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16/02/2022 1 Profª Cláudia Thomé Beletti claudia.beletti@docente.unip.br Profª Ms. Thamires Monteiro Gonçalves thamires.carmo@docente.unip.br CURSO: Psicologia SÉRIE: 3º Semestre DISCIPLINA: Técnicas de Entrevista e de Observação CARGA HORÁRIA SEMANAL: 1,5 Horas/aula CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 30 Horas I - EMENTA A técnica da entrevista e da observação no contexto da avaliação psicológica. Modalidades de entrevista e de observação. Uso adequado e ético em diferentes áreas de atuação da Psicologia. Elaboração de documentos escritos decorrentes da avaliação psicológica em vários contextos da Psicologia (Declaração, Atestado Psicológico, Parecer Relatório e Laudo Psicológico). II – OBJETIVO GERAL Com o objetivo de favorecer o domínio de instrumentos e processos de investigação científica em Psicologia e desenvolver a competência para selecionar, avaliar e adequar esses instrumentos a problemas e contextos específicos são estudados conteúdos das técnicas de entrevista e de observação utilizados no diagnóstico, intervenção psicológica e psicossocial. III – OBJETIVOS ESPECÍFICOS Ao término da disciplina, o aluno deverá ser capaz de: Planejar e realizar várias formas de entrevista e de observação. Observar, analisar, descrever e interpretar comportamentos verbais e não-verbais no contexto da entrevista. Ressaltar a importância da auto-observação no que diz respeito à prática da entrevista. Elaborar relatórios e pareceres de acordo com os modelos técnicos e princípios éticos. Demonstrar coerência, clareza e postura reflexiva na elaboração de relatórios psicológicos. IV – COMPETÊNCIAS Compreensão da técnica da entrevista e de observação como um dos instrumentos utilizados para a prática profissional em contextos clínicos, organizacionais, educacionais e de pesquisa. Elaboração de laudos psicológicos em diferentes contextos do exercício profissional, de acordo com os princípios técnicos e éticos. 1. A entrevista e a observação no processo Psicodiagnóstico. 2. A entrevista e a observação na área clínica. 3. A entrevista de Anamnese. 4. A entrevista clínica realizada em grupo. 5. A entrevista e a observação na empresa: entrevista de seleção de pessoal. 6. A entrevista e a observação na escola: entrevista com o professor, com os pais, com o aluno. 7. A entrevista e a observação no contexto da pesquisa: entrevista como instrumento de pesquisa. 8. A entrevista de triagem. 9. Produção de documentos em diferentes contextos do exercício profissional. 1 2 3 4 5 6 16/02/2022 2 Aulas expositivas. Discussão de textos. Simulação (role-play) de entrevistas em sala de aula, divisão de grupos com a proposta de dramatização de diversas situações presentes na entrevista psicológica. ATENÇÃO: No sistema online há conteúdos e exercícios como material adicional aos seus estudos. Disciplina designada como Estudos Disciplinares (ED): acessar o Módulo 9, e responder no mínimo, 10 questões. NP1 – uma prova individual e sem consulta, composta por 12 (doze) questões, com valor de zero (0,0) a dez (10,0), sendo 60% da pontuação em questões objetivas e 40% em questões dissertativas, referentes ao conteúdo desenvolvido até o final do 1º bimestre. A prova deve ter 10 questões objetivas e 2 questões dissertativas. Cada uma das 10 questões objetivas vale 0,6 pontos. Cada uma das 2 questões dissertativas vale 2,0 pontos. NP2: uma prova, individual e sem consulta, composta por 12 (doze) questões, com valor de zero (0,0) a dez (10,0), sendo 60% da pontuação em questões objetivas e 40% em questões dissertativas, referentes ao conteúdo desenvolvido até o final do 2º bimestre. A prova deve ter 10 questões objetivas e 2 questões dissertativas. Cada uma das 10 questões objetivas vale 0,6 pontos. Cada uma das 2 questões dissertativas vale 2,0 pontos. A média do semestre será calculada de acordo com o Regimento da IES. BÁSICA BARROSO, S. M.; COMIN, F. S.; NASCIMENTO, E. Avaliação Psicológica: da teoria às aplicações. Petrópolis: Vozes, 2015. BENJAMIN, A. A entrevista de ajuda. 11ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005. MACEDO, M. M. K. & CARRASCO, L. K. (Con)textos de entrevista: olhares diversos sobre a interação humana. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005. COMPLEMENTAR BLEGER, J. Temas de Psicologia: entrevista e grupos. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003. CUNHA, J. A. Psicodiagnóstico – V. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. LOURENÇO, A. da S.; ORTIZ, M. C. M.; SHINE, S. Produção de Documentos em Psicologia: Prática e Reflexões teórico-críticas. São Paulo: Vetor, 2018. OCAMPO, M. L. S. O processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. 11ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005. SCHELINI, P. W. Entrevista na clínica, na empresa e na escola: resumo explicativo. Biblioteca da UNIP, s/d. 7 8 9 10 11 12 16/02/2022 3 É muito comum os novatos terem dificuldades para pensar nas suas perguntas; Se gasta mais tempo planejando o que perguntar a seguir do que considerando o que significa a resposta anterior; A entrevista clínica é pouco mais que ajudar as pessoas a falar sobre si mesmas; Pede-se para que as pessoas revelem algo de suas emoções e de suas vidas pessoais; A prática nos ensina o que perguntar e como direcionar a conversa para nos dar as informações de que precisamos; Não se trata de fazer com que os pacientes simplesmente respondam perguntas; O clínico deve incluir a percepção de nuances de sentimentos, uma hesitação ou um olho molhado; O entrevistador deve saber como trabalhar com uma variedade de personalidades e de problemas: - soltar as rédeas do paciente informativo; - orientar o divagador; - incentivar o silencioso; - apaziguar o hostil. É preciso de prática para desenvolver um estilo próprio de entrevistador; As entrevistas clínicas são usadas para alcançar vários objetivos, mas todos os profissionais (de diferentes áreas) devem no início obter informações básicas sobre cada paciente; Os bons entrevistadores compartilham 3 características: 1. Obtém o maior nº de informações precisas e relevantes para o diagnóstico e para o tratamento; 2. No menor período de tempo; 3. São eficientes em criar e manter uma boa relação de trabalho (rapport) com o paciente. São várias as razões para realizar o 1º contato com o paciente: - triagem rápida; - admissão ambulatorial para fins diagnósticos; - consulta no setor de emergência; - hospitalização; - consulta em busca de medicação; - psicoterapia. Os clínicos muitas vezes usam apenas uma pequena parte do tempo reservado para a entrevista, não perguntam sobre ideação suicida e esquecem que muitos pacientes com doenças mentais também têm problemas com o uso de substâncias; Portanto, a entrevista inicial busca sanar estes déficits. Pacientes: São vistos pelos clínicos de maneiras variadas; Perspectivas: biológicas, dinâmicas, sociais e comportamentais; Uma avaliação abrangente contempla todas as perspectivas; Torna-se importante descobrir como as experiências do passado contribuem para os problemas atuais; Conforme o tratamento avança é possível obter outras informações e necessário revisar algumas opiniões que formou durante o primeiro encontro. O sucesso de entrevistador dependerá de várias habilidades: - Você consegue evocar toda a história? - Consegue sondar com profundidade suficiente para obter todas as informações relevantes? - Consegue ensinar o paciente rapidamente a contar fatos pertinentes e exatos? - Sabe avaliar e responder adequadamente aos sentimentos do paciente? - Quando necessário você consegue estimular a motivação do paciente para revelar experiências embaraçosas? Referência Bibliográfica: MORRISON, J. Entrevista Inicial em Saúde Mental. Porto Alegre: Artmed, 2010. (Introdução) 13 14 15 16 17 18 16/02/2022 1 Profª Cláudia Thomé Beletti claudia.beletti@docente.unip.br Profª Ms. Thamires Monteiro Gonçalves thamires.carmo@docente.unip.brPSICODIAGNÓSTICO: Quando bem realizado, pode ser terapêutico e esclarecedor para o paciente quanto o próprio processo psicoterápico. Importância do Diagnóstico correto: - Freud (1913) “O Início do Tratamento”; destaca que um erro impõe ao paciente um esforço inútil e ao final poderá não mais confiar em um processo psicoterapêutico, pois não alcançou seu objetivo que é a cura. Fica difícil para o psicólogo chegar a um diagnóstico; Há exigências dos convênios de saúde, nos locais de trabalho e nas instituições de ensino para se apresentar um diagnóstico e de preferência com nº do CID ou DSM; Nos trabalhos em equipes multidisciplinares um bom diagnóstico se faz necessário; Fica evidente a grande responsabilidade do profissional ao realizar um processo psicodiagóstico; O processo implica o profissional ter a responsabilidade de entender o que está acontecendo, principalmente o que o levou à situação atual; Inicialmente o papel do psicólogo era satisfazer a demanda de outro profissional; Somente os testes eram valorizados (pouco vínculo); Psicanálise → muda a postura do psicólogo; Entrevista livre passa a ser valorizada; Consequência → aproximação afetiva e efetiva entre paciente e profissional; A compreensão do paciente foi enriquecida; Constatação → testes como único recurso para o psicodiagnóstico não permitiam completo entendimento do indivíduo e nem vínculo ativo; Entrevista livre → também descaracteriza o processo, pois não há limite de tempo; Impasse → psicólogo repensou sua posição quanto ao processo, houve uma busca de identidade profissional; Para caracterizar e diferenciar o psicodiagnóstico da psicoterapia, passou-se a utilizar a entrevista semidirigida, aliada com os resultados de aplicações de testes (exclusivos aos psicólogos); Podemos abrir mão de testes e outras técnicas, mas a entrevista é insubstituível. 