“Conjunto de técnicas de investigação, de tempo
delimitado, dirigido por um entrevistador treinado,
que utiliza conhecimentos psicológicos, em uma
relação profissional, com o objetivo de descrever
e avaliar aspectos pessoais, relacionais ou
sistêmicos, em um processo que visa a fazer
recomendações, encaminhamentosou propor
algum tipo de intervenção em benefício das
pessoas entrevistadas”. (TAVARES, 2000 pag. 45)
 Série de procedimentos que possibilitam
investigar os temas em questão;
 Possibilita:
- alcançar os objetivos primordiais da entrevista
(descrever e avaliar);
- relacionar eventos e experiências;
- fazer inferências;
- estabelecer conclusões;
- tomar decisões.
 A investigação se dá dentro dos domínios da
psicologia (psic do desenvolvimento, psicopato,
psicodinâmica, teorias sistêmicas, etc);
 É parte de um processo de avaliação:
- pode ocorrer em uma ou mais sessões;
- pode ser dirigido a fazer um encaminhamento;
- pode definir os objetivos de um processo
psicoterapêutico.
 Muitas vezes o aspecto avaliativo de uma
entrevista inicial confunde-se com a psicoterapia
devido ao aspecto terapêutico intrínseco
existente;
 Pode ser ainda complexo exigindo um conjunto
diferenciado de técnicas de entrevistas e de
instrumentos de avaliação;
 É o procedimento capaz de adaptar-se à
diversidade de situações clínicas;
 É capaz de testar os limites de aparentes
contradições e de tornar explícitas as
características indicadas pelos instrumentos
padronizados;
 Tem a característica de ser dirigida;
 É no intuito de alcançar os objetivos da entrevista
que o profissional estrutura sua intervenção;
 Também o entrevistador deve estar preparado
para lidar com o direcionamento que o sujeito
parece querer dar à entrevista;
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 O entrevistador deve estar atento aos processos
no outro, e a sua intervenção deve orientar o
sujeito a aprofundar o contato com sua própria
experiência;
 Todos os tipos de entrevista têm alguma forma
de estruturação na medida em que a atividade
do entrevistador direciona a entrevista no
sentido de alcançar seus objetivos;
 É o entrevistador quem coloca a entrevista no
domínio de uma relação profissional;
 É sua a responsabilidade dominar as
especificidades da técnica e complexidade do
conhecimento utilizado;
 Assumir essas responsabilidades profissionais
pelo outro tem aspectos éticos fundamentais:
- significa reconhecer a desigualdade intrínseca
na relação, dando uma posição privilegiada ao
entrevistador.
 É de responsabilidade do entrevistador:
- zelar pelo interesse e bem-estar do outro;
- reconhecer a necessidade de treinamento
especializado com atualizações constantes.
 O sucesso depende de um participante
colaborativo;
 Quando há dificuldades em levantar
informações, o entrevistador deverá centrar sua
atenção na relação com a pessoa entrevistada,
para compreender os motivos de sua atitude;
 Surgem questões transferenciais importantes
que devem ser esclarecidas adequadamente;
 O resultado depende largamente da experiência
e da habilidade do entrevistador, além do
domínio da técnica;
 Deve-se criar um clima que facilite a interação e
a abertura para o exame de questões íntimas e
pessoais talvez seja o desafio maior da
entrevista clínica;
 Estratégias para capacitação do profissional:
- graduação;
- especialização;
- supervisão.
 É preciso estar atento para as questões éticas,
pois é possível haver conflitos de interesses
como entrevistas em empresas por ex.;
 Em um processo de entrevista clínica não há um
contrato de continuidade como em um processo
terapêutico;
 A delimitação temporal tem a função de
explicitar as diferenças de objetivos dos dois
procedimentos e do papel do profissional;
 A delimitação define o setting e fortalece o
contrato terapêutico;
FORMA (estrutura) OBJETIVO
- Estruturada Decorre da inter-
- Semi-estruturada dependência entre
- Livre estruturação abordagem e objetivo
ESTRUTURADA → de pouca utilidade clínica
 Mais frequente em pesquisas;
 Se destina ao levantamento de questões;
 Privilegiam a objetividade;
 Perguntas são quase sempre fechadas.
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 O entrevistado é o porta-voz de uma demanda e
espera um retorno que o auxilie;
 Portanto, a utilidade das entrevistas depende do
espaço que este procedimento deixa para as
manifestações individuais;
 Cabe então ao entrevistador conduzir o
processo adequadamente;
 Esta especificidade clínica favorece os
procedimentos semi-estruturados e de livre
estruturação.
 Toda entrevista supõe alguma forma de
estruturação;
 É necessário que se conheçam metas, o papel
de quem a conduz e os procedimentos para se
atingir os objetivos;
 Mesmo que o entrevistador não os reconheça
explicitamente, eles estão presentes:
↓
Entrevista de
LIVRE ESTRUTURAÇÃO
Entrevista SEMI-ESTRUTURADA:
 Entrevistador tem clareza dos seus objetivos;
 Que tipo de informação é necessária;
 Como a informação deve ser obtida;
 Quando ou em que sequência;
 Em que condições deve ser investigada;
 Como deve ser considerada (utilização dos
critérios de avaliação).
Vantagens da entrevista SEMI-ESTRUTURADA:
 Garante a obtenção da informação necessária
de modo padronizado;
 Aumenta a confiabilidade ou fidedignidade da
informação;
 Permite a criação de um registro permanente e
de um banco de dados úteis à pesquisa, ao
estabelecimento da eficácia terapêutica e ao
planejamento de ações de saúde.
Está diretamente relacionado com a abordagem.
Existem dois níveis de objetivo:
 Comum a todas:
- apresentação da demanda;
- reconhecimento da natureza do problema;
- formulação de alternativas de solução e
encaminhamento.
 Objetivos instrumentais:
 Objetivos instrumentais:
- são muitos e variados;
- estratégias diferentes podem ser utilizadas de
formas isoladas ou combinadas;
- têm objetivos diversos (consultório, saúde
pública, psicologia hospitalar, etc).
 Quanto a finalidade da entrevista:
- de triagem; - diagnósticas; - sistêmicas;
- de anamnese; - de devolução.
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 Avalia a demanda e faz encaminhamento;
 Geralmente utilizada em serviços de saúde
pública ou em clínicas sociais;
 Utilizada também para avaliar a gravidade da
crise.
 Tem o objetivo primordial de levantamento
detalhado da história do desenvolvimento da
pessoa, principalmente na infância;
 Pode ser estruturada cronologicamente;
 Muitas abordagens que integram ou valorizam o
desenvolvimento precoce podem se beneficiar
deste tipo de entrevista.
 Tem como proposta o exame e análise explícitos
ou cuidadosos de uma condição na tentativa de
compreendê-la, explicá-la e possivelmente
modificá-la;
 Prioriza aspectos sindrômicos ou psicodinâmicos
- baixa auto-estima
- culpa CLASSIFICAÇÃO DE QUADRO
- sintomas do humor
- visa à descrição e à compreensão da experiência ou do modo
particular de funcionamento do sujeito.
 Tanto sindrômicos quanto psicodinâmicos visam
a modificação de um quadro apresentado em
benefício do sujeito;
 As duas perspectivas devem ser vistas como
complementares, operando dentro de uma
mesma estratégia de entrevista;
 É comum a existência de sinais e sintomas
isolados que não são suficientes para configurar
uma síndrome, mas são importantes para indicar
um modo particular de adoecer;
 Torna-se cada vez mais necessário compreender
o sujeito integrando sinais, sintomas e síndromes
com aspectos psicodinâmicos;
 A abordagem fenomenológica busca descrever e
compreender o fenômeno em sua complexidade
para sugerir modos de intervenção terapêutica;
 Entrevistas sistêmicas para avaliar famílias e
casais focalizam e avaliam a estrutura ou a
história relacional ou familiar;
 São técnicas que variam de acordo com a
orientação do entrevistador.
