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SOI III- S4P2

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Endocardite
O que é a endocardite?
É uma infecção grave, diante da colonização ou invasão no endocárdio por um
microrganismo. Acometendo as valvas cardíacas (principalmente a mitral e a aórtica) e
podendo atingir tecidos adjacentes.
Quais as principais causas?
Primeiramente as mais abundantes estava relacionada a doença reumática, mas hoje se
sabe que é mais comum diante de prolapso de valva mitral, cardiopatia congênita, válvulas
artificiais, imunodeficiência, uso de drogas injetáveis e demais mais de infecção é a causa
de lesão que permite o alojamento desses microorganismos.
Quais os principais fatores de risco?
- Defeitos cardíacos congênitos (prolapso da valva mitral, valva aórtica bivalvular,
Tetralogia de Fallot, defeitos do septo atrial, defeitos do septo ventricular)
- Algum acometimento em valva cardíaca
- Prótese cardíaca
- Histórico de endocardite
- Transplantes de coração
- Presença de dispositivos intracardíacos
- Vias de acesso por ser portas de entrada
- Uso de drogas injetáveis
- Procedimentos dentários
1
Qual a classificação clínica da endocardite?
Endocardite aguda - É de instalação rápida, causada por um
microrganismo de alta virulência.
- Sua intervenção em grande parte das vezes é
cirúrgica.
- Suas lesões são necróticas, ulcerativas e
destrutivas.
- Pode apresentar valvas anteriores normais ou
anormais.
Endocardite subaguda - Instalação progressiva, causada por um
microorganismo de baixa virulência.
- Em sua grande maioria apresenta valva
anteriormente normais.
Quais os microrganismos mais comuns?
- Infecção bacteriana é a mais comum
- Maioria são comensais da cavidade oral
- Mais comum é S. aureos
Mais comuns: Estafilocócicas, estreptococos, enterococos, HACEK, Gram-negativos e
fungos.
HACEK: são um grupo de bactérias gram-negativas de crescimento lento (14 dias),
bacilares curtas, flora normal em boca e faringe, e que podem infectar o coração.
Como ocorre a patogênese?
Para que as colonizações
ocorram é preciso conter fatores
que favoreçam a formação
trombótica como uma lesão
endotelial diante de uma
disfunção hemodinâmica pré
2
existente. Sabemos que a característica primordial da endocardite é a formação de
verrugas, que são compostas de fragmentos trombóticos, mas especificamente fibrina,
células inflamatórias e o microorganismo causador.
Assim, as formação do trombo de fibrina e plaquetas sobre o revestimento
endotelial, este trombo está sujeito a infecção, que já tem se instalado por meio da corrente
sanguínea (bacteremia), acumulando as células e assim gerando as verrugas que ficam
frouxamente aderidas nas bordas livre das valvas.
Características das verrugas:
*OBS.: Podem surgir dependendo do caso lesões vegetativas intracardíacas, ou seja,
dentro do miocárdio, que pode causar um abscesso anular. Porém isso somente acontece
quando a lesão primordial atinge uma parte significativa do miocárdio.
As verrugas se desgrudam do endocárdio principalmente nas valvas que estão
sempre em movimento, gerando êmbolos, hemorragias e infartos teciduais. Ou ainda com a
progressão da doença, como na subaguda, ocorre o desenvolvimento de fibrose,
calcificação e infiltrado inflamatório crônico.
Esse desprendimento das verrugas também são fatores que permitem a distribuição
do agente infeccioso pela circulação, podendo causar uma infecção sistêmica.
O trombo formado em sua grande maioria é do tipo misto, como a grande maioria dos
trombos formados em câmaras cardíacas. Chamamos vegetação a um trombo que foi
colonizado por bactérias, portanto, é sinônimo de trombo séptico.
3
Quais as manifestações clínicas da endocardite?
As principais manifestações clínicas que indicam o início da doença são a febre e
sinais de inflamação sistêmica, como calafrios, mal estar, cefaleia, aumento dos
linfonodos, fraqueza e cansaço.
Na fase aguda inicial, a febre surge em picos, e apresenta calafrios
4
Na fase subaguda inicial, ocorre a febre baixa de início gradativo
Sinais periféricos incluem:
- Hemorragias petéquias: Consistem em pequenas
hemorragias, e se apresentam em pequenos “pontinhos”
hemorrágicos, que medem cerca de 1 a 2mm. As petéquias
se formam por diapedese, ou seja, não há lesão no vaso. As
mais comuns são na conjuntiva e mucosa (Petéquias
subconjuntivais).
- Hemorragias lineares: são hemorragias em bloco nas
região ungueal.