1 2 3 4 5 6 16/02/2022 2 Restrição de tempo, pois o contato com o paciente, seus familiares ou responsáveis têm início, meio e fim delimitados; O papel do entrevistador é manter uma escuta apurada, sem que perca de vista o foco da investigação que leva ao esclarecimento da origem da queixa ou sintoma; Portanto, paciente (ou responsáveis) decidem o assunto que deseja falar e o psicólogo tem o objetivo de manter atenção nos pontos considerados imprescindíveis; Paciente deve se sentir atendido em sua demanda e, ao mesmo tempo, não se sentir invadido e nem desviar o processo dos objetivos iniciais; Cabe ao entrevistador atingir os objetivos dentro do tempo previsto; É fundamental a extrema sensibilidade do terapeuta, bem como ampliar o foco e tirar a responsabilidade do paciente o peso da total responsabilidade pelo seu sintoma (ex: crianças); Motivo do encaminhamento pode ser similar ao descrito; Também é possível que por trás do conteúdo manifesto, exista uma infinidade de conteúdos latentes e que são impossíveis de serem generalizados; A compreensão do indivíduo dentro do seu contexto familiar e social deve estar sempre presente, mesmo que se lance mão de testes ou outros recursos de investigação teórica; Nos poucos encontros devem ser explorados pontos cruciais das vidas das pessoas, mesmo que não estejam preparadas para tal; Também não se deve esquecer que o profissional é “estranho” ao paciente, e se expor não é tão simples; Portanto, a responsabilidade do profissional é grande e o preparo técnico é fundamental para atender a todas as demandas. De modo geral, a 1ª entrevista é semidirigida, mas nos momentos iniciais desta, é preciso utilizar a técnica diretiva para: - apresentação mútua; - realização do contrato psicodiagnóstico. O 1º contato norteia o profissional a escolher testes e técnicas que serão utilizadas; O contrato também deve ocupar lugar de destaque: - objetivo; - informações sobre técnicas - nº de sessões; e testes a serem utilizados; - tempo de duração; - sigilo e queixa. Pais é quem procuram pelo atendimento; Com pais separados, as entrevistas são individuais; É comum que os pais se esqueçam de detalhes importantes ou não falem com exatidão; Pais não sabem quais aspectos são mais relevantes para fornecer ao psicólogo; É possível ficarem angustiados por imaginar que estão sendo observados e avaliados; Deve-se esclarecer o processo aos pais. 7 8 9 10 11 12 16/02/2022 3 Realizadas com o próprio paciente ou com quem tenha informações sobre a história de vida; Pode ser com os pais juntos ou separadamente; As informações coletadas não devem se restringir ao processo evolutivo do paciente; É preciso contextualizá-lo em seu sistema familiar e investigar além dele; Nos casos de crianças e adolescentes, também é necessário conhecer da história de união dos pais; As informações revelam o clima familiar; Pode-se utilizar o genograma como recurso. Por que utilizar-se de uma bateria de testes: - a utilização isolada de um teste não permite uma avaliação abrangente; - vários instrumentos possibilita relacionar dados e com isso, menor possibilidade de erro. A escolha dos testes varia em cada caso; Inclui: idade, sexo, escolaridade e queixa; Além da escolha dos instrumentos, programa-se a ordem de aplicação dos mesmos; A indicação é iniciar pelos gráficos (hora de jogo com cças) e terminar com o mais ansiogênico. Trata-se da finalização do psicodiagnóstico; “comunicação verbal discriminada e dosificada dos resultados do processo” (Ocampo e Arzeno, 1981) É preciso saber o que pode e o que não pode ser dito; Deve-se comunicar tudo o que for possível em benefício do paciente; É a transmissão do que foi compreendido durante o processo; No processo com crianças e adolescentes, pode haver até dois encontros para a devolutiva; De acordo com cada momento de vida, a devolução deve ser feita de forma diferente; Adolescentes dever receber antes dos pais e ao chamá-los, solicitar sua presença; Com crianças, a orientação é que recebem juntos; Torna-se imprescindível que o profissional conheça bem o caso; Na última entrevista do processo, é preciso ter as respostas das perguntas feitas no início (queixa); É preciso ter um roteiro bem definido para sua realização (mas flexível): - iniciá-la retomando o motivo do psicodiagnóstico; - informar paulatinamente os aspectos mais adaptativos do paciente; - posteriormente informar os aspectos menos adaptativos até os patológicos (sempre sensíveis à tolerância das pessoas envolvidas). Cabe ao psicólogo discriminar os aspectos sadios dos menos sadios para saber o que pode ou não ser comunicado; Aspectos sadios dever ser retomados ao longo da devolução, pois possibilita ao paciente e/ou seus responsáveis lidarem com as dificuldades; Ao término, o profissional deve dar o encaminhamento necessário; Trata-se da finalização de todo o processo e muitas vezes somos os guardiões de segredos nunca antes revelados; Portanto, a responsabilidade é imensa. Referência Bibliográfica - CARRASCO, L. K.; PÖTTER, J. R. Psicodiagnóstico: Recurso como Compreensão in: MACEDO, M. M. K.; CARRASCO, L. K. (org.) (Con) textos de entrevista: olhares diversos sobre a interação humana. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005. 13 14 15 16 17 18 16/02/2022 1 Profª Cláudia Thomé Beletti claudia.beletti@docente.unip.br Profª Ms. Thamires Monteiro Gonçalves thamires.carmo@docente.unip.br Não é técnica única; Existem várias formas de abordá-la; Varia conforme o objetivo e da orientação do entrevistador; Os objetivos de cada entrevista determinam suas estratégias, alcances e limites. “Conjunto de técnicas de investigação, de tempo delimitado, dirigido por um entrevistador treinado, que utiliza conhecimentos psicológicos, em uma relação profissional, com o objetivo de descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais ou sistêmicos, em um processo que visa a fazer recomendações, encaminhamentosou propor algum tipo de intervenção em benefício das pessoas entrevistadas”. (TAVARES, 2000 pag. 45) Série de procedimentos que possibilitam investigar os temas em questão; Possibilita: - alcançar os objetivos primordiais da entrevista (descrever e avaliar); - relacionar eventos e experiências; - fazer inferências; - estabelecer conclusões; - tomar decisões. A investigação se dá dentro dos domínios da psicologia (psic do desenvolvimento, psicopato, psicodinâmica, teorias sistêmicas, etc); É parte de um processo de avaliação: - pode ocorrer em uma ou mais sessões; - pode ser dirigido a fazer um encaminhamento; - pode definir os objetivos de um processo psicoterapêutico. Muitas vezes o aspecto avaliativo de uma entrevista inicial confunde-se com a psicoterapia devido ao aspecto terapêutico intrínseco existente; Pode ser ainda complexo exigindo um conjunto diferenciado de técnicas de entrevistas e de instrumentos de avaliação; É o procedimento capaz de adaptar-se à diversidade de situações clínicas; É capaz de testar os limites de aparentes contradições e de tornar explícitas as características indicadas pelos instrumentos padronizados; Tem a característica de ser dirigida; É no intuito de alcançar os objetivos da entrevista que o profissional estrutura sua intervenção; Também o entrevistador deve estar preparado para lidar com o direcionamento que o sujeito parece querer dar à entrevista; 1 2 3 4 5 6 16/02/2022 2 O entrevistador deve estar atento aos processos no outro, e a sua intervenção deve orientar o sujeito a aprofundar o contato com sua própria experiência; Todos os tipos de entrevista têm alguma forma de estruturação na medida em que a atividade do entrevistador direciona a entrevista no sentido de alcançar seus objetivos; É o entrevistador quem coloca a entrevista no domínio de uma relação profissional; É sua a responsabilidade dominar as especificidades da técnica e complexidade do conhecimento utilizado; Assumir essas responsabilidades profissionais pelo outro tem aspectos éticos fundamentais: - significa reconhecer a desigualdade intrínseca na relação, dando uma posição privilegiada ao entrevistador. É de responsabilidade do entrevistador: - zelar pelo interesse e bem-estar do outro; - reconhecer a necessidade de treinamento especializado com atualizações constantes. O sucesso depende de um participante colaborativo; Quando há dificuldades em levantar informações, o entrevistador deverá centrar sua atenção na relação com a pessoa entrevistada, para compreender os motivos de sua atitude; Surgem questões transferenciais importantes que devem ser esclarecidas adequadamente; O resultado depende largamente da experiência e da habilidade do entrevistador, além do domínio da técnica; Deve-se criar um clima que facilite a interação e a abertura para o exame de questões íntimas e pessoais talvez seja o desafio maior da entrevista clínica; Estratégias para capacitação do profissional: - graduação; - especialização; - supervisão. É preciso estar atento para as questões éticas, pois é possível haver conflitos de interesses como entrevistas em empresas por ex.; Em um processo de entrevista clínica não há um contrato de continuidade como em um processo terapêutico; A delimitação temporal tem a função de explicitar as diferenças de objetivos dos dois procedimentos e do papel do profissional; A delimitação define o setting e fortalece o contrato terapêutico; FORMA (estrutura) OBJETIVO - Estruturada Decorre da inter- - Semi-estruturada dependência entre - Livre estruturação abordagem e objetivo ESTRUTURADA → de pouca utilidade clínica Mais frequente em pesquisas; Se destina ao levantamento de questões; Privilegiam a objetividade; Perguntas são quase sempre fechadas. 