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1 MÓD: LOCOMOÇÃO E PREENSÃO | P7 - UC 19 | MEDICINA UNIT AL 2022.1 | Mayra Alencar @maydicina Imagem | Aula 4 | UC19 CASO CLÍNICO 1 Paciente do sexo feminino, 50 anos, costureira, procura o ambulatório da Unit com queixa de parestesia na face palmar da mão e nos 3 primeiros dedos, fraqueza e atrofia da musculatura tenar da mão do membro dominante (direito). • Hipótese diagnóstica: SÍNDROME DE TÚNEL DO CARPO. A STC resulta da compressão do nervo mediano do túnel do carpo, seno a neuropatia mais comum na extremidade superior. O túnel do carpo é um espaço restrito, elíptico, confinado ventralmente pelo retináculo dos flexores, inelástico e resistente e, dorsalmente, pela superfície anterior dos ossos do carpo. • Sintomas: parestesia nos 3 primeiros dedos da mão, que é justamente o trajeto de inervação do nervo mediano. • Manobras semiológicas: manobra de Phalen e de Tinel. • Exames complementares: a USG com transdutor linear é boa para ver o nervo mediano, se ele está ou não espessado. Vê os tendões flexores que compõem o túnel do carpo. • QUAL O EXAME PARA DIAGNOSTICAR, PADRÃO OURO? ELETRONEUROMIOGRAFIA é o melhor exame. • QUAL O CONTEÚDO DO TÚNEL DO CARPO? Quatro tendões flexores superficiais dos dedos e quatro tendões flexores profundos; tendão do flexor longo do polegar e o nervo mediano. • QUAL A ETIOLOGIA MAIS COMUM DESSA SÍNDROME? Tendinite (lesão por esforços repetitivos). DM, AR e nódulos sinoviais também podem causar STC. LAUDO E – ULTRASSONOGRAFIA DO PUNHO DIREITO • Tendões flexores dos dedos com espessura, contornos e ecotextura normais. • Compartimentos extensores dos dedos com aspecto habitual. • Nervo mediano espessado e hipoecogênico, apresentando área de secção transversa estimada em 0,19 cm2, associado a abaulamento do retináculo flexor. Lesões Frequentes em Ortopedia 2 MÓD: LOCOMOÇÃO E PREENSÃO | P7 - UC 19 | MEDICINA UNIT AL 2022.1 | Mayra Alencar @maydicina USG • Rápido, dinâmico e baixo custo. • Demonstra limitações, como na avaliação de estruturas ósseas, além de ser operador dependente. • O critério mais utilizado para diagnóstico é a área seccional do nervo mediano. • Sugere que se considere o limite superior da normalidade do nervo mediano entre 9 e 12mm². • A área do nervo mediano é mais bem obtida no US na altura do rádio distal ou no pisiforme, que é considerado o túnel do carpo proximal, sendo a localização esperada para o edema máximo do nervo. Na imagem esquerda, vê o espessamento do nervo mediano na face proximal e achatamento na face distal. Na imagem B mostra um paciente normal e na C é um paciente com STC com espessamento do nervo, perdendo o aspecto fibrilar. RM • Custo elevado. • Pode fornecer maiores informações diagnósticas e anatômicas sobre a importância das estruturas de partes moles do túnel do carpo. • Capacidade de distinguir entre os tipos de tecido, baseada no conteúdo de água e de gordura. • Outra vantagem é a capacidade de realizar qualquer sequência de imagem em qualquer plano. • Achados: ➢ Espessamento do nervo mediano na porção proximal do túnel. ➢ Achatamento do nervo na porção distal do túnel. ➢ Abaulamento do retináculo dos flexores na porção distal do túnel. ➢ Aumento de sinal do nervo nas sequências ponderadas em T2. O nervo mediano encontra-se bem espessado e está abaulando o retináculo. CASO CLÍNICO 2 Mulher, 35 anos de idade, com história de 9 meses de dor no punho esquerdo, em sua porção radial. Teste de Finkelstein positivo. • Hipótese diagnóstica: TENOSSINOVITE DE QUERVAIN. Essa síndrome acomete o primeiro compartimento do tendão extensor do punho, normalmente estiloide radial. Esse primeiro compartimento contém dois tendões: tendão abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar. • Os tendões extensores estão na face dorsal e são divididos em 6 compartimentos, recobertos por retináculo, criando túneis osteofibrosos. • Clínica e exame físico: Sensação de “trava” ou de que o tendão está “grudado” quando o paciente vai movimentar o polegar. Dor na extensão ou abdução do polegar e do punho. 3 MÓD: LOCOMOÇÃO E PREENSÃO | P7 - UC 19 | MEDICINA UNIT AL 2022.1 | Mayra Alencar @maydicina Hipersensibilidade sobre o processo estiloide do rádio. Sinais flogísticos sobre o processo estiloide do rádio. Teste de Finkelstein (+) – não é patognomonico. • QUAL O EXAME DE ESCOLHA PARA AVALIAR? Ultrassonografia, mas pode fazer RM também. A bainha tendínea está sofrendo um processo inflamatório: tenossinovite. 