 Tem por finalidade comunicar ao sujeito o
resultado da avaliação;
 Permite ao sujeito expressar seus pensamentos
e sentimentos em relação às conclusões e
recomendações do avaliador;
 Permite avaliar as reações do sujeito a elas com
seu desejo ou não de segui-las;
 Além de ajudar o sujeito compreender as
conclusões, contribui para remover distorções ou
fantasias contraproducentes em relação a suas
necessidades.
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5 Pode envolver diferentes procedimentos e inclui
vários tipos de entrevistas:
- com a família;
- com o sujeito que pede ajuda;
- para aplicação de instrumentos;
- de devolução com o sujeito;
- de devolução com a família.
 O sucesso da entrevista dependerá das
qualidades gerais de um bom contato nos quais
se apoiam as técnicas clínicas específicas.
1. Estar presente (disponível para o outro e ouvi-lo
sem interferência de questões pessoais);
2. Ajudar o paciente se sentir à vontade e
desenvolver uma aliança de trabalho;
3. Facilitar a expressão dos motivos de buscar
ajuda;
4. Esclarecer as colocações vagas ou incompletas;
5. Gentilmente confrontar esquivas e contradições;
6. Tolerar a ansiedade relacionada aos temas;
7. Reconhecer defesas e modos de estruturação do
paciente (transferência);
8. Compreender seus processos contra
transferenciais;
9. Assumir a iniciativa em momentos de impasse;
10. Dominar as técnicas que utiliza.
É preciso avaliar questões éticas:
 O interesse do profissional pode contrariar o do
sujeito avaliado;
 Algumas atitudes podem colocar em risco o bem
estar do outro (ex: manter relações não
profissionais com o sujeito);
 O profissional pode ser chamado a atender
interesses conflitantes (ex: empresa /
empregados; casais em separação).
 Fundamental: Discussões de casos e
Supervisões.
Referência Bibliográfica
- TAVARES, M. A entrevista clínica in: CUNHA, J. A. [et al] Psicodiagnóstico – V Porto
Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
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Profª Cláudia Thomé Beletti
claudia.beletti@docente.unip.br
Profª Ms. Thamires Monteiro Gonçalves
thamires.carmo@docente.unip.br
 Caracterizada como semidirigida:
a) assinala alguns vetores quando o
entrevistado não sabe como começar ou continuar;
b) assinalar situações de bloqueio ou
paralisação por incremento da angústia para
assegurar o cumprimento dos objetivos;
c) indagar acerca de aspectos da conduta do
entrevistado, aos quais este não se referiu
espontaneamente, sobre “lacunas” que são
consideradas de especial importância, ou acerca
de contradições, ambiguidades e verbalizações
obscuras.
 Na mesma entrevista:
- iniciar de forma diretiva;
- trabalhar livremente;
- no final adotar a técnica diretiva para preencher 
as lacunas.
 Duas razões para escolher a semidirigida:
- conhecer exaustivamente o paciente;
- pela necessidade de extrair dados que
permitam formular hipóteses, planejar a bateria de
testes e interpretar os dados com maior precisão.
 Deve-se correlacionar:
- o que o paciente (ou pais) mostra na 1ª;
- o que aparece nos testes;
- o que surge na devolutiva.
Importante material diagnóstico e prognóstico.
 Entrevista Clínica: é “uma” técnica insubstituível;
 Testes: também fundamentais, pois explora
outros tipos de conduta como aspectos
patológicos ocultados numa boa verbalização.
 A maioria dos testes inclui interrogatórios;
 Fazer perguntas e receber respostas, é um
trabalho em que colaboram ambos envolvidos
no processo;
 Também a entrevista se inclui neste contexto;
 Frente a uma situação de bloqueio necessitamos
de mais informações e as obtemos fazendo
indagações e aplicando testes apropriados;
 Diferença entre entrevista clínica e de aplicação
de testes consiste que a primeira oferece
informações da conduta diferentemente do que
aparece na aplicação dos testes.
 Informações obtidas na entrevista clínica:
- tipo de vínculo estabelecido com o psicólogo;
- transferência e contratransferência;
- classe de vínculo que estabelece com outros
em suas relações interpessoais;
- ansiedades predominantes;
- condutas defensivas utilizadas habitualmente;
- aspectos patológicos e adaptativos;
- diagnóstico e prognóstico.
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1. Primeira impressão que nos desperta;
2. Verbalização (clareza, confusão, ambiguidade);
3. Estabelecer grau de coerência ou discrepância
entre linguagens verbal e não verbal;
4. Planejamento da bateria de testes;
5. Estabelecer um bom rapport;
6. Captar o tipo de vínculo que nos transfere;
7. Com pais: detectar qual tipo de vínculo entre os
membros da família;
8. Avaliar a capacidade dos pais do diagnóstico;
9. Motivo da consulta.
 Deve-se discriminar entre o motivo manifesto e o
motivo latente;
É o sintoma que preocupa. Geralmente o motivo mais sério é outro
mais sério, denominado LATENTE.
 Deve-se observar o momento em que o paciente
toma consciência do motivo mais profundo;
 O psicólogo escuta o que o paciente fala, mas
não fica ingenuamente com a versão
apresentada;
 Deve-se investigar se o paciente funciona como
3º excluído ou incluído em relação ao pedido de
ajuda;
 Às vezes os pais transmitem ao filho o motivo
manifesto e ocultam o motivo profundo;
 Se o psicólogo não pode falar do real motivo, ele
entra em cumplicidade com os pais (patologia);
 Se não ficar claro, o futuro de uma possível
terapia ficará comprometido
 Torna-se fundamental detectar:
- coincidência ou discrepância entre o motivo
manifesto e o motivo latente;
- grau de aceitação (paciente e pais).
O MOTIVO DA CONSULTA É GERADOR DE ANSIEDADE
 O que os pais adiam ou evitam transmitir ao
psicólogo, é o mais ansiógeno;
 Também é útil averiguar quais são as fantasias
que os pais têm a respeito da concepção da
vida, da saúde e da doença;
 Verifica-se também qual a sequência de
aspectos do filho que é apresentado: um mostra
os aspectos mais sadios, enquanto que o outro
os mais doentes – isto se mantém ao longo da
entrevista ou se alterna?
 Existe semelhança entre a patologia do filho e a
de um de seus pais?
 O psicólogo deve discriminar identidades dentro
do grupo familiar que o consulta;
 A ansiedade desempenha papel importante no
processo, tanto nos pais quanto no psicólogo;
 A ansiedade pode favorecer ou inibir as
possibilidades do psicólogo de perguntar,
escutar, reter, elaborar hipóteses, integrar dados
e efetuar uma boa síntese e posterior devolução;
 Também a culpa desempenha um papel
preponderante tanto nos pais e no paciente
quanto no psicólogo;
 Quanto maior é a ansiedade detectada na
entrevista, maior é também a culpa subjacente;
 Se a ansiedade e a culpa forem encaradas
adequadamente desde a primeira entrevista,
promoverá uma maior qualidade do trabalho
diagnóstico;
 Favorece também o terreno para a entrevista
devolutiva e para elaboração de um plano
terapêutico correto.
Referência Bibliográfica
- OCAMPO, M. L. S.; ARZENO, M. E. G. A Entrevista Inicial in: OCAMPO, M. L. S.; O
Processo Psicodiagnóstico e as Técnicas Projetivas. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
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PSICODIAGNÓSTICO: tatear pelos meandros da
angústia, da desconfiança e do sofrimento de
quem busca ajuda.
TATEAR:
 Lidar com as inúmeras resistências;
 Sentimentos ambivalentes;
 Situações desconhecidas.
 Sintomatologia já se fez presente, mesmo antes
do agendamento da consulta;
 Formas de driblar o sofrimento já foram
experimentadas;
 Há estereótipos culturais em torno da área psi;
 Há outras resistências mais imperiosas (ICS);
 A pessoa tenta conviver com seus sintomas e a
família também tenta tolerá-los ;
 Os sintomas podem ser observados por alguém
de fora: professores, médicos, amigos, etc e
com isso, gerar o encaminhamento.