7 8 9 10 11 12 16/02/2022 3 O entrevistado é o porta-voz de uma demanda e espera um retorno que o auxilie; Portanto, a utilidade das entrevistas depende do espaço que este procedimento deixa para as manifestações individuais; Cabe então ao entrevistador conduzir o processo adequadamente; Esta especificidade clínica favorece os procedimentos semi-estruturados e de livre estruturação. Toda entrevista supõe alguma forma de estruturação; É necessário que se conheçam metas, o papel de quem a conduz e os procedimentos para se atingir os objetivos; Mesmo que o entrevistador não os reconheça explicitamente, eles estão presentes: ↓ Entrevista de LIVRE ESTRUTURAÇÃO Entrevista SEMI-ESTRUTURADA: Entrevistador tem clareza dos seus objetivos; Que tipo de informação é necessária; Como a informação deve ser obtida; Quando ou em que sequência; Em que condições deve ser investigada; Como deve ser considerada (utilização dos critérios de avaliação). Vantagens da entrevista SEMI-ESTRUTURADA: Garante a obtenção da informação necessária de modo padronizado; Aumenta a confiabilidade ou fidedignidade da informação; Permite a criação de um registro permanente e de um banco de dados úteis à pesquisa, ao estabelecimento da eficácia terapêutica e ao planejamento de ações de saúde. Está diretamente relacionado com a abordagem. Existem dois níveis de objetivo: Comum a todas: - apresentação da demanda; - reconhecimento da natureza do problema; - formulação de alternativas de solução e encaminhamento. Objetivos instrumentais: Objetivos instrumentais: - são muitos e variados; - estratégias diferentes podem ser utilizadas de formas isoladas ou combinadas; - têm objetivos diversos (consultório, saúde pública, psicologia hospitalar, etc). Quanto a finalidade da entrevista: - de triagem; - diagnósticas; - sistêmicas; - de anamnese; - de devolução. 13 14 15 16 17 18 16/02/2022 4 Avalia a demanda e faz encaminhamento; Geralmente utilizada em serviços de saúde pública ou em clínicas sociais; Utilizada também para avaliar a gravidade da crise. Tem o objetivo primordial de levantamento detalhado da história do desenvolvimento da pessoa, principalmente na infância; Pode ser estruturada cronologicamente; Muitas abordagens que integram ou valorizam o desenvolvimento precoce podem se beneficiar deste tipo de entrevista. Tem como proposta o exame e análise explícitos ou cuidadosos de uma condição na tentativa de compreendê-la, explicá-la e possivelmente modificá-la; Prioriza aspectos sindrômicos ou psicodinâmicos - baixa auto-estima - culpa CLASSIFICAÇÃO DE QUADRO - sintomas do humor - visa à descrição e à compreensão da experiência ou do modo particular de funcionamento do sujeito. Tanto sindrômicos quanto psicodinâmicos visam a modificação de um quadro apresentado em benefício do sujeito; As duas perspectivas devem ser vistas como complementares, operando dentro de uma mesma estratégia de entrevista; É comum a existência de sinais e sintomas isolados que não são suficientes para configurar uma síndrome, mas são importantes para indicar um modo particular de adoecer; Torna-se cada vez mais necessário compreender o sujeito integrando sinais, sintomas e síndromes com aspectos psicodinâmicos; A abordagem fenomenológica busca descrever e compreender o fenômeno em sua complexidade para sugerir modos de intervenção terapêutica; Entrevistas sistêmicas para avaliar famílias e casais focalizam e avaliam a estrutura ou a história relacional ou familiar; São técnicas que variam de acordo com a orientação do entrevistador. Tem por finalidade comunicar ao sujeito o resultado da avaliação; Permite ao sujeito expressar seus pensamentos e sentimentos em relação às conclusões e recomendações do avaliador; Permite avaliar as reações do sujeito a elas com seu desejo ou não de segui-las; Além de ajudar o sujeito compreender as conclusões, contribui para remover distorções ou fantasias contraproducentes em relação a suas necessidades. 19 20 21 22 23 24 16/02/2022 5 Pode envolver diferentes procedimentos e inclui vários tipos de entrevistas: - com a família; - com o sujeito que pede ajuda; - para aplicação de instrumentos; - de devolução com o sujeito; - de devolução com a família. O sucesso da entrevista dependerá das qualidades gerais de um bom contato nos quais se apoiam as técnicas clínicas específicas. 1. Estar presente (disponível para o outro e ouvi-lo sem interferência de questões pessoais); 2. Ajudar o paciente se sentir à vontade e desenvolver uma aliança de trabalho; 3. Facilitar a expressão dos motivos de buscar ajuda; 4. Esclarecer as colocações vagas ou incompletas; 5. Gentilmente confrontar esquivas e contradições; 6. Tolerar a ansiedade relacionada aos temas; 7. Reconhecer defesas e modos de estruturação do paciente (transferência); 8. Compreender seus processos contra transferenciais; 9. Assumir a iniciativa em momentos de impasse; 10. Dominar as técnicas que utiliza. É preciso avaliar questões éticas: O interesse do profissional pode contrariar o do sujeito avaliado; Algumas atitudes podem colocar em risco o bem estar do outro (ex: manter relações não profissionais com o sujeito); O profissional pode ser chamado a atender interesses conflitantes (ex: empresa / empregados; casais em separação). Fundamental: Discussões de casos e Supervisões. Referência Bibliográfica - TAVARES, M. A entrevista clínica in: CUNHA, J. A. [et al] Psicodiagnóstico – V Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. 25 26 27 28 16/02/2022 1 Profª Cláudia Thomé Beletti claudia.beletti@docente.unip.br Profª Ms. Thamires Monteiro Gonçalves thamires.carmo@docente.unip.br Caracterizada como semidirigida: a) assinala alguns vetores quando o entrevistado não sabe como começar ou continuar; b) assinalar situações de bloqueio ou paralisação por incremento da angústia para assegurar o cumprimento dos objetivos; c) indagar acerca de aspectos da conduta do entrevistado, aos quais este não se referiu espontaneamente, sobre “lacunas” que são consideradas de especial importância, ou acerca de contradições, ambiguidades e verbalizações obscuras. Na mesma entrevista: - iniciar de forma diretiva; - trabalhar livremente; - no final adotar a técnica diretiva para preencher as lacunas. Duas razões para escolher a semidirigida: - conhecer exaustivamente o paciente; - pela necessidade de extrair dados que permitam formular hipóteses, planejar a bateria de testes e interpretar os dados com maior precisão. Deve-se correlacionar: - o que o paciente (ou pais) mostra na 1ª; - o que aparece nos testes; - o que surge na devolutiva. Importante material diagnóstico e prognóstico. Entrevista Clínica: é “uma” técnica insubstituível; Testes: também fundamentais, pois explora outros tipos de conduta como aspectos patológicos ocultados numa boa verbalização. A maioria dos testes inclui interrogatórios; Fazer perguntas e receber respostas, é um trabalho em que colaboram ambos envolvidos no processo; Também a entrevista se inclui neste contexto; Frente a uma situação de bloqueio necessitamos de mais informações e as obtemos fazendo indagações e aplicando testes apropriados; Diferença entre entrevista clínica e de aplicação de testes consiste que a primeira oferece informações da conduta diferentemente do que aparece na aplicação dos testes. Informações obtidas na entrevista clínica: - tipo de vínculo estabelecido com o psicólogo; - transferência e contratransferência; - classe de vínculo que estabelece com outros em suas relações interpessoais; - ansiedades predominantes; - condutas defensivas utilizadas habitualmente; - aspectos patológicos e adaptativos; - diagnóstico e prognóstico. 1 2 3 4 5 6 16/02/2022 2 1. Primeira impressão que nos desperta; 2. Verbalização (clareza, confusão, ambiguidade); 3. Estabelecer grau de coerência ou discrepância entre linguagens verbal e não verbal; 4. Planejamento da bateria de testes; 5. Estabelecer um bom rapport; 6. Captar o tipo de vínculo que nos transfere; 7. Com pais: detectar qual tipo de vínculo entre os membros da família; 8. Avaliar a capacidade dos pais do diagnóstico; 9. Motivo da consulta. Deve-se discriminar entre o motivo manifesto e o motivo latente; É o sintoma que preocupa. Geralmente o motivo mais sério é outro mais sério, denominado LATENTE. Deve-se observar o momento em que o paciente toma consciência do motivo mais profundo; O psicólogo escuta o que o paciente fala, mas não fica ingenuamente com a versão apresentada; Deve-se investigar se o paciente funciona como 3º excluído ou incluído em relação ao pedido de ajuda; Às vezes os pais transmitem ao filho o motivo manifesto e ocultam o motivo profundo; Se o psicólogo não pode falar do real motivo, ele entra em cumplicidade com os pais (patologia); Se não ficar claro, o futuro de uma possível terapia ficará comprometido Torna-se fundamental detectar: - coincidência ou discrepância entre o motivo manifesto e o motivo latente; - grau de aceitação (paciente e pais). O MOTIVO DA CONSULTA É GERADOR DE ANSIEDADE O que os pais adiam ou evitam transmitir ao psicólogo, é o mais ansiógeno; Também é útil averiguar quais são as fantasias que os pais têm a respeito da concepção da vida, da saúde e da doença; Verifica-se também qual a sequência de aspectos do filho que é apresentado: um mostra os aspectos mais sadios, enquanto que o outro os mais doentes – isto se mantém ao longo da entrevista ou se alterna? Existe semelhança entre a patologia do filho e a de um de seus pais? O psicólogo deve discriminar identidades dentro do grupo familiar que o consulta; A ansiedade desempenha papel importante no processo, tanto nos pais quanto no psicólogo; A ansiedade pode favorecer ou inibir as possibilidades do psicólogo de perguntar, escutar, reter, elaborar hipóteses, integrar dados e efetuar uma boa síntese e posterior devolução; Também a culpa desempenha um papel preponderante tanto nos pais e no paciente quanto no psicólogo; Quanto maior é a ansiedade detectada na entrevista, maior é também a culpa subjacente; Se a ansiedade e a culpa forem encaradas adequadamente desde a primeira entrevista, promoverá uma maior qualidade do trabalho diagnóstico; Favorece também o terreno para a entrevista devolutiva e para elaboração de um plano terapêutico correto. Referência Bibliográfica - OCAMPO, M. L. S.; ARZENO, M. E. G. A Entrevista Inicial in: OCAMPO, M. L. S.; O Processo Psicodiagnóstico e as Técnicas Projetivas. São Paulo: Martins Fontes, 2005. 