4 MÓD: LOCOMOÇÃO E PREENSÃO | P7 - UC 19 | MEDICINA UNIT AL 2022.1 | Mayra Alencar @maydicina LAUDO D: ULTRASSONOGRAFIA DO PUNHO ESQUERDO • Espessamento e hipoecogenicidade dos tendões que compõem o primeiro compartimento extensor do punho (abdutor longo e extensor curto do polegar), associado a espessamento de sua bainha tendínea. CASO CLÍNICO 3 Homem, 42 anos, queixando-se de dor no ombro direito de início a 3 meses, que piora ao esforço físico e quando carrega sua filha de 6 meses. • Hipótese diagnóstica: TENDINOPATIA DO SUPRAESPINHAL. • Qual o melhor exame para avaliar e qual o achado? USG, dá para ver o tendão espessado. No RX não aparece nada. MANGUITO ROTADOR: supraespinhal, infraespinal, subescapular, redondo menor. O mais comum de ser acometido é o supraespinhal. Cabeça do bíceps não faz parte do manguito, mas pode romper com frequência. LAUDO A: ULTRASSONOGRAFIA DO OMBRO DIREITO • Espessamento e hipoecogenicidade do tendão supraespinal, com perda do padrão fibrilar habitual, sem roturas. 5 MÓD: LOCOMOÇÃO E PREENSÃO | P7 - UC 19 | MEDICINA UNIT AL 2022.1 | Mayra Alencar @maydicina CASO CLÍNICO 4 Mulher, 45 anos, queixando-se de dor no ombro direito que iniciou há alguns anos e não melhora com analgesia, além de piora aos esforços. Necessitou de afastamento do trabalho (caixa de supermercado). • Espessamento do supraespinhal. • Nem sempre pode causar sombra acústica, mas nessa USG tem a presença dela. O RX confirma a calcificação. • Hipótese diagnóstica: TENDINOPATIA CALCÁRIA. Depósito de hidroxiapatita nos tendões. Afeta pacientes de meia idade (30-60 anos), com uma certa predileção por mulheres. A localização mais comum é no supraespinhal, seguido do infraespinal e subescapular. LAUDO G: ULTRASSONOGRAFIA DO OMBRO DIREITO • Espessamento e hipoecogenicidade do tendão supraespinal, com perda do padrão fibrilar habitual, sem roturas. • Foco de calcificação intrasubstancial no tendão supraespinal, com 1,8 cm. CASO CLÍNICO 5 Homem, 74 anos, trabalhador rural, queixando-se de dor no ombro esquerdo a alguns anos e limitação dos movimentos. • Hipótese diagnóstica: OSTEOARTROSE. Redução do espaço articular – osteonecrose. • Diminuição do espaço articular; • Esclerose óssea; • Osteófitos. • O espaço articular está muito reduzido – provavelmente o tendão deve estar sofrendo – pede uma USG para avaliar o tendão. 6 MÓD: LOCOMOÇÃO E PREENSÃO | P7 - UC 19 | MEDICINA UNIT AL 2022.1 | Mayra Alencar @maydicina LADUDO F: ULTRASSONOGRAFIA DE OMBRO ESQUERDO • Sinais de rotura transfixante do tendão supraespinal, com coto tracionado medialmente associado a redução de espaço subacromial. • Pequena quantidade de líquido na articulação glenoumeral. CASO CLÍNICO 6 Homem, 16 anos, com instabilidade e bloqueio do joelho direito há 3 meses, após trauma durante partida de futebol. Ao exame físico, sinal da gaveta anterior positivo. • Hipótese diagnóstica: rotura do ligamento cruzado anterior (LCA). • Qual exame que vê o ligamento cruzado? RM. Essa área de hipersinal é uma área de derrame articular. Não é possível visualizar o LCA porque rompeu. Rotura do tendão – não se visualiza o tendão supraespinhal, pois ele já sofreu rotura total, transecção. Comparação com um exame normal LAUDO B – RM DOJOELHO DIREITO Estudo realizado com a técnica de fast spin-eco, em cortes multiplanares pesados em T1 e T2, evidenciou: • Edema subcutâneo do joelho. • Derrame articular no recesso suprapatelar. • Sinais de rotura do ligamento cruzando anterior. 7 MÓD: LOCOMOÇÃO E PREENSÃO | P7 - UC 19 | MEDICINA UNIT AL 2022.1 | Mayra Alencar @maydicina CASO CLÍNICO 7 Atleta de basquete de 15 anos apresentou uma lesão no joelho esquerdo após salto para arremesso durante o treino. Queixava-se de dor forte e impossibilidade de sustentar o peso corporal imediatamente após o trauma. Durante avaliação inicial, apresentava hemartrose volumosa, atitude em flexão e incapacidade de extensão ativa do joelho. No RX, a patela encontra-se bastante alta e tem uma lesão na tuberosidade anterior da tíbia. Quem se insere na tuberosidade anterior da tíbia? Tendão patelar. Em crianças e adolescentes existe uma particularidade: o que vai acontecer não vai ser a rotura do ligamento em si, mas uma avulsão de um fragmento ósseo onde se insere o ligamento. E a patela acaba sendo puxada para cima. No adulto, é difícil ter essas avulsões. • Hipótese diagnóstica: AVULSÃO DA TUBEROSIDADE ANTERIOR DA TÍBIA. OBS: para avaliar o tendão patelar, além da RM: USG. É um tendão muito superficial, então é mais fácil de ser visualizado. LAUDO C – RADIOGRAFIA DO JOELHO ESQUERDO • Aumento das partes moles do joelho (o que pode indicar edema). • Fratura/avulsão da tuberosidade anterior da tíbia, com fragmento ósseo medindo cerca de 2,4 cm. • Patela com posicionamento mais alto que o habitual (patela alta). RM normal de joelho para comparar
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