 Respeito;
 “Olhar novo”: com o ‘coração’, livre de críticas,
menosprezo e desvalia.
 Desenvolver uma relação de confiança;
 Há necessidade de acolhimento para que o
processo possa se desenvolver;
 Mostrar-se com atitudes de esperança e
aceitação.
NESTE PROCESSO ESTÃO PRESENTES 
MOTIVOS CONSCIENTES E INCONSCIENTES 
 Agendar significa admitir a existência de algum
grau de perturbação e dificuldade;
 Emergem fortes defesas para mascarar
motivações inconscientes da busca da ajuda;
 Pode haver algum reconhecimento do problema
e representarsofrimento o enfrentamento;
 O paciente pode negar a realidade e depositar
num terceiro a responsabilidade da procura;
 Os aspectos inconscientes estão no nível mais
profundo da psique;
 Portanto, é importante observar como o paciente
trata a si próprio e suas dores.
 A discriminação dos motivos explícitos e
implícitos favorece que o psicólogo determine
os objetivos do psicodiagnóstico, bem como
fornece dados sobre a capacidade de
vinculação;
 A maneira de se ‘conhecer’ o paciente se dá
por meio de perguntas iniciais.
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Aspectos conscientes e inconscientes
 A interação clínica se manifesta em dois planos:
o das atitudes e o das motivações:
PSICÓLOGO PACIENTE
(A) Examinador e clínico (A)Sintomatologia
(M) Aspectos inconscientes ao 
assumir papéis: 
CONTRATRANSFERÊNCIA
(M) Aspectos inconscientes ao 
assumir papéis: 
TRANSFERÊNCIA
 Não tem caráter só positivo ou só negativo;
 Consiste na recriação dos diversos estágios do
desenvolvimento emocional ou reflexo das
complexas relações para com figuras-chave de
sua vida;
 São vários os sinais a este respeito:
- necessidade de agradar;
- competição com o psicólogo;
- resistência;
- tentativas de intelectualização e outros...
 Designa em psicanálise o processo pelo qual os
desejos inconscientes se atualizam sobre
determinados objetos no quadro de um certo
tipo de relação estabelecida com eles – relação
analítica.
 Trata-se de uma repetição de protótipos infantis
vivida com uma sensação de atualidade
acentuada.
(Laplanche & Pontalis – Vocabulário de Psicanálise)
 Psicólogo pode ficar dependente do afeto do
paciente;
 Deixa-se envolver por elogios, presentes,
propostas de ajuda;
 Pode facilitar ou não os honorários;
 Pode exibir conhecimentos;
 Pode proteger o paciente contra seus
sentimentos agressivos;
 Pode se ver tentado a prolongar o vínculo além
do necessário, ou competir, ou outros...
 Designa em psicanálise o conjunto das reações
inconscientes do analista à pessoa do
analisando e mais particularmente à
transferência deste.
(Laplanche & Pontalis – Vocabulário de Psicanálise)
 Psicólogo: estar alerta à contratransferência;
 Trata-se de um fenômeno normal;
 É preciso percebê-la e entendê-la;
 Não se deve permitir que os sentimentos do
psicólogo atuem no processo;
 Ela será adequada na medida em que
possibilita que o psicólogo perceba o
inconsciente do paciente;
 Psicólogo deve ficar atento às manifestações
ocultas e aparentes de como o paciente está se
sentindo ao longo do processo.
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 Sofre pressões do paciente, do grupo familiar,
do ambiente, de quem encaminhou e dele
próprio;
 Espera que o paciente colabore, forneça todos
os dados necessários e mantenha-se no seu
papel;
 Caso o paciente se mostre resistente, evasivo
ou outro, o psicólogo pode experienciar
sentimentos de raiva e intolerância, podendo
interferir ou até invalidar o processo.
 Constantes relativas ao papel de psicólogo:
a) aspecto “voyeurista” – examina o interior do
paciente;
b) aspecto autocrático – tem o poder no
processo;
c) aspecto oracular – é quem fornece respostas;
d) aspecto santificado – é o salvador do
paciente.
 Constantes relativas ao paciente:
a) “auto-exposição” – se sente exposto e
vulnerável;
b) perda do controle – fica a mercê do psicólogo;
c) perigos de autoconfrontação – quer ajuda e
receia a confrontação;
d) tentação de reagir de forma regredida;
e) ambivalência diante da liberdade de se expor
e dos riscos de o fazê-lo.
 Tarefa do psicólogo:
- não se restringe a ser psicometrista;
- também não é apenas um mero aplicador de
técnicas projetivas;
- nunca deve perder de vista a dimensão global;
- estar consciente e atento para as próprias
condições psicológicas quanto para as reações e
manifestações do paciente avaliando o vínculo.
Referência Bibliográfica
- RAYMUNDO, M. G. B. O contato com o paciente in: CUNHA, J. A. e cols.
Psicodiagnóstico V . Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
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História e Exame do Estado Mental: constituem os
recursos básicos de um diagnóstico e se
desenvolvem no contexto de uma entrevistas.
Estes podem ou não se somar a testes, e vai
depender dos objetivos do exame e a gravidade
ou não do transtorno.
HISTÓRIA: - História pessoal ou anamnese;
- História clínica;
- História da doença atual.
 Também chamada de história da doença atual;
 Pretende caracterizar a emergência de sintomas
ou de mudanças comportamentais (sua
evolução até o momento);
 Examina-se a história pessoal, identificando
como e quando começaram a se delinear
dificuldades;
 Ao se levantar a história clínica, já se conhece a
queixa, mas deve-se explorar como foi a
decisão de se chegar à consulta;
 Torna-se importante descrever se há mudanças;
 Estar atento se há ‘ganhos secundários’;
 Investiga-se também sintomatologia e
condições de vida do paciente;
 Saber da rede social do paciente e se conta
com apoio, também é necessário;
 Definimos também a situação funcional com
registro do desempenho profissional e/ou
acadêmico;
 Explora-se ainda a área sexual, investigando se
há estabilidade ou não nas ligações;
 A condução da entrevista pode ser mais ou
menos diretiva, dependendo de características
do paciente e das preferências do psicólogo;
 Espera-se que conclua esta etapa com a
convicção de que foram abordados todos os
pontos essenciais sobre a emergência da
problemática e seu curso, com dados
cronológicos.
 Pressupõe uma reconstituição global da vida do
paciente;
 Frequentemente é delineada de forma mais
sistemática e formal;
 Muitas vezes produz um acúmulo de dados que
não contribuem para o entendimento do caso;
 Esses dados podem ser resumidos, devendo
ser enfocados de acordo com os objetivos do
exame e características do paciente;
 Muitos dados não poderão ser lembrados ou
serão omitidos por motivos defensivos;
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 Torna-se importante associar a perspectiva
histórica a uma abordagem dinâmica;
 Dependendo da problemática e da estrutura da
personalidade do paciente, certas áreas e
certos conflitos deverão ser mais explorados do
que outros;
 A atenção deve se concentrar em certos pontos
da vida do paciente que tenham probabilidade
de fornecer explicações para a emergência e o
desenvolvimento do transtorno atual;
 Não é necessário seguir rigidamente um
roteiro, mas existem tópicos que servem como
referência para explorar a vida do paciente;
 A maior ou menor ênfase a ser dada em cada
tópico vai variar de acordo com o tipo de
paciente e sua idade, objetivo da avaliação e
circunstâncias da entrevista e avaliação.
 Contexto familiar;
 História pré-natal e perinatal;
 A primeira infância;
 Infância intermediária;
 Pré-puberdade, puberdade e adolescência;
 Idade adulta;
 Fontes subsidiárias;
 Avaliação dinâmica (modo específico de se
entender os fatos).
Referência Bibliográfica
- CUNHA, J. A. A História do Examinando in: CUNHA, J. A. e cols. Psicodiagnóstico – V. Porto Alegra: Artes Médicas Sul,
2000.