- Manchas de Roth: são manchas retinianas hemorrágicas,
de aspecto esbranquiçado ou algodoado, constituídas por
coleções perivasculares de linfócitos na camada nervosa da
retina, circundadas por hemorragias.
- Lesões de Janeway: hemorragias em pápulas eritematosas
insensíveis, principalmente nas palmas das mãos.
- Nódulos de Osley: nódulos eritematosos muito doloroso na
polpa dos dedos.
Alguns pacientes têm sintomas com relação imune por conta de deposição de
imunocomplexos principalmente nos glomérulos, causando a glomerulonefrite.
Qual a forma de diagnóstico?
O diagnóstico é estabelecido pelos critérios de Duke que incluem as seguintes formas de
avaliação:
- Exame clínico
- Exame laboratorial
- Ecocardiograma
- Hemocultura
5
Critérios maiores Critérios menores
Cultura
- Positivas para patógenos
relacionados
- 02 culturas positivas com menos de
12 hrs de diferença
- 03 culturas positivas com intervalo
maior que 1 hr entre a 1° e a 3°
cultura
- Cultura positivas para coxiella
burnetii ou IgG > 800
- Predisposição a EI
- Temperatura >38°C
- Doença cardíaca preexistente
- Fenômenos vasculares
- Fenômenos imunológicos
- Evidências microbiológica que não
fecha um critério maior
Disfunção do endocárdio
- Ecocardiografia com alteração
sugestiva
- Sopro novo identificado
Diagnóstico
1 ou 2 critérios maiores + 3 ou 5 menores
Quais as complicações ocasionadas pela endocardite?
Cardíacas - Falência cardíaca decorrente de insuficiência valvar
principalmente aórtica.
- Comprometimento miocárdico por abscesso no anel valvar
- Destruição dos folhetos valvares e/ou cordas tendíneas
com insuficiência valvar
- Obstrução valvar por trombos volumosos
- Comunicações intracavitárias
- Pericardite fibrinopurulento
- Infarto do miocárdio por êmbolos
- Arritmias
Extracardíacas - Vasculite aguda
- Aneurisma micótico
- Ruptura de vasos principalmente no cérebro
- Isquemia tecidual
Qual o tratamento para endocardite infecciosa?
O tratamento antibiótico é geralmente feito por pelo menos 4 a 6 semanas, em
ambiente hospitalar (internado) e, sempre que possível, guiados pelos resultados das
hemoculturas. Em alguns pacientes, o tratamento pode começar no hospital e completar no
domicílio.
As seguintes situações são indicações para tratamento cirúrgico com possibilidade de troca
valvar por prótese:
- Embolização sistêmica de partes de vegetação.
- Insuficiência cardíaca por insuficiência valvar resultante da endocardite.
- Evidência de lesões de órgãos mais grave.
- Presença de vegetações grandes
6
O que é a endocardite não infectante?
Esse tipo de endocardite simplesmente não presenta uma “agentes infeccioso”, o paciente
somente vai apresentar verrugas com resquícios trombóticos sem qualquer tipo de
microrganismo aderido, e às vezes até sem reação inflamatória local, ou seja, sua maior
ação será na deformidade das valvas e possível formação de êmbolos. Exisem dois
principais tipos:
Endocardite trombótica não bacteriana
Caracterizada pela deposição de pequenos trombos estéreis nos folhetos das valvas
cardíacas. Não são invasivas e não desencadeiam qualquer reação inflamatória, tendo
uma ação mais local com a formação de êmbolos. Bastante encontrada em pacientes
debilitados que apresentam efeitos pró-coagulantes e lesões cardíacas pré existentes ou
recorrentes.
Endocardite do lúpus eritematoso sistêmicos (LES) ou Libmen-sacks
Uma valvulite intensa de tricúspide e mitral característica, as verrugas formadas
geralmente ficam na superfície inferior das valvas atrioventriculares. Tem tendência a
causar fibrose grave, levando a doenças valvares graves.
Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da
Floresta(PNSIPCF)
- Portaria n° 2.866, de 2 de dezembro de 2011
- Aprovada na 14ª Conferência Nacional de Saúde, é um marco histórico na Saúde e
um reconhecimento das condições e dos determinantes sociais do campo e da
floresta no processo saúde/doença dessas populações.
- É uma política transversal, que prevê ações compartilhadas entre as três esferas de
governo cuja articulação às demais políticas do Ministério da Saúde é
imprescindível. Sua implementação nos estados e municípios depende de todos
nós, do governo e da sociedade civil.