7 8 9 10 11 12 16/02/2022 1 Profª Cláudia Thomé Beletti claudia.beletti@docente.unip.br Profª Ms. Thamires Monteiro Gonçalves thamires.carmo@docente.unip.br PSICODIAGNÓSTICO: tatear pelos meandros da angústia, da desconfiança e do sofrimento de quem busca ajuda. TATEAR: Lidar com as inúmeras resistências; Sentimentos ambivalentes; Situações desconhecidas. Sintomatologia já se fez presente, mesmo antes do agendamento da consulta; Formas de driblar o sofrimento já foram experimentadas; Há estereótipos culturais em torno da área psi; Há outras resistências mais imperiosas (ICS); A pessoa tenta conviver com seus sintomas e a família também tenta tolerá-los ; Os sintomas podem ser observados por alguém de fora: professores, médicos, amigos, etc e com isso, gerar o encaminhamento. Respeito; “Olhar novo”: com o ‘coração’, livre de críticas, menosprezo e desvalia. Desenvolver uma relação de confiança; Há necessidade de acolhimento para que o processo possa se desenvolver; Mostrar-se com atitudes de esperança e aceitação. NESTE PROCESSO ESTÃO PRESENTES MOTIVOS CONSCIENTES E INCONSCIENTES Agendar significa admitir a existência de algum grau de perturbação e dificuldade; Emergem fortes defesas para mascarar motivações inconscientes da busca da ajuda; Pode haver algum reconhecimento do problema e representarsofrimento o enfrentamento; O paciente pode negar a realidade e depositar num terceiro a responsabilidade da procura; Os aspectos inconscientes estão no nível mais profundo da psique; Portanto, é importante observar como o paciente trata a si próprio e suas dores. A discriminação dos motivos explícitos e implícitos favorece que o psicólogo determine os objetivos do psicodiagnóstico, bem como fornece dados sobre a capacidade de vinculação; A maneira de se ‘conhecer’ o paciente se dá por meio de perguntas iniciais. 1 2 3 4 5 6 16/02/2022 2 Aspectos conscientes e inconscientes A interação clínica se manifesta em dois planos: o das atitudes e o das motivações: PSICÓLOGO PACIENTE (A) Examinador e clínico (A)Sintomatologia (M) Aspectos inconscientes ao assumir papéis: CONTRATRANSFERÊNCIA (M) Aspectos inconscientes ao assumir papéis: TRANSFERÊNCIA Não tem caráter só positivo ou só negativo; Consiste na recriação dos diversos estágios do desenvolvimento emocional ou reflexo das complexas relações para com figuras-chave de sua vida; São vários os sinais a este respeito: - necessidade de agradar; - competição com o psicólogo; - resistência; - tentativas de intelectualização e outros... Designa em psicanálise o processo pelo qual os desejos inconscientes se atualizam sobre determinados objetos no quadro de um certo tipo de relação estabelecida com eles – relação analítica. Trata-se de uma repetição de protótipos infantis vivida com uma sensação de atualidade acentuada. (Laplanche & Pontalis – Vocabulário de Psicanálise) Psicólogo pode ficar dependente do afeto do paciente; Deixa-se envolver por elogios, presentes, propostas de ajuda; Pode facilitar ou não os honorários; Pode exibir conhecimentos; Pode proteger o paciente contra seus sentimentos agressivos; Pode se ver tentado a prolongar o vínculo além do necessário, ou competir, ou outros... Designa em psicanálise o conjunto das reações inconscientes do analista à pessoa do analisando e mais particularmente à transferência deste. (Laplanche & Pontalis – Vocabulário de Psicanálise) Psicólogo: estar alerta à contratransferência; Trata-se de um fenômeno normal; É preciso percebê-la e entendê-la; Não se deve permitir que os sentimentos do psicólogo atuem no processo; Ela será adequada na medida em que possibilita que o psicólogo perceba o inconsciente do paciente; Psicólogo deve ficar atento às manifestações ocultas e aparentes de como o paciente está se sentindo ao longo do processo. 7 8 9 10 11 12 16/02/2022 3 Sofre pressões do paciente, do grupo familiar, do ambiente, de quem encaminhou e dele próprio; Espera que o paciente colabore, forneça todos os dados necessários e mantenha-se no seu papel; Caso o paciente se mostre resistente, evasivo ou outro, o psicólogo pode experienciar sentimentos de raiva e intolerância, podendo interferir ou até invalidar o processo. Constantes relativas ao papel de psicólogo: a) aspecto “voyeurista” – examina o interior do paciente; b) aspecto autocrático – tem o poder no processo; c) aspecto oracular – é quem fornece respostas; d) aspecto santificado – é o salvador do paciente. Constantes relativas ao paciente: a) “auto-exposição” – se sente exposto e vulnerável; b) perda do controle – fica a mercê do psicólogo; c) perigos de autoconfrontação – quer ajuda e receia a confrontação; d) tentação de reagir de forma regredida; e) ambivalência diante da liberdade de se expor e dos riscos de o fazê-lo. Tarefa do psicólogo: - não se restringe a ser psicometrista; - também não é apenas um mero aplicador de técnicas projetivas; - nunca deve perder de vista a dimensão global; - estar consciente e atento para as próprias condições psicológicas quanto para as reações e manifestações do paciente avaliando o vínculo. Referência Bibliográfica - RAYMUNDO, M. G. B. O contato com o paciente in: CUNHA, J. A. e cols. Psicodiagnóstico V . Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. 13 14 15 16 16/02/2022 1 Profª Cláudia Thomé Beletti claudia.beletti@docente.unip.br Profª Ms. Thamires Monteiro Gonçalves thamires.carmo@docente.unip.br História e Exame do Estado Mental: constituem os recursos básicos de um diagnóstico e se desenvolvem no contexto de uma entrevistas. Estes podem ou não se somar a testes, e vai depender dos objetivos do exame e a gravidade ou não do transtorno. HISTÓRIA: - História pessoal ou anamnese; - História clínica; - História da doença atual. Também chamada de história da doença atual; Pretende caracterizar a emergência de sintomas ou de mudanças comportamentais (sua evolução até o momento); Examina-se a história pessoal, identificando como e quando começaram a se delinear dificuldades; Ao se levantar a história clínica, já se conhece a queixa, mas deve-se explorar como foi a decisão de se chegar à consulta; Torna-se importante descrever se há mudanças; Estar atento se há ‘ganhos secundários’; Investiga-se também sintomatologia e condições de vida do paciente; Saber da rede social do paciente e se conta com apoio, também é necessário; Definimos também a situação funcional com registro do desempenho profissional e/ou acadêmico; Explora-se ainda a área sexual, investigando se há estabilidade ou não nas ligações; A condução da entrevista pode ser mais ou menos diretiva, dependendo de características do paciente e das preferências do psicólogo; Espera-se que conclua esta etapa com a convicção de que foram abordados todos os pontos essenciais sobre a emergência da problemática e seu curso, com dados cronológicos. Pressupõe uma reconstituição global da vida do paciente; Frequentemente é delineada de forma mais sistemática e formal; Muitas vezes produz um acúmulo de dados que não contribuem para o entendimento do caso; Esses dados podem ser resumidos, devendo ser enfocados de acordo com os objetivos do exame e características do paciente; Muitos dados não poderão ser lembrados ou serão omitidos por motivos defensivos; 1 2 3 4 5 6 16/02/2022 2 Torna-se importante associar a perspectiva histórica a uma abordagem dinâmica; Dependendo da problemática e da estrutura da personalidade do paciente, certas áreas e certos conflitos deverão ser mais explorados do que outros; A atenção deve se concentrar em certos pontos da vida do paciente que tenham probabilidade de fornecer explicações para a emergência e o desenvolvimento do transtorno atual; Não é necessário seguir rigidamente um roteiro, mas existem tópicos que servem como referência para explorar a vida do paciente; A maior ou menor ênfase a ser dada em cada tópico vai variar de acordo com o tipo de paciente e sua idade, objetivo da avaliação e circunstâncias da entrevista e avaliação. Contexto familiar; História pré-natal e perinatal; A primeira infância; Infância intermediária; Pré-puberdade, puberdade e adolescência; Idade adulta; Fontes subsidiárias; Avaliação dinâmica (modo específico de se entender os fatos). Referência Bibliográfica - CUNHA, J. A. A História do Examinando in: CUNHA, J. A. e cols. Psicodiagnóstico – V. Porto Alegra: Artes Médicas Sul, 2000. 