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 Muito importante no contexto organizacional;
 Recrutamento e seleção é uma das áreas mais
importantes e estratégicas neste contexto;
 O recrutamento é o ponto de partida quando se
possui uma vaga de trabalho;
 A entrevista de seleção visa obter informações a
respeito de pessoas que estão se candidatando
a uma oportunidade de trabalho;
 Antes de se iniciar a contratação é preciso
definir quais atributos pessoais e qualificações
combinarão com o cargo;
 É necessário um conjunto de técnicas e
procedimentos, bem como etapas que são
imprescindíveisao processo:
- definir as qualificações que se desejam;
- estabelecer melhor fonte de recrutar;
- conhecer a fundo a função;
- conhecer a empresa;
- avaliar ou construir a descrição do cargo com o
gerente;
- comunicar ao mercado de trabalho.
 Trata-se de um filtro de candidatos para seleção.
 Contribui com entrevistador e candidato para
obterem as informações necessárias para
tomarem a melhor decisão;
 Várias etapas devem ser seguidas:
- conhecer os requisitos da função e da
empresa;
- preparar o ambiente em que se realizará;
- ambiente privado, confortável e sem ruídos;
- entrevistador se apresentar e estabelecer um
bom rapport;
- entrevista possuir planejamento e tempo
delimitados;
 Mais etapas a serem seguidas:
- entrevistador oferecer informações a respeito
da empresa e da função;
- tipo de entrevista e de perguntas devem estar
previamente planejadas pelo entrevistador;
- tipos de entrevista:
* estruturada (prevê roteiro de perguntas)
* não-estruturada (não prevê roteiro)
* semi-estruturada
- entrevistador conduz sozinho ou acompanhado
pelo gerente do setor requisitante.
1. Introdução
2. Interrogatório
3. Vendas / Avaliação
4. Conclusão
O QUE SE AVALIA?
- Experiência técnica;
- Habilidades e aptidões;
- História pessoal e pregressa;
- Contexto atual e profissional;
- Motivação, planejamento do pensamento;
- Ambição, comunicação verbal e não-verbal;
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- Postura, raciocínio;
- Relacionamento interpessoal;
- Nível de ansiedade e expectativas futuras.
 É preciso o entrevistador conhecer:
- a organização e sua estratégia;
- as tarefas e responsabilidades do cargo;
- características da área onde há a vaga;
- o estilo de gestão do gerente;
- expectativas e características do grupo e pré-
requisitos.
1. Ficar atento a qualquer pormenor sobre pontos
negativos do candidato;
2. Fazer perguntas que confirmem as primeira
impressões;
3. Conhecer todas as informações importantes
relativas ao cargo;
4. Estar atento e cuidadoso para não proporcionar
um efeito de contraste (candidato forte e fraco);
5. Não deixar-se levar por assuntos outros sem
relação com o trabalho;
6. Não julgar precipitadamente e fazer perguntas
especulativas.
 A escolha do candidato deve ser do gerente;
 Candidatos bons sem experiência podem ser
contratados;
 Cuidar para que gerentes não biocotem o
trabalho;
 Candidatos são contratados para darem
resultados à organização;
 Considerar que a diversidade de pessoas
proporciona ambiente rico e criativo;
 Entrevistador deve estar ‘alinhado’ com o
gerente em busca do mesmo perfil.
 Introduzir perguntas para candidatos pouco
objetivos;
 Atenção para aqueles que falam apenas o que
se espera ser dito;
 Atenção para candidatos que fogem das
perguntas tentando conduzir a entrevista;
 Não leve para o lado pessoal, algum aspecto de
agressividade do candidato.
 Provas de conhecimentos gerais;
 Provas de idiomas;
 Conhecimento técnico;
 Testes psicométricos e projetivos;
 Situacional;
 Dinâmica de grupo;
 Entrevistas baseadas no comportamento (são
baseadas na experiência profissional).
 Não adianta qualquer técnica, estrutura de
entrevista ou várias etapas em um processo
seletivo, se o entrevistador:
- não conhece a organização (valores, objetivos,
cultura);
- não conhece o dia-a-dia da área que necessita
do profissional;
- não trata com respeito e valor o candidato.
 Entrevista baseada em competência tem se
mostrado muito positiva neste processo.
Referência Bibliográfica
- RAMOS, F. Entrevista na Empresa: Entrevista de Seleção in: MACEDO, M. M. K.; CARRASCO, L. K. (org.) (Con)
textos de entrevista: olhares diversos sobre a interação humana. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.
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 Sofrerá influência da visão que o psicólogo tem
do trabalho na escola e do entendimento teórico
que faz dessa realidade;
 O olhar deve ser para o todo: relações que se
estabelecem desde direção, professores,
funcionários, alunos, pais e profissionais da
comunidade escolar;
 O objetivo é criar ambientes de ensino-
aprendizagem mais sadios;
 Inclui estratégias que permitam ajustar variáveis
do aluno, professor, tarefa, família e escola;
 Sala que preserve o sigilo;
 Sala com poltronas confortáveis;
 Utilização de brinquedos e material gráfico;
 É indicado a entrevista semidirigida;
 A intervenção é pontual, pois quem procura o
psicólogo escolar não está em busca de
tratamento emocional;
 É preciso direcionar para o foco e o objetivo do
encontro.
1. Esclarecer objetivos e tempo de duração;
2. Colher dados, incentivar a expressão de
sentimentos e percepções;
3. Fornecer informações e observações que a
escola possui;
4. Dar orientações (aconselhamento);
5. Encaminhar para atendimento com
profissionais de fora da escola (conforme a
necessidade);
6. Planejar a continuidade do processo de
acompanhamento da situação escolar
específica.
 Aspira influir sobre a estrutura, o contexto e o
desenvolvimento de todos os envolvidos na
comunidade educativa;
 Visa otimizar o processo e os resultados do
ensino-aprendizagem.
ENTREVISTA PSICOLÓGICA: instrumento por
meio do qual vão ser colhidos os dados para o
entendimento e encaminhamentos necessários.
Ela será realizada com quem está diretamente
implicado na “queixa” – o aluno.
 Na educação infantil (2 a 6 anos) – crianças
dificilmente solicitam algum momento com o
psicólogo;
 No ensino fundamental (7 a 14 anos) – o aluno
pode procurar espontaneamente além de ser
chamado pelos professores;
 O processo implicará momentos com pais e
professores, como com profissionais de fora da
escola;
 A intervenção estará ordenada para alcançar os
seus propósitos.
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1. Assessoria sistemática ao professor;
2. Entrevista com os pais ou responsáveis;
3. Entrevista com o aluno;
4. Entrevista com profissionais que acompanham
alunos fora da escola;
5. Outras entrevistas na escola.
 Ansiedade está presente no momento em que
há a procura pelo atendimento, portanto criar
ambiente de conforto e compreensão no início;
 Conhecer a família do aluno e sua dinâmica;
 Deixar a família falar no início e ao fazer
colocações, valorizar as competências e
potencialidades do aluno;
 A entrevista também tem um enfoque de
aconselhamento e entendimento sistêmico,
propondo aos pais repensarem o papel que
desempenham com o filho.
 Dar continuidade de acompanhamento das
situações levantadas;
 Manter um canal aberto de comunicação entre
professor, psicólogo e pais para que o trabalho
fique integrado;
 Diante crises que não caracterizem como
situacionais, faz-se o encaminhamento para
uma avaliação mais especializada e profunda;
 A responsabilidade do encaminhamento
também é do profissional da escola.
 Necessário ter visão ampla;
 Tem característica dinâmica, cuidadosa e requer
atitudes eticamente adequadas;
 O foco são pessoas em desenvolvimento e às
vezes a oportunidade de troca com profissional
da saúde mental seja única;
 O auxílio remete diretamente a questões
fundamentais da vida pessoal e profissional.
Referência Bibliográfica
- MOREIRA, J. P. Entrevista na Escola in: MACEDO, M. M. K.; CARRASCO, L. K. (org.) (Con) textos
de entrevista: olhares diversos sobre a interação humana. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.