Qual o objetivo? Melhorar o nível de saúde das populações do campo e da floresta, por
meio de ações e iniciativas que reconheçam as especificidades de gênero, de geração, de
raça/cor, de etnia e de orientação sexual, objetivando o acesso aos serviços de saúde; a
redução de riscos à saúde decorrentes dos processos de trabalho e das inovações
tecnológicas agrícolas; e a melhoria dos indicadores de saúde e da sua qualidade de vida.
Quais os objetivos específicos?
I – garantir o acesso aos serviços de saúde com resolutividade, qualidade e humanização,
incluindo as ações de atenção, as especializadas de média e alta complexidade e as de
urgência e de emergência, de acordo com as necessidades e demandas apontadas pelo
perfil epidemiológico da população atendida;
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II – contribuir para a redução das vulnerabilidades em saúde das populações do campo e da
floresta, desenvolvendo ações integrais voltadas para a saúde do idoso, da mulher, da
pessoa com deficiência, da criança e do adolescente, do homem e do trabalhador,
considerando a saúde sexual
e reprodutiva, bem como a violência sexual e doméstica;
III – reduzir os acidentes e agravos relacionados aos processos de trabalho no campo e na
floresta, particularmente o adoecimento decorrente do uso de agrotóxicos e mercúrio, o
advindo do risco ergonômico do trabalho no campo e na floresta e da exposição contínua
aos raios ultravioleta;
IV – contribuir para a melhoria da qualidade de vida das populações do campo e da floresta,
incluindo articulações intersetoriais para promover a saúde, envolvendo ações de
saneamento e
meio ambiente, especialmente para a redução de riscos sobre a saúde humana;
V – reconhecer e valorizar os saberes e as práticas tradicionais de saúde das populações
do campo e da floresta, respeitando suas especificidades;
VI – promover planejamentos participativos capazes de identificar as demandas de saúde
das populações do campo e da floresta e definir metas, estratégias e ações específicas
para sua atenção;
VII – incluir no processo de educação permanente dos trabalhadores de saúde as temáticas
e os conteúdos relacionados às necessidades, demandas e especificidades das populações
do campo e da floresta, considerando a interculturalidade na atenção aos povos e
comunidades tradicionais;
VIII – apoiar processos de educação e informação das populações do campo e da floresta
sobre o direito à saúde;
IX – apoiar a expansão da participação das representações dessas populações nos
Conselhos de Saúde estaduais, distrital e municipais e em outros espaços de gestão
participativa;
X – promover mecanismos de informação e comunicação, de acordo com a diversidade e
as especificidades socioculturais;
XI – incentivar a pesquisa e a produção de conhecimento sobre os riscos, a qualidade de
vida e a saúde das populações do campo e da floresta, respeitando as especificidades de
geração, raça/cor, gênero, etnia e orientação sexual; e
XII – promover o fortalecimento e a ampliação do sistema público de vigilância em saúde,
do monitoramento e da avaliação tecnológica sobre os agravos à saúde decorrentes do uso
de agrotóxicos e transgênicos.
Quais os princípios e diretrizes?
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I – saúde como direito universal e social;
II – inclusão social, com garantia do acesso às ações e serviços do SUS, da promoção da
integralidade da saúde e da atenção às especificidades de geração, raça/cor, gênero, etnia
e orientação sexual das populações do campo e da floresta;
III – transversalidade como estratégia política e a intersetorialidade como prática de gestão
norteadoras da execução das ações e serviços de saúde voltadas às populações do campo
e da floresta;
IV – formação e educação permanente em saúde, considerando as necessidades e
demandas das populações do campo e da floresta, com valorização da educação em
saúde, articulada com a educação fundamental e técnica;
V – valorização de práticas e conhecimentos tradicionais, com a promoção do
reconhecimento da
dimensão subjetiva, coletiva e social dessas práticas e a produção e reprodução de saberes
das populações tradicionais;
Quem está incluso nesta política? As comunidades que têm seus modos de vida,
produção e reprodução social relacionados predominantemente com a terra.
- Incluídos camponeses, sejam eles agricultores familiares, trabalhadores rurais
assentados ou acampados, assalariados e temporários que residam ou não no
campo.
- Estão ainda as comunidades tradicionais, como as ribeirinhas, quilombolas e as
que habitam ou usam reservas extrativistas em áreas florestais ou aquáticas e
ainda as populações atingidas por barragens, entre outras.
Quais os eixos prioritários?
Eixo 1: “acesso das populações do campo da floresta na Atenção à Saúde”;
Eixo 2: “ações de promoção e vigilância em saúde às populações do campo e da
floresta”;
Eixo 3: “ações de educação permanente e popular com foco nestas populações”;
Eixo 4: “monitoramento e avaliação do acesso às ações e serviços de saúde às
populações do campo e da floresta”.
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