7 8 9 16/02/2022 1 Profª Cláudia Thomé Beletti claudia.beletti@docente.unip.br Profª Ms. Thamires Monteiro Gonçalves thamires.carmo@docente.unip.br Muito importante no contexto organizacional; Recrutamento e seleção é uma das áreas mais importantes e estratégicas neste contexto; O recrutamento é o ponto de partida quando se possui uma vaga de trabalho; A entrevista de seleção visa obter informações a respeito de pessoas que estão se candidatando a uma oportunidade de trabalho; Antes de se iniciar a contratação é preciso definir quais atributos pessoais e qualificações combinarão com o cargo; É necessário um conjunto de técnicas e procedimentos, bem como etapas que são imprescindíveisao processo: - definir as qualificações que se desejam; - estabelecer melhor fonte de recrutar; - conhecer a fundo a função; - conhecer a empresa; - avaliar ou construir a descrição do cargo com o gerente; - comunicar ao mercado de trabalho. Trata-se de um filtro de candidatos para seleção. Contribui com entrevistador e candidato para obterem as informações necessárias para tomarem a melhor decisão; Várias etapas devem ser seguidas: - conhecer os requisitos da função e da empresa; - preparar o ambiente em que se realizará; - ambiente privado, confortável e sem ruídos; - entrevistador se apresentar e estabelecer um bom rapport; - entrevista possuir planejamento e tempo delimitados; Mais etapas a serem seguidas: - entrevistador oferecer informações a respeito da empresa e da função; - tipo de entrevista e de perguntas devem estar previamente planejadas pelo entrevistador; - tipos de entrevista: * estruturada (prevê roteiro de perguntas) * não-estruturada (não prevê roteiro) * semi-estruturada - entrevistador conduz sozinho ou acompanhado pelo gerente do setor requisitante. 1. Introdução 2. Interrogatório 3. Vendas / Avaliação 4. Conclusão O QUE SE AVALIA? - Experiência técnica; - Habilidades e aptidões; - História pessoal e pregressa; - Contexto atual e profissional; - Motivação, planejamento do pensamento; - Ambição, comunicação verbal e não-verbal; 1 2 3 4 5 6 16/02/2022 2 - Postura, raciocínio; - Relacionamento interpessoal; - Nível de ansiedade e expectativas futuras. É preciso o entrevistador conhecer: - a organização e sua estratégia; - as tarefas e responsabilidades do cargo; - características da área onde há a vaga; - o estilo de gestão do gerente; - expectativas e características do grupo e pré- requisitos. 1. Ficar atento a qualquer pormenor sobre pontos negativos do candidato; 2. Fazer perguntas que confirmem as primeira impressões; 3. Conhecer todas as informações importantes relativas ao cargo; 4. Estar atento e cuidadoso para não proporcionar um efeito de contraste (candidato forte e fraco); 5. Não deixar-se levar por assuntos outros sem relação com o trabalho; 6. Não julgar precipitadamente e fazer perguntas especulativas. A escolha do candidato deve ser do gerente; Candidatos bons sem experiência podem ser contratados; Cuidar para que gerentes não biocotem o trabalho; Candidatos são contratados para darem resultados à organização; Considerar que a diversidade de pessoas proporciona ambiente rico e criativo; Entrevistador deve estar ‘alinhado’ com o gerente em busca do mesmo perfil. Introduzir perguntas para candidatos pouco objetivos; Atenção para aqueles que falam apenas o que se espera ser dito; Atenção para candidatos que fogem das perguntas tentando conduzir a entrevista; Não leve para o lado pessoal, algum aspecto de agressividade do candidato. Provas de conhecimentos gerais; Provas de idiomas; Conhecimento técnico; Testes psicométricos e projetivos; Situacional; Dinâmica de grupo; Entrevistas baseadas no comportamento (são baseadas na experiência profissional). Não adianta qualquer técnica, estrutura de entrevista ou várias etapas em um processo seletivo, se o entrevistador: - não conhece a organização (valores, objetivos, cultura); - não conhece o dia-a-dia da área que necessita do profissional; - não trata com respeito e valor o candidato. Entrevista baseada em competência tem se mostrado muito positiva neste processo. Referência Bibliográfica - RAMOS, F. Entrevista na Empresa: Entrevista de Seleção in: MACEDO, M. M. K.; CARRASCO, L. K. (org.) (Con) textos de entrevista: olhares diversos sobre a interação humana. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005. 7 8 9 10 11 12 16/02/2022 1 Profª Cláudia Thomé Beletti claudia.beletti@docente.unip.br Profª Ms. Thamires Monteiro Gonçalves thamires.carmo@docente.unip.br Sofrerá influência da visão que o psicólogo tem do trabalho na escola e do entendimento teórico que faz dessa realidade; O olhar deve ser para o todo: relações que se estabelecem desde direção, professores, funcionários, alunos, pais e profissionais da comunidade escolar; O objetivo é criar ambientes de ensino- aprendizagem mais sadios; Inclui estratégias que permitam ajustar variáveis do aluno, professor, tarefa, família e escola; Sala que preserve o sigilo; Sala com poltronas confortáveis; Utilização de brinquedos e material gráfico; É indicado a entrevista semidirigida; A intervenção é pontual, pois quem procura o psicólogo escolar não está em busca de tratamento emocional; É preciso direcionar para o foco e o objetivo do encontro. 1. Esclarecer objetivos e tempo de duração; 2. Colher dados, incentivar a expressão de sentimentos e percepções; 3. Fornecer informações e observações que a escola possui; 4. Dar orientações (aconselhamento); 5. Encaminhar para atendimento com profissionais de fora da escola (conforme a necessidade); 6. Planejar a continuidade do processo de acompanhamento da situação escolar específica. Aspira influir sobre a estrutura, o contexto e o desenvolvimento de todos os envolvidos na comunidade educativa; Visa otimizar o processo e os resultados do ensino-aprendizagem. ENTREVISTA PSICOLÓGICA: instrumento por meio do qual vão ser colhidos os dados para o entendimento e encaminhamentos necessários. Ela será realizada com quem está diretamente implicado na “queixa” – o aluno. Na educação infantil (2 a 6 anos) – crianças dificilmente solicitam algum momento com o psicólogo; No ensino fundamental (7 a 14 anos) – o aluno pode procurar espontaneamente além de ser chamado pelos professores; O processo implicará momentos com pais e professores, como com profissionais de fora da escola; A intervenção estará ordenada para alcançar os seus propósitos. 1 2 3 4 5 6 16/02/2022 2 1. Assessoria sistemática ao professor; 2. Entrevista com os pais ou responsáveis; 3. Entrevista com o aluno; 4. Entrevista com profissionais que acompanham alunos fora da escola; 5. Outras entrevistas na escola. Ansiedade está presente no momento em que há a procura pelo atendimento, portanto criar ambiente de conforto e compreensão no início; Conhecer a família do aluno e sua dinâmica; Deixar a família falar no início e ao fazer colocações, valorizar as competências e potencialidades do aluno; A entrevista também tem um enfoque de aconselhamento e entendimento sistêmico, propondo aos pais repensarem o papel que desempenham com o filho. Dar continuidade de acompanhamento das situações levantadas; Manter um canal aberto de comunicação entre professor, psicólogo e pais para que o trabalho fique integrado; Diante crises que não caracterizem como situacionais, faz-se o encaminhamento para uma avaliação mais especializada e profunda; A responsabilidade do encaminhamento também é do profissional da escola. Necessário ter visão ampla; Tem característica dinâmica, cuidadosa e requer atitudes eticamente adequadas; O foco são pessoas em desenvolvimento e às vezes a oportunidade de troca com profissional da saúde mental seja única; O auxílio remete diretamente a questões fundamentais da vida pessoal e profissional. Referência Bibliográfica - MOREIRA, J. P. Entrevista na Escola in: MACEDO, M. M. K.; CARRASCO, L. K. (org.) (Con) textos de entrevista: olhares diversos sobre a interação humana. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005. 7 8 9 10 17/02/2022 1 Profª Cláudia Thomé Beletti é a forma mais usual de se obter informações; é um método atrativo ao pesquisador; não envolve complicado instrumental técnico; sua técnica básica repousa na habilidade de conduzir uma conversação; porém não é tão simples assim; trata-se de um evento social; envolve perguntar ou discutir temas; é a metodologia preferida em pesquisa qualitativa; também utilizada em pesquisa quantitativa, pois éa maneira direta de se perguntar aquilo que se deseja saber; a conversação é a forma mais universal de troca social, mas que difere da entrevista de pesquisa que se torna uma conversa mais formalizada e passa a ser mais ancorada em papéis sociais; o objetivo do pesquisador é obter falas a respeito do tema do projeto; o objetivo do pesquisado é mostrar-se bem, aprender algo sobre si mesmo e acabar logo. é a possibilidade de acessar aquilo que a pessoa tem em mente e não é passível de observação: pensamentos, sentimentos... possibilita que o passado possa ser conhecido e explicitado; a entrevista semi-estruturada é comumente utilizada por manter ligados pesquisador e pesquisado ligados por três elementos comuns: - comunicação é reativa e dinâmica; - a linguagem é a falada e as respostas não são neutras; - tem caráter de conversação comum. Pesquisador pergunta e retém seu próprio ponto de vista e deixa o pesquisado livre para organizar sua resposta; Engloba um conjunto de temas preparado antes da entrevista para vir a ser explorado; Tal roteiro serve para serem explorados ao longo da entrevista garantindo que os temas sejam trabalhados; O entrevistador adapta de acordo com o entrevistado; Entrevistador tem a liberdade de explorar, experimentar, formular questões e clarear algum tema com o entrevistado; Favorece ao entrevistado falar o que lhe é significativo e o entrevistador direciona para que os tópicos cruciais sejam abordados. 