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 é a forma mais usual de se obter informações;
 é um método atrativo ao pesquisador;
 não envolve complicado instrumental técnico;
 sua técnica básica repousa na habilidade de
conduzir uma conversação;
 porém não é tão simples assim;
 trata-se de um evento social;
 envolve perguntar ou discutir temas;
 é a metodologia preferida em pesquisa
qualitativa;
 também utilizada em pesquisa quantitativa, pois
éa maneira direta de se perguntar aquilo que se
deseja saber;
 a conversação é a forma mais universal de troca
social, mas que difere da entrevista de pesquisa
que se torna uma conversa mais formalizada e
passa a ser mais ancorada em papéis sociais;
 o objetivo do pesquisador é obter falas a
respeito do tema do projeto;
 o objetivo do pesquisado é mostrar-se bem,
aprender algo sobre si mesmo e acabar logo.
 é a possibilidade de acessar aquilo que a
pessoa tem em mente e não é passível de
observação: pensamentos, sentimentos...
 possibilita que o passado possa ser conhecido e
explicitado;
 a entrevista semi-estruturada é comumente
utilizada por manter ligados pesquisador e
pesquisado ligados por três elementos comuns:
- comunicação é reativa e dinâmica;
- a linguagem é a falada e as respostas não são
neutras;
- tem caráter de conversação comum.
 Pesquisador pergunta e retém seu próprio ponto
de vista e deixa o pesquisado livre para
organizar sua resposta;
 Engloba um conjunto de temas preparado antes
da entrevista para vir a ser explorado;
 Tal roteiro serve para serem explorados ao
longo da entrevista garantindo que os temas
sejam trabalhados;
 O entrevistador adapta de acordo com o
entrevistado;
 Entrevistador tem a liberdade de explorar,
experimentar, formular questões e clarear algum
tema com o entrevistado;
 Favorece ao entrevistado falar o que lhe é
significativo e o entrevistador direciona para que
os tópicos cruciais sejam abordados.
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 Perguntar é a maneira mais universal e direta
de se obter informações;
 É preciso que algumas condições sejam
cumpridas:
- pesquisado aceita responder às questões;
- compreende questões;
- entrevistado possui as informações, aceita
responder sinceramente, acessa a memória e é
capaz de responder no enquadre previsto pelo
pesquisador.
 O conteúdo das questões, sua sequência, seu
vocabulário, auxiliam o pesquisado a construir
uma representação dos objetivos da pesquisa à
qual responde;
 Portanto, o pesquisador deve estar atento tanto
para o conteúdo das questões como para sua
formulação;
 Questões:
- ser livres de julgamento de valor ou atribuição
de causalidade e responsabilidade;
- devem conter elementos que o pesquisado
conheça;
 Questões (continuação):
- ser dirigidas para as opiniões, crenças,
intenções comportamentais ou a comportamentos
passados e atuais do entrevistado;
- podem propiciar ao entrevistado uma
autodescrição ou a recordações de fatos;
- envolver frases curtas, claras, simples com
vocabulário preciso e adaptado ao nível de
compreensão do entrevistado;
- formular uma questão de cada vez;
 Questões (continuação):
- não deve ser tendenciosa;
- deve-se evitar exemplos para o entrevistado
não ficar preso ao conteúdo;
- deve-se evitar o uso de termos técnicos,
verbos negativos ou positivos para não orientar a
resposta;
- deve-se cuidar para não usar palavras muito
carregadas emocionalmente ou palavras extremas
como: nunca, sempre, ninguém.
 Preparar o gravador;
 Preparar a colocação de cadeiras ou poltronas;
 Iniciar com uma questão sobre a própria
entrevista – para estimular a própria tarefa;
 Estar atento para pontos trazidos pelo
entrevistado;
 Ser capaz de ler nas entrelinhas;
 Cuidar das incoerências;
 Avaliar se as respostas estão coerentes com o
solicitado;
 Ao final perguntar se deseja tratar de mais
alguma coisa que não tenha sido trabalhada;
 É cortesia agradecer ao entrevistado sua
participação;
 Estratégias para o entrevistado se manter
motivado em participar:
- animar por gestos ou palavras (hum, hum,...);
- auxiliar na elaboração (Há algo mais que
gostaria de dizer sobre isto?);
- repetir expressões do entrevistado para que
continue na sua narrativa;
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 Necessário saber quando mudar de tema;
 Deve estar atento ao entrevistado, sensível aos
seus sentimentos, de modo a formular as
questões e perguntá-las sem mobilizar demais o
entrevistado;
 Entrevistador tolerar silêncios e proceder no seu
roteiro de forma sutil, para a entrevista não se
tornar um interrogatório;
 Checar as incongruências de modo sutil;
 Manter-se livre de julgamentos sobre o
entrevistado e o que ele veicula.
 Está diretamente ligada à capacidade empática
do entrevistador;
 De acordo com Rogers, deve ser congruente,
mostrar aceitação incondicional e empatia.
ANÁLISE DE CONTEÚDO
 Composta de passos além de uma leitura
superficial;
 Trata-se de uma metodologia para os vários
documentos de comunicação;
 Por meio da descrição exaustiva e intensa do
conteúdo é possível organizar o material com
rigor científico;
 Transforma-se o material verbalizado em
categorias temáticas, passíveis de análise e
interpretação;
 Pode oscilar entre o rigor da objetividade e a
fecundidade da subjetividade;
 Permite obter indicadores quantitativos – se for
do interesse do pesquisador;
 Na pesquisa qualitativa o pesquisador trabalha
com a organização temática do material;
 O interesse está voltado para o estudo das
características da mensagem propriamente
dita;
 O interesse é do seu valor como informação;
 Tornam-se importantes as palavras, ideias e
afetos nela expressos.
ANÁLISE TEMÁTICA
 Está diretamente ligado à pesquisa qualitativa;
 Engloba organizar o material oriundo das
entrevistas por meio de atividades sequenciais:
- pré-análise;
- exploração do material;
- tratamento dos resultados;
- inferência;
- interpretação.
 Para seguir estes passos, as entrevistas
gravadas dever ser transcritas na íntegra;
 Não destruir as gravações para manter intacta
toda a informação; (5 anos)
 As transcrições permitem ao pesquisador
penetrar nos conteúdos daquilo que os
entrevistados verbalizaram;
 Deve-se preservar sigilo quanto a identidade do
entrevistado, usando nome fictício.
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 É o momento de organização do material;
 Procura-se sistematizar as falas depois de
tomar contato com as impressões e
verbalizações dos pesquisados;
 Os documentos a serem analisados devem
obedecer as seguintes regras:
- Exaustividade (nada pode ficar de fora);
- Representatividade (não é estatística e sim analítica);
- Homogeneidade (critérios devem ser mantidos);
- Pertinência (adequação para dar conta do objetivo).
 Depois de trabalhados de acordo com estas
regras, é possível formular hipóteses;
 Não é obrigatório hipóteses para formular
análise, pois algumas análises derivam do que
vai surgindo no material;
 Em seguida passa-se a buscar unidades de
conteúdo;
 Para isso é preciso ler o material várias vezes,
preparando para a próxima etapa que é a de
exploração do material.
 Compreende agrupar os dados considerando a
parte comum entre eles;
 Trata-se do agrupamento em categorias;
 Este material passa a ser reagrupado em
categorias mais abrangentes (intermediárias)
visando dar origem às categorias finais;
 Torna-se útil que o pesquisador possa ser
acompanhado por juízes de forma simultânea
ou independente;
 O benefício de juízes é de buscar a validade
dos dados com rigor.
 Ao final as categorias são tratadas sob a
perspectiva de inferência e interpretação dos
achados;
 O que se busca são as explicações para o
objeto de estudo investigado;
 Torna-se possível que as entrevistas depuradas
em categorias sejam apresentadas de forma
coerente com o referencial teórico adotado;
 O que acontece é a subjetividade de uma
pessoa ser medida pela de outra.
 Envolvem:
1. O consentimento informado;
2. O direito à privacidade;
3. A proteção contra danos.
Referência Bibliográfica
- NUNES, M. L. T. Entrevista como Instrumento de Pesquisa in: MACEDO, M. M. K.; CARRASCO, L.