1 2 3 4 5 6 17/02/2022 2 Perguntar é a maneira mais universal e direta de se obter informações; É preciso que algumas condições sejam cumpridas: - pesquisado aceita responder às questões; - compreende questões; - entrevistado possui as informações, aceita responder sinceramente, acessa a memória e é capaz de responder no enquadre previsto pelo pesquisador. O conteúdo das questões, sua sequência, seu vocabulário, auxiliam o pesquisado a construir uma representação dos objetivos da pesquisa à qual responde; Portanto, o pesquisador deve estar atento tanto para o conteúdo das questões como para sua formulação; Questões: - ser livres de julgamento de valor ou atribuição de causalidade e responsabilidade; - devem conter elementos que o pesquisado conheça; Questões (continuação): - ser dirigidas para as opiniões, crenças, intenções comportamentais ou a comportamentos passados e atuais do entrevistado; - podem propiciar ao entrevistado uma autodescrição ou a recordações de fatos; - envolver frases curtas, claras, simples com vocabulário preciso e adaptado ao nível de compreensão do entrevistado; - formular uma questão de cada vez; Questões (continuação): - não deve ser tendenciosa; - deve-se evitar exemplos para o entrevistado não ficar preso ao conteúdo; - deve-se evitar o uso de termos técnicos, verbos negativos ou positivos para não orientar a resposta; - deve-se cuidar para não usar palavras muito carregadas emocionalmente ou palavras extremas como: nunca, sempre, ninguém. Preparar o gravador; Preparar a colocação de cadeiras ou poltronas; Iniciar com uma questão sobre a própria entrevista – para estimular a própria tarefa; Estar atento para pontos trazidos pelo entrevistado; Ser capaz de ler nas entrelinhas; Cuidar das incoerências; Avaliar se as respostas estão coerentes com o solicitado; Ao final perguntar se deseja tratar de mais alguma coisa que não tenha sido trabalhada; É cortesia agradecer ao entrevistado sua participação; Estratégias para o entrevistado se manter motivado em participar: - animar por gestos ou palavras (hum, hum,...); - auxiliar na elaboração (Há algo mais que gostaria de dizer sobre isto?); - repetir expressões do entrevistado para que continue na sua narrativa; 7 8 9 10 11 12 17/02/2022 3 Necessário saber quando mudar de tema; Deve estar atento ao entrevistado, sensível aos seus sentimentos, de modo a formular as questões e perguntá-las sem mobilizar demais o entrevistado; Entrevistador tolerar silêncios e proceder no seu roteiro de forma sutil, para a entrevista não se tornar um interrogatório; Checar as incongruências de modo sutil; Manter-se livre de julgamentos sobre o entrevistado e o que ele veicula. Está diretamente ligada à capacidade empática do entrevistador; De acordo com Rogers, deve ser congruente, mostrar aceitação incondicional e empatia. ANÁLISE DE CONTEÚDO Composta de passos além de uma leitura superficial; Trata-se de uma metodologia para os vários documentos de comunicação; Por meio da descrição exaustiva e intensa do conteúdo é possível organizar o material com rigor científico; Transforma-se o material verbalizado em categorias temáticas, passíveis de análise e interpretação; Pode oscilar entre o rigor da objetividade e a fecundidade da subjetividade; Permite obter indicadores quantitativos – se for do interesse do pesquisador; Na pesquisa qualitativa o pesquisador trabalha com a organização temática do material; O interesse está voltado para o estudo das características da mensagem propriamente dita; O interesse é do seu valor como informação; Tornam-se importantes as palavras, ideias e afetos nela expressos. ANÁLISE TEMÁTICA Está diretamente ligado à pesquisa qualitativa; Engloba organizar o material oriundo das entrevistas por meio de atividades sequenciais: - pré-análise; - exploração do material; - tratamento dos resultados; - inferência; - interpretação. Para seguir estes passos, as entrevistas gravadas dever ser transcritas na íntegra; Não destruir as gravações para manter intacta toda a informação; (5 anos) As transcrições permitem ao pesquisador penetrar nos conteúdos daquilo que os entrevistados verbalizaram; Deve-se preservar sigilo quanto a identidade do entrevistado, usando nome fictício. 13 14 15 16 17 18 17/02/2022 4 É o momento de organização do material; Procura-se sistematizar as falas depois de tomar contato com as impressões e verbalizações dos pesquisados; Os documentos a serem analisados devem obedecer as seguintes regras: - Exaustividade (nada pode ficar de fora); - Representatividade (não é estatística e sim analítica); - Homogeneidade (critérios devem ser mantidos); - Pertinência (adequação para dar conta do objetivo). Depois de trabalhados de acordo com estas regras, é possível formular hipóteses; Não é obrigatório hipóteses para formular análise, pois algumas análises derivam do que vai surgindo no material; Em seguida passa-se a buscar unidades de conteúdo; Para isso é preciso ler o material várias vezes, preparando para a próxima etapa que é a de exploração do material. Compreende agrupar os dados considerando a parte comum entre eles; Trata-se do agrupamento em categorias; Este material passa a ser reagrupado em categorias mais abrangentes (intermediárias) visando dar origem às categorias finais; Torna-se útil que o pesquisador possa ser acompanhado por juízes de forma simultânea ou independente; O benefício de juízes é de buscar a validade dos dados com rigor. Ao final as categorias são tratadas sob a perspectiva de inferência e interpretação dos achados; O que se busca são as explicações para o objeto de estudo investigado; Torna-se possível que as entrevistas depuradas em categorias sejam apresentadas de forma coerente com o referencial teórico adotado; O que acontece é a subjetividade de uma pessoa ser medida pela de outra. Envolvem: 1. O consentimento informado; 2. O direito à privacidade; 3. A proteção contra danos. Referência Bibliográfica - NUNES, M. L. T. Entrevista como Instrumento de Pesquisa in: MACEDO, M. M. K.; CARRASCO, L. K. (org.) (Con) textos de entrevista: olhares diversos sobre a interação humana. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005. 19 20 21 22 23 16/02/2022 1 Profª Cláudia Thomé Beletti claudia.beletti@docente.unip.br ProfªMs. Thamires Monteiro Gonçalves thamires.carmo@docente.unip.br Realidade Complexa exigências vida atual ↑ procura atendimento psicológico Pessoas nem sempre têm ideia do tipo de tratamento de que necessitam; 1º momento → precisam ser acolhidas, aceitas e respeitadas em sua dor psíquica; É preciso de alguém para ajudá-las; TRIAGEM → pode representar o lugar de continência de que ela precisa. Campo propício para que as sensações e os sentimentos possam ser compartilhados; Trata-se de uma relação intersubjetiva que determina um processo dinâmico e criativo; Torna-se importante uma atitude “sem memória e sem desejo” para a capacidade de tolerar o desconhecido se ligar à confiança em algo que vai desenvolver-se por meio do contato emocional com o paciente; O par poderá obter uma compreensão mais clara e profunda dos motivos da ajuda; “Escuta da escuta” → entrevistador também deve se ocupar de escutar como o paciente ouviu os seus silêncios e intervenções; Entrevistador ouve o inaudível → transferência e contratransferência; Quando o paciente escuta o que o terapeuta o escutou, encontrará a oportunidade de ouvir a si mesmo; TRIAGEM → importante espaço de acolhida e de escuta na tarefa de procurar um significado para os sofrimentos → cunho TERAPÊUTICO. Baseado no referencial Psicanalítico: Pode ser realizada em mais de uma entrevista; São entrevistas semi-estruturadas: - é capaz de adaptar-se à diversidade de situações relevantes; - faz explicitar particularidades que escapam aos procedimentos padronizados; - favorece coletar os dados que são relevantes à avaliação; - favorece o trabalho de pesquisa; - favorece o planejamento de ações de saúde e de orientação terapêutica. Interação face a face, com tempo delimitado, objetivos específicos e papéis diferenciados; Entrevistador: - conduz com objetivos de diagnóstico e indicação terapêutica; - garante sigilo, conforto e impede interrupções; - transmite que o paciente é aceito e valorizado como pessoa única; - avalia aspectos pessoais, relacionais e internos para conhecer o paciente profundamente; 1 2 3 4 5 6 16/02/2022 2 - ser capaz de mover-se com espontaneidade ao longo dos temas trazidos pelo paciente; - observa as comunicações não verbais e outras como postura, forma de vestir, modo de falar, etc; - faz perguntas para auxiliar o paciente iniciar seu relato, expressar opiniões e comentários; - faz ligações entre os temas abordados e resumos do que compreendeu no final; - pode utilizar intervenções como perguntas, comentários, confrontações, esclarecimentos, explicações, explicações e interpretações de ensaio; - auxilia o paciente obter uma consciência maior de seu problema e maior motivação para aderir ao tratamento recomendado; - convida o paciente a participar e cooperar, informando e comunicando sobre as dificuldades, sentimentos e conflitos; - incentivar o paciente a trazer a percepção que tem do seu problema, as expectativas que faz em relação a um atendimento e suas fantasias de como deseja ser ajudado; - trata-se de um campo relacional; - o campo relacional é construído pela comunicação que se estabelece a partir de sentimentos que circulam na transferência e na contratransferência; - trata-se de uma mistura de transferência com relação real; - o entrevistador desenvolverá reações de contratransferência em relação ao paciente; - torna-se fundamental monitoramento destas reações de forma a não atua-las, e sim utiliza-las como fonte de informações sobre o paciente. Estruturação da entrevista clínica: - formas diferentes de abordagem; - objetivos específicos do entrevistador; - referencial teórico. Objetivos → determinam as estratégias, intervenções, alcances e limites. TRIAGEM com enfoque Psicodinâmico: - elaborar história clínica; - definir hipóteses de diagnóstico descritivo; - diagnóstico psicodinâmico; - prognóstico e indicação terapêutica. Compreende a história de vida pessoal e a história de sua doença atual; História de vida → favorece diagnóstico descritivo e psicodinâmico; Entrevistador obterá pistas para as conexões inconscientes; História atual → contempla o esclarecimento de sintomas e as circunstâncias em que surgiram; História pregressa → contempla os dados na medida em que visualiza o desenvolvimento evolutivo da pessoa. É baseado nos critérios diagnósticos DSM; No início é insuficiente para compreensão profunda; Constitui-se em informação essencial para orientar quanto à escolha do tratamento; O alcance é indicar a opção terapêutica mais adequada ao paciente; Uma indicação inadequada pode eventualmente agravar os sintomas do paciente. 7 8 9 10 11 12 16/02/2022 3 Visa entender o quanto e como o paciente está doente, como adoeceu e como a sua doença o serve; É a tentativa de compreensão global da psicopatologia que tende a incluir todas as perturbações e potenciais conhecidos; Visa explicar os sintomas e os problemas referidos pelo paciente à luz da teoria; Entrevistador procura explicar os conflitos subjacentes ao problema atual, quais forças estão em jogo, ansiedades decorrentes e os mecanismos de defesa mobilizados; Esta compreensão abrangente da psicopatologia favorece definir um prognóstico e uma indicação terapêutica com maior precisão e tranquilidade; Permite também que o entrevistador faça uma devolução diagnóstica baseado em um conhecimento consciente do paciente. Como todo conhecimento presume alguma previsibilidade, o diagnóstico também presume um prognóstico; As condições diagnósticas do paciente é que vão considerar um prognóstico favorável ou desfavorável; Tais condições incluem: início da doença, tipo de psicopatologia, contexto sociofamiliar, recursos do ego, grau de motivação e insight; Também é preciso verificar o contexto assistencial quanto às possibilidades terapêuticas. TRIAGEM → 1º filtro com a função de buscar informações básicas com o objetivo de formular recomendações diagnósticas e terapêuticas; Exige do entrevistador o conhecimento das possíveis abordagens psicoterápicas bem como outras formas de tratamento; É preciso esclarecer se há presença ou não de causas físicas, bem como a utilização de medicamentos que confundam o diagnóstico; Deve-se levar em conta as condições de vida, recursos financeiros, disponibilidade de horários; apoio familiar, etc para ser praticável. Refere-se à disposição da pessoa em reconhecer as dificuldades psíquicas que prejudicam seu desenvolvimento e suas relações; A disponibilidade em compreender e superar impasses pode ser observada no contato com o paciente: - respostas às intervenções terapêuticas; - consciência de sua enfermidade; - capacidade de criticar sua situação de modo flexível; - possibilidade de trabalhar com vários níveis de expressão simbólica; - realizar conexões entre situações vividas no passado e os afetos a elas associados e suas consequências na vida real; - honestidade consigo mesmo para encontrar a verdade sobre sua própria pessoa; - capacidade de reviver situações dolorosas e comunicá-las; - capacidade de auto-observação demonstrando seu grau de insight e de motivação. 13 14 15 16 17 18 16/02/2022 4 Corresponde ao grau de contato que o entrevistado mantém com a realidade em geral; Pode ser observado de diferentes maneiras: - capacidade do entrevistado em distinguir os sentimentos como provenientes do seu mundo interno ou proveniente de fora (alucinações, etc); - pela preservação da consciência reflexiva e do juízo crítico; - pela presença de pensamentos e afetos apropriados ou não; - capacidade de empatizar com o entrevistador. CLASSIFICAÇÃO CARACTERIZAÇÃO Neurótico Imagem de si mesmo integrada, adequada diferenciação de si e do outro, mecanismos de defesa maduros, teste da realidade preservado e sintomas egodistônicos. Borderline Não há constância objetal,encontra-se difusão de identidade, as imagens do self e dos outros estão dissociadas e não integradas, há falta de capacidade empática, as relações de objeto são caóticas, há ausência de controle de impulsos, baixa tolerância a frustrações, personalidade instável e superego rígido. Psicótico Imagem do self e dos objetos estão fundidas, predominam a projeção e a identificação projetiva como mecanismos de defesa, o exame da realidade está gravemente comprometido e os sintomas são egosintônicos. Envolve aspectos maduros e sadios que o sujeito dispõe para fazer frente à sua realidade interna e externa; Envolve indagar: - funções básicas como orientação, percepção, cognição, linguagem, afeto, conduta; - tolerância à ansiedade e frustração; - controle ou não dos impulsos e afetos (agressão, sexualidade, ansiedade); - relação do ego com superego (rigidez, ineficiência, flexibilidade, ideais, etc); - principais mecanismos de defesa utilizados: * defesas adaptativas; * defesas primitivas. - regulação e características da autoimagem; - relações objetais (observando o tipo de padrão que o paciente repete em suas relações: simbiose, dependência, triunfo, distanciamento, etc). A natureza da dinâmica das relações ↓ Condições da rede de apoio que contará para a recuperação Com essas informações o entrevistador terá uma visão das características de personalidade do entrevistado. Trata-se de uma hipótese diagnóstica do funcionamento familiar e de seu meio ambiente. Se desenvolve por meio de fases com características e funções particulares; Fase inicial (estabelecimento da relação e do contrato de trabalho); Fase intermediária (investigação mais profunda da problemática); Fase final (retomada do processo para um fechamento e devolução). 19 20 21 22 23 24 16/02/2022 5 Deve-se estabelecer um rapport rápido e claro; Explica-se o objetivo do encontro; Entrevistado se sente valorizado e aceito, favorecendo um vínculo de confiança; O ponto de vista do paciente deve ser aceito de forma efetiva e empática; É o momento da coleta dos dados sociodemográficos e também da combinação acerca dos encontros; Entrevistador se mostra disponível e interessado pelos problemas do paciente; Entrevistador fica atento para ansiedades mobilizadas no início da entrevista; Deve-se evitar pausas e silêncios prolongados no início para não aumentar o nível de ansiedade e de tensão. Há o reconhecimento do entrevistador e do entrevistado sobre a necessidade de identificar experiências e formas de sentir que influenciaram a formação da personalidade; Trata-se da investigação detalhada do que constitui zona de conflito e estabelecendo elo entre as situações atuais; É a oportunidade de esclarecer e aprofundar sobre a problemática que motivou a consulta; Coleta-se dados para a hipótese diagnóstica e indicação terapêutica; Também colabora para que o paciente amplie o conhecimento de sua aflição e obtenha maior consciência de suas dificuldades; É fundamental o entrevistador não descuidar da manutenção da aliança terapêutica; Perguntas abertas, clarificações e recapitulações favorecem a fluidez da entrevista e incrementam a interação entre ambos. É fundamental que o entrevistado sinta que o encontro foi produtivo e importante; O intuito é chegar a um fechamento e devolução; A devolução se dá após o estudo da situação do paciente; Entrevistador transmite oralmente e de forma simples e clara a respeito das impressões gerais sobre a problemática; A devolução além dos aspectos diagnósticos deve envolver prognóstico para tranquilizar o paciente à medida que lhe é mostrado que há recursos. Entrevistador fornece e explica os passos futuros como marcação de novas consultas, encaminhamento para outros profissionais ou outra medida que deva ser tomada; Também é dado a oportunidade da pessoa expressar seus pensamentos e sentimentos em relação à entrevista, às conclusões e recomendações feitas; É oportuno contribuir para o entrevistado remover distorções ou fantasias que dificultam o enfrentamento das dificuldades; 25 26 27 28 29 30 16/02/2022 6 O entrevistador deve ser capaz de expor alternativas de tratamento; Deve ser capaz também de conhecer os alcances e limites de tratamentos que forem indicados, relacionado as reais condições do paciente; É um sistema complexo e exige do entrevistador maneiras de pensar e de comportar-se: Deve realizar uma avaliação clínica, pensar psicodinamicamente, praticamente, estar atento para estabelecer um rapport rápido, buscar dados para um bom encaminhamento e ser sensível e hábil para as expectativas e apreensões do paciente diante da entrevista. A boa entrevista oferece a experiência de ser respeitado, sentindo confiança e esperança para suas dificuldades e sofrimentos; Atingem efeitos terapêuticos, pois os pacientes se encontram fragilizados e mais favoráveis em receber ajuda; Tem o potencial de modificar a maneira como o paciente percebe sua auto estima, desejos, projetos de vida e relações significativas. Referência Bibliográfica - MARQUES, N. Entrevista de Triagem: Espaço de Acolhimento, Escuta e Ajuda Terapêutica in: MACEDO, M. M. K.; CARRASCO, L. K. (org.) (Con) textos de entrevista: olhares diversos sobre a interação humana. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005. 