K. (org.) (Con) textos de entrevista: olhares diversos sobre a interação humana. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 2005.
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Profª Cláudia Thomé Beletti
claudia.beletti@docente.unip.br
ProfªMs. Thamires Monteiro Gonçalves
thamires.carmo@docente.unip.br
Realidade Complexa
exigências vida atual
↑ procura atendimento psicológico
 Pessoas nem sempre têm ideia do tipo de
tratamento de que necessitam;
 1º momento → precisam ser acolhidas, aceitas
e respeitadas em sua dor psíquica;
 É preciso de alguém para ajudá-las;
 TRIAGEM → pode representar o lugar de
continência de que ela precisa.
 Campo propício para que as sensações e os
sentimentos possam ser compartilhados;
 Trata-se de uma relação intersubjetiva que
determina um processo dinâmico e criativo;
 Torna-se importante uma atitude “sem memória
e sem desejo” para a capacidade de tolerar o
desconhecido se ligar à confiança em algo que
vai desenvolver-se por meio do contato
emocional com o paciente;
 O par poderá obter uma compreensão mais
clara e profunda dos motivos da ajuda;
 “Escuta da escuta” → entrevistador também
deve se ocupar de escutar como o paciente
ouviu os seus silêncios e intervenções;
 Entrevistador ouve o inaudível → transferência
e contratransferência;
 Quando o paciente escuta o que o terapeuta o
escutou, encontrará a oportunidade de ouvir a si
mesmo;
 TRIAGEM → importante espaço de acolhida e
de escuta na tarefa de procurar um significado
para os sofrimentos → cunho TERAPÊUTICO.
Baseado no referencial Psicanalítico:
 Pode ser realizada em mais de uma entrevista;
 São entrevistas semi-estruturadas:
- é capaz de adaptar-se à diversidade de
situações relevantes;
- faz explicitar particularidades que escapam
aos procedimentos padronizados;
- favorece coletar os dados que são relevantes
à avaliação;
- favorece o trabalho de pesquisa;
- favorece o planejamento de ações de saúde e
de orientação terapêutica.
 Interação face a face, com tempo delimitado,
objetivos específicos e papéis diferenciados;
 Entrevistador:
- conduz com objetivos de diagnóstico e
indicação terapêutica;
- garante sigilo, conforto e impede interrupções;
- transmite que o paciente é aceito e valorizado
como pessoa única;
- avalia aspectos pessoais, relacionais e
internos para conhecer o paciente profundamente;
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- ser capaz de mover-se com espontaneidade
ao longo dos temas trazidos pelo paciente;
- observa as comunicações não verbais e outras
como postura, forma de vestir, modo de falar, etc;
- faz perguntas para auxiliar o paciente iniciar
seu relato, expressar opiniões e comentários;
- faz ligações entre os temas abordados e
resumos do que compreendeu no final;
- pode utilizar intervenções como perguntas,
comentários, confrontações, esclarecimentos,
explicações, explicações e interpretações de
ensaio;
- auxilia o paciente obter uma consciência maior
de seu problema e maior motivação para aderir ao
tratamento recomendado;
- convida o paciente a participar e cooperar,
informando e comunicando sobre as dificuldades,
sentimentos e conflitos;
- incentivar o paciente a trazer a percepção que
tem do seu problema, as expectativas que faz em
relação a um atendimento e suas fantasias de
como deseja ser ajudado;
- trata-se de um campo relacional;
- o campo relacional é construído pela
comunicação que se estabelece a partir de
sentimentos que circulam na transferência e na
contratransferência;
- trata-se de uma mistura de transferência com
relação real;
- o entrevistador desenvolverá reações de
contratransferência em relação ao paciente;
- torna-se fundamental monitoramento destas
reações de forma a não atua-las, e sim utiliza-las
como fonte de informações sobre o paciente.
 Estruturação da entrevista clínica:
- formas diferentes de abordagem;
- objetivos específicos do entrevistador;
- referencial teórico.
 Objetivos → determinam as estratégias,
intervenções, alcances e limites.
 TRIAGEM com enfoque Psicodinâmico:
- elaborar história clínica;
- definir hipóteses de diagnóstico descritivo;
- diagnóstico psicodinâmico;
- prognóstico e indicação terapêutica.
 Compreende a história de vida pessoal e a
história de sua doença atual;
 História de vida → favorece diagnóstico
descritivo e psicodinâmico;
 Entrevistador obterá pistas para as conexões
inconscientes;
 História atual → contempla o esclarecimento de
sintomas e as circunstâncias em que surgiram;
 História pregressa → contempla os dados na
medida em que visualiza o desenvolvimento
evolutivo da pessoa.
 É baseado nos critérios diagnósticos DSM;
 No início é insuficiente para compreensão
profunda;
 Constitui-se em informação essencial para
orientar quanto à escolha do tratamento;
 O alcance é indicar a opção terapêutica mais
adequada ao paciente;
 Uma indicação inadequada pode eventualmente
agravar os sintomas do paciente.
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 Visa entender o quanto e como o paciente está
doente, como adoeceu e como a sua doença o
serve;
 É a tentativa de compreensão global da
psicopatologia que tende a incluir todas as
perturbações e potenciais conhecidos;
 Visa explicar os sintomas e os problemas
referidos pelo paciente à luz da teoria;
 Entrevistador procura explicar os conflitos
subjacentes ao problema atual, quais forças
estão em jogo, ansiedades decorrentes e os
mecanismos de defesa mobilizados;
 Esta compreensão abrangente da psicopatologia
favorece definir um prognóstico e uma indicação
terapêutica com maior precisão e tranquilidade;
 Permite também que o entrevistador faça uma
devolução diagnóstica baseado em um
conhecimento consciente do paciente.
 Como todo conhecimento presume alguma
previsibilidade, o diagnóstico também presume
um prognóstico;
 As condições diagnósticas do paciente é que
vão considerar um prognóstico favorável ou
desfavorável;
 Tais condições incluem: início da doença, tipo
de psicopatologia, contexto sociofamiliar,
recursos do ego, grau de motivação e insight;
 Também é preciso verificar o contexto
assistencial quanto às possibilidades
terapêuticas.
 TRIAGEM → 1º filtro com a função de buscar
informações básicas com o objetivo de formular
recomendações diagnósticas e terapêuticas;
 Exige do entrevistador o conhecimento das
possíveis abordagens psicoterápicas bem como
outras formas de tratamento;
 É preciso esclarecer se há presença ou não de
causas físicas, bem como a utilização de
medicamentos que confundam o diagnóstico;
 Deve-se levar em conta as condições de vida,
recursos financeiros, disponibilidade de horários;
apoio familiar, etc para ser praticável.
 Refere-se à disposição da pessoa em
reconhecer as dificuldades psíquicas que
prejudicam seu desenvolvimento e suas
relações;
 A disponibilidade em compreender e superar
impasses pode ser observada no contato com o
paciente:
- respostas às intervenções terapêuticas;
- consciência de sua enfermidade;
- capacidade de criticar sua situação de modo
flexível;
- possibilidade de trabalhar com vários níveis de
expressão simbólica;
- realizar conexões entre situações vividas no
passado e os afetos a elas associados e suas
consequências na vida real;
- honestidade consigo mesmo para encontrar a
verdade sobre sua própria pessoa;
- capacidade de reviver situações dolorosas e
comunicá-las;
- capacidade de auto-observação demonstrando
seu grau de insight e de motivação.
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 Corresponde ao grau de contato que o
entrevistado mantém com a realidade em geral;
 Pode ser observado de diferentes maneiras:
- capacidade do entrevistado em distinguir os
sentimentos como provenientes do seu mundo
interno ou proveniente de fora (alucinações, etc);
- pela preservação da consciência reflexiva e do
juízo crítico;
- pela presença de pensamentos e afetos
apropriados ou não;
- capacidade de empatizar com o entrevistador.
CLASSIFICAÇÃO CARACTERIZAÇÃO
Neurótico Imagem de si mesmo integrada, adequada
diferenciação de si e do outro, mecanismos de defesa
maduros, teste da realidade preservado e sintomas
egodistônicos.