31 32 16/02/2022 1 Profª Cláudia Thomé Beletti claudia.beletti@docente.unip.br Profª Ms. Thamires Monteiro Gonçalves thamires.carmo@docente.unip.br Conjunto de conhecimentos, práticas, técnicas e instrumentos; É requisitada como instrumento para subsidiar decisões, diminuir dúvidas sobre habilidades / comportamentos / potencialidades / traços de personalidade, de indivíduos ou grupos; Inclui testes psicológicos padronizados, entrevistas, escalas e o psicodiagnóstico; Seus procedimentos técnicos envolvidos referem-se aos instrumentos, bem como consequências éticas de suas aplicações; Implica elaboração, escolha de instrumentos, aplicação e fornecimento dos resultados, sendo um equívoco considerar a avaliação somente como geradora de um produto; Marca fortemente seu aspecto técnico, mas parece ocultar seu aspecto político. QUESTIONAMENTOS: Qual o contexto que envolve a situação da avaliação? Que ideologia reflete? E qual sua intenção? O psicólogo atende a solicitações sem muita crítica sobre suas possíveis consequências; A sociedade tenta instrumentalizar este papel profissional como se fossem técnicas neutras que detectassem motivações e interesses ocultos dos indivíduos; É preciso refletir sobre o uso que será feito desta avaliação e recusando-se em situações que deponha contra o sujeito; A avaliação é um processo que envolve a integração de informações vindas de várias fontes; Também é preciso pensar qual o espaço ocupado pela avaliação psicológica na formação do psicólogo; A testagem constitui apenas um dos recursos da avaliação, pois outros recursos são imprescindí- veis a qualquer avaliação psicológica; Quatro elementos são essenciais para a configuração da definição deste processo: - objeto; - objetivo visado; - campo teórico; - método. Não é recomendada a utilização de uma só técnica ou de um só instrumento para avaliação; CFP (Resolução 007/2003) → “entendida como o processo técnico científico de coleta de dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos fenômenos psicológicos”; É preciso a utilização adequada dos instrumentos, que o psicólogo tenha vasto conhecimento em relação às técnicas que pretende utilizar e as teorias que as embasam; Também adequar o instrumento à demanda. 1 2 3 4 5 6 16/02/2022 2 A ética deixa de ser pano de fundo e passa a assumir lugar de destaque: a avaliação é de alguém concreto, que vive em uma realidade concreta, que tem um passado e um futuro; Esta avaliação reverbera na vida deste sujeito concreto,daí o reconhecimento social deste fazer; Avaliações subsidiam muitas decisões: guarda de crianças, visita dos pais, encaminhamentos para instituições ou espaços de cuidados especiais, concessões de CNH, porte de armas, contratação de funcionários, crianças em idade escolar, entre outros; Na verdade não há prática profissional que não tenha função social, e por isso é importante atentarmos para a dimensão ética; Para garantir a eficácia técnica, é preciso garantir o caráter ético do trabalho; Ao se pensar na qualidade das avaliações, devemos cuidar da qualidade da confecção dos documentos escritos, oriundos de avaliações psicológicas (laudos, relatórios, pareceres técnicos, documentos) nos quais formalizamos o resultado do nosso trabalho. Documentos escritos elaborados de forma tendenciosa, pouco fundamentados, que apresentam, por diversas vezes, conclusões precipitadas; A redação de um documento deve estar bem- estruturada e definida, expressando objetivamente o que se quer comunicar; O psicólogo deve utilizar expressões concisas, próprias da linguagem profissional, com correlação adequada das frases; A comunicação dos resultados nem sempre é fácil. CFP → Manual de Elaboração de Documentos (Resolução nº 007/2003) Aborda os seguintes itens: I. Princípios norteadores da elaboração documental; II. Modalidades de documentos; III. Conceito / finalidade / estrutura; IV. Validade dos documentos; V. Guarda dos documentos. a) Declaração b) Atestado c) Relatório ou laudo psicológico d) Parecer Os resultados quantitativos das provas e as produções gráficas realizadas pelas pessoas avaliadas, não acompanham os documentos, pois são materiais clínicos e confidenciais; Não se pode perder de vista a finalidade da avaliação psicológica. Considerar o objetivo e a demanda inicial do atendimento; Possuir um contrato de trabalho que destaque este aspecto, que deve ser consensual por todos os envolvidos na prestação de serviços; Definir claramente a metodologia do trabalho a ser realizado; Esclarecer o objetivo da elaboração do documento: é importante que o próprio profissional tenha clareza e deixe explícito no documento que produz e a quem se destina; 7 8 9 10 11 12 16/02/2022 3 Buscar garantir que esses objetivos sejam preservados quando utilizados por quem o solicitou; Utilizar uma redação que preze pela clareza, concisão e harmonia, fazendo com que, realmente, o documento possa ser comunicador, preciso, coerente e compreensível por aquele que lê; Resguardar o caráter confidencial das comunicações, assinalando a responsabilidade de quem as recebeu de preservar o sigilo. Fornecer os resultados é parte fundamental na prestação de serviços psicológicos; 1º artigo (alíneas “g” e “h”): “informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a tomada de decisão que afeta o usuário ou beneficiário [e] orientar a quem de direito sobre os encaminhamentos apropriados a partir da prestação de serviços psicológicos , e fornecer, sempre que solicitado, os documentos pertinentes ao bom termo do trabalho”. (Código de Ética, 2005) Avaliação Psicológica em concursos públicos e processos seletivos → facultativo; Para obtenção da CNH → obrigatória. Torna-se importante destacar o tipo de linguagem a ser empregada na devolutiva; Para outros psicólogos → feito em termos técnicos e apontando os recursos utilizados; Para outros profissionais → compartilhar somente informações relevantes, resguardando o caráter confidencial e preservando sigilo; Para juízes → formulados com os devidos cuidados de redação e transmitir somente o que for necessário para a tomada de decisões e para que os operadores do Direito possam compreendê-los; Para escolas → referir exclusivamente as questões levantadas na demanda inicial, em linguagem acessível a quem vai receber o documento e tomando as devidas precauções que não invadam a intimidade do caso por questões que não se relacionam ao campo pedagógico; Em recrutamento e seleção (deve-se ter claro o perfil do cargo para selecionar as técnicas que serão utilizadas e os procedimentos, de forma a não causar danos aos candidatos) → comunicar claramente ao solicitante, se as características do avaliando estão ou não contemplando os anseios da empresa; Ainda cuidar para não utilizar expressões como “você não passou no teste” ou “você não passou na avaliação psicológica”. Resultados de um processo de avaliação → ser compreensível, objetivo e claro à problemática que causou a solicitação; Pessoa avaliada → tem o direito de saber os resultados de sua avaliação; O psicólogo deve ter habilidades para integrar diferentes informações provindas de diferentes fontes; Deve conhecer a ciência psicológica e reconhecer que ética e técnica andam juntas. 13 14 15 16 17 18 16/02/2022 4 Qualidade das avaliações não se restringe somente na utilização de técnicas adequadas; Garantir a eficácia técnica é também garantir o caráter ético do trabalho (que não se esgota na boa técnica); É preciso o reconhecimento social que dialeticamente nos exalta e nos denuncia; É este reconhecimento que coloca a ética como dimensão fundamental do trabalho de avaliação psicológica; Não é possível pensar perspectivas de futuro sem cuidar da ética; Quanto a validade dos documentos escritos, deve-se considerar a legislação vigente; Não havendo definição legal, o psicólogo indicará o prazo de validade do conteúdo emitido no documento, em função das características avaliadas, informações obtidas e objetivos da avaliação; Quanto a guarda dos documentos escritos, bem como de todo o material que os fundamentou, deverão ser guardados pelo menos cinco anos; Esse prazo poderá ser ampliado nos casos previstos em lei, determinação judicial, ou em casos específicos onde seja necessária a manutenção da guarda por maior tempo; Em caso de extinção do serviço, o destino dos documentos deverá seguir as orientações definidas no Código de Ética do Psicólogo. Referência Bibliográfica: - PELLINI, M. C. B. M. Elaboração de documentos escritos com base em avaliação psicológica: cuidados técnicos e éticos IN: BARROSO, S. M.; SCORSOLINI-COMIN, F.; NASCIMENTO, E. Avaliação Psicológica – Da teoria às aplicações. Petrópolis: Vozes, 2015. 19 20 21 17/02/2022 1 Profª Cláudia Thomé Beletti CFP → Institui regras para a elaboração de documentos escritos produzidos pela(o) psicóloga(o) no exercício profissional e revoga a Resolução CFP nº 15/1996, a Resolução CFP nº 07/2003 e a Resolução CFP nº 04/2019. Resolução 006/2019 traz CONSIDERAÇÕES... O exercício profissional do psicólogo é complexo e exige a elaboração qualificada da comunicação escrita. Avaliação Psicológica: ... se caracteriza por uma ação sistemática e delimitada no tempo, com a finalidade de diagnóstico ou não, que utiliza de fontes de informações fundamentais e complementares com o propósito de uma investigação realizada a partir de uma coleta de dados, estudo e interpretação de fenômenos e processos psicológicos. Encontram-se dispostas nos seguintes itens: I – Princípios fundamentais na elaboração de documentos psicológicos; II – Modalidades de documentos; III – Conceito, finalidade e estrutura; IV – Guarda dos documentos e condições de guarda; V – Destino e envio de documentos; VI – Prazo de validade do conteúdo dos documentos; VII – Entrevista devolutiva. Princípios Técnicos: Conter dados fidedignos que validam a construção do pensamento psicológico e a finalidade a que se destina; É resultado de uma avaliação e/ou intervenção psicológica, observando os condicionantes históricos e sociais e seus efeitos nos fenômenos psicológicos; Considerar a natureza dinâmica, não definitiva e não cristalizada do fenômeno psicológico;
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