Borderline Não há constância objetal,encontra-se difusão de
identidade, as imagens do self e dos outros estão
dissociadas e não integradas, há falta de capacidade
empática, as relações de objeto são caóticas, há
ausência de controle de impulsos, baixa tolerância a
frustrações, personalidade instável e superego rígido.
Psicótico Imagem do self e dos objetos estão fundidas,
predominam a projeção e a identificação projetiva
como mecanismos de defesa, o exame da realidade
está gravemente comprometido e os sintomas são
egosintônicos.
 Envolve aspectos maduros e sadios que o
sujeito dispõe para fazer frente à sua realidade
interna e externa;
 Envolve indagar:
- funções básicas como orientação, percepção,
cognição, linguagem, afeto, conduta;
- tolerância à ansiedade e frustração;
- controle ou não dos impulsos e afetos
(agressão, sexualidade, ansiedade);
- relação do ego com superego (rigidez,
ineficiência, flexibilidade, ideais, etc);
- principais mecanismos de defesa utilizados:
* defesas adaptativas;
* defesas primitivas.
- regulação e características da autoimagem;
- relações objetais (observando o tipo de padrão
que o paciente repete em suas relações: simbiose,
dependência, triunfo, distanciamento, etc).
A natureza da dinâmica das relações
↓
Condições da rede de apoio que contará para a 
recuperação
Com essas informações o entrevistador terá
uma visão das características de personalidade do
entrevistado.
Trata-se de uma hipótese diagnóstica do
funcionamento familiar e de seu meio ambiente.
 Se desenvolve por meio de fases com
características e funções particulares;
 Fase inicial (estabelecimento da relação e do
contrato de trabalho);
 Fase intermediária (investigação mais profunda
da problemática);
 Fase final (retomada do processo para um
fechamento e devolução).
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 Deve-se estabelecer um rapport rápido e claro;
 Explica-se o objetivo do encontro;
 Entrevistado se sente valorizado e aceito,
favorecendo um vínculo de confiança;
 O ponto de vista do paciente deve ser aceito de
forma efetiva e empática;
 É o momento da coleta dos dados
sociodemográficos e também da combinação
acerca dos encontros;
 Entrevistador se mostra disponível e
interessado pelos problemas do paciente;
 Entrevistador fica atento para ansiedades
mobilizadas no início da entrevista;
 Deve-se evitar pausas e silêncios prolongados
no início para não aumentar o nível de
ansiedade e de tensão.
 Há o reconhecimento do entrevistador e do
entrevistado sobre a necessidade de identificar
experiências e formas de sentir que influenciaram
a formação da personalidade;
 Trata-se da investigação detalhada do que
constitui zona de conflito e estabelecendo elo
entre as situações atuais;
 É a oportunidade de esclarecer e aprofundar
sobre a problemática que motivou a consulta;
 Coleta-se dados para a hipótese diagnóstica e
indicação terapêutica;
 Também colabora para que o paciente amplie o
conhecimento de sua aflição e obtenha maior
consciência de suas dificuldades;
 É fundamental o entrevistador não descuidar da
manutenção da aliança terapêutica;
 Perguntas abertas, clarificações e recapitulações
favorecem a fluidez da entrevista e incrementam
a interação entre ambos.
 É fundamental que o entrevistado sinta que o
encontro foi produtivo e importante;
 O intuito é chegar a um fechamento e devolução;
 A devolução se dá após o estudo da situação do
paciente;
 Entrevistador transmite oralmente e de forma
simples e clara a respeito das impressões gerais
sobre a problemática;
 A devolução além dos aspectos diagnósticos
deve envolver prognóstico para tranquilizar o
paciente à medida que lhe é mostrado que há
recursos.
 Entrevistador fornece e explica os passos futuros
como marcação de novas consultas,
encaminhamento para outros profissionais ou
outra medida que deva ser tomada;
 Também é dado a oportunidade da pessoa
expressar seus pensamentos e sentimentos em
relação à entrevista, às conclusões e
recomendações feitas;
 É oportuno contribuir para o entrevistado
remover distorções ou fantasias que dificultam o
enfrentamento das dificuldades;
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 O entrevistador deve ser capaz de expor
alternativas de tratamento;
 Deve ser capaz também de conhecer os
alcances e limites de tratamentos que forem
indicados, relacionado as reais condições do
paciente;
 É um sistema complexo e exige do entrevistador
maneiras de pensar e de comportar-se:
Deve realizar uma avaliação clínica, pensar 
psicodinamicamente, praticamente, estar atento para 
estabelecer um rapport rápido, buscar dados para um bom 
encaminhamento e ser sensível e hábil para as expectativas 
e apreensões do paciente diante da entrevista.
 A boa entrevista oferece a experiência de ser
respeitado, sentindo confiança e esperança
para suas dificuldades e sofrimentos;
 Atingem efeitos terapêuticos, pois os pacientes
se encontram fragilizados e mais favoráveis em
receber ajuda;
 Tem o potencial de modificar a maneira como o
paciente percebe sua auto estima, desejos,
projetos de vida e relações significativas.
Referência Bibliográfica
- MARQUES, N. Entrevista de Triagem: Espaço de Acolhimento, Escuta e Ajuda Terapêutica in:
MACEDO, M. M. K.; CARRASCO, L. K. (org.) (Con) textos de entrevista: olhares diversos sobre a
interação humana. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.
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Profª Cláudia Thomé Beletti
claudia.beletti@docente.unip.br
Profª Ms. Thamires Monteiro Gonçalves
thamires.carmo@docente.unip.br
 Conjunto de conhecimentos, práticas, técnicas e
instrumentos;
 É requisitada como instrumento para subsidiar
decisões, diminuir dúvidas sobre habilidades /
comportamentos / potencialidades / traços de
personalidade, de indivíduos ou grupos;
 Inclui testes psicológicos padronizados,
entrevistas, escalas e o psicodiagnóstico;
 Seus procedimentos técnicos envolvidos
referem-se aos instrumentos, bem como
consequências éticas de suas aplicações;
 Implica elaboração, escolha de instrumentos,
aplicação e fornecimento dos resultados, sendo
um equívoco considerar a avaliação somente
como geradora de um produto;
 Marca fortemente seu aspecto técnico, mas
parece ocultar seu aspecto político.
QUESTIONAMENTOS:
 Qual o contexto que envolve a situação da
avaliação?
 Que ideologia reflete? E qual sua intenção?
 O psicólogo atende a solicitações sem muita
crítica sobre suas possíveis consequências;
 A sociedade tenta instrumentalizar este papel
profissional como se fossem técnicas neutras
que detectassem motivações e interesses
ocultos dos indivíduos;
 É preciso refletir sobre o uso que será feito
desta avaliação e recusando-se em situações
que deponha contra o sujeito;
 A avaliação é um processo que envolve a
integração de informações vindas de várias
fontes;
 Também é preciso pensar qual o espaço
ocupado pela avaliação psicológica na formação
do psicólogo;
 A testagem constitui apenas um dos recursos da
avaliação, pois outros recursos são imprescindí-
veis a qualquer avaliação psicológica;
 Quatro elementos são essenciais para a
configuração da definição deste processo:
- objeto; - objetivo visado;
- campo teórico; - método.
 Não é recomendada a utilização de uma só
técnica ou de um só instrumento para avaliação;
 CFP (Resolução 007/2003) → “entendida como
o processo técnico científico de coleta de dados,
estudos e interpretação de informações a
respeito dos fenômenos psicológicos”;
 É preciso a utilização adequada dos
instrumentos, que o psicólogo tenha vasto
conhecimento em relação às técnicas que
pretende utilizar e as teorias que as embasam;
 Também adequar o instrumento à demanda.
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 A ética deixa de ser pano de fundo e passa a
assumir lugar de destaque: a avaliação é de
alguém concreto, que vive em uma realidade
concreta, que tem um passado e um futuro;
 Esta avaliação reverbera na vida deste sujeito
concreto,daí o reconhecimento social deste
fazer;
 Avaliações subsidiam muitas decisões: guarda
de crianças, visita dos pais, encaminhamentos
para instituições ou espaços de cuidados
especiais, concessões de CNH, porte de armas,
contratação de funcionários, crianças em idade
escolar, entre outros;
 Na verdade não há prática profissional que não
tenha função social, e por isso é importante
atentarmos para a dimensão ética;
 Para garantir a eficácia técnica, é preciso
garantir o caráter ético do trabalho;
 Ao se pensar na qualidade das avaliações,
devemos cuidar da qualidade da confecção dos
documentos escritos, oriundos de avaliações
psicológicas (laudos, relatórios, pareceres
técnicos, documentos) nos quais formalizamos
o resultado do nosso trabalho.
 Documentos escritos elaborados de forma
tendenciosa, pouco fundamentados, que
apresentam, por diversas vezes, conclusões
precipitadas;
 A redação de um documento deve estar bem-
estruturada e definida, expressando
objetivamente o que se quer comunicar;
 O psicólogo deve utilizar expressões concisas,
próprias da linguagem profissional, com
correlação adequada das frases;
 A comunicação dos resultados nem sempre é
fácil.
 CFP → Manual de Elaboração de Documentos
(Resolução nº 007/2003)
 Aborda os seguintes itens:
I. Princípios norteadores da elaboração
documental;
II. Modalidades de documentos;
III. Conceito / finalidade / estrutura;
IV. Validade dos documentos;
V. Guarda dos documentos.
a) Declaração
b) Atestado
c) Relatório ou laudo psicológico
d) Parecer
 Os resultados quantitativos das provas e as
produções gráficas realizadas pelas pessoas
avaliadas, não acompanham os documentos,
pois são materiais clínicos e confidenciais;
 Não se pode perder de vista a finalidade da
avaliação psicológica.
 Considerar o objetivo e a demanda inicial do
atendimento;
 Possuir um contrato de trabalho que destaque
este aspecto, que deve ser consensual por
todos os envolvidos na prestação de serviços;
 Definir claramente a metodologia do trabalho a
ser realizado;
 Esclarecer o objetivo da elaboração do
documento: é importante que o próprio
profissional tenha clareza e deixe explícito no
documento que produz e a quem se destina;
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 Buscar garantir que esses objetivos sejam
preservados quando utilizados por quem o
solicitou;
 Utilizar uma redação que preze pela clareza,
concisão e harmonia, fazendo com que,
realmente, o documento possa ser
comunicador, preciso, coerente e compreensível
por aquele que lê;
 Resguardar o caráter confidencial das
comunicações, assinalando a responsabilidade
de quem as recebeu de preservar o sigilo.
 Fornecer os resultados é parte fundamental na
prestação de serviços psicológicos;
 1º artigo (alíneas “g” e “h”):
“informar, a quem de direito, os resultados
decorrentes da prestação de serviços
psicológicos, transmitindo somente o que
for necessário para a tomada de decisão que afeta o 
usuário ou beneficiário [e] orientar a quem de direito 
sobre os encaminhamentos apropriados a partir da 
prestação de serviços psicológicos , e fornecer, 
sempre que solicitado, os documentos pertinentes
ao bom termo do trabalho”.
(Código de Ética, 2005)
 Avaliação Psicológica em concursos públicos e
processos seletivos → facultativo;
 Para obtenção da CNH → obrigatória.
 Torna-se importante destacar o tipo de
linguagem a ser empregada na devolutiva;
 Para outros psicólogos → feito em termos
técnicos e apontando os recursos utilizados;
 Para outros profissionais → compartilhar
somente informações relevantes, resguardando
o caráter confidencial e preservando sigilo;
 Para juízes → formulados com os devidos
cuidados de redação e transmitir somente o que
for necessário para a tomada de decisões e
para que os operadores do Direito possam
compreendê-los;
 Para escolas → referir exclusivamente as
questões levantadas na demanda inicial, em
linguagem acessível a quem vai receber o
documento e tomando as devidas precauções
que não invadam a intimidade do caso por
questões que não se relacionam ao campo
pedagógico;
 Em recrutamento e seleção (deve-se ter claro o
perfil do cargo para selecionar as técnicas que
serão utilizadas e os procedimentos, de forma a
não causar danos aos candidatos) → comunicar
claramente ao solicitante, se as características
do avaliando estão ou não contemplando os
anseios da empresa;
 Ainda cuidar para não utilizar expressões como
“você não passou no teste” ou “você não
passou na avaliação psicológica”.
 Resultados de um processo de avaliação → ser
compreensível, objetivo e claro à problemática
que causou a solicitação;
 Pessoa avaliada → tem o direito de saber os
resultados de sua avaliação;
 O psicólogo deve ter habilidades para integrar
diferentes informações provindas de diferentes
fontes;
 Deve conhecer a ciência psicológica e
reconhecer que ética e técnica andam juntas.
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 Qualidade das avaliações não se restringe
somente na utilização de técnicas adequadas;
 Garantir a eficácia técnica é também garantir o
caráter ético do trabalho (que não se esgota na
boa técnica);
 É preciso o reconhecimento social que
dialeticamente nos exalta e nos denuncia;
 É este reconhecimento que coloca a ética como
dimensão fundamental do trabalho de avaliação
psicológica;
 Não é possível pensar perspectivas de futuro
sem cuidar da ética;
 Quanto a validade dos documentos escritos,
deve-se considerar a legislação vigente;
 Não havendo definição legal, o psicólogo
indicará o prazo de validade do conteúdo
emitido no documento, em função das
características avaliadas, informações obtidas e
objetivos da avaliação;
 Quanto a guarda dos documentos escritos, bem
como de todo o material que os fundamentou,
deverão ser guardados pelo menos cinco anos;
 Esse prazo poderá ser ampliado nos casos
previstos em lei, determinação judicial, ou em
casos específicos onde seja necessária a
manutenção da guarda por maior tempo;
 Em caso de extinção do serviço, o destino dos
documentos deverá seguir as orientações
definidas no Código de Ética do Psicólogo.
Referência Bibliográfica:
- PELLINI, M. C. B. M. Elaboração de documentos escritos com base em avaliação psicológica:
cuidados técnicos e éticos IN: BARROSO, S. M.; SCORSOLINI-COMIN, F.; NASCIMENTO, E.
Avaliação Psicológica – Da teoria às aplicações. Petrópolis: Vozes, 2015.
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Profª Cláudia Thomé Beletti
 CFP → Institui regras para a elaboração de
documentos escritos produzidos pela(o)
psicóloga(o) no exercício profissional e revoga a
Resolução CFP nº 15/1996, a Resolução CFP
nº 07/2003 e a Resolução CFP nº 04/2019.
 Resolução 006/2019 traz CONSIDERAÇÕES...
 O exercício profissional do psicólogo é
complexo e exige a elaboração qualificada da
comunicação escrita.
 Avaliação Psicológica:
... se caracteriza por uma ação sistemática e 
delimitada no tempo, com a finalidade de diagnóstico 
ou não, que utiliza de fontes de informações 
fundamentais e complementares com o propósito de 
uma investigação realizada a partir de uma coleta de 
dados, estudo e interpretação de fenômenos e 
processos psicológicos. 
Encontram-se dispostas nos seguintes itens:
I – Princípios fundamentais na elaboração de
documentos psicológicos;
II – Modalidades de documentos;
III – Conceito, finalidade e estrutura;
IV – Guarda dos documentos e condições de
guarda;
V – Destino e envio de documentos;
VI – Prazo de validade do conteúdo dos
documentos;
VII – Entrevista devolutiva.
Princípios Técnicos:
 Conter dados fidedignos que validam a
construção do pensamento psicológico e a
finalidade a que se destina;
 É resultado de uma avaliação e/ou intervenção
psicológica, observando os condicionantes
históricos e sociais e seus efeitos nos
fenômenos psicológicos;
 Considerar a natureza dinâmica, não definitiva e
não cristalizada do fenômeno psicológico;

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